sábado, 2 de agosto de 2014

A forte presença do mercado na Educação Pública


José Gilbert Arruda Martins*
A educação para filhos e filhas de trabalhadores precisa ser gratuito. Não é razoável, o país manter por mais de um século o ensino superior gratuito aos filhos das classes abastadas e, agora, que a coisa melhorou um pouco, a universidade mudar sua política e passar a cobrar dos ainda poucos pobres que adentram o ensino superior.
Menos lucro, mais investimentos na sociedade. A educação pública precisa continuar. Educadores e educadoras do país precisam se mobilizar.
O mercado vem, aos poucos e de forma contundente, infiltrando-se cada dia mais na educação pública.
Olha o que diz a professora Nora Krawczyk da Faculdade de educação da Unicamp, na revista Carta na Escola n° 87: “Hoje a escola pública é um mercado enorme para o setor privado, por meio de venda de apostilas, de formação de professores, cursos de gestão, materiais didáticos etc.”
É fundamental que povo, trabalhadores e trabalhadoras, se engajem na luta pela manutenção da educação pública de qualidade.
Professores e professoras precisam se inteirar do que está e pode acontecer. Precisam ler o Plano Nacional de Educação (PNE), precisam conhecer a LDB, precisam conhecer o Financiamento da Educação Pública no Brasil.
Cresce a cada ano os interesses e a participação dos empresários na educação. A educação é um grandioso negócio e o mercado capitalista sabe disso. Leia o que diz mais uma vez a professora Nora Krawczyk.
“...Nós chamamos isso de uma aliança entre os grupos empresariais e o poder público para pensar a política educacional do País. Isso não quer dizer que todo o Ministério da Educação seja exatamente igual e pensem todos da mesma maneira. Isso não é verdade. Porque existem projetos diferentes e eles estão presentes no interior do MEC e de alguns estado. Mas qual é o projeto que tem mais força? Qual é o projeto hegemônico? O projeto empresarial.”
Essa presença economicista na educação brasileira cresceu muito fortemente no governo neoliberal de FHC. O Ministério da Educação na época com Paulo Renato, abriu as portas da educação pública à lógica do mercado. Nora Krawczyk acrescenta.
“A escola virou, nos últimos 20 anos, um novo nicho de mercado. Com o desenvolvimento do capitalismo foram se esgotando determinados espaços de lucratividade e é uma dinâmica própria dele gerar novos espaços de produção de lucro. Um dos espaços é o mercado educacional. A educação passou a ser um bom negócio porque é algo que todo mundo deseja.”
As organizações de trabalhadores e trabalhadoras em educação pública do Brasil e da América latina precisa enxergar o que está acontecendo e provocar ainda mais o debate e as ações contra a presença e o controle do mercado sobre a educação pública.

* Professor de escola pública em Brasília-DF.

