domingo, 14 de julho de 2019

DELTAN, O PILANTRA ENRIQUECEU COM A LAVA JATO


Deltan Dallagnol lucrou com fama da Lava Jato.
Deltan fez da prisão de Lula uma escada para ficar rico.
O mais sério é que esse projeto de enriquecimento e projeto de poder...
Como consequência, levou às Reformas que empobreceram ainda mais o povo.
Reformas que atingiram e atingem em cheio os mais pobres.
Em contrapartida, o “homem de deus”, Deltan Dallagnol, enriqueceu...
Que deus hem?
O que está acontecendo é um assalto dos ricos contra os pobres.
Mensagens divulgadas neste domingo em reportagem conjunta do jornal Folha de S. Paulo com o site The Intercept Brasil mostram que o procurador da República e coordenador da força-tarefa da Lava Jato Deltan Dallagnol montou um plano de negócios que envolvia eventos e palestras para poder lucrar financeiramente com a fama obtida por meio da operação.
De acordo com a reportagem, a ideia de criar uma empresa que pudesse aproveitar a notoriedade obtida com a Lava Jato foi explicitada por Deltan em dezembro de 2018 em diálogo com sua mulher.
Ainda no mesmo mês, ele e outro integrante da força-tarefa, o procurador Roberson Pozzobon, criaram um grupo de mensagens destinado a discutir o tema, com a participação de suas esposas.
“Antes de darmos passos para abrir empresa, teríamos que ter um plano de negócios e ter claras as expectativas em relação a cada um.”
“Para ter plano de negócios, seria bom ver os últimos eventos e preço”, disse Deltan Dallagnol no grupo.
Pozzobon respondeu: “Temos que ver se o evento que vale mais a pena é: i) Mais gente, mais barato ii) Menos gente, mais caro. E um formato não exclui o outro”.
Em um diálogo com sua mulher, Deltan evidenciou seus objetivos. “Vamos organizar congressos e eventos e lucrar, ok?”
“É um bom jeito de aproveitar nosso networking e visibilidade”, escreveu.
“Se fizéssemos algo sem fins lucrativos e pagássemos valores altos de palestras pra nós, escaparíamos das críticas, mas teria que ver o quanto perderíamos em termos monetários”, comentou ainda o procurador.
Em 14 de fevereiro de 2019 Deltan propôs que a empresa fosse aberta em nome de suas mulheres, com a organização dos eventos ficando sob responsabilidade de Fernanda Cunha, dona da firma Star Palestras e Eventos.
A legislação proíbe que procuradores gerenciem empresas, permitindo somente que sejam sócios ou acionistas de companhias.
 As mensagens indicam também que Deltan utilizou os serviços de duas funcionárias da Procuradoria em Curitiba para organizar atividade pessoal de palestrante no curso da Lava Jato.
“Embora uma ‘cambalhota’ flexibilize a proibição de outras atividades a juízes e promotores, admitindo a participação ‘esporádica’ remunerada em palestras, não é disso que se trata. São os planos de montagem de uma estrutura profissional – e semi-clandestina, porque formalmente em nome de suas mulheres – para ganhar uma bolada de dinheiro explorando o prestígio alcançado com a Operação, isto é, com o exercício de suas funções”, aponta Fernando Brito, do site Tijolaço.
“O que Deltan Dallagnol JAMAIS poderia imaginar era que o castelo de areia que eles ergueram (baseados em mitos como o da seriedade, da honestidade e da retidão moral dos procuradores) seria desmanchado tão facilmente pela onda avassaladora da #VazaJato.
O período dos grampos vai de 2015 a 2019, imagine a quantidade de sujeira que o The Intercept e outros veículos, poderão divulgar...
REFERÊNCIAS:
https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2019/07/vazajato-deltan-queria-lucrar-com-fama-da-lava-jato/

