sábado, 18 de julho de 2015

#CunhaNaCadeia: hashtag lidera Twitter como assunto mais comentado no mundo

no Blog Amigos do Presidente Lula
Twitter: assunto mais comentado no mundo
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) também é o principal assunto do Twitter.  Após ser mencionando em delação premiada de Julio Camargo, que o acusou de pedir propina de 5 milhões de dólares, Cunha provocou uma onda de manifestações no microblog: o principal assunto abordado na rede social no momento é #cunhanacadeia.

O pronunciamento do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em cadeia nacional de rádio e TV, que foi ao ar na noite desta sexta-feira, 17, provocou panelaços na capital paulista e em outros estados brasileiros. De acordo com relatos colhidos pela reportagem do jornal O Estado de São Paulo, houve registro de manifestações contrárias ao presidente da Câmara em bairros como Bela Vista, Jardins, Consolação, Pompeia, Perdizes, Santa Cecília, Higienópolis e na região da Avenida Paulista, bairros, todos de classe média e classe média alta

No Rio

Manifestantes do Rio promovem 'panelaço' durante pronunciamento de Cunha

Vários panelaços de protesto contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), foram promovidos na noite desta sexta-feira, 17, no Rio de Janeiro, durante os cinco minutos em que o deputado federal discursou em rede nacional de rádio e TV.

Houve manifestações em Copacabana, no Flamengo, em Botafogo e Laranjeiras (zona sul), e também em pelo menos dois bairros de Niterói, na Região Metropolitana: Ingá e Icaraí.

Em Copacabana e no Flamengo o protesto se estendeu além dos cinco minutos do pronunciamento de Cunha. Em Laranjeiras, além das panelas, foram usados apitos. No Flamengo chegou a ser ouvido coro de "Fora Cunha". Em Ipanema e Leblon, os bairros mais nobres da cidade, não houve manifestações.Houve pelo menos três atos de protesto contra Cunha no Rio. Eles ocorreram na Cinelândia e na Candelária, na região central, e na praça São Salvador, em Laranjeiras.
Os usuários, sob diversas alegações, pedem a prisão do presidente da Casa. O deputado federal Jean Wyllys (Psol-RJ) é o que possui a publicação mais retuitada e curtida. Ele pede por ‘Cunha na cadeia’ ao afirmar que o peemedebista “tem dezenas de processos de corrupção” e “investe em pauta homofóbica para criar cortina de fumaça”.

Há também aqueles que se aproveitaram da situação delicada do presidente da Casa, sob investigação no Supremo Tribunal Federal em decorrência da Operação Lava Jato, para fazer piadas. “Sabe o que cai bem agora? Isso mesmo, #cunhanacadeia”, tuitou a usuária Rosana Hermann.

A página Juntos!, movimento da juventude do Psol, publicou: “Machista, LGBTfóbico, golpista, senhor das propinas, Mr. Burns do Congresso, inimigo da juventude: esse é o #CunhaNaCadeia #CalaBocaCunha”.

A hashtag é utilizada no microblog para agregar e contabilizar assuntos. Até agora, o tema já foi citado mais de 32 mil vezes e assumiu a dianteira das publicações mundiais da rede.

Enquanto isso, no Facebook…

Se na esfera legislativa Cunha provoca rebuliços, com as pedaladas em plenário e o rompimento com o governo, na esfera virtual, o presidente da Câmara pouco será ouvido. Pelo menos é o que promete evento agendado para a noite desta sexta-feira (17).  Mais de 65 mil usuários do Facebook prometeram fazer muito barulho durante pronunciamento de Cunha em cadeia nacional de rádio e TV.

O peemedebista deverá fazer um balanço da Casa legislativa. Ele abordará projetos polêmicos como a redução da maioridade penal e financiamento privado. Neste mesmo tempo, os confirmados no evento se dispuserem a usar apitos, latas, tambores e até as famosas panelas.

E na imprensa....

