sexta-feira, 14 de agosto de 2015

DEMOCRACIA - Entidades rechaçam golpismo e cobram de Dilma agenda vencedora em 2014

na Rede Brasil Atual
Em encontro com centenas de representantes de movimentos sociais, Dilma é cobrada por retomada de projeto que defendeu nas eleições e afirma que "nunca mudou de lado"
por Eunice Pinheiro, para a RBA
Diálogo Dilma com movimentos sociais
Movimentos sociais gritaram palavras de ordem como "não vai ter golpe" e alertaram: "É pra nós que você deve governar"

Brasília – "Eu sei de que lado estou. Na minha vida, já mudei muito. Às vezes para melhor, outras, segundo algumas pessoas, até para pior. Mas eu nunca mudei de lado", afirmou a presidenta Dilma Rousseff, durante encontro com os movimentos sociais, realizado hoje (13). Na reunião, foi anunciada a criação, em setembro, do Fórum Nacional de Debates sobre Trabalho, Renda, Emprego e Previdência Social, que será mais um canal de diálogo do Executivo com os movimentos sociais.
Dilma afirmou que está tomando medidas para que o país volte ao caminho do crescimento e que está na presidência para resolver todos os problemas do país até 31 de dezembro de 2018, quando deixará o governo. A presidenta voltou a citar versos do compositor Lenine: "Quando a lida está má, a gente enverga, mas não quebra".
A presidente foi recebida por centenas de representantes de movimentos sociais, que gritavam palavras de ordem, como "não vai ter golpe". Em seguida, líderes das entidades sociais apresentaram os assuntos de maior importância para cada segmento. Um item foi quase unânime: a retomada do projeto debatido durante a campanha eleitoral e que a diferenciou do projeto representado por seu adversário, Aécio Neves (PSDB).
"Foi aquela agenda que nós elegemos. Este ajuste fiscal, como está sendo posto, não condiz com o programa que elegemos. Este programa econômico é neoliberal e está alinhado com as políticas norte-americanas", disse Alexandre Conceição, um dos coordenadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Para ele, a reunião com a presidenta foi importante, porque os movimentos puderam passar recados tanto para o governo, como para a oposição que hoje tenta articular um golpe.
O repúdio à ameaça de golpe foi outro ponto comum em todas as falas dos líderes de entidades. "Golpistas, nós somos construtores da democracia. Nós iremos para as ruas, entrincheirados, se necessário. Nós seremos o exército que vai enfrentar a burguesia nas ruas", afirmou o presidente da CUT, Vagner Freitas, aplaudido de pé pelos militantes.
Freitas enfatizou a cobrança dos movimentos sociais para que o governo Dilma ouça mais a base social que a elegeu e retome a "agenda vencedora" em 2014. "É para nós que estamos aqui que a senhora tem de legislar", alertou. O presidente da CUT associou a ampliação do apoio social ao governo também à forma como conduzirá a recuperação da economia.
“Ajuste fiscal é reforma tributária que reduza a carga de impostos pagos pelos mais pobres e aumente a dos mais ricos. O que precisa ser feito é fazer andar a pauta dos trabalhadores de forma efetiva e consistente”, cobrou o dirigente. “Esse povo que está aqui tem condição de fazer a transformação do Brasil. Não é o mercado que vai garantir a governabilidade. É esse povo que está aqui, presidenta Dilma. Todos juntos por um Brasil melhor, com Dilma e contra o golpe.”
Outra reivindicação comum, entre os líderes das entidades, foi o pedido para que Dilma vete a Lei antiterrorismo, aprovada pelo Congresso Nacional. "Essa Lei visa apenas uma coisa: criminalizar os movimentos sociais", afirmou a presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral. Ela pediu que a educação não seja afetada pelo ajuste fiscal e que os movimentos sociais sejam incluídos na discussão da agenda política brasileira.
O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Alberto Broch, reivindicou a manutenção dos direitos agrários, maiores investimentos na reforma agrária, na agricultura familiar, nos empreendimentos agroecológicos e a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida. A presidenta respondeu que programa foi reformulado e que, em setembro próximo, será lançada a terceira etapa.
Representando o Movimento de Articulação Nacional de Mulheres Pescadoras Artesanais, Eleonice Sacramento falou da importância de manutenção dos territórios das comunidades tradicionais, que hoje se encontram sob ameaça. "Não teremos vida para defender esse governo, se não tivermos nossos territórios", afirmou Eleonice, que reivindicou também a criação de uma Política Nacional para Povos e Comunidades Tradicionais.
O coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, foi enfático ao falar sobre a ameaça de impeachment da presidenta Dilma: "Faço um alerta aos golpistas. Essa turma do Leblon, dos Jardins e do Lago Sul não representam o povo brasileiro". Boulos deixou claro, porém, que o MTST rechaça a política econômica e não aceita que o povo pague a conta da crise. Cobrou da presidenta que o ajuste fiscal deve ser feito usando a taxação das grandes fortunas e dos bancos, e ainda com auditoria da dívida pública.
Para Raimundo Bonfim, coordenador da Central de Movimentos Populares, o ajuste fiscal proposto pelo governo não pode impedir os avanços conquistados. "Queremos a taxação das grandes fortunas, o combate à sonegação, a punição aos que mantêm contas no exterior. Queremos também a manutenção de um diálogo efetivo com o governo, a repetição desse evento e a implementação da pauta eleitoral", disse.

