sexta-feira, 15 de julho de 2016

Estudantes do Centro de Ensino Médio Taguatinga Norte visitam a Biblioteca da Palmares

 por José Gilbert Arruda Martins

As alunas Bianca Cardoso, Maria Luíza Santos e Heloar Dourado, estiveram hoje (15/07) na Biblioteca da Fundação Cultural Palmares.

Biblioteca Fundação Cultural Palmares

A biblioteca da Palmares é uma das mais especializadas em questões negras do Brasil.

A visita, que embelezou ainda mais nosso espaço, é parte de uma pesquisa organizada pelo Professor do CEMTN Sr. Marcos Henrique, o grupo ficou responsável  sobre o tema “Quilombolas”. 

A Biblioteca da Fundação Cultural Palmares que fica no Setor Comercial Sul quadra 2 edifício Toufic 4° andar é o lugar certo para esse tipo de pesquisa. 

Estamos, por causa da recente mudança de prédio, em fase de arrumação e organização do acervo, mas já podemos receber estudantes e pesquisadores da questão negra e sobre a África. 

As meninas receberam um kit com 9 livros para que possam terminar a pesquisa e divulgar junto à escola nossa biblioteca. 

Parabéns ao professor Marcos Henrique pela iniciativa do tema da pesquisa e por ter indicado/sugerido às alunas nossa biblioteca que estará sempre à disposição. 

O que se entende atualmente por quilombos? 

Desde 1988, a Constituição Federal, em seu artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT/CF), garante: “aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o estado emitir-lhes os títulos respectivos”. 

De acordo com o Decreto 4.887/2003, os quilombos são: grupos étnico-raciais segundo critérios de auto-atribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida”. (Art. 2° do Decreto 4887, de 20/11/2003). 

“O Território Remanescente de Comunidade Quilombola é uma concretização das conquistas da comunidade afro descendente no Brasil, fruto das várias e heroicas resistências ao modelo escravagista e opressor instaurado no Brasil colônia e do reconhecimento dessa injustiça histórica. Embora continue presente perpassando as relações socioculturais da sociedade brasileira, enquanto sistema, o escravagista vigorou até 1888 e foi responsável pela entrada de mais de 3,5 milhões de homens e mulheres prisioneiros oriundos do continente africano – embora haja discrepância entre as estimativas apresentadas, Sérgio Buarque de Holanda1 faz uma análise das mesmas considerando este um número sensato. Além de oriundos dos antigos quilombos de escravos refugiados é importante lembrar que muitas das comunidades foram estabelecidas em terras oriundas de heranças, doações, pagamento em troca de serviços prestados ou compra de terras, tanto durante a vigência do sistema escravocrata quanto após sua abolição.” 

“Os remanescentes de quilombo são definidos como grupos étnico-raciais que tenham também uma trajetória histórica própria, dotado de relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida, e sua caracterização deve ser dada segundo critérios de auto- atribuição atestada pelas próprias comunidades, como também adotado pela Convenção da OIT sobre Povos Indígenas e Tribais.” 

“A chamada comunidade remanescente de quilombo é uma categoria social relativamente recente, representa uma força social relevante no meio rural brasileiro, dando nova tradução àquilo que era conhecido como comunidades negras rurais (mais ao centro, sul e sudeste do país) e terras de preto (mais ao norte e nordeste), que também começa a penetrar ao meio urbano, dando nova tradução a um leque variado de situações que vão desde antigas comunidades negras rurais atingidas pela expansão dos perímetros urbanos até bairros no entorno dos terreiros de candomblé 

Atualmente, há mais de 2 mil comunidades quilombolas no país, lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988. A tabela abaixo especifica o número de comunidades por estado, atualizado até 2006.” 

COMUNIDADES QUILOMBOLAS NO BRASIL (Total =2847) 

Região Sul 175 Região Norte 442 Região Nordeste 1.724 
Rio Grande do Sul 148 Pará 403 Maranhão 734 
Santa Catarina 19 Tocantins 16 Bahia 469 
Paraná Amapá 15 Piauí 174 
Região Sudeste  375 Rondônia   05 Pernambuco 102 
Minas Gerais 204 Amazonas 03 Ceará 79 
São Paulo 85 Região Centro Oeste 131 Rio Grande do Norte 68 
Espírito Santo 52 Mato Grosso 73 Alagoas 52 
Rio de Janeiro 34 Goiás 33 Sergipe 29 
Mato Grosso do Sul 25 Paraíba 17 
Reconhecimento dos Territórios Quilombolas 
Embora desde 1988 a Constituição Federal do Brasil já conceituasse como patrimônio cultural brasileiro os bens materiais e imateriais dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, foi no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias  que foi reconhecido o direito dos remanescentes das comunidades dos quilombos que estivessem ocupando suas terras ter a propriedade definitiva da mesma, devendo o Estado emitir-lhes títulos respectivos.7 

