quinta-feira, 10 de março de 2016

Hipótese: a conexão EUA — Lava Jato

no Outras Palavras

160309-Petrobras

As revelações do Wikileaks. A espionagem da Petrobras pela NSA e o interesse no Pré-Sal. Estranhos superpoderes de Moro. Curioso papel do Procurador Janot. Aécio e Globo, denunciados e sempre protegidos
Por Luis Nassif, no GGN
Para entender o nosso jogo de xadrez é importante clareza sobre um divisor de águas: a condução coercitiva de Lula a Congonhas.
Para o juiz, os procuradores justificaram que a intenção seria proteger a imagem e a integridade de Lula. Na nota oficial, os procuradores sustentam que pretenderam conferir a Lula o mesmo tratamento aplicado em 114 réus anteriores. Quem está enganando quem?
A operação fugiu do padrão escracho da Lava Jato. Lula foi conduzido em sigilo à sala VIP do aeroporto de Congonhas, na beira da pista, com um jatinho da Polícia Federal no hangar pronto para decolar.
Pesados todos os fatos e possibilidades, a hipótese mais robusta foi levantada por José Gregori, ex-Ministro da Justiça do governo FHC: a intenção era, de fato, prender Lula e conduzi-lo a Curitiba.
No interrogatório havia quatro delegados da PF e quatro procuradores. À medida que o tempo avançou e divulgou-se a localização de Lula, de dentro da sala era possível ouvir os urros da multidão do lado de fora.
Seja lá o que ocorreu, a ida de deputados do partido a Congonhas, a aglomeração de manifestantes, o fato é que não se consumou a operação.
No final do dia, um Sérgio Moro visivelmente assustado com os riscos da operação, soltou a nota oficial explicando que o pedido partiu dos procuradores, enfatizando a intenção de preservar a imagem e a integridade de Lula e lançando um apelo pela paz e pela concórdia.
Mesmo com a perspectiva de acirramento de conflitos de rua, os procuradores da Lava Jato trataram de botar mais óleo na fervura, soltando a nota em que desmentiam as razões invocadas por Moro e se comportavam como deuses ex-machina lançando raios do Olimpo.
A história reconhecerá no futuro a enorme contribuição do procurador Carlos Fernando dos Santos Lima para expor a conspiração quase em tempo real. Seu estilo grosseiro, tosco, atropela e expõe uma estratégia muito mais refinada. Tão refinada que parece difícil que tivesse sido planejada em Curitiba.
A estratégia se completa com a matéria de ontem da Folha, de que a Lava Jato prepara um conjunto de ações de improbidade visando impedir Lula de concorrer novamente (http://migre.me/tbiYy), confirmando, aliás, os cenários que venho traçando.
Os dois comunicados, mais as informações adicionais, colocam, de uma vez, quatro peças a mais no nosso quebra-cabeças.
Peça 1 – A radicalização é alimentada pelos procuradores da Lava Jato. Mais do que explicações, a nota oficial dos procuradores é um libelo, antecipando a peça final da acusação.
Peça 2 – Moro não é nem nunca foi o cérebro por trás da operação.
Uma operação dessa envergadura não poderia ter sido obra de um juiz de primeira instância, de um estado pouco relevante politicamente, conhecido por seu conservadorismo, rígido nas sentenças, mas tímido, tosco até fora dos limites dos autos. Foi só recuar para ser atropelado pela Força Tarefa.
Peça 3 – A Polícia Federal é um mero instrumento nas mãos dos procuradores.
Domingo, o Estadão publicou matéria condenando os abusos da operação, atribuindo-os à Polícia Federal. Ora, a PF limitou-se a cumprir um mandado requerido pelos procuradores e autorizado pelo juiz Moro. Já os procuradores formam um todo coeso, obedecendo a uma estratégia nítida: a inabilitação política de Lula.
Peça 4 – Em meio às turbulências políticas, houve o risco de confrontos entre manifestantes se alastrarem por todo o país. Um mero Procurador Regional de Curitiba pode definir, por si, a oportunidade de um libelo político com aquele grau de temperatura?
Aí cabem duas hipóteses:
Hipótese 1 – O Ministério Público Federal é um arquipélago formado por comitês, regionais independentes, cada qual com poderes de interferir até nos aspectos psicossociais do país, sem nenhuma forma de coordenação ou de controle interno.
Hipótese 2 – há um comando central, de nível hierárquico superior ao dos procuradores do Paraná.
Em qualquer hipótese se abre um enorme flanco na armadura institucional do Ministério Público. Quando o modelo de atuação torna o país refém de um juiz de 1a instância armado por procuradores regionais beligerantes, há algo de errado na história.
Para entender o jogo, vamos relembrar o histórico da perseguição a Lula.
A perseguição a Lula
As declarações reiteradas dos procuradores – que investigam fatos e não pessoas – foram desmentidas cabalmente pela última operação.
A perseguição a Lula pela Lava Jato começou em março do ano passado, em cima das investigações da Bancoop pelo Ministério Público Estadual (MPE).
O site Jota contou em detalhes essa história, em reportagem de Laura Diniz (http://migre.me/tbiZP).
Em março de 2015 o promotor José Carlos Blat, do MPE paulista, foi procurado por integrantes da Força Tarefa da Lava Jato, para compartilhar informações. Em maio teriam surgido fatos novos em relação à Bancoop, OAS e o prédio de Guarujá. Blat comunicou à juíza Cristina Ribeiro Leite Costa, da 5a Vara Criminal da Capital. Em despacho de 10 de junho, a juíza informou que novas informações deveriam ser investigadas em separado.
Resolveu-se rapidamente o problema através de um artifício, uma Representação Criminal combinada com três escritórios de advocacia que já atuavam no caso Bancoop, dirigidas diretamente ao procurador – atropelando o conceito de promotor natural, aquele designado por sorteio..
Com o estratagema, o tríplex entrou na Lava Jato, diz a matéria. E “caídas literalmente do céu”, segundo a reportagem, as informações sobre a offshore Murray e a Mossak Fonseca, que serviram de pretexto para a Operação Triplo X.
Caíram do céu da mesma maneira que as informações iniciais sobre a Petrobras caindo no colo do juiz Moro.
Na mesma época, um obscuro deputado federal do PSDB do Acre pega matéria de Veja, que falava do sítio de Atibaia, com informações erradas – atribuindo as obras à OAS – e fez uma representação ao MPE paulista. O MPE recusou e encaminhou a representação para a Procuradoria Geral da República. No dia 15 de julho, o próprio PGR Rodrigo Janot encaminhou a Curitiba, abrindo o segundo duto de bombas contra Lula (http://migre.me/tbj0y).
Na nova etapa, a primeira investida foi sobre a Mossak Fonseca. A Força Tarefa invadiu os escritórios, deteve funcionários, recolheu computadores e e-mails. Pouco depois vazou a informação das ligações da Murray com a casa atribuída à família Marinho em Parati. Imediatamente a operação Mossak sumiu dos noticiários, os detidos foram imediatamente liberados, contradizendo todo o padrão da operação até então, demonstrando que a Lava Jato não investigava fatos, mas pessoas. Aliás, algumas pessoas.
A perseguição a Lula ficou mais nítida no dia 2 de fevereiro, por volta das 18 horas, quando quatro procuradores da Força Tarefa foram à casa do trabalhador Edivaldo Pereira Vieira.  Eram eles, Athayde Ribeiro Costa, Roberto Henrique Pozzobon, Januario Paludo e Júlio Noronha.
Não tinham mandado, intimação, apenas suas carteiras de promotores e o autoconferido poder de investigar. Pressionaram, constrangeram e intimidaram Edivaldo, um sexagenário humilde, porque era irmão de Élcio Pereira Vieira, caseiro do Sítio Santa Bárbara – levado em condução coercitiva na 24afase da Operação. Ao final dessa típica batida policial, os procuradores deixaram um telefone de Curitiba, para o caso de sua presa decidir “colaborar”.
Finalmente, com a operação de sexta, se valeram do estratagema de envolver esposa e filhos de Lula, visando derrubar emocionalmente o adversário