A demarcação das terras indígenas também foi reivindicada por Alexandre Conceição, do MST. Ele pediu ainda a redução dos gastos do governo em publicidade oficial diretamente com a Rede Globo.

POR DEMOCRACIA - Manifestações do dia 20 podem ampliar diálogo de movimento social com população

na Rede Brasil Atual
"Temos uma Câmara de Deputados reacionária, homofóbica e fundamentalista, que tenta reduzir a maioridade penal, mas os meios de comunicação estão focados sempre na Lava Jato", diz ativista
por Eduardo Maretti, da RBA
Manifestação-dia 13
Manifestação de entidades de esquerda no dia 13 de março levou cerca de 100 mil pessoas à Avenida Paulista, em São Paulo

São Paulo – Ao contrário de manifestações contra o governo Dilma Rousseff, como a que ocorreu em 15 de março e a que será realizada no próximo domingo (16), com forte apoio da mídia, atos políticos da sociedade civil estão longe de ter destaque nos meios de comunicação. Para militantes e ativistas, se o ódio ao PT e o clima de impeachment artificialmente criado a partir da crise decorrem também da parcialidade da mídia, a mobilização para o dia 20, em defesa da democracia, podem significar a ampliação do diálogo com a sociedade.
“O dia 20 vai significar para a gente, não um divisor de águas, mas talvez a ampliação de um diálogo melhor com a população, que ainda está bastante perdida, confusa, por ter a versão só de um lado, e muitas vezes de forma distorcida”, avalia Rosina Conceição, da União Brasileira de Mulheres (UBM). “Acho que temos uma mídia hoje que está jogando um papel muito ruim no sentido de diálogo com a sociedade.”
A constatação não é mera retórica política de grupos em busca de espaço político. É um fato verificado por instituições insuspeitas. Em debate promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU) na segunda-feira, no Sindicato dos Jornalistas no Rio de Janeiro, por exemplo, o diretor do Centro de Informação da ONU no Brasil, Giancarlo Summa, sugeriu que no Brasil não há liberdade de expressão democrática. “A liberdade de expressão é um direito humano e não significa somente ausência de censura, mas também a diversidade de ideias e jornalistas trabalhando sem ameaças econômicas ou, até mesmo, contra sua integridade física.”
“A América Latina tem alguns pontos incomuns. De forma geral, a mídia é muito concentrada na mão de poucas empresas, o que não é bom para a democracia”, disse à repórter Marina Vianna, da TVT. No Brasil, seis famílias controlam 90% de toda a receita publicitária pública e privada dos meios de comunicação.
“Na atual conjuntura, a mídia está sinalizando que há uma crise no Brasil. Nós não temos ainda o significado dessa crise. Sabemos que a população e os trabalhadores não estão de acordo com medidas que o governo federal implementou. No entanto, temos uma Câmara de Deputados reacionária, homofóbica e fundamentalista, que tenta reduzir a maioridade penal, por exemplo, mas eles (os meios de comunicação) estão focados sempre na Lava Jato. E em criminalizar o PT e o governo da presidenta Dilma”, lembra Sandra Mariano, da Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen).
Para ela, um dos principais significados das manifestações do dia 20 é que “a população vai para a rua e falar ‘não concordamos com o que a mídia está fazendo’”. Um dos recados da data será “reforçar que temos uma presidenta que foi eleita pela maioria da população brasileira e ela vai governar até o final”, diz.
Uma das principais críticas de entidades civis, como o coletivo Intervozes, aos governos petistas desde os mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) é a falta da “vontade política” que impediu a regulamentação dos meios de comunicação, prevista na Constituição de 1988. O parágrafo 5° do artigo 220 prevê que “os meios de comunicação social não podem, direta ou indiretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio”.
Cinco anos e meio depois de encerrada a Conferência Nacional de Comunicações (Confecom), em dezembro de 2009, e 27 anos após a promulgação da Constituição, a mídia continua oligopolizada e antidemocrática, e os efeitos disso todos conhecem.

