sábado, 4 de outubro de 2014

Datafolha trava Dilma em 40%

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Autor: Miguel do Rosário - Tijolaço
Números do Datafolha que acabam de ser divulgados.
Eles estão travando Dilma em 40% há 4 pesquisas.
Aécio ultrapassou numericamente Marina e está com viés de alta.
Marina continua em queda livre.
No segundo turno, Datafolha traz Aécio melhor posicionado que Marina.

São Paulo impõe sua vontade: Aécio à frente de Marina. Agora, é só impedir o 1° turno…

direita

Autor: Fernando Brito   -  Tijolaço

Verdadeiro ou falso, o fato é que há duas verdades nesta anunciada ultrapassagem de Aécio Neves sobre Marina Silva anunciada pelo Datafolha e pelo Ibope na véspera da eleição.
A primeira é que Marina cai, cai, cai, como consequência de sua própria inconsistência política, um fenômeno que, faz tempo, a gente vem insistindo que se iniciou logo depois de sua mórbida disparada midiática  com a morte de Eduardo Campos.
A segunda é que o alto comando da direita brasileira, sediado em Saõ Paulo,  tem boas chances de conseguir recuperar não apenas  sua presença no segundo turno das eleições – mesmo que a situação seja de “empate técnico”, imagine a repercussão disso pela TV e pelos jornais… – como a de levar Marina ao papel que ela tem agora, como teve em 2010: o de viabilizar uma segunda chance para a direita brasileira num segundo turno.
Aliás, melhor desta vez do que na anterior, porque a necessidade de desmanchar a montagem elitista e midiática que se construiu em torno dela interditou a discussão que é real no Brasil: o que Lula representaversus o significado do tucanato.
É fato que não se pode descartar que a eleição feche no primeiro turno, porque é impensável que em meio ao declínio de Marina, nada se transfira a Dilma, sobretudo nas regiões mais sofridas do país, como o Nordeste, onde a candidata do PSB ainda ostenta bons números e Aécio é uma pixotada. E com os sinais de que Dilma cresce em todos os estados.
Mas o sucesso da direita pára por aí.
Consumado, ele levaria ao segundo turno alguém fraco por uma derrota em seu estado “vitrine”, politica e moralmente inconsistente e vazio em ideias.
Medições feitas  para o segundo turno agora refletem apenas o anti-dilmismo que Marina  imprimiu à sua campanha.
A porção de classe-média de seu eleitorado, sim, talvez se transfira em maior número para o tucano.
Mas não o povão, onde ela fez o estrago que talvez possa impedir a vitória de Dilma na primeira rodada das eleições, se o conseguir.
Não haverá transferência em massa dos seus 20% no Nordeste e Norte para Aécio, nem das pequenas “máquinas” estaduais do PSB para ele.
Os números das pesquisas lhes deixam margem para “ajustar” tudo a uma eventual frustração de suas “ordens” estatísticas.
Mas não estão fazendo nada senão, como em 2010, construírem um “tempo extra” onde mais factoides midiático-policiais lhes propiciem chances de ser o que não são: a escolha do povo brasileiro.

O passado que o PSDB quer esconder

A sociedade brasileira tem memória. Os trabalhadores e trabalhadoras têm memória.
Memória, em tempos de eleição é coisa de luxo. É importante.
Assista ao vídeo, você que é da época, 1994-2001, vai relembrar, você que é jovem vai conhecer.
O PSDB desmontou o Estado brasileiro e fez um dos piores governos que o Povo e os trabalhadores já experimentaram. Conheça.

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

NauFraga é o Arrocho de sempre Que autoridade tem esse operador de moedas e fortunas ?

Armínio NauFraga é aquele dos juros de 45% ao ano !

Do desemprego de 12,5%.

Ele, portanto, tem autoridade profissional para ser o Ministro da Fazenda do Arrocho Neves.

NauFraga também acha que o Salário Mínimo cresceu muito.

