terça-feira, 2 de dezembro de 2014

EXCLUSIVO: a história da funcionária da Receita que sumiu com o processo de sonegação da Globo

Cristina
                                                                  Cristina Globo.

no DCM - Diário do Centro do Mundo

Esta é a terceira reportagem da série sobre o processo de sonegação fiscal da Globo. É parte de um projeto de crowdfunding do DCM.  As matérias anteriores estão aqui. De onde veio isso, tem mais. 
 Quando o processo da Globo desapareceu no posto da Receita Federal em Ipanema, no dia 2 de janeiro de 2007, o Leão teve que se mexer.
Uma sindicância interna pegou um bagrinho, a funcionária pública Cristina Maris Ribeiro da Silva, agente administrativa, o cargo mais modesto da carreira na Receita Federal.
Mas, ao identificar Cristina, topou com um esquema de fraude gigantesco. Por trás do bagrinho, estão tubarões do empresariado brasileiro.
Cristina era dona da senha que abre os portões da sonegação e fecha os olhos do Leão. Literalmente.
Retirar o processo da Globo dos escaninhos da Receita foi a ação mais ousada de Cristina. Mas o que a sindicância apurou é que ela tinha uma intensa atividade criminosa, contra os interesses do Fisco.
A sindicância se desdobrou em processos judiciais e Cristina soma, até agora, pelo menos sete condenações, uma delas na ação pelo desaparecimento do processo de sonegação da Globo.
Em praticamente todas as varas federais criminais do Rio de Janeiro, há pelo menos uma condenação com o nome de Cristina, todas ligadas ao Fisco, todas iniciadas depois do desaparecimento do processo da Globo.
Lendo um dos processos, descobre-se, pela informação de uma procuradora da república, que, depois das condenações, Cristina mudou o nome.
Quando flagrada dando sumiço no processo, ela se chamava Cristina Maris Meinick Ribeiro. Hoje, seus documentos trazem o nome Cristina Maris Ribeiro da Silva.
A mudança dificultou a pesquisa que realizei nos arquivos da Justiça Federal, mas, uma vez localizados os processos, o que se descortina é uma história que alguns poderiam entender como assombrosa.
Cristina já foi condenada por emissão de CPFs novos para pessoas com nome sujo na praça. Delito pequeno, comparado ao que fazia no Comprot, o sistema informatizado que registra os dados dos processos físicos em tramitação na Receita.
Ela não tinha poderes para criar novos processos, mas podia modificá-los.
Num processo em que um taxista carioca pedia isenção do IPI para  um carro novo, ela mudou os dados da ação. Tirou o nome do taxista, João Pereira da Silva, e colocou o da empresa Cor e Sabor Distribuidora de Alimentos Ltda.
Também alterou a natureza do processo. Em vez da isenção de IPI, passou a constar crédito tributário para a empresa.
A Cor e Sabor Distribuidora de Alimentos, que é a maior fornecedora de quentinhas para os presídios do Estado do Rio de Janeiro, obteve assim declaração de compensação tributária e, em consequência, a certidão negativa de débito, necessária para celebrar contratos com o poder público.
Depois de cinco anos, a homologação da compensação se torna automática, ainda que o processo físico nunca tenha existido, e as informações colocadas no sistema sejam fictícias.
Em outro processo, uma pequena empresa, a Ótica 21, pediu seu reenquadramento no Simples, mas, com a inserção de dados falsos, se transformou num caso de compensação tributária em favor da Cipa Industrial de Produtos alimentares Ltda., dona da marca Mabel.
O Ministério Público Federal denunciou o presidente da empresa, Sérgio Scodro, como mandante do crime e pediu sua prisão preventiva, depois que os oficiais não conseguiram localizá-lo para entregar uma intimação.
A Justiça negou a prisão e, mais tarde, retirou seu nome do processo, por entender que a ação de Cristina não tinha produzido os efeitos pretendidos.
cristina - globo 2
Não foi o que aconteceu no processo em que a Megadata, que faz parte do grupo Ibope, foi denunciada por crime semelhante.
Até o presidente da empresa, Homero Frederico Icaza Figner, sócio da Carlos Augusto Montenegro, foi condenado.
Homero tem o prenome e um dos sobrenomes (Icaza) de um antigo consultor de pesquisas da Globo, o panamenho Homero Icaza Sanchez, conhecido como El Brujo, morto em 2011.
Em 2013, o outro Homero Icaza, também envolvido com o negócio das pesquisas, foi condenado, inclusive pelo artigo 171 (estelionato), juntamente com Cristina.
Porém, um habeas corpus trancou o andamento da ação e um despacho do Tribunal Regional Federal determinou a extinção da punibilidade.
O processo tramitou na Segunda Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
No Judiciário, as condenações dos empresários acusados de contratar os serviços de Cristina estão caindo uma a uma, por decisões de tribunais superiores. Já as condenações da ex-funcionária pública se acumulam.
Mas não se pode dizer que o Ministério Público Federal tenha deixado de ser rigoroso com os empresários.
Exceto num caso, o do sumiço do processo de sonegação da Globo.
Os proprietários da emissora nunca foram chamados a depor, e não houve tentativa para apurar o mandante (ou mandantes) do crime.
Lendo o processo, o que se vê é que ela agiu por conta própria, embora a cronologia indique uma ação coordenada para beneficiar a Globo.
No dia 16 de outubro de 2006, o auditor fiscal Alberto Sodré Zile conclui sua investigação e autuou a Globo em mais de 600 milhões de reais, incluindo juros e multa, por sonegar os impostos que deveriam ser pagos na aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002.
Ao mesmo tempo, ele assina uma representação para que o Ministério Público Federal denuncie os donos da emissora por crimes contra a ordem tributária.
Zile qualifica os responsáveis pelo que ele considera crimes. Dá nome, endereço e número de documento dos irmãos Roberto Irineu Marinho, João Roberto Marinho e José Roberto Marinho.
No dia 7 de novembro, um advogado da emissora recebe cópia de todo o processo, com a notificação da multa e a representação para fins penais.
No dia 29 de novembro, a emissora apresenta recurso a uma instância superior da Receita.
Num texto de 53 páginas, a defesa da Globo tenta desqualificar o trabalho de Alberto Sodré Zile, mas os três auditores da Delegacia de Julgamento não concordam.
Rejeitam a apelação, no julgamento realizado em dia 21 de dezembro.