Enquanto isso, boa parte dos ativistas aposta na internet como alternativa. “Para nós, a internet é um instrumento  fundamental, pelo papel que tem na vida das pessoas e pela autonomia que a gente tem na internet”, disse Sarah de Roure, da Marcha Mundial das Mulheres.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

"Algumas pessoas não perceberam que a eleição acabou", diz Lula à Marcha das Margaridas

no Instituto Lula

Foto: RIcardo Stuckert / Instituto Lula
Milhares de trabalhadoras do campo, das cidades, das florestas e das águas estiveram presentes na abertura da 5ª edição da Marcha das Margaridasque contou com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na noite desta terça-feira (11), no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O ato é organizado pela Contag.
"Foi a dignidade de vocês que construiu esse país", elogiou Lula, na abertura de seu discurso. "A presidenta Dilma deve estar agora orgulhosa de presidir um país que tem um povo da  qualidade das margaridas que estão aqui hoje", disse o ex-presidente. "Hoje é um dia para celebrar a força das mulheres e do povo brasileiro", continuou.
Lula exaltou a eleição da presidenta Dilma Rousseff: "ousamos eleger uma mulher que aos 20 anos foi presa e torturada. E hoje, com a coragem das mulheres, ninguém ameaçará a democracia", e completou: "se tem uma coisa que o povo brasileiro aprendeu nos últimos anos, foi fazer a sua própria história".
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"Algumas pessoas não perceberam que a eleição acabou dia 26 de outubro e que a Dilma é presidenta deste país", questionou Lula. O ex-presidente relembrou que, diante das dificuldades atuais, "algumas pessoas querem jogar a responsabilidade na presidenta Dilma", e lembrou que "esses que agora se apresentam como solução, entregaram o país quebrado e devendo dinheiro para o FMI".
Lula foi exaltado ao afirmar que está organizando sua agenda para "voltar a viajar este país". "Eu quero ver se nossos adversários estão dispostos a andar por este país e discutir este país como ele precisa ser discutido", desafiou.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, reafirmou dois compromissos: a luta pela reforma agrária e levar as políticas públicas do governo aos agricultores de todo país. "Estaremos juntos sempre para fazermos do Brasil uma pátria justa e solidária", saudou. A ministra da secretária de Mulheres, Eleonora Menicucci, reforçou: "mulher nenhuma pode aceitar o ódio de gênero, o ódio de quem não suporta uma mulher governando este país".
Alessandra Lunas, secretaria de mulheres da Contag, falou sobre a importancia da construcao da democracia participativa. "A marcha das margaridas vai às ruas em defesa da democracia neste momento crucial". A deputada federal Erika Kokay (PT-DF), afirmou que "as margaridas estão aqui para dizer que é preciso construir um país com igualdade entre homens e mulheres".
História
A primeira Marcha das Margaridas foi realizada pela CONTAG no ano 2000, quando cerca de 20 mil mulheres de todas as regiões vieram para Brasília para fortalecer a luta das trabalhadoras do campo, das cidades, das florestas e das águas de todo o Brasil. A 2ª Marcha aconteceu em 2003, quando ainda mais mulheres uniram-se na capital federal por um país mais igualitário e com direitos para todos. Em 2007, com a participação de Lula em seu segundo mandato como presidente, a 3ª Marcha floriu Brasília mais uma vez. Em 2011, mais de 100 mil mulheres marcharam na 4ª Marcha das Margaridas.

