sábado, 22 de agosto de 2015

GESTÃO TUCANA - Governadores do PSDB dão calote e perseguem professores grevistas

na Rede Brasil Atual
Em São Paulo e Pará, docentes tiveram cortes no salário; No Paraná, governo descumpre acordos enquanto no Mato Grosso categoria mantém estado de greve
por Felipe Mascari, da RBA
1512565_556717444470750_5612323644356193011_n.jpg
Professores do Paraná que sofreram com a violência policial reclamam da quebra de acordo do governo Richa

São Paulo – Mais de dois meses após o fim da greve, professores da rede estadual paulista continuam enfrentando problemas para receber o pagamento referente aos dias parados. Mesmo com a remuneração confirmada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não acertou as contas com os docentes. Na última terça-feira, depois de comunicar que pagaria, o tucano suspendeu, e hoje (21) voltou a dizer que vai pagar os dias parados de março e abril em folha suplementar.
De acordo com o sindicato dos professores da rede estadual (Apeoesp), a Procuradoria-Geral do Estado e a Secretaria Estadual da Educação afirmaram que o pagamento será feito. A data, porém, será informada somente na segunda-feira (24). Até o momento, o governo Alckmin pagou apenas os dias parados de maio, porém a categoria reclama que nem todos que aderiram à greve receberam.
O governo recuou em atendimento ao despacho do desembargador Francisco Casconi, relator do processo no Tribunal de Justiça de São Paulo, no qual ressaltou que a sentença do julgamento do dissídio da greve, considerada abusiva, não isenta o estado de pagar os dias parados, uma vez que trata-se de duas ações em separado.

Pará

Em outros estados governados por tucanos, a educação pública também sofre. No Pará, os professores estaduais não deverão receber os 73 dias de paralisação. O governo de Simão Jatene (PSDB) ganhou na Justiça uma liminar que permite o desconto dos dias parados.
O coordenador da Secretaria-Geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Alberto Andrade, reclama também da forma como estão sendo feitos os abatimentos. “O governo está descumprindo o combinado de descontar 10% dos dias e parcelar em dez vezes; não há uma padronização dos descontos.”
O sindicato afirmou que encaminhou ontem (20) à Justiça um questionamento do mérito da ação favorável ao governo.

Paraná

Após uma greve que durou 44 dias, com bastante violência por parte da polícia do governo Beto Richa (PSDB), os professores estaduais do Paraná estão com os pagamentos em dia. Porém, a secretária-geral da APP Sindicato, Vanda Bandeira, afirma que das questões acordadas na negociação com o estado ainda há pendências. “Estava acordado que o Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) seria retomado em agosto, agora foi adiado para março de 2016. Estamos recorrendo na Justiça para que o edital seja ofertado neste ano.”
O sindicato também reclama que as licenças especiais não serão entregues neste ano, apenas em 2016. “Isso prejudica a programação dos professores e, em alguns casos, o atendimento à saúde.”

Mato Grosso

Em Mato Grosso, a categoria decidiu em assembleia geral na segunda-feira que mantém o estado de greve. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública (Sintep-MT) reivindica a recomposição salarial integral na folha de pagamento de setembro.
O Sintep afirmou que o governo fragmentou o reajuste anual de 6,22% em duas parcelas. A primeira fração foi paga em maio, a segunda havia sido prometida para novembro, mas foi adiada para janeiro de 2016. A entidade também questiona o o fim da reeleição dos diretores das unidades escolares sem a consulta ao instituto.
Os professores buscam negociar com o governador Pedro Taques (PSDB) por mais um mês. Caso não haja acordo, a categoria deverá entrar em greve.

Goiás

No estado administrado pelo tucano Marconi Perillo, a presidenta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Maria Euzébia de Lima, a Bia, reclama da dificuldade imposta pelos diretores das escolas e subsecretários para a reposição de aulas. “Estão impondo a reposição em feriados, quando a escola não tem estrutura para receber os alunos, sem servir merenda, por exemplo. É possível fazer compensação nos horários vagos em dia de aula. Portanto, parece ser uma forma de retaliação contra nós.” O sindicato diz que busca a resolução por meio da secretaria de Educação.

Mato Grosso do Sul

O estado também foi palco de paralisação de professores neste ano. Com seis dias de duração, a categoria reivindicou a lei de integralização do piso salarial para 20 horas e conseguiu o acordo com o governador Reinaldo Azambuja.