“A atenção principal do País deveria ser para os ensinos primário e secundário”
Para reitor da USP, são nessas etapas que se aprofundam as desigualdades sociais
Por Thais Paiva*
Em conversa com a imprensa durante o III Encontro Internacional de Reitores, ocorrido no Rio de Janeiro nos dias 28 e 29 de julho e organizado pelo Banco Santander, o reitor da Universidade de São Paulo (USP), Marco Antonio Zago, falou sobre as principais metas da instituição e os desafios da educação brasileira e sugeriu que existe a possibilidade de a USP adotar o Enem como forma de acesso. Para ele, "todas as universidades brasileiras estão atrasadas" e "para uma universidade ter qualidade não é preciso que ela seja cobrada".
No evento, que reuniu mais de 1 mil reitores de universidades de 33 países, Zago presidiu a mesa de debate "Pesquisa, inovação e transferência" e explorou novas parcerias e caminhos para a internacionalização da instituição. Confira a opinião do reitor sobre alguns temas abordados na conversa:
Política de internacionalização da USP
O futuro das relações internacionais na USP tomará um aspecto diferente. Não vai ser por meio de escritórios em Singapura, Boston e Londres. Todos foram fechados com o término do programa em 25 de janeiro. A política de internacionalização será de compartilhamento, de troca de representantes entre a USP e algumas universidades parceiras, por exemplo, a Universidade de Lyon (França), a Universidade de Salamanca (Espanha).
Qualidade e gratuidade
A USP é a universidade de melhor qualidade do Brasil, provavelmente da América Latina, e é gratuita. Para uma universidade ter qualidade não é preciso que ela seja cobrada. Esta é uma questão muito controvertida. Alguns entendem que há uma necessidade em cobrar daqueles que podem pagar, seria uma medida de justiça social. A nossa posição é que esta não é uma questão importante a ser resolvida neste momento.
Queda no ranking do Quacquarelli Symonds (QS) entre as universidades da América Latina para a PUC do Chile
Não podemos comparar a missão de duas universidades tão diversas. A PUC-Chile tem 25 mil alunos, é particular e está em um país cujo Ensino Secundário (Médio) tem maior qualidade. Na USP são 90 mil estudantes, é gratuita e num país cujo Ensino Secundário é pior.
Ensino superior público X particular
Ninguém planejou que teríamos no Brasil 70% de Ensino Superior no setor privado e 30% no público. Tal quadro foi consequência de uma expansão grande da população jovem brasileira. Como o governo não teve condições de bancar a expansão das universidades públicas, as particulares encontraram aqui um filão, um grande negócio. Houve um esforço para expandir o Ensino Superior público, mas ele ainda é reduzido. São Paulo dedica 9,5% de toda a sua arrecadação para as suas três universidades públicas (USP, UNESP, Unicamp). É um recurso vultoso. Por outro lado, no mesmo estado, 460 mil jovens terminam o Ensino Secundário (Médio) anualmente. Destes, apenas 20 mil entram nas três universidades públicas e outros 20 mil, nas Instituições de Ensino Paula Souza. Ou seja, todo o sistema de educação superior do Estado de São Paulo dá conta de menos de 10% dos jovens.
Ensino médio e desigualdades sociais
A atenção principal do País deveria ser para os ensinos primário e secundário (os atuais Fundamental e Médio), porque há dados objetivos que mostram que não estamos bem comparativamente a outros países do mundo. Em segundo lugar, os que chegam ao Ensino Superior não são bem preparados. Em terceiro - e talvez seja o mais crítico - é que no Ensino Secundário se aprofundam as diferenças sociais que vão permanecer pelo resto da vida. É neste momento que os filhos de famílias mais abastadas recebem um ensino de melhor qualidade e se tornam competitivos para o resto da vida. Na universidade, esta diferença fica evidente. Dos 460 mil concluintes do Ensino Secundário, 80 mil vêm do ensino privado e 380 mil, do ensino público. Entretanto, do total de inscritos na Fuvest 63% são do ensino privado e apenas 37% , do público. Entre os 11 mil aprovados na USP, 32% são do ensino público. Os sociólogos dizem - e eu acredito ser verdade - que a grande maioria dos alunos da rede pública desiste do vestibular da USP porque percebe não ter nenhuma chance.
Cotas sociais e raciais
A política de cotas poderia ser uma solução (para os alunos da rede pública entrarem na USP), mas existe uma confusão entre cotas sociais e cotas raciais. Se nós considerarmos apenas as cotas sociais, as raciais já ficam contempladas porque nos extratos mais baixos da população predomina a população mais negra. A USP aplica uma política cotas embora isso não seja dito abertamente. Nunca dissemos que iríamos reservar 50% das vagas para o ensino público, mas que até 2017 esperamos ter 50% dos nossos alunos vindos do ensino público. Este ano tivemos 32% porque aplicamos uma política de bônus - quem vem do ensino público e tem bom desempenho tem pontos acrescidos. Como o exame é muito competitivo, isto faz diferença.
Enem como acesso à USP
Nada se impõem na USP. Não se chega e diz agora é assim. É preciso convencer as pessoas, discutir. Acho o Enem um exame muito bom. Mas uma coisa é certa: a USP já está reestudando seu vestibular e as formas de acesso. O Enem é uma possibilidade. Não posso adiantar porque é o conselho universitário que decide essas coisas.
*A repórter viajou a convite do III Encontro Internacional de Reitores/Universia



sexta-feira, 1 de agosto de 2014

LEITURA E ANÁLISE DE TEXTOS




Márcia Siqueira de Carvalho (DEGEO/CCE/FUEL)

Fonte: http://www.focca.com.br/cac/textocac/LEIT_ANA_TEXTOS.htm

A análise de texto significa estudar, decompor, dissecar e dividir para interpretá-lo. Cada parte do texto deve ser analisado, buscando-se os elementos chaves do autor e a relação entre as partes constituintes. A decomposição dos elementos essenciais e a sua classificação nos leva até a ideia-chave, que é o conjunto de ideias mais precisas.
O objetivo da análise do texto é: aprender a ler, a ver, a escolher o mais importante dentro do texto e familiarizar-se com os termos técnicos, ideias, etc.; hierarquizar o conteúdo do texto; perceber que as ideias se relacionam e, identificar as conclusões e as bases que as sustentam.
 Partes da análise do texto:
a)     dos elementos constituintes básicos,
b)     das relações entre esses elementos,
c)     da estrutura do texto.

Tipos de análise do texto:

TEXTUAL: breve explicação do professor com a primeira leitura pelo aluno. Sucessivas leituras permitirão a identificação de palavras e parágrafos chaves. O significado das palavras desconhecidas, assim como termos técnicos são procurados no dicionário.
TEMÁTICA: é individual. Permite maior compreensão do texto, a associação de ideias do autor com as preexistentes no conhecimento do estudante. Avaliação da coerência interna do texto. Elaboração do resumo para discussão em sala de aula.
PROBLEMATIZAÇÃO: Atividade em grupo. As questões implícitas e explícitas no texto são levantadas e debatidas.
CONCLUSÃO PESSOAL: Individual. Reelaboração do que foi entendido do texto, resultando num resumo próprio que também uma crítica e reflexão pessoal.
A leitura do texto deve incluir várias leituras:
  • Primeira: serve para organizar o texto na mente do aluno.
  • Segunda: Sublinhar as ideias principais e as palavras-chaves (COM DOIS GRIFOS).
 Os trechos mais importantes da ideia desenvolvida são assinalados no texto com uma linha vertical na margem. O que consideramos passível de crítica, objeto de reparo ou insustentável dentro do raciocínio desenvolvido, destacamos com um ponto de interrogação(?). Assuntos ou palavras-chaves distintas no texto (assuntos secundários) podem ser grifados com cores diferentes.