Um jenio !

E acabou de apresentar o “programa” de Governo do Arrocho.

Não precisava.

O “programa” do Arrocho é o do FHC, aquele que quebrou o Brasil (com o NauFraga) três vezes e, sem sapatos,  foi ao FMI.

Graças, é claro, à mãe de todos os mensalões, a compra da reeleição, como bem lembrou a Bláblárina no debate da Globo.

Mas, na véspera da eleição o Arrocho lançou o programa do NauFraga.

Eles são daqueles “idiotas do tripé”, diria o Nelson Rodrigues.

Aliás, essa bendita eleição ofereceu ao Brasil a magnífica oportunidade de opor os parvos do tripé ao método Lulilma.

E o resultado a gente já conhece desde 2002…

Vamos ao “programa” do NauFraga.

- As despesas não podem crescer mais do que as receitas.

Joga fora o Keynes…

É de uma arrogância intelectual impressionante.

Que autoridade intelectual tem esse operador de fortunas para “rever” a obra do Keynes, assim, como quem chupa um picolé ?

Quantos livros já escreveu ?

O que ele já fez na vida, além de administrar a fortuna de ricos – além da dele ?

Seu patrão, o George Soros, pelo menos, escreve livros, participa do debate de ideias e financia atividades democráticas em países autoritarios.

É um mega-bilionário de outra estirpe.

Que, nos Estados Unidos, vota com os trabalhistas.

O discípulo não aprendeu nada com ele – a não ser operar moedas…

O Fernando Henrique também, um dia, achou que o Gustavo Franco era o jenio da raça.

Depois demitiu-o.

O Gustavo Franco, pelo menos, escreve …

- Os juros “normais” serão de 2%.

Para quem praticou 45%, é muita desfaçatez.

Como disse a Dilma à Blablárina, outra autoridade em política monetária: os juros do Brasil, hoje são os mais baixos da História.

- A meta de inflação de 4,5% será atingida em dois anos; depois, reduzida para 3%, com banda de 1,5 ponto (hoje é de 2).

Ou seja, arrocho. Desemprego, cortes no Bolsa Família, no Minha Casa Minha Vida, na construção do submarino nuclear e no finaciamento da safra.

E, para chegar aos 3% de inflação, juros de 45%, para a alegria da Neca Setubal !

É fazer o que os americanos deixaram de fazer e o Draghi vai deixar de fazer na Europa.

O Hemisfério Norte já mudou e os Colonizados ainda não perceberam …

Isso leva tempo, amigo navegante.

Os Colonizados sintonizarem as novas tendências Metropolitanas.

- Arrocho diz que vai levar o investimento de 16,5% para 24% do PIB.

Com a cavalar redução do investimento público, quero ver …

Um jenio !

- Mercosul

E aí vem a pegadinha “beijo na cueca”: “se for obstáculo a uma maior integração comercial, será revisto”.

O que significa isso ?

Fazer do Brasil um México.

Um Estado Associado !

O que significa ser um México ?

Fazer como o novo presidente do PRI, o Peña Nieto, que entregou a PEMEX aos americanos: entregar o pré-sal à Chevron.

Eles rodam, rodam e se agasalham no colo do Titio.

Do Norte.

(E de Cláudio).

NauFraga é daqueles que falam mal  do Brasil no exterior.

E investem pesado aqui na Economia da Dilma – e ganham rios de dinheiro.

Para ele e os clientes.

Paulo Henrique Amorim

Lula aos indecisos: como era o Brasil antes do PT? Lula pede que o último dia da campanha não seja o derradeiro da militância. E que a partir desta sexta-feira, comece um mutirão boca a boca, porta a porta.


Último dia de campanha, último dia de aula da semana e o  debate da sala de Professores e Professoras foi longe. É, o ódio ao Partido dos Trabalhadores fomentado pelo PIG - Partido da Imprensa Golpista, diga-se, Globo, Estadão, Folha, TV Globo...nove família, unidas, centradas, manipulando a opinião pública de quase todo o país -, fez-se presente em nossa nobre sala.