No dia 29 de dezembro, o processo volta para o posto da Receita em Ipanema para que, dali, siga para a execução, incluindo o envio para o Ministério Público Federal.
É uma sexta-feira, e Cristina está de férias.
Na terça-feira seguinte, 2 de janeiro, o primeiro dia útil depois da remessa do processo, a agente administrativa vai ao escritório, embora ainda estivesse em período de férias, e sai de lá com dois volumes mais o apenso que compõem o processo.
A Receita abre sindicância para apurar desaparecimento e chega até Cristina.
Com o fim da investigação de caráter administrativo, manda cópia ao Ministério Público, com a comunicação do crime. Os procuradores a republicam a denunciam.
Em janeiro de 2013, Cristina Maris Meinick Ribeiro é condenada.
Mas quem foi o mandante do crime que ela cometeu?
O processo não tem nenhuma indicação de mandante (ou mandantes), embora o maior beneficiário do crime seja amplamente conhecido, a Globo, que paralisou um processo que tinha endereço certo: o Ministério Público Federal.
Em seus depoimentos, Cristina negou que tenha subtraído o processo, apesar dos testemunhos contrários.
Chegou a dizer que nem se lembrava de ter estado no escritório.
Nos processos que Cristina responde por beneficiar sonegadores, o padrão de defesa é o mesmo: seus advogados apresentam receitas médicas, para dizer que ela tomava remédios psiquiátricos e que, se cometeu algum erro, foi “num momento de ausência”.
Os advogados alegam que a ex-funcionária teve síndrome de pânico, mas o laudo médico que juntaram num dos processos é de 2008, posterior à época do crime.
Seus advogados apresentaram extratos bancários para dizer que Cristina não teve vantagem financeira, e informaram que ela vivia “de favor” no apartamento da mãe.
Uma procuradora contestou as informações com o argumento de que o dinheiro poderia estar na conta de outras pessoas. E outras vantagens poderiam estar ocultas.
O apartamento que ela diz ser da mãe é na avenida Atlântica, um dos metros quadrados mais caros do Brasil, e vale, segundo corretores, mais de 4 milhões de reais.
A mãe de Cristina, Vilma Meinick Ribeiro, não é nenhuma milionária.
Em 1971, segundo uma publicação do Diário Oficial da União, era datilógrafa no Ministério da Fazenda.
Por coincidência, um posto equivalente ao que Cristina viria a ocupar na Receita Federal, órgão do Ministério da Fazenda, vinte anos mais tarde e no qual permaneceu por quase trinta anos, até perder o cargo em consequência de uma das sentenças condenatórias.
O apartamento na Avenida Atlântica, no Rio
O apartamento na Avenida Atlântica, no Rio
Eu estive lá e, como era de se esperar, não fui recebido.
Em seu Facebook, Cristina tem uma foto recente, em que aparece num restaurante segurando uma taça. Tem também uma foto de rosto e duas de um cachorrinho.
Apresenta-se como aposentada e não faz nenhuma indicação de que tenha pertencido aos quadros da Receita.
Quem mandou Cristina sumir com o processo de sonegação da Globo?
Algumas pistas podem ser encontradas em outros processos nos quais Cristina aparece e já foi condenada.
O advogado Darwin Reis Martin, que tem escritório de contabilidade e consultoria tributária no centro do Rio, é um nome recorrente nas ações.
Ele aparece em algumas denúncias do Ministério Público Federal como o advogado contratado por empresas que, mais tarde, acabariam se beneficiando da ação fraudulenta de Cristina.
Segundo as denúncias, o papel dele seria fazer mover a mão de Cristina no interior da Receita.
Em um dos casos, Darwin aparece como intermediário entre os empresários Arthur César Menezes Soares e Eliane Pereira Cavalcante, sócios do Grupo Facility.
Em agosto deste ano, Arthur e Eliane foram condenados por fraude no sistema da Receita Federal, juntamente com Cristina.
A condenação de Arthur pela fraude no sistema da Receita ainda não foi publicada no Diário Oficial, mas Arthur se tornou bastante conhecido no Rio de Janeiro depois que o jornal O Globo, em março de 2010, publicou reportagem de uma página em que o chama de Rei Arthur.
Segundo o texto, Rei Arthur, “amigo íntimo do governador Sérgio Cabral”, tinha os maiores contratos com a administração pública estadual, coisa de R$ 1,5 bilhão.
A matéria teve desdobramento, com a notícia de que deputados se movimentavam para criar uma CPI em razão da aparente ilegalidade no aditamento de contratos.
O jornalista Dácio Malta escreveu em seu blog, o “Alguém Me Disse”, que o assunto depois sumiu do noticiário e o jornal publicou uma carta do governo do Estado “maior que a reportagem”, para dizer que as acusações eram infundadas.
O deputado Anthony Garotinho, ex-governador do Rio, inimigo declarado da Globo, escreveu também que Rei Arthur era quem mais se beneficiava das denúncias veiculadas no Fantástico que execravam concorrentes do Grupo Facility, na mesma linha da série atual “Cadê o Dinheiro que Estava Aqui?”.
Essas publicações na internet que vinculam o Rei Arthur à TV Globo são anteriores à descoberta de que, de fato, ambos têm um nome comum na Receita Federal.
Num momento, Cristina Maris insere dados falsos no sistema para ajudar o Grupo Facility. Em outro momento, posterior, faz sumir o processo de sonegação da Globo.
Pode ser tudo coincidência, mas, no que diz respeito à Globo, a investigação parou na funcionária pública. Já o Rei Arthur teve seu nome lançado no rol dos culpados juntamente com o de Cristina.
A segunda instância pode derrubar, como tem feito em outros casos, mas hoje eles estão no mesmo barco, quer dizer, na mesma lista.
A ligação do nome de Cristina Meinick a uma das maiores empresas de comunicação do mundo não teria vindo a público não fosse o advogado Eduardo Goldenberg, carioca da Tijuca.
Ele publicou em sua conta no Twitter a informação de que o processo de sonegação havia desaparecido da Receita.
Goldenberg informou o número do processo e o nome de Cristina, que depois foram parar em blogs e sites da internet.
Não foi a primeira vez que Eduardo constrangeu a Globo.
No ano 2000, durante um festival de música da emissora, ele foi entrevistado ao vivo pela repórter Renata Ceribelli e gritou: “Faz um 12, Brizola!”
Eduardo Goldenberg conta que planejou a cena quando estava em casa, se arrumando para ir ao festival, quando soube que a apresentação de sua amiga Beth Carvalho havia sido vetada pela Globo.
“Ela faria o encerramento do festival, mas tinha começado o horário eleitoral na TV e Beth Carvalho cantava o jingle do ‘Velho’ (é assim que se refere a Brizola).”


segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Exposição de Kandinsky desembarca na capital em abril de 2015

Pela primeira vez na América Latina, mostra exibe mais de 100 obras do precursor do abstracionismo russo

Os amantes de arte moderna não poderão perder a mostra itinerante “Kandinsky: Tudo Começa Num Ponto”, que desembarca no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB-BH), no dia 18 de abril de 2015. A mostra poderá ser visitada até 29 de julho, de quarta-feira a segunda, das 9h às 21h, com entrada Catraca Livre.
 © Kandinsky, Wassily, | AUTVIS, Brasil, 2014
no Catraca Livre-BH
Com curadoria de Evgenia Petrova e Joseph Kiblitsky, o projeto tem objetivo de apresentar ao público brasileiro os principais trabalhos e influências do russo Wassily Kandinsky (1866-1944).
Pela primeira vez na América Latina, uma mostra reúne centenas de obras e objetos do pintor, trazidos diretamente do acervo do Museu Estatal Russo de São Petersburgo e de coleções particulares da Alemanha, Áustria, Inglaterra e França.
Alguns destaques são peças de arte do norte da Sibéria e objetos de rituais xamânicos, que revelam um Kandinsky pouco conhecido no mundo ocidental.
Considerado um dos precursores da arte abstrata russa, Kandinsky fundou, ao lado Franz Marc e outros artistas modernistas, o grupo vanguardista “Der Blauer Reiter” (“O cavaleiro azul”), em Munique, na Alemanha.
A maioria de suas 159 pinturas em óleo sobre tela e 300 aquarelas, feitas entre 1926 e 1933, desapareceu durante a Segunda Guerra Mundial. Isso porque os nazistas consideravam o modernismo como um movimento de “arte degenerada”.

Quem vencerá a luta de ideias?

