quarta-feira, 21 de maio de 2014

Despertando a Cidadania (Projeto Click Humano a serviço da educação)

Dona Meire - Acervo Click Humano
Por José Gilbert Arruda Martins (professor)

“A questão da violência perpetrada por ou contra os jovens é uma das mais delicadas e dolorosas fraturas da vida social no Brasil, e no mundo, e é sobre ela que precisamos aprender novas formas de problematização para suscitar debates à altura dos desafios. É preciso lembrar que práticas de violência não ocorrem no vazio social, mas estão conectadas a um contexto sociológico mais amplo. As diversas formas da violência estão ligadas a variados conflitos sociais e ao campo das desigualdades que as tornam mais agudas” (Revista Carta na Escola, 84, março de 2014)

Sr. Richard - Acervo Click Humano

Em nossa escola, de fevereiro para cá, nós professores e professoras, estamos notando e vivendo um crescimento de comportamentos violentos por parte dos nossos alunos e alunas; cotidianamente ouvimos e passamos por algum momento de desrespeito que beira a violência física, essa situação é extremamente estressante e antipedagógica, todos perdem, nós educadores e os jovens também.

Sr. Elismar - Acervo Click Humano

O que fazer? Acreditamos que o projeto iniciado em fevereiro, no começo com atividades apenas de sala de aula, e agora, com atividades como a de ontem quando recebemos cinco pessoas em situação de rua para bater um papo com os alunos e alunas, pode ajudar concretamente.

Sr. Raimundo - acervo Click Humano
Qual a intensão do Projeto Click Humano? As atividades fora da sala de aula são eficazes? São capazes de impedir nossos jovens alunos entrarem no mundo da violência? Conseguiremos efetivamente desenvolver o processo de ensino-aprendizagem nesse tipo de evento?
Acreditamos que sim. Como já foi defendido por vários estudiosos, a sala de aula tradicional ou o ambiente formal de educação não são os únicos locais de aprendizagem, o projeto proporciona aos alunos e alunas participantes um ambiente muito rico de novas experiências, de novas sensações que normalmente não são vivenciadas em sala de aula.
Se formos capazes de, ao longo do processo de desenvolvimento das atividades, orientarmos os participantes no sentido de despertá-los para, por exemplo, a cultura de paz na família, na comunidade onde residem na escola e na convivência com os professores e colegas, o projeto já estará fazendo seu papel.

Sr. Jailson - acervo Click Humano
O Projeto Click Humano, Um Olhar Sobre a População de Rua do Distrito Federal fez ontem dia 20 de maio mais um evento no auditório da escola, reunimos três turmas “C”, “E” e “F”, cerca de 60 alunos e alunas da 1ª. série do Ensino Médio.
O evento, o segundo com pessoas em situação de rua, recebeu os alunos da Escola de Meninos e Meninas do Parque: Dona Meire, Jailson, Sr. Raimundo, Elismar e Richard, além de três professoras.

Acervo Click Humano
Sr. Raimundo esteve com nossos alunos e alunas pela primeira vez e nos contou sua história, já foi jogador de futebol do Madureira Futebol Clube, apelidado como “Cafezinho” fez sucesso no clube carioca da Zona Norte na década de 1970.
As histórias são comoventes, Dona Meire, por exemplo, é de São Paulo, nunca viu o pai ou a mãe, foi entregue para adoção pela família quando tinha 3 meses de idade, passou pela antiga Febem e hoje vive em Brasília.

Srs. Elismar e Raimundo - acervo Click Humano
Jailson, Elismar, Richard...nomes gente, ser humano que, por algum motivo perdeu tudo e agora sobrevivem do apoio das pessoas e do Estado.
Essa situação não é exclusividade do Brasil, a maioria das cidades médias e grandes do mundo estão tendo que conviver com esse fenômeno, é o sistema econômico excludente produzindo no seu dia a dia milhares de “restos” sociais, gente que a sociedade não enxerga.

