por José Gilbert Arruda Martins (Pai, Professor e, agora, blogueiro)
Ontem foi dia de festa em nossas almas e corações. Nosso filhote Davi concluiu a Educação Infantil que é parte importante para sua formação como pessoa, como profissional no futuro e, o que é mais importante, como cidadão crítico e reflexivo.
Sempre levamos a sério a formação dos nosso filhos e filha. Sempre debatemos com eles a importância de uma boa formação. Não apenas para trabalhar e ganhar dinheiro, é claro, isso é importante, necessitamos pagar nossas contas e viver com dignidade, mas, antes de qualquer coisa, formar-se para servir, a si e aos outros, à sociedade, às pessoas.
Principalmente quando somos alunos e alunas de Escola Pública. Temos a obrigação de darmos o retorno no presente e no futuro.
Parabéns filhote, estamos orgulhosos, toda a sua família vibra e te congratula com a conclusão desta primeira etapa. Estude sempre, pois a vida é, principalmente, para estudar e ser feliz.
Aproveitei para postar um excelente texto sobre a formação de crianças logo abaixo. Aproveitem!
Profa. Karine e o aluno Davi
A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo
Autor: Isabelly Goulart
Data: 29/06/2010
Fonte: http://www.pedagogia.com.br/artigos/criticoreflexivo/
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Resumo:
A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo é um assunto que deve ser afirmado frente aos profissionais da Educação, observando a diferença, no 1º ano do Ensino fundamental, entre os alunos que cursaram e não cursaram a Educação Infantil; e esclarecendo de que maneira essa etapa da educação pode contribuir na formação cognitiva e social do homem. Essa etapa educacional apresenta elevado valor, uma vez que durante esse período da vida é formada a personalidade da criança, determinando fatores que influenciarão no adulto em que se tornará. Contudo, ainda não há considerável conhecimento e valorização dessa etapa de ensino; tornando-se necessária a divulgação de seus benefícios e sua significativa colaboração na melhoria da qualidade de vida.
Foram utilizadas para a realização desse trabalho: pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, onde os resultados obtidos enfatizaram a importância dessa primeira etapa de ensino, uma vez que os entrevistados que cursaram a Educação Infantil, apresentaram maior segurança social e cognitiva.
As primeiras experiências são as que marcam mais profundamente a pessoa, e quando positivas, tendem a reforçar, ao longo da vida, as atitudes de autoconfiança, de cooperação, solidariedade, responsabilidade.
A Educação Infantil é algo mágico, único e essencial na vida do homem; que "canta e encanta" a quem a ela tem acesso; sendo rico e engrandecedor acompanhar o desenvolvimento desses pequenos seres durante essa etapa de suas vidas. É incrível a percepção da capacidade de aprendizado das crianças, sua receptividade, carinho e pureza, e o que uma educação de qualidade e devidamente adequada ao desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional, vivenciado por elas, pode fazer em suas histórias.
Para Antunes (2006) se a ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases para as competências e habilidades desenvolvidas ao longo da existência humana, prova-se que a etapa educacional referente a essa faixa etária é imprescindível para o seu desenvolvimento. Todavia, surge à seguinte reflexão: a Educação Infantil pode realmente contribuir na formação de um cidadão crítico e reflexivo, cognitiva e socialmente?
Com intuito de responder a problematização acima, propõe-se como objetivo geral afirmar a importância da Educação Infantil para a formação crítica e reflexiva do cidadão frente à formação dos profissionais da área educacional. Os objetivos específicos que se ramificam da proposta inicial, apresentam-se com a finalidade de comparar e identificar as diferenças nos obstáculos sociais e educacionais, enfrentados pelas pessoas que não cursaram a Educação Infantil e entram direto na primeira fase do Ensino Fundamental; identificar de que maneira a Educação Infantil pode contribuir na formação do cidadão crítico/reflexivo.
O presente artigo é parte integrante de pesquisa da Faculdade Fortium do Distrito Federal, defendida no ano de 2009, como requisito final para obtenção do grau de Licenciamento em Pedagogia.
As técnicas utilizadas na pesquisa foram questionário e entrevistas diretas com professoras do 1º ano do Ensino Fundamental comprovou-se que a Educação Infantil é de extraordinário valor no desenvolvimento humano. Os entrevistados que encontraram dificuldades de adaptação, cognitivas, sociais ou emocionais, ou que ainda apresentaram receio ao ingressar no Ensino Fundamental, são aqueles que não cursaram a Educação Infantil e não obtiveram contato algum com esse nível de ensino durante a primeira infância. Os questionários foram aplicados a quarenta (40) adultos em idade entre 20 e 30 anos, cidadãos comuns atuantes da sociedade, através do trabalho e relações sociais que estabelecem, com o grau mínino de instrução de Ensino Médio, moradores de Brasília/DF.
Das 40 (quarenta) pessoas que responderam o questionário, 12 (doze) não cursaram, 6 (seis) cursaram incompleta e 22 (vinte e dois) cursaram por completo a EI. Parte dessas pessoas apresentou dúvidas referentes à qual etapa do ensino se referia a Educação Infantil; e outros, ainda demonstraram não aplicar valor ou importância a esse nível educacional.
