quarta-feira, 23 de julho de 2014

Ariano Suassuna


Ariano Suassuna
Por que caras desse tipo não são imortais?
Quando o Brasil perde um cara como Ariano, ficamos meio órfãos, mais pobres, mais tristes...mais perdidos.
O Brasil perdeu, a cultura brasileira perdeu...
Ariano, um brasileiro nordestino, que amava viver e falar do seu país do seu Povo...
Quem é mais brasileiro que Ariano Suassuna? Não sei...
Dom Hélder Câmara...que o Brasil perdeu, também era um brasileiro.
Ariano...
As palavras somem...as palavras não saem...cara que solidão...
“Ariano foi o idealizador do Movimento Armorial, que tem como objetivo criar uma arte erudita com os elementos da cultura popular do Nordeste brasileiro. Tal movimento procura orientar para esse fim todas as formas de expressões artísticas: música, dança, literatura, artes plásticas, teatro, cinema, arquitetura, entre outras.
Dos seus textos narrativos, o mais marcante foi O Romance d'A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta, publicado em 1971. Inspirado em um episódio ocorrido no século 19, no interior de Pernambuco, o livro acompanha Quaderna, personagem que é preso na cidade de Taperoá por subversão.
Ele faz a própria defesa diante do corregedor e, para tanto, relata a história de sua família, escrita na prisão. Declara-se descendente de legítimos reis brasileiros, castanhos e “cabras” da Pedra do Reino – sem relação com os “imperadores estrangeiros e falsificados da Casa de Bragança” – e conta o seu envolvimento com as lutas e as desavenças políticas, literárias e filosóficas no seu reino.
Um “romance-memorial-poema-folhetim”, como definiu Carlos Drummond de Andrade, o livro é considerado um monumento literário à cultura caboclo-sertaneja nordestina, marcada pelas tradições do mundo ibérico.”

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)


segunda-feira, 21 de julho de 2014

Vídeo para ( talvez) ajudar na Motivação



Na primeira semana pós copa do mundo, iniciamos os trabalhos com nossos alunos e alunas com vídeos motivacionais e vídeo "Prazer em estudar".
Nossa tentativa é mostrar que cada um de nós somos capazes de seguir adiante, mesmo com as adversidades.
A maioria de nossos alunos e alunas são filhos de trabalhadores ou, no máximo, classe média. É importante tentarmos levantar o moral das turmas para que percebam por si os caminhos que os levarão ao sucesso, ao bem estar e, à dignidade.
Ao término do Ensino Médio, a escola para a Graduação desses alunos e alunas é a UNB - Universidade Nacional de Brasília, todos precisam procurar os caminhos que levem a ela.
É claro que certos alunos e alunas não irão seguir estudando, talvez nem terminarão o Ensino Médio, outros seguirão outros caminhos, a escolha é deles, mas estamos aí para também ajudá-los na decisão por um curso superior que possa melhorar concretamente a vida de toda a família e de cada aluno e aluna.

"Mensalão" do PSDB Procuradoria suspeita de ex-senador mineiro - Ex-vice-governador de Aécio e réu no mensalão tucano, Clesio Andrade renunciou ao cargo de senador e será julgado na Justiça comum


A corrupção está no DNA do brasileiro?
Está no dna da maioria dos políticos?
O que é afinal corrupção?
Segundo a wikipedia é: suborno; ato ou efeito de corromper; podridão; decomposição; putrefação; atividade contrária à lei e à moral.

Segundo a definição você pode ser um corrupto, de menor importância, mas pode...

Existe corrupção com grandes impactos na sociedade, como por exemplo, o desvio de verbas do lanche da escola...

Existe aquela que o cidadão comum provoca sem muito impacto, como por exemplo, a compra de um lugar na fila...o ingresso do cambista...a manobra ilegal no cruzamento do carrão da classe média...

E existe Corrupção como a do PSDB que o STF não julga, o JB e o Gilmar não viram...
Qual delas você deseja ver o debate durante a campanha eleitoral?

