sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Brasil: quem são os novos desaparecidos

141207-Polícia
Trinta anos após redemocratização, série de “desaparecimentos” nas periferias, com claro envolvimento policial, convida a perguntar: ditadura de fato terminou?

por José Gilbert Arruda Martins (Professor e, agora, blogueiro)

Vivemos um Estado Policial permanente?
As "periferias" vivem esse estado permanente de medo, de violência e de asilo.
As "periferias" com as aspas é para demonstrar que temos várias periferias, são situações de violência social, principalmente por parte da polícia militar por praticamente todas as regiões do país. São os grupos LGBT, por exemplo, que são impedidos, muitas vezes, de viver uma vida normal. É a juventude negra e pobre que é sistematicamente assassinada num grotesco e violento ritual de extermínio que, parece, não ser visto por ninguém.
Se lermos o livro "Cidadania no Brasil - O longo caminho" de José Murilo de Carvalho, entenderemos melhor.
O libelo mostra os caminhos percorridos pelas elites para impedir a construção da cidadania no Brasil.
Se fizermos o acompanhamento cotidiano das votações nas Comissões e depois nos plenários da Câmara e do Senado, veremos os projetos e as leis que estão sendo criadas, chamadas por alguns de "pacotes de maldade de final de ano", refere-se à PEC 215 que retira direitos dos povos indígenas, esse é apenas um exemplo, são várias outras tentativas de retirar direitos da sociedade e dos trabalhadores.
Essa violência que nossa sociedade vive, principalmente os pobres nas periferias das cidades desse país, é perpetrada de forma direta e indireta pelas políticas subliminares criadas pela elite econômica que não se importa com a formação cidadã, se importa sim em manter a segurança e a "paz armada" para garantir o consumismo, a venda de suas mercadorias.
A ditadura não acabou.
Só olharmos as formas de ação da polícia e dos órgãos da justiça e da imprensa no trato com as questões que envolvam as demandas dos mais pobres e da sociedade como um todo.
As manifestações de rua foram tratadas pela mídia, pelos partidos conservados, pela justiça e pelos governos, como manifestações de desordeiros e baderneiros que deveriam ser enquadrados e retirados das ruas como de fato aconteceu.
Dezenas de manifestantes foram presos de forma ilegal, arbitrária mesmo. Alguns foram caçados e presos na surdina, sem direitos nenhum, numa clara demonstração de que vivemos um período que, devido a essas ações,  parecem continuar de fato com a ditadura.

