sábado, 10 de junho de 2017

Só a União do Povo poderá barrar o avanço e destruição de direitos

por José Gilbert Arruda Martins


O velho, saudoso e bom Karl Marx dizia certa vez, ao escrever o segundo livro mais lido do mundo "O Manifesto Comunista" em 1848: "Trabalhadores do mundo Uni-vos!". Como, grande parte das reflexões do pensador alemão, que morreu em 1883, são muito atuais, vamos, modestamente, tentar atualizar a frase que poderia ficar assim: Trabalhadoras e Trabalhadores do Brasil e do Mundo, Uni-vos!

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Os recentes golpes de Estado na América Latina - Honduras, Paraguai e Brasil -, mais as vitórias eleitorais na Argentina, nos EUA e, agora na França, são sinais mais que claros do avanço da direita e, junto com ele, a retirada de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras.

O avanço conservador é parte da retomada e adequação no cenário mundial e local das políticas neoliberais que garantem aos rentistas daqui e de todo o planeta mais lucros em prejuízo da maioria da sociedade.

No Brasil, as medidas que indicam o aprofundamento dessas políticas são o congelamento por 20 anos dos gastos sociais; as reformas trabalhista e previdenciária e a entrega do pré-sal. Essas medidas tomadas pelo governo usurpador do Michel Temer, são parte do "pagamento" aos fiadores do golpe.

Apesar de estar claro que, por onde passou, o neoliberalismo não funcionou, ao contrário, provocou mais miséria, mais desemprego, mais violência e angústia ao povo, as elites de vários países, tanto do centro do capitalismo global como da periferia, que é o caso do Brasil, teimam em instalar e aprofundar as políticas de privatização, arrocho salarial e cortes nos programas sociais.

Nesse sentido, destacando apenas o Brasil, podemos enxergar que, após o afastamento de uma presidenta eleita legitimamente com mais de 54 milhões de votos, a situação só piorou para os trabalhadores e trabalhadoras. A sociedade brasileira e a classe trabalhadora foram escolhidas para pagar o "pato amarelo da crise". Enquanto isso, os rentistas, cerca de 1% da população brasileira, continuam a engordar seus bolsos já gordos de lucros.

Olha para você e para sua comunidade, a vida melhorou, após o golpe? Os índices oficiais dizem que não. O desemprego chegou a 13 milhões de pessoas da população economicamente ativa; os salários não acompanham os aumentos do custo das mercadorias e alimentos; o botijão de gás, que já é caro, segundo as notícias, terá aumento todo mês a partir de agora.

Nesse cenário de retiradas violenta de direitos, desemprego e carestia, o que pode ser feito? Como lembra Karl Marx: Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, Uni-vos! Só a união, organização e luta cotidiana, poderá levar à vitória e a construção de uma situação que leve o povo a melhorar de vida, com melhores e mais empregos, com melhores e mais salários.

A luta democrática hoje, que precisa ser de todas e todos é a luta por Eleições Diretas Já, se as elites vencerem mais essa, o Temer poderá continuar e, se for afastado, o Congresso poderá escolher de forma indireta o novo mandatário que virá com toda força para aprovação das reformas.

Por fim, é importante alertar a aqueles que ainda não enxergaram que, somos todas e todos trabalhadores, somos cerca de 99% de povo trabalhador, o restante, 1%, são os ricos, os caras que estamos combatendo hoje, porque estão retirando nossos direitos e lucrando com a nosso suor, com nossa força de trabalho. Procure entender de que lado você precisa ficar. O inimigo não é o Estado, o inimigo é quem nos explora, as elites rentistas.








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