A elaboração de um ESQUEMA:

Após várias leituras, com o auxílio de dicionários, torna-se mais fácil à elaboração de um esquema. Trabalhamos então com a hierarquização das palavras-chaves, frases e parágrafos importantes, ligando as ideias sucessivas dos raciocínios desenvolvido pelo autor. A elaboração de um resumo envolve um sentido mais completo entre os parágrafos, indicam mais do que um tópico mas são condensados para a apresentação. O resumo facilita o trabalho de captar, analisar, relacionar, fixar e integrar aquilo que se está estudando, e serve para fixar e expor o assunto, inclusive numa prova.

EXEMPLO DE ESQUEMA E RESUMO:

ANDRADE, Manoel Correia de. Geografia, Ciência da Sociedade: uma introdução “a análise do pensamento geográfico. São Paulo. Ed. Atlas, 1987. p.11-19”.

ESQUEMA:

1. A Geografia como ciência.
1.1              O que é Geografia.
1.2              A Geografia e o problema da interdisciplinaridade.
1.3              A unidade e a diversidade em Geografia.
1.4              O caráter social da ciência geográfica

PALAVRAS-CHAVES: Geografia. Ciência. Positivistas. Conhecimento geográfico. Sociedade. Natureza. Objeto da Geografia. Ratzel. Reclus. Espaço vital. Luta de Classes. Geografia dos exploradores, vulgar e das universidades. Neopositivistas. Matemática Regional. Geografia Crítica ou Radical. Formação econômica-social. Interdisciplinaridade. Diversidade. Sociologia. Antropologia. Economia Política. Psicologia. Etnologia. História. Geologia. Pedologia. Mineralogia. Hidrologia. Meteorologia. Astronomia. Oceanografia. Técnicas Cartográficas e Estatísticas. Ramos do Conhecimento e especializações da Geografia. Geografia Física. Geografia Humana. Especialização. Ciência Social.

EXEMPLO DE RESUMO:

"Parte do conhecimento geográfico foi organizado a partir do século XIX em ciência geográfica, aos moldes da divisão positivista da ciência. Naquele momento, a Geografia limitou-se a descrever a superfície da Terra e prestou serviços ao expansionismo colonial.

No século XX passou a significar a ciência que estudava a distribuição dos fenômenos físicos, biológicos e humanos na superfície da Terra e, posteriormente, adotou técnicas quantitativas (matemáticas e estatísticas) e serviu a governos, por vezes, autoritários. Mais recentemente, ela busca estudar as relações existentes entre a Sociedade e a Natureza, utilizando categorias dialéticas e marxistas.

A análise da ação da sociedade no espaço requer conhecimento das seguintes áreas: Sociologia, Antropologia, Economia Política, Psicologia, Etnologia, Geologia, Pedologia, Mineralogia, Hidrologia, Meteorologia, Astronomia e Oceanografia.

As especializações do conhecimento geográfico e a tendência que vem ocorrendo estão levando a Geomorfologia, a Hidrografia, Climatologia, Biogeografia e a Geografia Política a se transformarem em ciências autônomas. O aumento do conhecimento da ciência geográfica e a tendência à subdivisão levaram às especializações, e como consequência, à quebra da unidade da Geografia. A preocupação dos geógrafos, atualmente, é reverter esta divisão, e a da Geografia Humana e Geografia Física, através da explicação da organização espacial das formações econômicas-sociais (Sociedade e Natureza). O autor concebe a Geografia como uma ciência social por esta estudar a relação entre a Sociedade e a Natureza na construção do espaço, podendo esta ciência auxiliar nas formas dessa relação". (CARVALHO, M. S.)
 (Observe quantas palavras-chaves foram utilizadas!)

 FICHAMENTO E RESUMOS.

Ao iniciarmos uma pesquisa, uma das primeiras atividades a ser realizada, após a escolha do tema, é a pesquisa bibliográfica e a elaboração de fichas e resumos. De acordo com LAKATOS & MARCONI (1990, p. 43), a PESQUISA BIBLIOGRÁFICA compreende oito fases distintas:
  • Escolha do tema;
  • Elaboração do plano de trabalho;
  • Identificação;
  • Localização;
  • Compilação;
  • Fichamento;
  • Análise e interpretação.
  • Redação.
 As fichas devem conter cabeçalho, referência bibliográfica e o texto em si.