Cunha já inicia retaliação ao governo e autoriza CPIs do BNDES e fundos de pensão

na Rede Brasil Atual
Canetada do deputado aconteceu menos de quatro horas após ele oficializar o rompimento e depois de ter dito que teria uma postura institucional à frente do cargo
por Hylda Cavalcanti, da RBA
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Cunha deixou de autorizar CPI sobre violência contra mulheres e desabastecimento de água

Brasília – Menos de quatro horas após o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), anunciar seu rompimento com o governo, ele já deu início às suas investidas contra o Executivo. Cunha afirmou que embora estivesse deixando a base aliada, atuaria no cargo de forma institucional, dando a entender que teria uma posição imparcial. Mas os sinais de vingança ficaram explícitos com a confirmação, pela mesa diretora da Câmara, no final da tarde de hoje (17), da assinatura de documentos que possibilitam a instalação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs): a do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a dos Fundos de Pensão. Ambas são consideradas negativas para o governo, num período de crise de governabilidade, e vinham sendo alvo de articulações por parte da base aliada para que fossem evitadas neste momento.
No caso da CPI do BNDES, Cunha já autorizou a instalação, uma vez que foram apresentados outros trâmites para sua criação anteriormente. A comissão terá como objetivo investigar as linhas de crédito autorizadas pelo banco nos últimos anos – depois de críticas diversas feitas pelo PSDB e outras legendas oposicionistas sobre a administração do órgão. Já em relação à dos Fundos de Pensão, o deputado apenas deferiu o requerimento que pede a instalação da CPI, devendo ainda, este requerimento passar por alguns ritos regimentais que levarão à criação.
Mesmo assim, a posição do parlamentar deixa poucas chances para esta segunda comissão não ser instalada, uma vez que para permitir o seu funcionamento – já que existe um número limitado de CPIs na Casa – o presidente rejeitou pedidos de requerimento para a criação de outras quatro comissões: do setor elétrico, de mulheres em situação de violência, de desabastecimento d'água e de telefonia.
Sem falar que a CPI dos fundos de pensão tem sido uma investida cobrada nas últimas semanas, também por senadores diversos. Até lá, Cunha vai aguardar o encerramento da CPI do sistema carcerário, para que haja espaço para a instalação da CPI dos fundos de pensão.
Antes de concluir o expediente, uma vez que o Congresso só passará a ter atividades legislativas efetivas a partir de 6 de agosto (quando acabará o recesso), Eduardo Cunha também autorizou a criação das CPI dos crimes cibernéticos e da CPI dos maus-tratos a animais.
Entre os parlamentares que ainda repercutem os acontecimentos deste dia tenso na capital do país, a avaliação é de que Cunha deixou clara, com a canetada, sua estratégia de partir para o ataque, conforme todo mundo esperava. “Não me engolem no Palácio do Planalto”, chegou a afirmar, durante entrevista coletiva nesta sexta-feira, quando anunciou a sua saída da base aliada do governo.

* Com agências

sexta-feira, 17 de julho de 2015

Plano de Obras 2015 do governo Rollemberg

O Blog do professor Gilbert, reproduz matéria do Deputado do PT do Distrito Federal Chico Vigilante, que fala sobre o pacote de obras lançado pelo Governo Rodrigo Rollemberg. Leia!

por Chico Vigilante*

Nesta quinta-feira, 16 de julho, o Governador Rollemberg apresentou o Plano de Obras 2015 com orçamento de 5 bilhões de reais.

1 - A primeira constatação é que se trata de um documento contendo , em sua maioria, obras criadas no Governo Agnelo, sendo que, muitas destas obras, foi o próprios Rollemberg que determinou a interrupção no início do ano devido à informação, nunca confirmada, de falta de recursos. Essa interrupção das obras contribuiu, inclusive, para o aumento do desemprego na construção civil no DF.

Obras como: a construção de novo bloco no Hospital da Criança, restauração do Espaço renato Russo, restauração do Museu de Arte de Brasília, conclusão e reforma de nove terminais rodoviários, construção de um túnel rodoviário em Taguatinga, todas apresentadas com pompa pelo governador, foram discutidas e criadas pelo Governo Agnelo.

O governador deveria ao menos ter a humildade de reconhecer os feitos do seu antecessor.

2 - A segunda análise a ser feita é que, ao lançar um ambicioso plano de obras, com orçamento de 5 bilhões de reais, o governador faz cair por terra, em definitivo, a falácia empregada desde o início do ano de que não tinha dinheiro em caixa do governo.

Ou seja, a população do Distrito Federal passou o primeiro semestre inteiro ouvindo do Governo a mentira de que não havia recursos. A situação chegou ao cúmulo do GDF aterrorizar os seus próprios servidores ameaçando não pagar os salários no fim do ano.

