sábado, 27 de abril de 2019
LULA DESOSSOU MORO E DALAGNOL (27.4.19)
LULA
DESOSSOU MORO (27.4.19)
“Em
entrevista concedida em Curitiba aos jornais "El País" e "Folha
de S.Paulo", ex-presidente afirma que nasceu para viver 120 anos e vai
trabalhar muito para provar sua inocência.”
Trabalhador
e trabalhadora deve pensar:
Por
que Lula que fez tanto pelo país e pelos mais pobres está preso há mais de 1
ano?
Nesse
contexto é importante lembrar novamente aqui o que falou a presidenta Dilma
Roussef: “O golpe não é contra mim ou contra o PT é um golpe contra o
trabalhador.”
Essa
frase diz quase tudo querida trabalhadora.
Os
caras, lacaios do grande capital, lacaios dos super ricos, com a grande ajuda
da rede globo, retiraram à força, estuprando a Constituição e praticamente
todas as leis vigentes, um projeto popular para implantar um projeto elitista.
Temos
que tentar, por mais que você não goste de Lula ou do PT, lembrar que até 2003,
início da ERA LULA, o país tinha uma população de famintos e miseráveis que
chamava a atenção do planeta.
Os
filhos e filhas do povo não estudavam, paravam de estudar ainda durante o
ensino fundamental.
O
déficit habitacional, no que tange à moradia popular, era um absurdo.
A
maioria da população brasileira, fundamentalmente das periferias das grandes
cidades e, fundamentalmente das áreas rurais do Brasil profundo nunca tinha
visto um médico em 100 anos.
O
Brasil não era digno de nenhum respeito no cenário internacional. Devia ao
Banco Mundial, ao FMI, ao EUA.
Com
Lula e Dilma, muita coisa mudou:
Segundo
o Banco Mundial “o Brasil é um dos países mais bem-sucedidos na redução da
pobreza nos últimos 15 anos."
Mais
de 40 milhões de brasileiros e brasileiras saíram da miséria.
O
Brasil saiu do mapa da fome mundial.
Filhos
e filhas do povo entraram na universidade.
O
Minha Casa Minha Vida deu a dignidade da moradia a milhões de famílias no país
todo.
Médicos
e médicas visitavam o povo de casa em casa num projeto maravilhoso de Atenção
Básica à saúde no Programa Mais Médicos.
O
Brasil pagou a dívida externa, passou a ser credor dos EUA e, quando Dilma foi
retirada do governo, o país tinha uma reserva cambial, de mais de US$ 380
bilhões.
Pleno
emprego.
O
gás de cozinha acessível ao trabalhador.
A
gasolina barata.
ETC.
ETC. ETC.
Poderia
passar o dia inteiro aqui falando.
Por
que então derrubaram Dilma, perseguiram e prenderam Lula e elegeram um verme
como Bolsonaro?
Aqui
o trabalhador e trabalhadora precisa fazer o esforço da reflexão.
A
política é uma disputa pelo orçamento público que é bilionário.
A
política e a história do Brasil é movida por uma luta de classes.
Por
uma luta de interesses.
Interesses
dos ricos contra interesses do povo.
Então,
por isso venho debatendo aqui com vocês.
Trabalhador
e trabalhadora que morre de trabalhar todos os dias.
Que
trabalha de domingo a domingo, quase sem nenhuma folga para ver e curtir a
família.
Entra
numa Havan, um supermercado extra, uma Ruachelo da vida, num trabalho mal
remunerado, em pé horas a fio...
Precisa
procurar entender o mínimo possível dessa luta de classes e de interesses.
Isso
é um jogo político que, nesse momento estamos perdendo.
Lula
é a chave para que o jogo volte a ser jogado pelo povo.
sexta-feira, 26 de abril de 2019
LULA VAI FALAR À NAÇÃO
LULA
FALA À NAÇÃO
“Depois
da manobra da Polícia Federal, TUDO INDICA, A MANDO DE MORO, para desrespeitar
decisão do Supremo Tribunal Federal e obrigar Lula a dar entrevistas com
"plateia", o Ministro Ricardo Lewandowski, do STF, restabeleceu a
hierarquia em despacho na tarde desta quinta-feira, 25/4.” (Conversa Afiada).
Ele
determinou:
“A
liberdade de imprensa, a pesar de ampla, deve ser conjugada com o direito
fundamental de expressão, que tem caráter personalíssimo, cujo exercício se dá
apenas nas condições e na extensão desejadas por seu detentor, no caso, do
ex-Presidente Luís Inácio Lula da Silva, ao qual não se pode impor a presença
de outros jornalistas ou de terceiros, na entrevista que o supremo franqueou
aos jornalistas Florestan Fernandes e Mônica Bergamo, sem expressa autorização
do custodiado e em franca extrapolação dos limites da autorização judicial em
questão.”
