terça-feira, 18 de agosto de 2015

Petista rebate FHC e afirma que ex-presidente 'não tem autoridade moral'

na Rede Brasil Atual
FHC não gosta do Brasil.
FHC não gosta do nosso Povo.
FHC, quando presidente, bebia vinho caro em Washington falando mal do Brasil.
FHC vendeu nossas melhores e mais rentáveis empresas ao grande capital, no maior desmonte de um Estado já visto no mundo.
E, o pior de tudo, não consertou o país, quando deixou o governo, existia cerca de 52 milhões de pessoas abaixo da linha da pobreza.
FHC adora os EUA, é um eterno deslumbrado com os States.
FHC aumentou consideravelmente o endividamento externo brasileiro.
(Prof. Gilbert)
Reeleição FHC
Em resposta a tucano – que "aconselhou" Dilma Rousseff a renunciar ou admitir erros –, deputado federal Bohn Gass diz que ex-presidente "reproduz" palavras de ordem pedindo a volta da ditadura


São Paulo – O deputado federal Bohn Gass (PT-RS) afirmou, em texto divulgado hoje (17), que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) “não tem autoridade moral para aconselhar uma presidenta como Dilma, eleita legitimamente pelas urnas”, como fez nesta segunda pelo Facebook.
O parlamentar, que é secretário nacional agrário do PT, disse que o tucano mostra sinais de decadência ao usar termos retirados do contexto de manifestações de rua, inadequados a um intelectual e ex-presidente da República. “FHC já nem sequer escolhe os termos mais adequados para sua crítica, como conviria a um intelectual, mas reproduz sem qualquer constrangimento palavras de ordem de misóginos e xenófobos que desfilam com cartazes pedindo a volta da ditadura e o extermínio de seres humanos. Há quem veja nisso, não sem boa dose de razão, um exemplo acabado de decadência.”
Usando a estratégia de mirar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva – que pode ser o candidato petista à presidência em 2018 –, FHC diz que “a presidente, mesmo que pessoalmente possa se salvaguardar, sofre contaminação dos malfeitos de seu patrono e vai perdendo condições de governar”.
Segundo o tucano, “se a própria presidente não for capaz do gesto de grandeza (renúncia ou a voz franca de que errou, e sabe apontar os caminhos da recuperação nacional), assistiremos à desarticulação crescente do governo e do Congresso”.
Para Bohn Gass, “não deixa de ser lamentável que o outrora príncipe da sociologia produza, agora, oportunismos tão baratos a fazer dele um exemplar típico de conselheiro Acácio do ano 2015”, escreveu, em referência ao personagem que o escritor Eça de Queirós criou no livro O Primo Basílio como caricatura de um pseudointelectual, que sobrevive de clichês e de constatações medíocres revestidas de verniz acadêmico.
Sobre a frase de Fernando Henrique segundo a qual falta “base moral” ao governo Dilma, já que, segundo ele, “foi corroída pelas falcatruas do lulopetismo”, Bohn Gass ironiza. “De que falcatruas fala FHC? Dos desvios na Petrobras, que até os delatores disseram ter começado... no governo dele? Do financiamento de campanhas por empreiteiras que doaram os mesmos milhões... ao candidato dele?”
Na opinião do deputado do PT, o ex-presidente tucano se transformou em um “cavaleiro de triste figura” e deveria “lembrar que nem Lula nem Dilma compraram suas reeleições”.
Em maio de 1997, o jornal Folha de S. Paulo publicou reportagem segundo a qual os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, admitiam ter recebido R$ 200 mil para votar a favor da emenda constitucional que instituía a reeleição do então presidente FHC.

ATAQUE SINISTRO - O vale-tudo da Polícia Federal contra Lula

na Rede Brasil Atual
Por que a Polícia Federal não investiga o Aécio?
Por que a Polícia Federal não investiga o PSDB?
Por que a Polícia Federal não prende os tesoureiros dos partidos - cerca de 30 - que receberam dinheiro das empresas citadas na Vaza Jato?
Por que apenas o tesoureiro de um partido?
As congratulações só seriam justas se a PF não agisse de forma parcial (Prof. Gilbert)

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Polícia Federal quebra o sigilo bancário de ex-presidente e o passa à revista 'Veja'; objetivo foi confundir leitores incapazes de qualquer tipo de discernimento
por Paulo Nogueira, do DCM