Brasil: quem são os novos desaparecidos

Por Vladimir Platonow, na Agência Brasil
 

Cinco mães e um pai de jovens desaparecidos ou mortos na Bahia nos últimos anos relataram, nessa quinta-feira (4), à Anistia Internacional (AI), no Rio de Janeiro, os dramas vividos. Eles pediram ajuda para solucionar os casos que, alegam, não têm recebido a devida atenção por parte do governo baiano.
Em todos os casos, os jovens são negros e de famílias humildes. Na maior parte, há relatos de testemunhas de participação policial ou de milícias. Em quase todas as situações, os inquéritos foram inconclusivos, sem apontar a autoria nem localizar os jovens, para o desespero dos pais, que não sabem, até hoje, se os filhos estão vivos ou mortos.
O drama mais recente é de Rute Silva, mãe de Davi Fiuza, de 16 anos de idade. Ela relatou que o filho foi pego quando estava observando uma operação da polícia, no dia 24 de outubro deste ano, no bairro de Vila Verde, em Salvador. “De repente, ele foi encapuzado, teve amarrado os pés e as mãos e jogado em um carro descaracterizado. Havia muitas viaturas da polícia por perto, segundo as testemunhas. Desde então, procurei todos os meios legais e jurídicos, fui ao Instituto Médico-Legal, nos campos de desova [de cadáveres], mas nada”, contou.
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Ruth Fiúza, mãe de Davi Fiúza, que desapareceu há cerca de um mês (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
O caso de Davi Fiuza motivou a AI a denunciar a situação à Organização das Nações Unidas (ONU), assim como a de outros jovens, até hoje desaparecidos, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA).
Outro Davi, com sobrenome Alves, teve destino semelhante. Filho da vendedora Iracema Barreiros Alves, ele foi apreendido pela polícia, aos 17 anos, no dia 6 de dezembro de 2013, em Salvador. Alves estava, segundo a mãe, na companhia de outros dois menores, em um carro, sem que o motorista tivesse habilitação. Acabou liberado, mas nunca mais foi visto.
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Iracema Barreiros Alves, mãe de Davi Barreiros Alves, desaparecido (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
“Foi levado para a Delegacia do Menor Infrator e depois para a Fundação Casa. Eu recebi um telefonema para buscar meu filho, mas quando cheguei lá disseram que ele já estava indo para casa, só que nunca chegou. Eu voltei e disseram que ele tinha sido liberado com o pai de outro menor, que o teria deixado em outro lugar. Como liberaram o meu filho para outra pessoa?”, perguntou Iracema.
TEXTO-MEIO
O filho de Antônio Carlos Borges de Carvalho, Jackson Antônio, acabou morto em 23 de junho de 2013, em Itacaré, município praiano a 150 quilômetros ao sul de Salvador, e até hoje não se sabe o motivo. “O meu filho foi brutalmente assassinado, aos 15 anos. Ele era judoca desde os 7 anos, surfava e cursava o primeiro ano do curso técnico de guia de turismo. O corpo foi encontrado por mim, enterrado em um buraco, de cabeça para baixo, com as pernas cortadas na altura do joelho e com um tiro na cabeça. Até hoje, não tive acesso ao inquérito. O delegado o colocou em sigilo de Justiça”, contou Carvalho.
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Antônio Borges pai de Jackson Antonio Souza de Carvalho, morto em Itacaré (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Cleonice Oliveira, mãe de Jean Carlos Oliveira da Silva, 20 anos, disse que o filho foi sequestrado, juntamente com dois jovens, os irmãos Luis Ricardo, de 20 anos, e Sérgio Luis Nascimento, de 28, no dia 16 de maio de 2013, após a casa ser invadida pela Companhia de Operações Especiais (COE) da Polícia Militar. “Eles foram algemados e encapuzados, de madrugada, na casa onde moravam, e colocados em viaturas. Há um ano e sete meses a gente não tem mais nenhuma informação. Não há investigação alguma. Queremos saber onde eles estão. É isso que nos move.”
A professora Lucimoura Santos, mãe de Sérgio Luís e Luís Ricardo, ainda espera notícia dos filhos: “Levaram eles e até hoje não tenho informação sobre o paradeiro. Mas temos esperança de que estejam vivos”.
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Ana Lúcia Conceição, mãe de Matheus Silva Souza, desaparecido aos 16 anos (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Ana Lucia Conceição da Silva, mãe de Mateus Silva Souza, de 19 anos, é outra que não viu mais o filho. “Ele saiu de casa dizendo que ia para uma lan house, no dia 10 de maio de 2012. Até agora, não tenho notícia nenhuma. Fiquei sabendo que meu filho foi pego pela polícia e torturado, no bairro de Itaigara, em Salvador. Ele estava com mais dois colegas, que saíram correndo [ao ver a polícia]. Ele parou, para se justificar. Aí deram um tiro na perna dele e o jogaram na mala do carro. Até o dia de hoje, não sei o que aconteceu. Sumiram com o meu filho.”
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Cleonice Oliveira, mãe de Jean Carlos Oliveira da Silva, e Lucy Moura Santos, mãe de Luiz Ricardo Santos Nascimento e Sérgio Luiz Santos Nascimento, todos sequestrados em Canabrava (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Hamilton Borges, militante da organização Quilombo X Ação Comunitária e da Campanha Reaja, disse que o objetivo das entidades é lutar contra os grupos de extermínio, a brutalidade policial e a lógica de segurança pública vigente no estado. “Ser negro, jovem e pobre é uma sentença de morte na Bahia. As abordagens policiais são letais. As pessoas estão sendo orientadas pelas famílias a não sair às ruas. A gente vive em uma grande cadeia, onde tem tortura, mortes e desaparecimentos que, na verdade, são sequestros”, disse Hamilton.
Ele alegou que o governo baiano não criou nenhum mecanismo para combater os grupos de extermínio nem a brutalidade policial, o que levaria a polícia da Bahia a ser a terceira que mais mata no país, em dados absolutos. Além disso, Hamilton disse que há um componente de discriminação racial nas abordagens.
“Se o policial encontra um garoto branco, de classe média alta, fumando maconha, leva para casa e entrega para os pais, dizendo que ele estava cometendo um erro. Se um garoto negro apenas está usando um chapéu, uma tatuagem, eles matam e desaparecem.”
Procurada para se pronunciar sobre os casos, especialmente o mais recente, de Davi Fiuza, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia informou, em nota, que todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas. Disse que várias vertentes são investigadas, inclusive a participação de policiais. Os que estavam de plantão no dia do desaparecimento estão sendo ouvidos no inquérito. A secretaria também informou que, no período de 2013 a 2014, 104 policiais foram demitidos, graças ao trabalho das corregedorias.