Por sua vez, os entrevistados que cursaram a Educação Infantil afirmaram descobrir aprendizados e relações significativas, como: descoberta da leitura e da escrita, cores, números, brincadeiras, histórias, músicas, boas maneiras, hábitos de higiene e relações sociais com professores e colegas.
É preciso destacar algumas dessas experiências proporcionadas pela Educação Infantil, que concretizam seu trabalho e que interferem positiva e significativamente no desenvolvimento humano e na formação do cidadão crítico /reflexivo, devido às conseqüentes transformações que partem dessas pequenas ações:
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quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Formatura de Davi Martins - A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
IV SEMINÁRIO DISTRITAL do PNEM - Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio
Prof. Gilbert no IV Seminário Distrital do PNEM
Profs. Rosana, Beatriz, Henrique, Marcelo e Gilbert
Hoje pela manhã, das 8h30 as 12h, estivemos no Cine Brasília, 106 Sul, participando do IV Seminário Distrital pelo fortalecimento do Ensino Médio.
O seminário marca o encerramento da 2a. etapa do Programa em Brasília. O Pnem é uma política Pública de formação continuada dos professores e professoras que trabalham com jovens da parte final da educação básica - o Ensino Médio.
O que é o PNEM?
Fonte: http://www.fe.unb.br/pnem
O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio (PNEM) é um acordo através do qual o Ministério da Educação (MEC) e as Secretarias Estaduais e Distrital de Educação assumem o compromisso com a valorização da formação continuada dos professores e coordenadores pedagógicos que atuam no Ensino Médio público. Entende-se que é importante realizar uma ampla reflexão referente à temática “Sujeitos do Ensino Médio e Formação Humana Integral”, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio - DCNEM.
Essa formação integra um conjunto de ações igualmente comprometidas com o fortalecimento e ampliação da qualidade do Ensino Médio, dentre as quais destaca-se o Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), por meio do qual as escolas podem obter recursos financeiros exclusivamente destinados para o desenvolvimento de projetos pedagógicos voltados para a inovação curricular. O PNEM pretende fortalecer essas ações que já vem sendo desenvolvidas em diversas escolas públicas e fomentar a discussão sobre práticas docentes à luz das diretrizes curriculares para a formação da juventude do País.
O Brasil possui cerca de 450 mil professores no Ensino Médio, 320 participaram em seus estados e municípios do Pacto, e da formação continuada, é a primeira vez que isso acontece no Brasil.
Vou sair agora para a escola, temos Conselho de Classe, um momento importante, principalmente para os alunos e alunas, mas, ao longo dos próximos dias vou postar aqui mais informações sobre o PNEM e sobre o IV Seminário Distrital.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Em reunião que terminou há pouco, a secretaria entregou à Comissão de Negociação documento que libera o pagamento dos professores ainda hoje
Profs. Salvador e Gilbert na manifestação de hoje em frente a porta do palácio do Buriti
por José Gilbert Arruda Martins (Professor e Blogueiro)
É isso, como sempre muita luta para continuarmos essa profissão de professor. A manifestação/paralisação na praça do Buriti começou as 10 horas da manhã, fechamos a pista norte do Eixo Monumental em frente ao Palácio do Buriti e lá ficamos até o retorno da Comissão de Negociação agora já no início da noite, por volta das 19 horas.
O que ficou decidido?
Que os créditos serão depositados ainda hoje na conta de todos os professores e professoras.
É uma vitória?
Não considero, pois estávamos ali, debaixo de chuva, muito frio, depois muito sol e agora no final tarde frio de novo, lutando por algo que já era nosso, salário de novembro, portanto, mês já trabalhado.
Nós que fizemos campanha, que usamos camiseta, que pedimos voto, que ouvimos tolices de colegas, estávamos todos ali correndo atrás de algo que já era nosso.
É profundamente lamentável.
O governo do Distrito Federal termina seu governo de forma absurdamente desorganizada, e o pior, por causa da incompetência administrativa, atraso salário de servidores, deixando as categorias todas raivosas e joga, com isso, milhares de companheiros e companheiras no colo da direita, de presente.
O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal tem a obrigação de marcar uma plenária, convidar o Sr. Agnelo que nos dará as explicações para esse caos instalado.
Outra questão é, talvez, pedir a expulsão do Sr. Agnelo do partido. Vamos deliberar.
GDF não Pagou os Professores e Professoras
por José Gilbert Arruda Martins (Professor e Blogueiro)
Cazuza já cantou "Ideologia, eu quero uma para viver". Tenho as minhas e, desde muito cedo milito num partido e em minha categoria de trabalhadores. tenho mais de 20 anos de filiação no meu partido e mais de 25 anos de filiação ao meu sindicato. Acredito que tenho ideologia para viver.
Mas...como disse o dito popular: "ideologia não paga a conta do mercado, nem a cachaça do buteco".
Ontem, estivemos na Praça do Buriti, debaixo de chuva e frio lutando pelo pagamento de nossos salários.
Durante a manifestação, o secretário de Administração chamou a Comissão de Negociação dos sindicatos dos professores e professoras mais o sindicato dos servidores (SAE), para dizer que o pagamento estaria nas contas até meia noite de ontem.
Divulguei via telefone e aqui no nosso blog.
