terça-feira, 16 de abril de 2019

ALFABETIZAÇÃO OU LETRAMENTO?

no Brasil Escola



Letramento é uma tradução para o português da palavra inglesa “literacy” que pode ser traduzida como a condição de ser letrado. Um indivíduo alfabetizado não é necessariamente um indivíduo letrado. Alfabetizado é aquele indivíduo que sabe ler e escrever; letrado é aquele que sabe ler e escrever, mas que responde adequadamente às demandas sociais da leitura e da escrita. Alfabetizar letrando, é ensinar a ler e escrever no contexto das práticas sociais da leitura e da escrita, assim o educando deve ser alfabetizado e letrado. A linguagem é um fenômeno social, estruturada de forma ativa e grupal do ponto de vista cultural e social. A palavra letramento é utilizada no processo de inserção numa cultura letrada.

Nos Estados Unidos e na Inglaterra, embora a palavra literacy já constasse do dicionário desde o final do século XIX, foi nos anos 80 , que o fato tornou-se foco de atenção e de estudos nas áreas da educação e da linguagem. No Brasil os conceitos de alfabetização e letramento se mesclam e se confundem. A discussão do letramento surge sempre envolvida no conceito de alfabetização, o que tem levado, a uma inadequada e imprópria síntese dos dois procedimentos, com prevalência do conceito de letramento sobre o de alfabetização. Não podemos separar os dois processos, pois a princípio o estudo do aluno no universo da escrita se dá concomitantemente por meio desses dois processos: a alfabetização, e pelo desenvolvimento de habilidades da leitura e escrita, nas práticas sociais que envolvem a língua escrita , o letramento.

O conhecimento das letras é apenas um meio para o letramento , que é o uso social da leitura e da escrita. Para formar cidadãos atuantes e interacionistas, é preciso conhecer a importância da informação sobre letramento e não de alfabetização. Letrar significa colocar a criança no mundo letrado, trabalhando com os distintos usos de escrita na sociedade. Essa inclusão começa muito antes da alfabetização, quando a criança começa a interagir socialmente com as práticas de letramento no seu mundo social. O letramento é cultural, por isso muitas crianças já vão para a escola com o conhecimento alcançado de maneira informal absorvido no cotidiano. Ao conhecer a importância do letramento, deixamos de exercitar o aprendizado automático e repetitivo, baseado na descontextualização.

Na escola a criança deve interagir firmemente com o caráter social da escrita e ler e escrever textos significativos. A alfabetização se ocupa da aquisição da escrita pelo indivíduo ou grupos de individuos, o letramento focaliza os aspectos sócio-históricos da aquisição de um sistema escrito por uma sociedade. “Em termos sociais mais amplos, o letramento é apontado como sendo produto do desenvolvimento do comércio, da diversificação dos meios de produção e da complexidade crescente da agricultura. Ao mesmo tempo, dentro de uma visão dialética, torna-se uma causa de transformações históricas profundas, como o aparecimento da máquina a vapor, da imprensa, do telescópio, e da sociedade industrial como um todo”. TFOUNI, Leda Verdiani.

A alfabetização deve se desenvolver em um contexto de letramento como início da aprendizagem da escrita, como desenvolvimento de habilidades de uso da leitura e da escrita nas práticas sociais que envolvem a língua escrita, e de atitudes de caráter prático em relação a esse aprendizado; entendendo que a alfabetização e letramento, devem ter tratamento metodológico diferente e com isso alcançar o sucesso no ensino aprendizagem da língua escrita, falada e contextualizada nas nossas escolas. Letramento é informar-se através da leitura, é buscar notícias e lazer nos jornais, é interagir selecionando o que desperta interesse, divertindo-se com as histórias em quadrinhos, seguir receita de bolo, a lista de compras de casa, fazer comunicação através do recado, do bilhete, do telegrama. Letramento é ler histórias com o livro nas mãos, é emocionar-se com as histórias lidas, e fazer, dos personagens, os melhores amigos. Letramento é descobrir a si mesmo pela leitura e pela escrita, é entender quem a gente é e descobrir quem podemos ser.

Autora: Amelia Hamze
Profª FEB/CETEC e FISO

Alfabetização Intercultural e apropriação da cultura escrita em áreas indígenas: fragmentos de um debate

na Partes a sua revista virtual

Por Josélia Gomes Neves[1]



Resumo: O tema deste estudo  refere-se a uma sistematização introdutória de como vem se dando o debate sobre alfabetização intercultural e o processo de apropriação da cultura escrita[2] em áreas indígenas por parte de estudiosos sobre o assunto. Pretende apresentar os argumentos postos, bem como analisar a sua influencia no surgimento de tendências e orientações explicitadas nas políticas públicas educacionais voltadas para estas populações.

Palavras-chave: Educação  Indígena, Alfabetização Intercultural, Cultura Escrita.

