“A
culinária expressa dimensões do humano, entre essas dimensões, valores e identidades
próprias da cultura de um povo”.
Projeto de professora no Estado do Rio de Janeiro pode revolucionar o lanche e a alimentação de crianças e jovens nas escolas públicas do país.
Como
as cantigas, as danças e os instrumentos musicais, a culinária insere-se na
vida de um povo e fortalece suas raízes, é ponto de “relevância para a
identidade, a ação e a memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira (...)”.
Além
de se tornar mais um avanço pedagógico, de crescimento do estudante, mas também
comunitário, o projeto vem em boa hora, pois o Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) que é de 1955 precisa dessa injeção de ânimo novo e de um contra
ponto à alimentação rápida (fast food) e industrializada que predomina em boa
parte das unidades escolares do Brasil.
O
fast
food exerce um papel de forte presença e expansão na vida das pessoas no Brasil, com
abertura de milhares de restaurantes, muitos deles abertos 24 horas ao público
em geral, por isso talvez, a importância de analisarmos que, além do alimento
em si, o fast food carrega consigo toda
uma cultura que não é do povo, espalhando-se por todos os cantos e recantos do
País.
A
meu ver faz-se necessário e urgente a inclusão no Programa Nacional de
Alimentação Escolar (PNAE) de uma alimentação que além de saudável, respeite a
cultura do povo, uma nova política nutricional nas escolas públicas que seja
também cultural onde, principalmente estudantes jovens, possam entrar em
contato com os conhecimentos ancestrais afro-brasileiros por meio da culinária.
O
programa poderia ter uma base comum, mas respeitando as características
regionais, isso seria mais um ponto de facilitação e viabilidade na implantação
de um programa que envolvesse todo o País.
O
programa iniciaria pelo Estado do RJ, depois Bahia, Maranhão...em poucos anos
faria parte do PNAE .
A
partir do instante que o projeto busca uma escola pública para programar suas
ações, com “objetivos claros de promoção de práticas alimentares saudáveis
utilizando a culinária afro-brasileira como ferramenta pedagógica, pois a
alimentação para além de saciar a fome é uma expressão de valores culturais,
sociais...” fica patente seu compromisso
social, cultural e ambiental.
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