sábado, 13 de julho de 2019

MORO OUVIU CONVERSAS DE ADVOGADOS DE LULA EM TEMPO REAL



Suspeição de Moro é suficiente para anular todo o processo.
Cristiano Zanin, advogado de Lula, deu entrevista ao jornal El País..
Vamos destacar aqui no Resistência Contemporânea alguns trechos ...
Cristiano Zanin: “A Lava Jato ouviu em tempo real as nossas conversas. É uma violência ao direito de defesa”
El País: A estratégia da defesa vai mudar após as mensagens vazadas pelo The Intercept?
Cristiano Zanin: Esse material do The Intercept, que também está sendo divulgado por outros veículos, reforça uma situação que foi por nós colocada desde o início dos processos do ex-presidente Lula, que é a suspeição do então juiz Sergio Moro e também dos procuradores da Lava Jato.
Em 2016, nós apresentamos, tanto a suspeição de Moro, quanto dos procuradores.
E esses incidentes foram sendo processados ao longo do tempo e agora chegou ao Supremo Tribunal Federal.
El País: Quais elementos foram usados para comprovar a suspeição que vocês apresentaram?
Cristiano Zanin: São vários fatos que apontam claramente para a suspeição, de acordo com o que diz a lei brasileira e os tratados internacionais que o Brasil se obrigou a cumprir.
Primeiro, as diversas medidas tomadas em relação ao ex-presidente Lula antes da fase processual que indicavam uma predisposição do ex-juiz Moro para condenar o ex-presidente.
Houve a condução coercitiva, incompatível com a Constituição como reconheceu o próprio Supremo, buscas e apreensões diversas na casa do ex-presidente, dos seus filhos e colaboradores, interceptações telefônicas em larga escala, inclusive com a divulgação de parte das conversas interceptadas, que foi aquela entre Lula e Dilma, coletada após o exaurimento da autorização.
Houve também interceptações no nosso escritório para acompanhar a estratégia de defesa.
Ou seja, houve o acompanhamento em tempo real de conversas entre advogados que estavam tratando da defesa do ex-presidente Lula.
Não é tão somente o fato de ter ocorrido uma interceptação, mas sim uma interceptação que foi acompanhada em tempo real, por 25 dias, quando policiais, procuradores e o juiz Moro sabiam de tudo o que era conversado pelos advogados e possivelmente tomavam medidas para inviabilizar a estratégia da defesa.
Teve também a participação de Moro em inúmeros eventos claramente de natureza política e sempre marcados por ser de oposição política ao ex-presidente Lula.
Ainda a questão bastante relevante que foi a interferência direta de Moro durante a eleição, sobretudo com a divulgação de uma parte da delação de Palocci.
Outro argumento que integra o nosso habeas corpus é o fato dele ter deixado o cargo de juiz que conduzia os processos contra o ex-presidente Lula, que inviabilizou a sua candidatura, para assumir um dos principais cargos no governo que se elegeu a partir do momento em que Lula foi impedido de ser candidato.
Esse quadro, totalmente documentado e comprovado, é mais do que suficiente para configurar a suspeição do ex-juiz Moro e consequentemente para que seja anulado todo o processo.
El País: O processo inteiro?
Cristiano Zanin: Todo o processo. É o que diz a lei: uma vez reconhecida a suspeição, todos os atos são anulados e o processo deve ser reiniciado na presidência de um juiz imparcial independente.
Esse é um direito que vale para qualquer cidadão, mas que para o ex-presidente não valeu.
 (Foto por Ricardo Stuckert, em dezembro de 2016)
FONTE:
https://brasil.elpais.com/brasil/2019/07/11/politica/1562871221_209921.html
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/zanin-lava-jato-ouviu-em-tempo-real-as-conversas-da-defesa-de-lula

