sábado, 31 de agosto de 2019

Ciro agora é Lula Livre?



“Haddad e Ciro Gomes se encontram sob gritos de Lula Livre em Fortaleza, Ceará, no Ato de Abertura da Caravana Lula Livre pelo Nordeste.”
Ciro finalmente percebeu o erro estratégico?
Começou a ver a importância de uma frente ampla de progressistas a favor de uma causa maior?
Ciro Gomes, num ato político que muitos analistas defendem que foi suicida, viajou a Paris logo após o resultado do primeiro turno nas últimas eleições.
Essa atitude, segundo muita gente, pode ter determinado a vitória da chapa fascista de Bolsonaro e Mourão.
Apesar de ter minhas observações críticas sobre isso, acredito também que foi um enorme erro de Ciro.
Ciro Gomes, como já falamos aqui, mais de uma vez, é um quadro importante da política de centro-esquerda do país.
A política brasileira se quer realmente formar uma frente ao fascismo e à destruição da nação, precisa entender esse fato.
A questão é que Ciro depois que retornou de Paris e, até hoje, se distanciou do PT e de Lula...
Num forte posicionamento de distanciamento que todos falam ser ruim para Ciro, PDT e a democracia brasileira.
Esse afastamento para muitos analistas indicou voo independente, só que, no cenário nacional esse tipo de posicionamento não ajuda a ninguém, muito menos ao país...
Precisamos de união dos grupos, lideranças e partidos de centro-esquerda...
O Brasil está sendo destruído, como todos que estão fora da bolha bolsonarista devem está enxergando.
Os projetos de cunho pessoal precisão ser deixados de lado agora...
A ideia é lutar todos e todas pelo Brasil e sua soberania e interesses do povo.
Ciro agora é Lula Livre?

Por José Gilbert Arruda Martins


Salário mínimo não terá aumento real em 2020



Quando Dilma Roussef bateu Aécio naquela que seria a quarta eleição vitoriosa do PT e das esquerdas, iniciou-se o discurso do ...
Vamos tirar o PT para fazer as reformas e aumentar a oferta de emprego.
Pois bem...
Dilma foi retirada... Com ela o PT...
Lula foi perseguido e preso ilegalmente.
As reformas foram feitas.
Cadê os empregos que seriam gerados?
Sumiu!
Paulo Guedes e equipe só têm olhos para entrega do patrimônio público aos gringos.
Neoliberalismo não tem compromisso com o povo trabalhador.
Desemprego é apenas um detalhe...
Não é a família dele que está passando necessidades...
“O governo Bolsonaro reduziu para R$ 1039 a previsão de salário mínimo para 2020 no Projeto de Lei Orçamentária Anual.”
“O valor não representa aumento real em relação ao salário mínimo deste ano, que é de R$ 998.”
“Quando apresentou o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, o governo estimava o salário mínimo de 2020 em R$ 1040.”
“O governo Bolsonaro também reduziu a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano que vem, de 2,74% para 2,17%.”
“Bolsonaro reverte, portanto, uma política de valorização do salário mínimo executada pelos governos do PT.”
“Em 2007, o modelo de reajuste passou a levar em conta o resultado do PIB mais a inflação do ano anterior, pelo INPC. Ou seja, sempre que houvesse crescimento da economia, haveria ganho real do salário mínimo.”
Mas, falando sério. Quem acredita que a política neoliberal implantada por Paulo Guedes/Bolsonaro iria pensar em povo?
Ilusão...
Todo o projeto colocado em prática até aqui é um projeto neoliberal...
E, se é neoliberal não pode ter interesse do povo.
Entenda ou morra de fome.

Por José Gilbert Arruda Martins

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Metrópoles

Em três anos de golpe, o desmonte do Estado e de uma nação.