Lula
em fim vai falar.
Se
essa entrevista tivesse sido feita em outubro o país seria outro hoje.
Bem
melhor.
Teríamos
as obras de infraestrutura em pleno vapor.
Trabalhadores
e trabalhadoras saindo de casa para trabalhar.
Samu
funcionando.
Prouni
idem...
Enem
também.
Farmácia
popular aberta, aguardando o trabalhador entrar.
O
Fies emprestando dinheiro aos filhos do povo.
Mas,
em fim, Lula vai falar...
Vai
falar que a Reforma Trabalhista precisa ser anulada pois destruiu o emprego no
Brasil.
Lula
vai falar que a Terceirização Irrestrita faz do trabalhador e trabalhadora
escravos do século XXI.
Vai
falar também que o petróleo do pré sal precisa ser retomado dos EUA e investido
em educação e saúde do trabalhador...
Lula
vai falar...
Vai
trazer de volta a aposta num país soberano.
Vai
trazer de volta a alegria de ser brasileiro.
Vai
traze de volta a certeza que vale a pena sair de casa todos os dias para
trabalhar, porque agora poderemos ter um país.
Vai
trazer de volta a esperança.
quinta-feira, 25 de abril de 2019
ACAMPAMENTO TERRA LIVRE 2019 (25.4.19)
ACAMPAMENTO
TERRA LIVRE 2019
Por Marilene
Lara Lula da Silva
O
canal Resistência Contemporânea esteve hoje dia 25/4 no Acampamento Terra Livre
em Brasília-DF.
A professora,
filósofa, Marilene Lara Lula da Silva, é a autora da matéria.
A
nosso pedido, ela visitou o Acampamento e entrevistou indígenas das várias
nações.
Queremos
agradecer à professora Marilene, uma incansável guerreira na luta contra o
golpe. Desde 2014, quando iniciaram as primeiras tentativas das elites e seus
lacaios em derrubar a presidenta legítima Dilma Roussef, a professora Marilene
não saiu mais das ruas, das praças, das reuniões e atividades contra o golpe e,
agora, contra o governo Bolsonaro.
Parabéns
e muito obrigado professora Marilene.
Indígenas
em Brasília: “Desta vez, não trouxemos nem as crianças e nem idosos.”
O 15º.
Acampamento Terra Livre (ATL) começou na quarta-feira dia 24/04 e vai até
sexta-feira dia 26/4.
O
evento ocorre anualmente no mês de abril em Brasília e reúne lideranças e
representantes para chamar atenção para as demandas da população indígena.
O
cenário de animosidade, que vem se agravando desde a eleição do presidente Jair
Bolsonaro, deve marcar o encontro.
Por José
Gilbert Arruda Martins
sábado, 20 de abril de 2019
POVO BRASILEIRO É OTÁRIO (20.4.19)
POVO
BRASILEIRO É OTÁRIO? (20.4.19)
Somos
todos uns otários?
Ou
as distrações da TV aberta ainda conseguem embalar nossos sonhos delirantes de
que a classe rica irá dividir o bolo que é feito por todos e todas?
Os
rentistas, que já se lambuzam com bilhões pagos em juros extorsivos pelo
Estado, agora, com a Reforma da Previdência do Guedes e do Bolsonaro,
transformam o povo em otário.
Somos
todos uns otários.
E
por que?
Por
que estamos permitindo que os super ricos continuem explorando o povo, a classe
trabalhadora e mamando nas tetas do Estado e não levantamos a bunda do assento.
Eles
são canalhas, canalhas, canalhas...
Nós
somos otários, otários, otários...
Segundo
o presidente do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sr. Carlos
Doellinger, nós otários, vamos dá R$ 400
bilhões por ano aos super ricos.
Olha
um fragmento da entrevista na folha de São Paulo do atual presidente do IPEA:
“Na
transição, o sr. coordenou o grupo de finanças públicas. Como avalia a questão?”
“Sempre
foi meu diagnóstico que o nosso desequilíbrio fiscal é a raiz de todos os
nossos problemas. Precisamos fazer as reformas que estão sendo propostas. A
começar pela principal, que é a da Previdência. Mas tem outras importantes: a
do Estado, a do pacto federativo, que vai permitir uma melhor alocação de
recursos.”
“As
privatizações podem reduzir a dívida e despesas com juros, que é um encargo
totalmente ruim porque é dar para rentista um Plano Marshall por ano. Eu é que
fiz essa conta para Paulo Guedes e cheguei aos R$ 400 bilhões.”
Vejam
bem, o próprio presidente do IPEA é quem diz que nós otários vamos entregar a
grana...