Acervo Click Humano
Um dos objetivos do projeto Click Humano é dar visibilidade a essas pessoas e provocar nos alunos e alunas sentimentos de respeito ao outro.
Nos encontros que fizemos semana passada e no de ontem, a emoção foi a tônica, muitos alunos e alunas foram às lágrimas quando os convidados começaram a contar as histórias de suas vidas.

O projeto serve ainda para debatermos o sistema e modelo de desenvolvimento econômico brasileiro e mundial, um modelo que exclui, que não respeita as pessoas. Como disse um aluno da turma I, “Os moradores de rua não são vistos pelo sistema por que não podem consumir, comprar, ir ao shopping”.












terça-feira, 20 de maio de 2014

Homens Invisíveis - Documentário sobre moradores de rua


Dentro do Projeto Click Humano estamos desenvolvendo atividades com nossos alunos e alunas com o uso de textos e documentários, esse documentário “Homens Invisíveis” é perfeito para o debate. Vamos Lá!

Questões para debate:

a)   Como se constrói o Homem/Mulher invisível?
b)  Qual a tua concepção de ser humano?
c)   Qual a função social do “morador” de rua segundo o documentário?
d)   O que é o marginalizado?

De Saulo Leal

Enviado em 24/02/2008
Vídeo documentário sobre moradores de rua.
Trabalho realizado por alunos da Uesc.

Uma possível explicação através de falas de especialistas sobre o tema:Moradores de Rua
http://www.4shared.com/file/102251581...

O veneno está na mesa


Enviado em 02/08/2011
SIGA @cineamazonia
http://www.facebook.com/festcineamazonia

Sinopse
O Brasil é o país do mundo que mais consome agrotóxicos: 5,2 litros/ano por habitante. Muitos desses herbicidas, fungicidas e pesticidas que consumimos estão proibidos em quase todo mundo pelo risco que representam à saúde pública.

O perigo é tanto para os trabalhadores, que manipulam os venenos, quanto para os cidadãos, que consumem os produtos agrícolas. Só quem lucra são as transnacionais que fabricam os agrotóxicos. A ideia do filme é mostrar à população como estamos nos alimentando mal e perigosamente, por conta de um modelo agrário perverso, baseado no agronegócio.

Licença padrão do YouTube
Silvio Tendler 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Silvio_Tendler
(Rio de Janeiro1950) é um documentarista brasileiro. Conhecido como "o cineasta dos vencidos" ou "o cineasta dos sonhos interrompidos" por abordar em seus filmes personalidades como JangoJKCarlos Marighella, entre outros, Silvio já produziu cerca de 40 filmes, entre curtas, médias e longas-metragens. Em 1981 fundou a Caliban Produções Cinematograficas Ltda., produtora direcionada para biografias históricas de cunho social.
Possui licenciatura em História pela Universidade de Paris VII, mestrado em Cinema e História pela École des Hautes-Études/Sorbonne e especialização em Cinema Documental aplicado às Ciências Sociais no Musée Guimet, também na Sorbonne.
Seus filmes são resgates da memória brasileira e inspiram seus espectadores a reflexão: sobre os rumos do Brasil, da América Latina e do mundo em desenvolvimento.
É dono de um jeito peculiar de fazer cinema. Entre a gestação de uma ideia, sua execução e finalização, muitas vezes contam-se décadas. Tem sempre vários projetos e vai tocando todos ao mesmo tempo.
Parte das pesquisas de seus filmes tem origem no volumoso acervo particular de imagens, com mais de dez mil títulos sobre a História do Brasil e do mundo dos últimos 50 anos.


Projeto Click Humano, o sistema capitalista é uma fábrica de "sonhos"



Foto acervo click humano

Por José Gilbert Arruda Martins

O sistema capitalista é uma fábrica de “sonhos”.
O sistema capitalista é uma fábrica de pesadelos.
A fábrica de sonhos funciona de forma diferente para as classes pobres e médias/ricas, nesses grupos sociais abastados, no geral, os “sonhos” já foram ou estão sendo concretizados, é o carro novo para andar no engarrafamento – as pessoas adoram os engarrafamentos – eles (engarrafamentos) já fazem parte dos debates “intelectuais” das reuniões de amigos para o churrasco de domingo com carne da Friboi; outro ponto do debate “inteligente” é o cartão de crédito, o salário acabou por causa do consumismo desenfreado, só restou o cartão para tentar continuar sonhando, por isso vamos ao shopping, importante é consumir; alguns vão até aos shoppings de Miami nos EUA ou na Europa.