O fichamento NÃO É:

·         um sumário ou índice do livro ou texto. Ele é redação sucinta das ideias do texto.
·         uma transcrição de parte ou do texto. Ele é uma interpretação que o leitor faz da obra e, por isso, redigida com suas próprias palavras.
·         Ele, porém, apresenta mais informações do que a ficha bibliográfica.
Muitos professores confundem o fichamento com resumos e análises de textos, passando aos alunos uma ideia equivocada. O sistema de fichamentos foi criado pelo Abade Rozier, da Academia Francesa de Ciências no século XVII e atualmente  você pode escolher entre vários tipos de fichas de tamanhos diferentes. No cabeçalho deve constar o tema de interesses da pesquisa.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA E BIBLIOGRAFIA:

A referência bibliográfica é a identificação do texto analisado de acordo com as normas da ABNT (podendo vir como o conhecido pé de página ou no final do texto, antes da bibliografia).
Na Biblioteca Central da UEL existe pessoal especializado para orientação no setor de Referência.
A Referência Bibliográfica é diferente da Bibliografia. Se eu cito algum autor no meu texto, eu tenho de fazer também a referência bibliográfica. A Bibliografia sempre deve constar num trabalho, pois é muito difícil se fazer um trabalho de pesquisa sem ter consultado artigos e livros escritos por autores.

NÃO SE ESQUEÇA: Se você quiser reproduzir um trecho do texto analisado, deve colocá-lo entre aspas (") seguidas das informações da obra citada: ano e página. Em alguns editores de texto há até o estilo de citação. Mas atenção, "copiar" um texto de outro autor e não dizer que é uma citação, é considerado fraude, plágio e é crime. Nada desmerece o seu trabalho se você citar alguém. Pelo contrário, demonstra que você pesquisou e fez um bom trabalho.

RESUMOS.

Ao se fazer um resumo buscamos apresentar, de maneira enxuta, destacando os elementos de maior importância o que o autor escreveu no texto.
Segundo LAKATOS & MARCONI (1990, p.67), várias leituras são necessárias para a elaboração do RESUMO. Na primeira leitura fazemos um esboço, tentado perceber o plano geral da obra e o seu desenvolvimento. Na segunda leitura devemos responder a seguinte pergunta: De que trata o texto? Qual é a sua ideia central?
Na terceira leitura identificamos as partes principais do texto, ao compreendermos as ideias descritas já identificamos as diferentes partes que o compõem.
Aplicando a técnica de análise de texto, identificamos as palavras-chaves e os parágrafos chaves.

BIBLIOGRAFIA: Este exemplo é de como eu disponho corretamente a bibliografia que usei para fazer este meu texto, no caso, um livro de duas autoras. Quando é um artigo num boletim ou num livro, a ordem é diferente.
É bom ter a seguinte ordem quando é um livro:
SOBRENOME do Autor, nome e outros autores. Dê dois espaços e entre com a edição no caso de não ser a 1ª. Segue o título do livro em destaque (negrito ou sublinhado).
LAKATOS, Eva Maria & MARCONI, Marina de Andrade.  2ª ed. Fundamentos de Metodologia Científica. São Paulo: Atlas, 1990.
Continuando, entra-se com o nome da cidade onde foi feita a publicação. Nome da Editora. Número da edição. Ano da publicação.
Não é obrigatório, mas pode-se acrescentar o número total de páginas do livro. É muito útil quando se quer pedir o xerox de material esgotado através do COMUT (procure saber o que é na Biblioteca de sua cidade ou Universidade).

Glossário:
Palavras Chaves: Definem o(s) tema(s) do artigo. Pode-se usar até 5.


quinta-feira, 31 de julho de 2014

Quem é o eleitor do ex-governador Arruda? Dilemas de um Corrupto. (ou de uma cidade?)





Quem é esse eleitor que não se preocupa com a corrupção?
Quem é esse eleitor que mesmo sabendo da corrupção em que se envolveu o ex-governador ainda o apoia?
Será que são ricos?
São pobres?
Moram no Lago?
Moram na periferia?
Quem são esses eleitores que depositam seus votos e sua confiança num homem que foi pego com um maço de dinheiro sujo nas mãos?
São professores e professoras?
São policiais militares e civis?
Quem são?
Esses eleitores com certeza sabem que a corrupção é um dos maiores problemas que o país sofre, por que ainda assim dão seu apoio a um político que, se a justiça fosse séria, estaria na cadeia?
A política eleitoral brasileira sempre foi e é embalada por favores?
Será que esses eleitores esperam algo em troca que não deu tempo de receber quando o ex-governador era governador?
O que os eleitores ricos querem?
O que os eleitores pobres querem?
Os favores aos ricos é justo?
Os ricos já não têm demais?
E os pobres? Que esperam receber?
Será que esses eleitores pensam em Brasília?
Brasília além de capital do país é uma vitrine em todos os sentidos, a cidade é vista e revista a todo tempo pelo Brasil e pelo mundo. Será que esses eleitores pensam na cidade? Ou estão pensando apenas em seus próprios bolsos...problemas...famílias...compadres...
Quem é esse eleitor de um político comprovadamente CORRUPTO?
Tantas perguntas...nenhuma resposta.