É lamentável que o governador Rollemberg , usando da desculpa esfarrapada da falta de dinheiro, tenha parado por seis meses o andamento de obras importantes para a cidade e, agora, retome esses mesmos empreendimentos sob pretexto de propaganda e marketing e tentar desviar a atenção da população para os desfeitos da sua administração.

*Chico Vigilante é deputado distrital do Partido dos Trabalhadores em Brasília-DF

A Face Não Oculta de Eduardo Cunha

por José Gilbert Arruda Martins

Eduardo Cunha é parte da parte mais suja da política defendida pelas elites no Brasil. Hoje (17/06), usará o palanque mais importante e abrangente nacionalmente, o rádio e a TV,  para falar ao Povão o que ele patrocinou contra o próprio Povo.

Da agenda de produtividade defendida por ele e seus lacaios, qual ponto concretamente é de interesse da sociedade como um todo? Nenhum.

Cunha faz parte da política do "é dando que se recebe", da política atrasada e desonesta do "toma lá, dá cá", são formas maquiavélicas do fazer política, típica de regimes atrasados e autoritários, não cabem numa democracia, mesmo a nossa que está em processo de construção.

Em matéria publicada no GGN de Luis Nassif , o internauta pode acompanhar um pouco da vida "ficha suja" do parlamentar, que hoje é uma das figuras mais forte da República.

"São 22 processos e, entre eles, três inquéritos que apuram possíveis crimes cometidos por Cunha na época em que foi presidente da  Companhia de Habitação do EStado do Rio de Janeiro (CEHB-RJ), entre 1999 e 2000. Denúncias vão desde falsificação de documentos até manipulação de licitações." http://jornalggn.com.br/blog/as-acoes-que-correm-contra-eduardo-cunha
 O nobre deputado, inclusive, já ameaçou o blog e o blogueiro Luis Nassif, por conta dessa matéria. Outro fato típico do velho coronelismo que reinava no país durante grande parte da denominada "República Velha".

Definitivamente não temos o que comemorar, o atual presidente da Câmara Federal, está violentando, não apenas o Regimento da casa, mas desmontando a democracia e a cidadania brasileira.

Hoje é dia de protesto, mais um...

Grupo de 18 deputados divulga documento em protesto à agenda negativa de Cunha

na Rede Brasil Atual
Parlamentares do Psol, PSB, PPS, PDT e Pros elencaram 15 itens que chamaram de “desmandos e desserviços” do presidente e prometem resistir por meio das suas atuações legislativas
por Hylda Cavalcanti, da RBA
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Documento ressalta que Cunha sustenta-se sobre uma base de deputados e líderes que corroboram seus métodos

Brasília – Em contrapartida ao pronunciamento a ser feito pelo presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pela televisão amanhã (17) e a divulgação da chamada agenda de produtividade que ele promete destacar na divulgação de um balanço ainda hoje, um grupo de 18 parlamentares do Psol, PSB, PPS, PDT e Pros, que faz oposição ao peemedebista divulgou no início da tarde de hoje (16) uma lista intitulada “Agenda Negativa” de Cunha. O documento elenca 15 pontos tidos como arbitrários, autoritários e que corresponderam a “desserviços à nação”.
De acordo com essa "agenda negativa", apesar de o presidente dar como certo, no seu balanço de seis meses de gestão, que fez avanços em sua administração, o que se viu, segundo esses deputados, foram métodos e posições políticas "individualistas, autoritárias e conservadoras”.
“Cunha sustenta-se sobre uma base de deputados e líderes que corroboram seus métodos e posições políticas. Cresce, porém, a resistência dentro e fora do Parlamento”, acentuaram os parlamentares, entre eles o líder do Psol, Chico Alencar (RJ), Glauber Braga (PSB-RJ) e Luiza Erundina (PSB-SP).
Em relação à parte de matérias legislativas, a primeira atitude citada foi o engavetamento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Planos de Saúde. A CPI foi protocolada na casa logo nos primeiros dias do ano legislativo, e os deputados que assinam o documento destacam que isso aconteceu porque entre os financiadores de campanha de Cunha estão várias empresas do setor. Como se não bastasse, também foi redigida por ele uma emenda à Medida Provisória 627, que anistiou tais operadoras em aproximadamente R$ 2 bilhões.
“Por estes poucos exemplos dá para se ver que as ações do atual presidente encobrem grave redução da democracia. Continuaremos fiéis aos propósitos dos que nos colocaram aqui como representantes de cidadãos que lutam por um parlamento democrático e transparente, e por um país mais justo e igualitário”, afirmou Chico Alencar.