Impressiona as falas raivosas, despolitizadas e ultraconservadoras de parte substancial dos colegas. Costumo defender que nossa classe precisa ir além da revista veja e da rede globo, não é aceitável, educadores e educadoras se pautarem nesses veículos de "comunicação" para argumentarem as questões maiores e sérias desse país. Todos nós conhecemos - ou deveríamos - o que a veja e a globo são capazes. Essa duas respondem hoje dezenas de ações na justiça por calúnia e difamação. O Machetômetro, pesquisa feita pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro, mostra o que PHA defende em seu Conversa Afiada há meses, a "grande" mídia no Brasil se tornou um partido político, o PIG - Partido da Imprensa Golpista -, será que nossos colegas já leram sobre? Já refletiram sobre isso? Está passando da hora.

Aqui em Brasília, governada pelo Partido dos Trabalhadores (PT), vivemos uma situação que tenho debatido aqui nesse espaço. Agnelo, atual governador e candidato à reeleição, quando assumiu há quatro anos, pegou um DF recheado de problemas, corrupção, que envolvia agentes públicos importantes, inclusive o próprio governador na época o Sr. Arruda, obras paralisadas, greves de trabalhadores etc.

Agnelo assumiu, passou dois anos limpando a sujeira deixada pelas "autoridades" anteriores. Sofreu derrotas seguidas da justiça a pedidos da oposição local quando iniciou as audiências públicas e as publicações das regras legais para iniciar a maior transformação que o transporte coletivo já passou, foram meses jogados fora, um longo tempo perdido, até ganhar na justiça o direito de fazer as mudanças - hoje mais de 95% dos ônibus de Brasília foram trocados por novos o modernos veículos -. Brasília está limpa, mais bonita, mais cuidada. Esse governo finalizou cerca de 105 obras deixadas pelo governo anterior e fez outras centenas. Contratou cerca de 7 mil funcionários públicos, desses mais de 3 mil professores.

Como podemos medir um bom governo?
Não são as obras, a transparência com os gastos públicos?
Não é tratar a cidade e as pessoas bem?
Não é criar as condições na saúde e educação para que o Povo tenha melhor qualidade de vida?
Agnelo fez tudo isso. Não jogue fora um projeto que melhorou a vida de todos.
O texto acima foi inspirado no texto postado abaixo. Leia.

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)


Site Conversa Afiada - 04/10/2014



De Saul Leblon, extraído da Carta Maior:


LULA AOS INDECISOS: COMO ERA O BRASIL ANTES DO PT?



Lula pede que o último dia da campanha não seja o derradeiro da militância. 

E que a partir desta sexta-feira, comece um mutirão boca a boca, porta a porta.


Ex-presidentes costumam dar expediente em institutos e fundações de carpete 
macio, gabinetes de mogno e mesas de vidro com aço escovado.


Telefonemas bajuladores e audiências reverenciais compõem uma rotina 

colorida, fatiada de almoços elegantes e recepções requintadas. Amenidades 

bocejam 24 horas por dia no seu entorno.


Bons negócios, comendas, lavanda inglesa e gravatas de seda italiana.


Mas tem um deles que destoa do figurino de voz macia e boutades autocentradas.


Debaixo da garoa fina desta quinta-feira, protegendo a cabeça branca com 

chapéu de boiadeiro que destoa do blusão esportivo, a voz rangendo idade, 

cansaço, estrada, o rosto vincado, lá está ele em Diadema, no cinturão vermelho 

de São Paulo, em cima de uma carroceria, puxando a carreata que fecha o 

primeiro turno da campanha de 2014.


Alguém poderia imaginar que estamos falando de FHC?