Até quando seremos obrigados a engolir vazamentos criminosos da Polícia Federal?
Ou será que viramos um estado policial, em que a PF não presta contas a ninguém.
Quebrar o sigilo bancário de Lula e passá-lo logo a quem, a Veja, foi um golpe de extrema sordidez.
O objetivo foi apenas confundir uma parcela dos leitores incapazes de qualquer tipo de discernimento.
Não houve nada de interesse público na operação. Ao contrário, foi um ataque sinistro ao interesse público, dado que o Estado não pode invadir a conta de ninguém e nem, muito menos, torná-la pública por vias escusas.
É, repito, uma manobra para manipular pessoas.
O que você espera encontrar na conta de alguém que há quatro anos faz palestras na casa de US$ 150 mil?
Lula é um dos mais caros e mais requisitados palestrantes do circuito mundial.
Suponha que ele em determinado momento tenha feito duas palestras por semana. Vou até baixar o preço: US$ 100 mil.
Oito por mês —  o que configura uma agenda tranquila —  dariam US$ 800 mil, coisa de R$ 2,5 milhões no câmbio de hoje.
Desconte impostos, taxa de agente, o dízimo petista e outras coisas.
Sobra muito dinheiro, R$ 1 milhão por mês, por aí.
Desde que Lula deixou a presidência, já se passaram meses suficientes para que ele montasse um patrimônio considerável.
Na última campanha, a Folha noticiou que Marina — que figura na segunda ou terceira liga das palestras — levantara com elas R$ 1,6 milhão em três anos. E ela não tinha e não tem acesso ao roteiro internacional.
Fazer palestras milionárias ao fim da presidência se tornou comum com a globalização dos anos 1980.
Ronald Reagan e Margareth Thatcher foram os primeiros ex-líderes a ganhar fortunas com isso.
Seus sucessores, Clinton e Blair, se tornariam também estrelas das conferências.
(O colunista da Veja Reinaldo Azevedo conseguiu dizer que Thatcher morreu pobre, no pseudo-obituário que fez. Apenas uma casa que ela deixou em Mayfair, a área mais nobre de Londres, vale mais de US$ 10 milhões.)
No Brasil, o primeiro a palestrar com cachês milionários foi FHC. Numa matéria da Piauí, algum tempo depois de deixar o Planalto, ele contou que comprou malas vermelhas para facilitar recolher a bagagem em suas múltiplas viagens internacionais para fazer palestras.
Lula seguiu os passos de FHC, e de tantos outros.
Uma questão honesta – e que valeria para todo mundo – é se os cachês não são absurdamente altos.
Ex-presidentes têm pensões vitalícias exatamente para prevenir dificuldades pós-poder.
Nos Estados Unidos, a pensão foi introduzida em 1955, por conta da precária situação financeira do ex-presidente Truman.
Mas é claro que nem a Polícia Federal e muito menos a Veja têm qualquer propósito honesto ao trazer à tona o saldo bancário de Lula.
O mais irônico é que as consequências práticas serão irrelevantes.
No DCM, em circunstâncias completamente diferentes, abordei criticamente o mercado de palestras milionárias para ex-presidentes.
Citei Lula, e vi depois qual era o tom com que os petistas reagiram. Imaginei que haveria algum tipo de indignação pelo menos em alguns.
Nada.
Os leitores diziam o seguinte: “Dos ricos, o Lula cobra muito. De nós, não cobra nada. Deixa ele em paz.”
De tudo isso, sobra que a direita quer, desesperadamente, pegar Lula.

Não há ninguém, entre os conservadores, capaz de enfrentá-lo em 2018. E então vale tudo para tirá-lo da disputa — incluído aí transformar o Brasil num estado policial.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O absurdo de expor crianças ao ódio fundamentalista nos protestos

na Carta Maior

Mamãe e papai sentem orgulho de perceber que os pequenos são como eles. Esses meninos e meninas precisavam ser salvos desses monstros.

reprodução
Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo

Pai, por que a mãe daquele menino está ensinando ele a mandar a Dilma tomar no c…?
 
Antônio, meu filho, tem 11 anos. Como acontece todo domingo, pegamos nossas bicicletas para dar uma volta. A Paulista, por volta do meio dia de domingo, dia 16, estava começando a encher.
 
Chamava a atenção o número de famílias com crianças. Clima de piquenique, exceto que os garotos e garotas estavam sendo expostos a uma explosão de ódio.
 
Uma meia dúzia de jovens, por exemplo, carregava um estandarte com os dizeres: “Dilma, decida: Jânio ou Getúlio” (a pontuação é por minha conta; no original é dilma decida jânio ou getúlio). Gritavam palavrões enquanto marchavam.
 
O que significa isso? Ou ela sai por bem ou dá um tiro no coração?
 
Uma senhora fofa empunhava um cartaz no qual se lia: “Dilma, pena que não te enforcaram no Doi Codi?”
 
O termo carnacoxinha foi usado para definir essas manifestações. É pouco acurado. Está mais perto de uma micareta do mal, repleta de gente orgulhosa de sua ignorância e maldade.
 
Estão criando uma geração de pessoas odientas e preconceituosas que acha normal vomitar impropérios sobre aquela velha terrorista e o bêbado barbudo. Júnior não pode falar cocô no jantar, mas ganha um iPhone novo quando faz versinhos sujos sobre Lula e o PT. Tio Marlon e tia Patrícia acham lindo.
 
Esses meninos precisavam ser salvos desses monstros.
 
Em fevereiro, o biólogo britânico Richard Dawkins, ateu militante, afirmou que filhos de pais fundamentalistas deveriam ser protegidos na Irlanda.
 