Pautas conservadoras

O grupo acusa Cunha de ter instalado comissões especiais a partir de uma pauta conservadora para atender a pedidos de bancadas “temáticas” que o apoiaram na eleição para a presidência da Câmara, caso da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 215, que trata da demarcação de terras indígenas (está em tramitação e repassa para o Congresso a decisão sobre demarcar ou não estas terras). A matéria foi tida como um dos principais objetos de pressão por parte da bancada ruralista nos últimos meses.
Também estão incluídas nestas pautas conservadoras, as PECs da revisão do Estatuto do Desarmamento, a do chamado Estatuto da Família – em tramitação, que rejeita como agrupamento familiar casais que não sejam formados por homem e mulher, deixando de fora os homossexuais – e a PEC 171, da redução da maioridade penal.
Para o deputado Glauber Braga, o presidente é "um ditador que não tem limite quando o assunto é poder”. Erundina disse que a gestão de Cunha "é marcada pelo domínio de influências conservadoras não apenas no plenário, mas também nas comissões técnicas". “Os espaços onde conseguíamos interferir não existem mais. Precisamos, a partir do diálogo com a sociedade e os movimentos sociais, resistir a tudo isso”, ressaltou.

Votações ‘açodadas’

Outra crítica feita pelo grupo a Cunha foi a aceleração de projetos de lei votados sem que houvesse tempo para melhor discussão em plenário e com a sociedade, como o PL 4.330, da terceirização.
O texto também aborda as medidas provisórias 664 e 665, encaminhadas pelo Executivo ao Congresso e que fazem parte do ajuste fiscal do governo. Os deputados que endossam a nota enfatizam que as duas matérias “restringiram direitos trabalhistas e previdenciários e foram apoiadas por Eduardo Cunha”. As medidas mudaram regras para concessão de benefícios como auxílio-doença, seguro-defeso, abono salarial, seguro-desemprego e pensão por morte.
Em relação à reforma política, os deputados ressaltam as estratégias adotadas pelo presidente da Câmara, no sentido de ele ter “trabalhado nos bastidores para que o relatório da comissão especial que abordou a PEC não fosse votado e impôs a ida ao plenário de um outro relatório”.  Neste quesito, é destacado o fato de a Câmara ter aprovado a inclusão do financiamento empresarial para partidos e campanhas na Constituição um dia depois da mesma matéria ter sido rejeitada no plenário, em flagrante quebra de regimento.
Um procedimento que, lembram os deputados, foi repetido durante a votação da PEC 171. Outros itens citados foram o projeto de lei da minirreforma eleitoral, votado antes mesmo da votação em segundo turno da parte constitucional da reforma política.

‘Sob suspeita’

No tocante à postura pessoal de Cunha, o documento afirma que “a Câmara nunca esteve tão sob suspeita” e critica o fato de terem se avolumado as denúncias envolvendo Cunha referentes a supostas pressões sobre empresas e iniciativas nebulosas, como no caso da CPI da Petrobras – que o incluiu na lista encaminhada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entre os políticos a serem investigados. Também pedidos de sindicância da corregedoria da casa contra os 23 parlamentares que estão sendo investigados pela Lava Jato estão, conforme o texto, há 126 dias sem nem sequer terem sido despachados pela presidência da casa.
Os deputados lembraram a iniciativa de aprovar a construção de um novo anexo na Câmara, que terá parte da área transformada numa espécie de shopping center para atendimento aos parlamentares, além do fechamento das galerias para militantes e todas as pessoas interessadas em acompanhar as votações em plenário, "inclusive com o uso da força, por meio da ação da polícia legislativa". Citaram ainda as mudanças promovidas nas áreas de Comunicação Social e na área administrativa como um todo, "por meio de manobras regimentais que criaram um ambiente de teor e insatisfação entre os servidores".
O deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) também reclamou da postura do colega de partido. “Estamos trabalhando de forma precipitada e desordenada, atropelando discussões. O açodamento, a pressa e a desorganização passaram a marcar o dia a dia da Câmara. Não é correto trabalhar de forma medíocre e confusa, como foi feito neste semestre", declarou ele, que não assina o documento, ao Jornal da Câmara de ontem.