dilma_perifa

Autor: Miguel do Rosário no Tijolaço

As eleições terminaram e, como era esperado, novos desafios surgem à frente, alguns bem mais complexos do que a disputa eleitoral em si.
Um dos desafios mais difíceis, naturalmente, é fazer a luta de ideias, num contexto onde o adversário, a direita, possui o monopólio dos meios de comunicação.
Neste sábado, por exemplo, os jornais amanheceram com um forte e eficiente ataque ao PT.
Chamada na primeira página: Vaccari é aplaudido em reunião do PT.
Título de matéria que ocupa a página 3 inteira: PT aplaude acusado de corrupção.
A matéria lembra que “o mesmo tipo de reação entre os petistas ocorreu na época do mensalão, que atingiu em cheio o então chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu”.
Na página de opinião, um artigo de Ana Maria Machado, famosa escritora de livros infantis, me fez lembrar demais os anos 60.
O artigo de Ana Maria Machado é 100% lacerdista, como pode se ver pela frase com que o encerra: dizendo que falta ao Brasil “vergonha na cara”.
E o que é lacerdismo?
É uma ideologia bastante pegajosa, porque todos concordam que há corrupção e que é preciso combatê-la, mas o lacerdista joga sempre a lama no outro, no adversário.
Nos anos 60, havia muitos escritores e intelectuais escrevendo exatamente a mesma coisa, nos mesmos jornais: Gustavo Corção, Alceu Amoroso Lima, etc.
Aliás, em 1964, e também em 1954.
Passada as eleições, onde a polarização mobiliza contingentes maiores da população, fortalecendo a esquerda, a mídia ganha força, porque ela tem a estrutura profissional e comercial para manter os ataques.
A mídia é uma máquina monstruosa, que opera 24 horas por dia, em rádio, TV, jornais, internet.
A blogosfera não é máquina. São blogs tocados por gente de carne e osso, ainda um pouco cansada de um processo eleitoral desgastante.
E que tateia, agora, em busca de um novo posicionamento, diante da nova conjuntura produzida pelas urnas.
A mídia não tem dúvidas. A blogosfera tem. A mídia é rápida, porque suas decisões vem de cima, numa estrutura extremamente verticalizada. A blogosfera, assim como a esquerda em geral, precisa de tempo para maturar a nova conjuntura e se posicionar. Não há hierarquia, e sim um horizontalismo democrático orgânico.
Qualquer eventual união política entre o público progressista nasce de um processo lento e duro de debates internos.
E a esquerda novamente está mergulhada num processo de profunda discussão interna.
Por isso, aliás, que lamento a comunicação da presidenta. Ela poderia participar desse debate, de maneira republicana e democrática, através dela mesma ou de um porta-voz ou secretário de imprensa.
Repare que a mídia jamais produz autocríticas. A direita, idem.
Aécio Neves é pintado apenas como um vencedor por seus seguidores, e pela mídia.
Dilma, por seu lado, parece engolfada no tradicional anti-clímax que se segue às eleições, quando todos os idealistas precisam despertar dos sonhos criados pelos debates, e cair na realidade triste e dura de um país ainda profundamente desigual, com uma política atrasada e truculenta.
Entretanto, se Dilma fizer os movimentos certos, se fizer o contraponto necessário aos ataques da mídia, por um lado, e estabelecer um diálogo construtivo com os próprios setores políticos que a apoiaram, ela poderá emergir muito mais forte.
O meu mantra tem sido: não acreditar mais em popularidade de Datafolha.
O governo tem de cultivar, democraticamente, uma base social sólida, orgânica.
No tocante ao problema de imagem, a esta tentativa da mídia de associar o PT a corrupção, e apenas o PT, blindando o PSDB, é preciso dar respostas imediatas.
O silêncio não é aconselhável.
É preciso responder de maneira rápida e inteligente todos os ataques da grande mídia ao governo.
Entretanto, nenhuma resposta verbal será eficiente por muito tempo se não forem tomadas, simultaneamente, iniciativas democratizantes, de impacto popular.
Aí não tem para ninguém.
A mídia vai espernear, vai gritar, mas vai perder o debate.

Professora evangélica é acusada de racismo e preconceito religioso contra criança





“Preta do diabo”, “endemoniada”, “satanás”: Professora 

evangélica é denunciada por racismo e preconceito religioso 

contra criança

escola racismo preconceito porto velho

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
As fronteiras, não muito claras, entre racismo e despreparo de grande parte dos professores e 
professoras no Brasil levam a esse tipo lamentável de acontecimento. 
Precisamos de mais e mais cursos, de mais e mais preparo aos nossos professores no país como 
um todo. 
Nossa profissão é estressante, é cansativa, desvalorizada pela maioria das autoridades, mas não pode 

aceitar que esse tipo comportamento. 
Nós professores precisamos conhecer melhor a realidade histórica e social do Povo brasileiro. Cursos, 

palestras, encontros e rodas de estudo que tratem da questão negra, das religiões afro-brasileiras, das 
matrizes originais que deram origem na formação da nossa sociedade, precisam ser estimulados e 
valorizados como temas de encontros de educadores o ano todo.
Precisamos levar a História do nosso Povo para a sala de aula. A maioria dos nossos professores e 

professoras que trabalham no dia a dia da sala de aula desconhecem quase que completamente a 
realidade social e econômica da maioria do povo.
Nós educadores precisamos ler mais. Precisamos ler mais literatura alternativa. Assistir menos à 

grande mídia - globo, band, etc. - ir além da revista veja, época etc. e pesquisar outros veículos 
alternativos.
Aqui nesse espaço - blog do prof. Gilbert - temos divulgado dezenas de nomes de bons blogs.
Precisamos sair do raio de ação da chamada grande mídia, ela não esclarece de fato como devemos 

agir no cotidiano da sala de aula, no trato com jovens do Povo.