Por
que existe desequilíbrio fiscal?
Precisaríamos
de uma reforma tributária para taxar os super ricos e desonerar a cesta básica
e a remuneração dos trabalhadores e trabalhadoras.
Equilíbrio
fiscal que Bolsonaro e Paulo Guedes propõem serve a quem mesmo?
Os
recursos das privatizações vão para onde, são bilhões de reais.
Estão
pagando juros da dívida pública.
Essa
é a verdade.
Nenhum
centavo ao povo...
quinta-feira, 18 de abril de 2019
MORO, O APRENDIZ DE DITADOR (18.4.19)
MORO, O APRENDIZ DE DITADOR
(18.4.19)
Quando Sérgio Moro, o
imparcial de Curitiba, era juiz, exorbitou do cargo e da função transformando-se
no único magistrado do país.
Como juiz de primeira instância,
já falamos aqui por mais de uma vez, foi muito além de suas prerrogativas.
Abusou da lei.
Atropelou o direito, a própria
justiça e o STF.
Agora como ministro, cargo
que ganhou porque tirou Lula da disputa eleitoral, resolve botar as “mangas de
fora”.
Autoritário como juiz...
Autoritário Como ministro...
O ex juizeco, impôs ao país
a Portaria 441/2019, convocando a Força Nacional de Segurança para impedir manifestações
do povo na Esplanada dos Ministérios.
“A decisão visa conter as
manifestações na Praça dos Três Poderes e na Esplanada dos Ministérios, a fim
de “garantir a preservação da integridade física das pessoas, do patrimônio
público e dos prédios da União.”
O prazo para validade da
medida é de 33 dias, a contar a partir de ontem, quarta feira.
Nesse contexto, o vice-líder
do PCdoB, deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA), apresentou, nesta
quarta-feira (17), na Câmara dos Deputados, um Projeto de Decreto Legislativo
para sustar os efeitos da Portaria 441/2019.
“É um desses absurdos que precisam ser
combatidos e explicados”, afirmou Jerry.”
“Vou requerer à Comissão de
Direitos Humanos e Minorias a convocação do ministro para que ele explique a
questão”.
“O ministro exorbita do
poder, ao pretender estabelecer um estado de defesa e intervenção federal na
Esplanada dos Ministério, quando a Constituição, no art. 49, IV, está dito que
essa é uma competência exclusiva do Congresso Nacional.”
Os gregos há mais de 2 mil
anos reuniam-se em praça pública para decidirem suas vidas.
No Brasil, como se já não
bastasse o golpe de 2016 que derrubou uma governante legítima, um aprendiz de
ditador, do alto da sua arrogância, decide que a praça, em pleno século XXI...
Não é do povo.
A capenga, estuprada
democracia brasileira está sendo definitivamente, defenestrada.
quarta-feira, 17 de abril de 2019
ASSANGE, LULA E GRAMSCI PRESOS POLÍTICOS (17.4.19)
ASSANGE,
LULA E GRAMSCI (17.4.19).
Como
você trabalhador e trabalhadora viram, Julian Assange foi preso na embaixada do
Equador em Londres.
Acusado
pelos Estados Unidos de traição por divulgar documentos militares secretos.
O fundador
do WikiLeaks estava na representação diplomática desde 2012.
Julian
Assange foi preso e, talvez seja deportado para os EUA porque divulgou a
verdade do imperialismo norte americano.
Um
imperialismo assassino.
A
política externa dos EUA não respeita leis, soberanias, acordos, ONU,
absolutamente nada.
Alguns
exemplos: A derrubada de João Goular. Quando o Brasil descobriu o pré sal, o
governo brasileiros e a Petrobrás foram grampeados.
Dentro
desse cenário, o linguista Chomsky comparou prisão de Assange à de Lula e
Antonio Gramsci.
Antonio
Gramsci foi um filósofo marxista, jornalista, crítico literário e político
italiano. Escreveu sobre teoria política, sociologia, antropologia e
linguística.
Em
entrevista ao canal Democracy Now, o linguista Noam Chomsky situou a prisão do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um contexto global e comparou sua
situação à do criador do WikiLeaks, Julian Assange. Historicamente, ele vê a
prisão de ambos como similar à do fundador e secretário-geral do Partido
Comunista Italiano Antonio Gramsci (1891-1937).
"Alguns
podem se lembrar quando o governo fascista de Mussolini colocou Antonio Gramsci
na prisão. O promotor disse: 'Temos que silenciar essa voz por 20 anos. Não
podemos deixá-lo falar.' Isso é o Assange. Isso é o Lula. Isso é um
escândalo."
Chomsky
voltou a dizer que Lula “é o prisioneiro político mais importante do mundo”.