No decorrer de todo o ano, os vazamentos da Lava Jato, planejados pelos Procuradores da República e Delegados Federais, lançaram no ar toda sorte de factoides.
Qualquer suspeita, por mais ridícula que fosse, era transformada em sentença condenatória, misturando fatos relevantes com bobagens monumentais. Essa mistura ajudou a alimentar dois sentimentos conflitantes. Nos especialistas, a convicção de que a Lava Jato perseguia pessoas, depois ia atrás de qualquer fato que incriminasse o alvo. Nos leigos a certeza de que havia um ladrão de galinhas no Planalto, pois até suspeitas de desaparecimento de estátuas e adagas foram ventilada pelo escoadouro montado na Lava Jato.
E aí alguns fatos incômodos começam a invadir o raciocínio. Toda a estratégia de mídia foi montada em Brasília, pela própria Procuradoria Geral da República, assim como o reforço da Força Tarefa e a ênfase na cooperação internacional.
Seria Janot responsável direto por todos esses absurdos, ou meramente abriu a porteira e perdeu o controle da boiada?
Vamos avançar no nosso quebra-cabeça, sem nenhum juízo de valor definitivo.
A Primavera brasileira no início de tudo
O ponto de partida foram as manifestações de junho de 2013, que deixaram claro que o Brasil estava preparado para a sua “Primavera”, a exemplo das que ocorreram nos países árabes e do leste europeu. Essa possibilidade alertou organismos de outros países, como o próprio FBI e acendeu alerta na Cooperação Internacional – a organização informal de procuradores e polícias federais de vários países, que se articularam a partir de 2002 para combate ao crime organizado.
Evidência: informação me foi confirmada por Jamil Chade, correspondente do Estadão em Genebra, para explicar porque o FBI decidiu só agora investir contra a FIFA. As manifestações teriam comprovado que a opinião pública brasileira estaria suficientemente madura para apoiar ações anticorrupção – e de interesse geopolítico dos EUA, claro.
Atenção – não significa que as primeiras manifestações foram articuladas de fora para dentro. O início foi de um grupo acima de qualquer suspeita, o MPL (Movimento Passe Livre). Foi a surpreendente adesão de todos os setores, da classe média à extrema esquerda que mostrou que a sede de participação, trazida pelas redes sociais, havia transbordado para as ruas. As manipulações das manifestações passam a ocorrer mais tarde devido à absoluta insensibilidade do governo Dilma e do proprio PT em entender o momento.
É a partir daí que, em contato com a cooperação internacional, começam a ser planejadas as duas grandes operações mundiais anticorrupção do momento: a Lava Jato, que visaria desmontar a quadrilha que se apossou da Petrobras e a do FBI contra quadrilha que se apossou da FIFA e da CBF.
Houve movimentos internos relevantes que antecederam o início do jogo. No bojo das manifestações de 2013 ficou nítida a parceria da Globo com o MPF.
Evidência – Do nada começaram a pipocar cartazes pedindo a derrubada da PEC 37 – que proibia procuradores de realizar investigações por conta própria. Os veículos da Globo passaram a dar cobertura exaustiva à campanha, ajudando na derrubada da PEC. Matérias no Jornal Nacional (http://migre.me/tbj1a http://migre.me/tbj1I) conferindo dimensão nacional ao movimento. E propondo não apenas derrubar a PEC, como aprovar nova PEC que garantisse explicitamente o poder do MP de investigar (http://mcaf.ee/auivz5).
No mesmo mês de junho de 2013 surge outro fato revelador: o vazamento de informações da NSA (Agência de Segurança Nacional) pelo ex-técnico Edward Snowden.
Na primeira semana, foram vazados documentos de casos internos de espionagem. Depois, a espionagem sobre outros países. Na enxurrada de documentos vazados, fica-se sabendo que a NSA espionava preferencialmente a Petrobras.
De repente, um juiz de 1a instância em Curitiba, Sérgio Moro, tendo como fonte de informação apenas um doleiro, Alberto Yousseff, tem acesso a um enorme volume de informações sobre a Petrobras e consegue nacionalizar um processo regional.
Até hoje a Lava Jato não revelou como chegou às primeiras informações sobre a Petrobras, que permitiram expandir a operação para todo o país.
O que se viu, dali em diante, foram dois dutos de informação montados entre o MPF brasileiro e a cooperação Internacional: o duto da Lava Jato e o duto da FIFA. Pelo duto da Lava Jato vieram informações centrais para o desmantelamento da quadrilha da Petrobras. Já o duto da FIFA ficou obstruído. As informações de lá para cá esbarraram em uma mera juíza de 1a instância do Rio de Janeiro e até hoje não foram destravadas. E as informações daqui para lá não fluíram. Por todas as informações levantadas em Genebra, a Globo era peça central do esquema FIFA-CBF.
Depois disso, a cooperação internacional torna-se instrumento central nas investigações da Lava Jato. Mas nas investigações da FIFA, o braço brasileiro da cooperação internacional falha. A Globo está sendo poupada.
Evidência – A entrevista de Jamil Chade (http://migre.me/tbj35)informa o desagrado do FBI com a demora do MPF em atender às suas solicitações sobre a Globo. Diz ele: “Um dos únicos países que não colabora nesse caso (é o Brasil), ironia total. O craque que montou é brasileiro e parte fundamental atuação foi dos dirigentes brasileiros. O Departamento de Justiça já deixou muito claro ao Brasil que estava muito incomodado com essa falta de colaboração”.
A estratégia midiática da Lava Jato
Um levantamento sobre as intervenções norte-americanas nas Primaveras que sacudiram o Oriente Médio, mostra que todas elas vieram acompanhadas de uma estratégia de comunicação através das redes sociais. E com foco na corrupção e na defesa da democracia.
A Lava Jato foi montada seguindo todo o receituário das Primaveras. Receita pronta, ou recolhida de algum manual ou aulas particulares com especialistas.
1.    Acesso a informações críticas sobre a quadrilha que atuava na Petrobras.
2.    Identificação de algum inquérito regional que pudesse ser nacionalizado. Não havia nenhum melhor que Sérgio Moro, testado na AP 470 – como assessor da Ministra Rosa Weber – tendo atuado no caso Banestado.
3.    Montagem imediata de um aparato de comunicação, contratando assessorias especiais, montando hotsites de maneira a potencializar as denúncias de corrupção. O que foi feito pela Procuradoria Geral da República.,
Outro know-how adquirido foi o da criação de personagens para atuar como polos nas batalhas pelas redes sociais.
Nas eleições de 2010, com seus consultores estrangeiros a campanha de Serra registrou pela primeira vez o uso científico das redes sociais. Criavam perfis fakes, capazes de galvanizar ilhas de influência no Twitter. Havia o jovem curitibano de vinte anos, vítima de uma doença fatal; o músico negro da periferia de São Paulo, capaz das maiores baixarias (aliás, o fato de conferir esse perfil a um músico e negro é indicativo do jogo conservador).
Na Lava Jato, investiram em duas imagens reais. Numa ponta, a imagem evangelizadora de rapaz do bem, o procurador Deltan Dallagnol; na outra, do homem mau, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, uma imagem tão marcadamente detestável que, infelizmente, será a imagem do MPF durante bons anos para grande parte da opinião pública.
Obviamente, não me refiro ao procurador, que nem conheço, mas à imagem propagada. O MPF não tem mais a cara dos procuradores que ajudaram a institucionalizar direitos sociais, democracia, direitos das minorias, a punir os crimes da ditadura. É de Carlos Fernando e seu olhar rútilo, de matador, a nova cara do MPF.
Nas redes sociais e movimentações de rua surgem, da noite para o dia, movimentos como o “Movimento Brasil Livre” e “Estudantes Pela Liberdade”. Constatou-se, com o tempo, que eram financiados pelo Charles Kock Institute, ONG de dois irmãos, Charles e David, herdeiros donos de uma das maiores fortunas dos Estados Unidos.