MORO, DALLAGNOL E GEBRAN, AMIGOS ÍNTIMOS



Novos diálogos, divulgados em parceria com o The Intercept Brasil, pela revista Veja desta semana mostram que o procurador Deltan Dallagnol manteve “encontros fortuitos” com o desembargador João Pedro Gebran Neto, relator da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), que fica em Porto Alegre.
 “Falei com ele (Gebran) umas duas vezes, em encontros fortuitos, e ele mostrou preocupação em relação à prova de autoria sobre Assad…”, diz Dallagnol ao procurador Carlos Augusto da Silva Cazarré, que atua junto ao TRF4, solicitando a ele que “sondasse” o desembargador sobre o acusado Adir Assad, tido como “operador de propinas” na Petrobras, preso pela Lava Jato e condenado em 2015.
Os diálogos ocorreram em julho de 2017, pouco mais de um mês antes de Assad fechar acordo de delação premiada com os procuradores da Lava Jato.
A defesa de Lula inclusive chegou a pedir que Gebran fosse impedido de julgar o ex presidente.
Moro e Gebran são amigos íntimos.
Moro e Gebran são cunhados.
Gebran faz apresentação de livro de Moro.
É importante tentar entender que esses canalhas construíram num projeto de poder.
Eleger Bolsonaro ou alguém do PSDB...
Moro ir para o STF ou a um ministério...
Moro chegou a defender vaga a Gebran no STF...
(...)


sexta-feira, 12 de julho de 2019

SENADO APROVARÁ PREVIDÊNCIA EM 45 DIAS



Após ser submetida por uma nova aprovação no plenário da Câmara dos Deputados, o que deve acontecer ainda nesta semana, a reforma da Previdência irá para a análise no Senado, em agosto, depois do recesso parlamentar.
Diferentemente da Câmara, onde a Proposta de Emenda Constitucional foi analisada e debatida em duas comissões, antes de ir à plenário, na segunda casa o pacote será analisado apenas na Comissão de Constituição e Justiça, antes de ser votada por todos os senadores, também em dois turnos.
Segundo informações da Rádio Senado, na matéria de Hérica Christian, o presidente da segunda casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP) estipula um prazo de até 45 dias para os senadores votarem a reforma da Previdência.
A razão, é porque, segundo o parlamentar, a discussão já estaria bem amadurecida entre os senadores.
No Senado, o relator da Proposta de Emenda à Constituição já foi escolhido, é Tasso Jereissati (PSDB-CE).
Ele adiantou que mudanças na versão recebida da Câmara dos Deputados serão inseridas em uma proposta paralela, entre elas a inclusão de Estados e Municípios na reforma, para atingir também os servidores dessas regiões.
Dessa forma, Jereissati pretende garantir o andamento do trâmite da PEC da reforma na Casa, iniciando pela votação do que é consenso entre os senadores, e deixando para uma “PEC paralela” os pontos controversos.
“Existe uma tendência de inclusão de Estados e Municípios. Estamos trabalhando com a hipótese de fazer uma espécie de PEC paralela, para que não atrase a aprovação do coração do projeto, e incluir Estados e Municípios para que a reforma fique realmente completa”.

FONTE:
https://jornalggn.com.br/politica/davi-alcolumbre-estima-45-dias-para-aprovar-previdencia-no-senado/

quinta-feira, 11 de julho de 2019

PHA



O Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim é minha inspiração diária...
Gosto muito da maneira que PHA fala sobre tudo, principalmente sobre o PIG e a política...
Fiquei sabendo da morte do PHA quando entrava em sala de aula hoje...
A revista Fórum do Rovai é que me deu a triste notícia...
No 247 do Attuch confirmei a triste notícia...
Quando informei os professores indígenas, meus alunos e alunas no curso, fui maravilhosamente surpreendido... todos e todas lamentaram a perda irreparável...
Escrevi o nome do PHA e do Conversa Afiada no quadro ...
E fomos conversar sobre o buraco enorme que PHA deixaria no jornalismo brasileiro...
Comentei com meus professores/alunos...
Cara!
É uma imensa e profunda tristeza...
É um sentimento de perda enorme...
Senti imensa tristeza, cara como pode?
 Logo agora, que precisamos tanto de jornalistas combativos, guerreiros, o cara resolve nos deixar...
Sai da sala para enxugar as lágrimas no banheiro da escola...
No DCM li que PH sofreu um infarto ...
No GGN que ele era amigo de longa data do Mino Carta...
Na Carta Capital li a frase do Mino: “PHA era um irmão”

No Conversa Afiada do PHA li...
PHA, jornalista e tricolor (1943-2019)
PHA, jamais te calarão...
Nossa voz será a tua voz...
Vamos continuar na luta por liberdade, justiça, democracia...