Ele acrescentou na entrevista: “Você ouve alguma coisa na imprensa sobre isso?
Bem, Assange é um caso similar: ‘Temos que silenciar essa voz’”.
De
acordo com o pensador, “sob o governo Lula, no início deste milênio, o Brasil
foi um dos mais – talvez o país mais respeitado do mundo. Foi a voz do Sul
global sob a liderança de Lula da Silva”.
por José Gilbert Arruda Martins
terça-feira, 16 de abril de 2019
ALFABETIZAÇÃO OU LETRAMENTO?
no Brasil Escola
Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada.
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, embora a palavra literacy já constasse do dicionário desde o final do século XIX, foi nos anos 80 , que o fato tornou-se foco de atenção e de estudos nas áreas da educação e da linguagem. No Brasil os conceitos de alfabetização e letramento se mesclam e se confundem. A discussão do letramento surge sempre envolvida no conceito de alfabetização, o que tem levado, a uma inadequada e imprópria síntese dos dois procedimentos, com prevalência do conceito de letramento sobre o de alfabetização. Não podemos separar os dois processos, pois a princípio o estudo do aluno no universo da escrita se dá concomitantemente por meio desses dois processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita , o letramento.
O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento , que é o uso social da leitura e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e interacionistas, é preciso conhecer a importância da informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do letramento, deixamos de exercitar o aprendizado automático e repetitivo, baseado na descontextualização.
Na escola a criança deve interagir firmemente com o caráter social da escrita e ler e escrever textos significativos. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo ou grupos de individuos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. “Em termos sociais mais amplos, o letramento é apontado como sendo produto do desenvolvimento do comércio, da diversificação dos meios de produção e da complexidade crescente da agricultura. Ao mesmo tempo, dentro de uma visão dialética, torna-se uma causa de transformações históricas profundas, como o aparecimento da máquina a vapor, da imprensa, do telescópio, e da sociedade industrial como um todo”. TFOUNI, Leda Verdiani.
A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.
Autora: Amelia Hamze
Profª FEB/CETEC e FISO
Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada.
Nos Estados Unidos e na Inglaterra, embora a palavra literacy já constasse do dicionário desde o final do século XIX, foi nos anos 80 , que o fato tornou-se foco de atenção e de estudos nas áreas da educação e da linguagem. No Brasil os conceitos de alfabetização e letramento se mesclam e se confundem. A discussão do letramento surge sempre envolvida no conceito de alfabetização, o que tem levado, a uma inadequada e imprópria síntese dos dois procedimentos, com prevalência do conceito de letramento sobre o de alfabetização. Não podemos separar os dois processos, pois a princípio o estudo do aluno no universo da escrita se dá concomitantemente por meio desses dois processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita , o letramento.
O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento , que é o uso social da leitura e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e interacionistas, é preciso conhecer a importância da informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do letramento, deixamos de exercitar o aprendizado automático e repetitivo, baseado na descontextualização.
Na escola a criança deve interagir firmemente com o caráter social da escrita e ler e escrever textos significativos. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo ou grupos de individuos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. “Em termos sociais mais amplos, o letramento é apontado como sendo produto do desenvolvimento do comércio, da diversificação dos meios de produção e da complexidade crescente da agricultura. Ao mesmo tempo, dentro de uma visão dialética, torna-se uma causa de transformações históricas profundas, como o aparecimento da máquina a vapor, da imprensa, do telescópio, e da sociedade industrial como um todo”. TFOUNI, Leda Verdiani.
A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.
Autora: Amelia Hamze
Profª FEB/CETEC e FISO
Alfabetização Intercultural e apropriação da cultura escrita em áreas indígenas: fragmentos de um debate
na Partes a sua revista virtual
Por Josélia Gomes Neves[1]
Resumo: O tema deste estudo refere-se a uma sistematização introdutória de como vem se dando o debate sobre alfabetização intercultural e o processo de apropriação da cultura escrita[2] em áreas indígenas por parte de estudiosos sobre o assunto. Pretende apresentar os argumentos postos, bem como analisar a sua influencia no surgimento de tendências e orientações explicitadas nas políticas públicas educacionais voltadas para estas populações.
Palavras-chave: Educação Indígena, Alfabetização Intercultural, Cultura Escrita.