Aos generais torturadores: “Não tenho medo de vocês” - Néstor manda retirar foto dos presidentes militares

                                     Lá, Néstor mandou tirar as fotos dos generais. Aqui, passam por Fundadores da Democracia


por José Gilbert Arruda Martins (Professor e Blogueiro)

Por que o Brasil não consegue punir os torturadores?

Como o Brasil consegue conviver com uma Lei de Anistia absurda como a que criamos em 1979?

O que esconde o Exército e as Forças Armadas do Brasil?

Quando o país irá sepultar os milhares de corpos deixados insepultos pela Ditadura Militar?

Como construir uma país verdadeiramente democrático com a quantidade de corpos insepultos como nós temos?

O que impede, concretamente, o Brasil de avançar na punição aos torturadores e mandantes - patrocinadores?

Quando iremos ter a decência de abrir a "caixa preta" do exército brasileiro?

Quem mais, além das Forças Armadas, tem mais a esconder sobre os assassinatos da ditadura?

Existem mais documentos sobre a participação da globo, folha de São Paulo, Estadão, Veja, família Marinho...nas mortes da ditadura?

Quantos e quais foram os empresários que patrocinaram a tortura no Brasil?

Quem mandou matar o coronel Malhães?

O que ele tinha a dizer que pagou com a vida?

Vamos responder estas perguntas e continuar na construção da democracia no Brasil?

Ou vamos retroceder?

Perguntas de um professor que lê.



no Conversa Afiada


Com o objetivo do cotejar o Brasil com a Argentina e registrar o placar vergonhoso – Cristina K 7 vs 1 Dilma -, oConversa Afiada desde Buenos Aires oferece aos amigos navegantes duas peças monumentais do Presidente Néstor Kirchner, que mudou a composição da Suprema Corte e rasgou a Lei da Anistia, que envergonhava a Argentina.

Num ponto da história de seu inesquecível Governo, mandou tirar da parede da Oban Argentina a foto dos generais presidentes e torturadores e que , no Brasil, passam por Fundadores da Democracia !

Viva o Brasil!

( Viva o dos chapéus que só engana os parvos pigais.)

Noutro ponto, Néstor disse à tropa formada : não tenho medo deles !

Dos heróis do dos chapéus !

Dá nisso: uma Comissão da Verdade que aponta o criminoso contra a Humanidade – nem todos: faltam os empresários, como os donos do PiG ! – mas não queima os dedos: não exige a revogação da Lei que permite a impunidade dos criminosos.

Os conselheiros voltam para casa – e para a ONU – limpinhos pela frente e sujos pelas costas.

Quer prender o Ustra ?

Vire-se, Comparato!

Problema seu !

Paulo Henrique Amorim

“A Auschwitz argentina”: Transformada em memorial em 2004, ESMA vitimou cerca de 5 mil pessoas entre 76 e 83 / Foto: Marcelo Brodsky/ Memória en Construción ESMA

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Formatura de Davi Martins - A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo


por José Gilbert Arruda Martins (Pai, Professor e, agora, blogueiro)

Ontem foi dia de festa em nossas almas e corações. Nosso filhote Davi concluiu a Educação Infantil que é parte importante para sua formação como pessoa, como profissional no futuro e, o que é mais importante, como cidadão crítico e reflexivo.

Sempre levamos a sério a formação dos nosso filhos e filha. Sempre debatemos com eles a importância de uma boa formação. Não apenas para trabalhar e ganhar dinheiro, é claro, isso é importante, necessitamos pagar nossas contas e viver com dignidade, mas, antes de qualquer coisa, formar-se para servir, a si e aos outros, à sociedade, às pessoas.