APROVADO DESMONTE DA PREVIDÊNCIA




Por 379 votos a 131, a Câmara dos Deputados aprovou na noite desta quarta-feira o texto base da reforma da Previdência, segundo relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP).

O projeto vai a votação em segundo turno e depois segue para o Senado.
Em discurso na tribuna, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) saudou o “protagonismo” do Legislativo e afirmou que as reformas do Estado têm o “intuito de reduzir desigualdades”.
Basicamente, o texto aprovado exige idades mínimas para se requerer a aposentadoria de 65 anos para homens e 62, para mulheres.
Também altera o cálculo do valor da aposentadoria a ser recebida: o piso do benefício será de 60% da média de todas as contribuições feitas pelo trabalhador.
Para se aposentar com o valor integral, será preciso ter acumulado 40 anos de contribuições.
Ainda não há números consolidados a respeito de quanto o governo Jair Bolsonaro está “disponibilizando” para “convencer” os deputados a votar a favor da reforma da Previdência.
O Planalto liberou R$ 1,13 bilhão em emendas parlamentares relacionadas à área da saúde, o que foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) na noite desta terça-feira. 
Deputados da oposição apontam ilegalidade e falta de condições orçamentárias para o governo cumprir o prometido.
“Ou seja, o governo autorizou o empenho de mais de R$ 444 milhões sem autorização legislativa”, relata o partido. O caso configura crime de responsabilidade, de acordo com o Psol.
A ofensiva do governo contradiz tudo que Bolsonaro afirmou sobre “nova” e “velha” política, desde a eleição até o período inicial de sua gestão.
Sem a prática do chamado “toma lá, dá cá”, o Planalto não conseguiria aprovar a reforma, com a exigência constitucional de 3/5 dos deputados da Câmara, ou 308 votos.
O PT e o Psol vão ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a liberação de R$ 1 bilhão em emendas aos parlamentares.
Segundo Valente, o “convencimento” envolve de “30 a 40 cargos para apadrinhados do Centrão nos últimos dias”.
O parlamentar acrescenta que emendas parlamentares, isenção a ruralistas e redução fiscais para igrejas “compõem a vergonhosa compra de votos para a reforma”.
Paulo Ramos (PDT-RJ), também no Plenário, comentou: “Cada um vai votar recebendo milhões em emendas para enganar os eleitores. A reforma representa um crime para os menos favorecidos”.
Durante a tarde, deputados da chamada “bancada da bala” obtiveram acordo com o governo abrandando as regras para policiais federais, rodoviários federais e policiais legislativos.
Francamente favorável à reforma, o mercado reage positivamente à aprovação no texto base do governo no Congresso.
Nesta quarta-feira, o dólar fechou em queda de 1,3%, a R$ 3,759, o menor valor desde o final de fevereiro.