Os/as educadores/as não poderão ignorar, no próximo século, as difíceis questões do multiculturalismo, da raça, da identidade, do poder, do conhecimento, da ética e do trabalho que, na verdade, as escolas já estão tendo de enfrentar. Essas questões exercem um papel importante na definição do significado e do propósito da escolarização, do que significa ensinar e da forma como os/as estudantes devem ser ensinados/as para viver em um mundo que será amplamente mais globalizado, high tech e racialmente diverso que em qualquer outra época da história”. (GIROUX, 1995, p.88)
Estudos sobre alfabetização intercultural vêm sendo desenvolvidos por vários pesquisadores[3] no intuito de verificar principalmente o impacto da cultura escrita em sociedades ágrafas, neste caso específico, as populações indígenas, tendo em vista as demandas surgidas que apontam para a necessidade da aquisição deste saber em função das relações pós-contato entre estes e a sociedade envolvente.
Vale ressaltar que a expressão alfabetização intercultural que apresentamos neste texto, deriva do termo Educação intercultural bilíngue, utilizado pela UNESCO para designar uma importante característica da educação escolar indígena, pois pressupõe o esforço do diálogo entre diferentes culturas e saberes, neste caso, a sociedade indígena e não-indígena. Encontra-se também fundamentada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Nº 9394/96 no artigo 78, onde estabelece que:
O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos:
I – proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências;
II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso à informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-índias”.
Entretanto, a concepção intercultural é recente, pois a trajetória da educação escolar indígena (SILVA; GRUPIONI, 1995) nos informa que de maneira geral, a pretensão da escola era de integrar estas populações étnicas à sociedade nacional, no entanto, uma das razões que impossibilitava a consecução deste objetivo eram as línguas indígenas. Neste sentido, a tarefa da escola será justamente a de ensinar os alunos e alunas da aldeia a falar, ler e escrever em língua portuguesa para que assim este entrave fosse superado.
Mas as experiências demonstraram o fracasso de iniciativas desta natureza, ou seja, alfabetizar alunos em uma língua que eles não dominavam – a portuguesa. Sobre a questão, Maria Cândida Barros, afirma que: “[…] Uma experiência anterior de alfabetização entre as crianças Karajá havia mostrado sua inutilidade. O conhecimento da escrita havia caído no esquecimento pela falta de oportunidade e de necessidade de usar a escrita” (BARROS, 1994, p. 27). Situações como esta nos remetem as reflexões de Vygotsky sobre os estudos da linguagem enquanto um sistema simbólico produzido pelo ser humano, ou seja, uma espécie de ganho no processo evolutivo da espécie. Para ele, é por meio dela, que podemos fazer a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento, bem como, socialmente possibilitar o desenvolvimento das funções mentais superiores que depois são culturalmente compartilhadas. Para Vygotsky: “O ensino tem que ser organizado de forma que a leitura e a escrita se tornem necessários às crianças […] e a escrita deve ter significado para as crianças, uma necessidade intrínseca deve ser despertada nelas e a escrita deve ser incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida”. (VYGOTSKY, 1989, p. 133).
Assim, considerando o fracasso na alfabetização, o enfoque a ser empregado daí para frente foi o da utilização das línguas indígenas para garantir a aquisição da escrita, mas como o interesse era a integração dos índios, assim que os alunos aprendiam a ler e a escrever, a língua indígena era retirada da sala de aula, já que a aquisição da língua portuguesa continuava a ser a grande meta. Desta forma, a escola indígena acabava por contribuir para o enfraquecimento, desprestígio e, posteriormente, desaparecimento das línguas indígenas (BRASIL, MEC, 1998).
Contudo, a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, à escola foi colocada à possibilidade de se constituir como um elemento a favor dos povos indígenas, na medida em que pode estimular e favorecer a manutenção ou revitalização das línguas indígenas ao incluí-la em seu currículo com a função e status de língua plena, desta forma assegurando uma proximidade em termos de paridade com a língua portuguesa.
Neste debate a respeito das línguas, destaca-se a escrita das línguas indígenas e suas implicações. A nosso ver, a função da escrita em língua indígena precisa ser amplamente estudada, além do que, há grupos étnicos que preferem não fazer uso escrito de suas línguas tradicionais.