Uma Pátria Educadora se faz com educadores de verdade.

por José Gilbert Arruda Martins

O que é um professor (a) de verdade?
Será aquele (a) que trabalha na selva de pedra da grande cidade?
Ou aquele (a) que trabalha na zona rural, longe da tal "civilização"?
O certo, a meu ver, é que somos todos e todas guerreiras e guerreiros para lutar no dia a dia da sala de aula em qualquer lugar desse país.
Somos guerreiros por que além das condições materiais ruins que ainda temos, apesar de todos os avanços dos últimos 12 anos, estamos muito longe, em grande parte das escolas públicas do Brasil, da qualidade e da decência.
Além, na maioria, somos mal remunerados, grande parte dos mais de 5.650 municípios do país, ou não paga o piso, ou paga apenas o piso.
Somos trabalhadores e trabalhadoras em crise financeira permanente, apesar, repito, dos avanços implementados na última década, a remuneração do professor e da professora não condiz com a importância da nossa profissão e da nossa tarefa de construir uma nação ou Pátria Educadora.
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É consenso nacional a prioridade máxima que deve ser atribuída à educação pública básica. Assim, cumpre a nós, gestores educacionais, organizar a agenda e estabelecer estratégias e cronogramas de ações conjuntas para vencermos este desafio. A partir deste horizonte de desafios que UNDIME, CONSED e MEC, articulados, estabeleceram a Iniciativa Educadores do Brasil – uma ação com foco na meta 17 do PNE – valorização dos profissionais do magistério das redes públicas de educação básica – e também na redefinição do papel do diretor a partir da disseminação de boas práticas de gestão entre todas as escolas do Brasil. Essa iniciativa também alinha-se ao conceito de Pátria Educadora, que propõe o avanço na qualificação do ensino a partir de uma organização da cooperação federativa em educação.
Uma das mais importantes diretrizes das políticas públicas educacionais no Brasil é a sua elaboração e execução mediante a colaboração dos entes federados. A organização federativa da educação brasileira e a divisão de responsabilidades entre as diferentes instâncias supõem efetiva articulação e reunião de esforços com o objetivo de alcançar padrões de qualidade que atendam, com equidade, a todas as crianças, jovens e adultos como cidadãos, sujeitos de iguais direitos.
Com base nesses princípios está definida a legislação educacional no País. Seu cumprimento depende de ações de diversos tipos, que se efetivam, entre outras, nas políticas de organização dos sistemas de ensino; de oferta da educação escolar nos diferentes níveis e modalidades; de garantia de acesso e permanência ao longo da trajetória escolar; de financiamento e gestão de recursos financeiros; de alocação de recursos materiais e provimento de adequada infraestrutura e insumos didáticos e pedagógicos; e de valorização dos profissionais da educação.
Não é por acaso que, em vinte metas, o Plano reserva cinco metas voltadas para esses profissionais. São eles obviamente agentes estratégicos na concretização de uma educação de qualidade. É imperativo, portanto, que as políticas educacionais a eles assegurem o devido reconhecimento de sua relevância. Essas são as principais razões que fundamentam a decisão do Ministério da Educação e do Consed de integrar os Prêmios Professores do Brasil e Gestão Escolar. Essa ação se insere no âmbito da Iniciativa Educadores do Brasil, estabelecida pelo MEC, Consed e a Undime, com foco na meta 17 do PNE, de valorização de profissionais do magistério das redes públicas de educação básica e também na redefinição do papel do diretor a partir da disseminação de boas práticas de gestão entre todas as escolas do Brasil. Trata-se de mais uma proposta para promover o avanço na qualificação do ensino a partir de uma organização da cooperação federativa em educação.
Fonte: Portal do MEC

Pagar pelo SUS é distorção no sistema, diz Padilha ao comentar Agenda Brasil

no Portal Saúde Popular
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Ex-ministro da Saúde falou da proposta de cobrança de procedimentos no SUS, durante debate que marcou o lançamento do site Saúde Popular
Da Redação
O ex-ministro da saúde, Alexandre Padilha, criticou nesta terça-feira (11) a proposta da Agenda Brasil de cobrança de alguns procedimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) dependendo da faixa de renda do paciente. “Qualquer proposta que pense o financiamento do SUS, cobrando procedimentos realizados vai provocar uma profunda distorção. Se até no financiamento público você remunerar pelo procedimento já gera distorção na organização do serviço de saúde, imagine se você coloca o financiamento privado?”, pontuou.
A declaração foi feita durante debate “Direito à saúde X Ofensiva conservadora”, que marcou o lançamento do portal Saúde Popular, na capital paulista. Para Padilha, que é o atual secretário de Relações Governamentais da Prefeitura de São Paulo, tal proposta vai no desencontro de eixos estruturantes do SUS e de conquistas históricas.
A Agenda Brasil, apresentada nesta terça-feira no plenário do Senado, pelo presidente da Casa Renan Calheiros, prevê, entre outras medidas, a votação de 27 proposições legislativas. O objetivo delas seria aumentar a confiança dos investidores na economia do país.
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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