Entretanto, a Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems) ainda reivindica uma estruturação de política salarial para os funcionários administrativos de educação, e aguarda nova proposta do governo.

CRISE HUMANITÁRIA - Na rota do desespero, refugiados assombram a União Europeia

na Rede Brasil Atual
Nas costas de Turquia e África estão milhares, talvez milhões de humilhados, que em algum momento tentarão cruzar as águas
por Guadi Calvo, para a Carta Maior
refugiados
Somente durante este ano chegaram 340 mil imigrantes e refugiados, metade através das costas africanas

São Paulo – Um fantasma ronda a Europa: o fantasma da imigração, da imigração desesperada, já não só dos famintos mas também dos milhares e milhares de pessoas que fogem das guerras que os próprios interesses europeus, juntos aos dos seus sócios estadunidenses, decidiram organizar, estimular, financiar e manter vigente nessas nações.

Um fantasma criado a partir do som da cobiça dos grandes bancos, as grandes holding, dos que exploraram a África desde o princípio dos tempos, o Oriente Médio e a Ásia Central desde que descobriram que nas entranhas dessas nações se encontravam oceanos de petróleo.

Se não houvesse tantas vidas em jogo, tantas vidas que tiveram que abandonar tudo para sobreviver, fugindo do Estado Islâmico, da al-Qaeda ou dos Talibãs, poderia valer a ironia de que os imigrantes vão à Europa por outra coisa, pelas grandes fortunas que foram levadas dos seus países ao longo da história, mas não são tempos para ironias, nem sentenças moralistas.

Já observamos como as primaveras árabes se afogam no Mediterrâneo, como a migração que parte das costas africanas, especialmente de Misrata (Líbia), até a ilha de Lampedusa e outras adjacências do sul da Itália, através de miseráveis embarcações repletas, saturadas, excessivamente carregadas de líbios, sudaneses, eritreus, somalianos, etíopes, malienses, deixando para trás uma geografia incendiada por guerras de todo tipo.

Numa economia devastada, os africanos do Saara e do Sahel não contam com outra possibilidade de trabalho que não a de se incorporar a um dos tantos bandos de salafistas, que operam em seus países. Ali, não só terão que arriscar suas vidas todos os dias, mas também serão obrigados a realizar degradantes atos de tortura aos prisioneiros em nome de um Deus ao qual, sem nenhuma dúvida seus chefes não respeitam.

Porém, agora o mundo está começando a descobrir outras das portas pelas quais os desamparados do Oriente Médio e da Ásia Central estão tentando entrar na Europa.

Somente durante este ano chegaram 340 mil imigrantes e refugiados, segundo a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados), a metade deles através das costas africanas, a outra metade entrou pela Grécia.

A outra porta

A crise migratória que a Grécia vive aprofunda ainda mais suas crises econômica e política, fazendo colapsar todas as instituições de ambas as áreas.

Em pleno verão, enquanto os gregos tentam tirar vantagens da única indústria que funciona em seu país: o turismo. Se tornou comum ver como os turistas europeus que descansam nas ilhas do Mar Egeu, como Cós, Lesbos, Quios ou Samos, presenciam a chegada das lanchas carregadas de imigrantes, 64% deles sírios, 20% afegãos e o resto divididos entre iraquianos a bangladeshianos e outros.

Os imigrantes, após meses de atravessar diferentes rotas, alcançam o porto turco de Bodrum, e podem, pagando entre 1.000 e 1.500 euros, abordar uma lancha preparada para trasportar 30 pessoas, mas que chega a levar até 65, durante os 4 quilômetros até alguma das ilhas gregas do arquipélago do Dodecanésio.

Normalmente, essas lanchas podem realizar entre quatro e cinco viagens por dia, o que torna negócio muito lucrativo.

Dependendo do lugar de origem desses imigrantes (especialmente sírios e afegãos), essa chegada já significou o pagamento de um valor entre 2 e 10 mil euros às máfias, para chegar à Turquia, em travessias, que podem durar de uma semana a três meses, cruzando distâncias de até 6 mil quilômetros.