Fui levar meu filho à escola agora pela manhã, aproveitei para passar no Banco Regional de Brasília e verificar o saldo e começar a pagar as contas, o resultado está estampado na imagem acima. ZERO.
Como professor de História, reluto para assistir aos telejornais do PIG, principalmente da globo. Ontem a emissora escancarou em seu principal jornal a situação de Brasília, claro, com muita verdade, diga-se de passagem, mas, é claro também, com requintes de crueldade e manipulação, de sempre.
Eu e muitos outros e outras, companheiros e companheiras de luta, como destaquei no início, temos nossas crenças políticas, acreditamos que à esquerda e também à direita, o país tem políticos decentes, honestos.
Essa história de que todo político é ladrão é corrupto - ouvi isso de um companheiro professor ontem na praça durante a manifestação -, é uma forma que as elites encontraram de tanger o povo e os trabalhadores da militância política.
Mas como explicar ou justificar o que está acontecendo nos últimos dois meses do governo aqui em Brasília? O governador precisa dar as suas explicações à sociedade de Brasília e aos militantes do Partido. Exigimos que ele seja político o bastante para fazer isso agora, antes do natal, antes de entregar o governo.
Vou finalizar, pois tenho que me preparar para ir novamente pra Rua. A melhor aula hoje é na Rua.
Cazuza já cantou "Ideologia, eu quero uma para viver". Tenho as minhas e, desde muito cedo milito num partido e em minha categoria de trabalhadores. tenho mais de 20 anos de filiação no meu partido e mais de 25 anos de filiação ao meu sindicato. Acredito que tenho ideologia para viver.
Mas...como disse o dito popular: "ideologia não paga a conta do mercado, nem a cachaça do buteco".
Ontem, estivemos na Praça do Buriti, debaixo de chuva e frio lutando pelo pagamento de nossos salários.
Durante a manifestação, o secretário de Administração chamou a Comissão de Negociação dos sindicatos dos professores e professoras mais o sindicato dos servidores (SAE), para dizer que o pagamento estaria nas contas até meia noite de ontem.
Divulguei via telefone e aqui no nosso blog.
Fui levar meu filho à escola agora pela manhã, aproveitei para passar no Banco Regional de Brasília e verificar o saldo e começar a pagar as contas, o resultado está estampado na imagem acima. ZERO.
Como professor de História, reluto para assistir aos telejornais do PIG, principalmente da globo. Ontem a emissora escancarou em seu principal jornal a situação de Brasília, claro, com muita verdade, diga-se de passagem, mas, é claro também, com requintes de crueldade e manipulação, de sempre.
Eu e muitos outros e outras, companheiros e companheiras de luta, como destaquei no início, temos nossas crenças políticas, acreditamos que à esquerda e também à direita, o país tem políticos decentes, honestos.
Essa história de que todo político é ladrão é corrupto - ouvi isso de um companheiro professor ontem na praça durante a manifestação -, é uma forma que as elites encontraram de tanger o povo e os trabalhadores da militância política.
Mas como explicar ou justificar o que está acontecendo nos últimos dois meses do governo aqui em Brasília? O governador precisa dar as suas explicações à sociedade de Brasília e aos militantes do Partido. Exigimos que ele seja político o bastante para fazer isso agora, antes do natal, antes de entregar o governo.
Vou finalizar, pois tenho que me preparar para ir novamente pra Rua. A melhor aula hoje é na Rua.
1648: Paz da Vestfália encerrava Guerra dos Trinta Anos
No dia 24 de outubro de 1648, o imperador Ferdinando 3ºI assinou a Paz da Vestfália com a Suécia e a França. O documento marcou o fim do primeiro grande conflito europeu.
Igreja de São Nicolau, em Münster
O que no começo foi um conflito religioso, acabou se tornando uma luta pelo poder na Europa. A Guerra dos Trinta anos começou em 23 de maio de 1618, na Boêmia (hoje República Tcheca). Nobres protestantes haviam invadido o castelo da capital e jogado pela janela os representantes do imperador, por causa da intenção de demolir duas igrejas luteranas, contrariando a liberdade religiosa. Este episódio ficou conhecido como a Defenestração de Praga.
O Sacro Império Romano de Nação Germânica foi formado por Otto, o Grande, sagrado imperador pelo papa João 12 em 962. Começou assim o 1º Reich, que seria dissolvido apenas em 1806. A este fato, somou-se a recusa da Liga Evangélica em aceitar a eleição do imperador católico radical Ferdinando 2º (1578–1637). Em represália, coroou o protestante Frederico 5º (1596–1632) rei da Boêmia.
Depois que as tropas imperiais invadiram o território boêmio e derrotaram os protestantes, Ferdinando 2º condenou os revoltosos à morte e confiscou os domínios de Frederico 5º, cancelou seu direito de príncipe eleitor, declarou abolidos os privilégios políticos e a liberdade de religião. Os demais principados protestantes do Sacro Império Romano de Nação Germânica sentiram-se ameaçados e entraram no conflito.