MARCHA DA MARGARIDAS - Lula diz não admitir retrocesso e que voltará a viajar pelo país

na Rede Brasil Atual
Ex-presidente afirma que os que agora se apresentam como solução entregaram o país quebrado e desafia: "Quero ver se estão dispostos a andar por este país e discutir este país como precisa"
por Eunice Pereira, para a RBA
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Brasília – “Quem chegou onde a gente chegou, não pode retroceder. Quero dizer que estou preparando meu caminho para voltar a viajar pelo meu país”, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na abertura oficial da 5ª Marcha das Margaridas, ontem (11) à noite. "Eu quero ver se nossos adversários estão dispostos a andar por este país e discutir este país como ele precisa ser discutido", disse.
Lula defendeu a presidenta Dilma Rousseff, pedindo para que ela não seja julgada por uma crise econômica que ela não criou. “A crise não começou no Brasil. Ela começou nos Estados Unidos e na Europa”, afirmou. “Algumas pessoas não perceberam que a eleição acabou dia 26 de outubro e que a Dilma é presidenta deste país.”
O ex-presidente afirmou que os mesmos setores que querem “jogar a responsabilidade das dificuldades atuais à presidenta Dilma” e que se “agora se apresentam como solução, entregaram o país quebrado e devendo dinheiro para o FMI”.
Sobre as ameaças de impeachment da presidenta, Lula definiu como tentativa de dar como inacabada uma campanha eleitoral na qual os adversários saíram derrotados. “Eles não perceberam que a eleição acabou. Eles não saem do palanque”, disse.

O ex-presidente reconheceu que o momento é difícil, mas lembrou que os que hoje pedem o impeachment da presidenta Dilma são os mesmos que, em 2005, falavam em retirá-lo do poder. Porém, tinham consciência de que, para isto, teriam de enfrentar o povo. “Com Dilma não será diferente. Tenho certeza que cada mulher que está aqui, que cada brasileiro, com sua coragem, vai defender esse governo. Ninguém vai barrar o processo democrático”, disse.
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Lula criticou os movimentos de setores que tentam impor retrocessos sociais, como a tentativa de redução da maioridade penal. “Como o Estado pode cobrar de uma pessoa para a qual esse mesmo Estado não deu a formação necessária.”
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, reafirmou dois compromissos: a luta pela reforma agrária e levar políticas públicas aos agricultores de todo país. “Estaremos juntos sempre para fazer do Brasil uma pátria justa e solidária.” A ministra da Secretaria de Mulheres, Eleonora Menicucci, reforçou: “Mulher nenhuma pode aceitar o ódio de gênero, o ódio de quem não suporta uma mulher governando este país”.
A coordenadora da Marcha, Alessandra Lunas, da Secretaria de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), falou sobre a importância da construção da democracia participativa. “A Marcha das Margaridas vai às ruas em defesa da democracia neste momento crucial.”
Com informações do Instituto Lula

5a. Marcha das Margaridas, 100 mil Mulheres Pela Democracia

por José Gilbert Arruda Martins

Nesses tempos difíceis, onde, para governarmos, temos que ir além da vitória eleitoral, é emocionante presenciar o movimento dos Movimentos Sociais como presenciamos no dia de ontem no Estádio Mané Garrincha aqui em Brasília.
Ato de Abertura da 5a. Marcha das Margaridas, Estádio Mané Garrincha em Brasília, com a presença de Lula da Silva

Ontem (11/08), foi a Abertura da 5a. Marcha das Margaridas. O estádio recebeu do Brasil e do mundo, milhares de Mulheres.

O Ato de abertura contou com a presença de dezenas de senadores, deputados e várias autoridades do Partido dos Trabalhadores, do PDT, do PSB, do PCdoB...

E, como não poderia deixar de ser, a Abertura da 5a. Marcha das Margaridas, contou também com a presença ilustre e importante do maior líder popular da América Latina, quiçá do mundo, Luis Inácio Lula da Silva.

Todas as oradoras e oradores foram unânimes, se a direita reacionária mexer com Lula, o Brasil e os Movimentos Sociais irão reagir ferozmente.

Ficou bastante claro o alerta dos Movimentos Sociais representados no ato às elites reacionárias desse país que desejam o destruir a figura de Lula da Silva, derrubar o governo Dilma Roussef e desestabilizar o país.

As Margaridas e todos os Movimentos Sociais do Brasil, estão unidos a favor de Lula, de Dilma e seu governo. Não vai ter golpe. Não permitiremos.