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)


Retomando o Projeto Click Humano - Visita à EMMP

acervo Click Humano - Prof. Gilbert, Profa. Márcia, Diretora Amélia e o colaborador Raimundo

acervo Click Humano - Prof. Gilbert, Profa. Márcia, Diretora Amélia e o colaborador Raimundo
Estivemos na segunda-feira dia 28/07, na Escola Meninos e Meninas do Parque (EMMP) para uma reunião com a direção da instituição no sentido de retomarmos a parceria EMMP e o Projeto Click Humano.
Aproveitamos a reunião para marcarmos a 1ª. visita de nossos alunos à escola que será dia 29/08/14, numa sexta-feira. Aproveitamos também para discutirmos a participação da EMMP no projeto da Revista Click Humano, ficou acertado que a Direção da EMMP irá conversar e, se for tomado a decisão de participação, indicar alunos para serem treinados para vender a revista e gerar renda aos próprios alunos da instituição. Vamos aguardar.

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Público prioritário da instituição são crianças e jovens em situação de rua
 BRASÍLIA (27/7/14) – Fundada em 1992, a Escola Meninos e Meninas do Parque (EMMP) atende hoje 97 alunos, a maioria composta por crianças e jovens em situação de rua ou que moram em abrigos do Distrito Federal.

"Nós buscamos fazer mais que a escolarização deles. Muitos estão fora de uma sala de aula há anos, e, quando chegam aqui, não tem como trabalhar apenas o conteúdo programático com eles. A gente precisa acolher essas pessoas para que elas se sintam à vontade e fiquem", explicou a coordenadora pedagógica, Ivete Aguiar, à Agência Brasília.

De acordo com a professora, a escola atende os estudantes no período da tarde. Pela manhã, aqueles que moram na rua são encaminhados aos Centros de Referência Especializados para População em Situação de Rua (Centro Pop) ou ao programa Cidade Acolhedora, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda (Sedest), para que façam o asseio pessoal e se alimentem. Às 12h, eles chegam à EMMP, almoçam e, na sequência, seguem para as salas de aula.

"Nosso principal objetivo é formar o cidadão. A qualquer época do ano, a pessoa pode vir se matricular. A gente procura facilitar na questão de documentação para que não percamos o estudante e ele não perca a oportunidade de ser reinserido na sociedade", destacou a coordenadora.

Ela lembra que a instituição pública acolhe hoje praticamente meninos e meninas fora da série adequada para suas idades. Assim, existem dois projetos: Educação de Jovens e Adultos e Correção de Idade e Série.

Apesar das parcerias com os órgãos da Sedest, a instituição educacional é composta por funcionários da Secretaria de Educação e é uma das principais escolas na capital do país voltadas exclusivamente para atender esse público.

Após mais de 20 anos de existência, a EMMP comemora alguns resultados positivos. Um de seus ex-alunos foi aprovado no vestibular da Universidade de Brasília, e outros ingressaram em instituições particulares. Alguns foram inseridos diretamente no mercado de trabalho, e grande parte saiu das ruas. "Eles normalmente não voltam para suas famílias, mas constituem uma nova família", finalizou a coordenadora pedagógica.


Dilemas da Gestão Democrática nas Escolas Públicas


Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Pelos governos ditatoriais que vivemos ao longo da República, falar de Gestão Democrática nas escolas não é coisa fácil. Grande parte de toda nossa estrutura social e da estrutura e organização escolar é autoritária. Não fomos acostumados a gerir nossas vidas e a educação com democracia. 
“Devemos enfatizar então que a democracia na escola por si só não tem significado. Ela só faz sentido se estiver vinculada a uma percepção de democratização da sociedade.” (Amélia Hamze, profa. FEB/CETEC/FISO ISEB In: http://educador.brasilescola.com/gestao-educacional/gestao-democratica.htm)
Os artigos 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) e 22 do Plano Nacional de Educação (PNE) indicam que os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica obedecendo aos princípios da participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola e a participação das comunidades escolares e locais em conselhos escolares.
O que se percebe claramente na maioria das unidades municipais do país é a criação de conselhos escolares vinculados ou à prefeitura ou às direções das escolas, parece não existir de fato autonomia e transparência nas decisões.
Esse fato está intimamente ligado à falta de vivência democrática na sociedade como um todo. A implementação da gestão democrática nas escolas públicas, passa pela construção de espaços de participação popular nas decisões de governo, seja nacional, estadual ou municipal.
Precisamos criar instrumentos efetivos de participação. Podemos iniciar apoiando a nova lei de participação popular lançada recentemente pelo governo. Precisamos fortalecer os instrumentos já existentes e criar novos.
Precisamos estimular a participação das comunidades; organizar seminários, encontros locais, regionais e nacionais nesse sentido. Fortalecendo os instrumentos de participação democrática da sociedade, seremos capazes de criar as condições para que os conselhos escolares existam de fato e sejam autônomos.
Sem essa participação social, sem instrumentos fortalecidos de participação, os Projetos Políticos Pedagógicos continuaram letra morta.
“Na gestão democrática deve haver compreensão da administração escolar como atividade meio e reunião de esforços coletivos para o implemento dos fins da educação, assim como a compreensão e aceitação do princípio de que a educação é um processo de emancipação humana; que o Plano Político Pedagógico (PPP) deve ser elaborado através de construção coletiva e que além da formação deve haver o fortalecimento do Conselho Escolar.” (Hamze, 2014)