no Pragmatismo Político

O crime denunciado pela mãe de uma aluna de apenas oito anos,
aconteceu em várias oportunidades em uma sala de aula na escola
Padre Chiquinho em Porto Velho, localizada na Avenida Campos Sales,
região central, onde uma menina de apenas oito anos sofria preconceitos
raciais, discriminação e era humilhada por uma professora.
Segundo boletim de ocorrência de nº 14E1003006967 a criança era
chamada pela professora de: “preta do diabo“, “endemoniada“, “satanás
e outros xingamentos, pelo fato da estudante ter dito na sala de aula que
é de uma família católica e a professora ser evangélica da igreja Universal.
A criança disse ainda que a professora obriga todos os alunos a seguirem
a sua religião. Em algumas oportunidades a acusada teria mandado os
alunos se juntarem e colocarem as mãos na cabeça da menor para segundo
ela expulsar um possível demônio que a criança possui, causando assim
grande constrangimento a ela.
A mãe da menor quando soube desses fatos foi até a escola e encontrou
a professora na diretoria, onde foi recebida a gritos, seguidos de palavrões.
A professora disse à mulher que ela poderia procurar quem for que não ia dar
em nada.
Depois de ser agredida verbalmente a mãe da aluna disse que a diretora
da escola falou que ia procurar uma outra sala para colocar a aluna, porém
a comunicante com medo de algo pior acontecer com sua filha não aceitou,
deve tirar a criança da instituição de ensino e registrou ocorrência. O caso
será apurado pelo delegado responsável pelo DP.
Rondoniaovivo


O diálogo de Mujica com o mendigo El César

Durante uma entrevista para a imprensa uruguaia no meio da rua, Mujica foi abordado por 

um mendigo que lhe pediu 'uma moeda para comer algo'. A reação do presidente uruguaio 

virou notícia internacional.

mujica el césar uruguai
                          Pepe Mujica e o mendigo El César (Imagem: Pragmatismo Político)

no Pragmatismo Político

O presidente do Uruguai, José Mujica, era entrevistado por jornalistas das emissoras 
dos canais 12 e 5 quando foi abordado por um morador de rua conhecido como 
“El César” [vídeo abaixo].
O homem pediu ao presidente “uma moeda para comer algo”. Mujica disse a “El César” que 
se ele continuasse a chorar, não iria dar coisa alguma.
El César continuou insistindo, e o presidente uruguaio pediu para que seu assessor 
ajudasse o homem. Não satisfeito, o morador de rua afirmou que só aceitaria uma moeda 
que saísse do bolso do próprio Mujica. “Uma moeda sua, Pepe”.
Quando Mujica, então, tirou do bolso a sua carteira, El César desabou em prantos. “Mas 
não chore, caral**”, disse o presidente, em tom descontraído, para em seguida entregar ao 
morador de rua uma nota de $ 100 pesos.
Com o dinheiro em mãos, El César agradeceu: “Obrigado! Obrigado! Quero que sejas 
presidente para sempre”.
“Não, não. Estás louco?”, disse Mujica, arrancando risos dos profissionais da imprensa e 
de todos que testemunharam a cena.
O episódio se espalhou pelas redes sociais e vários veículos da imprensa internacional 
repercutiram o gesto de Mujica, como por exemplo a CNN.



Economista francês diz que “Marx é possivelmente mais importante que Jesus”

Desigualdade e capitalismo

Autor do polêmico 'Capital no século XXI', economista 
francês Thomas Piketty está no Brasil e participou de tarde 
de debates na USP. Através da análise de dados estatísticos, Piketty aponta as contradições do capitalismo e as suas respectivas mazelas, como concentração de renda e 
desigualdade


Thomas Piketty economista francês


por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Uma coisa em economia que precisamos todos procurar estudar: a riqueza produzida 
pela  sociedade, precisa ser distribuída para TODOS.

Outra coisa que precisamos estudar: a riqueza produzida tem um tamanho, não é infinita, 
não é eterna. 

Portanto, nada mais acertado que criar uma tributação justa, quem ganha mais, paga mais.

As reformas importantes no Brasil são várias, mas uma se faz urgente: Reforma Tributária 
que desonere a cesta básica (imposto zero), que desonere a folha de salários dos 
trabalhadores, que onere/cobre das grandes fortunas.

Qual outra saída se a riqueza tem um tamanho?


no Pragmatismo Político



“A diminuição de desigualdade de renda depende de políticas de valorização do salário mínimo e de políticas inclusivas. A difusão de educação de qualidade é o mais importante mecanismo para diminuir a desigualdade de renda. É preciso também criar taxações progressivas de renda e fortalecer movimentos trabalhistas.”
São palavras do economista francês Thomas Piketty, em São Paulo. Ele está na cidade para promover o lançamento de seu polêmico livro “O Capital no século XXI”. Piketty participou na tarde desta quinta de um debate sobre a sua obra na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP).
O título de seu livro remete ao clássico de Karl Marx. “Marx é possivelmente mais importante que Jesus”, disse ele na FEA.

O livro de Piketty, recém-lançado em português no Brasil, vem sendo considerada uma atualização do livro de Karl Marx, “O Capital”, e transformou o economista em uma celebridade. Em seu provocativo livro, o autor conclui que a desigualdade de renda, que caiu por muitas décadas no século passado, voltou a aumentar no mundo.