A relação entre colonizador e colonizado é desigual.
A metrópole tira e explora tudo o que pode.
A colônia é explorada e pronto.
Países exploram suas colônias e neocolônias.
Classes exploram e colonizam outras.
Essa exploração, a meu ver, acontece internamente e externamente.
A exploração tem um sistema para fazer isso que é o capitalismo...
Por sua vez o sistema tem um instrumento eficaz de desenvolvimento da exploração que é o neoliberalismo.
O que você acha?
Você é colonizado?
O golpe de 2016 completa hoje 3 anos...
Podemos dizer que as coisas pioraram ou não?
Levanta a mão o trabalhador, o do povo que melhorou de vida.
O golpe é a lógica dos ricos...
E a lógica dos 1% mais ricos do Brasil não inclui você e,...
Quanto mais tempo durar essa lógica de destruição de direitos e da soberania, muito mais gente vai sofrer. É urgente que o povo reaja, se erga e se defenda.
Em 31 de agosto de 2016, a presidenta eleita com 54 milhões de votos foi deposta, sem provas nem crime de responsabilidade.
As consequências dessa data para as mais diversas áreas de funcionamento do país são incalculáveis ‘e serão profundamente enraizadas se o desmonte total continuar.’
Como a própria presidenta deposta observou recentemente, a democracia e o neoliberalismo não se bicam.
O que se observou nos três anos completados neste 31 de agosto jamais teria sido viabilizado por vias democráticas, com debates transparentes para livre escolha da população.
‘É bom recordar...’
O Brasil que começou a ser gestado em 2003, com a eleição de Lula, tinha como meta a inclusão social, e esta como motor do fortalecimento do mercado interno e do desenvolvimento nacional.
O resultado que levou ao pleno emprego com crescimento econômico fortaleceu o Brasil que, naqueles anos, foi responsável por elaborar uma política interna e internacional que incomodou as estruturas reinantes desde 1500.
‘Pois é queridos e queridas...’
Foram apenas três anos de golpe. Quanto mais tempo durar essa lógica de destruição de direitos e da soberania, muito mais gente vai sofrer. E muito mais tempo levará o Brasil para voltar à superfície, depois de submergir como nação nesses apenas três anos.

Por José Gilbert Arruda Martins

(Texto de: Paulo Donizetti de Souza)
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RICARDO STUCKERT



sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Outra derrota da Lava Jato: Vaccari recebe indulto



No esforço de perseguir Lula, o PT e um projeto popular...
Sérgio Moro, Dallagnol, os procuradores e parte da PF, devassaram a vida da família de Vaccari...
Usando métodos autoritários, fizeram questão de humilhar Vaccari e sua família...
O ex tesoureiro era o cara que poderia levar Lula ao banco dos réus...
A imprensa, avisada por Moro, montou verdadeiro circo na época...
O ex tesoureiro teve a vida destruída...
Todas as condenações baseadas em delações que agora, todos estão vendo, foram manipuladas...
A pergunta é...
Quem será punido por tamanha violência?
O Estado brasileiro?
A grande imprensa, capitaneada pela Globo, irá pedir desculpas, ao Vaccari e a sua família?
E o STF, fará alguma coisa?
O fato é...
O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto recebeu um indulto de uma condenação de 24 anos de prisão pela Lava Jato.
Quem assinou o indulto, foi o juiz Ronaldo Sansone Guerra, da 1ª Vara de Execuções Penais de Curitiba (PR).
Vaccari tem, agora, uma pena de seis anos e oito meses.
Como já cumpriu cinco anos e quatro meses em regime fechado, ele tentará obter a progressão da pena para o regime aberto, segundo o advogado Ricardo Ribeiro Velloso.
 Os advogados Pedro Dallari e Pedro Serrano produziram um documento chamado A Verdade sobre Vaccari, que busca expor fatos que contradizem as informações apresentadas pelos procuradores da Lava Jato contra o ex-tesoureiro do PT, preso por determinação de Sérgio Moro.
“Ele não enriqueceu, não possui conta no exterior, não obteve vantagens indevidas. Solicitou doações oficiais para o PT, através de transações bancárias, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral”.
Os juristas apontam que Vaccari e sua família foram alvo de uma dura perseguição por parte dos procuradores. “Vaccari é citado nos depoimentos e em delações premiadas de investigados por ser tesoureiro do Partido dos Trabalhadores.”
O aumento da pena que recebeu indulto, que passou de 10 anos para 24 anos por decisão do TRF-4, tem a ver com esta perseguição.
“Condenar Vaccari, da forma como fez Sergio Moro, tentando criminalizar as doações oficiais de um único partido, é um atentado à democracia”.