Os Kock ficaram conhecidos por financiar ONGs de ultradireita visando interferir na política norte-americana (http://migre.me/tbj3w). E tem obviamente ambições de ampliar seu império petrolífero explorando outras bacias fora dos EUA.
Para selar de vez a parceria com a cooperação internacional, o próprio PGR Rodrigo Janot foi aos Estados Unidos comandando uma equipe da Lava Jato para dois eventos controversos.
O primeiro, levar informações da Petrobras para possíveis processos conduzidos pelo Departamento de Justiça contra a estatal brasileira. O segundo trazer de lá informações que explodiram na Eletronuclear, depois de encontro com advogado do Departamento de Justiça ligada a escritório de advocacia que atende o segmento nuclear por lá.
A geopolítica da cooperação internacional
Desde os anos 70, a parceria com ditaduras militares mostrou-se inconveniente para a diplomacia norte-americana. De um lado, pela dificuldade em justifica-la perante a opinião pública liberal norte-americana. De outro, pelo fato dos governos militares terem nítido cunho nacionalista – como se viu com o governo Geisel, no Brasil, ou a ditadura militar argentina deflagrando a guerra das Malvinas.
Gradativamente, a diplomacia e as instituições norte-americana foram mudando o eixo, aproximando-se dos sistemas judiciários nacionais, das polícias federais, de procuradores e estimulando ONGs, especialmente aquelas voltadas para a defesa do meio-ambiente. A internacionalização da Justiça tornou-se um fator legitimador, para fortalecer outro polo de influência nos sistemas nacionais, acima dos partidos e do Congresso.
Tornou-se conhecido o modelo de desestabilização no Oriente Médio com as diversas primaveras nacionais. Insuflava-se a classe média com denúncias de corrupção. Seguiam-se as manifestações de rua que, devido ao clima de catarse criado, descambavam para a violência. Depois, a intervenção de alguma força visando trazer a ordem e implantar a democracia. Foi assim nas ações desastrosas no Iraque, Afeganistão e Líbia – conforme explicou o professor Moniz Bandeira em longa entrevista concedida esta manhã ao GGN. Em todos esses casos, desmontou-se um regime autoritário e deixou-se como herança o caos, a destruição de nações e regimes muito mais restritivos dos direitos individuais, quase todos marcadamente conservadores nos hábitos morais.
O problema está no lado oficial da história. E aí entra o papel da cooperação internacional na nova geopolítica do poder.
Desde a viagem de Janot aos Estados Unidos começamos a desconfiar  que os EUA estavam se valendo dessa cooperação para impor suas estratégias geopolíticas.
A Lava Jato não pode mais ser vista como uma operação de investigação isolada. Ela é tudo o que gerou de forma associada, e teve a ajuda central de organismos internacionais – caso contrário jamais teria chegado às quadrilhas que operavam na Petrobras.
Ambos –operadores da Lava Jato e do Congresso – estão umbilicalmente ligados. No plano econômico e social, a contraparte da Lava Jato é a flexibilização da Lei do Petróleo e dos gastos sociais, acabando de vez com o legado social dos últimos governos.
Evidências – as operações de impacto da Lava Jato sempre caíram como uma luva, sincronizadas com as estratégias de impeachment seja no Congresso seja em dobradinha com Gilmar Mendes no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Toda a pressão em cima de Dilma têm, do lado político-econômico, a intenção precípua de obter concessões nas áreas de petróleo e de gastos sociais.
No plano social, a Lava Jato conseguiu despertar a comoção popular, o afloramento de uma ideologia da classe média, ultraconservadora e intolerante, muito longe da vitalidade juvenil do MPL. No plano econômico, além da flexibilização da lei do pré-sal e do fim dos gastos sociais obrigatórios, ganhou corpo a criminalização das estratégias de desenvolvimento autóctone – como o avanço diplomático na África e o financiamento às exportações, as políticas de conteúdo nacional (que podem ser liquidadas com o fim da Lei do pré-sal.
Ou seja, não dá para desvencilhar a Lava Jato de todo esse leque de princípios ultraconservadores e ultraliberais. Fazem parte do mesmo pacote político.
Na falta de estudos mais apurados sobre o tema, alguns comentaristas julgaram estar frente a uma dessas teorias conspiratórias que povoa o universo das redes sociais.
No Brasilianas de ontem, o professor Luiz Felipe de Alencastro (recém aposentado da Universidade de Sorbonne) informou que nas últimas semanas, o tema ganhou repercussão nos círculos acadêmicos internacionais.
Em breve, a Lava Jato deixará de ser estudada meramente como uma imensa operação anticorrupção para se transformar em um case sobre as estratégias geopolíticas norte-americanas na era das redes sociais, da globalização e da alta tecnologia.
O presidencialismo de coalizão do MPF
E aí se entram nas questões internas do Ministério Público Federal.
Trata-se de uma organização admirável que, desde a Constituição de 1988, foi protagonista de inúmeros avanços civilizatórios no país.
Com o tempo, algumas de suas maiores virtudes – como a independência de cada procurador – transformaram-se em alguns dos seus maiores problemas. A sucessão de representações contra Lula, partindo de todos os cantos, mostra que, hoje em dia, qualquer procurador que queira participar do jogo político basta pegar um factoide qualquer e transformar em representação, valendo-se do poder que lhe foi conferido pela Constituição. E nada acontecerá com ele, sequer o repúdio dos colegas.
Os procuradores se organizam em grupos, de acordo com suas convicções e áreas de atuação. Há desde grupos envolvidos com direitos humanos até os que atuam na área criminal. E há, também, uma enorme gana de protagonismo político por parte de alguns grupos, de participar de cargos executivos, a exemplo de colegas de MPs estaduais.
Quando Lula sancionou a eleição direta para escolha do PGR, abriu a caixa de Pandora. Os candidatos são indicados pela ANPR (Associação Nacional de Procuradores da República) – que representa apenas uma classe de procuradores e é uma associação sindical, de defesa dos interesses corporativos da classe. Não participam os procuradores estaduais, os dos Tribunais de Contas, os militares.
Recentemente, o CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) avançou na questão de permitir que procuradores ocupem cargos no Executivo – hipótese vedada pelo STF.
Na própria campanha eleitoral, os candidatos a PGR vão firmando acordos políticos capazes de viabilizar sua eleição. E, com isso, diluindo poder e capacidade de intervir em abusos.
Em Brasília, há integrantes isentos do Judiciário que defendem Janot, consideram-no uma pessoa equilibrada e responsável. Sustentam que ele perdeu o controle da situação. Ou seja, abriu a caixa de Pandora quando estimulou o vazamento da Lava Jato e agora não conseguiria controlar sua tropa.
Mas há um conjunto de atos e omissões inexplicáveis:
1.    A visita aos EUA levando informações da Petrobras e trazendo da Eletronorte.
2.    A blindagem ao senador Aécio Neves. Na única vez que conversei com Janot ele assegurou que até abril (do ano passado) daria parecer no inquérito que investiga contas de Aécio em Liechtenstein. Não só não desengavetou como desqualificou três delações sobre ele.
3.    A incapacidade de conduzir um inquérito sequer sobre as Organizações Globo.
Será possível que, com a enorme capacidade jurídica acumulada entre seus procuradores mais velhos, com as inúmeras referências de direitos humanos, cidadania, responsabilidade para com o Estado brasileiro, o Ministério Público Federal tenha se transformado em uma corporação dominada pelo sindicalismo?
É a última incógnita desses tempos turbulentos. Todas as demais peças já foram devidamente encaixadas.