Os/as educadores/as não poderão ignorar, no próximo século, as difíceis questões do multiculturalismo, da raça, da identidade, do poder, do conhecimento, da ética e do trabalho que, na verdade, as escolas já estão tendo de enfrentar. Essas questões exercem um papel importante na definição do significado e do propósito da escolarização, do que significa ensinar e da forma como os/as estudantes devem ser ensinados/as para viver em um mundo que será amplamente mais globalizado, high tech e racialmente diverso que em qualquer outra época da história”. (GIROUX, 1995, p.88)
            Estudos sobre alfabetização intercultural vêm sendo desenvolvidos por vários pesquisadores[3] no intuito de verificar principalmente o impacto da cultura escrita em sociedades ágrafas, neste caso específico, as populações indígenas, tendo em vista as demandas surgidas que apontam para a necessidade da aquisição deste saber em função das relações pós-contato entre estes e a sociedade envolvente.
            Vale ressaltar que a expressão alfabetização intercultural que apresentamos neste texto, deriva do termo Educação intercultural bilíngue, utilizado pela UNESCO para designar uma importante característica da educação escolar indígena, pois pressupõe o esforço do diálogo entre diferentes culturas e saberes, neste caso, a sociedade indígena e não-indígena. Encontra-se também fundamentada na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, Nº 9394/96 no artigo 78, onde estabelece que:
O Sistema de Ensino da União, com a colaboração das agências federais de fomento à cultura e de assistência aos índios, desenvolverá programas integrados de ensino e pesquisa, para oferta de educação escolar bilíngue e intercultural aos povos indígenas, com os seguintes objetivos:
I – proporcionar aos índios, suas comunidades e povos, a recuperação de suas memórias históricas; a reafirmação de suas identidades étnicas; a valorização de suas línguas e ciências;
II – garantir aos índios, suas comunidades e povos, o acesso à informações, conhecimentos técnicos e científicos da sociedade nacional e demais sociedades indígenas e não-índias”.
            Entretanto, a concepção intercultural é recente, pois a trajetória da educação escolar indígena (SILVA; GRUPIONI, 1995)  nos informa que de maneira geral, a pretensão da escola era de integrar estas populações étnicas à sociedade nacional, no entanto, uma das razões que impossibilitava a consecução deste objetivo eram as línguas indígenas. Neste sentido, a tarefa da escola será justamente a de ensinar os alunos e alunas da aldeia a falar, ler e escrever em língua portuguesa para que assim este entrave fosse superado.
            Mas as experiências demonstraram o fracasso de iniciativas desta natureza, ou seja, alfabetizar alunos em uma língua que eles não dominavam – a portuguesa. Sobre a questão, Maria Cândida Barros, afirma que: “[…] Uma experiência anterior de alfabetização entre as crianças Karajá havia mostrado sua inutilidade. O conhecimento da escrita havia caído no esquecimento pela falta de oportunidade e de necessidade de usar a escrita” (BARROS, 1994, p. 27). Situações como esta nos remetem as reflexões de Vygotsky sobre os estudos da linguagem enquanto um sistema simbólico produzido pelo ser humano, ou seja, uma espécie de ganho no processo evolutivo da espécie. Para ele, é por meio dela, que podemos fazer a mediação entre o sujeito e o objeto do conhecimento, bem como, socialmente possibilitar o desenvolvimento das funções mentais superiores que depois são culturalmente compartilhadas. Para Vygotsky: “O ensino tem que ser organizado de forma que a leitura e a escrita se tornem necessários às crianças […] e a escrita deve ter significado para as crianças, uma necessidade intrínseca deve ser despertada nelas e a escrita deve ser incorporada a uma tarefa necessária e relevante para a vida”. (VYGOTSKY, 1989, p. 133).
            Assim, considerando o fracasso na alfabetização, o enfoque a ser empregado daí para frente foi o da utilização das línguas indígenas para garantir a aquisição da escrita, mas como o interesse era a integração dos índios, assim que os alunos aprendiam a ler e a escrever, a língua indígena era retirada da sala de aula, já que a aquisição da língua portuguesa continuava a ser a grande meta. Desta forma, a escola indígena acabava por contribuir para o enfraquecimento, desprestígio e, posteriormente, desaparecimento das línguas indígenas (BRASIL, MEC, 1998).
            Contudo, a partir da promulgação da Constituição Federal de 1988, à escola foi colocada à possibilidade de se constituir como um elemento a favor dos povos indígenas, na medida em que pode estimular e favorecer a manutenção ou revitalização das línguas indígenas ao incluí-la em seu currículo com a função e status de língua plena, desta forma assegurando uma proximidade em termos de paridade com a língua portuguesa.
            Neste debate a respeito das línguas, destaca-se a escrita das línguas indígenas e suas implicações. A nosso ver, a função da escrita em língua indígena precisa ser amplamente estudada, além do que, há grupos étnicos que preferem não fazer uso escrito de suas línguas tradicionais.
            As experiências em outras localidades (GAVAZZI, 1994) têm demonstrado que, com o passar do tempo, a situação pode ser modificada e o uso da língua indígena por escrito passa a fazer sentido e a ser desejável, pois as necessidades que os Povos Indígenas têm em relação ao saber escrito podem ser utilizadas como boas situações de aprendizagem, não sendo preciso então, a criação de argumentos ou versões artificiais, como a nossa conhecida cartilha do ABC. Assim, poderão apropriar-se efetivamente desta cultura, de tal forma que este domínio ou intimidade signifique um “[…] compromisso com uma escrita que permita comunicação e interação de fato – que seja fruto da tentativa de aproximação, a máxima possível, entre o que se pretende dizer, o que efetivamente se diz e o que pode ser compreendido – que exige, do começo ao fim, escolhas de natureza diversa e coordenação de procedimentos complexos…” (PRADO; SOLIGO 2005, p. 36)
          Ao longo da discussão sobre a alfabetização intercultural, há posicionamentos de estudiosos favoráveis e não favoráveis quanto ao ensinar e aprender línguas indígenas na escola. De um lado, há aqueles que postulam que a introdução dessa prática na aldeia pode resultar em uma imposição do modo de vida ocidental, acarretando desinteresse pela tradição oral e impelindo à criação de desigualdades no interior da sociedade, entre os que são letrados e os não-letrados. Postulam ainda, sobre os riscos que as intervenções culturais sutis podem causar nas línguas indígenas no processo de transposição da oralidade para a escrita:
As línguas indígenas brasileiras são ágrafas, e sua inclusão na escola implica na criação de uma grafia e no estabelecimento de um registro escrito para conhecimentos que, originalmente, não são congelados em forma de texto, mas, ao contrário, recriados continuamente na produção oral. […] Afinal, grafias são elas também construções sociais e históricas, e sua produção técnica por não falantes da língua, por mais séria que seja, traz alguns “efeitos colaterais” sentidos e denunciados pelos seus falantes e pelos lingüistas mais atentos.                          (COHN, 2006, p. 8 )
Ainda sobre o assunto, Maria Cândida Barros, indaga a respeito de como o mito narrado oralmente ao passar para o papel, produz uma ruptura em termos de domínio de saberes, pois:  “[…] a publicação das narrativas tradicionais em forma de livro de leitura para a escola, acabam sendo de certas pessoas no grupo e não de todos: a sua difusão escrita na escola altera a forma de seu domínio ao separar o conhecimento do conhecedor” (BARROS, 1994, p. 32).
As diferenças entre as competências orais e escritas são evidenciadas por Maria Elisa Ladeira:
Questionamo-nos sobre qual o sentido e as consequências da escrita em sociedades orais, no caso das sociedades indígenas brasileiras. Sabemos, como antropólogos, que é ilusão pensar que a oralidade e a escrita sejam dois caminhos possíveis para se transmitir as mesmas mensagens. (LADEIRA, 2002, p. 3)
            Por outro lado, há aqueles e aquelas que entendem ser importante a aquisição deste conhecimento pelos povos indígenas, pois reduzir essas línguas a usos exclusivamente orais pode representar sua manutenção em posições de prestígio insuficiente e funcionalidade, reduzindo assim suas chances de sobrevivência no mundo contemporâneo. Então a apropriação da cultura escrita pode significar um ganho estratégico para estas línguas, na medida em que estarão ocupando um espaço junto à língua majoritária e conquistando, portanto um de seus mais relevantes territórios.
            Atestando este argumento, Nietta Monte compartilha que:  “Assiste-se com satisfação renovada, ao incremento, por parte dos próprios grupos indígenas acreanos, de uma atitude favorável às práticas escolares e de letramento em línguas indígenas, que até muito recentemente eram de tradição oral e ágrafa”. (MONTE, 1994, p. 65).
            Experiências como estas, permitem a compreensão do contexto em que vivemos: uma sociedade mediada pela cultura escrita. Assim, há necessidade de apropriação destes saberes, daí o importante papel da alfabetização. Os conhecimentos atuais sobre alfabetização, traduzidos na Psicogênese da língua escrita, sustentam que o processo de construção da língua escrita é desenvolvido pelo aprendiz – criança ou adulto, o sujeito que interage com o meio social e com a escrita, o seu objeto de conhecimento. A ação docente é orientada para a problematização e intervenção, mediante a utilização de textos diversificados, com ênfase e valorização da atribuição de sentido à escrita. (FERREIRO; TEBEROSKY, 1985).
            Neste sentido, compreendemos a importância da aquisição da cultura escrita na aldeia, como um compromisso inadiável da relação mundo contemporâneo e mundo tradicional, uma demanda presente na pauta da educação inclusiva, o direito legítimo ao saber universal a qual todos devem ter acesso, de forma a possibilitar vivências que assegurem o mágico e pessoal sentimento apontado por Guilherme Prado e Rosaura Soligo de que: “Ninguém poderá nos fazer aprender exatamente o que aprendeu com as leituras que fez e com os textos que escreveu. E nós não poderemos ensinar exatamente o que aprendemos com as leituras que fazemos e os textos que escrevemos”. (PRADO; SOLIGO 2005, p. 37).
            Agora, para a cultura escrita ocorrer na aldeia é preciso levar em conta que, o esforço por parte da escola de manter e revitalizar a língua neste sentido é limitado, já que nenhuma instituição, pode se responsabilizar exclusivamente pelos destinos de uma língua. Assim como a escola não pode ser considerada como a única entidade que pode determinar o enfraquecimento ou a perda das línguas indígenas, ela também não tem o poder de sozinha, mantê-las em uso. Daí que cabe a comunidade, de forma incisiva a manutenção linguística de sua etnia (BRASIL, MEC, 1998).
            Neste sentido, se justifica a importância do aprofundamento de estudos sobre a aprendizagem da leitura e escrita na aldeia, uma vez que estes instrumentos – o ler, escrever intimamente ligados a sua prática social, representam os meios pelos quais os povos indígenas dispõem para compreender a estrutura e funcionamento da sociedade envolvente. Para Bakhtin não há como entender a língua de forma isolada, uma vez que qualquer análise linguística deve considerar aspectos contextuais de fala, a relação do que fala com o que ouve, a conjuntura política e histórica, dentre outros.
            Assim, para os povos indígenas, o saber escrito poderá representar um caminho para o relacionamento entre seus pares e para firmarem posições políticas comuns e consequentemente poderem tomar conhecimento de seus próprios direitos, resultando em reconhecimento e respeito, tendo em vista sua diversidade. Neste sentido, o Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas, explicita a importância da cultura escrita na sociedade atual como um direito ao conhecimento:
Todos os documentos que regulam a vida da sociedade brasileira são escritos em português: as leis, principalmente a Constituição, os regulamentos, os documentos pessoais, os contratos, os títulos, os registros e os estatutos. Os alunos indígenas são cidadãos brasileiros e, como tais, têm o direito de conhecer esses documentos para poderem intervir, sempre que necessitarem, em qualquer esfera da vida social e política do país. (BRASIL, MEC, 1998, p. 121).
            Sobre a cultura escrita na aldeia, as evidencias empíricas apontam que o fato dos povos indígenas atualmente exercerem atividades de leitura e escrita na língua portuguesa possibilita processos de melhor interação com a sociedade envolvente, visto que a escrita tem muitos usos práticos por eles já utilizados, tais como: elaboração de listas de compras, registros da produção e venda da castanha, anotações de endereços da cidade,  ofícios, etc.
            A escrita tem servido ainda para registrar[4], um pouco da sua história, a literatura, as crenças religiosas, os mitos, as receitas, enfim, o conhecimento do povo. Então, as funções deste objeto cultural na aldeia indígena estão muito claras – sintetizamos na defesa e possibilidade de exercerem sua cidadania e o acesso a conhecimentos de outras sociedades.
            O fato de desconhecer este processo tem implicações diretas na própria definição das políticas públicas para estas populações. Sabemos que não basta a escola ter como tarefa específica à alfabetização dos alunos e alunas: cabe a ela o dever de criar condições para que eles/as aprendam a escrever textos adequados às suas intenções e aos contextos em que serão lidos e utilizados.