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Fotos Públicas

Como o neoliberalismo destruiu a Argentina



Você é a favor da privatização das empresas públicas?
Como você fará para consumir, se seu salário não alcança as alterações de preços?
Por isso a pergunta...
Quem mais forte que o Estado pode concretamente empregar pessoas e mantê-las comendo pelo menos três vezes ao dia?
Qual ou quais organizações empresarias em meio a crises cíclicas do sistema capitalista abre mão de seus vultosos lucros para empregar mais e melhor os trabalhadores?
Que fique claro – o Estado não tem a obrigação do lucro – tem a obrigação de proporcionar bem-estar à população.
A empresa privada tem um dono e o dono exige lucro, para ter lucro explora e só investe naquilo que dar lucro.
Por isso o Estado mais do que nunca, tem o papel fundamental de investir no social, no ser humano, no bem-estar.
Outro ponto importante...
Os defensores do Estado mínimo, neoliberal vivem sem o Estado?
Nunca... sempre viveram às custas e da presença do Estado...
Pega, por exemplo, a dívida pública brasileira... (que contabiliza os passivos dos governos federal, estaduais e municipais)
Dívida bruta subiu em março para R$ 5,431 trilhões, 78,4% do PIB...
Quem ganha e quem perde com a Dívida Pública?
O governo federal vende papéis da dívida ao mercado capitalista que ganha bilhões em juros...
A Dívida Pública é um dos melhores negócios capitalista...
O trabalhador ganha o quê?
Nada...
Por isso...
“O Estado tem que ter o tamanho das necessidades do povo”
No artigo - A revolução do Emprego Garantido - Robert Skidelsky defende uma proposição inovadora desafia a lógica neoliberal e sustenta: Estados podem oferecer trabalho digno a todos que o requeiram; e direcioná-lo para necessidades sociais e ambientais.
A Argentina de Macri...
Macri elogiado por Bolsonaro e Dória...
Pediu falência...
Pediu moratória de parte de sua dívida ...
A política neoliberal de Macri faliu a Argentina...
Por José Gilbert Arruda Martins
O historiador Vinícius Carvalho no 247 escreveu...
Tem uma galera me pedindo "ajuda" pra entender a crise argentina.
Eu estudo neoliberalismo, o neoliberalismo é por si só uma doutrina monetarista e a crise argentina tem, em grande medida, um flanco monetarista.
A ditadura militar argentina, assim como a chilena e a uruguaia - e diferente da brasileira - teve uma característica neoliberal de influência da Escola de Chicago e as teorias de Milton Friedman. Portanto esse conjunto de fatores quando somados podem sim explicar o contexto geral da crise argentina atual.
A fome já atinge a outrora pomposa classe-média argentina, racionamento de leite de alimentos nos mercados do país, inflação galopante, moeda derretida... e agora, congelamento de preços.
É evidente que a derrocada Argentina tem vários culpados e vários motivos, mas é bom destacar que os hermanos chegaram a possuir, no início do século passado, um PIB Per Capita comparável ao da Alemanha e Holanda, e superior ao da Espanha, Suécia, Suíça e Itália.
O projeto de estado da Argentina no século XIX vislumbrava ser a potência que ia fazer frente com os Estados Unidos. Eles realmente acreditaram e tentaram, de certa forma, realizar este plano.
Com uma população quase que integralmente alfabetizada, um PIB cerca do dobro do Brasil, e responsável por mais de 50% das exportações de toda a América do Sul, no início do século XX.