França entra na guerra
Na segunda fase, a guerra tomou proporções internacionais, com o ingresso da Dinamarca e da Noruega. A fase seguinte envolveu a Suécia, que acabou derrotada. A última etapa da guerra envolveu diretamente a França, governada pelo cardeal Richelieu, cuja política externa visava transformar a França em uma potência na Europa. A França já havia apoiado dinamarqueses e suecos e declarou guerra à Espanha em 1635. O conflito estendeu-se até 1648, quando a Espanha, bastante enfraquecida, aceitou a derrota.
Mercenários holandeses, ingleses e espanhóis pilharam, incendiaram casas, e mataram milhares de pessoas. Quem não foi assassinado morreu de fome ou de epidemias. Os próprios soberanos reconheceram que ninguém sairia vitorioso e resolveram organizar o armistício em duas frentes.
A católica cidade de Münster e a luterana Osnabrück foram escolhidas como sedes em 1641. A partir de 1644, 150 delegados começaram seus trabalhos nas duas cidades. Mensageiros viajavam constantemente entre ambas, e também Viena, Roma e outras capitais europeias.
Paz leva a mudanças radicais
Quatro anos depois, em 24 de outubro de 1648, a conferência foi encerrada com três tratados independentes e o anúncio do armistício, que levou o nome da região da Vestfália. Seus resultados mais importantes: suíços e holandeses tornaram-se autônomos; o poder do imperador da dinastia Habsburg foi reduzido, em favor do dos príncipes e dos membros do Reich; o império manteve sua constituição federalista; e católicos e protestantes passaram a ser considerados fiéis com os mesmos direitos.
A Alemanha saiu arrasada da guerra, com a população reduzida de 16 milhões para 8 milhões. No império constituído por 300 territórios soberanos, não sobrou nenhum sentimento nacional comum.
A França foi a grande vitoriosa: anexou a Alsácia e consolidou o caminho para sua expansão. Por sua vez, a Espanha prosseguiu em luta contra os franceses até que, derrotada pela aliança franco-inglesa, aceitou a Paz dos Pirineus, em 1659, o que confirmou o declínio de sua supremacia. (kl/rw)
segunda-feira, 8 de dezembro de 2014
Coppe inicia testes do Maglev-Cobra
Coppe - UFRJ 50 anos
Apresentação
A Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia – nasceu disposta a ser um sopro de renovação na universidade brasileira e a contribuir para o desenvolvimento do país. Fundada em 1963 pelo engenheiro Alberto Luiz Coimbra, ajudou a criar a pós-graduação no Brasil e ao longo de quatro décadas tornou-se o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina.
A Coppe já formou mais de 12 mil mestres e doutores em seus 12 programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Conta com 325 professores doutores em regime de dedicação exclusiva, 2.800 alunos e 350 funcionários. Possui 116 modernos laboratórios, que formam o maior complexo laboratorial do país na área de engenharia.
Apoiada nos três pilares que a norteiam – a excelência acadêmica, a dedicação exclusiva de professores e alunos, e a aproximação com a sociedade –, a Coppe destaca-se como centro irradiador de conhecimento, de profissionais qualificados e de métodos de ensino, servindo de modelo para universidades e institutos de pesquisa em todo o país.
Excelência acadêmica
O padrão de excelência se reflete na produção acadêmica. Anualmente, são defendidas na instituição cerca de 200 teses de doutorado e 300 dissertações de mestrado. Seus pesquisadores publicam por ano, em média, 2 mil artigos científicos em revistas e congressos, nacionais e internacionais. Na última avaliação da Capes, divulgada em setembro de 2010, a Coppe foi a instituição de pós-graduação de engenharia brasileira que obteve o maior número de conceito 7, atribuído a cursos com desempenho equivalente aos dos mais importantes centros de ensino e pesquisa do mundo.
Ampliando horizontes
Seus profissionais e sua infraestrutura de pesquisa estão permanentemente preparados para responder às necessidades do desenvolvimento econômico, tecnológico e social do país. Graças a essa sintonia com o futuro, a Coppe se tornou referência nacional e internacional no ensino e pesquisa de engenharia e vem ajudando o Brasil a enfrentar alguns dos mais importantes desafios de sua história recente.
No cenário internacional, tem projetos em cooperação com instituições científicas de renome mundial. Muitos de seus docentes integram comitês e entidades de pesquisa de vários países e de órgãos multilaterais, como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, agraciado em 2007 com o Prêmio Nobel da Paz.
Em 2008, ampliou sua atuação internacional com a criação do Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, uma parceria com a Universidade de Tsinghua, principal universidade chinesa na área de engenharia. O Centro está sediado no campus de Tsinghua, em Pequim, onde mantém um escritório para coordenar suas atividades e estabelecer contato com empresas brasileiras e chinesas potencialmente interessadas no desenvolvimento conjunto de novas tecnologias.
Quatro décadas antecipando o futuro
A Coppe está sempre um passo adiante das demandas da sociedade brasileira. Ciente da importância do papel da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento do país, criou uma estrutura voltada para a gestão de convênios e projetos. Desde que foi inaugurada, em 1970, a Fundação Coppetec já administrou mais de 12.000 convênios e contratos com empresas, órgãos públicos e privados e entidades não governamentais nacionais e estrangeiras. No momento, a Fundação gerencia cerca de 1.300 projetos em andamento e as 94 patentes e 13 softwares registrados pela Coppe.