“Eles devem ser ensinados a pensar por si mesmos”, disse. “Tradição é uma coisa boa quando se fala em música ou literatura, moda ou arquitetura. Mas a tradição é uma base terrível para a ética”.
 
Ao apoiar uma campanha para reformar o sistema educacional irlandês, foi além. “Você tem que equilibrar os direitos dos pais e os direitos dos filhos e eu acho que o saldo oscilou demais em favor dos pais. As crianças precisam ser preservadas de modo a não ser doutrinadas”.
 
É difícil prever o que vai acontecer com as crias dos coxas, mas você não precisa ser especialista para saber que aquilo é uma espécie de curso de maus modos e de como virar um ressentido e um proto fascista.
 
Ensinar o medo e a raiva não é algo que necessite de lições ou manuais. Adultos podem simplesmente transmitir esse sentimento através de piadas e xingamentos. As crianças querem se encaixar naqueles círculos sociais, ser aceitas, e vão simplesmente imitar o que vêem e ouvem.
 
Mamãe e papai sentem orgulho de perceber que os pequenos são como eles. Os garotinhos ficam felizes ao notar que, repetindo o discurso de ódio, recebem em retorno alegria e reconhecimento dos mais velhos. Que tipo de sujeito acha legal levar as crias para ver uma pessoa como Marcello Reis ser aclamada num carro de som?
 
O que os coxas cometem com seus filhos nesses ambientes vai assombra–los no futuro.

Vencido o golpe, resta a lição: fazer política

no Tijolaço
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Os jornalões amanheceram prudentes. A capa da Folha de hoje joga água na fervura.
O Globo diz que a movimentação nas redes tem sido bem menor do que o esperado.
Só o fato dos jornalões darem esse tipo de notícia, num cenário midiático geralmente de oposição histérica e manipulação sistemática da informação, já mostra uma mudança de rumos. Ao menos temporariamente.
Todo o sistema oligárquico pareceu recuar fortemente nos últimos dias, após análise de último minuto das trágicas consequências de um golpe de Estado para a democracia brasileira.
Boletim de alguma consultoria séria, provavelmente estrangeira, deve ter circulado nos altos escalões do poder econômico: bancos, indústrias e mídia, com previsões catastróficas de um golpe para a imagem do Brasil lá fora e para a economia aqui dentro.
Protestos, greves, revolta, cenário de guerra civil.
O presidente da CUT, ao falar que pegaríamos em armas e iríamos todos às ruas defender a democracia, usou uma metáfora.
Mas também falou uma verdade literal.
Derrubar o poder do voto, depois de uma campanha tão difícil em 2014, seria uma profunda ofensa para milhões de brasileiros que se deram ao trabalho de fazer campanha e votar.
Seria humilhante para os 54 milhões de eleitores de Dilma Rousseff.
E a humilhação é um péssimo conselheiro.
54 milhões de humilhados, então, seriam um barril com 54 milhões de toneladas de pólvora.
Agora é importante que a sociedade civil organizada, os setores do governo, e todo o campo progressista e popular não se deixe iludir com esse recuo das oligarquias.
Evidentemente, trata-se de estratégia.
Fizeram um cálculo e constataram que um golpe machucaria seus bolsos. Então vão tentar usurpar o poder de outra maneira.
O governo tem de entender que a melhor defesa é o ataque. E que esse recuo das oligarquias é a sua oportunidade de reagir.
Seria uma colossal estupidez voltar a enfiar a cabeça num buraco.
É hora das grandes agendas positivas, e voltadas sobretudo para o campo progressista e popular.
Inaugurar casas populares é legal, mas isso pode ficar por conta de ministros. A presidenta precisa tomar as rédeas das grandes narrativas políticas e ideológicas.
Com verve e inteligência, com discursos bem escritos, com uma assessoria de comunicação eficaz, a presidenta poderia recuperar sua liderança política e ajudar o governo na sempre dificílima missão de gerenciar expectativas, ou seja, de fazer a mediação entre as utopias e as realizações possíveis.
Todos continuam reclamando muito da falta de horizontes. O governo corta verbas de bolsas estudantis, por exemplo, mas não sinaliza quando haverá recomposição. Com isso, deixa seus defensores nos sindicatos rendidos, sem discurso.
A sociedade precisa de algo a que se agarrar para não sucumbir às tempestades de más notícias da mídia brasileira.
O governo pode ter vencido, temporariamente, o golpe, mas o apagão político e comunicacional ainda não foi superado.
As dificuldades orais de Dilma precisam ser superadas através do uso da palavra escrita. Por que Dilma não assina artigos e os divulga via redes sociais? Por que não faz discursos diários para veicular em seu blog?
Por que não organiza conversas públicas, com empresários, sindicalistas, jornalistas, ativistas, parlamentares, para veicular na internet?
É importante que Dilma se exponha em eventos públicos, mas se ela é tímida e tem dificuldade para discursar em palanques, porque não faz eventos mais fechados, mais organizados, voltados para a internet?
Por que o governo federal não lança aplicativos voltados especialmente para as atividades, escritos, discursos e entrevistas da presidenta?
O problema do governo está extremamente concentrado na figura de Dilma Rousseff. Isso tem um lado ruim, que é jogar peso demais numa pessoa, mas também possui um lado bom.
O lado bom é que bastaria melhorar a imagem de Dilma, e melhoraríamos a imagem do governo.
Para isso, basta pôr de lado os convencionalismos, os formalismos, os discursos cerimoniais, a agenda burocrática, e se concentrar exclusivamente numa agenda política e comunicacional feita com os mais modernos recursos da tecnologia moderna.