A Argentina foi, no mundo contemporâneo, talvez a única nação literalmente desenvolvida que se transformou subdesenvolvida num período relativamente curto. Com todos os problemas que esses termos carregam, claro.
Agora, de todos os processos que levaram a Argentina a esta catástrofe, eu destaco a ditadura militar daquele país e, claro a supressão do mercado nacional e da indústria pelo monetarismo.
O neoliberalismo, principalmente após a década de 90, após o Plano Brady e o Consenso de Washington, se aprofundou de forma com que permitisse que os países pudessem "lastrear" a sua moeda não apenas com riquezas do setor produtivo, ou dólares, mas com "papel". Todas as moedas passaram ali a serem especulativas. Em uns países mais e em outros menos. E a Argentina foi a que levou tal processo mais à fundo.
Porém, cerca de 2 décadas antes, durante a ditadura, por lá ocorreu o que eu chamo de "quimioterapia econômica e social". Explico:
Com o intuito de destruir a esquerda do país e o legado peronista (e aqui não vou me apegar as controvérsias do peronismo, mas o que ele possa ter tido de bom, como a ideia de um estado nacional forte e industrializado), e com isso impôr o modelo neoliberal, os militares forçaram um processo de desindustrialização, enfraquecimento econômico dos centros urbanos e voltou a sua economia para o campo.
Com isso, automaticamente, na contramão do século XX, um modelo de trabalho sindical, de alta qualificação, uma sociedade civil pujante e inteligente, uma classe-média cosmopolita e progressista se viu de uma hora para outra desempregada e dilapidada. Some a isso a grande crise do petróleo dos anos 70.
Sim, meus amigos. Os militares argentinos perceberam que para enfraquecer a esquerda e o peronismo tinham que sacrificar a indústria do país, empobrecer a população e com isso priorizar o campo.
Isso para não falar da repressão, que matou cerca de 30 mil pessoas...
A bomba relógio da atual crise argentina foi armada assim: Uma população letrada, rica, empobrecida forçadamente, um país que viu seu PIB despencar, passou a deixar de vender produtos industrializados com alto valor agregado para vender produtos do campo, de baixo valor. É como se você abrisse mão da sua revendedora da BMW para administrar um sacolão, tudo isso por ódio ideológico.
Somou aí o processo de tornar o peso uma moeda especulativa. Uma população com o padrão de consumo despencando, passa a tomar empréstimos, se endividar, se torna inadimplente e não tem como cobrir o buraco. A previdência não dá mais conta. E aí, meus amigos, não adianta aumentar taxa de juros, decretar feriados bancários, congelar preço e nem nada. A crise é cíclica e sem data para terminar. Porque se uma moeda não tem um colchão de "riqueza" para que o seu câmbio seja sustentado, chega determinado momento que nem mais a especulação e a espoliação dos mais pobres vai dar conta de alimentar o rentismo.
Uma das economias mais dinâmicas das Américas, atrás apenas de Canadá e EUA, se viu transformada então numa grande roça pelo neoliberalismo.
E sabem quem está com um plano igualzinho para o Brasil? A turma da lava-jato e do Jair Bolsonaro. Com o intuito de destruir a esquerda, o PT e as universidades, eles estão matando toda a indústria. Vai ser terra arrasada.
E, com esse volume de perda de exportações, não me surpreende se o Real já não começar a derreter este ano.