As experiências em outras localidades (GAVAZZI, 1994) têm demonstrado que, com o passar do tempo, a situação pode ser modificada e o uso da língua indígena por escrito passa a fazer sentido e a ser desejável, pois as necessidades que os Povos Indígenas têm em relação ao saber escrito podem ser utilizadas como boas situações de aprendizagem, não sendo preciso então, a criação de argumentos ou versões artificiais, como a nossa conhecida cartilha do ABC. Assim, poderão apropriar-se efetivamente desta cultura, de tal forma que este domínio ou intimidade signifique um “[…] compromisso com uma escrita que permita comunicação e interação de fato – que seja fruto da tentativa de aproximação, a máxima possível, entre o que se pretende dizer, o que efetivamente se diz e o que pode ser compreendido – que exige, do começo ao fim, escolhas de natureza diversa e coordenação de procedimentos complexos…” (PRADO; SOLIGO 2005, p. 36)
Ao longo da discussão sobre a alfabetização intercultural, há posicionamentos de estudiosos favoráveis e não favoráveis quanto ao ensinar e aprender línguas indígenas na escola. De um lado, há aqueles que postulam que a introdução dessa prática na aldeia pode resultar em uma imposição do modo de vida ocidental, acarretando desinteresse pela tradição oral e impelindo à criação de desigualdades no interior da sociedade, entre os que são letrados e os não-letrados. Postulam ainda, sobre os riscos que as intervenções culturais sutis podem causar nas línguas indígenas no processo de transposição da oralidade para a escrita:
As línguas indígenas brasileiras são ágrafas, e sua inclusão na escola implica na criação de uma grafia e no estabelecimento de um registro escrito para conhecimentos que, originalmente, não são congelados em forma de texto, mas, ao contrário, recriados continuamente na produção oral. […] Afinal, grafias são elas também construções sociais e históricas, e sua produção técnica por não falantes da língua, por mais séria que seja, traz alguns “efeitos colaterais” sentidos e denunciados pelos seus falantes e pelos lingüistas mais atentos. (COHN, 2006, p. 8 )
Ainda sobre o assunto, Maria Cândida Barros, indaga a respeito de como o mito narrado oralmente ao passar para o papel, produz uma ruptura em termos de domínio de saberes, pois: “[…] a publicação das narrativas tradicionais em forma de livro de leitura para a escola, acabam sendo de certas pessoas no grupo e não de todos: a sua difusão escrita na escola altera a forma de seu domínio ao separar o conhecimento do conhecedor” (BARROS, 1994, p. 32).
As diferenças entre as competências orais e escritas são evidenciadas por Maria Elisa Ladeira:
Questionamo-nos sobre qual o sentido e as consequências da escrita em sociedades orais, no caso das sociedades indígenas brasileiras. Sabemos, como antropólogos, que é ilusão pensar que a oralidade e a escrita sejam dois caminhos possíveis para se transmitir as mesmas mensagens. (LADEIRA, 2002, p. 3)
Por outro lado, há aqueles e aquelas que entendem ser importante a aquisição deste conhecimento pelos povos indígenas, pois reduzir essas línguas a usos exclusivamente orais pode representar sua manutenção em posições de prestígio insuficiente e funcionalidade, reduzindo assim suas chances de sobrevivência no mundo contemporâneo. Então a apropriação da cultura escrita pode significar um ganho estratégico para estas línguas, na medida em que estarão ocupando um espaço junto à língua majoritária e conquistando, portanto um de seus mais relevantes territórios.
Atestando este argumento, Nietta Monte compartilha que: “Assiste-se com satisfação renovada, ao incremento, por parte dos próprios grupos indígenas acreanos, de uma atitude favorável às práticas escolares e de letramento em línguas indígenas, que até muito recentemente eram de tradição oral e ágrafa”. (MONTE, 1994, p. 65).
Experiências como estas, permitem a compreensão do contexto em que vivemos: uma sociedade mediada pela cultura escrita. Assim, há necessidade de apropriação destes saberes, daí o importante papel da alfabetização. Os conhecimentos atuais sobre alfabetização, traduzidos na Psicogênese da língua escrita, sustentam que o processo de construção da língua escrita é desenvolvido pelo aprendiz – criança ou adulto, o sujeito que interage com o meio social e com a escrita, o seu objeto de conhecimento. A ação docente é orientada para a problematização e intervenção, mediante a utilização de textos diversificados, com ênfase e valorização da atribuição de sentido à escrita. (FERREIRO; TEBEROSKY, 1985).
Neste sentido, compreendemos a importância da aquisição da cultura escrita na aldeia, como um compromisso inadiável da relação mundo contemporâneo e mundo tradicional, uma demanda presente na pauta da educação inclusiva, o direito legítimo ao saber universal a qual todos devem ter acesso, de forma a possibilitar vivências que assegurem o mágico e pessoal sentimento apontado por Guilherme Prado e Rosaura Soligo de que: “Ninguém poderá nos fazer aprender exatamente o que aprendeu com as leituras que fez e com os textos que escreveu. E nós não poderemos ensinar exatamente o que aprendemos com as leituras que fazemos e os textos que escrevemos”. (PRADO; SOLIGO 2005, p. 37).
Agora, para a cultura escrita ocorrer na aldeia é preciso levar em conta que, o esforço por parte da escola de manter e revitalizar a língua neste sentido é limitado, já que nenhuma instituição, pode se responsabilizar exclusivamente pelos destinos de uma língua. Assim como a escola não pode ser considerada como a única entidade que pode determinar o enfraquecimento ou a perda das línguas indígenas, ela também não tem o poder de sozinha, mantê-las em uso. Daí que cabe a comunidade, de forma incisiva a manutenção linguística de sua etnia (BRASIL, MEC, 1998).