A demolição do SUS

na Carta Capital por Marcelo Pellegrini 
Projetos em tramitação no Congresso ameaçam a sobrevivência do sistema único
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Maior sistema público de saúde do planeta, o SUS é uma obra em demolição. O mais recente flerte nesse sentido foi um item que estava presente na Agenda Brasil, proposta como uma saída para a crise econômica pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). A medida previa "a possibilidade de cobrança diferenciada de procedimentos do SUS por faixa de renda", mas foi retirada da agenda após uma reunião entre Renan e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Logo após a divulgação da ideia, o governo foi pressionado pelos setores que desejam manter o SUS como um sistema universal e gratuito para pobres e ricos, indistintamente.
Outras ameças ao Sistema Único de Saúde brasileiro, contudo, estão em curso. Desde o início do século, os repasses do governo federal estão estagnados quando se analisa o porcentual em relação ao Produto Interno Bruto. Equivale a 1,8%. A maior parte dos custos recai sobre estados e municípios, cujos caixas estão debilitados. Não bastassem os problemas de receita, há buracos cada vez maiores nas despesas. Propostas em tramitação no Congresso Nacional minam o financiamento do setor e colocam em risco a sobrevivência de uma das grandes conquistas sociais da Constituição de 1988.
O atual subfinanciamento ganhou contornos dramáticos com a aprovação do Orçamento Impositivo pelo Congresso em março deste ano. Considerado uma derrota para o governo, o dispositivo cria uma nova lei para os gastos na Saúde, ao atrelar o investimento da União às receitas correntes líquidas. Por causa da estagnação econômica, a arrecadação de impostos está em queda e, por consequência, caem os valores repassados ao sistema.
Por seu lado, o governo anunciou o bloqueio de 13,4 bilhões de reais do Orçamento da Saúde em 2015, parte do ajuste fiscal. Apesar de preservar os programas prioritários, os cortes atingirão áreas de custeio do ministério e emendas parlamentares. Internamente, a Pasta tenta inserir uma emenda no Projeto de Lei Orçamentária para que, em caso de queda no volume de recursos, voltar a valer a regra anterior, baseada na variação nominal do PIB.
A necessidade de mais recursos para o SUS é admitida pelo ministro Arthur Chioro. Não há, porém, consenso em relação às fontes. “Esse financiamento virá do imposto das grandes fortunas ou da taxação das heranças? Vamos direcionar os recursos do seguro Dpvat? Existem várias possibilidades a serem discutidas com a sociedade.” Segundo Chioro, novas fontes são necessárias para “dar sustentabilidade ao sistema”.
A preocupação do ministro explica-se pela tendência de envelhecimento da população, o que vai aumentar a demanda por serviços de saúde. Há ainda o baixo investimento de recursos públicos em comparação com outros países com sistemas semelhantes ao SUS. Segundo a Organização Mundial da Saúde, em 2013 apenas 6,93% dos gastos públicos brasileiros foram para o setor. No Reino Unido, esse porcentual é de 16% e na Argentina, de 31%.
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Fonte: Ministério da Saúde e OMS/2013, respectivamente
Para o ex-coordenador da área de saúde do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, Sergio Piola, a principal causa do baixo investimento é a queda relativa da participação da União. Hoje, segundo ele, 57% dos recursos provêm dos estados e municípios, cujos repasses superam o dobro do estipulado por lei. “Os municípios estão explodindo”, afirma. “Por lei, as prefeituras devem contribuir com 15% de suas receitas, mas hoje os municípios aplicam, em média, mais de 20%. Em alguns casos, a participação chega a 30%.”
Chama a atenção a alta participação da saúde privada. Em todos os países com sistemas de cobertura universal, o porcentual público no financiamento é superior a 60%. No Brasil fica abaixo de 50%.
Os investimentos dos planos de saúde nem sempre se traduzem em qualidade no serviço. Ao longo da última década, a chamada saúde suplementar liderou o ranking de reclamações dos consumidores no Procon. Os planos perderam 88% das ações movidas contra eles na Justiça, por conta de problemas no cumprimento das obrigações contratuais.