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

"Mensalão" do PSDB
Procuradoria suspeita de ex-senador mineiro
Ex-vice-governador de Aécio e réu no mensalão tucano, Clesio Andrade renunciou ao cargo de senador e será julgado na Justiça comum
Fonte: site revista Carta Capital – 19/07/2014
Clesio Andrade renunciou ao mandato de senador por Minas Gerais na terça-feira 15 sob a alegação de que terá de submeter a um tratamento de saúde que o impediria de exercer a função parlamentar. Com a decisão, escapou de ser julgado – e possivelmente logo - pelo Supremo Tribunal Federal por sua participação no mensalão tucano em Minas. Sem mandato, perdeu o direito a fórum privilegiado e verá seu processo por lavagem de dinheiro ser decidido na Justiça comum.
Autora da ação penal contra o agora ex-senador, a Procuradoria Geral da República (PGR) tem dúvidas sobre a sinceridade da alegação feita por Andrade ao justificar a renúncia. “Pode ter havido manobra para tirar o caso do STF”, disse o procurador-geral Rodrigo Janot em café da manhã com jornalistas nesta sexta-feira 18.
Há pelo menos um motivo a alimentar a desconfiança. Parceiro de Andrade nos fatos que deram origem ao processo, Eduardo Azeredo, do PSDB, renunciou ao mandato de deputado em fevereiro sem esconder que desejava retardar seu julgamento, fazendo baixar à Justiça comum a ação penal que o acusa dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
A renúncia de Azeredo ocorreu doze dias depois de Janot ter enviado ao STF suas considerações finais pedindo 22 anos de prisão para o acusado. Neste mesmo documento, o procurador-geral diz que o "mensalão" tucano de Minas foi um esquema de lavagem de dinheiro montado por Clesio Andrade e Marcos Valerio, o publicitário condenado no "mensalão" petista. No caso da ação contra Andrade, faltava ouvir só mais uma testemunha, para que o processo ser finalizado e julgado.
Os fatos que levaram à abertura de ações penais contra Azeredo e Andrade aconteceram em 1998. Na época, o primeiro era governador de Minas e disputava a reeleição. O segundo era candidato a vice na mesma chapa, embora não fosse o vice-governador de então. O esquema desviou, em valores atuais e nas contas da PGR, nove milhões de reais em verba pública mineira. Os recursos foram usados na campanha da dobradinha Azeredo-Andrade graças ao esquema criado por Andrade e Valério, que tinham sido sócios na empresa SMP&B Comunicação.
Em depoimento à CPI dos Correios que investigou o mensalão petista, Valério disse que foi Andrade quem deu a ideia de tomar empréstimos no Banco Rural para uso na campanha de Azeredo e posterior liquidação com verba pública repassada à SMPB pelo governo mineiro.
Andrade e Azeredo perderam a eleição de 1998, mas o primeiro chegaria quatro anos depois à vice-governadoria de Minas. Ele foi eleito na chapa de Aécio Neves, atual candidato a presidente da República pelo PSDB. Nos bastidores, Aécio e seus aliados pressionaram para que Azeredo renunciasse e, com isso, evitasse que o processo viesse a ser julgado no STF em plena campanha.
Para Janot, caso a verdadeira motivação da renúncia de Andrade também tenha sido fugir de um julgamento – e em breve – pelo STF, não terá sido uma manobra “ilícita”. A legislação brasileira não tem dispositivos contrários. Depois do caso de Azeredo, Janot passou a defender que o STF fixe um prazo a partir do qual uma eventual renúncia parlamentar não mais seria capaz de fazer um processo baixar à Justiça comum. Esse prazo poderia ser o da conclusão da tomada de depoimentos e da acusação final por parte da PGR.


GOVERNO AÉCIO FAZ AEROPORTO PRO TITIO - Fala de corrupção, Arrocho, fala ! O Lula te espera !