Principalmente quando somos alunos e alunas de Escola Pública. Temos a obrigação de darmos o retorno no presente e no futuro.

Parabéns filhote, estamos orgulhosos, toda a sua família vibra e te congratula com a conclusão desta primeira etapa. Estude sempre, pois a vida é, principalmente, para estudar e ser feliz.

Aproveitei para postar um excelente texto sobre a formação de crianças logo abaixo. Aproveitem!

Profa. Karine e o aluno Davi





A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo

Autor: Isabelly Goulart
Data: 29/06/2010

Fonte: http://www.pedagogia.com.br/artigos/criticoreflexivo/
Resumo:
A Importância da Educação Infantil na Formação do Cidadão Crítico/Reflexivo é um assunto que deve ser afirmado frente aos profissionais da Educação, observando a diferença, no 1º ano do Ensino fundamental, entre os alunos que cursaram e não cursaram a Educação Infantil; e esclarecendo de que maneira essa etapa da educação pode contribuir na formação cognitiva e social do homem. Essa etapa educacional apresenta elevado valor, uma vez que durante esse período da vida é formada a personalidade da criança, determinando fatores que influenciarão no adulto em que se tornará. Contudo, ainda não há considerável conhecimento e valorização dessa etapa de ensino; tornando-se necessária a divulgação de seus benefícios e sua significativa colaboração na melhoria da qualidade de vida.
Foram utilizadas para a realização desse trabalho: pesquisa bibliográfica e pesquisa de campo, onde os resultados obtidos enfatizaram a importância dessa primeira etapa de ensino, uma vez que os entrevistados que cursaram a Educação Infantil, apresentaram maior segurança social e cognitiva.
As primeiras experiências são as que marcam mais profundamente a pessoa, e quando positivas, tendem a reforçar, ao longo da vida, as atitudes de autoconfiança, de cooperação, solidariedade, responsabilidade.
A Educação Infantil é algo mágico, único e essencial na vida do homem; que "canta e encanta" a quem a ela tem acesso; sendo rico e engrandecedor acompanhar o desenvolvimento desses pequenos seres durante essa etapa de suas vidas. É incrível a percepção da capacidade de aprendizado das crianças, sua receptividade, carinho e pureza, e o que uma educação de qualidade e devidamente adequada ao desenvolvimento cognitivo, motor, social e emocional, vivenciado por elas, pode fazer em suas histórias.
Para Antunes (2006) se a ciência mostra que o período que vai da gestação até o sexto ano de vida é o mais importante na organização das bases para as competências e habilidades desenvolvidas ao longo da existência humana, prova-se que a etapa educacional referente a essa faixa etária é imprescindível para o seu desenvolvimento. Todavia, surge à seguinte reflexão: a Educação Infantil pode realmente contribuir na formação de um cidadão crítico e reflexivo, cognitiva e socialmente?
Com intuito de responder a problematização acima, propõe-se como objetivo geral afirmar a importância da Educação Infantil para a formação crítica e reflexiva do cidadão frente à formação dos profissionais da área educacional. Os objetivos específicos que se ramificam da proposta inicial, apresentam-se com a finalidade de comparar e identificar as diferenças nos obstáculos sociais e educacionais, enfrentados pelas pessoas que não cursaram a Educação Infantil e entram direto na primeira fase do Ensino Fundamental; identificar de que maneira a Educação Infantil pode contribuir na formação do cidadão crítico/reflexivo.
O presente artigo é parte integrante de pesquisa da Faculdade Fortium do Distrito Federal, defendida no ano de 2009, como requisito final para obtenção do grau de Licenciamento em Pedagogia.
As técnicas utilizadas na pesquisa foram questionário e entrevistas diretas com professoras do 1º ano do Ensino Fundamental comprovou-se que a Educação Infantil é de extraordinário valor no desenvolvimento humano. Os entrevistados que encontraram dificuldades de adaptação, cognitivas, sociais ou emocionais, ou que ainda apresentaram receio ao ingressar no Ensino Fundamental, são aqueles que não cursaram a Educação Infantil e não obtiveram contato algum com esse nível de ensino durante a primeira infância. Os questionários foram aplicados a quarenta (40) adultos em idade entre 20 e 30 anos, cidadãos comuns atuantes da sociedade, através do trabalho e relações sociais que estabelecem, com o grau mínino de instrução de Ensino Médio, moradores de Brasília/DF.
Das 40 (quarenta) pessoas que responderam o questionário, 12 (doze) não cursaram, 6 (seis) cursaram incompleta e 22 (vinte e dois) cursaram por completo a EI. Parte dessas pessoas apresentou dúvidas referentes à qual etapa do ensino se referia a Educação Infantil; e outros, ainda demonstraram não aplicar valor ou importância a esse nível educacional.
Por sua vez, os entrevistados que cursaram a Educação Infantil afirmaram descobrir aprendizados e relações significativas, como: descoberta da leitura e da escrita, cores, números, brincadeiras, histórias, músicas, boas maneiras, hábitos de higiene e relações sociais com professores e colegas.
É preciso destacar algumas dessas experiências proporcionadas pela Educação Infantil, que concretizam seu trabalho e que interferem positiva e significativamente no desenvolvimento humano e na formação do cidadão crítico /reflexivo, devido às conseqüentes transformações que partem dessas pequenas ações:

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

IV SEMINÁRIO DISTRITAL do PNEM - Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio

Prof. Gilbert no IV Seminário Distrital do PNEM
Profs. Rosana, Beatriz, Henrique, Marcelo e Gilbert

Hoje pela manhã, das 8h30 as 12h, estivemos no Cine Brasília, 106 Sul, participando do IV Seminário Distrital pelo fortalecimento do Ensino Médio.

O seminário marca o encerramento da 2a. etapa do Programa em Brasília. O Pnem é uma política Pública de formação continuada dos professores e professoras que trabalham com jovens da parte final da educação básica - o Ensino Médio.

O que é o PNEM?

Fonte: http://www.fe.unb.br/pnem

O Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio (PNEM) é um acordo através do qual o Ministério da Educação (MEC) e as Secretarias Estaduais e Distrital de Educação assumem o compromisso com a valorização da formação continuada dos professores e coordenadores pedagógicos que atuam no Ensino Médio público. Entende-se que é importante realizar uma ampla reflexão referente à temática “Sujeitos do Ensino Médio e Formação Humana Integral”, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio - DCNEM.
Essa formação integra um conjunto de ações igualmente comprometidas com o fortalecimento e ampliação da qualidade do Ensino Médio, dentre as quais destaca-se o Programa Ensino Médio Inovador (ProEMI), por meio do qual as escolas podem obter recursos financeiros exclusivamente destinados para o desenvolvimento de projetos pedagógicos voltados para a inovação curricular. O PNEM pretende fortalecer essas ações que já vem sendo desenvolvidas em diversas escolas públicas e fomentar a discussão sobre práticas docentes à luz das diretrizes curriculares para a formação da juventude do País.
O Brasil possui cerca de 450 mil professores no Ensino Médio, 320 participaram em seus estados e municípios do Pacto, e da formação continuada, é a primeira vez que isso acontece no Brasil.
Vou sair agora para a escola, temos Conselho de Classe, um momento importante, principalmente para os alunos e alunas, mas, ao longo dos próximos dias vou postar aqui mais informações sobre o PNEM e sobre o IV Seminário Distrital.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

Em reunião que terminou há pouco, a secretaria entregou à Comissão de Negociação documento que libera o pagamento dos professores ainda hoje

Profs. Salvador e Gilbert na manifestação de hoje em frente a  porta do palácio do Buriti

por José Gilbert Arruda Martins (Professor e Blogueiro)

É isso, como sempre muita luta para continuarmos essa profissão de professor. A manifestação/paralisação na praça do Buriti começou as 10 horas da manhã, fechamos a pista norte do Eixo Monumental em frente ao Palácio do Buriti e lá ficamos até o retorno da Comissão de Negociação agora já no início da noite, por volta das 19 horas.

O que ficou decidido?

Que os créditos serão depositados ainda hoje na conta de todos os professores e professoras.

É uma vitória?

Não considero, pois estávamos ali, debaixo de chuva, muito frio, depois muito sol e agora no final tarde frio de novo, lutando por algo que já era nosso, salário de novembro, portanto, mês já trabalhado.

Nós que fizemos campanha, que usamos camiseta, que pedimos voto, que ouvimos tolices de colegas, estávamos todos ali correndo atrás de algo que já era nosso.