Segundo dados da Frontex (Agência Europeia para a gestão de cooperação operativa nas fronteiras exteriores), a agora chamada “Rota do Mediterrâneo Oriental” registrou, entre janeiro e junho deste ano, 79.286 pessoas, 12 mil a mais que as registradas no mesmo período entre a Líbia e a Itália. Segundo a mesma agência, entraram na Europa cerca de 340 mil imigrantes nos sete primeiros meses deste ano. Só no mês de julho, foram registrados mais imigrantes que em todo o ano de 2013.

A Grécia já se declarou incapaz de se encarregar do desafio de conter esse fluxo, e por isso está tentando criar um processo de identificação mais rápido, para que os imigrantes, já em terra, possam seguir seu caminho por Macedônia e Sérvia, para chegar à Hungria, onde poderão iniciar os trâmites para conseguir o status de refugiado na Comunidade Europeia.

A imigração marítima da Turquia até a Grécia se intensificou nesses últimos anos, após a construção de uma cerca que separa as fronteiras terrestres de ambos os países, de aproximadamente 206 quilômetros. No maior trecho, ao longo do rio Evros, restam apenas 12,5 quilômetros de terra firme por onde os imigrantes ilegais conseguiam cruzar com alguma facilidade, mediante subornos.

O alambrado, de três metros de altura, protegido com câmeras térmicas e sensores de movimento, além das patrulhas de segurança, passou a ser um obstáculo importante para os imigrantes que optaram por percorrer o último trecho por via marítima.

Em julho passado, chegaram à Grécia cerca de 50 mil pessoas, o que representa um aumento de 750% em comparação ao mesmo mês de 2014. Em algumas das ilhas os imigrantes precisam obter um certificado de permanência temporária, para seguir viagem a Atenas.

As autoridades gregas não estão em condições de suprir as necessidades de milhares de recém chegados, razão pela qual facilitam a continuidade do seu caminho rumo ao norte, passando o problema para a Macedônia e a Sérvia.

Há várias semanas, os parques atenienses, como o Pedion Tou Areos – no caso dos afegãos – e a Praça Omonoia – no caso dos sírios – vem sendo ocupadas por famílias de que tentam conseguir o salvo-conduto para resolver a continuidade da sua viagem. Na maioria dos casos, o objetivo é chegar até a Macedônia, e embarcar num trem, na estação de Gevgelija, que os levará até a fronteira com a Sérvia, por onde passam atualmente umas 2 mil pessoas por dia.

As autoridades macedônias, assim como as gregas, entregam vistos de três dias, para que sigam seu caminho em direção à Alemanha – em muitos casos – ou à França, inclusive à Grã-Bretanha. Em Calais, na França, bem na entrada do túnel que conecta a Inglaterra com o continente, centenas de imigrantes arriscam a vida, tentando de qualquer modo chegar às ilhas – mais de uma dúzia deles faleceram, atropelados por caminhões ou em outros tipos de acidentes.

Por sua parte, a Hungria, outro dos países usuais dessa rota intermediária para esses imigrantes – mais de mil deles tentam cruzar a fronteira todos os dias –, construiu uma cerca de arame farpado. Nessa altura da viagem, já não há somente sírios, afegãos e iraquianos. Uma importante quantidade de kosovares iniciam por ali sua própria diáspora.

Em 2014, para equilibrar um pouco essa balança, os países europeus expulsaram 252 mil pessoas, na sua maioria residentes ilegais, mas não recém chegados.

O novo fantasma que ronda a Europa chegou para ficar. Nas costas de Turquia e da África estão mais centenas de milhares, talvez milhões de humilhados e ofendidos, que em algum momento tentarão cruzar as águas, enquanto a Europa parece jogar roleta russa com todas as balas no tambor.


Dilma diz que ajuste fiscal não vai prejudicar programas sociais

na Rede Brasil Atual
Ao inaugurar trecho do Projeto de Integração do Rio São Francisco, em Cabrobó, presidenta lembrou que oposição apostou no fracasso da obra: "Muita gente falava que não sairia do papel. Pois saiu"
di.jpg
Dilma participou da entrega da Estação de Bombeamento EBI-1, do Projeto de Integração do Rio São Francisco