No Congressonão há sinalização de aumento de investimentos. Ao contrário. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, encampa diversas ações que minam a sustentabilidade da rede pública. Em 2013, ele relatou a Medida Provisória 627, que anistiava a dívida dos planos com o SUS em 2 bilhões de reais. O estrago só não se concretizou em decorrência do veto de Dilma Rousseff.
Cunha apoiou ainda duas outras iniciativas de fortalecimento do sistema privado em detrimento do público: votou a favor da MP 656, que permite a entrada de capital estrangeiro na assistência à saúde, e redigiu a Proposta de Emenda Constitucional 451, que insere “planos de assistência à saúde” como direitos dos trabalhadores.
Na prática, a PEC 451 obriga as empresas a pagar planos de saúde privados para todos os empregados. Dessa forma, o número de clientes das operadoras de saúde privada saltaria dos atuais 50 milhões para 71,5 milhões. Na proposta, Cunha justifica que “saúde é direito de todos”, por isso as empresas deveriam pagar pelos planos. Segundo críticos, não foi levado em conta o direito à saúde universal e pública garantido pela Constituição. O cidadão só teria direito ao benefício se estivesse empregado. 
Já em 2015, logo após ser empossado como presidente da Câmara, Cunha impediu a instalação de uma CPI para investigar os planos, sob a alegação de “falta de foco” da comissão. Meses depois, um parecer da consultoria legislativa da Câmara afirmou que o pedido atendia às exigências e era de “relevância nacional”.
Cunha recebeu contribuições de campanha e atuou a favor dos planos. Nas eleições de 2014, as doações eleitorais dessas empresas superaram em 32 vezes o valor de 2012. Somaram 54,9 milhões de reais distribuídos a 131 candidatos.
A relação entre doadores e políticos é forte, segundo a avaliação de especialistas reunidos no 11º Congresso Brasileiro de Saúde Coletiva. O maior exemplo é o aparelhamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar. Criada em 2000 para regular a atuação dos planos de saúde, a ANS sempre teve os cargos estratégicos ocupados por ex-executivos de planos de saúde. Para o médico Mário Scheffer, professor da Universidade de São Paulo, as indicações atendem aos interesses dos financiadores. “Em troca de dinheiro nas campanhas, o governo atende às pressões dos planos pelo aumento dos subsídios, pela desregulação do mercado e por cargos na ANS.”
Entre os subsídios citados por Scheffer estão o não ressarcimento das dívidas da saúde suplementar com o SUS e a renúncia fiscal para a área, estimada neste ano em 25 bilhões de reais. De acordo com a professora de Economia da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Lígia Bahia, o calote ao SUS é “imenso e incalculável”. Os planos não cobrem os tratamentos mais caros e jogam a conta para o sistema. 
Além do baixo ressarcimento, as altas isenções fiscais concedidas pelo governo ameaçam a saúde pública, dizem os especialistas. De acordo com as previsões de 2015, apenas as renúncias superam em mais de 10 bilhões de reais os cortes decorrentes do ajuste fiscal.
O governo, diz Piola, precisa fazer uma escolha política: ou apoia uma saúde pública ou um modelo calcado no sistema privado. “Estabelecer um limite à renúncia fiscal da saúde teria o efeito de mostrar qual a efetiva prioridade do financiamento. Não há garantia de que os recursos de isenção fiscal iriam para o SUS, mas certamente haveria maior pressão pela melhora dos serviços públicos.”
Em nota, a Confederação Nacional de Saúde, Hospitais, Estabelecimentos e Serviços, entidade sindical que representa os planos de saúde no País, afirma que a saúde suplementar é “um importante fator de equilíbrio no sistema brasileiro porque diminui a demanda do SUS e traz inovações e qualidade assistencial”.
A entidade também diz desconhecer as doações de campanha mencionadas ou que “alguma entidade tenha tido qualquer influência na indicação de qualquer dirigente da agência”.
A ANS, por sua vez, afirma que os integrantes de sua diretoria possuem “ampla e reconhecida experiência em suas áreas
de atuação”. Quanto aos valores ressarcidos ao SUS, a agência disse não considerá-los baixos e informou que “vem aprimorando e aumentando de forma expressiva os valores arrecadados”.
*Uma versão desta reportagem foi publicada originalmente na edição 862 de CartaCapital