É profundamente lamentável.

O governo do Distrito Federal termina seu governo de forma absurdamente desorganizada, e o pior, por causa da incompetência administrativa, atraso salário de servidores, deixando as categorias todas raivosas e joga, com isso, milhares de companheiros e companheiras no colo da direita, de presente.

O Partido dos Trabalhadores do Distrito Federal tem a obrigação de marcar uma plenária, convidar o Sr. Agnelo que nos dará as explicações para esse caos instalado.

Outra questão é, talvez, pedir a expulsão do Sr. Agnelo do partido. Vamos deliberar.


GDF não Pagou os Professores e Professoras

por José Gilbert Arruda Martins (Professor e Blogueiro)

Cazuza já cantou "Ideologia, eu quero uma para viver". Tenho as minhas e, desde muito cedo milito num partido e em minha categoria de trabalhadores. tenho mais de 20 anos de filiação no meu partido e mais de 25 anos de filiação ao meu sindicato. Acredito que tenho ideologia para viver.

Mas...como disse o dito popular: "ideologia não paga a conta do mercado, nem a cachaça do buteco".

Ontem, estivemos na Praça do Buriti, debaixo de chuva e frio lutando pelo pagamento de nossos salários.

Durante a manifestação, o secretário de Administração chamou a Comissão de Negociação dos sindicatos dos professores e professoras mais o sindicato dos servidores (SAE), para dizer que o pagamento estaria nas contas até meia noite de ontem.

Divulguei via telefone e aqui no nosso blog.

Fui levar meu filho à escola agora pela manhã, aproveitei para passar no Banco Regional de Brasília e verificar o saldo e começar a pagar as contas, o resultado está estampado na imagem acima. ZERO.

Como professor de História, reluto para assistir aos telejornais do PIG, principalmente da globo. Ontem a emissora escancarou em seu principal jornal a situação de Brasília, claro, com muita verdade, diga-se de passagem, mas, é claro também, com requintes de crueldade e manipulação, de sempre.

Eu e muitos outros e outras, companheiros e companheiras de luta, como destaquei no início, temos nossas crenças políticas, acreditamos que à esquerda e também à direita, o país tem políticos decentes, honestos.

Essa história de que todo político é ladrão é corrupto - ouvi isso de um companheiro professor ontem na praça durante a manifestação -, é uma forma que as elites encontraram de tanger o povo e os trabalhadores da militância política.

Mas como explicar ou justificar o que está acontecendo nos últimos dois meses do governo aqui em Brasília? O governador precisa dar as suas explicações à sociedade de Brasília e aos militantes do Partido. Exigimos que ele seja político o bastante para fazer isso agora, antes do natal, antes de entregar o governo.

Vou finalizar, pois tenho que me preparar para ir novamente pra Rua. A melhor aula hoje é na Rua.


1648: Paz da Vestfália encerrava Guerra dos Trinta Anos

No dia 24 de outubro de 1648, o imperador Ferdinando 3ºI assinou a Paz da Vestfália com a Suécia e a França. O documento marcou o fim do primeiro grande conflito europeu.