São Paulo – A presidenta Dilma Rousseff entregou hoje (21) a primeira estação de Bombeamento (EBI-1) do Eixo Norte do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), em Cabrobó (PE), no sertão de Pernambuco. Ela disse que o ajuste fiscal não vai prejudicar programas sociais de seu governo. “Nós não vamos apertar o cinto nos programas que são essenciais para este país seguir em frente”, disse, em entrevista à rádio Grande Rio, de Pernambuco.
A presidenta afirmou que a oposição errou ao apostar no fracasso das obras. “A pior crítica que o projeto recebeu é que não existia. Isso, hoje, vemos que não é verdade”, afirmou à rádio.
No discurso que proferiu na cerimônia de inauguração da obra, insistiu na defesa do projeto. “Muita gente falava que não sairia do papel. Pois saiu.” Ela admitiu os problemas na economia, mas fez uma analogia com a obra inaugurada para dizer que eles serão superados. “Temos dificuldade? Temos, sim. Ninguém tem de tapar o sol com a peneira. Mas achar que está tudo ruim não é a forma pela qual a gente constrói canal. A gente constrói canal encarando a dificuldade de frente e ultrapassando a dificuldade com muita água, com muita força no coração e com muita esperança.”
Dilma disse também que a transposição é uma demanda antiga dos nordestinos. “Essa obra foi concebida por Dom Pedro II há 150 anos e agora é uma realidade”, lembrou. Ela mencionou seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como o responsável pela “vontade política” de realizar o projeto. “Foi preciso que um nordestino fosse eleito presidente, que tivesse sido praticamente expulso de sua casa e tivesse ido para São Paulo e soubesse o preço, o custo em termos de vida, em termos de perspectiva de futuro e esperança, que a seca impunha para a população do Nordeste.”
A estação inaugurada levará a água, por 45,9 quilômetros, ao reservatório de Terra Nova, em Cabrobó. A previsão é de que o Projeto de Integração do Rio São Francisco garantirá fornecimento de água a 12 milhões de pessoas em 390 municípios de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. O projeto prevê 477 quilômetros de extensão e sua conclusão é esperada para o início de 2017.
Antes, ainda na entrevista à rádio Grande Rio, Dilma desmentiu que o ajuste fiscal esteja provocando uma crise no sistema de educação do estado de Pernambuco, especificamente na Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). “O governo viabilizou, em 2015, 906 mil alunos novos nas universidades . Não concordo que há uma crise nesta área. O Brasil não tinha 1 milhão de estudantes universitários entrando por ano em momento algum da nossa vida.”
Segundo ela, no caso específico da Univasf, este ano, mesmo com o ajuste fiscal, os recursos de custeio para a universidade chegam a R$ 31 milhões e que o governo está atento à greve na instituição. “Garantimos R$ 9,2 milhões para investimentos. O governo está negociando com os funcionários.”
Com informações da Agência Brasil

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

A marcha dos hipócritas

Leandro Fortes, via Sul 21
Primeiro, vamos combinar uma coisa: se você votou em Aécio Neves, nas eleições passadas, você não está preocupado com corrupção.
Você nem liga para isso, admita.


15_Marco50_Carnazistas
Aécio usou dinheiro público para construir um aeroporto nas terras da família dele e deu a chave do lugar, um patrimônio estadual, para um tio.

Aécio garantiu o repasse de dinheiro público do estado de Minas Gerais, cerca de R$1,2 milhão, a três rádios e um jornal ligados à família dele.

Isso é corrupção.

Então, você que votou em Aécio, pare com essa hipocrisia de que foi às ruas se manifestar porque não aguenta mais corrupção.

É mentira.

Você foi à rua porque, derrotado nas eleições passadas, viu, outra vez, naufragar o modelo de país que 12 anos de governos do PT viraram de cabeça para baixo.

Você foi para a rua porque, classe média remediada, precisa absorver com volúpia o discurso das classes dominantes e, assim, ser aceito por elas.

Você foi para a rua porque você odeia cotas raciais, e não apenas porque elas modificaram a estrutura de entrada no ensino superior ou no serviço público.

Você odeia as cotas raciais porque elas expõem o seu racismo, esse que você só esconde porque tem medo de ser execrado em público ou nas redes sociais. Ou preso.

Você foi para a rua porque, apesar de viver e comer bem, é um analfabeto político nutrido à base de uma ração de ódio, intolerância e veneno editorial administrada por grupos de comunicação que contam com você para se perpetuar como oligopólios.

Foram eles, esses meios de comunicação, emprenhados de dinheiro público desde sempre, que encheram a sua alma de veneno, que tocaram você como gado para a rua, com direito a banda de música e selfies com atores e atrizes de corpo sarado e cabecinha miúda.