O estudo avalia padrões econômicos e sociais, a partir da análise de dados inéditos de 20 países, em pesquisa que remonta ao século XVIII. A obra aponta uma contradição central no capitalismo que, em vez de dar oportunidades iguais de crescimento para todos, estaria tornando a desigualdade mais extrema, já que quem tem mais dinheiro consegue a riqueza em escala maior.
Segundo o economista, a desigualdade está aumentando porque o rendimento sobre o capital (aluguéis, ações, aplicações) tem sido maior que o da renda obtida com o trabalho e superior à taxa média de expansão da economia. Assim, quem tem dinheiro sobrando para investir vê o montante crescer mais que os que não têm.
De acordo com o autor, a sociedade estaria retornando ao “capitalismo patrimonial”, no qual as grandes economias vêm de dinastias familiares. Como possível solução, Piketty defende elevar o imposto pago pelos mais ricos e taxar as grandes fortunas.
informações de DCM e G1

domingo, 30 de novembro de 2014

O jovem que acertou 95% do ENEM

“Sempre ouvi falar da dificuldade que é o Enem e tinha medo. Mas quando vi, sinceramente, achei muito fácil. Quando corrigi pelo gabarito, não fiquei assustado, apenas lamentei pelas oito (questões erradas)”, diz com a simplicidade de quem dormia em média quatro horas por dia para garantir o bom desempenho.

Joao vitor ceara estudante enem
                                 João Vitor Claudiano dos Santos, aluno de escola pública do Ceará

no Pragmatismo Político

Ver João Vitor falar sobre a recente conquista é assistir à luta entre a timidez do garoto mais acostumado aos livros do que a grandes conversas e o orgulho de quem está vendo o esforço recompensado. O número da vitória é de impressionar: João Vitor acertou 172 questões das 180 que compõem o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O equivalente a 95,5% de acertos. Mas João Vitor Claudiano dos Santos, 16, aluno do 2º ano da Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra, ainda não consegue mensurar o significado do feito.
O menino agora espera o resultado oficial, que deve sair em janeiro de 2015, mas, em um comparativo, João Vitor ultrapassou os 164 acertos da estudante mineira Mariana Drummond, que conquistou o primeiro lugar no Enem 2013. A nota final ainda depende do desempenho na Redação, que João acredita ter sido a mais difícil das avaliações.
Sempre ouvi falar da dificuldade que é o Enem e tinha medo. Mas quando vi, sinceramente, achei muito fácil. Quando corrigi pelo gabarito, não fiquei assustado, apenas lamentei pelas oito (questões erradas)”, diz com a simplicidade de quem dormia em média quatro horas por dia para garantir o bom desempenho, que ele credita também ao apoio recebido dos professores.
A ficha da biblioteca, lugar preferido de João, já vai na segunda folha e ultrapassa os 40 livros. A leitura assídua é o segredo dele. “O que tem de cansativo no Enem são os textos grandes. Então, minha estratégia foi me adaptar à leitura, ler livros grandes, alguns com linguagem rebuscada”.
João, cujo maior orgulho é ter estudado a vida toda em escola pública, ainda não sabe se irá cursar o 3º ano, mas quer fazer Ciências Biológicas e sonha em viajar para o Reino Unido pelo Ciência Sem Fronteiras. Aos 16 anos, ele tem muito bem traçados os planos da vida. “Sempre me vejo fazendo especialização em bioquímica e biologia molecular. Quero ser pesquisador e estudar o resto da vida”.
Criado pela mãe, a aposentada Ana Maria Santos, morador do bairro Vila União, quarto de cinco irmãos, João será o primeiro da família a ingressar no ensino superior. Os estudos foram, para ele, a forma de transformar o próprio destino. “Sou um garoto que não conheceu o pai, que sempre sofreu bullying por ser nerd, por causa do cabelo, do sapato, da magreza. O estudo não combateu minha timidez, mas me ajudou a ser feliz”.
Domitila Andrade, O Povo


sábado, 29 de novembro de 2014

Violência sexual na USP: “Nos aterroriza saber que esses jovens atenderão mulheres em seus consultórios” - Denise Motta Dau, da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, comentou abusos e estupros na Faculdade de Medicina: “não é um relato, são vários, seguidos, das mais diversas formas em que essas mulheres são abusadas

mulherada

Por SpressoSP
Sexta-feira, 28 de novembro de 2014
Os casos de violência sexual contra alunas da Faculdade de Medicina da USP por parte dos próprios colegas de curso têm sido debatidos pela opinião pública e pelo poder público do estado de São Paulo desde o início deste mês, quando uma série de reportagens da Ponte denunciou a cultura de estupro e de silêncio da FMUSP em que proliferam os abusos. A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do estado, presidida pelo deputado Adriano Diogo (PT), tem realizado audiências públicas sobre a questão, com o objetivo de ouvir estudantes e autoridades da universidade e apurar as denúncias sobre os abusos e estupros. Durante o programa Gabinete Aberto, realizado ontem (24/11) pela Prefeitura de São Paulo e em que Opera Mundi esteve presente, a secretária municipal de Políticas para Mulheres, Denise Motta Dau, se posicionou sobre o caso.

A secretária, que acompanhou a audiência pública realizada no dia 11 de novembro, disse ter ficado impressionada com os relatos das alunas sobre o sistema “pré-planejado” para abusar das garotas nas festas da FMUSP, com a venda de bebidas alteradas e as tendas com colchões e almofadas, os chamados “cafofos”, onde estudantes relataram terem sido abusadas e estupradas por colegas da universidade. “Não é um relato, são vários, seguidos, das mais diversas formas em que essas mulheres são abusadas nessas festas.” Motta Dau comentou também a tendência de culpar as vítimas, recorrente em casos de violência sexual contra mulheres, que segundo ela tem ocorrido nos debates entre alunos da universidade sobre os estupros e abusos.