Capitalismo em crise e o declínio do trabalho

no Outras Palavras


160309-Robos3
“Quando os postos de trabalho na indústria eram eliminados, podiam ser substituídos por postos de “colarinho branco”. Mas hoje, se estes desaparecerem, onde serão criados os novos empregos?”

Wallerstein analisa: revolução robótica, capturada pela ideologia do “mercado”, ameaça destruir empregos em massa. Até FMI alarma-se. Mas sistema já parece incapaz de se corrigir
Por Immanuel Wallerstein | Tradução: Antonio Martins
A ideologia neoliberal dominou o discurso político, em termos globais, nos primeiros quinze anos do século. O mantra era: a única política viável para os governos e movimentos sociais era dar prioridade para algo chamado “o mercado”. A resistência a esta crença tornou-se mínima, porque mesmo os partidos e movimentos que se consideravam de esquerda – ou ao menos à esquerda do centro – abandonaram sua ênfase traducional em medidas de Bem-estar Social e aceitaram a validade desta posição, orientada pra o mercado. Argumentavam que só era possível, quando muito, amenizar seu impacto, mantendo uma pequena parte das redes de segurança históricas que os Estados haviam construído ao longo de mais de 150 anos.
As políticas resultantes reduziram radicalmente a tributação sobre os setores mais ricos da população. Ao fazê-lo, elevaram o abismo entre os muito endinheirados e os demais. As empresas – em especial as maiores – puderam ampliar seus lucros reduzindo o número de empregos ou movendo-os para o exterior.
A justificativa oferecida pelos proponentes era a que esta política iria, ao longo do tempo, recriar os empregos que haviam sido perdidos; e que o valor adicional criado, ao se permitir que o “mercado” prevalecesse, acabaria se espalhando de algum modo pela sociedade. É claro que, para permitir a prevalência do mercado foi necessária muita ação política nos Estados. O chamado “mercado” nunca foi uma força independente da política. Mas esta verdade elementar foi solenemente ignorada ou, quando debatida, ferozmente negada.
Tudo isso terminou? Existe de fato o que um artigo recente no Le Monde chamou de um “tímido” retorno das instituições doestablishment às preocupações com demanda sustentada? Há ao menos dois sinais neste sentido, ambos de efeito considerável. O Fundo Monetário Internacional (FMI) é, há muito, o pilar mais forte da ideologia neoliberal, impondo seus requisitos a todos os governos que lhe pedem empréstimos. No entanto, num memorando lançado em 24 de fevereiro, o FMI tornou públicas suas preocupações sobre como a demanda mundial tornou-se anêmica. Ele exortou os ministros das Finanças do G-20 a deixar as políticas monetaristas e estimular os investimentos – em vez da poupança –, para sustentar a demanda por meio da criação de empregos. Foi quase um giro de 180 graus.
Mais ou menos ao mesmo tempo (em 18 de fevereiro), a Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE), um segundo grande pilar da ideologia neoliberal, lançou um memorando anunciando um giro semelhante. Afirmou que era urgente promover “coletivamente” ações que sustentassem a demanda global.
Minha questão é: a realidade está se insinuando? Parece que sim, embora apenas timidamente. O fato é que, em todo o mundo, o “crescimento” prometido, na forma de produção com maior valor agregado, jamais ocorreu. É claro que o declínio é desigual. A China continua crescendo – num ritmo bem mais lento, que ameaça conduzir a um declínio ainda maior. Os Estados Unidos ainda parecem estar “crescendo”, em grande medida porque o dólar ainda parece ser, em termos relativos, o lugar mais seguro onde os governos e os muito ricos podem deixar seu dinheiro. Mas a deflação parece ter se tornando a realidade dominante na maior parte da Europa e das chamadas “economias emergentes” do Sul global.
Estamos agora num jogo de espera. As tímidas mudanças recomendadas pelo FMI e OCDE enfrentam a realidade de uma demanda global declinante? O dólar será capaz de resistir à perda crescente de confiança em sua capacidade de ser um repositório estável de valor? Ou estamos transitando para uma nova, e muito mais severa, mudança no chamado “mercado”, com todas as consequências políticas decorrentes?
A queda da demanda global é a consequência direta da queda do emprego global. Nos útimos 200, ou tavez 500 anos, sempre que uma mudança tecnológica eliminou empregos em algum setor produtivo, houve resistência por parte dos trabalhadores afetados. Os que resistiam envolviam-se nas chamada reivindicações “ludistas”, para manter as tecnologias anteriores.
Do ponto de vista político, a resistência ludista foi sempre um fracasso. As forças do establishment sempre disseram que novos empregos seriam criados para substituir os perdidos, e que haveria um crescimento renovado. Estavam certas. Novos empregos foram de fato criados – mas não entre os trabalhadores industriais. Surgiram entre as profissões ligadas aos serviços, de “colarinho branco”. Em consequência, a longo prazo, a economia mundial presenciou uma redução dos empregos industriais e uma significativa elevação no percentual dos trabalhadores de “colarinho branco”.
Aceitou-se sempre que os empregos de “colarinho branco” não estavam sujeitos a ser eliminados. Presumia-se que, por requerem interação entre seres humanos, não haveria máquinas capazes de substituir trabalhadores em carne e osso. Não é mais assim.
Um grande avanço tecnológico permite agora que as máquinas envolvam-se em cálculos de imensos volumes de dados, uma função antes exercida, por exemplo, por consultores financeiros de base. As novas máquinas já podem processar dados que um indivíduo levaria várias vidas para calcular. O resultado é que tais máquinas já começaram a eliminar os postos destes trabalhadores de colarinho branco. É verdade que isso ainda não afeta os postos de alto nível ou as posições de supervisão. Mas é possível enxergar para onde sopra o vento.
Antes, quando os postos de trabalho na indústria eram eliminados ou reduzidos, podiam ser substituídos por postos de colarinho branco. Mas hoje, se as posições de colarinho branco desaparecerem, onde serão criados os novos empregos? E se não forem criados, o efeito geral será reduzir severamente a demanda efetiva.
Contudo, a demanda efetiva é uma condição sine qua non para o capitalismo, enquanto sistema histórico. Sem demanda efetiva, não pode haver acumulação de capital. Esta é a realidade que parece estar se insinuando. Por isso, não surpreende que as preocupações emerjam. Não é provável, porém, que as “tímidas” tentativas para lidar com esta nova realidade possam fazer qualquer diferença real. A crise estrutural do sistema está aflorando abertamente. A grande questão não é como repará-lo – mas o que irá substituí-lo.