A parceria com a Petrobras, que completou 30 anos em 2007, foi o primeiro grande convênio de cooperação celebrado entre a empresa e uma universidade. Em 1985, já havia em operação 33 plataformas fixas projetadas no Brasil com base no trabalho dessa parceria, que virou referência internacional e ajudou a erguer a tecnologia que hoje dá ao país a liderança mundial da exploração e produção de petróleo em águas profundas. O Brasil economizou bilhões de dólares em divisas e conquistou a autossuficiência em petróleo.
Confirmando a capacidade de antecipar soluções tecnológicas para atender a demandas futuras, pesquisadores da Coppe estão trabalhando em novas tecnologias que apoiarão a Petrobras e o governo brasileiro na exploração de petróleo na camada do pré–sal.
Compromisso com o país e a sociedade
Pioneira na aproximação da academia com a sociedade, a Coppe transforma resultados em riquezas para o país. Em 1994, criou a Incubadora de Empresas, cuja atuação já favoreceu a entrada de cerca de 100 serviços e produtos inovadores no mercado. Por ela passaram 43 empresas, que já ganharam autonomia. No momento, tem 17 empresas residentes que atuam, principalmente, nas cadeias do petróleo/gás/energia, em tecnologia da informação e conhecimento e em meio ambiente. Juntas, essas 60 empresas geram mais de 800 postos de trabalho, altamente qualificados, ocupados por mestres e doutores.
A Coppe também colocou a engenharia e suas tecnologias para enfrentar a pobreza e as desigualdades sociais, lançando uma ponte entre o Brasil dos incluídos e o dos excluídos. Para atuar nessa frente de trabalho, inaugurou em 1995 a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, que se tornou referência e teve seu modelo replicado em outros estados e países. Já graduou 118 cooperativas e criou cerca de 2.100 postos de trabalho.
A Coppe se transformou em referência sem perder a essência que deu origem a sua história: a ousadia, o espírito crítico, o compromisso com a inovação e com o desenvolvimento do Brasil.
A COPPE em números
Total de títulos concedidos (até 2010)
Produção acadêmica (em 2010)
Interação com a sociedade (governos, empresas e sociedade civil)
Recursos humanos e infraestrutura física
COPPE/UFRJ
Instituto Alberto Luiz Coimbra de
Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
Instituto Alberto Luiz Coimbra de
Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Av. Horácio Macedo 2030,
Prédio do Centro de Tecnologia,
Bloco G, sala 101, Cidade Universitária.
Av. Horácio Macedo 2030,
Prédio do Centro de Tecnologia,
Bloco G, sala 101, Cidade Universitária.
Endereço Postal
COPPE/UFRJ
Caixa Postal 68501
CEP 21941-914 Rio de Janeiro, RJ.
Caixa Postal 68501
CEP 21941-914 Rio de Janeiro, RJ.
Contato
Telefones: (21) 3622-3477, 3622-3478
Fax : (21) 3622-3463
E-Mail: diretoria@coppe.ufrj.br Incubadora de Empresas
Fax : (21) 3622-3463
E-Mail: diretoria@coppe.ufrj.br Incubadora de Empresas
A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da COPPE vem abrigando pequenas empresas ao longo dos últimos oito anos. Várias empresas pertencentes à primeira e segunda gerações já se graduaram, o que demonstra o sucesso do empreendimento.
Contato
Caixa Postal 68568
Telefone: +55(0xx21) 3733-1951
Telefone: +55(0xx21) 3733-1810
E-mail: inc@inc.coppe.ufrj.br
Homepage: http://www.incubadora.coppe.ufrj.br
Telefone: +55(0xx21) 3733-1951
Telefone: +55(0xx21) 3733-1810
E-mail: inc@inc.coppe.ufrj.br
Homepage: http://www.incubadora.coppe.ufrj.br
Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares
Projeto absolutamente inovador e pioneiro no país, a Incubadora de Cooperativas Populares da COPPE já ajudou a criar e consolidar mais de 20 cooperativas em comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro.
Contato
Caixa Postal 68012
CEP 21944-971
Telefone: 2598-9240
E-mail: itcp@itcp.coppe.ufrj.br
Homepage: www.itcp.coppe.ufrj.br
CEP 21944-971
Telefone: 2598-9240
E-mail: itcp@itcp.coppe.ufrj.br
Homepage: www.itcp.coppe.ufrj.br
Fotógrafo registra mutilação genital de meninas no Quênia
Photographer Siegfried Modola captured this ceremony in rural Kenya for four teenage girls of the Pokot tribe
- More than a quarter of Kenyan women have undergone ordeal, despite the practice being outlawed three years ago
- But in many tribes, it is considered a rite of passage that marks the transition into womanhood so girls can marry
Tearful: One of the young girls, covered in an animal skin, cries after being circumcised. The practice was outlawed three years ago
WARNING: GRAPHIC CONTENT
These pictures show frightened girls lined up before villagers in Kenya to be circumcised - even though the brutal practice is now illegal in the country.
But in many African tribes, traditions are more important than laws and circumcision is considered a rite of passage that marks their transition into womanhood so they can marry.
Reuters photographer Siegfried Modola captured this ceremony in rural Kenya for four teenage girls of the Pokot tribe, in Baringo County.