Nas redes sociais, vários manifestantes estão se organizando com "panelaços" para protestar contra o pronunciamento do presidente da Câmara, em cadeia nacional de rádio e TV, na noite desta sexta-feira.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Rollemberg elimina estratégias e sanciona PDE com prejuízo ao magistério

no Portal do Sinpro-DF
Os professores e professoras da rede pública de ensino levam outro golpe do Governo do Distrito Federal (GDF). Ao sancionar o Plano Distrital de Educação (PDE), nessa terça-feira (14), o governador Rodrigo Rollemberg veta uma série de estratégias estruturais, sobretudo na Meta 17, que trata da isonomia salarial com as médias das carreiras de nível superior do GDF.
Os professores e professoras da rede pública de ensino levam outro golpe do Governo do Distrito Federal (GDF). Ao sancionar o Plano Distrital de Educação (PDE), nessa terça-feira (14), o governador...
O governador vetou várias estratégias importantes que podem proporcionar a valorização profissional da carreira do magistério público, tentando esvaziar, com isso, a aplicabilidade da Meta 17. Um exemplo é o corte na Estratégia 17.4 que dá conta plano de saúde.
Essa estratégia é essencial para valorizar a carreira e faz parte da agenda de lutas do (a) professor (a). Tanto é que ela foi inserta no PDE como uma estratégia de valorização da carreira, a qual, no conjunto de estratégias, seria importante para que o governo pensasse, refletisse e agisse para efetivar esse tema nos próximos anos.
Esse é um dos vetos que denotam e reafirmam o tom autoritário e a falta de diálogo do governo Rollemberg com trabalhadores(as) e revelam também que este governo não tem compromisso com a educação. Numa breve análise dos vetos, observamos que o governador vetou os artigos que lhe impunham metas de curto e médio prazo, justamente o que caracterizam as Metas 17 e 18, que se referem à valorização dos profissionais e ao plano de carreira.
Logo no início do texto da lei, ele vetou o artigo 3º, o qual afirmava que as metas devem ser cumpridas nos prazos estabelecidos pelo PDE, quer seja dentro do período de sua vigência – de dez anos –, quer seja nos prazos expresso nas metas e estratégias.
O parágrafo único do artigo 9º, também vetado, se referia aos prazos de execução de forma proporcional e progressiva. A meta que mais sofreu vetos foi a 12, que se refere à educação superior. Foram suprimidas todas as estratégias que envolviam criar universidades, ampliar vagas ou abrir novos campi, quebrando com isso um dos fios condutores que conectam o PDE ao Plano Nacional de Educação (PNE).
Foram vetadas muitas estratégias que se referiam à construção de escolas, adequação de espaço e de estrutura. As metas referentes à EJA, à educação especial e à educação no sistema prisional também receberam consideráveis prejuízos. Com os vetos do governador Rollemberg ao PDE é possível realizar a leitura de que os setores mais vulneráveis, mais uma vez, foram os que sofreram mais perdas.
Está claro, também, que a capacitação de profissionais, da carreira Assistência e de atendimento a pessoas com deficiência, por exemplo, não é prioridade para este governo, tampouco a abertura de vagas na rede pública de educação por meio de concursos públicos, itens que foram minuciosamente retirados do PDE.
A Estratégia 19.4, que versava sobre a criação da Lei de Responsabilidade Educacional (LRE) também foi vetada. Embora a nota emitida pela Secretaria de Educação (SEDF) sobre a sanção indique que “o texto estabelece ainda o limite de um ano para que o Executivo envie à Câmara Legislativa projeto de lei com o objetivo de instituir a responsabilidade educacional, a estratégia foi vetada. Basta ver o texto da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n° 101, de 4 de maio de 2000), o qual estabelece que, por meio da norma, poderá haver punição para “gestores que descumprirem obrigações ou desperdiçarem recursos destinados ao ensino”. Isso significa que a meta foi vetada.
Por fim, está prejudicada também a ampliação de recursos para a educação, uma vez que, ainda que aprovada a evolução da vinculação de recursos relativos ao PIB, foi suprimida a estratégia 20.6, que visava ao “aumento dos recursos vinculados à educação de 25% para no mínimo 30% da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de transferências”.
Confira aqui o documento do governo e, a seguir, os vetos do governador:Plano_distrital_de_educacao

quarta-feira, 15 de julho de 2015

Vida longa ao Papa!

por José Gilbert Arruda Martins
Para fazer as mudanças que a Igreja católica precisa, não será da noite para o dia, requer um tempo de anunciação, de preparação, educação social e implementação.

