sexta-feira, 1 de abril de 2016

SÃO PAULO - Mobilizações por democracia não param e inspiram confiança em militantes

na Rede Brasil Atual

Movimentos sociais acreditam em virada contra o impeachment e avaliam que o povo entende que o que está em jogo não é só o mandato de Dilma, mas avanços e conquistas dos últimos anos

por Rodrigo Gomes, da RBA

atodemocrata
Milhares de pessoas tomaram a Praça da Sé, no centro de São Paulo, em defesa da democracia

São Paulo – O ato em defesa da democracia na capital paulista reuniu 60 mil pessoas na Praça da Sé, na região central, sob um sentimento de confiança de que as mobilizações realizadas nos últimos dias vão barrar a tentativa de impeachment contra a presidenta da República, Dilma Rousseff. “Eu acredito que vamos derrubar o impeachment. Desde o dia 18 têm ocorrido atos quase todos os dias, de diversos segmentos da sociedade, contra o autoritarismo do Judiciário, a ação golpista, a tentativa de acabar com direitos. Essa força popular vai bater no Congresso”, disse o coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP) em São Paulo, Raimundo Bonfim.
Para o ativista, está clara para a população a conspiração do vice-presidente, Michel Temer (PMDB), “que não tem votos e quer subir ao poder por meio de um golpe e sem comprovar qualquer crime da presidenta”. Bonfim ressalta que a Frente Brasil Popular, uma das organizadoras dos atos de hoje (31) em todo o país, tem sido convidada todos os dias para lançamentos de grupos e eventos em defesa da democracia. “Fugiu ao nosso controle, o que é muito bom. O povo sabe que esta tentativa de golpe não é contra a Dilma ou o PT, é contra os avanços e conquistas dos últimos anos”, afirmou.
Como no último dia 18, a manifestação foi marcada pela diversidade. Homens, mulheres, crianças, idosos, LGBT, religiosos, estudantes, professores, sindicalistas, militantes de movimentos sociais, artistas. Em ritmo de festa, dançaram e cantaram, aos gritos de “não vai ter golpe”.

Ilegítimo

O presidente da CUT São Paulo, Douglas Izzo, também acredita que essa força vai barrar o impeachment, mesmo que ele se consolide no Congresso Nacional. “Não vamos reconhecer o ilegítimo mandato presidencial conquistado por meio de um golpe. Temer representa ataques aos direitos trabalhistas, avanço da terceirização, fim das políticas sociais. Por isso banqueiros, empresários e conglomerados de mídia o apoiam”, afirmou.
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) reafirmou a postura de “não dar um único dia de paz a um possível governo Temer”, embora o coordenador estadual Gilmar Mauro não acredite que isso vá chegar a ocorrer. “Temos um processo muito intenso de politização. O que deixamos de fazer em 15 anos, estamos fazendo em 30 dias. Aos golpistas sobra ódio, falta conteúdo. Este é um momento de mantermos a calma, dialogarmos com a família, os amigos, colegas de trabalho e mostrar qual é o objetivo deste impeachment.”
Para o militante sem-terra, é importante aproveitar a mobilização atual para garantir duas coisas: que o governo Dilma retome o programa que vinha sendo desenvolvido nos anos anteriores e intensifique a participação popular em todas as esferas de governo. “Só assim vamos realmente acabar com a corrupção”, afirmou.

Ditadura

Os manifestantes escolheram o dia 31 de março e a Praça da Sé, justamente pelo que eles representam na história brasileira. A data lembra o golpe de Estado de 1964, que derrubou o presidente João Goulart e levou o Brasil a 21 anos de ditadura. Também porque a praça foi palco de uma das grandes manifestações da campanha Diretas Já, em 25 de janeiro de 1984.
Moradora de Heliópolis, na zona sul de São Paulo, Mariana Maria da Silva fez questão de participar para defender a democracia e também “os avanços conquistados no governo do PT”. “Essa ação pelo impeachment preocupa a classe trabalhadora. Querem que voltemos à estaca zero. Sem emprego, com salário de miséria, sem acesso à universidade, o Nordeste desprezado. Sabemos como é difícil conquistar as coisas. Não vamos desistir delas sem luta”, afirmou.
Mesmo pessoas críticas com os rumos do governo Dilma marcaram presença e destacaram que a luta para defender a democracia é de todos. “Nós estamos na rua defendendo um governo legitimamente eleito. Nossa história é de golpes. E nós não vamos aceitar mais um. Mas nós não estamos satisfeitos com esse governo. Nós queremos muito mais e juntos vamos conquistar”, afirmou o militante do movimento negro Douglas Belchior.
Recém-saídos de uma intensa luta para barrar o projeto de reorganização escolar do governador paulistam Geraldo Alckmin (PSDB), e mobilizando-se para pedir punição à máfia da merenda que operava no governo tucano, os estudantes secundaristas destacaram que vão tomar as ruas “quantas vezes forem necessárias” para barrar o impeachment. “Nós vamos resistir. Não vamos deixar acontecer com o Brasil o que acontece aqui em São Paulo. Nós já conhecemos esse projeto político na pele e não vamos aceitar”, afirmou a presidenta da União Paulista de Estudantes Secundaristas (Upes), Angela Meyer.
Alguns representantes de partidos políticos também compareceram ao para deixar sua mensagem. O ex-senador e atual secretário municipal de Cidadania e Direitos Humanos de São Paulo, Eduardo Suplicy, foi ovacionado pela multidão, que queria falar com ele, fazer selfies, abraçá-lo. No fim, o secretário ainda dançou ao som de forró com dezenas de manifestantes. E voltou a cantar um dos hinos de resistência à ditadura, Pra não Dizer que não Falei das Flores, de Geraldo Vandré.
O presidente estadual do PT em São Paulo, Emídio de Souza, ressaltou que hoje “milhares de homens e mulheres saíram às ruas unidos para enfrentar o golpe articulado pelo Congresso e o judiciário”. Para ele, os golpistas querem colocar um “fantoche” no poder. “Para poder acabar com os programas sociais, com os avanços. Acham muito gastar com Prouni, com Bolsa Família, com Minha Casa, Minha Vida. Mas acham normal a mulher do (Eduardo) Cunha gastar milhares de reais na Europa em um dia”, criticou, referindo-se ao presidente da Câmara.
Citando a Bíblia, Souza disse que “o Mar Vermelho abriu para o povo passar. No Brasil, o mar vermelho vai fechar para deter o golpe”. Em seguida, a vice-prefeita da capital paulista, Nádia Campeão, lembrou que o impeachment tem apoio da Rede Globo, mas que a “'Rede Povo' vai unir os brasileiros para confrontar o golpe e derrotá-lo”.