domingo, 16 de agosto de 2015

Hoje é Dia de Golpistas nas Ruas

por José Gilbert Arruda Martins

Pessoas, partidos políticos e supostos líderes que desconhecem a História do Brasil, quando pedem a intervenção militar, quando apoiam golpes, quando são a favor de impeachment sem fundamentos legais.

Hoje é dia de golpistas nas ruas.

Estou em casa com minha família, curtindo a canção do Chico Buarque, bebendo um vinho, lavando as louças de ontem e me preparando para fazer o almoço, quando ouvi alguns estalidos de fogos de artifício, não tão forte como em março passado, parece que os golpistas estão se convencendo da ilegalidade que defendem.

Hoje é dia da intolerância ir às ruas.

Pessoas, partidos políticos e supostos líderes que, guiando pessoas como gado, enganam, escondem uma realidade social, econômica e política que, até um dia desses atrás - cerca de 12 anos passados -, marcavam a história desse país. Uma realidade de sofrimento social, com mais de 52 milhões de famintos.

Um passado, não tão distante, onde as Políticas Públicas de atendimento aos mais pobres eram modelos que não produziam autonomia social, pessoal nenhuma, além de desorganizadas e insuficientes.

Estamos preparados para essa violência e intolerância.

E nossas armas são todas baseadas no debate democrático de ideias e programas.

Estamos armados sim, mas com a arma da solidariedade, do respeito às pessoas de todos os credos e cor. Estamos bem armados na defesa da liberdade, da humanidade.

Não vamos aceitar retrocessos. estamos certos desse fato.

Hoje é dia dos golpistas irem às ruas. Liderados por políticos que querem entregar o pré sal, e, com isso, inviabilizar o financiamento da educação pública brasileira.

Compara o que a direita fez pela Educação Pública brasileira nos últimos cem anos com o que Lula da Silva e Dilma Roussef fizeram nesses quase 13 anos de governo. Compara!


A manchete verdadeira é: investigação "clandestina" não encontra nada contra Lula.

Os Amigos do Presidente Lula
Pelo que vemos nos jornais e revistas já houve uma investigação clandestina devassando a vida do presidente Lula e não encontraram nada contra ele. Nem tem o que encontrar.

Ou alguém duvida de que já teriam pedido sua prisão se encontrassem?

Como não encontraram nada, a investigação é como aqueles papéis que já não servem para mais nada, então embola a papelada e joga no lixo. Só que esse lixo é "reciclado" em manchetes das revistas e jornais golpistas, para fazer campanha eleitoral demotucana antecipada.

Aí vazam coisas corriqueiras, que até comprovam a honestidade de Lula, mas que nas mãos de jornalistas inescrupulosos publicam como se fosse algo "suspeito".

Ontem o Estadão publicou um grampo telefônico de Lula com uma conversa que não tem absolutamente nada de ilícito nem suspeito. A mesma conversa poderia ser travada em um programa destes de entrevista na TV com dois ou três debatedores na Globonews.

Lula comenta sobre um seminário com o nome "Uma Agenda para Dinamizar a Exportação de Serviços" promovido pelo jornal "Valor Econômico", cujos donos são as Organizações Globo e o grupo Folha (do jornal Folha de São Paulo), do qual participou, entre outras pessoas, Marcelo Odebrecht, cinco dias antes de ser preso.

Se houve crime foi de abuso de autoridade por agentes da PF conforme já descreveu o Fernando Britto, por incluir em um relatório esta conversa onde não existe nenhum sinal de nenhuma maracutaia e ainda vazar para jornais.

Outra surpresa é a revista Veja publicar a quebra do sigilo bancário da empresa de palestras de Lula, criada depois que ele saiu da presidência. De novo não tem nenhum sinal de maracutaia. O mundo inteiro soube das palestras dadas por Lula para grandes empresas, no Brasil e no exterior. A própria assessoria de imprensa do Presidente sempre divulgou as palestras. Como uma das maiores lideranças do mundo, é claro que o preço destas palestras para grandes empresas são caras. Ou alguém acha que Lula deveria fazer palestras de graça para grandes empresas que tem fins lucrativos? Lula participa de eventos de graça para movimentos populares e atividades políticas, como fez ontem ao discursar no ato "Todo o PT pela Educação".

O Brasil tem políticos bons, como Lula e Dilma, e ruins, como muitos picaretas. Essa imprensa golpista e prostituída que fica jogando lama no nome de Lula é aliada e sócia dos ruins (basta conferir a relação de políticos que tem TVs afiliadas da Globo). Usa seu poder de propaganda para difamar os bons como arma para colocar os ruins de volta no poder.

sábado, 15 de agosto de 2015

Gentili, Caiado e os 'bandidos frouxos'

na Carta Maior

O Instituto Lula anunciou que solicitará na justiça explicações a Danilo Gentili, que afirmou que que a bomba lançada no instituto foi forjada pelo PT.

Altamiro Borges, em seu blog
reprodução
O Instituto Lula não está mais disposto a aceitar as calúnias e difamações difundidas diariamente pela mídia "privada" - nos dois sentidos da palavra. De forma ágil e bem fundamentada, a entidade decidiu acionar a Justiça contra qualquer ataque leviano. Nesta quinta-feira (13), ela anunciou que solicitará explicações ao "humorista" Danilo Gentili, do SBT, que afirmou que a bomba lançada contra a sede do instituto foi "forjado". Outras veículos e políticos também estão sendo processados. O caso mais patético é do senador Ronaldo Caiado, líder do DEM, que acusou Lula de ser "um bandido frouxo". Com medo das represália, o valentão ruralista já ensaia um recuo - coisa típica de "bandido frouxo".
 