As mudanças que a sociedade, católica ou não, precisa, exige profundidade de propósitos, e o Papa parece que entendeu.

O Papa Francisco, o primeiro em dois mil anos, de fora da Europa, já está fazendo História. Essa viagem à América latina, em visita aos três mais pobres países da região já deve ser encarado como um avanço, os Papas anteriores, além de cheios de pompas, eram distantes do Povo.

As críticas do pontífice ao sistema capitalista são muito bem vindas, espero que produza pelo menos o início de mudanças significativas à toda sociedade humana.

O sistema capitalista é profundamente excludente, e o Papa enxerga isso e, de forma clara, vem pautando suas falas também em cima dessa questão que precisa ser debatida e aprofundada urgentemente.

A América Latina é uma das regiões mais lindas do mundo, de um Povo maravilhoso e trabalhador, merece, portanto, governos e sistemas econômicos voltados a solucionar problemas ligados diretamente a eles - Povo -, como, por exemplo, o tema da distribuição da riqueza e da Reforma Agrária Popular.

Distribuição de riqueza e reforma agrária popular, exigem medidas que não serão fáceis de serem tratadas, por que irão mexer em privilégios de uma minoria de ricos que montaram nas riquezas do continente e não irão permitir as transformações que precisamos fazer.

Por isso as palavras do chefe da Igreja católicas são importantes para servir como catalizador para agregarmos as forças necessárias para as grandes mudanças e transformações que a América latina começa a fazer.

Precisamos, no entanto, empolgar as cúpulas católicas dos diversos países da região, tem muitos cardeais, bispos e padres que não gostam do cheiro do Povo e, muito menos de ajudar a fazer as transformações econômicas, sociais, culturais e políticas que a América e o mundo precisão fazer.

São religiosos distantes dos interesses dos trabalhadores e do Povo pobre, muitos desses religiosos nunca irão apoiar nenhum movimento que retire dos ricos, pelo menos uma parte, e entregue ao Povo, esses deveriam largar o osso e fazer outra coisa ligada às elites e abandonar de vez o sacerdócio, suas atitudes não combinam com a Igreja nem do velho e, muito menos do novo Francisco.

Para católicos, projeto do papa mistura Teologia da Libertação e Francisco de Assis

na Rede Brasil Atual
Condução cuidadosa, mas firme, por Francisco, de questões com alto potencial político, parece também encontrar eco no público talvez mais importante que o papa pode atingir, os jovens
por Eduardo Maretti, da RBA
Papa Francisco
Papa é recebido por multidão em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, um dois países mais pobres do continente