A coordenadora da Marcha Mundial das Mulheres, Nalu Faria, destacou que não se pode esquecer quem é o condutor do impeachment, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) “Nós, as mulheres, pedimos o fora Cunha, esse corrupto, que prega a injustiça, a favor da morte das mulheres. Seu machismo chulo contra a Dilma fez com que as mulheres do país se erguessem todas. Sairemos fortalecidos desse embate.”

BRASÍLIA - Em defesa do governo Dilma e por legalidade, milhares lotam Esplanada dos Ministérios

por José Gilbert Arruda Martins

Como medir multidões? Os organizadores defenderam em diversos momentos a presença de mais de 100 mil pessoas. A globogolpista falou em 50 mil, a PM militar em 50 mil. a Record em mais de 85 mil. Quem está correto? Quais critérios foram usados?

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Passeata conta com participação cidadãos que resolveram se unir, sem fazer parte de um grupo

A multidão lotava o Eixo Monumental e parte do gramado entre o Mané Garrincha e o Congresso, qual a quilometragem? Segundo o google são exatos 5 km.

Vamos imaginar, se deixarmos os critérios políticos da rede globo (golpista) e levarmos em conta critérios científicos e usados por instituições sérias; quantas pessoas realmente tinham no dia de ontem na manifestação contra o golpe aqui em Brasília?

"Há diversos métodos para se medir uma multidão. O mais conhecido foi criado por um professor universitário de jornalismo, Herbert Jacobs, nos anos 60 – e por isso é conhecido como “método de Jacobs”. 

É simples: calcule a área do local, estime o número de pessoas por m², e multiplique os dois números. As pessoas se concentram de forma desigual? Então leve isso em conta. É isso que o Datafolha faz: 
Profissionais do instituto percorrem toda a área da manifestação e avaliam o número de pessoas por metro quadrado em cada setor. Posteriormente as informações são reunidas em um mapa do local para a realização do cálculo relacionando as diferentes densidades com a área total. 

Há métodos mais sofisticados que usam o mesmo princípio. Na manifestação de segunda-feira no Rio de Janeiro, uma equipe do instituto de pesquisa Coppe/UFRJ usou imagens de televisão, programas de computador e bom senso para estimar quantos manifestantes foram às ruas. O G1 explica: 

Em dois monitores alinhados, especialistas da Coppe emparelham imagens diferentes de um mesmo lugar, no caso a Avenida Rio Branco: uma de satélite e outra filmada por um helicóptero. Na primeira, calcula a dimensão da área. Na outra, desenha o que chamam de “manchas” humanas, de acordo com a quantidade de pessoas. Por fim, compara as duas para saber o quanto desta área foi ocupada. 
Ou seja, primeiro eles obtêm a área, depois a concentração de pessoas, e – após alguns ajustes – calcula-se o número total de pessoas, que ficou entre 80 mil e 100 mil pessoas no Rio de Janeiro."