Até mais, estou de saída para fazer história, vou participar da 5a. Marcha das Margaridas, mulheres que, organizadas, unidas e conscientes de sua importância para o país e para o mundo, marcham para mostrar que, infelizmente, a violência contra elas é imensa.

As mulheres do Brasil e do mundo, não sofrem apenas a violência física, sofrem também, por parte da sociedade machista, do sistema capitalista excludente e dos governos, toda forma de exclusão e desamparo. Não existem Políticas Públicas suficientes na maioria dos países e regiões do planeta voltadas para elas.

O Brasil avançou muito com Lula e Dilma na questão das Mulheres, mas ainda falta muito. Crédito, apoio técnico, educação pública de qualidade, saúde pública de qualidade, Reforma Agrária Popular e na visão das Mulheres.

Estamos avançando.

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Com Lula, Marcha das Margaridas deve reunir 100 mil em Brasília

Agência PT de Notícias
Trabalhadoras rurais do Brasil e da América Latina participarão da mobilização no Mané Garrincha, no DF, nos dias 11 e 12 de agosto
Milhares de mulheres do Brasil e da América Latina já começaram desembarcar em Brasília para a 5ª Marcha das Margaridas. O evento, que acontecerá entre terça (11) e quarta-feira (12), terá como tema “Margaridas seguem em Marcha por Desenvolvimento Sustentável com Democracia, Justiça, Autonomia, Igualdade e Liberdade”.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é presença confirmada na abertura do ato, marcada para acontecer às 18h30 no Estádio Nacional Mané Garrincha, na capital federal.
De acordo com secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Piauí (FETAG-PI), Mazé Morais, a Marcha representa um momento de reafirmação política das mulheres, pautado na autonomia, democracia e combate às desigualdades e violência.
“É de fundamental importância esse momento, de fortalecimento, de reconhecimento da luta das mulheres do campo, da floresta e das águas. Um dos nossos pontos principais é a questão da violência contra as mulheres”, ressalta Mazé.
O movimento tem como estratégia a conquista de visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. A marcha, que teve a primeira edição no ano de 2000, foi batizada com esse nome em homenagem à trabalhadora rural e líder sindical, Margarida Alves, assassinada em 1983.
De acordo com Mazé, a edição deste ano tem a expectativa de reunir 100 mil mulheres das cinco regiões do País e de 20 países da América Latina.
“As caravanas com as delegações estão chegando de todo o Brasil e da América Latina. Não tenho dúvidas de que estaremos com esse Mané Garrincha lilás, cheio de margaridas, fortalecendo cada vez mais a luta do movimento sindical de trabalhadoras e trabalhadores rurais deste Brasil”, declara a secretária.
Uma delegação da Marcha das Margaridas se reuniu com a presidenta Dilma Rousseff, na quinta-feira (6), no Palácio do Planalto, para tratar da mobilização. Participaram do encontro a coordenadora-geral da Marcha das Margaridas, Alessandra Lunas; a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci; e os ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto; e do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, além de outras representantes do movimento.
Mazé destaca o compromisso de Dilma em dialogar com a pauta das trabalhadoras do campo. A secretária revelou a expectativa da presença de Dilma durante o ato do movimento.
“Temos a expectativa da presidenta vir à nossa Marcha, dando uma resposta positiva. Não temos dúvida de que, nesse período da marcha, ela não vai conseguir dar respostas a todas as nossas demandas, porque são mais de 400 itens de reivindicação”, ressalta Mazé.
Além disso, a secretária de Jovens Trabalhadores Rurais da Federação de Trabalhadores na Agricultura do Estado de Piauí também garante que a Marcha das Margaridas está com Dilma e não aceitará qualquer movimento golpista.
“A gente não concorda, temos consciência desse processo e não aceitamos o golpe”, destaca Mazé.
Por Guilherme Ferreira, da Agência PT de Notícias

CONTRA O RETROCESSO - Para Vannuchi, atos mostrarão que democracia tem raízes profundas na alma brasileira