Não. Quem está ali com uma mão agarrada ao microfone e a outra a 

gesticular, alternando uma e outra, a voz rouca modulando altos e baixos de 

ironia e indignação, mestre na oralidade, é o único ex-presidente capaz de 

fazer isso como se fosse um novato, a suar a camisa para provar que 

suas ideias pertencem ao mundo através da ação.


O novato no caso é o político que alia a garra de um jovem militante à 

experiência de maior líder popular do Brasil.


Duas vezes ex-presidente da República, ele dá o exemplo da volta às origens 

que cobra do PT.


Levar a disputa às ruas.


Definir o campo de classe dos interesses em jogo.


Voltar às bases, ouvir, falar, engajar e aí nunca mais se omitir.


É isso que ele tem feito com intensidade assustadora para a idade e o 

susto de um câncer diagnosticado há três anos , em 29 de outubro de 2011.


Lula fará 69 anos no dia seguinte ao pleito de 5 de outubro próximo. A contrariar 

o fardo dos outubros, nos últimos nove dias ele visitou nove cidades, fez mais 

de 15 comícios.


Na terça feira, de dia, estava na Capela do Socorro; à noite em Cidade 

Tiradentes, agora em Diadema. Fala duas, três vezes por dia. Como fazia 

no governo.


Fosse FHC, as câmeras de televisão estariam formando uma parede entre o 

orador e a plateia reunida em frente a um supermercado em Diadema.


Mas é Lula; e sendo Lula quem é, tem que ser escondido pelo que representa, 

pelo que já fez, pelo que ainda fará e hoje, sobretudo, pelo que ainda fala e faz.


Ele faz coisas do seguinte tipo: na carreata em Diadema levou anotações com 

dados do site Manchetômetro, um monitoramento de mídia feito por pesquisadores 

da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) sobre a cobertura das 

eleições de 2014.


Durante quase dez minutos Lula dissecou o sentido político dos números 

frios colhidos pelo Manchetômetro.


Fez manchetes com notícias que não saem nos jornais.


Ao mencionar o tempo ocupado por escaladas negativas contra a presidente 

Dilma Rousseff no Jornal Nacional ( 1h46m), por exemplo, recorreu 

à metáfora futebolística e disparou para ninguém mais esquecer: ‘A Globo na 

campanha presidencial de 2014 dedicou mais tempo dando manchetes contra 

a Dilma do que a duração de uma partida de futebol’.


Pronto. Não precisava mais nada.


Mas para reforçar ele não hesitou em sacudir a anotação no ar: sabem quantos 

minutos de noticiário negativo a candidata do PSB teve no mesmo período ?


Nenhum.


Um mestre na pontuação oral.


Sobrou também para os jornalões da ‘gloriosa imprensa brasileira’, como 

ele gosta de alfinetar com ironia ácida.


Um número resume todos os demais.


Desde o início da disputa, em 6 de junho, lembrou a voz rouca, mais afiada 

que nunca, os jornais Folha de SP, Globo e Estadão deram nada menos 

que 490 manchetes negativas contra Dilma.


Uma intensidade mais de quatro vezes superior a soma das manchetes 

negativas atribuídas a Aécio e Marina juntos (114).


A conclusão disso tudo altera a voz rouca, que agora adquire um 

sentimento de indignação diante do qual é impossível ficar indiferente.


Imagine essa cena no Jornal Nacional.


Não acontecerá.


Porque Lula não é FHC e porque FHC jamais diria o que ele vai disparar em 

seguida.


‘Isso acontece porque neste país não existe liberdade de imprensa, mas sim 

a doutrina de nove famílias que dominam a comunicação e nutrem ódio pelo PT. 

Não pelos erros que o PT possa ter cometido’, fuzila a rouquidão indignada. 

‘O PT tem defeito? Tem’, prossegue depois de uma pausa. ‘Mas eles nos 

odeiam não pelos nossos defeitos. E, sim, porque o PT promoveu a ascensão 

social dos pobres neste país. É por isso que desde o início da campanha eles 

atacam a Dilma com o equivalente a três manchetes negativas por dia cada um’.