BRASÍLIA

Em defesa do governo Dilma e por legalidade, milhares lotam Esplanada dos Ministérios

na Rede Brasil Atual

Ato com 100 mil pessoas, segundo os organizadores, e 50 mil, conforme a Polícia Militar, teve participação de deputados e senadores de vários estados

por Hylda Cavalcanti, da RBA


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Brasília – Cem mil pessoas, segundo os organizadores, e 50 mil, conforme a Polícia Militar, entre representantes de movimentos sociais, trabalhadores rurais, sindicalistas e até indígenas de etnias diversas, bem como seringueiros, estudantes e servidores públicos encheram a Esplanada dos Ministérios, nesta quinta-feira (31), durante mobilização contra o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e pela legalidade no país. O movimento foi pacífico, e observado em vários pontos da capital, porque os grupos saíram concentrados de pontos e bairros diversos. Eles se juntaram por volta das 16h30, em frente ao Museu da República e, de lá, caminharam unidos pela Esplanada até o Congresso Nacional, quando a mobilização recebeu a adesão de parlamentares.
Marcaram o encontro faixas gigantes destacando a importância da Constituição, caras pintadas, muitos cartazes do período de campanha eleitoral da presidenta Dilma e pessoas com bandeiras da CUT, do PT e do Brasil. Também foram observadas muitas crianças, levadas pelos pais e demais familiares.
A passeata, contra o processo de impeachment, terminou sendo mais destacada em Brasília por apresentar muitas faixas e cartazes com críticas ao vice-presidente, Michel Temer, o PMDB e presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do que de apoio à presidenta, propriamente. “Está claro que estamos aqui em solidariedade à presidenta e às garantias constitucionais. Mas não podemos perder a oportunidade para denunciar o golpismo e oportunismo neste país, comandados por estes senhores”, disse o motorista Robson Silveira, que levou uma faixa contra Temer.
Também se destacou na manifestação, a exemplo da passeata que foi realizada no início de março, a quantidade de cartazes com a imagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda da época de sua reeleição, em 2006. “Lula de novo, com a força do povo”, afirmava uma grande faixa carregada por estudantes da Universidade de Brasília (UnB), que se aglomeram em frente ao Ministério do Desenvolvimento Social.
No gramado do Congresso Nacional, também foi grande a movimentação de pessoas que preferiram ir direto para lá e aguardar a chegada da passeata – até por conta do trânsito ao redor do trecho, que estava bastante engarrafado por conta dos bloqueios colocados pela Polícia Militar e Detran.

'Golpe, nós já vimos'

Apesar do grande número de ônibus fretados levados por representantes de movimentos sociais e de moradores da região do entorno do Distrito Federal, a passeata contou com a participação de muitos cidadãos que resolveram se unir à mobilização, sem fazer parte de um grupo ou entidade organizada. Foi o caso do professor Ariclê Ribeiro, que acompanha a caminhada ao lado da mulher, Ana Rita Ribeiro e o filho, Camilo, de 16 anos.
“Viemos prestar nossa solidariedade e fazer a nossa parte, para impedir que a democracia deixe de existir neste país. Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe e golpe nós já vimos. Sabemos que não é o melhor para o Brasil”, afirmou Ariclê.
Também a servidora pública Ana Elisa Bezerra, do Governo do Distrito Federal, se reuniu a amigas para ocupar a Esplanada. “Estamos aqui para mostrar que a corrupção está do outro lado, dizer que não concordamos com o oportunismo e que vamos lutar, resistir até o fim para que a inclusão social e os programas que reduzem as desigualdades tenham continuidade. E isso só é possível com o governo que aí está”, enfatizou.
Em frente ao Estádio Mané Garrincha, um grupo de 70 indígenas da etnia Xakriabá, de Minas Gerais, fazia pinturas no corpo e se preparava para seguir até a Esplanada. Eles chegaram à capital esta manhã, para participar da manifestação e carregam uma grande faixa que afirmava “Não vai ter golpe”.
“Isso aqui é um encontro cívico. Não estamos defendendo por esse ou aquele grupo político, mas defendendo o país e a democracia. Por isso, esta solidariedade à presidenta de forma tão eclética. E é preciso essa tomada de consciência por parte de toda a população brasileira”, disse Aline Albuquerque, representante da União Nacional dos Estudantes (UNE).

Fonte:

http://www.institutodeengenharia.org.br/site/noticias/exibe/id_sessao/4/id_noticia/7651/Como-medir-multid%C3%B5es

Povo nas ruas em todo o Brasil: Não vai ter golpe, Vai Ter Luta!

no Blog Amigos do Presidente Lula

O povo saiu em mais de 50 cidades para gritar NÃO VAI TER GOLPE. E VAI TER LUTA.
Eis algumas: 

No Rio, tava todo mundo. Teve o Chico Buarque e a líder do Movimento Nacional dos Catadores de Recicláveis.
Esse edifício à esquerda está tampando metade do público que foi.

São Paulo
Recife
Brasília
Porto Alegre
Belo Horizonte
Maceió
Fortaleza
Salvador

Hoje (1) tem manifestações na porta da Globo golpista.

por José Gilbert Arruda Martins

Hoje tem manifestações em todo o País contra a globogolpista. Uma TV que nasceu com a Ditadura Militar, que deu completo apoio ao regime que cassou direitos, prendeu ilegalmente, torturou e assassinou milhares de brasileiros e brasileiras e, em troca, recebeu todo tipo de apoio financeiro para se sustentar durante esse tempo todo. 

Hoje continua golpista e apoiando o que há de mais conservador, violento e atrasado nesse país.


no Blog Amigos do Presidente Lula

Hoje (01/04), aniversário do golpe de 1964 apoiado pela Globo, em várias cidades, às 17hs.

