Ariano Suassuna
Por que caras desse tipo não são
imortais?
Quando o Brasil perde um cara como Ariano,
ficamos meio órfãos, mais pobres, mais tristes...mais perdidos.
O Brasil perdeu, a cultura brasileira
perdeu...
Ariano, um brasileiro nordestino, que
amava viver e falar do seu país do seu Povo...
Quem é mais brasileiro que Ariano
Suassuna? Não sei...
Dom Hélder Câmara...que o Brasil
perdeu, também era um brasileiro.
Ariano...
As palavras somem...as palavras não
saem...cara que solidão...
“Ariano foi o idealizador do
Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita com os
elementos da cultura popular do Nordeste brasileiro. Tal movimento procura
orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança,
literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras.
Dos seus textos narrativos, o mais
marcante foi O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do
Vai-e-Volta, publicado em 1971. Inspirado em um episódio ocorrido no século 19,
no interior de Pernambuco, o livro acompanha Quaderna, personagem que é preso
na cidade de Taperoá por subversão.
Ele faz a própria defesa diante do
corregedor e, para tanto, relata a história de sua família, escrita na prisão.
Declara-se descendente de legítimos reis brasileiros, castanhos e “cabras” da
Pedra do Reino – sem relação com os “imperadores estrangeiros e falsificados da
Casa de Bragança” – e conta o seu envolvimento com as lutas e as desavenças
políticas, literárias e filosóficas no seu reino.
Um “romance-memorial-poema-folhetim”,
como definiu Carlos Drummond de Andrade, o livro é considerado um monumento
literário à cultura caboclo-sertaneja nordestina, marcada pelas tradições do
mundo ibérico.”
Por José Gilbert Arruda Martins
(Professor)
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