Escola Meninos e Meninas do Parque recebeu visita de líder budista

Sr. Elismar -acervo Projeto Click Humano

Por Tomaz em 23/jul/2014

Distrito Federal
A Escola Meninos e Meninas do Parque, que funciona no Parque da Cidade, em Brasília, recebeu uma visita especial nesta quinta-feira (24), às 12h. O líder religioso e orientador espiritual de autoridade máxima da linhagem Drukpa do budismo tibetano, S.S Gyalwang Drukpa, esteve na escola para conhecer e conversar com os estudantes.
Anteriormente a Agência Brasília havia noticiado que o budista Dalai Lama faria a visita ao local, mas a assessoria do evento retificou a informação.
Gyalwang lançou em Brasília, nesta quinta-feira (24), no Shopping Iguatemi, Lago Norte, o livro “Iluminação Diária”. Depois o religioso segue viagem em direção ao Peru.
Como incentivador do humanitarismo, desde a década de 1980, o líder tem trabalhado com projetos inovadores e já estabeleceu 16 organizações beneficentes e centros de Dharma na Europa, Estados Unidos, América do Sul e Ásia. Em suas viagens pelo mundo, ele prega sobre o amor universal, paz e tranquilidade interior. Gyalwang é fundador do movimento “Live to Love” cujo objetivo é oferecer a bondade amorosa e a compaixão a todos os seres.
(Do R7)


terça-feira, 29 de julho de 2014

Educação Libertadora de Paulo Freire



"A educação como prática da liberdade, ao contrário daquela que é a prática da dominação, implica a negação do homem abstrato, isolado, solto, desligado do mundo, assim também a negação do mundo como uma realidade ausente dos homens." (Paulo Freire)
Quem é Paulo Freire
Paulo Freire ficou mundialmente conhecido na década de 60, após desenvolver uma proposta revolucionária de alfabetização, que visava o processo de tomada de consciência, que fosse diretamente ligada à democratização da cultura e não uma alfabetização mecânica que impossibilitava o ser humano de ser mais

Freire publicou várias obras que ficaram conhecidas internacionalmente, entre as quais destacamos: Pedagogia do Oprimido, Educação libertadora, Educação como pratica da liberdade e A importância do ato de ler.

Embora suas reflexões e práticas no âmbito da educação tenham sido alvo de diversas críticas, é inegável sua grande contribuição na transformação no sistema educacional.
Suas primeiras experiências no campo educacional foram realizadas em 1962 no Rio Grande do Norte, onde 300 trabalhadores rurais se alfabetizaram em 45 dias. Foi militante e participou do MCP (Movimento de Cultura Popular) do Recife.


Em 1964, em meio a conflitos e empasses violentos pelo qual a nossa sociedade passava, Freire foi convidado pelo presidente João Goulart para coordenar o Programa Nacional de Alfabetização. Freire (1965) afirmava que, este esforço em busca de um projeto educativo não havia nascido do acaso, era uma tentativa de resposta aos desafios contidos nesta passagem na qual se via a sociedade.

Logo após o golpe militar o método de alfabetização de Paulo Freire foi considerado uma ameaça à ordem, pelos militares.

Paulo Freire foi preso, acusado de atividades subversivas, e viu-se obrigado a deixar o país exilando-se no Chile por 14 anos.

Ao retornar do exílio, Paulo Freire, continuou suas atividades de escritor e debatedor. Trabalhou em universidades e na Prefeitura de São Paulo, como Secretário Municipal de Educação no governo Luísa Erundina.

Paulo Freire veio a falecer no ano 1997 aos 76 anos de idade na cidade de São Paulo, vítima de infarto.

Papel do Educador
O papel do educador segundo Paulo Freire é ser de problematizador, para isso o educador deve construir uma relação em que educador é também educando através de um processo de humanização de si com o outro (educando). O educador deve crer firmemente nos homens e em seu poder criador, proporcionado, pois o diálogo a partir da realidade vivida pelo educando, não pretendendo transformar a realidade para o educando e sim com eles, buscando a investigação dos temas geradores, por meio da conscientização.

“Aos esfarrapados do mundo e aos que neles se descobrem e assim descobrindo-se, com eles sofrem, mas sobre tudo com eles lutam” (Paulo Freire).