BRASIL INDUSTRIALIZAÇÃO OU MORTE




A redescoberta da nação

A grande crise que começou em 2013 dura até hoje.
No plano econômico, ela é estrutural; decorre do fato de desde os anos 1980 tanto o Estado quanto o setor privado terem perdido capacidade de investir; no plano político, ela começa com as grandes manifestações de junho de 2013 que marcaram o rompimento da classe média brasileira com o pacto democrático-popular das Diretas-Já.
O rompimento da classe média decorreu da incapacidade dos governos, tenham sido eles de centro-direita ou de centro-esquerda, de retomar o desenvolvimento econômico interrompido em 1980.
A partir de 1990, no quadro da democracia, com a preferência pelo consumo imediato, os interesses financeiros prevaleceram sobre o componente desenvolvimentista do pacto, e a classe média se viu espremida entre uma classe alta, financeiro-rentista, que se beneficiava dos juros e do câmbio apreciado, enquanto os pobres eram beneficiados pelas políticas sociais e pelo aumento do salário mínimo.
O rompimento da classe média ocorreu em 2013, quando essa classe deu uma grande guinada para a direita e se submeteu ao neoliberalismo.
Quando, em 2014, o PT ganhou as eleições por pequena margem, não obstante haver perdido o apoio das elites econômicas, esse partido e seu líder foram transformados em “inimigos públicos”, aprofundando a crise política.
O desencadeamento de uma crise financeira e fiscal nesse mesmo ano de 2014, cuja culpa foi atribuída ao governo Dilma Rousseff, agravou essa guinada.
Ocorre, então, uma sequência de conluios que aproveitam da hegemonia neoliberal.
Primeiro, o vice-presidente Michel Temer, para obter o apoio das elites e da classe média e lograr o impeachment, encomendou a economistas neoliberais o documento “Uma Ponte Para o Futuro”; ao mesmo tempo, para se legitimar as violências contra o Estado de Direito da Operação Lava Jato, o então juiz Sergio Moro e seus procuradores escolheram o PT e Lula como seus alvos; finalmente, e segundo a mesma lógica, o candidato Bolsonaro escolheu um economista radicalmente ortodoxo, Paulo Guedes, para alcançar a Presidência.
Esses três conluios não foram apenas contra a esquerda, foram contra o Brasil.
Os governos que deles resultaram colocaram todas as suas fichas em uma incompetente política fiscal procíclica de corte dos investimentos públicos, mostrando-se, assim, incapazes de adotar as políticas necessárias para a retomada do desenvolvimento econômico, enquanto procuravam vender as empresas públicas monopolistas a estrangeiros.
Hoje, o fracasso desse conservadorismo e dessa dependência radical aos Estados Unidos está minando a hegemonia neoliberal.
E vemos, de repente, ressurgir a ideia da nação brasileira.
Vemos intelectuais e políticos tanto na centro-esquerda quanto na centro-direita, que haviam “esquecido” o nacionalismo econômico, voltarem-se para ele —voltarem-se para uma nação que, não obstante as lutas inerentes à sociedade civil, seja capaz de unir os brasileiros em torno de um projeto nacionalista e desenvolvimentista.
Não basta para um país a competitividade técnica (a produtividade); é preciso que o país tenha também competitividade monetária, ou seja, uma taxa de câmbio competitiva que assegure às empresas brasileiras igualdade de condições na concorrência com as empresas de outros países.
Não basta ser contra a venda dos móveis da família. É preciso que a família brasileira abandone a não-política de um regime econômico voltado para o consumo e o substitua por um regime de política econômica voltado para a produção e a competitividade.
O nacionalismo econômico só faz sentido quando o país, além de rejeitar a dependência, abandona a preferência pelo consumo imediato e se dispõe a competir no nível internacional.

Do professor Luiz Carlos Bresser-Pereira: https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/07/a-redescoberta-da-nacao.shtml

quarta-feira, 10 de julho de 2019

INTERCEPT DIVULGA PRIMEIRO ÁUDIO



De Leandro Demori, Alexandre de Santi, Rafael Moro Martins, Amanda Audi, Tatiana Dias e Bruna de Lara, no Intercept Brasil:

HÁ UM MÊS, o Intercept iniciou uma série de reportagens que mudaram para sempre a história da operação Lava Jato, de seus procuradores e do ex-juiz e atual ministro de Jair Bolsonaro, Sergio Moro.
Antes vistos como heróis intocáveis, os monopolistas do combate à corrupção (que tentavam silenciar qualquer voz que se levantasse para expor seus erros, abusos e ilegalidades) hoje são vistos de outra maneira pela população: 58% dos brasileiros acreditam que as conversas de Moro com procuradores são inadequadas.
A desconfiança é ainda maior entre os jovens: na faixa etária de 16 a 24 anos, 73% não querem um país guiado pelo espírito justiceiro de Moro.
Em seus primeiros capítulos, as histórias dos arquivos secretos da Vaza Jato mostraram Moro atuando como chefe de fato dos procuradores, o que é ilegal;
Expuseram o coordenador da força-tarefa Deltan Dallagnol apresentando uma denúncia contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da qual ele próprio duvidava;
E revelaram os procuradores da Lava Jato (incluindo Deltan) operando secretamente para evitar que Lula desse uma entrevista durante a campanha eleitoral por medo que pudesse ajudar a “eleger o Haddad”.
INTERCEPT DIVULGA PRIMEIRO ÁUDIO
É a voz do Dallagnol
Hipócrita celebra a decisão de Fux que calou a imprensa.
A comemoração de Dallagnol expõe mais uma vez sua hipocrisia e sua motivação política: antes de serem alvos de vazamentos, os procuradores da força-tarefa enfatizavam – em chats privados com seus colegas – a importância de uma imprensa livre, o direito de jornalistas de publicar materiais obtidos por vias ilegais e que a publicação desses materiais fortalece a democracia.

FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/intercept-divulga-o-primeiro-audio-e-a-voz-do-dalainho

MORTE POLÍTICA DE MORO




(Carta Capital artigo de Marcos Coimbra)

A morte política de Moro

Em si, Sérgio Moro não tem mais importância na política brasileira.
Todos os verbos que se referem a ele estão no passado.
Chegou a ser uma hipótese de figura de primeira grandeza, quando surgiu para a opinião pública nacional como o juiz ferrabrás de uma tal Lava Jato.
A maioria não o conhecia e somente os mais interessados no dia a dia do Judiciário sabiam quem era.
Às vezes, acende-se uma pequena luz no quadro da política.
Pode ser um prefeito que chama a atenção, um procurador inovador, um ministro que se destaca, um empresário com boas ideias.
Ser governador de estado aumenta a chance de ser visto. A luz se acende, mas costuma apagar-se. É preciso mais que a oportunidade para criar um personagem relevante. No mínimo, é necessário ter carisma e substância.
Tome-se o caso de alguém cujo conceito original se enraizava em lugar semelhante ao de Moro no imaginário da sociedade.
A luz de Fernando Collor faiscou em 1987, quando assumiu o governo de um dos menores estados do País com a bandeira da “Guerra aos Marajás”.
Recebeu toda a ajuda que teve (e não foi pouca), mas só virou presidente porque a matéria-prima de sua imagem era forte, várias vezes mais forte que a do ex-juiz.
O nome de Moro chegou a ser incluído em algumas pesquisas na última eleição. Em uma do Datafolha de setembro de 2017, não alcançava 10%, apesar de ser conhecido por quase 80% dos entrevistados (Collor, em condições semelhantes, a onze meses da eleição e entre quem o conhecia, passava de 40%).
Números decepcionantes para alguém com tantas pretensões, que devem tê-lo ajudado a desistir da aventura.
Percebendo que seu cacife era pequeno, Moro provavelmente avaliou que o melhor caminho seria tornar-se um “grande eleitor”, assumir o governo com o vitorioso e, a partir daí, garantir uma poltrona na primeira fila da política nacional.
A esse projeto se dedicou desde o começo de 2018, esperando, pelo menos, o prêmio de consolação de uma cadeira no Supremo.
Cumpriu o combinado com Bolsonaro e o antipetismo, correndo para tirar Lula da eleição, custasse o que custasse, passando por cima das normas mais básicas do Direito.
Graças ao The Intercept Brasil, temos agora uma ideia de como ele e sua turma agiram para interferir na eleição.
Nada, porém, que surpreenda quem se lembra de suas fotos debochadas com Michel Temer e os amigos tucanos.
As revelações até agora publicadas do Intercept (e deve haver outras) bastam para colocar uma pá de cal nas ambições de Moro.
Bolsonaro e o bolsonarismo erram, contudo (como é regra), ao rir-se das desventuras de Moro e de seus patéticos esforços de se agarrar a eles para não afundar.
Destituído de futuro, sem um presente que possa ser defendido, resta como símbolo de um passado, em que era ampla a sustentação da Lava Jato e da hipotética renovação que representaria.
Os que permanecem presos a essa ilusão não podem admitir a morte de Moro.
Quem o patrocinou lá atrás, como o sistema Globo, um pedaço da cúpula do Judiciário e do Exército, só o jogará fora se não houver jeito.
É o único herói da “revolução gloriosa” que fabricaram, a luta para acabar com Lula e o PT a pretexto de erradicar a corrupção.
Sem Moro, a imagem do projeto que arquitetaram é o constrangedor retrato do zoológico bolsonarista.
Para todos, bem como para Bolsonaro e seu governo de figuras ridículas e inexpressivas, a morte política de Moro é um revés.
Há outra hipótese, de Moro ser capaz de resolver seu problema e Bolsonaro mostrar-se um presidente competente na solução de crises, mas podemos descartá-la. Os próximos meses serão piores para o capitão.