Draped in animal skin and covered in white paint, the girls squat over large stones in the remote village after being circumcised - a life-threatening custom banned in the country three years ago.
Frightened: Four young Pokot girls stand outside one of the girl's homes just before the beginning of their circumcision ceremony
Adorned: After the ceremony, the girls, now covered in animal skins and beaded necklaces, walk to where they will rest after the tribal ritual
Painted: After the ritual, the girls faces are painted white to show they have been circumcised and transitioned into womanhood
Scared: One girl, after her ceremony, walks to a resting place covered in an animal skin in the remote village of Pokot in Baringo County
More than a quarter of Kenyan women have undergone the ordeal, despite government efforts to end the practice in the East African country.
'It's a tradition that has been happening forever,' the father of one of the girls, who asked not to be named fearing reprisal from the authorities, told Reuters from the isolated Pokot settlement some 80km from the town of Marigat.
'The girls are circumcised to get married. It's a girl's transition into womanhood,' he said.
Wrapped in bright coloured shawls, the girls spent the night huddled around a fire in a thatched-roof house as local women gathered to sing and dance in support.
One woman fell into a trance after sipping a local wine.
Circumcision is heavily practiced among the Pokot community, and one of the girls' mothers believes it is a sign of strength.
'The pain will make her strong. She can show the rest of the community that she can endure it,' the woman said after having her daughter circumcised by a Pokot elder donning a beaded neck collar and large brass earrings.
'I'm proud of my daughter for doing this,' she said.
Smeared: Village elders cover a young girl's face in white paint after she is circumcised, a requirement for young girls before they can marry
Rampant: More than a quarter of women in Kenya have been circumcised, despite the government making the practice illegal in 2011
At its most extreme, circumcision, also known as female genital mutilation, involves cutting off the clitoris and external genitalia, then stitching the vagina to reduce a woman's sexual desire.
Anything from razor blades to broken glass and scissors is used.
The U.N.'s Children's Fund, UNICEF, says more than 125 million women have been cut in the 29 countries in Africa and the Middle East where genital mutilation is carried out.
Kenyan law provides for life imprisonment when a girl dies from the procedure, which in addition to excruciating pain, can cause haemorrhage, shock and complications in childbirth.
It set up a prosecution unit in March and is currently investigating 50 cases.
Officials are optimistic they can force a change in attitude but still worry that the practice is too ingrained for legal threats to have an impact.
'We face a myriad of challenges,' said Christine Nanjala, who heads the prosecuting unit. 'You will find the practice is something highly valued. You will keep quiet and you will not report it - if you do, you face reprisal.'
Still, Nanjala was optimistic that genital cutting would be eventually wiped out. 'Not tomorrow but it will end, she said. 'At the end of the day, without hope, you have nothing.'
Naked: Draped in animal skins, the Pokot girls sit naked on rocks before village elders perform the ritual
Wait: The Pokot girls wait in their homes to be circumcised. One father said: 'It's a tradition that has been happening forever'
Members of the Pokot tribe gather round a fire before the ceremony, about 80 kilometres from the town of Marigat in Baringo County
GDF, em uma reunião com a Comissão de Negociação do Sinpro agora há pouco, prometeu que a meia noite o pagamento estará na conta
Prof. Gilbert na Manifestação de hoje pelo pagamento imediato dos nossos salários.
por José Gilbert Arruda Martins (Professor e blogueiro)
O Governo do Distrito Federal (GDF), não pagou os salários dos professores e professoras na sexta-feira passada dia 05 de dezembro - 5° dia útil -.
O Sinpro, Sindicato dos Professores do DF, chamou a categoria para uma paralização no dia de hoje, 08 de dezembro na praça do Buriti em frente do Palácio do Governo.
Dezenas de professores e professoras se fizeram presente. Infelizmente, uma grande maioria, novamente, não apareceu.
Durante o evento a Comissão de Negociação do Sindicato foi convidada pelo secretário de educação que, numa reunião, prometeu que os salários estarão à meia noite na conta da categoria.
Nos reunimos debaixo de chuva, muitos professores e professoras e ouvimos muitas reclamações. Reclamações na sua maioria, completamente justas, essa do atraso salarial é um descalabro.
Será que o Partido dos Trabalhadores aprendeu a lição? Não é a primeira vez que tal fato acontece. O governador Agnelo permitiu que a situação chegasse a um ponto absurdo. Será que o PT aprendeu? Vamos tratar desse tema em um próximo post.
CRIMINALIZAÇÃO DA POLÍTICA - O inimigo interno
As manifestações de rua: Bio poder e subjetivação?
Por José Gilbert Arruda Martins e Ivana Maria Falcão de
Albuquerque Martins
Na França, como no Brasil, a Polícia tomou para si o direito
de matar, matar principalmente jovens, é a "democracia" do mercado,
dos rentistas. Comporte-se, consuma e deixe consumir, do contrário será
enquadrado ou enquadrada na lei do mercado, na "democracia" do capital,
que é tudo - até o assassinato - em nome do "livre" direito de
comprar.
