domingo, 24 de março de 2019

1 MINUTO CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA #04 (24.3.19)







Olá, tudo bem?
Sou o Gilbert Martins aqui no canal Resistência Contemporânea.
Estamos iniciando uma série longa de micro vídeos com pontos importantes sobre a Reforma da previdência.
Com o objetivo de debater essa reforma que quer destruir a Previdência Pública brasileira.
Uma primeira questão...
Essa reforma da previdência, que o governo quer vender como “nova previdência” é boa para quem?
Já parou para pensar nisso trabalhador e trabalhadora?
Leia o projeto básico e destaque um ponto positivo para os trabalhadores e trabalhadoras.
Essa é uma reforma para os bancos e para o grande capital tomar de conta do orçamento público brasileiro.

BOM PARA OS BANCOS
Estudo da OIT mostra que privatização da Previdência fracassa no mundo
Entre 1981 e 2014, 30 países privatizaram total ou parcialmente seus sistemas de Previdência Social, sendo que 18 depois fizeram alterações no modelo. Para OIT, apenas bancos ganham com a privatização.
por Marize Muniz, da CUT na Rede Brasil Atual

A privatização da Previdência fracassou na maioria dos países que adotou o sistema de capitalização previdenciária que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) quer implantar no Brasil. Os impactos sociais e econômicos foram tão negativos que a solução foi voltar atrás e reestatizar total ou parcialmente a Previdência.
A conclusão é do estudo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), “Revertendo as Privatizações da Previdência – Reconstruindo os sistemas públicos na Europa Oriental e América Latina”, divulgado nesta segunda-feira (11).

Uma das faces mais cruéis dessa tentativa de destruição da Previdência Pública e Solidária é a capitalização defendida por Paulo Guedes e Bolsonaro.
A capitalização exige que o trabalhador abra uma poupança pessoal onde terá de depositar todo mês para conseguir se aposentar.
A conta é administrada por bancos, que cobram taxas e ainda podem utilizar parte do dinheiro para especular no mercado financeiro.
Uma das conclusões do estudo da OIT, que demorou três anos para ficar pronto, é que os bancos são os únicos que ganham com a privatização.

Estamos fazendo uma série com vários vídeos contra a Reforma da Previdência a partir de um estudo divulgado no site da Rede Brasil Atual.
O estudo da OIT mostra que sistemas como esse, que Bolsonaro está tentando impor, aumentaram a desigualdade de gênero e de renda, que os custos de transição criaram pressões fiscais enormes, os custos administrativos são altos, os rendimentos e os valores das aposentadorias são baixos e quem se beneficiou com as poupanças dos trabalhadores e trabalhadoras foi o sistema financeiro, entre outros problemas.

De acordo com o estudo da OIT que estamos debatendo aqui, de 1981 a 2014, trinta países privatizaram total ou parcialmente seus sistemas de previdência social.
Quatorze deles são da América Latina: no Chile (primeiro a privatizar, em 1981), idosos estão morrendo na miséria; Peru (1993), Argentina e Colômbia (1994), Uruguai (1996), Bolívia, México e Venezuela (1997), El Salvador (1998), Nicarágua (2000), Costa Rica e Equador (2001), República Dominicana (2003) e Panamá (2008).

A grande maioria desistiu da privatização após a crise financeira global de 2008, que escancarou as falhas do sistema de previdência privada. Até 2018, dezoito países fizeram alterações no modelo, ou seja, reverteram total ou parcialmente a privatização da Previdência Social: Venezuela (2000), Equador (2002), Nicarágua (2005), Bulgária (2007), Argentina (2008), Eslováquia (2008), Estônia, Letônia e Lituânia (2009), Bolívia (2009), Hungria (2010), Croácia e Macedônia (2011), Polônia (2011), Rússia (2012), Cazaquistão (2013), República Tcheca (2016) e Romênia (2017).
Para os técnicos da OIT, o que melhora a sustentabilidade financeira dos sistemas de Previdência e o nível de prestações garantidas, permitindo às pessoas usufruir de uma melhor vida na aposentadoria, não é acabar e, sim, reforçar o seguro social público, associado a regimes solidários não contributivos, conforme recomendado pelas normas da entidade.
Estamos fazendo uma série com vários vídeos contra a Reforma da Previdência a partir de um estudo divulgado no site da Rede Brasil Atual.
De acordo com a OIT, o que garante a segurança de renda na idade avançada é o fortalecimento de sistemas públicos de previdência, ou seja, ao invés de acabar com a Previdência Social pública e solidária – modelo em que quem está no mercado sustenta a aposentadoria daqueles que já contribuíram ao longo de toda a vida –, os governos têm de reforçar o sistema.


por Rede Brasil Atual

Nenhum comentário:

Postar um comentário