São Paulo – A viagem do papa Francisco à América do Sul parece ter finalmente mostrado que as diretrizes escolhidas pelo pontífice, cada vez mais comentadas por católicos progressistas, são de fato reais, e não meros jogos de palavras. O fato de ele ter escolhido três países entre os mais pobres do subcontinente – Equador, Bolívia, Paraguai – foi notado inclusive pela imprensa europeia.
“Estou vendo como extremamente positivo o pontificado de um papa que se se afina com os pressupostos da Teologia da Libertação. Nessa viagem à América Latina, ele fez uma nítida opção pelos pobres e uma crítica contundente ao sistema capitalista”, observa o escritor Frei Betto.
Em missa celebrada em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, o pontífice perguntou:  "Reconhecemos que este sistema impôs a lógica dos lucros a qualquer custo, sem pensar na exclusão social ou na destruição da natureza?" Na capital La Paz, ele disse que a lógica do consumismo busca transformar tudo em objeto de troca. Segundo o papa, trata-se de “uma lógica que pretende deixar espaço para poucos, descartando todos aqueles que não produzem, que não se consideram aptos ou dignos porque, aparentemente, não geram resultados".
Para Frei Betto, a encíclica papal, a primeira de seu pontificado (divulgada em junho), é o documento mais avançado sobre o tema (meio ambiente) que se produziu até hoje, no âmbito da humanidade. Ele avalia a encíclica como superior a outros documentos, surgidos em cúpulas mundiais (como a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro). “Nem a Carta da Terra é tão contundente, crítica, analítica e abrangente, porque vincula o tema à questão social dizendo que os pobres são as principais vítimas da devastação da Terra.”
A condução cuidadosa, mas firme, por Francisco, de questões com alto potencial político, parece também encontrar eco no público talvez mais importante que o papa pode atingir, os jovens.
Eduardo Brasileiro, da Pastoral da Juventude e membro da Igreja Povo de Deus em Movimento, de Itaquera (zona leste de São Paulo), que esteve na Bolívia como integrante dos movimentos sociais que acompanharam a visita do papa, concorda que a viagem consolidou “um projeto”.  “E o projeto dele encanta porque é o projeto de Francisco de Assis. É um projeto de diálogo, de fazer pontes”, afirma. Na opinião do jovem, a imagem que fica do encontro com os movimentos sociais na passagem pela América é que “ele fez uma grande sinalização para os movimentos populares entrarem num movimento de unidade”.
Eduardo considera importante observar o fato de um líder religioso “entrar no espaço político” com a proposta do diálogo. “É diferente dos outros, que vinham com uma carga muito forte de regras para cima das pessoas, e não de diálogo. Ele ouve as pessoas, isso é o que mais marca o papa. É um marco na história da Igreja e também na política, porque é um líder religioso que vai dialogar com governos populares, que priorizam o povo.”
Como se sabe, os dois últimos papas, João Paulo II e Bento XVI, que comandaram o Vaticano de 1978 a 2005, eram ultraconservadores e claramente perseguiram as alas progressistas no mundo todo.
Para Regina Soares Jurkewicz, doutora em ciência da religião e membro do grupo Católicas pelo Direito de Decidir, Francisco tem tido posições que valorizam muito mais o ser humano do que "as pompas que o Vaticano oferece”.
Regina também destaca o tema da encíclica. “O meio ambiente é um tema urgente para a sociedade.” O pontificado de Francisco é ainda “um caminho muito interessante no sentido de uma proposta de igreja focada na realidade das pessoas mais empobrecidas, em favor da justiça social”. Ela lembra ainda que Francisco está “enfrentando as contradições e corrupção na Cúria Romana”.
Em setembro de 2014, o cardeal polonês Jozef Wesolowski, de 66 anos, foi preso por “abuso de menores”, de acordo com o porta-voz papal, Federico Lombardi, por ordem pessoal do papa. Em fevereiro deste ano o Vaticano fez outro gesto significativo e “sem precedentes”, segundo alguns veículos de imprensa europeia, ao receber um grupo de lésbicas e gays católicos, dos Estados Unidos, em audiência geral semanal com o papa Francisco.
Regina avalia que, apesar de Francisco possuir “uma maneira de ser simples, uma posição verdadeira no campo das questões ligadas à justiça social”, ou seja, franciscana, há necessidade de evoluir no campo moral e no que diz respeito aos direitos LGBTs e das mulheres. Segundo ela, o papa não propôs mudanças concretas quanto a questões ligadas à presença da mulher dentro da igreja e a questões da sexualidade.
“Precisava reconhecer que já existe um caminho pensado por teólogas feministas. Reconhecer a necessidade de alterações profundas. Favorecer o acesso ao sacerdócio das mulheres. O papa não tem dado demonstrações nesse sentido.”
Porém, ela reconhece que é uma tarefa complexa para o papa. “Isso mexe no âmago da doutrina. É difícil acreditar que mude, mas outras igrejas reconheceram as mulheres como pastoras, bispas. A Igreja Anglicana, por exemplo.”
Já para Eduardo Brasileiro, da Pastoral da Juventude, o fato de o Vaticano ter recebido um grupo LGBT em audiência geral no Vaticano já é muito significativo. “Acho muito importante. Não cabe tudo ao papa. O papa sinaliza avanços, mas sabe que nem tudo está na mão dele.” Para ele, o papa é muito habilidoso politicamente, pois não mistura o que é necessário para a sociedade e para a igreja. “Acho que ele é muito cuidadoso em tudo o que faz. Dentro do estado laico, ele deixa claro que as pessoas não podem ser vítimas de preconceito, que têm o direito de ser o que quiserem ser. Mas dentro da igreja não pode simplesmente jogar as questões sem fazer o processo educativo, para que aos poucos as pessoas comecem a ter a aceitação dentro da moral católica.”
Existem expectativas sobre o que será debatido e quais os resultados do sínodo (assembleia geral ordinária) que vai acontecer no Vaticano entre os dias 4 e 25 de outubro deste ano, que discutirá o tema “A Vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”.