As reflexões de Paulo Freire sobre a educação visam a criação de uma pedagogia crítica-educativa. “Pedagogia que faça da opressão e de suas causas objeto de reflexão dos oprimidos, de que resultará o seu engajamento necessário na luta por sua libertação, em que está pedagogia se fará e refará” ( FREIRE,1968, 34) 
A educação, a luz das reflexões de Freire, teria o caráter libertador e não domesticador, como o modelo tradicional da educação. Seria uma práxis educativa capaz de libertar o homem de toda situação de opressão, ao qual se encontra sujeitado, através da libertação de sua consciência, tornando-o um sujeito crítico e reflexivo capaz de transformar sua realidade e inserir-se na sociedade de forma efetiva.
A educação libertadora proposta por Paulo Freire, por sua face crítica e educativa, pode servir de importante instrumento de emancipação do homem diante da opressão, pois, ela demonstra sua preocupação diante da realidade vivida pelo educando, propondo intervenção prática no ambiente cotidiano escolar, de forma dinâmica, transformadora, considerando, a todo instante, a realidade concreta, singular e peculiar de cada educando.
O foco central da educação libertadora de Freire é o combate acirrado à dominação e opressão dos “desprivilegiados”. Esses podem ser entendidos como os “marginalizados” da sociedade capitalista.
Freire acreditava na possibilidade de mudança, do ser humano, enquanto sujeitos inacabados e na conscientização destes sobre sua situação de exploração e dominação diante dos seguimentos mais altos da sociedade.
A alfabetização, no método Paulo Freire, visa o processo de tomada de consciência crítica do sujeito, lhe permitindo a organização reflexiva de seu pensamento crítica, procurando resgatar sua dignidade que fora exaurida pelo longo processo de exclusão social que sofrerá durante toda formação da sociedade.
Dentro desta perspectiva de construir uma educação libertadora, Freire enfatiza que é preciso que se compreenda a educação como um processo de formação humana.
Desta forma Freire (2000), afirma que ensinar não é somente transmitir conhecimento e sim, proporcionar que o aluno aprende de dentro para fora.
Contextualização da Educação como prática libertadora

Paulo Freire foi um intelectual, militante, político sempre confiava no povo. Praticava os conhecimentos que valorizava o homem, transformando valores, os educadores eram formados com a sabedoria popular. Nos anos 60, ficou mundialmente conhecido depois de desenvolver uma proposta revolucionária de alfabetização através da linguagem escrita a partir da realidade vivencial o educando, para transformar e compreender o mundo.

O trabalho de Freire sobre Educação como Prática da Liberdade teve experiências no Movimento de Cultura Popular do Recife, que levou ao amadurecimento de iniciar relações com proletários e subploretários como educador. No Círculo de Cultura eram feitos debates em grupo em busca de aclaramento das situações. Debatiam problemas como o “Nacionalismo”, “Remessa de lucros para o estrangeiro”, “Evolução política do Brasil”, “Desenvolvimento”, “Analfabetismo”, “Voto do Analfabeto”, “Democracia”. Os resultados eram surpreendentes. Não queria uma alfabetização mecânica, mas sim uma alfabetização em posição de tomada de consciência, que fosse diretamente ligada à democratização da cultura. Durante o regime militar, Paulo Freire foi preso, acusado de atividades subversivas, e viu-se obrigado a deixar o país. A ação da ditadura militar vai atingir em cheio a educação de Adultos, cindindo-a em dois caminhos quase totalmente paralelos e quase sempre postos: por um lado cria-se uma estrutura para a Educação de Adultos fortemente controlado pelo governo militar e seus aliados nos estados e municípios e, por outro lado, um movimento semiclandestino, identificado com a Educação Popular como a entendemos hoje. Contudo, ainda assim faltava o estímulo com que Freire poderia evocar o interesse pelas palavras e sílabas em pessoas analfabetas. Foi a partir do desenvolvimento desse projeto que se começou a falar de um sistema de técnicas educacionais, o "Sistema Paulo Freire", que podia ser aplicado em todos os graus da educação formal e da não-formal.

Educação como prática da liberdade
A educação, a luz das reflexões de Paulo Freire, assume um caráter libertador. Na visão de Freire a verdadeira educação é diretiva e está ligada ao processo de superação da compreensão resultante da captação ingênua e mágica da realidade, através da tomada crítica da realidade fazendo com que o sujeito se liberte da dominação de sua consciência.

Freire propõe um modelo de educação transformador que permita ao homem, a organização reflexiva de seu pensamento, em um processo de conscientização e reconhecimento de si próprio como sujeito histórico e politizado, face à análise crítica da sociedade, uma educação que esteja disposta a considerar o ser humano como sujeito de sua própria aprendizagem e não como um objeto sem saber, onde sua vivência, sua realidade e seu modo ver o mundo, sejam considerados, tornando esta aprendizagem realmente autêntica para ele. Freire afirmava que o processo de educação não se completa na etapa de desvelamento de uma realidade, mas só com a prática da transformação dessa realidade.

A pedagogia de Paulo Freire propõe um ensino baseado no diálogo, na liberdade e no exercício de busca do conhecimento, de forma participativa e transformadora, em uma relação horizontal e de simpatia entre educando e educador, enfatizando a necessidade do processo “reflexão-ação”, e assim possibilitando o rompimento com o modelo de educação verticalizada, ou seja onde o professor e o portador do saber e o aluno um simples objeto de deposito de um saber já elaborado, e a imposição “opressora” dos dominantes.

A pedagogia Freriana considera o valor do “saber popular” vê como uma possibilidade de transformação da realidade destes sujeitos.