Autor: Vinícius Carvalho

Historiador

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Sílvio Santos: SBT pode ter recebido dinheiro de esquema criminoso



Todas as vezes que alguém escreve ou faz reportagens sobre Sílvio Santos inicia e termina mostrando seu lado empreendedor.
Conta a história melosa do cara que saiu de baixo.
Que veio do povo e, com muito suor e trabalho, chegou ao topo do sistema capitalista.
O camelô entre os camelôs.
O brasileiro que deu certo,
Esquecem que, para chegar onde chegou não chegou sozinho.
Alguém ajudou...
Alguém foi extremamente explorado.
Agora, em matéria da vaza jato, doleiro fala que deu uma “ajudinha”...
Um bom momento para desmitificar essa história de que o “sucesso capitalista” se deve ao trabalho solo de alguém com visão além do mercado.
O suprassumo da meritocracia burguesa.
É bom lembrar...
Não existe num sistema como esse, nenhum exemplo, nem aqui nem em qualquer lugar do mundo...
De um capitalista que chegou a enriquecer sozinho ou com a ajuda de deus.
Pelo caminho pode sim ter havido muito trabalho, mas, trabalho fundamentalmente de pessoas simples...
O que houve com certeza, foi muita exploração de trabalhadores e trabalhadoras...
O lombo do trabalhador teve que suar para que Sílvio Santos chegasse a amealhar milhões de dólares e aparecer de bonzinho na TV...
Isso é fato...
Pois bem... vejam...
Em delação premiada, firmada em 2017 e homologada pela Justiça, que segue sob sigilo, o doleiro Adir Assad relata um esquema do qual fez parte para lavar milhões de reais para empresas do grupo Silvio Santos. As informações foram reveladas nesta quinta-feira (29) pela Folha de S.Paulo, em parceria com o site The Intercept, na série sobre a Vaza Jato.

Por José Gilbert Arruda Martins

No link a seguir toda a matéria.

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Reprodução

quinta-feira, 29 de agosto de 2019

Professores mostram como a Lava Jato destruiu a economia!