Neste sentido, se justifica a importância do aprofundamento de estudos sobre a aprendizagem da leitura e escrita na aldeia, uma vez que estes instrumentos – o ler, escrever intimamente ligados a sua prática social, representam os meios pelos quais os povos indígenas dispõem para compreender a estrutura e funcionamento da sociedade envolvente. Para Bakhtin não há como entender a língua de forma isolada, uma vez que qualquer análise linguística deve considerar aspectos contextuais de fala, a relação do que fala com o que ouve, a conjuntura política e histórica, dentre outros.
Assim, para os povos indígenas, o saber escrito poderá representar um caminho para o relacionamento entre seus pares e para firmarem posições políticas comuns e consequentemente poderem tomar conhecimento de seus próprios direitos, resultando em reconhecimento e respeito, tendo em vista sua diversidade. Neste sentido, o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas, explicita a importância da cultura escrita na sociedade atual como um direito ao conhecimento:
Todos os documentos que regulam a vida da sociedade brasileira são escritos em português: as leis, principalmente a Constituição, os regulamentos, os documentos pessoais, os contratos, os títulos, os registros e os estatutos. Os alunos indígenas são cidadãos brasileiros e, como tais, têm o direito de conhecer esses documentos para poderem intervir, sempre que necessitarem, em qualquer esfera da vida social e política do país. (BRASIL, MEC, 1998, p. 121).
Sobre a cultura escrita na aldeia, as evidencias empíricas apontam que o fato dos povos indígenas atualmente exercerem atividades de leitura e escrita na língua portuguesa possibilita processos de melhor interação com a sociedade envolvente, visto que a escrita tem muitos usos práticos por eles já utilizados, tais como: elaboração de listas de compras, registros da produção e venda da castanha, anotações de endereços da cidade, ofícios, etc.
A escrita tem servido ainda para registrar[4], um pouco da sua história, a literatura, as crenças religiosas, os mitos, as receitas, enfim, o conhecimento do povo. Então, as funções deste objeto cultural na aldeia indígena estão muito claras – sintetizamos na defesa e possibilidade de exercerem sua cidadania e o acesso a conhecimentos de outras sociedades.
O fato de desconhecer este processo tem implicações diretas na própria definição das políticas públicas para estas populações. Sabemos que não basta a escola ter como tarefa específica à alfabetização dos alunos e alunas: cabe a ela o dever de criar condições para que eles/as aprendam a escrever textos adequados às suas intenções e aos contextos em que serão lidos e utilizados.
Referências
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. S. Paulo: Hucitec, 1988.
BARROS, Maria Cândida Drumond Mendes. Educação Bilíngüe, Lingüística e Missionários. Em Aberto, Brasília: v. 14, n. 63, p.18-37, jul./set., 1994.
BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. MEC: Brasília, 1998.
_______ . Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nº 9394/96. Brasília, 1996.
COHN, Clarice. Notas sobre a escolarização indígena no Brasil. Disponível em:http://www.acoesafirmativas.ufscar.br/escolIndClarice.pdf Acesso dia 23 de setembro de 2006.
FAUNDEZ, A . A expansão da escrita na África e na América Latina. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1994.
FERREIRO, Emília. Cultura Escrita e Educação. Porto Alegre: Artmed, 2001.
FERREIRO, E. & TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
GAVAZZI, ANTONIO RENATO. Observações sobre uma sociedade ágrafa em processo de aquisição da língua escrita. EM ABERTO, Brasília: v. 14, n. 63, p. 151 – 159, jul./set., 1994.
GIROUX, H. Praticando Estudos Culturais nas Faculdades de Educação; In: Silva, T. T. (org) Alienígenas na sala de aula. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
LADEIRA, Maria Elisa. Sobre a língua da Alfabetização Indígena. Disponível em: http file:///C|/ingua-alfabetiza.htm (5 of 5).Acessado em 8/1/2002
MONTE, Nietta. Escolas da floresta: entre o passado oral e o presente letrado. Rio de Janeiro: Multiletra, 1996.
PRADO, G.V.T.; SOLIGO, R. A. (orgs.). Porque escrever é fazer história. Campinas: Graf. FE, 2005.
SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A Temática Indígena na Escola: subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.
VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
[1] Profª Mestra da Universidade Federal de Rondônia- UNIR – Campus de Ji-Paraná, Departamento de Ciências Humanas e Sociais. Ministra aulas no Curso de Pedagogia; é líder do Grupo de Pesquisa em Educação na Amazônia/GPEA; coordenadora da linha de pesquisa:
[2] Adotamos a concepção de cultura escrita utilizada por Emilia Ferreiro, com o entendimento de que o ato de ensinar a língua escrita deve possibilitar aos alunos e alunas o desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos de diferentes gêneros, que circulam socialmente e que estão presentes no cotidiano das sociedades letradas a fim de que possam sempre que necessário fazer uso destes conhecimentos. FERREIRO, Emília. Cultura Escrita e Educação. Porto Alegre: Artmed, 2001.
[3] Cf. BARROS, M. C. D. M.. “Educação Bilíngüe, Lingüística e Missionários”. In: Em Aberto, Brasília, ano 14, n.63, jul./set. 1994, p.18-37 e FAUNDEZ, A . A expansão da escrita na África e na América Latina. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1994.
[4] MINDLIN, Betty et al. Couro dos espíritos : namoro, pajés e cura entre os índios Gavião-Ikolen de Rondônia. São Paulo : Senac ; Estação Liberdade, 2001. 254 p.
segunda-feira, 15 de abril de 2019
PROFESSORA CAMILA É ILEGALMENTE DETIDA PELA PM (15.4.19)
A professora Camila Marques é ilegalmente detida no interior do Instituto Federal de Goiás (IFGO) na cidade de Águas Lindas cidade no entorno do Distrito Federal.
A PM tem um histórico lamentável de truculência e desrespeito ao povo, agora, com autoridades fazendo apologia à violência, a sensação é de grande e perigosa insegurança.
PROFESSORA CAMILA É ILEGALMENTE DETIDA PELA PM (15.4.19)
A professora Camila Marques é ilegalmente detida no interior do Instituto Federal de Goiás (IFGO) na cidade de Águas Lindas cidade no entorno do Distrito Federal.
A PM tem um histórico lamentável de truculência e desrespeito ao povo, agora, com autoridades fazendo apologia à violência, a sensação é de grande e perigosa insegurança.
BOLSONARO TEM PROJETO PARA O BRASIL
BOLSONARO TEM PROJETO PARA O BRASIL
O pior analfabeto é o
analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos
políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da
farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão
burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o
imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor
abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista,
pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht
Quando Bolsonaro, seus
filhos aloprados, a Damares e o guru Olavo de Carvalho falam asneiras, vem logo
o pensamento de que são todos uns despreparados e incompetentes.
Eu mesmo já falei isso.
Mas na realidade, falar
besteiras, coisas absurdas, sem aparente lógica política, tem um objetivo que,
me parece, poucos analistas percebem.
E qual seja?
Para destruir o Estado de
Bem-Estar Social brasileiro montado ao longo dos últimos 50 anos no Brasil a
direita brasileira precisa de muito mais que aprovação no Congresso.
Fazer uma reforma
trabalhista que destruiu os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras,
terceirizar mão de obra, instalando uma escravidão “legal” no país, a aprovação
de uma emenda constitucional que impede o Estado de investir no social e no humano
é claro, necessita de uma sociedade imbecilizada.
O projeto maior de Bolsonaro
como o grande lacaio do capital financeiro é exatamente este.
Por exemplo, destruir uma
estrutura grandiosa e solidária como a Previdência Pública, que atende milhões
de pessoas no país inteiro e que é um dos principais instrumentos de
distribuição de renda, irá causar, como já está acontecendo, uma revolta
social.
Destruir um sistema de saúde
como o SUS.
Um sistema de educação
pública que atende mais de 75% de todas a população estudantil de um país do
tamanho do nosso, precisa ter projeto para impedir a revolta da população.
O impacto dessa pauperização
no meio social será enorme por isso o governo precisa de instrumentos de
alienação do povo.
Bolsonaro e sua equipe e os
generais, sabem disso.
Nesse sentido, Bolsonaro, de
forma bem articulada, faz um jogo que, ao mesmo tempo é efetivo, mas perigoso.
As aparentes besteiras ditas
praticamente todos os dias, principalmente via redes sociais, tem esse objetivo
que é anestesiar, congelar pensamentos e mentes.
Tem o objetivo de
“emburrecer.”
Imbecilizar.
Transformar cidadãos e
cidadãs em apenas engolidores de palavras soltas, sem sentido algum.
Por isso o discurso de ódio.
Mata, maltrata, mas faz
parte do projeto.
“A equipe de Bolsonaro tem
muita clareza nesse sentido. O governo calculou. O apoio que Bolsonaro teve na
eleição ele não vai mais reconquistar é impossível ele conseguir ter maioria
novamente.”
Mas o fato que ele não
precisa disso para poder governar.
Ele precisa sim transformar
pessoas em analfabetos políticos.
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