Fortaleza - CE https://www.facebook.com/events/974741982601664/
Manaus -AM https://www.facebook.com/events/819732504839785/
Recife - PE https://www.facebook.com/events/241227336224559/
Rio de Janeiro - RJ https://www.facebook.com/events/2004976056393214/
São Paulo https://www.facebook.com/events/1545093745783863/
Bauru (SP): https://www.facebook.com/events/998384393575237/
Londrina (PR): https://www.facebook.com/events/1716915308581642/

Se alguém souber de outras cidades, compartilhe nos comentários.

quinta-feira, 31 de março de 2016

Traduzindo o Golpe do Impeachment III (O Golpe é para acabar com o "Mais Médicos")

por José Gilbert Arruda Martins

Dos Programas Sociais do Governo Federal, o Mais Médicos é um dos que encabeçam a fila daqueles que os golpistas desejam acabar.

"Criado em 2013, o Programa Mais Médicos ampliou à assistência na Atenção Básica fixando médicos nas regiões com carência de profissionais. Por meio da iniciativa, 14.462 mil médicos passaram a atender a população de 3.785 mil municípios, o equivalente a 68% dos municípios do país e os 34 Distritos Sanitários Indígenas (DSEIs). Cerca de 50 milhões de brasileiros são beneficiados."



Esse Programa é um dos principais alvos dos golpistas. Quando o Mais Médicos foi lançado, a direita e um grupo de médicos reacionários, insuflados pela oposição raivosa, receberam os médicos cubanos nos aeroportos com selvageria. Prometeram acabar com o Programa.

Depois disso, partidos de direita entre eles o PSDB e o DEM prometeram em várias ocasiões rever o programa.

O combate dos conservadores ao Mais Médicos não é apenas ideológico, existe algo mais profundamente prejudicial ao povo que é a tentativa de acabar não apenas com o programa, mas acabar também com o SUS.

Portanto, o golpe do impeachment não é apenas para derrubar um governo legitimamente eleito, é também para diminuir ou retirar direitos.

O Programa andou e hoje é um sucesso.

Brasileiros de mais de 4 mil municípios, que nunca tiveram a oportunidade de fazer uma consulta, estão sendo atendidos.

O Programa é uma verdadeira revolução no atendimento médico no país.

A cada ano o Programa cresce e se desenvolve ainda mais.

Os golpistas estão de olho no Programa, esse talvez seja um dos primeiros a ser desativado ou, no mínimo, sofrerá mudanças para pior com o desligamento de todos os médicos estrangeiros.

GOLPE - 'Se fazem isso contra mim, o que não farão contra o povo?", diz Dilma sobre impeachment

na Rede Brasil Atual

Durante lançamento da terceira fase do Minha Casa, Minha Vida, presidenta reafirmou a importância da preservação de direitos


Dilma
'Acreditar que o outro não merece ser tratado com respeito é a base da violência. Não podemos aceitar'

São Paulo – No lançamento da terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida, a presidenta Dilma Rousseff lamentou aqueles que, segundo ela, vêm destilando o ódio no país, e disse que a intolerância é a base da violência. "No Brasil, o outro não é um estranho, é nosso irmão, porque é brasileiro. Um ser humano, como nós, e, como tal tem que ser respeitado", disse, em cerimônia realizada hoje (30), no Palácio do Planalto, com a presença de representantes de movimentos sociais que lutam por moradia, representantes dos empresários da construção civil e ministros do governo.
Mesmo frente às dificuldades do quadro econômico, a presidenta frisou que não é possível fazer ajustes cortando gastos sociais, e que o MCMV representa também um esforço para a retomada do crescimento econômico e a criação do emprego, mas que, para tanto, depende também de estabilidade política. "Nós queremos que a economia retome o seu caminho. Sem estabilidade política, não chegaremos." A presidenta afirmou também que não é possível pensar a solução para o déficit de moradia através apenas do mercado, sem a participação do estado, por conta dos elevados níveis de desigualdade de renda.
Dilma reafirmou o combate à desigualdade e a preservação dos direitos como prioridades do governo, dentre eles, especialmente a democracia. "A democracia é um direito que conquistamos. A democracia não caiu do céu. Foi conquistada com muito empenho e participação de todos nós. Resistimos, metabolizamos e engolimos a ditadura", lembrou a presidenta, destacando que os valores democráticos são protegidos pela Constituição.
Sobre a ameaça de impeachment, Dilma fez questão de lembrar que, segundo a Constituição, não vivemos sob um regime parlamentarista, em que o governo pode ser derrubado pelo parlamento, seguindo amplos critérios. No presidencialismo, a Constituição prevê o estatuto do impeachment, mas que só pode ser utilizado mediante crime de responsabilidade. "Impeachment sem crime de responsabilidade é golpe. É essa a questão", desabafou a presidenta.
Ela lembrou também que o suposto critério que fundamenta o pedido de afastamento em curso baseia-se em aditivos às contas do Orçamento de 2015, que deverão ser apresentadas em abril, segundo Dilma, e que, portanto, nem sequer foram julgadas pelo Tribunal de Contas da União, e menos ainda pelo Congresso.
Dilma disse que tal processo de impeachment sem base legal não é uma agressão apenas à ela, na figura da presidenta, mas aos direitos da população. "Se fazem isso contra mim, o que não farão contra o povo?", indagou Dilma.
O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, frente à atual conjuntura, que classificou como "perigosa e criminosa ofensiva golpista contra a democracia", também afirmou não ser possível falar apenas de moradia. "Hoje liberdades democráticas, garantias constitucionais e a soberania do voto estão ameaçadas pelo golpismo."
"Impeachment em si não é golpe. Mas sem crime de responsabilidade e conduzido por um bandido é golpe, sim senhor. É golpe, e não tem legitimidade", frisou Boulos, fazendo referência ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que conduz o processo pelo afastamento de Dilma.
Boulos também chamou a atenção que, junto com o movimento de afastamento, surgem boatos de eventuais cortes nos subsídios para os programas de moradia, num eventual novo governo e prometeu o combate através da mobilização. "É por tudo isso que estamos e estaremos nas ruas para não deixar que esse golpe passe."