No artigo - Consequências econômicas da Operação Lava-Jato – os professores Luiz Fernando de Paula, professor da UFRJ e Rafael Moura, doutorando de Ciências Políticas do UERJ.
Destrincharam o que o Resistência Contemporânea e todos os veículos de imprensa sérios desse país vêm falando já há algum tempo...
A Lava Jato, dirigida pelo infiltrado ex juiz Sérgio Moro, destruiu grande parte da economia brasileira.
É importante notar que, praticamente todos os indicadores negativos se aprofundam a partir da crise criada após a não aceitação da vitória de Dilma sobre Aécio em 2015.
Ali, com o governo sitiado politicamente, Dilma não mais pode governar...
O governo foi completamente boicotado por seus adversários no Congresso, no Judiciário e, na mídia conservadora.
Nesse cenário a macro economia foi para o brejo...
Nossa avaliação é, se não tivesse sido impedida de governar Dilma Roussef poderia ter tirado o Brasil da crise mantendo certo nível de emprego, inflação sobre controle, valorização monetária ...
E, as instituições e a democracia em pleno ou razoável funcionamento...
Mas não foi isso que aconteceu, todos e todas viram que Dilma Roussef foi derrubada através de um golpe parlamentar/jurídico/midiático...
Que levou o país a esse cenário fascista e de destruição total que vivemos.
Estudamos o artigo e destacamos alguns pontos que consideramos importantes.
“No dia 1º de janeiro de 2011, quando o então presidente Lula entregou a faixa presidencial para Dilma Rousseff, o ambiente envolvendo o Brasil era de enorme otimismo.”
“No plano econômico, o país acabava de registrar uma impressionante taxa de crescimento do PIB na ordem de 7,5% ao ano, uma das maiores vistas na Nova República.”
“Concomitantemente, em plena crise financeira global, o governo adotara um conjunto de medidas anticíclicas a partir do final de 2008 que permitiram uma rápida recuperação econômica e contínua queda dos níveis de desemprego.”
“Na esfera política, Dilma herdava uma enorme popularidade e base congressual relativamente confortável para a implementação de sua agenda.”
“Anos depois, o quadro se reverteu dramaticamente.”
“No plano econômico, o crescimento marcante na década de 2000 deu lugar a uma desaceleração gradual seguida de forte recessão em 2015 e 2016, acompanhada de agudo aumento do desemprego (de 4,9% em fins de 2014 para 11,2% em maio de 2016 quando a presidente deixa o cargo).”
“Já na esfera política, o cenário das eleições altamente polarizadas de 2014 se deteriorou e assistiu a mobilizações contra Dilma Rousseff e o PT, para além da relação cada vez mais conflituosa entre o Poder Executivo e o Legislativo, capitaneado por Eduardo Cunha.”
“O desfecho desse quadro foi a deposição da mandatária via um contestado processo de impeachment, tendo como alegação o discutível argumento de “pedaladas fiscais”.” (Um golpe de Estado).
“Intimamente imbricada a toda essa turbulência econômica e política do país esteve a Operação Lava-Jato, formalizada a partir de 2014 e com forte impacto tanto para a crise política quanto econômica.”  (Vejam em que momento surge a Lava Jato)
“A Operação se mostrou nevrálgica para o desfecho visto em duas cadeias produtivas até então pujantes e interligadas da economia: a de petróleo e gás e a de construção civil.”
“Não é tarefa fácil estimar o impacto agregado da Operação Lava-Jato sobre a economia.”
“Consultorias tais como GO Associados e Tendências, por exemplo, calculam algo em torno de 2 a 2,5% de contribuição nas retrações do PIB de 2015 e 2016 respectivamente, em função dos impactos nos setores metalomecânico, naval, construção civil e engenharia pesada cujas perdas podem totalizar até R$ 142 bilhões.”
“Os principais efeitos da crise se concentraram na indústria de construção civil, sofrendo com a paralisia resultante da retração aguda dos investimentos estatais pelos efeitos da Lava-Jato.”
“Os indicadores são impressionantes: entre 2014 e 2017, o setor registrou saldo negativo entre contratações e demissões de 991.734 vagas formais (com preponderância na região Sudeste); entre 2014 e 2016, representou 1.115.223 dos 5.110.284 (ou 21,8%) da perda total de postos da população ocupada no período.”
“Quando analisamos as maiores empreiteiras, seu desmonte e descapitalização também são notórios. Os dados levantados pelo jornal “O Empreiteiro” mostram que somente entre 2015 e 2016, por exemplo, Queiroz Galvão, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa tiveram queda em suas receitas brutas de, respectivamente, 37%, 31% e 39%.”
“A Odebrecht é o caso mais emblemático: a maior construtora nacional tinha, em 2014, um faturamento bruto de R$ 107 bilhões, com 168 mil funcionários e operações em 27 países.”
“Já em 2017 – quase quatro anos após a eclosão do escândalo e seu presidente/herdeiro preso – seu faturamento era de R$ 82 bilhões, com 58 mil funcionários e atividades apenas em 14 países.”
“Setor de petróleo e gás foi a ponta de lança do processo de desmonte da engenharia e infraestrutura do país.”
“Outros gigantes do setor – Queiroz Galvão, OAS, Andrade Gutierrez e Camargo Corrêa – também tiveram um derretimento de seus ativos financeiros consolidados de uma ordem de R$ 25,77 bilhões em 2014 para aproximadamente R$ 8,041 bilhões em 2017 (perda de 68,6%).”
“Muitas empreiteiras, obrigadas a executarem planos de desinvestimentos para adequar-se ao novo cenário de menos projetos e obras, além de arcar com pesados acordos de leniência junto às autoridades, também se desfizeram de muitos ativos para grupos estrangeiros: Odebrecht inicia processo de venda da subsidiária Braskem, até então a maior firma petroquímica da América Latina produtora de biopolímeros com participação expressiva da Petrobras, ao grupo holandês Lyondell Basell; Andrade Gutierrez vende seu controle sobre a Oi para acionistas holandeses e portugueses; Camargo Corrêa vende a CPFL para a chinesa State Grid.”

FONTE:

Acesse matéria completa a seguir:

De Luiz Fernando de Paula, professor do IE/UFRJ e coordenador do Geep/Iesp/UERJ, e Rafael Moura, doutorando de Ciências Políticas do Iesp/UERJ


quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Procuradora Pede Desculpas a Lula