A indignação contra esse cerco, cujo núcleo duro está arranchado no estado 

de São Paulo, fez o ex-presidente intensificar a campanha de rua no interior 

e na região metropolitana da capital.


Sua determinação extrai força de uma certeza: é preciso enfrentar e romper o 

torniquete de aço contra Dilma, contra Padilha e, sobretudo, contra o PT e 

contra ele próprio. Ou a restauração conservadora pode fechar de vez as 

portas e frestas sociais e geopolíticas arduamente abertas a unha nos 

últimos doze anos.


Ao final da carreta, esse orador empenhado faz um apelo acalorado.


Lula pede que o último dia da campanha não seja o derradeiro da militância. 

Que ela continue a falar o que a sua voz já não poderá mais dizer na boleia 

de um caminhão. E que a partir desta 6ª feira, comece um mutirão boca a boca, 

porta a porta, voto a voto para buscar o eleitor indeciso e decisivo na arrancada 

final para a urna.


A senha que ele sugere à militância diante dos recalcitrantes é a sua convicção 

de que a memória é um pedaço precioso do futuro a ser conquistado nestas eleições.


É com essa certeza que ele faz sua despedida como quem sacode o país pelos 

ombros para espantar o torpor criado pela doutrinação midiática conservadora 

e diz: ‘Perguntem às pessoas se elas se lembram como era o Brasil antes 

de o Lula governar este país’.






sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A aposta no papel histórico de Dilma

dilmaditadura
                           (Quando Dilma se reencontrará com a jovem Dilma?)

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Bom texto esse da Morena, o melhor ponto, talvez seja o dos fundamentalistas religiosos. Quando falamos sobre isso com companheiros de luta, com professores/professoras e estudantes pode ficar a impressão que estamos fazendo a tal de "teoria da conspiração" mas, não é não, o que temos alertado ao longos desses últimos anos é a crescente onda conservadora que vem aos poucos tomando conta de parte da sociedade e da política brasileira.

Estive dando uma pesquisada nas propostas de projetos de lei nessa área na Câmara Distrital e no Congresso Nacional, é impressionante a quantidade e o conteúdo conservador, fundamentalista e, de certa forma violento, de grande parte dessas propostas.

A sociedade organizada, professores em todos os níveis, advogados, negros, a população LGBT, os índios, as mulheres, os jovens, precisam tomar pé, criar comitês de acompanhamento e fazer essa discussão chegar às escolas e às ruas.

Tenho postado aqui, matérias sobre a seriedade que representa para a sociedade brasileira como um todo, essa onda conservadora. Não vou, novamente me reportar ao passado longínquo ou não tão distante assim para mostrar as dezenas de milhares de movimentos violentos criados em nome de supostos deuses e que amedrontou, cerceou, assassinou e/ou tirou a liberdade e a vida de pessoas e grupos no mundo todo.

O próximo governo de Dilma Roussef precisa voltar à Dilma da juventude, concordo com a blogueira Morena, e, esse retorno, para melhor e mais democrático, poderá, talvez, transformar as demandas das ruas em ações políticas de fato na construção da liberdade.

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

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A aposta no papel histórico de Dilma