Foto acervo click humano
As outras classes, média baixa e pobres em geral, estão num dilema da moléstia, compram alimento ou passeiam no shopping? Pagam o aluguel ou compram a TV tela grande? O “sonho” tem hora que parece distante, longe das mãos e do salário.
O sistema capitalista é um pesadelo para todos aqueles que não conseguiram entrar no sistema de consumo, por que consumir, não importa se não vai dormir, é o que é importante, consumir...consumir...consumir...

Foto acervo click humano
O pesadelo para muitos é, além de não ter acesso digno à alimentação numa mesa, junto à família, é “morar” nas ruas das médias e grandes cidades do Brasil e do mundo.
O sistema capitalista, como uma fábrica de pesadelos, produz miseráveis todos os dias, em Paris são milhares, no Rio são cerca de 8 a 10 mil segundo estatísticas da prefeitura, em São Paulo, cerca de 14 a 16 mil e em Brasília, dados de uma pesquisa da Universidade de Brasília de 2010, são cerca de 2,4 mil.

Foto acervo click humano
Fábrica de “sonhos” para uns, pesadelo para outros, penso que a escola tem a obrigação de provocar o debate do sistema, nós professores e professoras não podemos virar os olhos para essa realidade, não é minha condição de assalariado em um nível supostamente melhor que pode me impedir de enxergar uma realidade nua e crua, precisamos urgentemente entrar no debate, esse modelo de desenvolvimento econômico está mais do que falido.

Foto acervo click humano
No Projeto Click Humano, faremos hoje, dia 20/05 a segunda rodada de bate papo com pessoas em situação de rua do Distrito Federal, o encontro será a partir das 13h30 no auditório da escola, as turmas “B”, “C” e “E” serão as contempladas, nosso maior objetivo é provocar mudança de atitude nos nossos alunos e alunas sobre a concepção de ser humano que cada um tem ou precisa ter, despertar o sentimento de cidadania e de ver o outro para ver-se completamente como pessoas, como gente preocupada em pensar o outro, sentir pelo outro, se colocar no lugar do outro, RESPEITAR o outro (a).

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Em reunião com Julian Assange, MST estabelece parceria com Wikileaks



Vamos lá, o que é um homem/mulher santos?
Nunca fez sexo?
Nunca mentiu?
Nunca roubou?
É rico?
É pobre?
É branco?
É negro?
O que faz de uma pessoa um santo?
O Vaticano, com o respeito que merece, fez santos ao longo dos últimos 2 mil anos.
Quais são os critérios?
Vamos pensar aqui num santo importante, São Francisco de Assis; quem é capaz de discutir sua santidade?
Não defendo a santidade de Julian Assande, um australiano, criador do site Wikileaks, que sobrevive na embaixada do Equador em Londres há 2 anos, mas nos critérios políticos atuais o cara fez um serviço à humanidade, tão importante quanto Galileu Galilei, que também não era santo e foi perseguido pelo Tribunal da “Santa” Inquisição por causa de suas ideias.
Por que a rede globo de televisão não diz nada?
Será que tem a ver com as denúncias do Wikileaks sobre os recursos do programa “Criança Esperança” que a emissora embolsou?
Libertem Assange, esse cara fez um serviço a todos que defendem um mundo para todos.