Após o show pirotécnico da ap 470 patrocinado e levado à diante pelo JB, Gilmar... e pela globo, o partido dos trabalhadores precisa levar sim o debate da corrupção para as eleições.
o dem e o psdb – agremiações com pessoas que vieram dos partidos políticos mais atrasados e corruptos da história do brasil (UDN + ARENA + PDS + PFL = democratas), não têm moral para debater corrupção.
os eleitores no horário eleitoral poderão conhecer, além dos programas que possam interessar ao país, um pouco da história da corrupção das elites enquanto governavam esse país de 1500 a 2001.
são, inclusive, criadores do “caixa dois”, exatamente o que deveria ser mérito da ação ap 470, como toda a imprensa séria, advogados e a oab nacional chegaram a defender.
chega de “salvadores da pátria”...
chega de esconder a corrupção do dem e do psdb...

por josé gilbert arruda martins (professor)

GOVERNO AÉCIO
FAZ AEROPORTO PRO TITIO
Fala de corrupção, Arrocho, fala ! O Lula te espera !
Fonte: site Conversa Afiada – 21/07/2014
Como se sabe, o Lula treinou o PT a enfrentar as acusações de corrupção.

Do Príncipe da Privataria, que, ao chegar ao Governo, a primeira coisa que fez foi matar uma comissão de investigação sobre corrupção.

Do chefe do clã da Privataria Tucana – afinal, de que vive o Cerra ?

Agora, a Fel-lha de SP (*), cuja bílis apodreceu, avisa na capa que o Arrocho fez aeroporto em fazenda do Titio.

O Governador (?) Aécio Neves detonou R$ 14 milhões do Erário Estadual para construir um aeroporto na fazenda do Titio, na cidade de Claudio, MG.

É o aeroporto que o “presidenciável” usa quando vai descansar na fazenda da família ali perto.

Para pousar no aeroporto Titio tem que autorizar, diz a Fel-lha.

Se o PT ainda morder esse poderia ser retumbante tema da campanha na tevê.

Se tiver caninos, porque, como diz o Mauricio Dias, parece que perdeu a combatividade.

Em tempo: como se sabe, o insigne Senador Agripino Maia – que deu para elogiar o Bolsa Família, é o coordenador da campanha do Arrocho, que não segue as ideias do avô, mas as do Armínio NauFraga e, agora, como se vê, as do Titio. Esse Bessinha…


Paulo Henrique Amorim




*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

RETORNO DO CAMPEONATO BRASILEIRO TURBINA AUDIÊNCIAS DE RECORD E SBT

De José Santos, no Face do C Af
E, nos livramos...da globo...
Nos livramos?
Os cabeças de parafusos...também?
Acho improvável, mas a esperança é a última que vive...aguardemos.
O importante e perseverar...cabeças de parafusos são volúveis...lisos...míopes...adoram ler...se dizem grandes leitores...de capa de revista como a veja...chamadas de jornais como o Estadão...rolha de são Paulo...
Em ano eleitoral...cabeças de parafusos ajudarão o PIG...
Como são GRANDES leitores...de capa de revista veja...chamadas do estadão e da rolha de são Paulo...ajudarão o PIG a espalhar “verdades” sobre o pleito...
Verdades daquelas: privatizar o pré sal é bom para a educação...privatizar a Petrobrás é bom para o Povão...privatizar o BB e a Caixa é bom para os trabalhadores...
Só que a Dilma e o Lula da Silva não irão permitir...o Brasil tem continuar avançando para TODOS...
Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Do Notícias da TV, de Daniel Castro:



RESUMO: A volta do Campeonato Brasileiro na Globo e na Band elevou a audiência das concorrentes. O número de televisores ligados entre 18h e meia-noite diminuiu em relação à quarta-feira passada (59% a 62,7%) e a audiência pulverizou. Bahia x São Paulo registrou 18,5 pontos. No horário, Roda a Roda (8,8), Ratinho (8,8), Vitória (7,0) e José do Egito (9,0) melhoraram seus números em cerca de 50%.