Igreja de São Nicolau, em Münster
O que no começo foi um conflito religioso, acabou se tornando uma luta pelo poder na Europa. A Guerra dos Trinta anos começou em 23 de maio de 1618, na Boêmia (hoje República Tcheca). Nobres protestantes haviam invadido o castelo da capital e jogado pela janela os representantes do imperador, por causa da intenção de demolir duas igrejas luteranas, contrariando a liberdade religiosa. Este episódio ficou conhecido como a Defenestração de Praga.
O Sacro Império Romano de Nação Germânica foi formado por Otto, o Grande, sagrado imperador pelo papa João 12 em 962. Começou assim o 1º Reich, que seria dissolvido apenas em 1806. A este fato, somou-se a recusa da Liga Evangélica em aceitar a eleição do imperador católico radical Ferdinando 2º (1578–1637). Em represália, coroou o protestante Frederico 5º (1596–1632) rei da Boêmia.
Depois que as tropas imperiais invadiram o território boêmio e derrotaram os protestantes, Ferdinando 2º condenou os revoltosos à morte e confiscou os domínios de Frederico 5º, cancelou seu direito de príncipe eleitor, declarou abolidos os privilégios políticos e a liberdade de religião. Os demais principados protestantes do Sacro Império Romano de Nação Germânica sentiram-se ameaçados e entraram no conflito.
França entra na guerra
Na segunda fase, a guerra tomou proporções internacionais, com o ingresso da Dinamarca e da Noruega. A fase seguinte envolveu a Suécia, que acabou derrotada. A última etapa da guerra envolveu diretamente a França, governada pelo cardeal Richelieu, cuja política externa visava transformar a França em uma potência na Europa. A França já havia apoiado dinamarqueses e suecos e declarou guerra à Espanha em 1635. O conflito estendeu-se até 1648, quando a Espanha, bastante enfraquecida, aceitou a derrota.
Mercenários holandeses, ingleses e espanhóis pilharam, incendiaram casas, e mataram milhares de pessoas. Quem não foi assassinado morreu de fome ou de epidemias. Os próprios soberanos reconheceram que ninguém sairia vitorioso e resolveram organizar o armistício em duas frentes.
A católica cidade de Münster e a luterana Osnabrück foram escolhidas como sedes em 1641. A partir de 1644, 150 delegados começaram seus trabalhos nas duas cidades. Mensageiros viajavam constantemente entre ambas, e também Viena, Roma e outras capitais europeias.
Paz leva a mudanças radicais
Quatro anos depois, em 24 de outubro de 1648, a conferência foi encerrada com três tratados independentes e o anúncio do armistício, que levou o nome da região da Vestfália. Seus resultados mais importantes: suíços e holandeses tornaram-se autônomos; o poder do imperador da dinastia Habsburg foi reduzido, em favor do dos príncipes e dos membros do Reich; o império manteve sua constituição federalista; e católicos e protestantes passaram a ser considerados fiéis com os mesmos direitos.
A Alemanha saiu arrasada da guerra, com a população reduzida de 16 milhões para 8 milhões. No império constituído por 300 territórios soberanos, não sobrou nenhum sentimento nacional comum.
A França foi a grande vitoriosa: anexou a Alsácia e consolidou o caminho para sua expansão. Por sua vez, a Espanha prosseguiu em luta contra os franceses até que, derrotada pela aliança franco-inglesa, aceitou a Paz dos Pirineus, em 1659, o que confirmou o declínio de sua supremacia. (kl/rw)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Coppe inicia testes do Maglev-Cobra

Visitantes Visita Tecnica

no site da Coppe (UFRJ)