Referências
BAKHTIN, M. Marxismo e Filosofia da Linguagem. S. Paulo: Hucitec, 1988.
BRASIL. Ministério da Educação. Referencial Curricular Nacional para as Escolas Indígenas. MEC: Brasília,  1998.
_______ . Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Nº 9394/96. Brasília, 1996.
COHN, Clarice. Notas sobre a escolarização indígena no Brasil. Disponível em:http://www.acoesafirmativas.ufscar.br/escolIndClarice.pdf Acesso dia 23 de setembro de 2006.
FAUNDEZ, A . A expansão da escrita na África e na América Latina. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1994.
FERREIRO, Emília. Cultura Escrita e Educação. Porto Alegre: Artmed, 2001.
FERREIRO, E. & TEBEROSKY, A. Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Médicas, 1985.
GIROUX, H. Praticando Estudos Culturais nas Faculdades de Educação; In: Silva, T. T. (org) Alienígenas na sala de aula. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
LADEIRA, Maria Elisa. Sobre a língua da Alfabetização Indígena. Disponível em: http file:///C|/ingua-alfabetiza.htm (5 of 5).Acessado em 8/1/2002
MONTE, Nietta. Escolas da floresta: entre o passado oral e o presente letrado. Rio de Janeiro: Multiletra, 1996.
PRADO, G.V.T.; SOLIGO, R. A. (orgs.). Porque escrever é fazer história. Campinas: Graf. FE, 2005.
SILVA, Aracy Lopes da; GRUPIONI, Luís Donisete Benzi. A Temática Indígena na Escola: subsídios para professores de 1º e 2º graus. Brasília: MEC/MARI/UNESCO, 1995.
VYGOTSKY, L. A Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
[1] Profª Mestra da Universidade Federal de Rondônia- UNIR – Campus de Ji-Paraná, Departamento de Ciências Humanas e Sociais. Ministra aulas no Curso de Pedagogia; é líder do Grupo de Pesquisa em Educação na Amazônia/GPEA; coordenadora da linha de pesquisa:
[2] Adotamos a concepção de cultura escrita utilizada por Emilia Ferreiro, com o entendimento de que o ato de ensinar a língua escrita deve possibilitar aos alunos e alunas o desenvolvimento das capacidades de leitura e de produção de textos de diferentes gêneros, que circulam socialmente e que estão presentes no cotidiano das sociedades letradas a fim de que possam sempre que necessário fazer uso destes conhecimentos. FERREIRO, Emília. Cultura Escrita e Educação. Porto Alegre: Artmed, 2001.
[3] Cf. BARROS, M. C. D. M.. “Educação Bilíngüe, Lingüística e Missionários”. In: Em Aberto, Brasília, ano 14, n.63, jul./set. 1994, p.18-37 e FAUNDEZ, A . A expansão da escrita na África e na América Latina. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1994.
[4] MINDLIN, Betty et al. Couro dos espíritos : namoro, pajés e cura entre os índios Gavião-Ikolen de    Rondônia. São Paulo : Senac ; Estação Liberdade, 2001. 254 p.