Um dos pensadores mais importantes da modernidade, Michel
Foucault, criou um conceito que cai como uma luva na questão da violência do
Estado e de pessoas sobre outras, que é o conceito de biopoder, veja o diz
Isabella Maria Nunes (2010):
“O Biopoder, termo criado por Michel Foucault, filósofo
francês contemporâneo, refere-se ao complexo sistema de dominação e de subjugação
de corpos baseado no controle das pessoas através de padrões biológicos e de
medos à população. Para Foucault, o bio poder é baseado no racismo, na
segregação de pessoas e na justificativa, por exemplo, do direito de matar –
fundamento do nazismo. A vida se torna o objeto do poder.”
E a autora continua, dissecando e explicando a questão do
bio poder, baseada no conceito do filósofo francês.
“O fundamento do bio poder está no pressuposto de que temos
em nossa sociedade pessoas com conhecimentos superiores e responsáveis pela
saúde e bem estar da população em geral. Esse grupo de pessoas é representado
pelos médicos, pela área do direito e, especialmente pelo Estado. Esses grupos
exercem a dominação na medida em que controlam a vida, em seus mais diferentes
aspectos, e exercem a política para que mantenham os cidadãos dentro desse
sistema social estratificado.”
A violência do Estado contra as populações pobres nas
periferias das grandes cidades do mundo, pode ser um fenômeno que, como defende
Foucault, segrega as pessoas e justifica o direito de matar.
O Brasil tem um histórico de violência contra manifestações
do povo. Em quase todos os momentos onde os trabalhadores ou jovens estudantes saíram
às ruas para expor suas demandas, foram violentamente reprimidos.
Os movimentos de rua no mundo todo, EUA, França, Egito,
Brasil ... são prova de que os modelos de desenvolvimento econômicos ortodoxos,
pensados e implementados de forma autoritária, sem ouvir a sociedade, não são
aceitos e estão longe de atender as demandas sociais.
A morte desse jovem Rémi Fraisse, o sexto assassinato
perpetrado pelo Estado francês, é uma prova cabal de que os interesses do
Estado são outros que não o da sociedade. Isabella Maria Nunes continua a
explicação e demonstra através dos estudos de Foucault que a violência, no caso
aqui do Estado, é pensada, planejada.
“A subjetivação é o processo pelo qual construímos a
realidade. Para Foucault, esse processo é a base para a sustentação do bio
poder e para a construção da noção de sujeito e de identidade. É a partir desse
conjunto de conceitos, valores e de modos de pensar que são definidos os papéis
sociais. As instituições dominantes de nossa sociedade controlam esses
mecanismos de subjetivação e exercem seu poder, sem enfrentar oposições do povo
dominado, à medida em que mantém esses processos de subjetivação coerentes com
o seu controle. Para Foucault, os processos de subjetivação, assim como os
mecanismos de controle, e até o desenvolvimento do bio poder são determinados
historicamente.”
E continua.
“Sobre os processos de dominação, Foucault trata do poder
disciplinar. Esse poder cria espaços para vigiar o comportamento, individualizar
as pessoas nos grupos e para controlar e punir dissidentes. O poder disciplinar
visa a manipulação dos processos para se atingir o resultado eficaz através da
docilização dos corpos e da educação de nossa subjetividade.”
Punir quem cobra do Estado Políticas Públicas que atendam a
todos e todas parece ser mais fácil de que solucionar os problemas mais
imediatos da população.
O Congresso Nacional está e vem em 2015, recheado de
Deputados e Senadores conservadores que irão continuar no apoio às punições.
Resta aos trabalhadores, trabalhadoras e à sociedade aqui no
Brasil, na França ou Estados Unidos, continuar as manifestações organizadas,
resta às autoridades, se voltarem ao povo e ouvir suas demandas.
Talvez uma das alternativas seria, desmilitarizar a Polícia
Militar no Brasil. Torná-la uma polícia cidadão, civil, treinada para proteger
o cidadão e não exterminá-lo.
Bibliografia:
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil, O longo
caminho, 15ª. ed. – Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 2012.
FERREIRINHA, Isabella Maria Nunes & RAITZ, Tânia Regina.
As relações de poder em Michel Foucault: reflexões teóricas. Rev. Adm. Pública
on line, 2010, vol. 44, n° 2
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Na noite de 25 para 26 de outubro, uma granada da polícia matou Rémi Fraisse, um manifestante de 21 anos. O governo francês, no entanto, demorou dois dias a reagir, pois estava infinitamente mais propenso a saudar a memória de um dono de companhia petrolífera morto num acidente de avião
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por Serge Halimi |
Na noite de 25 para 26 de outubro, uma granada da polícia matou Rémi Fraisse, um manifestante de 21 anos. O governo francês, no entanto, demorou dois dias a reagir, pois estava infinitamente mais propenso a saudar a memória de um dono de companhia petrolífera morto num acidente de avião. De seu lado, o presidente socialista do conselho geral do departamento de Tarn julgou totalmente “estúpido e tolo” morrer por ideias. Na verdade, sua ideia – terminar a construção de uma barragem reclamada pelos notáveis de seu departamento – nunca o expôs ao mesmo tipo de perigo. Ela até acaba de favorecer sua reeleição ao Senado. Agora, é provável que a granada atirada pelos policiais tenha igualmente matado esse projeto de barragem. Uma pessoa tem de morrer numa manifestação para fazer triunfar suas ideias?
