MORO:
O “Juizeco” Que Agora é Ministro da Justiça Perdeu a Coragem?
Por
que chamar de juizeco um magistrado brasileiro nessa altura do campeonato?
Pode
acreditar que não é por ter sido ele juiz de primeira instância.
O
Brasil tem, segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cerca de “79,7
milhões de processos pendentes na justiça do País”. Sabe quem faz ou deveria
fazer esse trabalho, os juízes de 1ª. Instância.
Ainda
segundo o CNJ “(...) ao todo, o Poder Judiciário terminou 2016 com 18.011
juízes de direito, desembargadores e ministros.”
Portanto,
são dezenas de profissionais que eu particularmente, não conheço. Sei, no
entanto, que são valorosos trabalhadores e trabalhadoras da base do judiciário
brasileiro. Merecem toda nossa consideração e respeito.
Ao
contrário de Moro que atuou de forma político-partidária, esse conheço, todos
conhecem.
Moro,
ao criar a Lava Jato em 2009, com o objetivo de investigar crimes de lavagem de
recursos relacionados ao ex-deputado federal José Janene, em Londrina, no
Paraná. Além do ex-deputado, estavam envolvidos nos crimes os doleiros Alberto
Youssef e Carlos Habib Chater, criou a expectativa de que enfim a corrupção
seria seriamente combatida.
Mas
não foi bem assim que as coisas se desenvolveram.
A
operação acabou se transformando numa máquina para destruir parte da economia
de base do país, perseguir o Partido dos Trabalhadores e sua maior liderança,
Lula da Silva, o que fez Moro despontar no cenário judicial, midiático e
político brasileiro e internacional como o “fodão”, o herói acalentado pelas
elites e seus capachos da classe média.
Perseguiu
e prendeu seletivamente.
Vilipendiou
e humilhou publicamente as pessoas que, presas em verdadeiros shows midiáticos,
eram execrados por seus cegos seguidores e conduzidas à masmorra da chamada
“República de Curitiba”.
Dizem
que, além dos vazamentos ilegais de áudios envolvendo a presidenta do país na
época, Dilma Roussef, negociou delações, exigindo que depoentes que antes
falavam a favor de Lula, voltassem a fazer novo depoimento, nova delação
premiada acusando o ex-presidente com o claro e inequívoco objetivo de
sentencia-lo.
Nesse
sentido passou a ser figura carimbada no noticiário da grande mídia
conservadora daqui e de fora.
Virou
herói de filme.
Ovacionado
por onde passou.
Por
essa e outras, é bastante conhecido.
Nesse
aspecto foi escolhido ministro da justiça como prêmio por sua atuação
político-partidária em favor das elites.
Agora,
no governo do Jair Bolsonaro (PSL) , em meio a vários colegas envolvidos em
corrupção como, por exemplo, o ministro da Casa Civil Onyx Lorenzoni (DEM), o
que fará Moro?
Segundo
o Jornal Zero Hora “Por quase 10 anos, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni
(DEM), usou 80 notas fiscais de uma empresa de consultoria tributária para
receber da Câmara R$ 317 mil em verbas de gabinete. Dos 80 cupons, 29 foram
emitidos em sequência pela Office RS Consultoria Sociedade Simples, indicando
que o então deputado foi o único cliente da empresa por meses a fio.”
E
aí paladino anti corrupção!
Vai
continuar fechando os olhos?
Vai
perdoar novamente como se emanasse de você a lei?
Por
tudo isso e mais um pouco chamo Sérgio Moro de juizeco.
por
José Gilbert Arruda Martins
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