Entretanto, foi apenas em 2003, através do Decreto Federal Nº 4.8878 que foi regulamentado o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos, sendo o Incra o órgão competente na esfera federal, havendo competência comum aos respectivos órgãos de terras estaduais e municipais. A identificação dos limites das terras das comunidades é feita a partir da avaliação conjunta das indicações da própria comunidade e de estudos técnicos e científicos, inclusive relatórios antropológicos, constituindo na caracterização espacial, econômica, ambiental e sociocultural da terra ocupada pela comunidade (Art. 9) 

Embora a regulamentação em âmbito federal tenha ocorrido apenas em 2003, alguns estados, adiantaram-se em relação à União neste aspecto, como o estado do Pará, por exemplo, que em 1999 já tinha seu procedimento para a legitimação de posse das Terras dos Remanescentes das Comunidades dos Quilombos (Decreto Estadual N.º 3.572 de 1999)10. 

Atualmente é reconhecida a existência de comunidades quilombolas em 24 estados brasileiros, entretanto, a atualização deste repertório legal realizada em outubro de 20082 indica que apenas 18 deles possuem algum instrumento legal que versa sobre essas comunidades ou suas terras, sendo eles: Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. Esses documentos variam entre Constituições, Leis e Instruções Normativas, dentre outros, com diferentes pesos legais e graus de implementação. 

Atualmente, há mais de 2.600 mil comunidades quilombolas no país já certificadas pela Fundação Palmares e mais de 250 processos em análise técnica aguardando complementação de documentação ou visita técnica de certificação (FUNDAÇÃO PALMARES – disponível aqui, acesso em maio/2016), todas lutando pelo direito de propriedade de suas terras consagrado pela Constituição Federal desde 1988. 

“A Constituição inclui como patrimônio cultural brasileiro as formas de expressão, os modos de criar, fazer e viver, as criações científicas, artísticas e tecnológicas, as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinado as às manifestações artístico-culturais e os (..) sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico, garantindo o pleno exercício dos direitos culturais e responsabilizando o Estado pelo apoio, proteção, valorização e difusão das manifestações culturais indígenas, afro-brasileiras e de outros grupos do processo civilizatório nacional.” 

Vale do Ribeira: Territórios quilombolas no Vale do Ribeira  

Um grande desafio relacionado aos Territórios, é a sobreposição com outras áreas protegidas, como Unidades de Conservação 

No século XVI as bandeiras de mineração iniciaram suas expedições partindo do litoral sul do Estado para o interior do Vale do Ribeira, levando junto indígenas e alguns escravos negros.  Desde então, diferentes ciclos econômicos, valores socioculturais e padrões de ocupação do espaço sobrepuseram-se, tornando a híbrida paisagem atual do Vale a região com maior número de fragmentos florestais remanescentes de Mata Atlântica e aonde se encontra a maior parte das comunidades quilombolas do estado de São Paulo. 

Saiba mais sobre os Territórios Quilombolas no Vale do Ribeira no site criado pelas comunidades quilombolas, com apoio e assessoria do Instituto Socioambiental (ISA) 



REEFERÊNCIA: 

domingo, 10 de julho de 2016

Novamente a Veja Mente...

Esta semana, pela milionésima vez, o esgoto que muitas ainda denominam de revista e, o pior, de imprensa, perdeu por 7 x 0 em ação movida pelo Partido dos Trabalhadores. 



Além de se retratar, terá que desembolsar de um bolso que não está mais como antes.

Mas a grande questão é o mal que esse verdadeiro esgoto chamado Veja provoca ao anunciar em suas maldosas e sórdidas reportagens.

Após a divulgação das calúnias e difamações em imagens e letras garrafais de suas vergonhosas capas, o mal já está instalado, a instituição ou pessoas atingidas, mesmo que não tenham cometido erros nenhum, já têm sua cara e suas famílias publicamente execradas.

Esse tipo de absurdo jornalístico vem acontecendo já faz muito tempo, mas principalmente de 2003, ano do início do primeiro governo popular de Luis Inácio Lula da Silva.

Lula, Dilma, parlamentares e o PT vêm sistematicamente sendo atacados dessa forma.

Apenas a imposição da lei não basta para esse tipo de imprensa, para esse tipo de imprensa canhestra. 

O Brasil precisa de uma lei nova e democrática, discutida por toda a sociedade e que coloque um basta nessa irresponsabilidade toda.

A revista esgoto veja ganha financeiramente com os absurdos que faz. Por incrível que possa parecer ainda tem leitores e leitoras na direita fascista. A revista é comprada pelos governos do PSDB, principalmente em São Paulo, e distribuída nas escolas públicas.

Coitada da educação pública que tem que conviver com esse esgoto em suas unidades escolares.



GOLPISTAS DO DISTRITO FEDERAL

Esquecer Jamais! Golpistas serão lembrados para o resto de suas miseráveis gerações. No DF, recheado de golpistas, a hora do troco será nas próximas eleições de outubro no Entorno. Luziânia-GO, Águas Lindas-GO, Unaí-MG, Valparaíso-GO, Cidade Ocidental-GO...Quem sabe quem são os caras que apoiam e apoiaram Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Temer, O Pequeno (PMDB-SP) e seus partidos políticos, precisam votar contra.