Por José Gilbert Arruda Martins

15 de maio de 2014

Por Maíra Kubík Mano
Da Página do MST/Agência Pública
Fonte: http://www.mst.org.br/node/16110

Em frente à Embaixada do Equador em Londres, um grupo de cinco pessoas reúne-se todos os dias para protestar. Com alguns cartazes e uma faixa costurada à mão, exige a libertação de Julian Assange, o fundador do Wikileaks, confinado no prédio. “Em 19 de junho faremos um grande ato, você pode participar?”, perguntam aos curiosos que passam pela rua. A Embaixada fica em uma área turística da cidade, bem ao lado de uma grande loja de departamentos, e a manifestação chama atenção.

A prisão de Assange foi pedida pela Suécia em um processo de assédio sexual e ele, que é australiano, entrou na Embaixada do Equador para evitar a extradição. Recebeu asilo político do governo de Rafael Correa, mas se deixar o local será detido imediatamente. Ao menos dois policiais ficam 24 horas por dia à sua espreita, o que custa, por ano, módicos 3,8 milhões de libras (R$ 14,6 milhões), conforme revelou a polícia metropolitana. “Além de tudo estão gastando nosso dinheiro”, critica uma das ativistas, uma senhora chilena que vive em Londres desde o golpe contra Salvador Allende.

O isolamento forçado de Assange limita não só seus movimentos físicos como sua comunicação.  Quem quiser falar com ele precisa antes passar por seus assessores e ter sua vida checada. Ao entrar no prédio, celulares, câmeras e quaisquer outro tipo de aparelhos eletrônicos são confiscados, para garantir sua privacidade. Jornalistas são terminantemente proibidos. E expulsos, caso tentem — imagine como consegui essa informação.

Nesta quinta-feira (14), é um dos principais movimentos sociais do Brasil, o MST, quem vai encontrar o cabeça de uma organização que sacudiu a diplomacia internacional, bancos e até a igreja da Cientologia após vazar milhares de documentos em seus 7 anos de atividade. Na pauta, a aliança entre os movimentos sociais latino-americanos e o Wikileaks.

A reunião é longa e, às 18h, o grupo que protestava diante do prédio se retira. “Vou para a Embaixada da Síria. A situação está feia lá”, diz uma delas. Agora sou apenas eu e os policiais olhando para a Embaixada, que é uma lateral térrea de um prédio sofisticado. O espaço onde Assange está, dizem, tem poucos metros quadrados.

Após duas horas de conversa — e muitas voltas na quadra —, João Paulo Rodrigues, da direção nacional do MST, saiu afirmando que “é importantíssimo que os movimentos sociais estejam juntos na luta em defesa do asilo de Assange no Equador”. Segundo o dirigente, o papo "fluiu", e o MST vai contribuir para pressionar a Suécia a permitir a ida dele ao país sul-americano.

O fundador do Wikileaks estaria também temeroso com a possibilidade de ser extraditado para os Estados Unidos. “Ele acha que, caso seja preso pela Suécia, vão mandá-lo para os Estados Unidos por conta das acusações de espionagem”, conta Rodrigues.

O MST prometeu então se juntar à mobilização do dia 19 de junho, quando Assange completa dois anos na Embaixada, realizando protestos nas representações diplomáticas suecas e estadunidenses. Os sem-terra vão circular ainda um abaixo-assinado junto com outros movimentos sociais e intelectuais, que deve ser entregue ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas).

Em troca de toda a solidariedade recebida, o Wikileaks se prontificou em contribuir na difusão das ações do MST aos seus 5 milhões de seguidores em todo o mundo.
 
Ao final, os representantes do MST entregaram ao fundador do Wikileaks um cartaz assinado pelos “movimentos sociais da Alba” (Aliança Boliariana para os Povos da América) com as fotos de Assange, Chelsea Manning — condenada a 35 anos prisão pelo vazamento de dados confidencias dos EUA — e Edward Snowden, antigo funcionário da CIA e atualmente exilado na Rússia. “Toda solidariedade aos combatentes do Império”, dizia o poster.

Posaram para fotos juntos, todas tiradas pela assessora de Assange, que edita as imagens antes de liberá-las — até agora elas não chegaram. Muitos cliques com o boné vermelho do MST. Bem-humorado, Rodrigues colocou o movimento à sua disposição: “caso precise de um asilo no Brasil, oferecemos os nossos assentamentos”. Ganhou de volta um abraço.