Outra questão levantada pela secretária é o fato que a Faculdade onde prevalece tal cultura de violência contra mulheres é a mesma que formará profissionais de saúde. “Nos aterroriza saber que muitos desses jovens serão profissionais de saúde, que atenderão mulheres em seus consultórios particulares, no Sistema Único de Saúde, nos quais nós tanto queremos que respeitem os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres.” A secretária reiterou a necessidade da apuração das denúncias e da reflexão sobre as relações sociais de gênero em que se baseia a cultura de estupro que viceja na FMUSP e em diversos ambientes universitários. “Mudar a cultura, fazer a apuração do que ocorreu na USP e repensar essas festas, as relações entre alunos e alunas, as relações sociais de gênero na universidade é fundamental.”



Segundo a Agência Brasil, a Faculdade de Medicina da USP irá promover, no próximo dia 27, uma congregação extraordinária para tratar das ações propostas pela Comissão de Direitos Humanos da Alesp após a audiência pública do dia 11. A reunião, no entanto, será fechada. Em nota, a instituição declarou que “a Faculdade de Medicina da USP se coloca de forma antagônica à qualquer forma de violência e discriminação (com base em etnia, religião, orientação sexual, social) e tem se empenhado em aprimorar seus mecanismos de prevenção destes tipos de casos, apuração de denúncias e acolhimento das vítimas.” A USP informou também ter criado uma comissão formada por docentes, alunos e funcionários com o objetivo de “propor ações, de caráter resolutivo quanto aos problemas relacionados às questões de violência, preconceito e de consumo de álcool e de drogas”, e ter aberto sindicância para apurar os casos de violência ocorridos em suas dependências. “Em caso de comprovação, a faculdade adotará as punições disciplinares, de acordo com o Código de Ética da USP”, diz a nota.

Prefeitura de SP isenta 3,1 milhões de famílias de pagamento do IPTU - Liberado pela Justiça após embargo de ação do PSDB, reajuste será maior para imóveis de alto padrão e menor para os mais humildes

Visão aérea do bairro Belvedere, em Belo Horizonte

                                                                 São Paulo

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

O projeto do reajuste do IPTU em São Paulo, ao contrário do que diz a mídia = PIG, principalmente a Bandeirantes de São Paulo, é, pela primeira vez em quase 500 anos, um projeto que pode favorecer os proprietários de imóveis mais humildes do município.

Impostos podem ser instrumentos eficazes de distribuição de justiça tributária e, consequentemente, de distribuição melhor da renda. A prefeitura viu isso e está fazendo, primeiro o que determina a lei, depois o que determina o bom senso, aqueles que podem mais, pagam mais.

O mais incrível é verificar no dia a dia, a "grande" mídia divulgar e se colocar contra o projeto de uma forma leviana e completamente raivosa e irresponsável.

Quem conhece o projeto sabe que ele faz justiça tributária. E, isenta milhões de pessoas pobres das periferias da maior e mais importante cidade do Brasil.

Se colocar contra já é absurdo, fazer do projeto do IPTU manchetes de jornais e chamadas levianas e política ante-petista na TV é beirar o crime.

Paulo Haddad está firme nosso propósito de implementar o novo IPTU na cidade, ele sabe que é democrático e justo.


Prefeitura de SP isenta 3,1 milhões de famílias de pagamento do IPTU

Liberado pela Justiça após embargo de ação do PSDB, reajuste será maior para imóveis de alto padrão e menor para os mais humildes
Por Agência PT de notícias
Quinta-feira, 27 de novembro de 2014


A cidade de São Paulo, administrada por Fernando Haddad (PT), conseguiu uma vitória há muito esperada: a liberação do reajuste do Imposto Predial Territorial Urbano, o IPTU. Com a medida, a taxa passa a ser cobrada de forma escalonada, com valores mais altos por imóveis em áreas nobres, e menores para a periferia.

A nova regra isenta ainda 3,1 milhões de imóveis de baixo padrão, avaliados em até R$ 160 mil, e de aposentados que ganham até três salários mínimos.

Nesta quarta-feira (26), o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) derrubou liminar que impedia, desde o ano passado, o reajuste do imposto. A alteração estava suspensa por duas ações propostas pelo PSDB e pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que consideravam a cobrança abusiva.

O reajuste do IPTU da cidade é vinculado à Planta Genérica de Valores (PGV), lei municipal que é um dos fatores usados para calcular as taxas, que devem ser atualizadas a cada dois anos.

O imposto para imóveis comerciais será reajustado em 35% e os residenciais em até 20%. A cobrança será aumentada em até 10% para 133 mil pessoas e em 15% para 240 mil, o que representa 34% do total de contribuintes.

Por outro lado, cerca de 130 mil contribuintes serão isentos do pagamento e 973 mil manterão o direito à isenção. Segundo a prefeitura, ao todo serão mais de 1.1 milhão de cidadãos isentos de pagamento do IPTU em 2015, ou seja, um terço de todos os contribuintes da capital paulista. E mais, 320 mil terão redução da cobrança.

Para este ano, quem pagou a mais no período em que a lei ficou suspensa, deverá receber a diferença. A estimativa é que 454 mil contribuintes serão restituídos ou compensados pelo que foi pago a mais em 2014. O valor total das restituições chega a R$ 169 milhões, devolvido diretamente ou por abatimento no próximo carnê de IPTU.