(…)

Fonte: site Conversa Afiada – 18/07/2014


quinta-feira, 17 de julho de 2014

Depois do futebol - A indignação sobre a falta de boa educação no Brasil é a maior de todas as falácias de nossa sociedade

Imagens disponíveis em: https://www.google.com.br/search?q=Charge+do+jogador+Ronaldo+%22fen%C3%B4meno%22&newwindow=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=6LfHU_3RGYXnsATHroKICQ&ved=0CB0QsAQ&biw=1280&bih=667
Os problemas da educação no Brasil, principalmente a pública, vão desde a questão pedagógica, propriamente dita, nós professores estudamos as teorias progressistas, libertadoras e implementamos no dia a dia o que tem de mais atrasado nessas mesmas teorias; déficit de salas de aula em vários Estados e municípios, falta de professores e professoras, seriedade e compromisso de governos, mas um dos problemas mais crônicos, na minha visão, é ouvir de pessoas que nunca leram um único livro sobre Educação, ir a público falar sobre Educação como fez Ronaldo.
Ronaldo foi um ótimo jogador de futebol mas, está se revelando um político conservador é só olhar quem ele apoia. E isso pode se transformar num problema, caras como Ronaldo, que não tinham dinheiro nem para pagar a passagem de ônibus para ir aos treinos e ficaram ricos com o futebol, podem, se bem “orientados”, entrar na política e ajudar a empurrar o barco para rumo à direitas do tipo reacionárias, que possam impedir mudanças significativas. E isso é sério.

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Depois do futebol
A indignação sobre a falta de boa educação no Brasil é a maior de todas as falácias de nossa sociedade

Fonte site Carta capital – 17/07/2014
Vou poupar os leitores do exercício ingrato de ler mais um comentário sobre a chamada “inexplicável” derrota brasileira de terça-feira. Cada um tem o “inexplicável” que lhe convém. Para alguns que seguem a impressionante financeirização selvagem e mafiosa do futebol brasileiro, não há nada de inexplicável a desvendar.
No entanto, algo de curioso aconteceu após a referida derrota. Aparentemente, várias manifestações politicamente informadas começaram a colocar a conta dos problemas na famosa e insuperável “ausência de educação” da sociedade brasileira. Momento particularmente cômico foi ver o jogador Ronaldo fazer uma comparação entre o número exponencial de prêmios Nobel alemães e a nulidade de tais prêmios entre nós.
“Educação” virou há muito uma daquelas causas que parecem tudo explicar. Normalmente, ela aparece na boca daqueles que, no fundo, nunca se preocupam de fato com ela. Gostaria, por exemplo, de perguntar ao senhor Ronaldo quanto ele gastou de sua fortuna na criação de fundações de pesquisa e de artes que poderiam ajudar o País a ter seus feitos científicos e literários reconhecidos. Na verdade, a indignação sobre a ausência de boa educação no Brasil é a maior de todas as falácias de nossa sociedade.
Prova maior disso é a ausência, pura e simples, da educação nos temas de campanhas eleitorais deste ano. Tente se esforçar a fim de lembrar quais foram as propostas efetivas que você ouviu nesses últimos meses a respeito de reformas no sistema educacional brasileiro.
O governo federal aprovou um Plano Nacional de Educação que, afora elevar o porcentual do PIB gasto com educação em 10% até 2024 e transformar 50% das escolas públicas em escolas de tempo integral, é composto, em larga medida, de declarações de intenções e metas quantitativas ligadas basicamente à extensão e matrículas.
No entanto, uma meta de dez anos não engaja um governo que governará apenas quatro. Propostas sobre como dar efetivamente um salto de qualidade no sistema educacional público estão completamente ausentes, a não ser através da exigência de aumentar o número de mestres e doutores nas universidades. Um ponto importante, mas que não tem a força de preencher uma verdadeira política de construção da qualidade (que passaria, por exemplo, pelo comprometimento na construção de laboratórios, bibliotecas, financiamento de formação continuada de professores, assim como discussões curriculares e sobre práticas didáticas).
Por outro lado, não há discussão alguma a respeito do modelo educacional que o Brasil precisa. Essa ausência de capacidade de formulação de política talvez seja quebrada, atualmente, apenas pela proposta de federalização do ensino público, apresentada pelo senador Cristovam Buarque. Uma proposta que mereceria ser discutida, já que toca problemas importantes a respeito da ausência de criação de uma verdadeira carreira do magistério capaz de atrair nossos melhores alunos, reformar a infraestrutura de nossas escolas (cuja grande maioria nem sequer tem bibliotecas), assim como da necessidade de um plano nacional que foque em um currículo mínimo nacional de aplicação obrigatória.
No entanto, o que temos atualmente são universidades problemáticas, como a USP, que agora está em greve por descalabro administrativo, sem que tal situação seja sequer objeto de discussão pública. Quem de fato se preocupa com educação deveria se perguntar sobre o que se passa com o dinheiro de nossa universidade mais importante. Por outro lado, há dois anos, nossos professores de universidades federais haviam entrado em greve por melhores condições de trabalho e infraestrutura. O governo tratou a questão com indiferença monárquica, como se nada lhe dissesse respeito.
Mas respostas a tais problemas concretos não serão ouvidas nos próximos meses. Muito menos veremos interesse efetivo em discutir com professores o real estado da educação nacional e suas possibilidades ou debater sinceramente a razão do fracasso de políticas aplicadas nos últimos 20 anos. O que teremos é essa indignação farsesca, de quem repete um chavão sem nunca querer realmente pensar no que deve ser feito.
registrado em: Educação Copa do Mundo Ronaldo USP