Fonte: Blog Socialista Morena - 03/10/2014

Este ano, mais uma vez, brasileiros de esquerda, militantes ou não de partidos políticos, eleitores históricos do PT, farão a aposta em Dilma Rousseff nas eleições. Decepcionados com os últimos quatro anos, votarão de novo em Dilma não pelo que fez, mas com a esperança de que, reeleita, cumpra o seu papel histórico como mulher, ativista de direitos humanos e participante ativa da luta contra a ditadura militar.
Estamos assistindo atônitos ao avanço dos fundamentalistas religiosos e do conservadorismo em geral em nosso País. Em seus primeiros anos no poder, a ex-guerrilheira não se mostrou valente ao ponto de enfrentá-los, sob a desculpa de garantir a “governabilidade”. Se for reeleita, Dilma precisa retomar a agenda progressista o quanto antes. Abandoná-la foi um erro que, isto sim, quase lhe custou a governabilidade. Ou alguém duvida que as manifestações de junho de 2013 começaram graças à insatisfação da própria esquerda com o PT?
Ceder aos fundamentalistas e ao conservadorismo não rendeu a Dilma estabilidade na presidência muito pelo contrário. É importante o apoio no Congresso; mas mais importante ainda é o apoio das ruas. E não há como apoiar um governo que se amedronta e deixa de cumprir promessas feitas a setores que historicamente sempre estiveram a seu lado. O PT possui uma dívida com as mulheres, com a população LGBT, com os índios, com os sem-terra, com os desaparecidos e mortos pela ditadura. Quem votar em Dilma agora estará apostando que ela seja capaz de saldá-la. Ou irá abandonar a presidente à própria sorte na primeira oportunidade, como aconteceu em junho.
Estou convencida de que nenhum dos candidatos à exceção de Luciana Genro, do PSOL, sem chances reais de vitória– possui as condições de fazer este movimento a não ser Dilma. Não enxergo em Marina autoridade ou vontade política para avançar nas questões LGBTs, por exemplo. E nem mesmo, apesar de seu passado ambientalista, na questão indígena, dadas as escolhas econômicas que está fazendo. O PSDB tampouco demonstrou, ao longo de sua trajetória, que estes temas lhe são caros. O PT, sim.
Com Marina no páreo, Dilma tem a vantagem de estar sem fundamentalistas a seu lado. Todos eles manifestaram apoio à candidata do PSB. É a hora, portanto, de assumir as posições que os desagradam. Senhores marqueteiros, ouçam-me: a conjuntura mundial, moralmente falando, mudou. Vejam o exemplo de Barack Obama nos Estados Unidos. Assumir posições progressistas não tira votos; acrescenta. E, mais que isso, propicia ao governante um suporte fundamental junto à população. São formadores de opinião, gente que fará diferença na hora em que outro “junho de 2013″ se anunciar no horizonte.
Caso seja eleita domingo, Dilma Rousseff terá pela frente dois caminhos a seguir. Ou faz um segundo mandato medíocre como Fernando Henrique Cardoso, em que todo mundo contava os dias para que acabasse, ou segue o exemplo de Lula, se aproxima dos movimentos sociais, e se supera em relação ao primeiro mandato. É preciso que Dilma faça sua escolha: se quer, mesmo sendo a primeira mulher a ocupar o cargo, tornar-se apenas mais um retrato na galeria dos presidentes da República ou se quer garantir o seu lugar na História.


quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Dia decisivo para a “sobrevida” da candidatura Marina Silva

