Antes porém, encheu os
bolsos dele e da família.
Serra esteve á frente do
governo FHC.
Por oito anos liderou a
entrega do patrimônio público brasileiro.
Serra trabalhou
incansavelmente para privatizar a Petrobrás na época.
Só não conseguiu por que a
empresa é grande demais e não deu tempo.
Serra é o grande entregador
do pré sal brasileiro.
É o “come quieto” do PSDB...
É o “pé de pano” dos tucanos
de SP...
Um sujeito perigoso aos
interesses do país...
Um cara que pegou em muita
grana ilegal mas, continua intocável...
Como quase todos os tucanos
paulistas...
Para Luís Nassif no seu
GGN...
Serra, o cultivador do ódio
que foi destruído pelo medo
José Serra sempre foi um
político que cultivava o ódio como forma de dominar o medo. Era implacável nos bastidores.
Inaugurou a era dos dossiês, cooptando procuradores, delegados da Polícia
Federal e empresas de arapongagem. Não poupou ninguém, nem adversários, como
Lula, nem competidores políticos, como Roseana Sarney, nem aliados como Paulo Renato
de Souza.
Espalhava o terror nos
adversários, pela cumplicidade com veículos de mídia dispostos a cometer
assassinatos de reputação, alimentados pelos dossiês de Serra.
Ao mesmo tempo, era um
político extraordinariamente inseguro. Nas crises políticas mais agudas, como
no episódio das enchentes em São Paulo, ou na crise econômica de 2008, sumia.
Como governador, colocou a
polícia para reprimir estudantes da USP.
O mesmo ocorreu quando
associações empresariais e de trabalhadores pediram audiência e ele se recusou
a atender, em plena crise de 2008.
Ambos ameaçaram acampar na
frente do Palácio e imediatamente foram recebidos.
No poder, gradativamente foi
revelando seu lado obscuro, os dossiês, os ataques implacáveis contra
adversários, os sinais exteriores de riqueza, o pouco empenho no trabalho.
Saiu-se bem como Ministro da
Saúde pelo bom senso de segurar no Ministério alguns personagens históricos do
movimento sanitarista, que deram sequencia aos estudos para a implementação dos
genéricos.
Na campanha de 2010,
escancarou definitivamente sua falta de escrúpulos e de princípios.
Foi o principal responsável
pelo uso dos temas morais na política, ao acusar Dilma de “assassinar”
crianças, por sua defesa do aborto em casos específicos, um discurso de ódio como
ainda não se ouvira nas campanhas eleitorais, destruindo definitivamente a
herança social-democrata do PSDB.
Dali em diante mergulhou em
direção ao submundo. De seus aliados, passou a exigir provas de lealdade, que
consistiam em perpetrar atos abomináveis para serem aceitos pelo cappo.
No impeachment, mostrou mais
uma vez seu oportunismo, estimulando o golpe, as passeatas e aceitando o cargo
de Ministro das Relações Exteriores, de Michel Temer.
Até que a Lava Jato
atravessou seu caminho. E ali, o implacável Serra foi tomado de medo pânico,
pavor mesmo, similar ao sentimento que acometia as inúmeras vítimas que deixou
pelo caminho, fuziladas por dossiês e por manchetes de veículos inescrupulosos.
Sua vasta rede de alianças,
no Ministério Público, no Supremo, conseguiu blindá-lo até agora.
Somatizou o medo, passou a
enfrentar problemas de coluna, atolou-se em remédios e mais remédios, foi se
tornando cada vez mais ausente nas reuniões, nas sessões do Senado, nas
reuniões sociais.
Hoje é uma sombra que se
desmancha irreversivelmente.
O político terrível foi
destruído pelo medo.
Mas deixa uma herança
pesada, como um dos principais artífices das guerras viscerais que destruíram a
democracia brasileira.