segunda-feira, 15 de abril de 2019

PROFESSORA CAMILA É ILEGALMENTE DETIDA PELA PM (15.4.19)




A professora Camila Marques é ilegalmente detida no interior do Instituto Federal de Goiás (IFGO) na cidade de Águas Lindas cidade no entorno do Distrito Federal.

A PM tem um histórico lamentável de truculência e desrespeito ao povo, agora, com autoridades fazendo apologia à violência, a sensação é de grande e perigosa insegurança.

PROFESSORA CAMILA É ILEGALMENTE DETIDA PELA PM (15.4.19)




A professora Camila Marques é ilegalmente detida no interior do Instituto Federal de Goiás (IFGO) na cidade de Águas Lindas cidade no entorno do Distrito Federal.

A PM tem um histórico lamentável de truculência e desrespeito ao povo, agora, com autoridades fazendo apologia à violência, a sensação é de grande e perigosa insegurança.

BOLSONARO TEM PROJETO PARA O BRASIL






BOLSONARO TEM PROJETO PARA O BRASIL

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
Bertolt Brecht
Quando Bolsonaro, seus filhos aloprados, a Damares e o guru Olavo de Carvalho falam asneiras, vem logo o pensamento de que são todos uns despreparados e incompetentes.
Eu mesmo já falei isso.
Mas na realidade, falar besteiras, coisas absurdas, sem aparente lógica política, tem um objetivo que, me parece, poucos analistas percebem.
E qual seja?
Para destruir o Estado de Bem-Estar Social brasileiro montado ao longo dos últimos 50 anos no Brasil a direita brasileira precisa de muito mais que aprovação no Congresso.
Fazer uma reforma trabalhista que destruiu os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, terceirizar mão de obra, instalando uma escravidão “legal” no país, a aprovação de uma emenda constitucional que impede o Estado de investir no social e no humano é claro, necessita de uma sociedade imbecilizada.
O projeto maior de Bolsonaro como o grande lacaio do capital financeiro é exatamente este.
Por exemplo, destruir uma estrutura grandiosa e solidária como a Previdência Pública, que atende milhões de pessoas no país inteiro e que é um dos principais instrumentos de distribuição de renda, irá causar, como já está acontecendo, uma revolta social.
Destruir um sistema de saúde como o SUS.
Um sistema de educação pública que atende mais de 75% de todas a população estudantil de um país do tamanho do nosso, precisa ter projeto para impedir a revolta da população.
O impacto dessa pauperização no meio social será enorme por isso o governo precisa de instrumentos de alienação do povo.
Bolsonaro e sua equipe e os generais, sabem disso.
Nesse sentido, Bolsonaro, de forma bem articulada, faz um jogo que, ao mesmo tempo é efetivo, mas perigoso.
As aparentes besteiras ditas praticamente todos os dias, principalmente via redes sociais, tem esse objetivo que é anestesiar, congelar pensamentos e mentes.
Tem o objetivo de “emburrecer.”
Imbecilizar.
Transformar cidadãos e cidadãs em apenas engolidores de palavras soltas, sem sentido algum.
Por isso o discurso de ódio.
Mata, maltrata, mas faz parte do projeto.
“A equipe de Bolsonaro tem muita clareza nesse sentido. O governo calculou. O apoio que Bolsonaro teve na eleição ele não vai mais reconquistar é impossível ele conseguir ter maioria novamente.”
Mas o fato que ele não precisa disso para poder governar.
Ele precisa sim transformar pessoas em analfabetos políticos.


por José Gilbert Arruda Martins

Para 'guru' dos Bolsonaro, Papa Francisco é 'inimigo'

no Rede Brasil Atual

O ideólogo de extrema direita Steve Bannon, aconselhou o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, a atacar o pontífice sobre a questão da migração.



São Paulo – O ideólogo de extrema direita e ex-estrategista chefe do presidente dos EUA Donald Trump, Steve Bannon, aconselhou o ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, a atacar o papa sobre a questão da migração. As informações são do The Guardian.
De acordo com a publicação, a declaração foi dada em uma reunião em Washington, em abril de 2016, e Bannon sugeriu que o líder do partido da Liga Anti-imigração da Itália deveria começar a confrontar abertamente o Papa Francisco, que tem na situação dos refugiados uma pedra angular do seu pontificado.
Um importante membro da Liga disse em uma entrevista ao site SourceMaterial que “Bannon aconselhou o próprio Salvini que o papa atual é uma espécie de inimigo. Ele sugeriu, com certeza, atacar frontalmente." Após o encontro, Salvini passou a atacar o papa, justificando que os conservadores no Vaticano estavam do seu lado. Em maio de 2016, um tuíte seu dizia: “O papa diz que os migrantes não são um perigo. Seja como for!”, e em amio do mesmo ano, após o apelo do papa por compaixão para com os migrantes, declarou:“ A imigração descontrolada, uma invasão organizada e financiada, traz caos e problemas, não paz ”.
Na visita de Jair Bolsonaro aos Estados Unidos, Steve Bannon esteve no jantar oferecido pela embaixada brasileira em Washington. Durante a campanha presidencial de 2018, ele declarou apoio ao candidato do PSL e um dos filhos do presidente, Eduardo, já havia dito antes da declaração formal que Bannon ajudaria o pai em sua tentativa de chegar ao Planalto.
Tido como um dos responsáveis pelas fake news que impulsionaram a campanha de Donald Trump à presidência dos EUA, Bannon estava por trás da Cambridge Analytica, consultoria de dados acusada de ter interferido nas eleições do país, assim como no referendo do Brexit, no Reino Unido.