Não tem nada a ver com corrupção. Admita. Você nunca deu a mínima para corrupção.

Você votou em Fernando Collor, no PFL, no DEM, no PP, em Maluf, em deputados fisiológicos, em senadores vis, em governadores idem.

Você votou no PSDB a vida toda, mesmo sabendo que Fernando Henrique comprou a reeleição para, então, vender o patrimônio do país a preço de banana.

Ainda assim, você foi para a rua bradar contra a corrupção.

E, para isso, você nem ligou de estar, ombro a ombro, com dementes que defendem o golpe militar, a homofobia, o racismo, a violência contra crianças e animais.

Você foi para a rua com fascistas, nazistas e sociopatas das mais diversas cepas.
Você se lambuzou com eles porque quis, porque não suporta mais as cotas, as bolsas, a mistura social, os pobres nos aeroportos, os negros nas faculdades, as mulheres de cabeça erguida, os gays como pais naturais.

Você odeia esse mundo laico, plural, multigênero, democraticamente caótico, onde a gente invisível passou a ser vista – e vista como gente.

Você foi, não foi, para a rua pedir nada.

Você só foi fingir que odeia a corrupção para esconder o óbvio.
De que você foi para a rua porque, no fundo, você só sabe odiar.

Leandro Fortes é jornalista.

Fotografias Que Mostram O Fascismo, Autoritarismo, Golpismo e a Violência que tem por trás das manifestações da Direita

por José Gilbert Arruda Martins
A seguir, imagens que chocam, mas não nos farão recuar nunca. Imagens de brasileiros e brasileiras que defendem a violência, a morte, a justiça pelas próprias mãos.
Somos um país grande e forte. Somos uma democracia em construção. As instituições funcionando para o bem de todos e todas. Tenha juízo direita. 
A primeira fotografia mostra claramente as diferenças entre as manifestações democráticas de ontem dia 20 em contraste com as do dia 16/08. 

Pesquisa DataFolha nas manifestações dos golpistas domingo dia 16/08
* 77% dos presentes votaram em Aécio.
* 75% se declararam brancos.
* 76% tem curso superior.
* 61% eram homens (e a maioria do eleitorado brasileiro é feminina).
* 40% tinha idade superior a 51 anos.
* Renda familiar entre R$ 7. 880 e R$ 15. 760.


























quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Alckmin (PSDB) desrespeita a lei e suspende pagamento de professores.

por José Gilbert Arruda Martins

Alckmin age como um menino fazendo birra.

"Olha como sou mais forte que vocês do sindicato"

"Vejam como sei governar mais que vocês"

"O jogo acabou, vou levar minha bola"

São Paulo e seu povo merece um governo mais sério e responsável.

O governador age com descaso com a educação pública.

Agiria da mesma forma se tivesse que tratar com greves que envolvesse escolas da classe média paulistana?

O governador age de forma autoritária, joga aos professores e professoras o ônus da paralisação.

Com uma atitude dessas Alckmin manda um recado à classe de trabalhadores e trabalhadoras da educação de São Paulo: "olha o que acontece com quem faz greve".

Os educadores e educadoras de São Paulo não aceitarão uma atitude autoritária como esta. Com certeza lutarão até o fim.

A luta em São Paulo não é apenas por salário, é também pela dignidade da Escola Pública.

A educação do estado de São Paulo tem 14 405 estabelecimentos de ensino fundamental, 12 691 unidades pré-escolares, 5 624 escolas de nível médio e 521 instituições de nível superior, a rede de ensino do estado é a mais extensa do país. Ao total, são 8 981 288 matrículas e 482 519 docentes registrados.

O Estado tem também cerca de 57 mil professores temporários, 23% do total de docentes que atuam na rede, esse fato mostra uma outra realidade, muitas vezes imperceptível ao olho desavisado, faltam concursos na área de educação.

São 251,9 mil professores, sendo 194,5 mil efetivos e estáveis. O salário base para professores da Educação Básica (40 horas) é de R$ 2. 415, 89.

Um absurdo para o maior e mais rico Estado da Federação.