na Rede Brasil Atual
Em resposta aos avanços da direita, lideranças políticas e movimentos sociais promovem uma série de atos contra a intolerância e o ódio e pela manutenção do mandato de Dilma Rousseff
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Manifestação repudia ataque a Instituto Lula. Cresce movimento contra onda golpista da extrema-direita
São Paulo – O analista político Paulo Vannuchi, da Rede Brasil Atual, diz hoje (11) em sua coluna diária que as manifestações bem-sucedidas da última sexta-feira (7), como o 'abraço' ao Instituto Lula, e a plenária de movimentos sociais, realizada na quadra do Sindicato dos Bancários, ambas em São Paulo, demonstram que "há toda uma militância que não suporta mais ficar recolhida (...) frente ao avanço golpista, da intolerância e do ódio" e espera que esse momento marque "o ponto de partida de mobilizações que não terminarão mais".
Hoje (11), será ministrada uma aula pública sobre democracia, em frente à Faculdade de Direito no Largo São Francisco, região central de São Paulo, palco de mobilizações históricas na luta contra a ditadura. A iniciativa é da frente Todos pela Democracia, que reúne PT, PCdoB, PDT, PCO e movimentos sociais.
Também nesta terça-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa da Marcha das Margaridas, em Brasília. A marcha de mulheres trabalhadoras rurais, que homenageia Margarida Maria Alves, líder paraibana que foi assassinada por latifundiários, demonstra, segundo o analista, que "também existe uma outra força política, que apoia o período de inclusão social, distribuição de renda, a luta pela reforma agrária, e que quer que isso prossiga, e jamais retroceda ao período neoliberal, ou ao período ditatorial".
Amanhã (12), é a vez de a presidenta Dilma Rousseff se encontrar com as margaridas. No dia seguinte, ela se reunir em plenária com o movimento sindical, movimentos sociais e estudantis, e representantes das igrejas, em mais uma demonstração de "recuperação de fôlego" por parte do governo, segundo o analista.
Vannuchi acredita, ainda, que, salvo se os principais veículos de imprensa repetirem a "articulação descarada", com cobertura privilegiada que estimulava a participação nas últimas manifestações convocadas pela direita, a marcha convocada para o próximo domingo (16) tende a ser menor, "mostrando que também houve um espasmo e que a força dessa direita reacionária é mais um blefe do que algo que tem raízes profundas na alma do povo brasileiro".

O Maranhão da Balaiada, dos Beckmans e dos Flávios diz "Xô golpistas"

O Maranhão que fez história com a Balaiada de 1838, a Revolta de Beckman de 1682, faz agora com a Revolta dos Flávios de 2015, a expressão maior de luta e resistência democrática. Logo o meu Estado, o Maranhão, que sofreu décadas de abandono e dilapidação, aparece aos olhos de todos, como a unidade da Federação a reagir ao golpe em curso.
São Luis

O Maranhão que elegeu Flávio Dino (PCdoB), terra do bumba-boi, terra dos cocais, terra de gente trabalhadora, mas explorada, reagiu ao golpe numa atitude de coragem e de lucidez.

O Estado do Maranhão, que mostrou esta semana ao país que golpe, que ilegalidade não é a saída para o país. Tem uma área de 331.937,450 KM², sendo o segundo maior estado da Região Nordeste e o oitavo maior Estado do Brasil.

Minha terra natal tem uma população de 6 794 298 habitantes. Em termos de Produto Interno Bruto é o 4° mais rico da região Nordeste e o 16/° do Brasil. São Luis, capital, é a cidade mais populosa do Estado.

A presidente Dilma Roussef, entregou esta semana 4.400 unidades do Programa Minha Casa Minha Vida. Cerca de 10 mil pessoas se fizeram presentes no evento, quando o governador discursava o povo presente resolveu, espontaneamente, cantar o que já cantamos aqui em Brasília "Não vai ter golpe".

Os golpistas de plantão devem ter aumentado a dose de rivotril para dormir esta semana depois da demonstração de defesa democrática patrocinada pelos maranhenses.

Esta é uma das alternativas de defesa que todos e todas que sabem da importância da democracia podem fazer por todo o país.

Vamos defender a legalidade dos golpistas de plantão.

com informações do Wikipédia.


segunda-feira, 10 de agosto de 2015

16 de agosto, dia do Sarau pela Democracia

no GGN

Jornal GGN - No próximo domingo, dia 16 de agosto, o Jornal GGN realizará o Sarau Pela Democracia, juntando músicos, intelectuais, personalidades públicas, em uma grande confraternização em homenagem à maior das heranças da Constituição de 1988: a democracia e as liberdades individual e coletiva.
Será a partir das 12 horas na Casa da Cidade, na rua Rodésia 398, Vila Madalena, em São Paulo.
Haverá transmissão ao vivo pela Internet.
Músicos que quiserem aderir ao evento, encaminhem e-mails para lourdes@jornalggn.com.br

Movimentos recebem Dilma no Maranhão e dão recado aos golpistas

no Portal Vermelho

Na manhã desta segunda-feira (10) a presidenta Dilma Rousseff participou de um ato de entrega do Minha Casa, Minha Vida no Maranhão, ao lado do governador Flávio Dino e outras autoridades políticas. Diversos movimentos sociais estiveram presentes e mostram a força do povo que escolheu o projeto político da inclusão social durante as eleições de 2014.