Ajude a Escola Indígena Pamáali, no Alto Rio Negro, voltar a funcionar!

no Instituto Socioambiental

Considerada modelo de inovação na educação escolar indígena no Brasil, a Escola Baniwa e Coripaco Pamáali, na Terra Indígena Alto Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira (AM), precisa de ajuda. Com a infraestrutura deteriorada após 16 anos de funcionamento no meio da floresta amazônica - mais exatamente no Rio Içana, um afluente do Alto Rio Negro -, a escola fechou seu campus no fim de 2016. Sem verba para custear obras e com recursos insuficientes para merenda e transporte, 107 jovens indígenas ficaram sem aulas no local.



“Muitos alunos não quiseram ser deslocados para outras escolas porque não existe na região um ensino como o da Pamáali. Os repasses do poder público são insuficientes e a reforma prevista pelo Ministério da Educação (MEC) não atende a todas as necessidades estruturais da escola. Por isso, estamos pedindo a ajuda das pessoas para reabrir a Pamáali”, ressalta André Baniwa, uma liderança das principais lideranças Baniwa e integrante da Oibi.
Ensino intercultural
Fundada no ano 2000, a Pamáali sempre foi um exemplo de educação e pesquisa intercultural, sendo reconhecida pelo MEC como instituição de referência em inovação e criatividade na educação básica no Brasil. A metodologia de ensino via pesquisa parte do conhecimento tradicional e dialoga com os conhecimentos acadêmicos e científicos “dos brancos”. As histórias de origem da humanidade a partir da visão dos povos Baniwa e Coripaco, a medicina indígena e o manejo de recursos estão entre os principais temas estudados.
A Pamáali atende alunos dos ensinos fundamental e médio de toda a região do rio Içana. Os Baniwa e Coripaco, povos falantes de língua Aruaque, vivem nas fronteiras do Brasil, Colômbia e Venezuela. No lado brasileiro, são a maior etnia habitando as terras indígenas do Alto e Médio rio Negro, com uma população de aproximadamente 6 mil pessoas. Saiba mais sobre os Baniwa e os Coripaco.
A reforma para reabertura do campus da Pamáali necessita de R$ 100 mil para ser concluída. Esse valor será somado aos esforços que os Baniwa e Coripaco vem fazendo localmente com mutirões e arrecadações para verem sua escola-modelo funcionar novamente.
Contribua com os povos Baniwa e Coripaco! Doações podem ser feitas através de depósito na conta abaixo:
Banco do Brasil
Agência: 1136-3
Conta Corrente: 18.400-4
Associação Conselho da Escola Pamáali - ACEP
CNPJ: 04.911.496/0001-06
Contato de referência: João Florentino da Silva (Diretor-presidente da ACEP)
E-mail: pamaali.eibc@gmail.com
A ACEP pede aos apoiadores que notifiquem a doação para o e-mail acima de modo a garantir o registro dos nomes dos "padrinhos" e "madrinhas" da escola. Quem quiser permanecer anônimo, contudo, não precisa se identificar.
Sua contribuição pode ajudar a reabrir a Escola Pamáali, referência na educação escolar indígena no Brasil!
Mais informações:
Juliana Radler
jornalista do Programa Rio Negro do ISA
julianaradler@socioambiental.org
(97) 3471-1156 / 2193 / 2182
End.: Rua Projetada 70, Centro, São Gabriel da Cachoeira (AM)

domingo, 14 de abril de 2019

AGRONEGÓCIO NÃO VAI PEDIR LULA LIVRE (14.4.19)





AGRONEGÓCIO NÃO VAI PEDIR LULA LIVRE
Amiga trabalhadora e amigo trabalhador.
Paulo Guedes e Bolsonaro defendem que o governo precisa economizar R$ 1 trilhão e, para isso precisam fazer a Reforma da Previdência.
Na reforma vai tirar dos mais pobres.
No entanto, vejam mais essa tragédia.
Bolsonaro anunciou ontem que vai perdoar uma dívida bilionária dos fazendeiros do agronegócio.
Pior...
“Bolsonaro quer aprovar a anistia da dívida bilionária do agronegócio usando o Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural) que financia aposentadoria, pensões e assistência social no campo.”
“A bancada ruralista, que ajudou a elegê-lo, cobra o perdão, foi promessa de campanha.”
Paulo Guedes se descabela.
“Afinal com que cara ele vai dizer que o buraco fiscal é tão grande que se faz necessário dificultar a aposentadoria de trabalhadores pobres do campo e, ao mesmo tempo, deixar de cobrar R$ 17 bilhões que iriam para esse fim?”
É uma desmoralização total da equipe econômica do governo.
Desmoralização, contudo, é uma questão relativa.
“Há governo que não se importa com ela desde que mantenha uma base de apoio gritando “mito”.”
Precisamos enxergar ao redor.
Esse governo não se interessa com as questões importantes do povo.
Por isso vamos lembrar quando essa tragédia começou.
Eles diziam...
“Primeiro era só tirar a Dilma que a economia voltaria a crescer. Não cresceu!”
“Depois era só fazer a reforma trabalhista que o emprego iria surgir das cinzas. O desemprego aumentou absurdamente!”
“Depois era só aprovar o congelamento dos investimentos na saúde e educação pública que a economia cresceria. Não cresceu!”
Vejam bem...
Bolsonaro diz não ter dinheiro e vai perdoar dívida bilionária dos ruralistas.
Com a Reforma da Previdência quer tirar o pouco que restou dos mais pobres.
Segundo o deputado Ivan Valente do (Psol-RJ), Bolsonaro concede não R$ 17 mas R$ 40 bilhões de isenção aos ruralistas.
É por isso que o agronegócio não vai mais pedir Lula Livre, o ex presidente nunca concordaria com um absurdo desses, tirar dos pobres, dos trabalhadores e trabalhadoras e entregar aos ricos. Jamais!