Programa

O coordenador de políticas de Habitação da Federação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura Familiar,Elvio Mota, saudou a nova fase do programa Minha Casa, Minha Vida e disse que representa avanços que são fruto da mobilização dos movimentos, das cidades e do campo. Ele também destacou a importância da mulher no âmbito do programa, principalmente na modalidade Entidades, em que as construções são realizadas a partir do modelo de autogestão.
"A família e, principalmente, as mulheres, participam da construção. São elas que estão dizendo ‘Olha, a casa é pequena, precisava aumentar’", disse Elvio. Ele cobrou também que as residências voltadas para o campo sejam ampliadas e afirmou que a ameaça de impeachment põe em risco os avanços das políticas sociais. "O golpe não é contra o seu governo, é contra os pobres desta nação", disse, dirigindo-se à presidenta.
Já a presidenta nacional da Confederação de Nacional das Associações de Moradores, Bartíria Costa, destacou a participação dos movimentos de moradia na construção das políticas para o setor. "Os movimentos são protagonistas, não só no Entidades, mas na organização de comunidades que seguem na luta por cidadania e direitos. Só quem vive o cotidiano das comunidades, que está no dia a dia, sabe o impacto desse programa e de tantos", citando, além do Minha Casa, Minha Vida, programas do governo como o Luz para Todos, o Mais Médicos e o Prouni.
"Sairemos daqui mobilizados para garantir o sucesso e a viabilidade desse programa e de tantos outros. Já estamos mobilizados, vigilantes, para defender todos os direitos garantidos. Não permitiremos retrocessos. Combateremos todos os fascistas e golpistas. Lutaremos com todas as forças em defesa da nossa democracia e da Constituição. Golpe nunca mais", disse Bartíria.

A intolerância política chegou às escolas

na Carta Capital

Em Curitiba, uma professora foi perseguida por pais de alunos por se posicionar contra o impeachment

por Rene Ruschel 


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Alunos realizaram manifestações em apoio à professora

