"E veio o golpe, UM GOVERNO ILEGÍTIMO, em menos de 24 horas, TOMA DE ASSALTO muitas de nossas conquistas, fim do Ministério da Cultura, do Ministério das Mulheres e da Igualdade Racial... quem tem medo da liberdade, detesta a Democracia"

Como a invasão/usurpação o governo interino/golpista de Temer nas primeiras 24 horas adotou várias medidas arbitrárias e antipovo para chocar e causar paralisia na sociedade; não funcionou, faltou acertar com os Movimentos Sociais Organizados que foram à luta e estão, aos poucos, barrando o golpe.
Só que enquanto saímos às ruas cantando e bradando "Não, não golpe não, quem não teve voto, tem que respeitar...", o governo usurpador de Temer criava, na escuridão do planalto central, ações arbitrárias por meio de Medidas Provisórias e Decretos, para tentar dá ao "novo" regime uma fachada aparentemente "legal".
Entre essas medidas uma se destaca, a Medida Provisória - "MP n° 727 publicada no nefasto 12/5 em edição extra do Diário Oficial da União, criando o Programa de Parcerias de Investimentos – PPI."
"Se a MP 726, da reforma ministerial, concretizou a intenção dos articuladores do golpe de extirpar da estrutura de governo representações e interesses de minorias (e só secundariamente cortar despesas), a MP 727, por sua vez, materializa o que há de mais estratégico e ideológico no projeto político-econômico que está por trás do golpe."
Nós que lutamos contra o golpe todos os dias e, principalmente a sociedade em geral, não percebeu e dificilmente enxergará que o núcleo duro do golpe, liderado por Cunha, Serra, FHC, Aécio e cia, preparam a entrega do patrimônio público brasileiro ao grande capital internacional através dessa MP 727.
Para isso instalaram nos ministérios estratégicos homens "preparados" para fazer a entrega, entre eles o sr. José Serra (PSDB-SP).
Com a MP 727 "Retoma-se o processo de desestatização da economia conduzido por Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP), entregando para a iniciativa privada as empresas estatais que interessarem ao capital privado."
FHC, Serra e o PSDB só não entregaram tudo que é público ao grande capital na década de 1990, quando governaram por oito anos, porque não deu tempo.
Agora, com a usurpação do governo, usando o ventríloquo sr. Michel Temer, a Fiesp, a direita brasileira e o EUA têm a "faca e o queijo" na mão para retirar direitos dos trabalhadores e do povo e privatizar sem limites.
Nos últimos 13 anos, nos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) e aliados de esquerda como o PCdoB por exemplo, o Estado se voltou a um Projeto Popular com a criação de Políticas Públicas de garantia e defesa de Direitos à sociedade como em nenhum outro momento da história brasileira.
Mas, com a usurpação do poder, a intenção dos golpistas é mudar radicalmente o caráter do Estado brasileiro reimplantando o velho e autoritário Neoliberalismo que não deu certo em nenhum país por onde passou.
"Está clara, no texto da MP 727, a recepção integral da Lei N° 9.494 de 1997, que instituiu o Programa Nacional de Desestatização. A Lei de 1997, que garantiu a privatização criminosa da Companhia Vale do Rio Doce, Eletropaulo e Telebrás, por exemplo, assumiu como propósito principal “reordenar a posição estratégica do Estado na economia, transferindo à iniciativa privada atividades indevidamente exploradas pelo setor público”. Depois de ficar por 13 anos sem uso, durante os governos do PT, ela foi reencarnada no novo corpo: o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI)."
O "Outras Palavras" trás um texto de Alessandra Cardoso - Governo Temer: o plano oculto, que explica de forma clara o tema da MP 727.
REFERÊNCIAS:
http://outraspalavras.net/brasil/governo-temer-o-plano-oculto/