por José Gilbert Arruda Martins

WEINTRAUB: BOLSONARO ERRA (DE NOVO)


Antes de falarmos sobre o novo ministro, vamos pensar um pouco o tamanho da educação pública brasileira.
Outro ponto importante a educação pública atende aos filhos e filhas da Classe Trabalhadora.

Foto Veja.Abril

Ela, portanto, tem que ser pensada levando em conta, antes de qualquer coisa, esse ponto fundamental.
Uma brevíssima radiografia da educação pública brasileira.
No ano de 2018, foram realizadas 39,4 milhões de matrículas na Rede Pública de Ensino, apenas na Educação Básica.
Olha o tamanho dessa demanda...
Olha onde o mercado pode está colocando seu olho gordo.
Mesmo com um número espetacular desses, o país ainda tem 2 milhões de estudantes entre 4 e 17 anos que não frequentam a escola.
Outro dado importante:
Apenas 15% dos brasileiros têm ensino superior completo e 52% das pessoas com idade entre 25 e 64 anos não concluíram o ensino médio.
Um pouco da infraestrutura na rede pública
39% - Das escolas que oferecem o Ensino Fundamental tem quadras de esportes.
12% - Das escolas que oferecem Ensino Fundamental possuem laboratório de ciências.
60% - Das creches possuem banheiros adequados à educação infantil.
82% - Das escolas que oferecem Ensino Médio contam com laboratórios de informática.
Pois bem...
Esse é um pedacinho do cenário que o novo ministro irá encontrar além claro da grande diversidade humana, tem jovens de todas as cores e sonhos...
Que olhar o ministro vai ter para esse caldo de culturas, de desejos, de escolhas, de jeitos e trejeitos?
Todas e todos que é são do povo precisam acompanhar de perto...
O governo demitiu um obscurantista e colocou um pior, o economista Abraham Weintraub.
De acordo com o jornalista Kennedy Alencar, o novo ministro da Educação, "é um obscurantista com retórica mais agressiva do que a do antecessor, Ricardo Vélez";
"O presidente Bolsonaro mostrou, novamente, incapacidade para escolher alguém que possa colocar a educação no caminho correto. Optou por uma trilha desastrosa".
"Com um discurso de posse beligerante, como será possível para o novo ministro da Educação acalmar os ânimos na pasta, selar a paz nos conflitos internos e dar um rumo à área?", questiona o jornalista Kennedy Alencar.
"O novo ministro da Educação é admirador do escritor e ativista de extrema-direita Olavo de Carvalho.”
Contou com apoio de familiares de Bolsonaro para trocar o cargo de secretário-geral da Casa Civil pelo de ministro da Educação e Cultura.
No passado recente, disse que seria preciso “vencer o marxismo cultural nas universidades”.
“O novo ministro da Educação é um economista e tem passagem longa pela administração privada e uma especialização na área previdenciária.”
Apesar de ter sido professor universitário, Weintraub não tem experiência em questões educacionais".
Com discurso agressivo e beligerante “Weintraub começou mal, o que é péssima notícia para a educação".
E você trabalhadora e trabalhador que tem filhas e filhos na idade de estudar, o que pensa?

LINK DO EDUCAÇÃO PÚBLICA”EU APOIO”: http://educacaoeuapoio.com.br/numeros/


por José Gilbert Arruda Martins

sexta-feira, 12 de abril de 2019

CIRO: “IR ÀS RUAS E QUEBRAR TUDO” (12.4.19)