À noite, sobraram só os policiais.


domingo, 18 de maio de 2014

EDUCAÇÃO VS COPA. COMO DESMORALIZAR UM COXINHA

Publicado em 18/05/2014

 Fonte: http://www.conversaafiada.com.br/economia/2014/05/18/educacao-vs-copa-como-desmoralizar-um-coxinha/


Conversa Afiada reproduz do “Muda Mais“, um espaço para desmoralizar coxinhas :






Existe no Brasil uma geração que nunca viu a seleção brasileira conquistar a Copa do Mundo. Essa galera também não sabe que o país tinha regras diferentes, onde não cabia opções: ou se investia em educação ou saúde, em saneamento, nem pensar! Era gasto. E a casa própria era apenas paras as classes B e A. Mas o Brasil mudou e hoje, no lugar de escolher uma alternativa, o pais adotou o agregar e incluir. Agora a população pode ter sim mais saúde, mais educação, mais infraetrutura, mobilidade urbana e também Copa do Mundo. Está na dúvida? Então veja os números:

Desde 2010 o governo investiu R$ 968 bilhões em educação, saúde e infraestrutura. E como a nova onda é a de somar, ainda foram investidos R$ 17,6 bilhões em toda a infraestrutura envolvendo a Copa.




Em educação, por exemplo,o governo entregou 1300 creches até o início desse ano e outras 3100 estão em construção. São 49 mil escolas com ensino de tempo integral e o objetivo é chegar a 60 mil até o fim do ano. Para aperfeiçoar o ensino, professores alfabetizadores estão sendo preparados para ajudar as crianças a chegar ao 8 anos de idade já sabendo ler e fazer as operações básicas de matemática.

Adicione a isso a retomada dos investimentos para o ensino técnico, com o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e ao Emprego (Pronatec). Sozinho e com pouco mais de dois anos de existência, recebeu R$ 14 bilhões de investimentos, opa… muito mais do que foi investido em todos os estádios da Copa (R$ 8 bilhões). Além disso, foram criadas novas escolas técnicas federais e novas universidades. Poderíamos até parar por aqui, mas tem muito mais. Com a criação do Sistema de Seleção Unificada, que oferece vagas de ensino superior com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), muito mais gente conseguiu conquistar um diploma. Isso sem contar os programas como o ProUni e o Ciência sem Fronteiras.

Assim como à educação, os investimentos em saúde têm várias frentes. Por exemplo, são 10.121 novas unidades de saúde , outras 8.506 estão sendo ampliadas e mais 8.349 reformadas, com investimentos que chegam a R$ 3,5 bilhões. Outro programa é a Rede Cegonha, que já atendeu 2,6 milhões de gestantes, em mais de 5 mil municípios. Lançado em 2011, tem o objetivo de oferecer às gestantes do Sistema Único de Saúde (SUS) um atendimento cada vez mais qualificado e humanizado. Para a aplicação, foram investidos inicialmente R$ 9,4 bilhões.

Tem ainda o Brasil Sorridente, que já beneficiou 80 milhões de pessoas em todo o país e é considerado o maior programa bucal do mundo, com mil Centros de Especialidades Odontológicas e 23.150 equipes de saúde bucal, que atendem inclusive nas Unidades Básicas de Saúde. Até o final de 2014, terão sido investidos R$  3,6 bilhões no programa. É claro, tem ainda o Mais Médicos, que levou 13.235 profissionais a 4040 municípios e também os investimentos empesquisas –  R$ 248,7 milhões para encontrar soluções inovadoras a serem aplicadas ao SUS.



Quanto a mobilidade urbana , foram investidos R$ 143 bilhões em 3.859 km de vias para transporte coletivo urbano, seja sobre trilhos, pneus ou corredores fluviais. A prioridade está em empreendimentos de transporte público coletivo, de alta e média capacidade e que atendam áreas com população de baixa renda.