                                                          Roberto Stuckert Filho 

A presidenta Dilma foi recebida com carinho pelo povo maranhense

O presidente nacional da UJS, Renan Alencar, esteve no evento e vê de forma muito positiva a participação popular. “É uma clara demonstração da força política de Dilma, hoje estão aqui mais de 10 mil pessoas e todos muito contentes, saudando e recebendo a presidenta”.

Para o dirigente socialista, a participação do povo é um recado claro aos que vem dando sinais de atentar contra a democracia e desrespeitar a soberania do voto popular. “É um gesto para quem acha que o Brasil está adormecido, para quem acha que não haverá resistência a quem tentar, de maneira descarada, dar um golpe na estabilidade democrática”, diz.

Renan destacou ainda que a entrega das mais de 4 mil moradias populares se dá num momento de crise econômica no Brasil e no mundo, mas ainda assim, o governo federal mantém seu compromisso com os que mais precisam. “Mostra uma clara distinção do projeto eleito em 2014 e prova o compromisso da presidenta Dilma com a população mais necessitada”.

O governador do Maranhão, Flávio Dino, também destacou a participação popular no ato. "Estamos aqui para dar um abraço, a constituição, a democracia, a liberdade e ao mandato da presidenta Dilma. Não aceitaremos golpe!".

Os movimentos sociais presentes demonstraram repúdio às tentativas golpistas e ressaltaram uma vez mais a defesa à democracia e ao desenvolvimento nacional.

O programa Minha Casa, Minha Vida entregou nesta segunda-feira (10) 4.400 casas em São Luís e Caxias, no Maranhão e Campo Grande e Anastacio, no Mato Grosso do Sul.
 

Do Portal Vermelho, Mariana Serafini

Por que apenas um partido político é atacado?

por José Gilbert Arruda Martins
O discurso de ataques ao PT e seus seguidores está mais fácil que comer brigadeiro de colher assistindo seção da tarde.
reprodução PT

Boechar da TV Bandeirantes vomita esse mesmo discurso no rádio e na TV todos os dias, Bonner na Globo, Folha, Estadão, o esgoto Veja, Época etc.

Estamos todos, além de cansados com essa "caganeira" toda, fartos de assistir e ouvir esses ataques.

Não é possível mais, alimentar seus leitores e telespectadores com esse discurso. O PT parece ter envolvimento nas operações de financiamento privado de campanhas, mas não pode ser ele, apenas ele atacado como um ninho de quadrilhas que assaltaram os cofres públicos etc.

As pessoas que escrevem as matérias que todos e todas nós lemos no dia a dia nos canais democráticos do debate político, precisam ter o cuidado para não potencializar as atitudes fascistas contra os petistas, apenas baseados no que a grande imprensa diz ou escreve.

Acho prudente esperar, que as denúncias contra o PT e alguns de seus quadros, sejam efetivamente comprovadas, para aí sim, afirmar que existe uma quadrilha, do contrário, o partido será punido sozinho como o criador da corrupção no Brasil.

Olha o caso da AP 470. Vejam o espetáculo midiático patrocinado pelo STF e o "paladino" da moral o Sr. Joaquim Barbosa.

Olha o que fizeram ao José Dirceu agora, uma prisão por cima de outra prisão. Dirceu enriqueceu com dinheiro de campanha e de propina como defendem alguns promotores? Não sei, quem sabe? A Globo, a Veja o Moro? pelo amor dos deuses, não é inteligente afirmar que o PT sozinho recebeu dinheiro das empreiteiras.

Por que a justiça brasileira não prende os tesoureiros de campanha do PSDB, do DEM e outros partidos que receberam também dinheiro de financiamento de campanha?

Por que apenas do PT?

Parece clara a intenção de destruição do partido.

E, se isso acontecer; as eleições municipais de 2016 podem definir isso, o país estará jogando no lixo uma das poucas instituições que concretamente fez pelos mais pobres.

Se o PT é o sócio mais novo dessa roubalheira toda, pode ter certeza, grande parte dos sócios mais antigos estão todos soltos e rindo da situação. Vibrando com a possibilidade da prisão do maior e mais importante líder popular que a América Latina já produziu.