De Curitiba
Curitiba, sede da Operação Lava Jato, vê-se às voltas com um episódio de macarthismo verde amarelo. Uma professora de História dos Movimentos Sociais do Século XX e História da América Latina, que prefere ter o nome mantido no anonimato por temer pela segurança de sua família, foi vilipendiada nas redes sociais por um grupo fechado de mais de 800 pessoas, liderados por pais de alunos do Colégio Medianeira, da capital paranaense.
Tudo começou quando ela escreveu em sua página no Facebook que “hoje vi crianças numa escola, vestindo preto e pedindo golpe. Desprezando a democracia e exalando ódio (...) parece que não conseguimos escapar do que Marx profetizou (...) que a história se repete, primeiro como tragédia, depois como farsa”. A reação foi como um rastilho de pólvora.
Centenas de pais de alunos cujos filhos manifestaram apoio “ao golpe” contra a presidenta Dilma Rousseff entupiram as redes sociais chamando-a de “comunista descarada”. Pediam à direção do colégio sua demissão alegando que “se minha filha aparecer em casa com alguma ideia esquerdista vai dar confusão”.
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A professora usou uma imagem do fascismo para ilustrar a postagem em que criticou a manifestação dos alunos (Reprodução / Facebook)
“[Caso] esses professores ‘dinossauros’ ultrapassados continuem a lecionar, vamos ter problemas!!!!’. Exaltados, afirmavam que “se eu pegar algum texto comunista no caderno do meu filho eu vou rasgar e devolver rasgado”.
Segundo a assessoria de imprensa do colégio, a professora, que leciona há 10 anos na instituição, sempre teve uma conduta exemplar. Pela natureza das disciplinas ministradas, os temas debatidos em sala de aula incluíam questões políticas e sociais como meio-ambiente, pobreza, comunismo, socialismo ou capitalismo, sem que jamais tivessem aflorado qualquer radicalismo nos debate entre os alunos.
No entanto, dadas as notícias veiculadas pela mídia nos últimos meses, questões como impeachment, corrupção e Operação Lava Jato surgiram naturalmente no dia a dia dos adolescentes.
Por decisão dos alunos, sob a orientação da escola, foi proposto um debate sobre o tema em dias alternados. Os grupos, divididos em dois, apresentariam no pátio do colégio seus pontos de vista sobre cada situação.
Os alunos contrários ao governo da presidenta Dilma vieram trajando roupas pretas; os demais com o uniforme tradicional da escola onde predomina a cor branca. Não houve agressões ou brigas. Tudo transcorreu dentro da normalidade esperada. A gota d’água deu-se com o massacre, pelas redes sociais, à opinião pessoal da professora em relação aos defensores “do golpe”.
Em nota oficial, a direção do Medianeira afirmou que a instituição condena “toda e qualquer incitação ao ódio, difamação e injúria, violência física ou verbal (...) e reitera o papel da instituição como mediadora na interação entre alunos, educadores e famílias no afã de edificar uma sociedade mais justa e igualitária”.
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Alunos protestam em favor da professora ((Reprodução / Facebook)
Reitera o colégio que repudia a coação e hostilidade que possam vitimizar os educadores da instituição. “Reafirmamos nosso compromisso com a liberdade de expressão e a livre manifestação do pensamento os quais fazem parte do modus operandi de uma instituição da Rede Jesuíta de Educação”. 
Apesar de formalizado o pedido de demissão, a professora ainda faz parte do quadro de empregados da escola. Os alunos têm promovido uma série de manifestações pedindo seu retorno, tanto na escola como pelas redes sociais.
Pais lançaram um manifesto pela internet de apoio ao colégio, afirmando que “apoiamos a continuidade de seu projeto político-pedagógico, que é pautado, entre outros princípios, na busca do diálogo, da livre expressão de ideias, do respeito aos direitos humanos e do estado democrático”. 
Ainda segundo a assessoria de imprensa do colégio, a expectativa da diretoria é que "ela retorne à sala de aula para dar continuidade aquilo que melhor sabe fazer: ensinar e instruir os jovens e adolescentes com lições de conhecimento e democracia."

Máfia da merenda - “Yousseff” do merendão do PSDB deve se entregar na quinta, 31

na Carta Capital

Foragido desde janeiro, principal lobista da máfia da merenda não quer delatar nomes de políticos

por Henrique Beirangê 


Fachada da Assembleia Legislativa de São Paulo
Ex-presidente da Alesp, Leonel Julio, foi preso como suspeito de envolvimento na máfia da merenda

O lobista Marcel Ferreira Júlio, principal elo entre a administração paulista e máfia da merenda, deve se entregar na manhã de quinta-feira, 31, em Bebedouro, interior de São Paulo. Marcel está foragido desde o início do ano quando foi deflagrada a operação Alba Branca, que apura desvios de ao menos 25 milhões de reais, só no ano passado, dos cofres públicos paulista.
O lobista era encarregado dos contatos com a Casa Civil, a Educação e a Secretaria de Agricultura do governo Geraldo Alckmin para a elaboração de contratos fraudados de suco de laranja. O lobista é visto entre os investigadores como a caixa-preta do esquema. A força-tarefa avalia que Marcel está para a máfia da merenda como o doleiro Alberto Yousseff está para a operação Lava Jato.
Marcel decidiu se entregar depois que o pai, o ex-presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo Leonel Júlio ter sido preso ontem, apontado como um dos envolvidos no esquema. Caberia a Leonel a aproximação política com prefeituras de São Paulo para a celebração de fraudes na merenda escolar. A investigação aponta que ao menos 22 administrações municipais também estariam envolvidas. 
Leonel Julio
Leonel Julio foi presidente da Alesp na década de 1970
Para o lobista se entregar, a defesa quer uma serie de regalias. Entre elas, que seja solto após prestar depoimento e que a imprensa não tenha acesso ao local da oitiva. O lobista já deu indicativos de que não pretende entregar o nome de políticos envolvidos no esquema.  Com isso, a força-tarefa ainda não sabe se aceitará os termos de Marcel para que sua prisão preventiva seja suspensa.
As escutas telefônicas mostram que o apetite dos merendeiros não se restringiu a São Paulo. O objetivo era estender a fraude pelo interior do Nordeste, Rio de Janeiro, Paraná e Salvador. A sequência de diálogos grampeados durante a Operação Alba Branca mostra que os dirigentes da Coaf, sediada em Bebedouro, interior paulista, citam nome de políticos que estariam por trás da “exportação” do merendão. Entre eles, o aliado do vice-presidente Michel Temer, o deputado federal Baleira Rossi.
 Em uma das interceptações, os investigados afirmam que um membro da executiva do PMDB paulista era próximo a “Michel” e que ajudaria a “abrir muitas portas”.
Até o momento foram citados em depoimentos e interceptações telefônicas os nomes do ex-secretário da Casa Civil, Edson Aparecido; da Agricultura, Arnaldo Jardim; de Logística e Transportes, Duarte Nogueira e do ex-secretário de Educação Herman Voorwald. A operação apura o envolvimento direto do tucano e presidente da Assembleia paulista Fernando Capez, de Baleia Rossi (PMDB) e Nelson Marquezelli (PTB), deputados federais, e Luiz Carlos Gondim (SD), deputado estadual. Todos negam as acusações.  