A intenção da Prefeitura é que o novo valor cobrado passe a valer somente a partir de 2015. Entretanto, a medida depende da aprovação de um projeto de lei proposto por Haddad à Câmara Municipal. Segundo o texto, a cobrança da diferença deverá ser anulada e o reajuste aplicado somente no próximo ano.

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sem desemprego e sem arrocho. Levy, Barbosa e Tombini Quem se reelegeu foi a Dilma, lembrou o Barbosa


por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Para quem esperava uma equipe econômica aos moldes Merkel ou Psdb se enganou. O Brasil não vai seguir a receita do arrocho, do desemprego defendido por Ângela Merkel na Europa e pelo Psdb aqui.

Esse tipo de austeridade já mostrou a quem interessa, apenas aos banqueiros e rentistas daqui e do exterior. Os trabalhadores e trabalhadoras sempre perdem, e muito.

A "grande" mídia = PIG, passa à sociedade que estamos no caos e, para sairmos temos arrochar salários, demitir trabalhadores, aumentar a inflação e, com esse tipo de notícia irresponsável, defendem os interesses dos ricos em detrimento dos pobres, e o Povo acaba, muitas vezes, acreditando e apoiando esse tipo de alternativa.

Para quem não sabe a diferença entre Piketty e Piquet, realmente é fácil acreditar que aqui é a Europa. Não vamos seguir receituário neoliberal. Não vamos maltratar nosso Povo. Não vamos demitir.

A política econômica e o desenvolvimento econômico precisam passar pelo desenvolvimento social, cultural, escolar, alimentar, moradia popular digna etc.

PHA eu também quero ver o novo ministro das Comunicações.

Sem desemprego
e sem arrocho.
Levy, Barbosa e Tombini

Quem se reelegeu foi a Dilma, lembrou o Barbosa
coletiva dos ministros da área econômica deixou claro como o sol da manhã em Brasília que Levy, Barbosa e Tombini estão unidos em torno do princípio que informou a fabulosa reeleição: sem desemprego e sem arrocho.

Eles deixaram claro que não haverá:

- medidas bruscas;

- sustos;

- quebra da regra do jogo;

- vao trabalhar num horizonte de TRÊS anos – quando a Globo já terá sido vendida ao filho do Murdoch;

- a Economia não está em crise e não precisa de um choque por sufocamento;

- as medidas serão tomadas de acordo com a proposta do Orçamento 2015;

- Barbosa cuidará do PAC, das PPPs e do MCMV, ou seja do emprego na veia;

- Levy não é de dar trela nem se assustar com repórteres de Brasília que se acham …;

- Dilma deu à reunião a sua rotineira e ritualistica dimensão – nem apareceu.

Quem se elegeu foi ela.

Um dia o Aecioporto se acostuma a isso.

Demora, mas passa.

Nem que a vaca tussa !

Paulo Henrique Amorim


Em tempo: fez bem o Ministro Trauman. Distribuir o texto lido, sortear entrevistadores e limitar em seis perguntas. Aquilo ali é para apresentar os ministros ao povo. E não as repórteres de Brasília ao Carlos Schroeder … Podia era limitar a uma pergunta por repórter. A da Reuters deu o golpe do João sem braço …

Em tempo2: A Fazenda é mole. Quero ver o Ministro das Comunicações ..

Levy: metas garantem políticas sociais Inflação de 4,5 e superávit de 2%, em três anos

Conversa Afiada reproduz do Blog do Planalto:


O próximo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, indicado nesta quinta-feira (27) pela presidenta Dilma Rousseff, afirmou em entrevista exclusiva ao Blog do Planalto que a prioridade de seu trabalho à frente da pasta será garantir a segurança fiscal do governo nos próximos anos. Isso porque, segundo ele, é a segurança fiscal, “o atingimento das metas [estabelecidas] que realmente garantem a capacidade do governo de cumprir suas obrigações e suas políticas públicas”.


É muito importante o cumprimento dessas metas, disse ele, “porque ter a nossa dívida se estabilizando, diminuindo, cria confiança para o crescimento, para a atividade econômica. Com isso, há geração de recursos que permitem ao governo continuar as suas políticas públicas, em particular as de inclusão social, as políticas sociais”.


O economista destacou a manutenção dessas políticas. “Todo esse processo que vem vindo nos últimos anos, vai continuar. Ele tem que ir, obviamente, no passo adequado com a capacidade da economia”, ressalvou.

E reafirmou que a meta necessária para a estabilização da dívida pública é de 1 a 2% do Produto Interno Bruto (PIB), “considerando que não haja transferências para bancos públicos e outras fontes de crescimento da dívida bruta”.


Levy lembrou por fim, que, devido ao baixo crescimento deste ano de 2014 e ao tempo que a economia exigirá para voltar a acelerar, no primeiro ano, em 2015, a meta de superávit primário do governo deve ser de 1,2% do PIB. “Nos anos seguintes ela subirá para 2%. Vamos alcançar isso com todas as medidas e a disciplina que forem necessárias”, enfatizou.


Leia mais:

SEM DESEMPREGO E SEM ARROCHO. LEVY, BARBOSA E TOMBINI


SUPERÁVIT DE 2% E INFLAÇÃO DE 4,5%. NÃO ESTAMOS EM CRISE, DISSE LEVY!