No caso do "humorista" Danilo Gentili, um reacionário convicto e recalcado, a ação do Instituto Lula poderá resultar em duras punições. Vale conferir a nota à imprensa da entidade:
 
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Instituto Lula pede explicações a Danilo Gentili perante a Justiça
 
O Instituto Lula protocolou, nesta quinta-feira (13), um pedido de interpelação judicial contra o apresentador de TV Danilo Gentili. Em seu perfil pessoal no Twitter, o pretenso comediante ironizou o ataque a bomba sofrido pelo Instituto no fim de julho ao afirmar que o atentado teria sido “forjado” para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se “fizesse de vítima”.
 
Gentili concluiu sua fala grosseira com a afirmação de que o resultado do ataque teria sido que as pessoas lamentarem o fato de a bomba não ter atingido o ex-presidente. Há duas semanas, a Polícia Civil investiga o atentado, ainda sem resultados.
 
A interpelação judicial é um procedimento anterior à ação judicial, com o objetivo de oferecer a Gentili a oportunidade de explicar suas palavras, provar suas afirmações ou se retratar. Os advogados do Instituto apresentaram seis perguntas que gostariam de ver respondidas por ele:
 
- A conta @DaniloGentili pertence ao suposto humorista?
 
- O comentário publicado nesse perfil é de autoria de Gentili?
 
- Mais alguém participou da elaboração desse comentário?
 
- Gentili tem algum elemento de prova de que o atentado ao Instituto teria sido forjado? Se sim, qual?
 
- Qual foi a intenção de dizer que o atentado foi forjado?
 
- Gentili confirma o comentário ou gostaria de se retratar?
 
A partir da resposta do apresentador serão avaliadas as possibilidades de processo cível ou criminal contra Gentili.
 
José Chrispiniano e Gabriella Gualberto - Assessoria de Imprensa do Instituto Lula




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Na semana passada, a entidade já havia ingressado com três queixas-crimes contra caluniadores. "O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu filho, Fábio Luís Lula da Silva, abriram três queixas-crime contra autores de calúnias contra eles. Os alvos das medidas judiciais são o deputado federal Domingos Sávio (PSDB-MG), o prefeito de São Carlos, Paulo Altomani (PSDB), e os repórteres da revista 'Veja' responsáveis pela reportagem de capa da edição de 25 de julho passado", informou o Instituto Lula em nota publicada em 6 de agosto, que detalhou as ações judiciais: 



"O ex-presidente é autor de queixa-crime contra Robson Bonin e Adriano Ceolin, repórteres de 'Veja'. Eles são autores das reportagens de capa da edição nº 2436 da revista, em que pretensa reportagem afirma que uma delação premiada estaria próxima de envolver Lula na Operação Lava Jato. Aquele que seria o autor da delação, o empreiteiro Leo Pinheiro, negou integralmente as informações no mesmo dia da publicação de 'Veja' por meio de nota de seus advogados, e o texto não expôs nenhuma evidência concreta para sustentar as afirmações difamatórias que publicou e divulgou com grande estardalhaço por meio de publicidade física e nas redes sociais".



Já em relação ao deputado, a ação se refere às mentiras do tucano em entrevista ao programa de rádio "Bom dia Divinópolis", em fevereiro de 2015. Na ocasião, Domingos Sávio afirmou que o filho do ex-presidente enriqueceu de maneira ilícita e possui fazendas. A decisão de mover a ação penal foi tomada depois que o parlamentar teve oportunidade de se retratar perante o Supremo Tribunal Federal (STF), mas preferiu insistir em divulgar mentiras contra o filho de Lula. Já o prefeito de São Carlos, Paulo Altomani, publicou mentiras em sua página no Facebook, afirmando que o BNDES "financia a Frioboi, que pertence ao Lulinha, e paga cachês milionários para o ator Tony Ramos para vender em rede nacional sua carne financiada com recursos de saúde educação".


A conferir como irão se comportar Danilo Gentili e os bravateiros tucanos. Será que eles seguirão o exemplo do valentão Ronaldo Caiado. Segundo o blog "Diário do Centro do Mundo", o ruralistas do DEM já ensaia um recuo temendo as consequências das suas calúnias. "Caiado chamou Lula de 'bandido frouxo'. Lula foi à Justiça. Caiado terá que se explicar num processo no STF cujo relator é Fachin. Ao jornalista Lauro Jardim, da Veja, ele disse qual vai ser sua linha de argumentação. Tente encontrar alguma explicação para o 'bandido frouxo'. Não há nenhuma. É um caso clássico em que a resposta não tem nada a ver com a pergunta. Eis o que afirmou Caiado a Lauro Jardim:


"Saí em defesa dos manifestantes que se preparavam a ir às ruas no dia 15 de março. Vou exercer o meu direito de defesa e reiterar o que sempre disse: como um dos líderes da oposição no Senado Federal não admitirei qualquer tentativa de intimidação do cidadão brasileiro ao seu direito de se manifestar por movimentos supostamente sociais ou milícias ligadas ao PT". O que tudo isso tem a ver com "bandido frouxo"? O argumento de Caiado faria sentido apenas caso o relator de seu processo fosse Gilmar Mendes".