Entrevista - Dulce Critelli - Quando crianças adotam o discurso de ódio

na Carta Capital

Professora de filosofia analisa o que leva crianças a hostilizarem umas às outras por motivações partidárias e as consequências disso para a sociedade

por Ingrid Matuoka 


Desenho-infantil
Imagem publicada em uma rede social em março

Em São Paulo, um menino de 9 anos foi xingado e ameaçado por seus colegas de escola por usar uma peça da cor vermelha – era uma camiseta com a bandeira da Suíça. Um pai publicou em uma rede social, orgulhoso, o desenho que seu filho criou na aula de artes - Dilma e Lula, lado a lado, acompanhados por mensagens que pedem a morte dos dois. Em outra escola, uma adolescente se sente isolada pelos amigos e luta contra professores para ter o direito de defender o capitalismo e outras posições à direita. 
Estes episódios pouco se diferenciam dacultura de violência que se instalou e se iniciou entre os brasileiros – adultos. E, agora, as crianças e adolescentes estão refletindo o mundo da "gente grande", com consequências igualmente grandes para eles e para a sociedade.
Para a professora da PUC de São Paulo Dulce Critelli, especializada em filosofia da educação, a sociedade está semeando uma ambiente de intolerância que tem em sua base a incapacidade de respeitar o outro.
CartaCapital: Quais podem ser as consequências para uma criança de estar em um ambiente violento e de intolerância, reproduzindo discursos de ódio?
Dulce Critelli: Essas atitudes são um controle social a respeito de coisas absolutamente aparentes, por defesas de convicções que nem sempre são conscientemente assumidas ou compreendidas. O que assusta é isso, e na criança fica mais visível.
Qual é a capacidade que uma criança ou adolescente tem de conhecer mais profundamente, e de forma ponderada, os exemplos históricos e as posições que está assumindo? É uma adesão sem compreensão, muito por alto.
Uma criança que vê uma briga não entende o que está acontecendo, e nem a sociedade tem conseguido compreender. Adultos que supõem que o outro está em uma posição diferente da dele já estão se omitindo de conversar para evitar brigas. Uma criança, no entanto, não tem essa ponderação. Ela vive ressoando o que está no ambiente dela e que aprendeu naturalmente.
Durante a infância, acumulamos uma série de princípios, atitudes e valores muito distraidamente, e isso vai formando nosso caráter. Aquilo que aprendemos e reproduzimos naturalmente tende a permanecer conosco até o final da vida. Faz-se necessária muita leitura, muita história vivida e reflexão para conseguir ponderar o que se está fazendo. As crianças não têm essa condição.
Publicação
CC: Quais podem ser as consequências para a sociedade de ter crianças se desenvolvendo em um ambiente como este?
DC: Se nós e a escola não ajudarmos a mudar esse tipo de comportamento, é muito tentador dizer que caminhamos para o que vemos de convivência social e política nos países regidos por fundamentalismos e posições radicais. Toda essa intolerância anuncia como futuro possível o que está acontecendo nesses atentados em Paris, em Bruxelas, porque é a incapacidade de respeitar o outro.  
O ideal é que a sociedade eduque as crianças favorecendo nelas o respeito pela própria opinião e pela opinião alheia, e que sejam capazes de construir acordos. Isso não significa ceder ou não ter opinião, mas compreender que, como todos os diferentes vivem no mesmo lugar, precisamos permitir que essas diferenças apareçam sem se destruir mutuamente. Uma sociedade precisa disso porque sempre vão surgir posições muito diferentes, e é necessário que surjam.
É muito duvidoso que todo mundo que esteja a favor ou contra o impeachment tenha uma posição só, por exemplo. Temos uma diversidade e uma singularidade imensa e cada um de nós provoca no meio social uma diferença. Não somos como os animais, que simplesmente se reproduzem constantemente no seu jeito e condição e são os mesmos ao longo da história.
Manifestação
Em bastão de manifestante lê-se 'Aos petistas com carinho' (Foto: Lula Marques/Agência PT)
CC: O fato de crianças estarem se envolvendo em brigas e violência por questões partidárias mostra o que sobre a nossa sociedade?
DC: Mostra quanto não temos um espírito cívico. Mas ao mesmo tempo é o começo de um interesse pela questão pública. Pode ser que ele não esteja sendo bem tratado e nem bem experimentado, mas é um começo.
CC: Qual seria a forma ideal para os pais e responsáveis se portarem em relação às crianças nesse momento de intolerância?
DC: Um dos artigos de Hannah Arendt sobre educação diz que toda criança, quando adentra uma sociedade, é uma novidade, e sua tendência é de não respeitar as tradições. A responsabilidade dos pais e professores seria a de fazer uma ligação: respeitar essa novidade, mas inseri-la no contexto da tradição.
Às vezes usamos essa palavra de uma maneira inadequada e parece que tradição é algo pesado e fechado, quando na verdade ela nos oferece um fio condutor que organiza nosso modo de ser atual.
Por exemplo, não faz parte de nossa tradição a noção de que a coisa pública também nos pertence e agora parece que isso está despertando. Respeitar essa tradição não é fazer de novo o mesmo, mas é entender o que vem vindo, conversar com o que nos organizou anteriormente e poder corrigir esse rumo.
Então os filhos sempre têm ideias diferentes dos pais e essa é uma oportunidade de começar a aprender que o pensamento do outro também tem valor, tanto quanto o seu. É um momento de criar acordos entre o novo e o velho, o possível e o atual. Não é porque elas já estão estabelecidas que são melhores, tampouco são melhores por serem novas. É nesse confronto, que não é um conflito, entre as duas facetas que se pode criar comportamentos novos.
E para isso eles têm de ouvir o que as crianças estão dizendo e refletir com elas, começando a oferecer a oportunidade de construir uma capacidade de compreensão e reflexão e de não pegar as coisas por alto, só porque o amigo também pensa assim.
CC: Que atitude um professor pode ter para promover um ambiente mais saudável?
DC: Nossa educação é precária e muitas escolas já têm um viés ideológico forte em que a intransigência e intolerância fazem parte, com a ideia de que existe uma verdade. Acho que a escola tem de se rever.
Um professor, por mais que tenha posição partidária clara para ele, não tem o direito de, numa escola, impor e mostrar que aquela é a única posição possível. Ele tem obrigação de mostrar todas as facetas de um debate.
Tenho aqui uma frase da Hannah Arendt que resume o fundamento da educação na escola e em casa: “Qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo não deveria ter crianças. E é preciso proibi-la de tomar parte na sua educação”.