queda

Em quem a direita vai se agarrar agora que a candidata Marina cai como manga madura?
A sociedade brasileira, apesar de toda cretinice das elites e parte da classe média conservadora, enxerga muita coisa. Ver por exemplo que o mercado e os grandes grupos econômicos, apenas desejam mais e mais, é um verdadeiro "saco sem fundo", como diria minha vó.
O grande capital, capitaneado pela "grande" mídia, que PHA denomina, com muita razão, de PIG - Partido da Imprensa Golpista -, parece perdido no momento, claro, não tenha ilusões, continuarão ganhando e enriquecendo, mas estão momentaneamente no "mato sem cachorro", apostaram em Aécio (murchou), depois da tragédia da morte do candidato do PSB jogaram todas suas fichas em Marina que subiu...subiu e, agora, caiu...caiu...
Em quem se agarrar?
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
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Dia decisivo para a “sobrevida” da candidatura Marina Silva
Vem aí uma maratona de pesquisas.
O Datafolha registrou nada menos que três: para hoje, amanhã e sábado.
O Ibope, outras três: hoje, sexta e sábado.
É uma vergonha, em matéria de indução do eleitorado, mas é assim que as coisas se passam em nosso país, com a mídia que temos, com seus “apêndices” estatísticos.
Vamos assistir uma guerra, que vai ter como cena central a “crise” econômica que está sendo criminosamente construída na Bolsa e no dólar.
Essa é a “frente de ataque a Dilma”, mas a direita, apesar ne ter deixado de lado toda a prudência nisso, não sabe o que fazer diante do caldeirão em que armou seus feitiços.
Marina foi uma aposta imprudente, na qual jogou todas as suas fichas, e ela, visivelmente, gorou.
Pode ter força residual para chegar ao segundo, mas isso se torna cada vez mais duvidoso.
O Globo, hoje, abre suas baterias sobre ela.
Reportagem mostra como foi financiada pela Natura e pelo Itaú.
Merval Pereira já admite que, entre os assessores de Aécio (isso é uma auto-análise?) é forte a percepção de que “é possível ir ao segundo turno passando por cima de Marina”.
E Ricardo Noblat, que havia se tornado um dos mais intransigentes “marinistas” da mídia, parte para o desaforo com a candidata.
E vaticina: “Agarre-se Marina com todos os deuses disponíveis para não morrer na praia antes de domingo próximo. Corre tal risco.’
Quem vai mostrar este “risco” são os números que as pesquisas de hoje terão coragem de assumir.
Marina abaixo dos 25% será sinal de desembarque da candidatura da ex-verde, ainda mais se acompanhado de Aécio com 20%.
A tendência é essa e é no um a mais, um a menos – que vai se estreitando quanto mais perto estamos da votação – que se formam as “ondas” de expectativas.
Para recordar: no primeiro turno de 2010, Dilma teve 46,9% dos votos válidos, depois de uma semana final com tendência de queda, o contrário do que ocorre agora, quando tem 45- 46% dos válidos
Serra teve 32,6%, e entrou estável na última semana, com uma percentagem entre os válidos que se aproximava dos 32, segundo o Datafolha. Como Marina virou o Serra de 2014, veja-se que ela tem, no último Datafolha, 30,3% dos válidos, em franca trajetória de queda.
E Aécio, o azarão que era Marina em 2010, quando esta teve 19,3% dos válidos, entra, em estabilidade ou leve alta, na semana final nas mesmas condições que ela terminou, pois tem, segundo o último Datafolha, 20,2% dos válidos.
Marina tornou-se um mulambo eleitoral. Imprestável.
Tornou-se evidente que a direita ou a mata ou corre o risco de morrer com ela.

Lula e Dilma intensificam campanha em São Paulo

ITAPEVI
                Lula mergulhou de cabeça na campanha em São Paulo.
Campanha eleitoral para pessoas, projetos para pessoas, sorrisos também. Esqueça o ódio, o preconceito, se você é Povo, é trabalhador/trabalhadora, engaje na campanha nesse momento.
A foto acima, retirada do blog TIJOLAÇO, é emblemática, é verdadeira, o Povo, na sua grande maioria, percebeu que nos últimos 12 anos o país avançou, talvez como nunca, em várias áreas.
É hora de você se envolver, dizer firmemente de que lado está, não é possível ficar em cima do muro, quem faz isso é no mínimo um omisso, para não dizer mais.
Desde 1989 entramos na luta das campanhas eleitorais, naquela época em Grajaú e Imperatriz, afastados dos empregos, fazíamos pequenos comícios relâmpagos em vários pontos da cidade em cima de um jeep de um amigo ou no fusca azul do "seu" Amadeu.
Foram três campanhas até a vitória, foram tempos de muita luta, mas valeu muito a pena, somos hoje um país bem melhor, construímos Políticas Públicas de alcance social jamais pensada.
Entre, lute pata manter acesa a chama popular de um governo que fez, faz e fará ainda mais pelo Povo, pela maioria.
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
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Lula e Dilma intensificam campanha em São Paulo
Está fazendo – e isso é um sacrifício para ele… – discursos relâmpago para poder dar conta de uma agenda diária de três ou quatro atividades de corpo a corpo.
Hoje foram Itapevi e ainda tem Barueri, Carapicuíba e Osasco.
O peso de Lula na periferia você vê aí nas fotos.
E ele provoca: “eu ouvi dizer que o mercado está nervoso porque a Dilma vai ganhar. Ganhei em 2002 e 2006 e não pedi voto para o mercado. Dilma ganhou em 2010 e não pediu voto pro mercado. A gente pede voto é pras pessoas”.
Segundo o R7, ele afirmou  que a elite nunca aceitou o fato de o PT governar o Brasil e disse que o partido sofreu “o maior preconceito da história do País” e que ele  era criticado qualquer motivo, inclusive por ter barba.
— Mas eles esqueciam que Jesus Cristo também tinha barba, Tiradentes também tinha barba.
O PT intensificou a ofensiva para virar os votos paulistas, único estado importante onde Marina Silva ainda tem vantagem. Dilma participou de carreata  em Santos.
E está agora no Rio, falando a atletas  e a profissionais do esporte.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