Immanuel Wallerstein

Immanuel Wallerstein é um dos intelectuais de maior projeção internacional na atualidade. Seus estudos e análises abrangem temas sociólogicos, históricos, políticos, econômicos e das relações internacionais. É professor na Universidade de Yale e autor de dezenas de livros. Mantém um site onde publica seus textos (http://www.iwallerstein.com/).

terça-feira, 8 de março de 2016

Conheça o documentário estonteante sobre a Lista de Furnas

por José Gilbert Arruda Martins

Uma justiça seletiva, com dois pesos e duas medidas atrapalha a democracia. Conheça aqui detalhes do esquema de corrupção em uma das maiores empresas de energia do planeta.

furnas2 
2a. parte da Lista de Furnas

A sociedade clama para que a corrupção seja de fato combatida, mas a luta contra esse perverso mal, não pode esconder instituições, partidos e pessoas, todos devem ser investigados. O povo quer saber: Por que só o PT e não o PSDB? Por que só Lula e não o Aécio?

Documentário "A Lista de Furnas"

A lista de suspeitos e de denúncias do PSDB e DEM já feitas aos órgãos instituídos, é vasta. Tanto a Procuradoria Geral da República como o Supremo Tribunal Federal e o Ministério Público conhecem os suspeitos e as denúncias, por que não investigam?


O documentário "A Lista de Furnas" é esclarecedor. Mostra de forma contundente e objetiva, sem as artimanhas da manipulação, como um grupo de políticos e indivíduos, organizados e liderados pelo senador do PSDB de Minas Gerais Aécio Neves, usaram dinheiro de uma das maiores empresas de energia do mundo para proveito próprio e de campanhas eleitorais.

O documentário mostra também a perseguição e prisões ilegais em Minas Gerais, táticas que só os regimes mais autoritários já tinham usados. Por exemplo a prisão a um jornalista que denunciava o esquema de Furnas, ele, sem nenhum motivo foi preso e mantido durante todo o período das eleições de 2014 encarcerado, incomunicável, e como é doente, quase morre na prisão.

Não se constrói um país selecionando quem deve ser punido. Todos aqueles que erraram precisam pagar. 

Não se constrói uma democracia perseguindo, prendendo e atacando pessoas sem o devido processo legal. Está na Constituição, desrespeitar esse princípio de que as pessoas são inocentes até prova em contrário, é atitude altamente temerária.

O que a sociedade defende é justiça igual para todos, investigação para todos. Não importa o partido.

1a. parte da lista de Furnas

A lista é grande, conheça na internet, no endereço https://www.google.com.br/search?q=imagem+da+lista+de+Furnas&espv=2&biw=1280&bih=643&site=webhp&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwi8kq3sgLHLAhVEUZAKHToVDNQQsAQIGw#imgrc=Vmnm-xhpyl9jpM%3A.

Você que deseja acabar ou diminuir a corrupção no Brasil, precisa divulgar.

Violência doméstica mata cinco mulheres por hora diariamente em todo o mundo

no Áfricas

Heloisa Cristaldo – Repórter da Agência Brasil
A violência doméstica é responsável pela morte de cinco mulheres por hora no mundo, mostra a organização não governamental (ONG) Action Aid. A informação é resultado de análise do estudo global de crimes das Nações Unidas e indica um número estimado de 119 mulheres assassinadas diariamente por um parceiro ou parente.
A ActionAid prevê que mais de 500 mil mulheres serão mortas por seus parceiros ou familiares até 2030. O documento faz um apelo a governos, doadores e à comunidade internacional para que se unam a fim de dar prioridade a ações que preservem os diretos das mulheres. O estudo considera dados levantados em 70 países e revela que, apesar de diversas campanhas pelo mundo, a violência ou a ameaça dela ainda é uma realidade diária para milhões de mulheres.
“A intenção do relatório é fazer um levantamento sobre as diversas formas de violência que a mulher sofre no mundo. Na África, por exemplo, temos países que até hoje têm práticas de mutilação genital. Aqui, na América Latina, o Brasil é o quinto país em violência contra as mulheres. Segundo dados do Instituto Avon, três em cada cinco mulheres já sofreram violência nos relacionamentos em nosso país”, informa a assistente do programa de direitos das mulheres da Action Aid Brasil, Jéssica Barbosa.
O relatório considera as diferenças regionais entre os países e, além disso, observa o universo de denúncias subnotificadas, de mulheres que sofrem assédio, estupro ou outros tipos de violência e têm vergonha de denunciar.
“A forma de contar é sempre muito difícil, existe uma cultura de silenciar a violência contra a mulher. É a cultura da naturalização, onde há um investimento social para naturalizar a violência contra a mulher com o que se ouve na música, nas novelas, na rua. Tudo isso é muito banalizado e a mulher se questiona: ‘será que o que aconteceu comigo foi uma violência? Será que se eu denunciar vão acreditar em mim?”, diz Jéssica Barbosa.
No Brasil, a organização promove a campanha Cidade Segura para as Mulheres, que busca o compromisso do Poder Público com uma cidade justa e igualitária para todos os gêneros.
“Muitas mulheres não conseguem exercer seu direito de ir e vir. A cidade não foi pensada para as mulheres, os becos são muito estreitos e escuros no Brasil. É necessário que haja o empoderamento das mulheres para superar a situação de violência. Por mais que o Estado tenha a obrigação de garantir instrumentos, é preciso que a gente invista na autonomia dessas mulheres”, acrescenta Jéssica.
Edição: Graça Adjuto


