O governo de Jair Bolsonaro
está discutindo, desde fevereiro, o maior plano de ocupação e desenvolvimento
da Amazônia desde a ditadura militar.
O que liga a floresta
Amazônica, o aquecimento mundial e você?
Há muito tempo a floresta
Amazônica é reconhecida como um repositório de serviços ecológicos, não só para
os povos indígenas e as comunidades locais, mas também para o restante do
mundo.
Além disso, de todas as
florestas tropicais do mundo, a Amazônia é a única que ainda está conservada,
em termos de tamanho e diversidade.
No entanto, à medida que as
florestas são queimadas ou retiradas e o processo de aquecimento global é
intensificado, o desmatamento da Amazônia gradualmente desmonta os frágeis
processos ecológicos que levaram anos para serem construídos e refinados.
Povos indígenas e outros
grupos que vivem na floresta amazônica aperfeiçoaram o uso de compostos
químicos encontrados em plantas e animais.
O conhecimento sobre o uso
dessas plantas geralmente fica nas mãos de um curandeiro, que por sua vez
repassa a tradição para um aprendiz.
Esse processo se mantém ao
longo de séculos e compõe uma parte integral da identidade desses povos.
Os cientistas acreditam que
menos de 0,5% das espécies da flora foram detalhadamente estudadas quanto ao
seu potencial medicinal.
Ao mesmo tempo em que o
bioma Amazônia está encolhendo lentamente em tamanho, a riqueza da vida
silvestre de suas florestas também se reduz, bem como uso potencial das plantas
e animais que ainda não foram descobertos.
A floresta amazônica não é
despovoada;
Se olharmos com a visão
humanista não capitalista ou rentista, indígenas, caboclos, ribeirinhos,
pequenos camponeses, famílias coletoras de ervas medicinais, pescadores
artesanais, pesquisadores, cientistas, curandeiros...
São os verdadeiros moradores
e guardiões da floresta.
Além, óbvio, das grandes
cidades da região: Rio Branco no Acre: 319.825; Manaus: 1,793; Belém:
1.410.430...
A floresta é uma verdadeira
usina de beneficiamento do clima planetário...
Filtragem e reprocessamento
da produção mundial de gás carbônico;
Entra o gás carbônico, sai o
oxigênio;
A floresta amazônica pode
curar você;
Há uma ligação entre os
remédios guardados nos armários de sua casa e a vida silvestre da Amazônia:
plantas e animais servem como base para a fabricação de medicamentos;
Povos indígenas e outros
grupos que vivem na floresta amazônica aperfeiçoaram o uso de compostos
químicos encontrados em plantas e animais;
No entanto, com o rápido
desaparecimento das florestas úmidas tropicais, a continuidade desse
conhecimento para o benefício das futuras gerações encontra-se ameaçada.
O governo de Jair Bolsonaro
está discutindo, desde fevereiro, o maior plano de ocupação e desenvolvimento
da Amazônia desde a ditadura militar.
O projeto Barão de Rio
Branco retoma o antigo sonho militar de povoar a Amazônia, com o pretexto de
desenvolver a região e proteger a fronteira norte do país.
Documentos inéditos obtidos
pelo Intercept detalham o plano, que prevê o incentivo a grandes
empreendimentos que atraiam população não indígena de outras partes do país
para se estabelecer na Amazônia e aumentar a participação da região norte no
Produto Interno Bruto do país.
Na apresentação, os
responsáveis esmiuçaram a preocupação do governo com a “campanha globalista”
que, de acordo com o material, “relativiza a soberania na Amazônia” usando como
instrumentos as ONGs, a população indígena, quilombola e os ambientalistas. E
afirmaram ser necessária a execução de obras de infraestrutura — investimentos
“com retorno garantido a longo prazo” —, como hidrelétricas e estradas, para
garantir o desenvolvimento e a presença do estado brasileiro no local.
A questão é:
Quem foi ouvido para a
construção desse projeto/plano?
O povo da floresta foi ouvido?
Teve seu momento de fala?
Quem será verdadeiramente
beneficiado? O povo que habita a região? Ou os grandes empresários daqui e de
fora?
Outra questão: Os grande
projetos, da soja, dos minérios, da criação extensiva de gado etc. sempre,
tiveram como consequência o aprofundamento da desigualdade social e aumento da
pobreza da maioria do povo nos locais em foram implantados, o que resta para
trabalhadores e trabalhadoras e as populações tingidas diretamente, são
salários miseráveis e a convivência com a destruição ambiental.
Outra, quais empresas de
engenharia irão construir as estradas e as grandes obras do plano?
As empresas brasileiras,
Odebrecht, OAS, Camargo Correia etc. foram quebradas pela Lava jato de Sérgio
Moro e Dallagnol...
Quais grandes empresas irão
assumir projetos bilionários como esses?
Empresas dos EUA?
Então é verdade que a Lava
Jato quebrou a engenharia brasileira para que o país deixe entrar as empresas
estadunidenses?
Logo na Floresta Amazônica?
O mapeamento das riquezas e
minerais estratégicos já foram passados aos EUA?
Ou eles mesmos já fizeram
isso?
Pois possuem tecnologia para
tanto?
É uma questão que precisa
ser urgentemente conhecida pelo povo brasileiro e debatida com a sociedade
civil.
Por José Gilbert Arruda
Martins
FONTE:
IMAGEM:
Pensamento Verde