quarta-feira, 16 de julho de 2014

Mahmoud Ahmadinejad, Ex-Presidente do Irã, estava certo, o Holocausto não existiu.


Quando Adolfo Hitler, entre 1933 e 1945, assumiu o poder na Alemanha, iniciou, desde cedo, a criação dos campos de concentração que assassinaram cerca de 6 milhões de judeus.
Quando debatemos a Segunda Grande Guerra nas escolas, esse é um dos temas.
No entanto, para as forças armadas e a elite judia de hoje ele é apenas uma lembrança distante do sofrimento do seu povo.
O Povo Palestino sofre dia após dia o que os judeus da Segunda Guerra sofreram, seu país, suas terras, são invadidas pelos militares israelenses metro a metro, as famílias palestinas por isso precisam pegar em armas para não perder tudo de vez.
Campo de concentração, gás mortal, torturas, fuzilamentos da época de Hitler para os Palestinos estão na ordem do dia.
Os EUA, impassíveis, não fazem nada, a OTAN também não, resta a reação do Irã e do Povo Árabe...no que vai dá???

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
  

Fonte site revista Caros Amigos – 16/07/2014
"Passo a passo, Israel a está apagando do mapa", discorre escritor uruguaio sobre a Palestina

Por Eduardo Galeano
Contra Punto, tradução Diário Liberdade
Desde 1948 os palestinos vivem condenados à humilhação perpétua. Não podem nem respirar sem permissão. Perderam sua pátria, suas terras, sua água, sua liberdade, seu todo. Nem sequer têm o direito de escolher seus governantes.
Quando votam em quem não devem votar, são castigados. Gaza está sendo castigada. Se converteu em uma ratoeira sem saída, desde que o Hamas ganhou limpamente as eleições de 2006. Algo parecido havia ocorrido em 1932, quando o Partido Comunista triunfou nas eleições de El Salvador.
Banhados em sangue, os salvadorenhos expiaram sua má conduta e desde então viveram submetidos a ditaduras militares. A democracia é um luxo que nem todos merecem. São filhos da impotência dos foguetes caseiros que os militantes do Hamas, encurralados em Gaza, disparam com fracassada pontaria sobre as terras que haviam sido palestinas e que a ocupação israelita usurpou.
E a desesperação, à beira da loucura suicida, é a mãe das bravatas que negam o direito à existência de Israel, gritos sem nenhuma eficácia, enquanto a muito eficaz guerra de extermínio está negando, há anos, o direito à existência da Palestina.
Agora resta pouco da Palestina.
Passo a passo, Israel a está apagando do mapa.
Os colonos invadem, e atrás deles os soldados vão corrigindo a fronteira.
As balas consagram a desapropriação, em legítima defesa.
Não há guerra agressiva que não diga ser guerra defensiva.
Hitler invadiu a Polônia para evitar que a Polônia invadisse a Alemanha.
Bush invadiu o Iraque para evitar que o Iraque invadisse o mundo.
Em cada uma de suas guerras defensivas, Israel engole outro pedaço da Palestina, e os almoços continuam.