A esses R$ 143 bilhões somam-se R$ 8 bi que envolvem 42 projetos do escopo Copa do Mundo. Eles garantiram 17 novos corredores e vias expressas, 5 novas estações e terminais de trens e metrôs, 13 BRTs e 2 VLTs, obras essenciais, ainda que o mundial não fosse no Brasil e que beneficiarão 62 milhões de pessoas.

Os aeroportos das cidades-sede e também de regiões turísticas próximas passaram por reforma, na maioria dos casos para ampliar a capacidade de passageiros e de taxiamento de pistas. O benefício desses R$ 6,3 bilhões investidos não serão restritos à Copa, muito pelo contrário, turistas, homens e mulheres de negócios, ou seja, qualquer pessoa que utilizar um aeroporto neste e nos próximos anos encontrará um ambiente mais confortável e agradável. 




Levantamento da Fundação de Estudos e Pesquisas Econômicas (Fipe) em conjunto com o Ministério do Turismo indica que o país poderá ganhar R$ 30 bilhões com a Copa – o valor corresponde a geração de renda que será adicionada à economia brasileira. Entre abril e junho serão criados 47,9 mil novas vagas de trabalho por conta do mundial.A receita de negócios estimada para o setor hoteleiro, por exemplo, chega a R$ 2,1 bilhões, comércio – R$ 831,6 milhões e alimentação – R$ 900 milhões.

Mas o legado vai além. Passa por mais segurança, uma vez que estão sendo investidos R$ 1,9 bilhão  em compra de equipamentos, capacitação dos profissionais, a criação de um Sistema Integrado de Comando e Controle para monitorar, em tempo real, imagens de centros fixos e móveis instalados nas cidades-sede e reforço de 157 mil profissionais das forças de segurança pública nas ruas. Agora, diz aí: viu como a Copa é boa para o Brasil e para os brasileiros?

Atualizado!

Fizemos um vídeo falando sobre os investimentos para Copa e em Saúde, Educação, Mobilidade… Confere aqui:







Petrobras tem chance histórica de aplicar corretivo no mau jornalismo




Você que ler regularmente, que se preocupa com o país e o seu povo, que assiste aos telejornais com espírito crítico, tendo o cuidado de entender e perceber os dois lados da notícia, deve ter observado que a grande mídia, principalmente a globo através do seu jornal nacional, passou mais de três semanas divulgando diariamente matérias atacando o governo por causa da compra da refinaria de Pasedena, agora, os fatos estão sendo “des-cobertos”; por isso tenho insistido, o Brasil precisa de uma lei moderna que democratize os meios de comunicação no país. Urgente.
Leia abaixo matéria que ajudará a entender o mau que o mau jornalismo faz nesse país.