Carta Capital artigo de Marcos Coimbra: https://www.cartacapital.com.br/opiniao/revelacoes-do-intercept-colocam-pa-de-cal-nos-planos-de-sergio-moro/

terça-feira, 9 de julho de 2019

GANGUE DO PAVÃO MISTERIOSO



Não queria falar de jeito nenhum sobre esse tal Pavão Misterioso mas...
Mas, a bobagem pode ter por trás, pessoas ligadas diretamente ao bolsonarismo...
Alguns falam que Carlos Bolsonaro pode estar por trás desse perfil falso...
Para atacar adversários...
Fundamentalmente atacar o Glenn e seu marido David Miranda...
Assim agem os Bolsonaristas...
Mentiras são parte da “verdade” dessa tropa...
É mais uma molecagem que precisamos, infelizmente, acompanhar...
‘Gangue do Pavão’ usa baixarias para proteger Moro
Sob a hashtag “O Pavão voltou” reapareceu o perfil falso que está, outra vez, usando montagens primárias contra as revelações do The Intercept, agora para fazer crer que invadiu o “Telegram” de Leandro Demori, David Miranda, marido de Glenn Greenwald e outros.
A coisa é tão imbecil que usam como ilustração uma foto dos dois telefones fisicamente juntos, sobre um papel rabiscado, exibindo suas telas de apresentação com fotos retiradas de suas contas no Twitter, onde são, naturalmente, públicas.
É o primeiro caso de “invasão eletrônica em 3D”, pois até imbecis como ele sabem que invadir o telefone não dá a ninguém o poder de emergir dele e fotografá-lo – ainda mais arrumadinho ao lado de outro.
É o inédito caso de ‘hacker’ de fora para dentro de um aparelho celular.
A coisa toda é primária, outra vez, e seria para rir, se não estivesse sendo feita por gente sem caráter e disposta a usar chantagem e ameaça como forma de parar uma investigação jornalística.
É preciso cada vez mais cuidado por parte dos jornalistas com esta turma, porque do ódio político ao banditismo a distância costuma ser curta.
E, pior, as autoridades policiais, em lugar de proteger a imprensa, passa a fazer o mesmo papel, indo fuçar a vida financeira de jornalistas pelo simples fato de que publicam o que seu “chefe” não que que seja revelado.

José Gilbert Arruda Martins

Fonte:
https://www.brasil247.com/midia/fernando-brito-gangue-do-pavao-usa-baixarias-para-proteger-moro

DESTRUIÇÃO DA PREVIDÊNCIA AVANÇA



‘Reforma’ avança independentemente do governo com aval de Maia.
Presidente da Câmara conduziu processo que permitiu aprovação de projeto em comissão especial, driblando inabilidade de Paulo Guedes.
O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), aposta na aprovação da “reforma” da Previdência antes do recesso parlamentar, no dia 18, o que significa concluir a votação praticamente durante a próxima semana, quando a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 6 chega ao plenário da Casa.
É Maia, e não o Executivo, quem dá a dinâmica da tramitação do projeto, observa o analista político Marcos Verlaine, do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).
“A reforma caminha a despeito do governo”, afirma.
Segundo Verlaine, foi o chamado centrão, bloco parlamentar majoritário, que “alterou, negociou e viabilizou” a votação da PEC 6 na comissão especial, aprovando o relatório do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP) por 36 votos a 13.
“Ele (centrão) está impondo a agenda.”
Assim, o projeto avança não pelo governo, mas pela convergência de interesses entre um Congresso de perfil liberal-conservador, com presença majoritária de empresários, e as mudanças propostas para a Previdência, pouco alteradas com o relatório do deputado tucano.
Ele identifica aproximadamente 100 deputados alinhados com a oposição, outros 100 ou um pouco menos na base governista mais consolidada e os demais 300 nesse bloco reunidos sob lideranças como Maia.
Com algumas mudanças – “Tênues”, diz Verlaine –, o texto mantém as bases da proposta que havia sido encaminhada já no governo Temer: aumento da idade mínima e do tempo de contribuição, com redução do valor do benefício. “Num quadro de instabilidade econômica, de alta rotatividade, o trabalhador da iniciativa privada vai ter muita dificuldade de se aposentar.
A grande maioria não tem nenhuma chance de se aposentar pelo valor integral”, observa o analista, lembrando ainda da crescente informalidade do mercado, reforçada por modalidades criadas por outra “reforma”, a trabalhista, como os contratos a tempo parcial e intermitente.
“Essa massa de gente trabalhando sob novos contratos não tem nem como contribuir (para a Previdência).”