terça-feira, 15 de julho de 2014

O QUE É SER DE ESQUERDA HOJE NO BRASIL?

As eleições parecem provocar nas esquerdas brasileiras um comportamento letárgico, paralisante.

Será o medo de que a direita possa, se ganhar, acabar com os programas sociais importantes para o Trabalhador como o “Minha casa minha vida, o Bolsa Família, o Ciência sem fronteiras...?

O que preocupa de fato a esquerda brasileira?

Será a preocupação com a “força” da direita aecista? Que, se ganhar, pode entregar a Petrobrás, o Pré sal, a Caixa Econômica...?

Será o medo de perder os cargos governamentais?

O que parece, é certo, perdemos a gana, a garra pelas lutas históricas do Povo.
A esquerda no Brasil dos últimos 12 anos produziu em várias áreas do desenvolvimento o que a direita levou 500 anos para fazer e não fez, avançou nas áreas de educação pública, melhorou o atendimento do SUS, moradias populares, emprego, melhorou o salário mínimo etc. Mas, realmente não conseguiu compreender a importância dos movimentos de junho de 2013 e, isso é fato.

Apesar dos inegáveis e importantes avanços, faltaram a Reforma Agrária, a Lei de democratização da mídia, a Lei de democratização do futebol, a Reforma Política...
Se a esquerda brasileira é esquerda, precisa entender que não existe democracia sem povo nas ruas; precisa enxergar que os únicos espaços de fato livres que sobraram ao Povo foram as ruas e que a democracia é fortalecida e renovada quando o Povo vai às ruas, saber ouvir as ruas é tão importante quanto dizer ou ser esquerda aqui ou em qualquer lugar do mundo.