I Fórum dos Eixos Transversais - SEEDF

Prof. Dr. Nelson Inocêncio (Unb) e Prof. Gilbert (CemSL)

Estivemos no dia de ontem na Escola Parque da 313/314 Sul no I Fórum dos Eixos Transversais. Você, companheiro professor e companheira professora, precisa, se ainda não o fez, conhecer e trabalhar no seu dia a dia de sala aula os temas dos Eixos Transversais.

Ontem, tivemos a oportunidade de debater com uma mesa de professores altamente preparados e, todos eles negros, para mim é um bom sinal de respeito à diversidade, apesar de fora, lá na sociedade, esse respeito não seja o mesmo, ao contrário, a intolerância parece reinar e, isso é preocupante.

Uma das minhas indagações no momento do debate, foi - "Quando falamos sobre, por exemplo, religiões afro-brasileiras em nossas coordenações com as diversas áreas, sentimos um clima tenso entre nós professores e professoras, a impressão que passa, é que nós educadores e educadoras, em pleno século XXI, nos encobrimos com o manto da intolerância e do preconceito, o que fazer para tirarmos essa roupagem?" Como posso trabalhar educação para o respeito à diversidade, se eu sou preconceituoso, intolerante? Esse, penso eu, talvez seja um dos maiores desafios na educação brasileira, principalmente na escola pública.

Um dos pontos talvez mais importantes da explanação dos debatedores foi a questão do proselitismo. Nós educadores insistimos em dizer que não podemos falar de religião nas escolas, que o Estado brasileiro é laico mas, de forma inconsciente ou não, nos empenhamos em converter nossos alunos e alunas à nossa fé religiosa. Como posso fazer isso? É aceitável? claro que não. O proselitismo é uma realidade em nossas escolas, principalmente nas públicas, por isso talvez seja importante, encararmos a questão da Educação Religiosa, entendermos a base legal - Constituição88, LDB/96 e demais fundamentos legais - e promovermos o debate honesto nas escolas e, a partir daí, tomarmos uma decisão que seja a melhor e mais democrática e honesta, o que não é aceitável, é a prioridade que é dada no ambiente escolas às religiões cristãs em detrimento das religiões afro-brasileiras ou outra fé qualquer, ou fé nenhuma.

Minha sugestão aos colegas professores e professoras: Conheçam os fundamentos legais do Estado brasileiro sobre o Ensino Religioso nas escolas, conheçam a questão da laicidade do Estado, conheçam as religiões afro-brasileiras e indígenas ameríndias, conheçam o islamismo, conheçam as demais religiões mas, para que isso possa acontecer de fato, você precisa se despir do preconceito, da intolerância.

Bons estudos, boas aulas.

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)