A estrutura de formação social do Brasil é marcada pela escravidão.
Escravidão de indígenas, negros, escravidão dos pobres.
Toda a construção social, cultural e econômica desse país passa pela escravidão.
Fomos e somos impactados por essa perversidade.
E, se escravidão perpassa toda a história de nossa formação, é claro que todo tempo essas marcas explodem em ódio de classe.
Foi o que aconteceu no caso dos Procuradores, Dallagnol, Moro e parte da PF em relação a Lula.
“O ódio deles é ódio de classe”, como afirma Jessé Souza.
Agora, parece que uma Procuradora botou a mão na consciência e pediu desculpas ao ex-presidente.
Só que, apenas desculpas, apesar de ser um ato de grandeza, não resolvem.
Acredito que ela deveria convocar uma coletiva de imprensa mostrar a cara e pedir desculpas ao Lula e ao país.
Poderia chamar o MPF a reagir...
O MPF tem muita gente séria, acredito.
O comportamento autoritário e profundamente antiético dos Procuradores da Lava Jato faz parte de um projeto elitista que está sufocando o povo mais pobre e o Brasil como um todo.
Só desculpas não resolvem...
A procuradora da força-tarefa da Operação Lava Jato Jerusa Viecili foi ao Twitter para pedir desculpas a Lula.
Ela é uma das integrantes do MPF que apareceram no episódio da Vaza Jato, que mostrou a crueldade dos procuradores ao ironizarem a morte de familiares de Lula, como a ex-primeira dama Marisa Letícia o neto Arthur e o irmão Vavá.
Disse Viecili:
“Errei e minha consciência me leva a fazer o correto: pedir desculpas à pessoa diretamente afetada, o ex – presidente Lula”.
Quando começa a fila para as desculpas ao Lula?
Que horas de hoje, Lula será libertado?
Falta o quê?

Por José Gilbert Arruda Martins

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Conversa Afiada

GILMAR MENDES : “STF É CÚMPLICE DESSA GENTE ORDINÁRIA”



Os lacaios foram longe demais...
A desumanidade, a falta de ética, a ausência completa de seriedade com o cargo que ocupam, fez o povo se revoltar...
E STF também...
Ninguém com o mínimo de sanidade, com o mínimo de humanidade, comunga de tão vil comportamento...
Logo de agentes públicos...
Pagos com dinheiro do contribuinte, com dinheiro do povo...
O que falta?
Falta libertar imediatamente Luís Inácio Lula da Silva ...
Ou o ...
STF sofrerá pressão dos capachos das elites novamente?
O que fará a maior e mais importante corte de justiça do país?
Dará um sopro de vida e tomará a decisão que o Brasil e o mundo aguardam?
Como se combate tanto ódio?
Com funcionamento das instituições, com justiça para todos e todas, com democracia...
Vejam ...
Gilmar Mendes afirmou que é preciso reconhecer que o Supremo Tribunal Federal é cúmplice “dessa gente ordinária” e que a Corte participou de um grande vexame.
O ministro se refere ao caráter dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, exposto pelas mensagens reveladas pelo The Intercept.
 “É um grande vexame e participamos disso. Somos cúmplices dessa gente, homologamos delação. É altamente constrangedor. A República de Curitiba nada tem de republicana, era uma ditadura completa. (…) Assumiram papel de imperadores absolutos. Gente com uma mente muito obscura. (…) Que gente ordinária, se achavam soberanos”, afirmou o ministro do STF.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva divulgou mensagem hoje em que manifesta “extrema indignação” com o teor dos diálogos entre procuradores da Lava Jato a respeito das mortes de Marisa Letícia, de seu neto Arthur e de seu irmão Vavá.
“Há muito tempo venho dizendo que fui condenado por causa do governo que fiz e não por ter cometido um crime sequer. Tenho claro que Moro, Deltan e os procuradores agiram com objetivo político, pois me condenaram sem culpa e sem prova, sabendo que eu era inocente. Mas não imaginava que o ódio que nutriam contra mim chegasse a esse ponto“, diz a mensagem do ex-presidente.
O ódio presente nos diálogos entre os procuradores da Lava Jato levou os advogados de defesa de Lula da Silva a apresentar petição ao Supremo Tribunal Federal (STF), em que reforçam o pedido de habeas corpus para a libertação do ex-presidente.

por José Gilbert Arruda Martins

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NELSON JR./SCO/STF