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

O QUE É SER DE ESQUERDA HOJE NO BRASIL?
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O continente desconhecido da esquerda
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Mover-se à esquerda hoje no Brasil significa desativar um sistema imunológico impermeável 
todos os reflexos quase pavlovianos diante da alteridade, para se deixar afetar por 
movimentos de novo tipo e pela reinvenção dos existentes, dessa rede cuja determinação em 
resistir, transformar as relações de poder
http://www.diplomatique.org.br/interf/spacer.gif
por Bruno Cava
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Em 20 de junho de 2013, no Rio de Janeiro, muitos gritavam “sem partido” e “sem vandalismo” na avenida. 
Quando, no final da marcha, a aglomeração começou a aumentar na frente da prefeitura, as barreiras policiais se abateram sobre a manifestação, com chuva de balas de borracha, cortinas de gás lacrimogêneo, explosões e muita violência. Num espetáculo triste, a polícia reprimiu 1 milhão de pessoas  indiscriminadamente. Aqueles que, momentos antes, entoavam o hino nacional e hostilizavam as bandeiras partidárias, agora recuavam unidos na 
resistência, gritando “fora Cabral” e “não vai ter Copa”. Manifestantes passaram a organizar linhas de defesa e levantar uma barricada para conter os caveirões.
Nos dias seguintes, sem qualquer pesquisa sobre o que ocorreu naquela noite de drástica plenitude, pipocaram artigos e comentários recheados de adjetivações definitivas. “Hipnose fascista”, disse um; “levante niilista”, outro; falou-se ainda que ela estaria infiltrada de “gangues mascaradas”, era manipulada pela “extrema direita” ou então seriam  todos “coxinhas e seus estranhos amigos”. 
Meses depois, uma intelectual no pináculo acadêmico emitiria a sentença: “violência fascista” e não  “revolucionária”,1 mobilizando o velho argumento conservador, que remonta a Edmund Burke, que alerta para o caráter instintivo, anárquico e perigoso da multidão. 
Essas foram avaliações da esquerda partidária sobre as jornadas de junho de 2013.
Diante de uma mobilização de norte a sul que tinha, entre outras pautas, a melhoria dos serviços públicos, a mobilidade urbana, maior transparência nas contas e gastos dos governos, a reforma das polícias, a democratização da mídia e os direitos LGBT. 
Diante da qualificação de grupos como o OcupaCâmara (Rio), o Tarifa Zero BH e o Movimento Passe Livre,2 que questionaram o grande negócio dos transportes; a campanha Cadê o Amarildo, que resgatou a favela, o racismo e a brutalidade policial da periferia da percepção;3 o Comitê dos Atingidos pela Copa (Copac) de Belo Horizonte, que conectou uma rede diversificada de comunidades e coletivos autônomos pelo direito à cidade;4 os advogados ativistas – e fotógrafos, e socorristas, e tantos profissionais anônimos que 
trabalharam de graça nas manifestações, para garantir os direitos que o Estado deveria proteger, mas estava violando.5 Sem falar na miríade de assembleias horizontais (como a Popular de Maranhão ou a do Largo, no Rio), “ocupas” de casas legislativas (como de Santa Maria – RS), plataformas comuns (como a Belém Livre), bem como uma cauda longa de mídias alternativas e um estilo de midiativismo via internet que, pela primeira vez, ganhou escala para disputar a comunicação com os peixes grandes.6 Isso é apenas a ponta do iceberg.
Diante desse, um dos maiores acontecimentos da história das lutas pela democracia no Brasil, a esquerda partidária se recolheu na própria zona de conforto. No lugar onde se aninhou, seja na situação, seja na oposição – nos dois casos num estado de identidade,  ancorado na esfera representativa, tendo aprendido as regras, os pactos, os macetes, em suma, aprendeu a conservar o território. Quanta diferença em relação aos tempos, por exemplo, de uma prefeitura que, com Luiza Erundina (PT), em São Paulo, pensava uma 
política de tarifa zero para o transporte coletivo. Quando, com Olívio Dutra (PT), em Porto Alegre, pensava no orçamento participativo como o primeiro passo para deslacrar a caixa-preta dos negócios da cidade: obras, ônibus, coleta de lixo. Quando a legalização do aborto era pauta estrutural, já que afeta diretamente 50% da população e envolve nada menos do que o direito da mulher sobre si mesma. Tempos quando os militantes do partido não pareciam aspirantes a gestor público, na fila de espera por cargos de onde olharão 
por cima, com escopo gerencial, as contradições e caldeamentos da sociedade. Tempos quando os militantes de partido, com efeito, tomavam partido nos conflitos sociais (de classe, gênero, raça, sexualidade etc.) e atuavam imediatamente com as partes – em vez de desligar-se delas em nome das “grandes sínteses” da nova gestão, do desenvolvimento nacional, da obsessão pela governabilidade.
Mas ser de esquerda no Brasil hoje não é ser nostálgico. As jornadas de junho – e também os rolezinhos e fluxos de rua, e um protagonismo cada vez maior das favelas e periferias – mostraram que o novo mundo se impõe sem esperar, arrancando-nos da zona de conforto e forçando-nos a pensar. Depois de junho, por alguns meses, os governantes tiveram medo dos  governados. Nos gabinetes, o sorriso largo e o bom humor deram lugar à intranquilidade. 
Isso é bom. Thomas Jefferson, que não era nenhum Black Bloc, já dizia que toda democracia precisa de uma rebeliãozinha de vez em quando, para regenerar as instituições.7
No projetado caminho da prosperidade embutida na ideia de uma “nova classe média”, a esquerda se chocou com um continente desconhecido, que finalmente chacoalhou os cálculos e certezas. Mas encarou mal a “descoberta”. Ora reagiu chamando todos de “índios”, tratando-os como inaptos de pensamento, política e estratégia e, portanto, ideologicamente vazios, desorganizados e facilmente manipuláveis pela direita. Ora lhes deu as costas, decepcionando-se por não encontrar as Índias como previsto nos mapas. 
Contudo, o fato é que o continente já está povoado de uma rede de multiplicidades em franca produção de pensamento, política e estratégia, de uma classe selvagem sem nome.8 Que pode, inclusive, reconhecer a relevância das (cada vez mais) rarefeitas respostas  institucionais da esquerda para, conforme o caso, acionar seus mandatos e partidos como tática, sem ceder a autonomia.9
Mover-se à esquerda hoje no Brasil significa desativar um sistema imunológico impermeável e todos os reflexos quase pavlovianos diante da alteridade, para se deixar afetar por movimentos de novo tipo e pela reinvenção dos existentes, dessa rede cuja determinação em  resistir, transformar as relações de poder e construir alternativas ficou provada em junho do ano passado. Significa optar pela inconveniência de sair  do lugar e, na incerteza 
de uma história em aberto, redescobrir-se nas lutas de seu tempo.