'Não se combate corrupção corrompendo a Constituição', diz associação de juízes

na Rede Brasil Atual

Entidade que reúne magistrados de todos os segmentos do Judiciário critica shows midiáticos promovidos em cumprimento de ordens de prisão e de condução coercitiva, no âmbito da Lava Jato

por Hylda Cavalcanti, da RBA

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Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato no MP, lançando as "10 Medidas Contra a Corrupção"

Brasília – Com o título “Não se combate corrupção corrompendo a Constituição”, a Associação dos Juízes para a Democracia (AJD), formada por magistrados de todos os segmentos do Judiciário, divulgou nota hoje (7) destacando que "ilegalidade não se combate com ilegalidade e, em consequência, a defesa do Estado democrático de direito não pode se dar às custas dos direitos e garantias fundamentais".
A entidade não cita diretamente a condução coercitiva à qual foi submetido, na última sexta-feira (4), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas faz várias críticas à Operação Lava Jato e enfatiza que “não se pode concordar com os shows midiáticos, promovidos em cumprimentos de ordens de prisão e de condução coercitiva” no âmbito da operação.
A AJD também afirma que foi graças à gradativa superação do regime ditatorial instaurado pelo golpe de Estado de 1964 que ficou revelada à sociedade a prática de diversos atos de corrupção, “antes ocultos em favor dos detentores do poder político ou econômico, levados a efeito por corporações e agente estatais, independente de partidos políticos e das ideologias vigentes brasileiros”.
E destaca que uma operação para combater a corrupção só é possível, hoje, porque o Brasil vive no ambiente democrático, no qual se respeitam a independência das instituições e a liberdade de expressão, “inclusive para que as respectivas qualidades sejam enaltecidas e os respectivos erros, apontados”.

Os magistrados da entidade ainda afirmam que o problema é que a forma como tem sido feito este combate à corrupção tem ensejado a defesa de medidas e a efetiva prática de ações não condizentes às liberdades públicas ínsitas ao regime democrático de direito. “Nesse sentido, têm-se que as chamadas  '10 Medidas Contra a Corrupção', lançadas à discussão pelo Ministério Público Federal, não se mostram adequadas à Constituição da República”, ressalta o documento.

domingo, 6 de março de 2016

O ataque a Lula não é ataque apenas ao ex-presidente, é uma afronta ao Estado de Direito.

por José Gilbert Arruda Martins

Vamos pensar um pouco, qual é a pauta da direita representada hoje primordialmente pelo PSDB para o Brasil, se ganhassem as eleições? A do Lula, Dilma, PT e das esquerdas está posta e em movimento.



Na pauta ou projeto para o Brasil (se concretamente tem), a direita que esteve no governo durante séculos, não implementou por quê?

Quando Lula e o PT assumiram o governo,- isso mesmo, o governo, pois o poder está com a Globo e seus apadrinhados ricos -, o Brasil tinha 50 milhões de famintos que serviam de matéria prima para os programas da globo.





Manifestação em frente a Globo RJ

A Educação Pública era completamente sucateada em todos os níveis, do maternal à pós graduação, FHC do PSDB, portanto, um partido da direita, não construiu mais escolas em nenhum nível, ao contrário, diminuiu consideravelmente os recursos destinados a esse setor.

Os jovens filhos e filhas de trabalhadores muito raramente entrevam numa faculdade ou se formavam, a Universidade Federal era luxo dos filhos e filhas da alta classe média e da elite.

O acesso a médico (que ainda tem problemas), era sonho acalentado por milhões, o país possuía milhares de famílias onde ninguém conhecia um médico pessoalmente, só nas novelas da Globo.

O Programa Mais Médicos levou a saúde preventiva e a assistência à saúde a milhares de brasileiros.

Quantos doutores e doutoras filhos e filhas de pobres e negros, indígenas, o Brasil formou em 500 anos? Que eu saiba, nenhum.

Os aeroportos do país se encheram de pobres viajando agora também de avião.

Pois bem, Lula da Silva fez tudo isso, e mais, tirou da miséria cerca de 50 milhões de pessoas, ganhou notoriedade aqui e no mundo inteiro, é respeitado como o maior e mais importante líder do Brasil e da América Latina,

Por isso, a direita quer destruir Lula com medo de 2018. 

Hoje proporcionaram um espetáculo midiático para a rede globo, estadão, folha, istoé e veja; mas vamos reagir, vamos seguir com nosso projeto de construir um país melhor PARA TODOS E TODAS.

Não vamos permitir que a Casa Grande retorne para massacrar nosso povo.

Se querem voltar ao governo nos vençam nas ruas e no voto. Do contrário não levarão.

Por que a justiça não investiga o trensalão de São Paulo? Por que a justiça não investiga "A Lista de Furnas", documentos cabais que comprovam um esquema poderoso onde Aécio Neves era seu principal beneficiado e arquiteto?

O ataque a Lula não é ataque apenas ao ex-presidente, é uma afronta ao Estado de Direito.

O que vem acontecendo, de uma forma mais clara de 2014 para cá, são sinais claros da exacerbação da Luta de Classes, que o velho e bom Marx já defendia e nos ensinou.

O que falta, talvez, é parte da esquerda entender melhor essa conjuntura, levar essas informações ao povo e marcarmos nosso território nessa luta antiga que, infelizmente, muita gente do próprio povo não enxerga.

Instituto Lula dá show de consciência política em cima da pichação do ódio.

no Blog Amigos do Presidente Lula

Buraco aberto na porta do Instituto Lula por estilhaços da bomba - que a polícia do Alckmin não descobriu quem explodiu até hoje - foi aproveitada na obra do artista Todyone.


Todyone, artista engajado, está fazendo um grafite sobre o genocídio da população pobre, preta e periférica, que deverá daqui para a frente, ser a marca visual da fachada do Instituto Lula.


Vandalismo burro de grafiteiros manipulados pela mídia no portão do Instituto Lula, feito de madrugada, virou um mural da luta popular por cidadania:


Do jornalistas Livres:

Na madrugada deste sábado (05/3), o portão do Instituto Lula foi pichado com frases contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Lula ladrão. Basta de corrupção. Sua hora chegou corrupto." O portão já tinha sido alvo de outro ataque, no dia 31 de julho do ano passado, quando uma bomba de fabricação caseira foi arremessada contra ele, deixando um buraco na chapa de aço.

A assinatura da pichação permite a identificação dos autores. Trata-se de uma grife antiga em São Paulo, chamada “Os Bicho Vivo”, que intervém em casos de grande visibilidade. Eles também picharam "Suzane assassina", em 2006, contra Suzane Richthofen, acusada de matar os próprios pais, quando ela já estava presa.

Aproveitando o furo deixado na porta do Instituto Lula no atentado do ano passado, o artista de rua TodyOne está neste momento realizando um grafite sobre o genocídio da população pobre, preta e periférica, que deverá daqui para a frente, ser a marca visual da fachada do Instituto Lula.