Fonte: Apeoesp

Alckmin volta a desobedecer STF e suspende pagamento dos dias parados de professores

na Rede Brasil Atual
Suspensão do pagamento, que já tinha sido anunciada, baseia-se no julgamento do dissídio, do qual a Apeoesp vai recorrer
RS_Lula-em-reuniao-com-diretoria-da-APEOESP_180820150001-850x478.jpg
Em reunião com direção da Apeoesp, Lula afirmou que professores são essenciais para implementação do PNE

São Paulo – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), voltou a desobedecer decisão do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que determinou o pagamento de todos os dias parados durante a greve iniciada em 16 de março e encerrada em 12 de junho.
Ontem (18), o governo paulista anunciou a suspensão do pagamento dos dias parados, previsto para segunda-feira (24). O ressarcimento dos meses de março e abril tinha sido anunciado no dia 11, pelo secretário estadual da Educação, Herman Voorwald. Até agora, o governo pagou somente os dias parados de maio, mas nem todos os professores que aderiram à greve haviam recebido.
Procurada pela reportagem da RBA, a Secretaria da Educação não se manifestou. Mas o governo paulista alega que o desconto dos dias parados foi expressamente autorizado após decisão do Tribunal de Justiça, que considerou abusiva a paralisação dos professores.
Segundo ressaltou o sindicato dos professores da rede estadual (Apeoesp), o governo está se utilizando da decisão do julgamento do dissídio, que é uma ação, separada, sem efeito retroativo, para justificar o descumprimento de uma determinação do próprio Tribunal de Justiça paulista, confirmada pelo STF, de uma outra ação, pelo pagamento dos dias parados.
O jurídico da Apeoesp ainda não recebeu intimação do acórdão sobre o julgamento do dissídio da greve. Assim que receber, vai ingressar com recurso. De acordo com a advogada do sindicato Maria Claudia Canale, a condenação da greve é controversa. "Na decisão, o TJ entende que o sindicato não comunicou a paralisação com 72 horas de antecedência. A comunicação foi feita na sexta-feira e a greve teve início na segunda. Para esses efeitos são contadas horas corridas, inclusive em final de semana. O tema é polêmico e há entendimento até de que o período seja menor, de 48 horas", explica a advogada.
"Diante da informação de suspensão da folha suplementar, a Apeoesp informa o Tribunal de Justiça que o governo não pretende cumprir a decisão e pede que as medidas cabíveis sejam tomadas", afirma a presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.
Para ela, a atitude do governo paulista estimula a adesão dos professores ao ato público que o sindicato realiza amanhã, às 14h, em frente à Secretaria Estadual da Saúde, na Praça da República, no centro, para reivindicar o pagamento dos dias parados, o direito de reposição para todos os professores, o reajuste salarial e demais pontos da pauta de reivindicações.

Nos tribunais

Em toda a história da categoria, esta é a primeira vez que uma paralisação é encerrada sem que o governo receba o sindicato para apresentar pelo menos uma proposta. É também a primeira vez que a Apeoesp recorre à Justiça para garantir o direito de greve.
Há duas ações da Apeoesp no Tribunal de Justiça, uma sobre o pagamento dos dias parados durante a greve e outra sobre o dissídio coletivo.
Na primeira, por unanimidade, os desembargadores do Órgão Especial do Tribunal de Justiça concederam liminar favorável ao sindicato. Entre as razões, porque o salário é verba de caráter alimentar e porque a decisão do desconto não pode ser unilateral, sem um acordo com as partes ou sem ordem judicial.
Alckmin então levou a questão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e conseguiu suspender os efeitos da liminar. A Apeoesp, por sua vez, recorreu ao STF. O ministro Lewandowski confirmou a decisão dos desembargadores da Justiça paulista.
Ontem, a diretoria da Apeoesp esteve reunida com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para falar sobre o Plano Nacional de Educação (PNE), sancionado em junho de 2014. Lula afirmou que o envolvimento dos professores é essencial para o cumprimento das metas do PNE justamente porque eles vivem o dia a dia das escolas. "Esses profissionais podem ajudar a conscientizar os pais da importância de se cobrar a responsabilidade de cada nível de governo", disse. “É preciso saber o que está acontecendo em cada escola para mudar a educação no Brasil”, afirmou Lula.

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

Vamos para a Rua Dia 20/08 Contra o Ódio, Contra o Golpe a Favor da Democracia

por José Gilbert Arruda Martins


Movimentos Sociais de todo o país fizeram plenárias no dia de hoje para organizar os últimos detalhes do dia de Mobilização Contra o Golpe e o Retrocesso amanhã dia 20 de agosto.