CIRO: “IR ÀS RUAS E QUEBRAR TUDO”
Ciro Gomes, como é de conhecimento de todas e todos, logo após o resultado do primeiro turno da eleição de 2018, viajou a Paris abandonando a disputa eleitoral no segundo turno.
A consequência do afastamento da principal liderança do PDT do processo foi a vitória de um dos quadros políticos brasileiros mais atrasados de toda a história.
Uma estratégia que ele Ciro Gomes acredita acertada para fritar o PT e voltar com força política suficiente e vencer as eleições de 2022.
Críticos dessa aventura defendem que foi um tiro no pé. Dizem que Ciro poderá virar uma Marina e ver seu capital político diluir nos próximos anos.
Agora Ciro aparece e faz uma espécie de balanço dos 100 dias do desgoverno Bolsonaro.
“O PDT lançou nesta quinta-feira, 11/04, uma plataforma chamada Observatório Trabalhista, por meio da qual se dispõe a acompanhar e analisar os indicadores do Governo Bolsonaro.”
Ciro comentou uma série de aspectos do desempenho do Governo Federal: Educação, Saúde, Segurança, Previdência, autonomia do Banco Central...
Uma delas chamou bastante a atenção de todas e todos, Ciro comentou sobre a possível autonomia do Banco Central.
Segundo o Ciro se acontecer o país será entregue ao controle financeiro de três bancos.
Que banco o ex candidato fala?
Vou chutar, sei que é difícil acertar: Badesco, Itaú, Bamerindos...?
“Que outro país entrega o seu destino a três bancos?”
Aqui uma reflexão importante para trabalhador e trabalhadora tentar fazer:
Um mercado vende alimentos, por exemplo.
O que o banco vende?
O que faz um banco?
O que faz um banqueiro para ganhar a vida?
Por que são bilionários?
Talvez por isso Ciro defendeu:
“Ir às ruas e quebrar tudo!”

Por José Gilbert Arruda Martins




quinta-feira, 11 de abril de 2019

REIVINDICAÇÃO - Movimentos saem às ruas de São Paulo contra cortes de Doria na cultura

no Rede Brasil Atual



São Paulo – Artistas, agentes, produtores e educadores protestam nesta quarta-feira (10) contra as ameaças de cortes na cultura, anunciadas pelo governador João Doria (PSDB). A partir das 14h, os manifestantes se concentram em frente ao Teatro de Contêiner Mungunzá, na Rua dos Gusmões, 43, na Santa Ifigênia, região central. De lá partem em caminhada para reivindicar investimentos no setor.
O governador chegou a afirmar nesta semana que voltou atrás da decisão e não haverá mais o contingenciamento, no entanto, o ato prossegue porque a medida ainda não foi revogada, de acordo com a atriz e pesquisadora teatral da Kiwi Companhia de Teatro Fernanda Azevedo, em entrevista à Rádio Brasil Atual.
"Não é a primeira vez que o Doria tenta desmobilizar o movimento através de promessas que não são cumpridas, ou não é exatamente o que ele fala que vai acontecer", destaca Fernanda aos jornalistas Marilu Cabañas e Glauco Faria acrescentando que, pela proposta do governador, os cortes serão evitados com parcerias público-privadas que, na prática já ocorre.
“Apesar do orçamento de São Paulo de quase R$ 270 bilhões, a gente tem por volta 0,35% desse montante dedicados à pasta da Cultura (...) e o que ele está querendo dizer é que não vai mais investir dinheiro público”, avalia Fernanda.
Os protestos contra reduções na verba do setor continuam ainda pela semana. Na quinta (11), a Frente Estadual de Cultura também convocou uma audiência popular para tratar do Programa de Ação Cultural (Proac) que estão sendo prejudicados com os cortes, ao lado dos pontos estaduais de cultura. A reunião está agendada para as 18h, na Assembleia Legislativa de São Paulo.

PERSEGUIÇÃO - Julian Assange é preso na embaixada do Equador em Londres

no Rede Brasil Atual

Acusado pelos EUA de traição por divulgar documentos militares secretos, fundador do WikiLeaks estava na embaixada equatoriana desde 2012.



São Paulo – O fundador do WikiLeaks, o australiano Julian Assange, foi preso hoje (11), na embaixada do Equador em Londres. Ele estava asilado no local desde 2012. A polícia do Reino Unido divulgou nota afirmando que, para efetivar a prisão, "o embaixador equatoriano convidou a polícia britânica para entrar e ele foi imediatamente preso." 
Segundo a Reuters, o governo de Lenín Moreno já tinha acertado os detalhes da prisão do ativista digital com as autoridades do Reino Unido, numa operação que havia sido vazada ao próprio WikiLeaks por um funcionário do alto escalão do governo do Equador.
Assange vivia no local – acolhido pelo governo de Rafael Correa – para evitar ser detido e extraditado – primeiro para a Suécia, onde responde a uma acusação de estupro, que ele nega – e, posteriormente, para os Estados Unidos a quem acusa de persegui-lo por ter divulgado milhares de documentos secretos, revelando práticas espúrias do governo e das forças militares americanas, além de diversos governos ao redor do mundo.
No Jornal Brasil Atual, o sociólogo Emir Sader disse que a prisão de Assange já era esperada e no momento a expectativa é que ele seja extraditado para os Estados Unidos. "Ele está totalmente desprotegido, está nas mãos da polícia britânica, aliada há mais de um século dos Estados Unidos", comentou Emir, ressaltando que o ativista prestou um grande serviço à humanidade ao revelar, entre outras informações, a espionagem feita pelo governo norte-americano que, entre outras irregularidades, crimes e contravenções, roubou dados da presidenta Dilma Rousseff e da Petrobras.
Por meio de seu perfil no Twitter, o presidente do Equador, Lenín Moreno, justificou a suspensão do asilo dizendo que "o Equador decidiu soberanamente o asilo diplomático a Julian Assange por violar reiteradamente convenções internacionais e protocolo de convivência".