Em janeiro de 2012, a ministra das Relações Exteriores francesa, Michèle Alliot-Marie, tinha sugerido ao ditador tunisiano Zine al-Abidine ben Ali que salvasse seu regime agonizante inspirando-se no “know-how, reconhecido no mundo inteiro, de nossas forças de segurança”. Um know-how com eclipses: sem contar as dezenas de argelinos assassinados em Paris em 17 de outubro de 1961 e as nove pessoas mortas no metrô Charonne em fevereiro do ano seguinte, cinco manifestantes franceses já perderam a vida por ocasião de enfrentamentos com a polícia.1
Rémi Fraisse é, portanto, o sexto. Pouco após sua morte, o comandante do agrupamento de policiais que operava na região testemunhou que o governador de Tarn tinha pedido às forças da ordem que “demonstrassem extrema firmeza em relação aos opositores” da barragem. Quarenta e duas granadas foram atiradas naquela noite.
O primeiro-ministro Manuel Valls parece apoiado nas declarações marciais que associam alguns muçulmanos a um “inimigo interno”. E seu governo joga sobre “vândalos” a responsabilidade pelo “drama” de Tarn. Prolongando seu raciocínio num sábio amálgama, um sindicato de policiais finge se alarmar com o fato de que uma “parcela dos militantes verdes ou vermelhos passe à ação armada, como na época dos movimentos revolucionários dos anos 1970”.2
Foi nesse clima que a Assembleia Nacional acabou de votar, por quase unanimidade, uma nova lei antiterrorista. A 15a do tipo desde 1986. Oficialmente motivada pela vontade de proibir os franceses de se juntarem às fileiras da Organização do Estado Islâmico, ela comporta disposições vagas – proibição administrativa de deixar o território, “delito de empreitada terrorista individual” – que amanhã poderão se aplicar a qualquer outro combate.
Em 2001, o Parlamento francês já havia adotado uma panóplia repressiva do mesmo calão. Um pouco envergonhado, um senador socialista assim se justificou: “Há medidas desagradáveis a serem tomadas com urgência, mas espero que possamos retornar à legalidade republicana antes do final de 2003”.3 Onze anos depois, um poder desacreditado e sem futuro não pode mais dispensar um “inimigo interno”.
Serge Halimi é o diretor de redação de Le Monde Diplomatique (França).
Ilustração: Alves 1 Dois nas fábricas da Peugeot de Sochaux, em 11 de junho de 1968; um em Creys-Malville, em 31 de julho de 1977; um em 6 de dezembro de 1986, em Paris, ao cabo de uma manifestação estudantil; um em novembro de 1987, em Amiens, em consequência de um espancamento. 2 Patrice Ribeiro, secretário-geral do sindicato de policiais Synergie-Officiers, citado pelo Le Figaro de 15 de novembro de 2014. 3 Michel Dreyfus-Schmidt, citado pelo Le Monde, 29 out. 2001. |
01 de Dezembro de 2014 |
domingo, 7 de dezembro de 2014
No Ceará, rádio prepara detentos para o Enem
Disponível https://www.google.com.br/search?newwindow=1&q=imagem+de+detentos+estudando&oq=imagem+de+detentos+estudando
no site da Revista Fórum
A Rádio Livre, transmitida em unidades prisionais do estado, dá dicas sobre o conteúdo, a redação e sobre a aplicação da prova
Com uma programação socioeducativa, a Rádio Livre chega a 6 mil detentos de unidades do Ceará e está preparando os presos para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Todo ano o exame é aplicado em presídios e unidades socioeducativas. Com o quadro Dicas para o Enem, a rádio leva aos inscritos dicas sobre o conteúdo, a redação e sobre a aplicação da prova.
Este ano, o exame será aplicado aos presos e internos de unidades socioeducativas nos dias 9 e 10 de dezembro.
O quadro Dicas para o Enem surgiu no ano passado, motivado pelo aumento no número de inscritos. A programação chega aos presos por meio de caixas de som instaladas nos corredores e ambientes de vivência dos estabelecimentos prisionais. O quadro do Enem vai ao ar diariamente, com seis chamadas.
O jornalista responsável pela programação da Rádio Livre, Felipe Sampaio, conta que o Dicas para o Enem tem um professor fixo e os que dão aulas nos presídios também gravam participações. “Alguns professores que colaboram com dicas de suas disciplinas e de outras e falam sobre como manter a calma e a concentração na hora da prova, orientam sobre a preparação, o que é mais importante estudar e dão dicas de redação”.
A Rádio Livre foi criada em 2013 pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará. A programação aborda temas como saúde, direito, cultura e política, veicula informações de utilidade pública, música e recados dos familiares dos presos. A rádio está no ar de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h.
No primeiro dia de prova do Enem para os detentos, os participantes terão quatro horas e meia para responder às questões de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias. No segundo dia, será uma hora a mais de exame com as provas de linguagens, os códigos e suas tecnologias, redação e matemática. A aplicação começa às 13h.
No ano passado, o Enem para privados de liberdade teve 30 mil inscritos, número 28% superior ao registrado em 2012. A nota do exame pode ser usada para o acesso a cursos de educação superior e para obter a certificação do ensino médio.
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