O golpe nos juntou a três importantes, mas pequenos e
famélicos países da América Latina no que se refere ao atraso secular que
sofreremos com a quebra das instituições “quase” democráticas.

Não que Honduras e Paraguai não mereçam todo nosso respeito
e consideração, mas as elites rentistas e as locais daqueles dois países
esqueceram as leis e a Constituição e, como aqui, derrubaram governos eleitos
pelo voto popular.
A imprensa do mundo – The New York Times, The Guardian, El
País, Le Monde Diplomatique…jornais da Alemanha etc. estão diariamente
criticando e debatendo o golpe absurdo no Brasil.
Somos a “chacota da vez”, a piada de apresentadores,
diplomatas, povo do cafezinho nas padarias e bares do mundo.
Destituímos uma presidenta que não cometeu crime algum com
um parlamento recheado de ladrões e corruptos.
Todo o mundo sabe o ladrão não é apenas Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), esse senhor foi apenas o “capitão” do golpe, por trás, na escuridão
do chiqueiro malcheiroso, temos José Serra (PSDB-SP), um dos orquestrados do
golpe, o conhecido entreguista que assumiu ontem o Ministério das Relações
Exteriores, pasta estratégica para alguém que deseja de forma rápida,
silenciosa e sorrateira, entregar a Caixa, o BB, os Correios e o que ele não
conseguiu entregar da Petrobrás na década de 1990.
A imprensa tupiniquim fala, inclusive, do retorno do Brasil
ao FMI, ao Banco Mundial, ao Clube de Paris, será um triste fim da trajetória
de uma política externa construída ao longo dos últimos 13 anos baseada na
altivez e na construção de alternativas como por exemplo, os BRICS.
Mas, o pior de tudo, o lado mais sombrio dessa farra
golpista é o sofrimento concreto que essa gente causará ao nosso povo mais
pobre.
Os “novos” ministros – sete deles envolvidos até o pescoço
com corrupção e crimes outros -, têm alardeado aos quatro ventos que os
programas sociais precisam ser revistos. O Bolsa Família, segundo informações
veiculadas nas redes sociais, sofrerá uma redução importante; o Minha Casa
Minha Vida idem...até o SUS está ameaçado em desaparecer ou diminuir, são os
novos ventos do autoritarismo vindo exatamente de encontro aos interesses e
necessidades dos mais frágeis da sociedade.
Há! Não poderíamos deixar de citar outros famosos golpistas:
Aécio Neves, Agripino Maia, Paulo da Força Sindical, Cristovam Buarque,
Reguffy, Hélio José, Izalci, Alberto Fraga, Geraldo Alckmin, FHC sendo que esse
último marcou sua já deteriorada biografia como um dos mais importantes
golpistas, foi aquele que, junto a Serra e outros, esquematizaram o golpe nas
sombras...
Uma saída para o contragolpe talvez, seja unir o povo de
Honduras, Paraguai e Brasil nas ruas e lutar, fazer o contraponto desse circo
absurdo criado pelas elites e pela velha mídia.
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