O jovem Todyone tem perfil bem distinto dos "Bicho Vivos". “O Tody é da nova geração e é engajado pra c******, arte educador. Gente finíssima, pai de família. Um broderzaço da ZL”, diz um admirador do grafite.

sexta-feira, 4 de março de 2016

STF enquadra Cunha. A República Vence, A Democracia também

por José Gilbert Arruda Martins

Vermes adentram o organismo estatal e democrático na forma de miúdos indivíduos sem nenhum caráter ou escrúpulo e, junto com outros parasitas, quando são pequenos e insignificantes, ainda em forma de larva, viajam por todo o corpo político e administrativo do Estado, nas três esferas, municipal, estadual e federal, nas administrações direta e indireta, onde crescem, se reproduzem e liberam filhotes provocando no organismo corrupção e mal feitos de toda ordem.

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Deputado Eduardo Cunha (PMDB_RJ)

Um desses vermes da República, levou uma peia ontem no Supremo Tribunal Federal (STF), foram exatos 10 x 0. Só não foram 11, porque um ministro estava de viagem a Portugal.

Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é, talvez, um dos maiores e mais fortes pústulas do país, um político que vem há décadas zombando da sociedade e da democracia; ameaça pessoas e instituições, entrou na Igreja Evangélica apenas para ganhar adeptos e seguidores para seus planos maquiavélicos e desonestos.

A Classe Trabalhadora e o Povo em geral, que é a parte da sociedade que concretamente perde, com a atuação desse tipo de verme, pode sim comemorar mais essa vitória da democracia e da justiça, mas, precisa continuar a dormir com um olho bem aberto. 

O sabotador da República, o cara que fez e desfez da democracia, enfim, parece que irá, dentro da lei e da ordem institucional, pagar seus pecados, mas não tenham ilusões, a direita brasileira vai continuar com o objetivo de barrar todo e qualquer avanço na área da democracia social e trabalhista.

Esse sabotador da República e da Democracia é um tipo antigo, o Brasil já experimentou muitos, o deputado escravista Lourenço de Albuquerque, no século XIX, foi um dos mais atuantes membros do movimento reacionário, que tentava impedir o fim do regime escravocrata no Brasil.

Outros históricos entreguistas, continuam na surdina, de forma anti-republicana, atacando interesses do país, da sociedade e dos trabalhadores, o senador por São Paulo, José Serra (PSDB), Agripino Maia (DEM), Aécio Cunha Neves (PSDB-MG) entre muitos outros...

Transmitidos pela má escolha nas urnas, esses vermes causam todo tipo de "doença" na administração da coisa pública. Se o perrengue não for tratado (expurgado da vida política) pelas vias da justiça e da ordem institucional, pode evoluir para um regime autoritário fazendo sofrer o organismo popular e democrático como um todo.



As Catilinárias (em latim In Catilinam Orationes Quattuor) são uma série de quatro discursos célebres deCícero, o cônsul romano Marco Túlio Cícero, pronunciados em 63 a.C.. Mesmo passados dois mil anos, ainda hoje são repetidas as sentenças acusatórias de Cícero contra Catilina, declaradas em pleno senado romano:


Até quando, Catilina, abusarás
da nossa paciência?
Por quanto tempo a tua loucura há de zombar de nós?
A que extremos se há de precipitar a tua desenfreada audácia?
Nem a guarda do Palatino,
nem a ronda noturna da cidade,
nem o temor do povo,
nem a afluência de todos os homens de bem,
nem este local tão bem protegido para a reunião do Senado,
nem a expressão do voto destas pessoas, nada disto conseguiu perturbar-te?
Não te dás conta que os teus planos foram descobertos?
Não vês que a tua conspiração a têm já dominada todos estes que a conhecem?
Quem, dentre nós, pensas tu que ignora o que fizeste na noite passada e na precedente, onde estiveste, com quem te encontraste, que decisão tomaste?
Oh tempos, oh costumes!
O primeiro e o último destes discursos foram dirigidos ao senado de Roma, os outros dois foram proferidos diretamente ao povo romano. Todos quatro foram compostos para denunciar explicitamente Lúcio Sérgio Catilina.
Falido financeiramente, Catilina, filho de família nobre, juntamente com seus seguidores subversivos, planejava derrubar o governo republicano para obter riquezas e poder. No entanto, após o confronto aberto por Cícero no senado, Catilina resolveu afastar-se do senado, indo juntar-se a seu exército ilícito para armar defesa.

Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Catilin%C3%A1rias
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/causas_proclamacao_republica.htm



10 a 0: nem Gilmar poupou Cunha

no Conversa Afiada

STF decide aceitar denúncia e Eduardo Cunha vira réu

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Para ministros, há indícios de que ele exigiu e recebeu propina da Petrobras.
Presidente da Câmara é primeiro réu da Operação Lava Jato no Supremo.

Por 10 votos a 0, o Supremo Tribunal Federal (STF) acolheu nesta quinta-feira (3) denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Ele é acusado de exigir e receber ao menos US$ 5 milhões em propina de um contrato do estaleiro Samsung Heavy Industries com a Petrobras. Com a decisão, Cunha passa a ser réu na primeira ação penal no Supremo originada das investigações da Operação Lava Jato.

Os ministros não decidiram se Cunha deve se afastar do comando da Câmara. Um pedido de Janot para que ele seja afastado da presidência e do mandato de deputado será julgado pelo Supremo em data ainda indefinida.

(...)


Votaram a favor de aceitar a denúncia contra Cunha o relator do caso, Teori Zavascki, e os ministros Cármen Lúcia, Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barroso, Luiz Fachin, Rosa Weber, Dias Toffoli, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski. Luiz Fux está fora do país e não partipou da análise.

O julgamento teve início nesta quarta-feira (3), quando Teori Zavascki votou pela abertura do processo e foi acompanhado por cinco ministros. Nesta quinta, outros quatro ministros acompanharam o relator.

(...)

A organização criminosa da delação premiada.

no Blog Amigos do Presidente Lula


Há muito tempo que eu sinto um forte mau cheiro de gente - que eu não sei quem é - operando no mercado financeiro em cima de supostas delações premiadas bombásticas soltas na imprensa que depois são desmentidas (no todo ou em parte).

Hoje a revista IstoÉ solta uma recombolesca "reporcagem", que a gente vê ser falsa só de olhar as fotos. A letra da primeira página da suposta delação premiada de Delcídio Amaral, está em fonte do tipo de máquina de escrever antiga. Não é igual as letras do resto do texto do suposto documento. Clara evidência de montagem.

Mas quando o boato é publicado como se fosse notícia, "na hora certa", com o pregão das bolsas aberto, como ocorre hoje, fortunas mudam de mãos em poucos minutos e continuam mudando por algumas horas, nas operações na Bovespa e com o dólar.

O texto da "reporcagem" também é um primor de fantasia romanceada, de deixar o site "Sensacionalista" com inveja, pela capacidade ficcional criativa.