Quem conhece a luta que os trabalhadores e as trabalhadoras travaram contra a Ditadura Militar, sabe da importância de ir para as ruas nesta quinta - feira.

Amanhã é dia de luta pela democracia.

Soa absurdo, em pleno século XXI, falarmos de luta pela democracia, mas os entreguistas, a direita fascista que coloca e expõe suas crianças ao ódio e à violência, fizeram uma demonstração de ódio absurda, por isso vamos às ruas.

Vamos às ruas defender os direitos dos trabalhadores, das Mulheres, das Crianças, Adolescentes e Jovens, direitos dos Indígenas, dos Negros e Negras, das populações das Periferias das médias e grandes cidades do país.

É uma mobilização completamente diferente da do dia 16 passado.

Não defendemos a violência. 

Não defendemos o ódio.

Não somos golpistas.

Somos SIM a favor da Liberdade.

Somos SIM a favor da justiça e do Amor.

Somos SIM a favor da Democracia.

Vem você também, se junte a quem defende o Brasil de verdade.

Junte-se a quem deseja construir um Brasil para Todas e Todos.


Instituto Lula divulga lista de empresas que pagaram Lula por palestras

no Blog Amigos do Presidente Lula
As palestras de Lula: A violação de sigilo bancário do ex-presidente foi um ato criminoso

Em sinal de respeito à sociedade brasileira, que merece receber informações corretas e verdadeiras, divulgamos a relação das empresas e instituições que, desde 2011, contrataram palestras do ex-presidente Lula no Brasil e no exterior por meio da empresa LILS Palestras e Eventos Ltda. 

Trata-se de uma atividade legítima, que Lula exerce legalmente desde que deixou a Presidência da República, a exemplo de outros ex-presidentes do Brasil e de outros países, e personalidades de destaque como esportistas, artistas, jornalistas, cientistas. 

De 2011 até hoje, Lula fez 70 palestras contratadas por 41 empresas e instituições, sendo remunerado de acordo com sua projeção internacional e recolhendo os devidos impostos. 

No mesmo período, o ex-presidente participou, gratuitamente, de mais de 200 conferências, palestras e encontros promovidos por sindicatos, movimentos sociais, partidos, governos e instituições multilaterais, no Brasil e no exterior, sempre em defesa dos interesses nacionais, da paz mundial, estimulando o combate à fome e à pobreza.

Mesmo se tratando de contratos que preservam a privacidade das partes, julgamos necessária sua divulgação neste momento, para esclarecer distorções, manipulações e prejulgamentos em torno dessa atividade e das empresas contratantes, como vem ocorrendo por meio de reportagens, artigos e até editoriais na imprensa. 

As palestras de Lula foram contratadas por algumas das maiores e mais respeitadas empresas de vários setores econômicos, do Brasil e do mundo. Por exemplo: Microsoft, Itaú, Infoglobo, Santander, Ambev, Telefonica, Iberdrola e Telmex.
  
O ex-presidente Lula e a empresa LILS solicitaram ao Ministério da Justiça, ao Ministério da Fazenda e à Procuradoria-Geral da República que apurem, na competência de cada instituição, as responsabilidades pela violação criminosa do sigilo bancário da LILS, violação que atinge não só um ex-presidente da República mas toda a sociedade brasileira. 

Dessa forma, o ex-presidente Lula e o Instituto Lula estão certos de contribuir para o esclarecimento da verdade, a defesa do estado de direito democrático e a garantia dos direitos constitucionais de todos os cidadãos brasileiros.


LISTA DAS EMPRESAS QUE CONTRATARAM PALESTRAS DE LULA ENTRE 2011 E 2015: 

. ABAD - Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industriais
. Associação de Bancos do México
. Abras - Associação Brasileira de Supermercados
. ALL América Latina Logística
. Ambev
. Andrade Gutierrez
. Banco Santander
. Bank of America
. BBVA Bancomer
. BTG Pactual
. Camargo Corrêa
. Centro de Estudos Estratégicos de Angola
. CFELG - Centro de Formacion y Estudios en Liderazgo y Gestion (Colômbia)
. Cumbre de Negócios (México)
. Dufry do Brasil
. Elektra
. Endesa
. Gás Natural Fenosa
. Grupo Petrópolis
. Helibrás
. Iberdrola
. IDEA (Argentina)
. INFOGLOBO
. Itaú BBA
. LG
.Lojas Americanas
. Microsoft
.Nestlé
. OAS
. GDF Suez Energy Latin America 
. Odebrecht
. Pirelli
. Queiroz Galvão
. Quip
. Revista Voto
. Sinaval
. Telmex
. Telos Empreendimentos Culturais
. Terra Networks
. Tetra Pak
. UTC