Créditos da foto: reprodução

Dilma: criança pobre tem que ter chance de criança rica

no Conversa Afiada
A raiz da desigualdade social começa cedo.

A presidenta Dilma Rousseff participou da cerimônia de entrega de 1.480 unidades habitacionais do Programa Minha Casa Minha Vida nesta sexta-feira (14), em Juazeiro, na Bahia. Em seu discurso, Dilma ressaltou a importância de oferecer condições para que as crianças pobres se desenvolvam.

“O Estado tem que garantir que a criança que venha da classe popular tenha a mesma oportunidade que a de uma família rica”, disse a presidenta, que destacou a necessidade da criação de creches, especialmente para crianças de até 5 anos. Dilma ponderou que é nessa idade que as crianças desenvolvem as capacidades que vão marcar toda a vida adulta.

O Governador da Bahia, Rui Costa (PT), informou que a prefeitura de Salvador, de ACM Neto (DEM), não construiu nenhuma das 200 creches que lhe foram oferecidas. Porque, segundo Rui Costa, certos prefeitos preferem asfaltar rua: asfaltar e só voltar lá na próxima eleição. Creche exige luz, água, merenda e salário de professor.

O prefeito de Juazeiro, Isaac Carvalho (PC do B), por sua vez, assegurou a continuidade de investimento nas creches: “Juazeiro já construiu 14 creches e vai construir mais cinco”.

No evento, Dilma confirmou o lançamento da próxima etapa do Minha Casa Minha Vida. “Vamos lançar o Minha Casa Minha Vida 3 no dia 10 de setembro. Isso significa mais 3 milhões de casas”, prometeu. Até 2018, o programa terá dado um lar a 28 milhões de brasileiros.

A presidenta também tratou da situação do rio São Francisco, que já jorra. “Temos que olhar para o São Francisco. A primeira coisa que temos que fazer é recuperar as margens do rio”, declarou. Daqui a duas semanas Dilma volta à região para inaugurar os primeiros 49km do canal do São Francisco.

A presidenta contou que construiu um milhão de cisternas para enfrentar a pior seca da história do semi-árido: “e ninguém ouve falar em invasão de supermercado”, ponderou.

Dilma também deixou uma mensagem de otimismo, e garantiu que o país vai superar a crise. “O Brasil, podem ter certeza, vai voltar a crescer e vai reduzir a inflação”, disse a presidenta.

A primeira etapa do Residencial Juazeiro, entregue hoje, beneficiará mais de 6 mil pessoas e contou com investimentos de R$ 88,8 milhões. A obra gerou cerca de 1.200 empregos diretos e, destes, 90% são ocupados por mão de obra local.


João de Andrade Neto, editor do Conversa Afiada, com informações do Blog do Planalto

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Às Armas Trabalhadores e Trabalhadoras, O Inimigo Está à Espreita!

por José Gilbert Arruda Martins

Vou iniciar essa matéria explicando que, apesar do título, as nossas armas são o debate de ideias, a defesa intransigente da democracia, a solidariedade, o respeito aos direitos, contra todo tipo de violência, a solidariedade internacional...


No encontro com a presidente Dilma Roussef no dia de ontem, o companheiro Vagner, presidente da CUT - Central Única dos Trabalhadores, foi enfático em afirmar: "Golpistas, nós somos construtores da democracia. Nós iremos para as ruas, entrincheirados, se necessário. Nós seremos o exército que vai enfrentar a burguesia nas ruas".

Não vamos aceitar o golpe.

Não vamos aceitar retrocessos.

Isso está muito claro na cabeça de todos os Movimentos Sociais do Brasil.

O PSDB e suas lideranças desejam o pior para o Brasil. Isso está ficando claro a cada dia, até as pessoas mais simples estão percebendo. A direita, capitaneada pelo PSDB e o DEM, apostam no "quanto pior melhor", não pensam no país e no seu povo.

Os Movimentos Sociais têm lado. E por que eles têm lado? Por que acreditaram no projeto, viram e usufruem dos avanços significativos em várias áreas do país.

Avançamos em muitas áreas, na distribuição de terras, na educação pública, na construção de moradia para quem nunca acreditava que pudesse possuir uma casa.

Falta muito. Mas os Movimentos Sociais enxergam claro, não é com a direita que a sociedade brasileira irá avançar ainda mais.

A direita teve seu tempo, e não foi pouco, mandaram e desmandaram no Brasil por séculos, montaram no Estado e tomaram para si as riquezas do país.

Chegou a hora dos trabalhadores e trabalhadoras ocuparem seus espaços e abocanharem parte do que é produzido.

A 5a. Marcha das Margaridas, dias 11 e 12, aqui em Brasília, com mais de 100 mil Mulheres e Homens nas ruas, foi uma demonstração clara e objetiva, não vamos aceitar golpe.

A reunião de ontem com os Movimentos Sociais é outra importante demonstração de apoio à democracia e ao governo Dilma Roussef.

Juízo reacionários. Juízo golpistas!