A suposta delação de Delcídio publicada na IstoÉ praticamente "delata" todas as "reporcagens" das revistas Veja, Época e IstoÉ juntas, feitas desde a chegada de Pedro Álvares Cabral ao Brasil, mas nada diz sobre a Alstom, as termelétricas no período em que ele foi diretor da Petrobras no governo FHC. E nada diz sobre o ex-sócio do senador José Serra (PSDB-SP), Gregório Marin Preciado, no episódio da compra de Pasadena. Estes dois fatos já constam de peças jurídicas da operação Lava Jato.

No período eleitoral houve o forte cheiro do uso de pesquisas de intenção de votos para especular nas bolsas. Havia também o cheiro de especuladores se aproveitando de depoimentos da Lava Jato abertos à imprensa, feitos no horário de funcionamento das bolsas, que afetavam cotações da Petrobras e do dólar. 

Não insinuo e não creio que agentes públicos da Lava jato tenham agido com intenção de favorecer especuladores. Acredito até, a priori, que podem nem ter pensado nisso como efeito colateral da sanha de expor politicamente ao desgaste quem pré-julgavam culpados pela simples delação, antes de obter provas. Mas foram incautos e podem ter sido usados sem saber para os propósitos de especuladores. 

Eu não descartaria nem a hipótese de delatores terem agido de comum acordo com especuladores em determinados depoimentos abertos à imprensa que, logo noticiados em pleno horário de pregão, causaram um reboliço nas cotações de ações da Petrobras e no dólar.

É muita ingenuidade achar que todo delator, que mentiu a vida inteira para roubar, se torne um honestíssimo arrependido e que não trate a negociação de delação premiada como mais um negócio em sua vida, com cálculo de perdas e ganhos. 

Por isso delações sensíveis devem ser sigilosas, e só as provas concretas a que a delação levar devem ser públicas. Senão a corrupção impune no mercado financeiro faz a festa, em valores muitos maiores do que as propinas que diretores e operadores corruptos da Petrobras receberam. E sem precisar colocar nenhum tijolo em nenhuma obra.

quarta-feira, 2 de março de 2016

A Rede Globo (ou bobo?), por causa do triplex dos Marinhos, ameaça blogueiros e ativistas digitais

por José Gilbert Arruda Martins

O clã Marinho, se rendeu aos ativistas digitais. Blogs e internautas estão sendo notificados pelo grupo Globo e ameaçados caso não retirem da internet matérias alusivas ao triplex de Paraty.


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A suposta mansão do clã Marinho em Paraty-RJ

Vejam só, logo a rede Globo que ao longo dos anos vem atacando a figura de pessoas e instituições sem nenhum critério lógico ou democrático, logo a globo que nasceu e vive do dinheiro público e do apoio incontestável do que há de pior na política brasileira.

A Rede Globo tem "história", se você pesquisar com um pouco mais de tempo verá, nasceu acobertada e acobertando o golpe e a sanguinária Ditadura Militar brasileira e de todo o Cone Sul.

Junto com a revista Veja, Estadão, Folha e o Jornal O Globo, fizeram miséria na política brasileira, apoiando, inclusive, todo tipo de ilegalidade, ajudando com isso a aumentar a miséria do nosso povo.

Para criar a rede Globo em abril de 1964, Roberto Marinho, velho entreguista e patriarca da família, vendeu a alma ao diabo, ao apoiar sem nenhum tipo de reflexão e muito menos escrúpulos, o golpe militar que apeou do poder um governo legítimo e instalou no Brasil uma das mais violentas e sanguinárias ditaduras militares que o mundo jamais conheceu.

Os marinhos que possuíam o jornal O Globo, agora com a TV, iniciavam um caminho rumo ao controle de audiência baseada em mentiras e manipulações.

A internet, livros e sites, autores e Tvs espalhados pelo mundo, já divulgaram as maldades perniciosas da Globo ao Brasil e à sua sociedade.

Em 2014 a Globo, para tentar esconder e diminuir a importância de seu apoio ao golpe e ao regime de exceção que perseguiu, prendeu, torturou e assassinou milhares de pessoas no Brasil, lançou um site na internet, com imagens e textos muito bem editados e pensados tentando explicar porque apoiaram o golpe e a ditadura militar; depois disso muita gente acreditou que a organização dos Marinhos, seguiria um caminho diferente e decente, não foi o que aconteceu, a organização, como sempre, passou a dar apoio ao golpe para derrubar outro governo eleito democraticamente pelo povo brasileiro que é o governo Dilma Roussef, a TV, o jornal e revista, passaram a, diariamente atacar a figura do ex-presidente Lula da Silva, o Partido dos Trabalhadores e o governo federal, semana passada, na quinta-feira, foram exatos 28 minutos de jornal em horário nobre atacando Lula o PT e o governo Dilma.

A rede globo e a família Marinho não aprenderam a lição, desfazem da política, da democracia e do seu povo, com mentiras e manipulações diuturnamente.

Agora quer pousar de santa, tentando esconder da sociedade brasileira e mundial que é proprietária de uma mansão construída em reserva ambiental em Paraty Rio de Janeiro e supostamente, adquirida com dinheiro "lavado" em paraíso fiscal.

Leia abaixo a notificação do grupo Globo ao blog "O Cafezinho" do Miguel do Rosário:


Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2016
Ao Responsável pelo Blog “O Cafezinho”
(http://www.ocafezinho.com)
Miguel do Rosário
Ref.: Post intitulado ‘Bomba! O mapa genealógico da Mossack Fonseca e Rede Globo’
Prezado Senhor,
GLOBO COMUNICAÇÃO E PARTICIPAÇÕES S/A (Globo), com sede nesta cidade, na Rua Lopes Quintas, nº 303, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 27.865.757/0001-02, vem, por meio da presente, NOTIFICÁ-LO do que se segue:
O notificante tomou conhecimento que no dia 24/02/2016 foi publicado no blog denominado “O Cafezinho”, de responsabilidade do notificado, post com informações inverídicas a respeito de suposta relação da notificante com empresas investigadas pela polícia federal, conforme consta da url http://www.ocafezinho.com/2016/02/24/bomba-o-mapa-genealogico-da-mossack-fonseca-e-rede-globo/
O título e o organograma reproduzido no post em questão fazem conexão entre a Globo e empresas alvo de investigações da Polícia Federal.
Contudo, o organograma acima reproduzido se baseia em informações inverídicas, uma vez que a Globo não tem relação societária, ou de qualquer outra espécie, direta ou indireta, com a Agropecuária Veine, com a Mossack Fonseca, ou qualquer outra empresa ou pessoa ali apontada.
Verifica-se, assim, que o post em questão, contêm inverdades sobre suposta relação entre a Globo e as empresas citadas, induzindo os leitores do Blog a erro, o que constitui grave ofensa à notificante.
Pelo exposto, fica V.Sa. NOTIFICADO para que retire imediatamente a menção à Globo do título e do organograma constante da url apontada nesta notificação ou qualquer outro post que reproduza a informação inverídica, sob pena de adoção das medidas legais cabíveis.
Atenciosamente,

PP. M. (...) G. (...)
OAB/RJ (...)