Assessoria de Imprensa - Instituto Lula

Uma observação do blog
O instituto do  Fernando Henrique Cardoso  jamais divulgou a lista de empresas que colaboram ou doam dinheiro para sua manutenção. FHC  nunca mostrou quem são os patrocinadores de eventos promovidos por ele. Ta hora do tucano agir com transparência e publicar sua lista

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Por Que o Ataque a Apenas Um Partido?

por José Gilbert Arruda Martins

Antes de Lula da Silva assumir o governo em janeiro de 2003, perdeu três eleições: 1989, 1994, 1998 e, em nenhum momento Lula, o PT ou sua militância, exigiu impeachment ou "Fora FHC". 

Apesar do tucano ter desmontado o Estado, privatizando dezenas de empresas, que, para muitos especialistas, significavam a soberania nacional e instrumentos importantes para bancarem o desenvolvimento social e econômico do país.
Lula, o PT e sua militância, respeitaram a soberania das urnas. A democracia, tão duramente conquistada, funciona assim, quem perde as eleições aceita, quem ganha assume a responsabilidade e o país anda para frente.

Por que então, os adversários do PT não se conformam e aceitam a derrota?

Por que criminalizar um partido apenas?

A corrupção é um fenômeno apenas brasileiro?

A corrupção é um fenômeno apenas público?

O setor privado da economia brasileira e mundial não conhece a corrupção?

A corrupção trazida ao Brasil pela colonização portuguesa no século XVI, foi redescoberta só agora? E logo pelo PT e seu governo?

O país tem 32 partidos políticos registrados oficialmente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE): PMDB, PTB, PDT, PT, DEM, PCdoB, PSB, PSDB, PTC, PSC, PMN, PRP, PPS, PV, PTdoB, PP, PSTU, PCB, PRTB, PHS, PSDC, PCO, PTN, PSL, PRB, PSOL, PR, PSD, PPL, PEN, PROS, SD.

Todos os partidos, com exceção do PCO e do PSTU, receberam financiamento das empresas citadas na operação "lava jato". Por que o ataque apenas ao PT?

Por que Moro não mandou prender os tesoureiros dos outros partidos?

Ano passado o país elegeu 27 governadores, 513 deputados federais, 1/3 do senado e outros tantos deputados estaduais e distritais; o Brasil tem 5.650 prefeitos, mais de 6 mil vereadores, por que a perseguição apenas à presidenta?

No Estado de São Paulo, o PSDB governa há mais de 20 anos, existe uma carrada de denúncias contra o atual governador Geraldo Alckmin, Mário Covas, José Serra e outros, por que só os governos do Partido dos Trabalhadores (PT) é atacado pela velha mídia e por parte da classe média?

FHC (PSDB), quando governou o país na década de 1990, para mudar a Constituição e criar a reeleição, que hoje dizem que são contra, comprou cerca de 4 a 5 deputados federais a R$ 200 mil cada um. A denúncia foi amplamente divulgada no PIG (Partido da Imprensa Golpista) na época.

É justo responsabilizar um partido e dois ou três políticos, num cenário amplo como o brasileiro?

Somos um país com mais de 8,5 milhões de quilômetros quadrados, com uma diversidade talvez incomensurável de pessoas, opiniões e tipo de gestão da coisa pública.

O governo da União, hoje nas mãos do PT e de seus aliados, não governa o país inteiro sozinho, O Estado brasileiro é uma estrutura que engloba os três poderes em três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal.

O que acontece, por exemplo, com a educação básica no município, é de responsabilidade do executivo local que é chefiado pelo prefeito e seu secretariado.

A mesma coisa podemos falar do Estado, de qualquer um, o que acontece lá é de responsabilidade do executivo estadual que é chefiado pelo governador e seus secretários (as).

Mesmo se fôssemos um país pequeno territorialmente, ainda assim, seria injusto atacar o ou a presidenta por todas as mazelas que acontecem.

Pense.