A cruz de Evo

Para Frei Betto, a importante e histórica viagem de Francisco à América do Sul teve um momento constrangedor. “O (presidente da Bolívia) Evo Morales poderia tê-lo poupado daquele presente do Cristo pregado na foice e martelo. Achei aquilo uma coisa constrangedora. A esquerda de vez em quando comete essas bobagens”, critica.
Na opinião de Eduardo Brasileiro, o gesto em que o papa recebe a cruz de Evo tem uma importância simbólica e de linguagem. “Significa muito, porque é um líder da igreja que sempre acolheu outros tipos de martírio que não esses, que representam as lutas por direitos humanos na América Latina por terra, teto e trabalho, as pessoas que morreram.”

“Pontificado breve”

Mas se as “sementes” de uma nova igreja vão frutificar, vai depender principalmente do tempo do pontificado. "Tenho a sensação que meu pontificado será breve. Quatro ou cinco anos. Não sei, ou dois, ou três. Pelo menos dois já passaram. É como uma sensação vaga”, declarou o papa.
“Ele lançou as sementes legitimando a ação de milhões de cristãos pelo mundo afora. Se isso vai envolver toda igreja, não dá para prever. Depende de quanto ele vai viver, quanto vai conseguir implementar a reforma que quer fazer na igreja. Se ele morrer amanhã e elegerem um papa conservador, volta tudo atrás” avalia Frei Betto. “Não houve tempo suficiente para que a presença de Francisco se impregnasse no conjunto da igreja.”
O jovem Eduardo Brasileiro também deseja vida longa ao papa. “Se ele morre, espero que não aconteça, ficaria um buraco e não daria para consolidar muita coisa.”

Em carta entregue pelos movimentos sociais católicos ao papa, em sua passagem pela América, o primeiro dos sete tópicos enumerados pelos jovens foi o “indiferentismo do clero”, segundo o qual “Francisco, Bispo de Roma, ainda não foi incorporado em muitas das Dioceses do Brasil”. “Caminhando para o terceiro ano de seu ministério apostólico, não vemos entusiasmo e efetivo empenho pastoral em fazer do ‘Evangelho da Alegria’ referencial das práticas pastorais”, diz a carta.

Resolução CFC n.º 750/93

(Esta Resolução possui o Apêndice II aprovado pela Resolução CFC nº 1111/07).
Dispõe sobre os Princípios de
Contabilidade (PC). (Redação dada pela
Resolução CFC nº. 1.282/10)
O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO a necessidade de prover fundamentação apropriada para interpretação e aplicação das Normas Brasileiras de Contabilidade, (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
RESOLVE:
CAPÍTULO I
DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA
Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por esta Resolução.
§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória
no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).
§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações
concretas e a essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
CAPÍTULO II
DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO
Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência
das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio
das entidades. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução
CFC nº. 1.282/10)
I) o da ENTIDADE;
II) o da CONTINUIDADE;
III) o da OPORTUNIDADE;
IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL;
VI) o da COMPETÊNCIA; e
VII) o da PRUDÊNCIA.
SEÇÃO I
O PRINCÍPIO DA ENTIDADE
Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins
lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.
Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.
SEÇÃO II
O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE
Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade
continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
SEÇÃO III
O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE
Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de
mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.
Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
SEÇÃO IV
O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL
Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina
que os componentes do patrimônio devem ser inicialmente registrados pelos valores originais das transações, expressos em moeda nacional.
§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em
graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:
I – Custo histórico. Os ativos são registrados pelos valores pagos
ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e
II – Variação do custo histórico. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações decorrentes dos seguintes fatores:
a) Custo corrente. Os ativos são reconhecidos pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não
descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na data ou no período das demonstrações contábeis;
b) Valor realizável. Os ativos são mantidos pelos valores em
caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;
c) Valor presente. Os ativos são mantidos pelo valor presente,
descontado do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações da Entidade;
d) Valor justo. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou
um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma transação sem favorecimentos; e
e) Atualização monetária. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.
§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:
I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;
II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores
das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por consequência, o do Patrimônio Líquido; e
III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas
tão somente o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
SEÇÃO VI
O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA
Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das
transações e outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.
Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a
simultaneidade da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
SEÇÃO VII
O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA
Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.
Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de
certo grau de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que
passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade
constitui infração nas alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de 1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)
Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução
entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 1994.

Brasília, 29 de dezembro de 1993.
Contador IVAN CARLOS GATTI

Presidente