Bruno Cava
Mestre em Filosofia do Direito

1 Marilena Chauí, em entrevista a Juvenal Savian Filho. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/
2013/08/pela-responsabilidade-intelectual-e-politica/ 
2  Eliana Judesnaider et al., Vinte centavos: a luta contra o aumento, Veneta, São Paulo, 2013.
3    Giuseppe Cocco, Bruno Cava e Eduardo Baker, “A luta pela paz”, Le Monde Diplomatique Brasil
 jan. 2014.
4  Natacha Rena, Paula Berquó e Fernanda Chagas, “Biopolíticas espaciais gentrificadoras e as resistências 
estéticas biopotentes”. Disponível em: ; e Rudá Ricci e Patrick Arley, Nas ruas: a outra política que emergiu 
em junho de 2013, Letramento, Belo Horizonte, 2014. http://uninomade.net/wp-content/files_mf/111404140911Biopol%C3%ADticas%20espaciais%20gentrificadoras%20e%20as%
20resist%C3%AAncias%20est%C3%A9ticas%20biopotentes%20-%20Natacha%20Rena%20e%20Paula%20Berqu%C3%B3%20e%20Fernanda%20Chagas.pdf

5    Bruno Cava, A multidão foi ao deserto: as manifestações no Brasil em 2013, Annablume, São Paulo, 2013.

6  Bernardo Gutiérrez, “Os protestos do Brasil dialogam com as revoltas globais”. Disponível em: ; e Fábio Malini e Henrique Antoun, A internet e a rua: ciberativismo e mobilização nas redes sociais, Sulina, 2013. http://www.cartacapital.com.br/politica/os-protestos-do-brasil-dialogam-com-as-revoltas-globais-4371.html
7  Michael Hardt, “Thomas Jefferson ou a transição da democracia”. Disponível em: http://uninomade.net/wp-content/files_mf/110810120745Thomas%20Jefferson%20ou%20a%20transicao%20da%20
democracia%20-%20Michael%20Hardt.pdf
8  Hugo Albuquerque, “A ascensão selvagem da classe sem nome”. http://descurvo.blogspot.com.br/2012/09/a-ascensao-selvagem-da-classe-sem-nome.htm

9  Pablo Ortellado, “Os protestos de junho entre o processo e o resultado”. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/os-protestos-de-junho-entre-o-processo-e-o-resultado-7745.html
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03 de Junho de 2014
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