por José Gilbert Arruda Martins
Agência Brasil.
Armas de fogo são causa de morte em 71%
dos homicídios no Brasil
Pesquisador
diz que, sem Estatuto do Desarmamento, taxa cresceria 12%
Segundo
o pesquisador David Marques, um estudo do Ipea aponta que, sem o estatuto, o
Brasil poderia ter ainda mais homicídios do que os 62.517 ocorridos em 2016, o
que equivale a uma taxa de 30,3 mortes para cada 100 mil habitantes, a mais
alta de história do país e alcançada pela primeira vez no ano analisado pelo
estudo.
O
Estatuto do Desarmamento, apesar de nunca ter sido implementado na sua
completude, ainda assim conseguiu ser responsável por uma espécie de freio, de
contenção do crescimento dos homicídios.
De
acordo com Marques, o resultado mostra a importância de se aperfeiçoar as ações
de desarmamento.
Segundo
a pesquisa, entre 1980 e 2016, 910 mil pessoas foram mortas por perfuração de
armas de fogo no país;
“Isso
sinaliza de forma muito clara a importância de se ter uma política consistente
de retirada de armas de fogo, especialmente as ilegais, mas também de controle
das armas de fogo legais, para que a gente possa ter menos crimes. Porque
diversas pesquisas têm demonstrado que menos armas é menos crimes, diz Marques.
Quais as reais causas da violência, principalmente a violência
urbana?
Você já pensou nisso?
Por que a violência urbana é maior, estatisticamente, nos países com
maior desigualdade social?
Segundo especialistas a maior causa da violência é a pobreza e a
miséria devido à absurda concentração da renda, da riqueza nas mãos de uma
minoria.
Para o professor Reginaldo Moraes da Unicamp, o andar “de
cobertura”, o andar da diretoria, da chefia. A nata. A faixa dos que estão
acima dos 160 SM por mês. São 71.440 pessoas, que absorveram R$ 298 bilhões em
2013, o que correspondia a 14% da renda total das declarações. A renda anual
média individual desse grupo foi de mais de R$ 4 milhões. Eles representam
apenas 0,05% da população economicamente ativa e 0,3% dos declarantes do
imposto de renda. Esse estrato possui um patrimônio de R$ 1,2 trilhão, 22,7% de
toda a riqueza declarada por todos os contribuintes em bens e ativos
financeiros.
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