Eis algumas caras:



São golpistas.

Políticos que fazem qualquer coisa, qualquer coisa mesmo, por seus mandatos.

Ou são golpistas, diretamente, por que votaram naquela farsa na Câmara, e/ou apoiadores de pessoas, partidos e projetos que vão contra o Povo e os trabalhadores e trabalhadoras em geral.








domingo, 3 de julho de 2016

Fã de Bolsonaro ataca ativista em Samambaia-DF

por José Gilbert Arruda Martins

Esta semana aqui no Distrito Federal, mais precisamente em Samambaia, cidade que fica a cerca de 20 quilômetros do Plano Piloto, um seguidor/eleitor/fã do deputado Jair Bolsonaro, parlamentar conhecidamente apoiador da violência contra grupos LGBTs, agrediu violentamente jovem lésbica que procurou a polícia e registrou queixa.


Mayra: ferimentos graças ao espírito de ódio fomentado contra os avanços sociais no país e os governos populares

Primeiramente - Fora Temer -. Segundo, a quem a sociedade e os grupos LGBTs têm que culpar por esse tipo absurdo de violência?

A família?
A sociedade conservadora?
A Igreja Evangélica?
O Estado?

Bem, acredito que todas as instituições acima destacadas, mas tem um senhor que a meu ver deve ser responsabilizado urgentemente, ele se chama Jair Messias Bolsonaro (PSC-RJ), por quê?

A explicação é simples, o deputado, rotineiramente faz apologia à violência usando a TV aberta para isso. Foi assim quando ameaçou a deputada Maria do Rosário de estupro, foi assim quando do voto no golpe da Câmara dos Deputados...

A formação dada pela família é importantíssima, se o pai ou a mãe são conservadores e falam contra gays todos os dias para as crianças, é quase que natural, infelizmente, que a criança reproduza no seu dia a dia comportamento homofóbico.

Coisa parecida acontece com a sociedade, esses pais e mães que "formam" homofóbicos em casa, insuflam indiretamente a a violência no meio social, é fato.

E o que falar das igrejas evangélicas?

Aí é assunto para doutoramento, é tema para ser debatido em seminários, colóquios, palestras, livros e especialistas.

Os deuses afro-brasileiros e americanos, devem se esmerar em tentar ajudar as pessoas a resolverem-se com esse papo de religião, para mim é um dos temas mais complicados que habita nossa já conservadora e atrasada sociedade.

Religião, fé etc. em mãos e corações de quem não está preparado, só pode dar em violência, muita violência.

Vejam os exemplos históricos.

Quantos milhões de inocentes foram mortos e mortas em nome de deus e da religião.

Para finalizar, espero que a polícia e a justiça deem um jeito de "fazer justiça", se esse rapaz não pagar pelo que fez, a violência só tende a aumentar.

Link da matéria na Rede Brasil Atual:

http://www.redebrasilatual.com.br/cidadania/2016/07/jovem-ativista-do-df-e-espancada-por-simpatizante-do-deputado-bolsonaro-4921.html

quinta-feira, 30 de junho de 2016

A eleição pode ser o instrumento que o eleitor tem para barrar os maus políticos

por José Gilbert Arruda Martins

A sociedade brasileira em sua totalidade sabe que Eduardo Cunha (PMDB-RJ) tem contas na Suíça com dinheiro não contabilizados, portanto dinheiro sujo de corrupção. São dezenas de contas, milhares de dólares.



Pois bem, o que a justiça brasileira fez até agora?

Praticamente nada.

Um sabotador da democracia, um cara que fez e desfez da República, debochou de todo mundo, ameaçou e derrubou um governo legítimo e nada, absolutamente nada acontece com ele.

Mas já que não conseguimos pegar Cunha, você pode derrotar todos aqueles e aquelas parlamentares que ajudaram Cunha golpear a democracia e as leis do País.

Como?

Primeiro conhecendo um a um.

Segundo conhecendo seus partidos, um a um.

Terceiro pesquisando no seu município quais candidatos a vereador e a prefeito serão apoiados por qualquer um desses golpistas, partido ou parlamentar.

A eleição é a hora de darmos o troco.

Aqui em Brasília temos vários golpistas que estão sendo marcados para sempre. Na foto que abre essa matéria temos o Laerte Bessa (PR-DF), vamos marca-lo.

O partido do cara é o Partido da República.

Quem são os candidatos a vereador e a prefeito do Entorno desse partido?

Qual ou quais deles são apoiados por Laerte Bessa (PR-DF)?

Não vote, vote contra, faça campanha contra, avise aos amigos e amigas, aos vizinhos, mostre a eles e a elas quem é Laerte Bessa (PR-DF) um apoiador de Eduardo Cunha, um golpista descarado.