E é nesta perspectiva de emancipação do sujeito, que Freire (1991) afirma que a educação deve ser usada como prática de liberdade, porque segundo Freire, ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho, os homens se libertam em comunhão.
Pedagogia do Oprimido:
A Pedagogia do oprimido surgiu no contexto da ditadura no Brasil, e exílio de Paulo Freire, bem como a luta opressores X oprimidos em âmbito brasileiro e mundial. Possui ênfase na classe social, assim é necessária a conscientização para a libertação, mas a conscientização deve vir acompanhada da práxis libertadora. Tem opção pelo povo e por um mundo sem opressão, tendo os sectarismos de direita e de esquerda e o medo da liberdade como obstáculos à verdadeira conscientização, sendo, portanto formas de manipulação das consciências. Possui opção pelo povo e por um mundo sem opressão.
Método Paulo Freire
Desenvolvida pelo educador Paulo Freire, o Método Paulo Freire é uma proposta para a alfabetização de adultos, que criticava o sistema tradicional, o qual utilizava a cartilha como ferramenta principal da didática para o ensino da leitura e da escrita. Isto por que, as cartilhas ensinavam pelo método da repetição de palavras soltas ou de frases criadas de forma forçosa, que comumente se denomina como linguagem de cartilha, por exemplo Eva viu a uva, o boi baba, a ave voa, dentre outros.Desta forma, a alfabetização acontecia de forma mecânica.
Referência Bibliográfica:
FREIRE, Paulo. Educação como prática da Liberdade. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 1980
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro; Paz e Terra, 2005



domingo, 27 de julho de 2014

O AECIOPORTO DO FHC ! TUCANO É ASSIM ! - O Miguel do Rosário presta singela homenagem a Sergio Motta. Esse Sergio Motta …


Por que o pig não divulga e alardeia com a mesma veemência A PODRIDÃO do arrocho neves e do restante do psdb?
o país, nesta eleição, terá outra oportunidade de escolher entre dois projetos de governo:
um, entreguista do psdb.
outro, voltado para os interesses do país e da maioria do povo, do pt e aliados.
a afirmação acima está baseada em claras e irrefutáveis evidências, o brasil avançou...
avançou, por exemplo, em áreas que o psdb de aécio e fhc desmontaram quando assumiram o poder central na década de 90, que foi a educação.
a educação pública brasileira, principalmente, no ensino médio e superior, sofreu um verdadeiro desmonte...
lula da silva é que ampliou e fortaleceu esses níveis de educação no governo seguinte...
a emenda 59/2009 é um grande exemplo...

por josé gilbert arruda martins (Professor)


O AECIOPORTO DO FHC !
TUCANO É ASSIM !
O Miguel do Rosário presta singela homenagem a Sergio Motta. Esse Sergio Motta …
Fonte: blog Conversa Afiada – 27/07/2014

Conversa Afiada reproduz artigo de Miguel do Rosário extraído do Tijolaço:



Nessa história de aeroporto, acabei redescobrindo mais um escândalo tucano que a mídia varreu para baixo do tapete, enquanto tocava o bumbo “mensalão, mensalão, mensalão”.

Trata-se de um aeroporto feito pela Camargo Correia, de presente para o então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Istoé publicou, em 18 de agosto de 1999, uma reportagem sobre a construção de um aeroporto na propriedade da Camargo Correia, uma das principais doadoras (senão a principal)  no Brasil para campanhas eleitorais.

A fazenda da empreiteira, e logo também o aeroporto, por “concidência”, ficavam (e continuam lá) exatamente ao lado da fazenda Corrego da Ponte, de Fernando Henrique.

Eu separei um trecho delicioso da reportagem:

A atração na Pontezinha é uma ampla pista de pouso que costuma receber mais aviões tripulados pela corte do presidente do que jatinhos de uma das maiores empresas do País. “Nunca vi avião nenhum da Camargo Corrêa pousando ali. Mas da família de Fernando Henrique não pára de descer gente”, conta o fazendeiro Celito Kock, vizinho de ambos e atento observador do trânsito aéreo na região. A pista particular tem 1.300 metros de comprimento e 20 metros de largura, asfaltados numa grande área descampada. Um estacionamento com capacidade para 20 pequenas aeronaves completa o aeródromo.

A pista, avaliada em R$ 600 mil, começou a ser construída no dia 1º de julho de 1995 e foi concluída em 30 de setembro daquele ano. Apesar de ter os equipamentos necessários para a obra, a Camargo Corrêa encomendou o serviço à Tercon – Terraplanagem e Construções, numa autêntica troca de gentilezas. Meses antes, a Tercon havia conseguido um bom negócio ao ser contratada pela Camargo Corrêa para fazer a ampliação do Aeroporto Internacional de Brasília – empreitada que só terminou anos depois. Com isso, não se furtaria a retribuir o favor. O registro oficial da pista no Departamento de Aviação Civil (DAC) foi feito no dia 23 de outubro de 1995, com a publicação da portaria 175/EM3. Está autorizada a receber aviões do tipo Bandeirantes e Lear-Jets. 


*
Observe que, quando há interesse, o proprietário da pista consegue rapidamente registro na Anac.

Pois bem, alguns anos depois, um blog mineiro retoma a história e nos dá uma contextualização mais precisa sobre o que acontecia ali.

A filha de FHC, Luciana Cardoso, funcionária na fazenda do pai, chegou a usar avião da FAB para pousar no aeroporto. O caso foi investigado pelo procurador federal Luiz Francisco de Souza, do MP do Distrito Federal.