Por: José Gilbert Arruda Martins


Postado por Marina Selerges
Por: Helena Sthephanowitz/ Blog da Helena 


Quando a esmola é demais, o santo desconfia, já dizia minha avó. No caso da Petrobras, a esmola demais é o quase silêncio do governo federal durante semanas diante de ataques à imagem da empresa, usando a compra da refinaria de Pasadena e outros casos que "não pegaram".
Só duas coisas poderiam explicar essa conduta. A primeira seria a tranquilidade do conhecimento do terreno onde pisa. A oposição estaria escolhendo lutar em um terreno favorável à gestão da empresa e ao próprio governo. Seria mais ou menos como atrair tropas para emboscadas, no caso de guerras.
A oposição avança sobre a Petrobras, mas a empresa vive um ano particularmente bom, quebrando recordes após recordes de produção. Até mesmo um relatório final de uma auditoria interna de 45 dias sobre todo o processo de compra da Refinaria de Pasadena pode se revelar favorável às decisões tomadas pela empresa.
Neste caso a oposição avança muito agora, mas estaria avançando em uma areia movediça, que a levaria a afundar nos próximos meses. Justamente no período eleitoral mais quente, as denúncias de irregularidades estariam esvaziadas, pelo menos em parte, seja pela improcedência, seja pela punição de eventuais responsáveis, e a empresa estará apresentando resultados robustos dos investimentos, o que desmentirá as críticas à gestão. O que restará à oposição dizer? Que aumentará a gasolina em obediência à mão invisível do mercado internacional?
A segunda explicação seria aplicar uma espécie de corretivo exemplar ao mau jornalismo, que não espera apurar informações e já faz seus "testes de hipóteses", pré-condenando negócios e pessoas com base em boatos. Esse corretivo viria através do departamento jurídico da empresa exigindo direito de resposta à altura dos ataques recebidos.
Imagine o Jornal Nacional da TV Globo passar alguns dias tendo que ler direito de reposta após direito de resposta. Imagine as revistas terem de ceder toda semana páginas e mais páginas para a publicação de desmentidos de reportagens erradas de edições passadas. Imagine o mesmo com os jornais. Seria a própria desmoralização da qualidade do jornalismo dos veículos de imprensa que tiveram má conduta.
Pois a Petrobras está com esta chance histórica nas mãos. De onde veio a lorota repetida centenas de vezes de que a refinaria de Pasadena custou apenas US$ 42,5 milhões um ano antes da Petrobras entrar no negócio? Hoje se sabe com certeza que custou pelo menos US$ 360 milhões, comprovados em balanços oficiais.
Todas as reportagens que espalharam a informação falsa, sem qualquer apuração séria, são motivo de sobra e irrefutável para exigir direito de resposta. Se a mentira foi repetida dez vezes no mesmo telejornal, a Petrobras deve exigir dez direitos de resposta. Se usaram infográficos para mentir de forma mais didática, o direito de resposta deve usar infográfico também para desmentir.
No último dia 17 a empresa Astromarítima Navegação ganhou um direito de resposta de 50 segundos no Jornal Nacional. O telejornal havia feito matéria antes, no dia 14, induzindo o telespectador a entender que o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, cobraria comissão da empresa por contratos com a Petrobras. No dia 17, o apresentador Heraldo Pereira teve que ler o desmentido: "A empresa Astromarítima procurou o Jornal Nacional para mostrar o contrato de busca por novos investidores – que nada tem a ver com os contratos que a empresa tem com a Petrobras".
A Astromarítima, segundo o noticiário, tem contratos de fretamento de embarcações no valor de quase meio bilhão de reais. É uma empresa de grande porte que atua desde a década de 80, tendo a Petrobras como um de seus principais clientes. A própria TV Globo deve ter sentido o cheiro do preço que um processo por danos poderia acarretar se não provasse as ilações veiculadas.
Pois a Petrobras tem uma marca e uma imagem de muito mais valor do que a Astromarítima, e nada justifica que não exerça seu direito de resposta. É provável que a própria TV Globo e outros veículos de imprensa ofereçam alguns segundos à Petrobras para o desmentido de informações comprovadamente falsas, sem disputa judicial. Mas isso não seria suficiente para reparar os danos.
A Petrobras deve exigir direito de resposta proporcional aos danos causados à sua marca e à sua imagem. Se os veículos de imprensa não concederem amigavelmente, deve exigir na Justiça. Se isso ocorrer, como processos judiciais às vezes demoram anos, a Petrobras bem que poderia fazer um jornalzinho para distribuir nos postos do tipo "verdades e mentiras", mostrando reportagens falsas publicadas por aí e os fatos reais que as desmentem. Inclusive explicar que o jornal está sendo distribuído porque as TVs, jornais e revistas não deram direito de resposta. É claro que versões para internet adequadas às redes sociais também devem ser produzidas.
Em 2009, quando a empresa foi atacada pela oposição, rebateu com o Blog Fatos e Dados. Desta vez, só tardiamente este blog passou a rebater informações que atingem a empresa e, mesmo assim, de forma mais tímida. Dessa vez, para fazer do limão a limonada, só direitos de resposta exemplares resolvem.
A Petrobras está com uma chance histórica nas mãos de combater o mau jornalismo que a atingiu. Vai perder?