RBA: https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2019/07/reforma-avanca-independentemente-do-governo-com-aval-de-maia-observa-analista/

segunda-feira, 8 de julho de 2019

MORO PEDIU ARREGO



Alvo de diversas denúncias feitas pelo The Intercept, o ministro da Justiça, Sergio Moro, pediu licença não remunerada do cargo ‘para tratar de assuntos particulares’.
O afastamento, entre os dias 15 a 19 de julho, foi concedido pelo governo.
Para deputados da oposição, Moro está se escondendo, após as denúncias de ilegalidades cometidas enquanto juiz da Operação Lava Jato.
A bancada do PT, por exemplo, questionou o que está por trás do afastamento.
“É esquisito. A casa está caindo para ele.”
“Se avolumam as denúncias e suspeitas de que ele agiu de maneira ilegal e pede para tirar uns dias.”
O que está por trás disso?, questionou o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
Por ter assumido o cargo em janeiro, Moro não tem direito a férias e utilizou o recurso da licença.
No último domingo, o The Intercept Brasil e o jornal Folha de S.Paulo divulgaram hoje novos diálogos de Sergio Moro com procuradores da Lava Jato, que indicam uma articulação do ex-juiz federal para vazar dados da delação da Odebrecht sobre a Venezuela, que estava sob sigilo.
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), ironizou em sua conta no Twitter: “Moro vai tirar férias? Como assim, não tem nem um ano de serviço.”
“Ou vai se afastar para ser investigado, o que seria correto?”
Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) destaca que Moro tira férias em meio ao bombardeio da Vaza Jato.
“O ministro tem seis meses de trabalho à frente da pasta e já quer férias?”
Recentemente, em entrevista ao Sul21, Lula sugeriu que o ministro da Justiça pedisse afastamento temporário.
“Enquanto está sob suspeita, o Moro poderia pedir licença do Ministério da Justiça, e não ficar se escondendo atrás do cargo.”

RBA - https://www.redebrasilatual.com.br/destaques/2019/07/moro-licenca-cargo/

LULA NA FINAL COPA AMÉRICA



Em domingo de final da Copa América disputada pelas seleções do Brasil e do Peru – no qual o presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi vaiado e por pouco não caiu da arquibancada – quem marcou presença foi o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Antes do início do jogo, que acabou em 3 a 1 para o Brasil, os militantes do Coletivo Alvorada estenderam uma imensa faixa amarela pela liberdade de Lula.
O ato contou com participação do trompetista Fabiano Leitão,  conhecido por tocar músicas marcantes das campanhas eleitorais de Lula em diferentes espaços públicos.
A iniciativa do Alvorada emocionou muitos outros militantes pela liberdade do ex-presidente, condenado sem provas e preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba desde 7 de abril de 2018.
E ganhou destaque nas redes sociais.
R$ 800 contos era o valor do ingresso...
R$ 38 milhões foi a renda...
Portanto, dos 70 mil presentes, quem não era classe média ou classe rica?
Mesmo assim o Bozo foi vaiado...
Parece que os brancos endinheirados que apoiaram o golpe e o desmonte do Brasil, realmente estão arrependidos...
O maracanã, que antes recebia o povo agora é templo fascista...
A R$ 800, um salário mínimo, o povo foi, como em quase tudo nesses tempos sombrios, excluído do futebol.
Logo o futebol esporte das massas...
Logo o Maracanã que sempre acolheu o povo...


por José Gilbert Arruda Martins
Com informações da RBA