Marco Aurélio: sem crime é Golpe!

no Conversa Afiada

Mello não aceita argumento de Barroso


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No Globo http://oglobo.globo.com/brasil/marco-aurelio-diz-que-impeachment-nao-resolvera-crise-18983840, militante do Golpe que não vai haver:

O ministro Marco Aurélio Mello (do Supremo Tribunal Federal) concordou com oargumento da presidente Dilma de que, se o impeachment for calcado em fatos que não configurem crime de responsabilidade, ocorrerá um golpe. Além disso, disse ela, os fatos narrados no processo referem-se a 2014 – portanto, as acusações são de fatos anteriores ao mandato atual.

— Acertada a premissa, ela tem toda razão. Se não houver fato jurídico que respalde o processo de impedimento, esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como golpe — concluiu Marco Aurélio.

(...)

Marco Aurélio declarou que, se o Congresso Nacional decidir pelo impeachment, existe a possibilidade de o governo apresentar recurso ao STF

— Pode (recorrer). O Judiciário é a última trincheira da cidadania. E pode ter um questionamento para demonstrar que não há fato jurídico, muito embora haja fato político, suficiente ao impedimento. E não interessa de início ao Brasil apear esse ou aquele chefe do Executivo nacional ou estadual. Porque, a meu ver, isso gera até mesmo muita insegurança. O ideal seria o entendimento entre os dois poderes, como preconizado pela Constituição Federal para combater-se a crise que afeta o trabalhador, a mesa do trabalhador, que é a crise econômico-financeira. Por que não se sentam à mesa para discutir as medidas indispensáveis nesse momento? Por que insistem em inviabilizar a governança pátria. Nós não sabemos — concluiu.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Saída do PMDB deixou Planalto de bom humor: abre espaço para um novo governo.

no Blog Amigos do Presidente Lula

A entrevista coletiva do ministro Jaques Wagner sobre a saída do PMDB do governo não deixa margem de dúvidas: o Palácio do Planalto ficou mais leve, até o humor melhorou.



Aliás, a popularidade de Dilma deve subir, pois o PMDB tem uma das piores imagens política para o povo, associada à corrupção e que contaminava a imagem do governo.

E o PMDB nem é um partido tão grande assim. Pode ser substituído por outros. E estava sendo um estorvo no governo, porque em vez de ajudar a governar, como os partidos aliados devem fazer, estava atrapalhando, sabotando, traindo e ainda contaminando com a má imagem.

Livrar-se da novela do PMDB ser ou não governo foi um alívio. 

E como disse Jaques Wagner agora dá para renovar o governo, dando uma virada, reorganizando a base governista com outros partidos, mesmo que seja menor, mas será mais consistente, mais comprometida com as transformações sociais que o povo deseja.

Quem não deve estar gostando disso é muito peemedebista que já percebeu que Temer e Cunha vão afundar o PMDB. Não vão conseguir dar o golpe e ainda ficarão com fama de golpistas, traidores e de ratos que abondam o navio.

#RenunciaTemer bombou nas redes sociais

A saída do PMDB do governo gerou críticas pela população. Nas redes sociais bombou a mensagem #RenunciaTemer cobrando coerência e fazendo piadinhas. 

Afinal anunciar sair do governo e não largar o osso do cargo de vice eleito na aba da Dilma, foi considerado sem-vergonhice pelos internautas.