A Coppe/UFRJ iniciou, hoje, 1º de outubro, a fase de testes operacionais do trem de levitação magnética, o Maglev-Cobra. A primeira viagem do veículo aconteceu na manhã desta quarta-feira, durante visita técnica de cerca de 60 pesquisadores de vários países à linha de testes do trem de levitação magnética da Coppe, na Cidade Universitária. A visita fez parte da programação da 22ª Conferência Internacional sobre Sistemas de Levitação Magnética e Motores Lineares – Maglev 2014, realizada de 28 de setembro a 1º de outubro, no Rio de Janeiro, que reuniu os maiores especialistas em levitação magnética do mundo. Os testes se estenderão até 2015, quando o veículo será inaugurado, e passará a transportar alunos, professores, funcionários e visitantes do campus.
A data de hoje tem um enorme significado para a Coppe/UFRJ e para a pesquisa no Brasil. Ao levitar e percorrer pela primeira vez a linha experimental de 200 metros que liga o Centro de Tecnologia 1 (CT 1) ao Centro de Tecnologia 2 (CT 2) da UFRJ, o Maglev-Cobra inseriu o Brasil no pequeno grupo formado pelos países detentores das tecnologias de levitação magnética até o momento: Alemanha, China, Japão e EUA.
Maglev teste
O Maglev-Cobra é o primeiro veículo no mundo a transportar passageiros utilizando a tecnologia de levitação magnética por supercondutividade. A Alemanha e a China também já fazem experiências com essa mesma tecnologia, mas os seus projetos ainda se encontram em fase de testes em laboratório. Ainda não foram implantadas linhas de teste.
Alemanha, China e Japão já aplicam a levitação magnética ao transporte. No Japão e na China, que utiliza o processo desenvolvido na Alemanha, as tecnologias de levitação magnética adotadas são a eletromagnética e a eletrodinâmica. Os Estados Unidos possuem alguns projetos, mas ainda não implantaram linhas de teste.
“O início da fase de testes do Maglev-Cobra representa uma ruptura de barreira tecnológica para o Brasil. A nova etapa tornará mais visível para a sociedade esse projeto voltado para o transporte urbano de passageiros. O próximo passo será buscar financiadores e parceiros para que o projeto entre em operação comercial”, afirmou o professor Luiz Pinguelli Rosa, diretor da Coppe/UFRJ (à direita na foto abaixo).
Visita Prof. Pinguelli
A expectativa é que aconteça no Brasil o mesmo que ocorreu no Japão, onde a linha de testes de Yamanashi, criada em 1997, com 18,4 km, foi remodelada e ampliada para 42,8 km em 2013. Até 2011, foram percorridos 874 mil quilômetros em testes. Ontem, durante sua palestra na 22ª Conferência Internacional Maglev, o professor da Universidade de Tóquio, Hiroyuki Ohsaki, informou ontem que a ligação comercial por trem Maglev entre Tóquio e Nagoya deverá ser inaugurada em 2027. Uma outra linha, entre Tóquio e Osaka, deverá começar a operar até 2045.
“Estou me sentindo como um pai no dia do nascimento do filho”, afirmou o coordenador do projeto do Maglev-Cobra, Richard Magdalena Stephan, professor da Coppe/UFRJ. “Agora é educar essa criança. O trabalho está apenas começando”, disse Stephan referindo-se ao início da fase de testes na linha de demonstração, durante a qual o projeto receberá os ajustes necessários.
Visita técnica inicia fase de testes do veículo
Maglev visitação
O primeiro dia de testes do Maglev-Cobra na linha experimental na Cidade Universitária foi acompanhado de perto por cerca de 60 pesquisadores do Brasil e do exterior. Entre eles estavam alguns dos maiores especialistas do mundo em levitação magnética, como o professor da Universidade de Tóquio, Hiroyuki Ohsaki, autor de importantes estudos sobre supercondutividade, sistemas de acionamento linear e magnético; o vice-diretor do National MagLev Transportation Development da China, Lin Guobin, responsável pelo projeto do trem Maglev de Shanghai; o consultor americano, Laurence Blow, que desenvolve estudos para aplicação da tecnologia de levitação magnética em trens de alta velocidade e para transporte urbano; e o pesquisador Rüdiger Appunn, do Institute of Electrical Machines (IEM) da Alemanha, que iniciou estudos para aplicação da levitação magnética na propulsão de elvadores.
Ao final da fase de testes, o Maglev-Cobra será certificado por uma instituição técnica, que avaliará o desempenho do veículo de levitação em quesitos como estabilidade, propulsão, velocidade, aceleração e frenagem. Após receber o aval do órgão ou empresa certificadora, o Maglev-Cobra estará apto para entrar em fase de industrialização e poderá ser implantado em trajetos mais longos.
Prof. Richard
De acordo com o professor Richard Stephan (foto acima), um dos próximos passos é a realização de testes em linhas maiores. “O Plano Diretor da UFRJ para a Cidade Universitária prevê a implantação de uma linha do Maglev-Cobra ligando a estação do BRT da Ilha do Fundão até o Parque Tecnológico da UFRJ”, explicou Richard Stephan, que coordena o Laboratório de Aplicações de Supercondutores (Lasup) da Coppe.
O projeto da Coppe já começa a fase de testes operacionais no nível 7 de uma escala de evolução tecnológica utilizada pela Nasa, que vai até 9. “Ao atingir a etapa seguinte, o projeto estará pronto para a industrialização”, adianta Richard Stephan. Segundo o professor da Coppe, na etapa atual de desenvolvimento o Maglev será conduzido por um piloto. Os pesquisadores do Lasup, no entanto, já estão trabalhando para que a próxima versão do trem circule de forma automática, sem a presença de um condutor.
Sobre o Maglev-Cobra
Passageiros
Esta versão do Maglev-Cobra é composta por quatro módulos de 1,5 metro de comprimento cada e pode transportar até 30 passageiros por viagem. Mas é possível conectar novos módulos e aumentar a capacidade caso haja necessidade. Como se trata de uma linha experimental para demonstrar a tecnologia de levitação, o trem circulará a uma velocidade de 20 km/hora. Entretanto, o veículo poderá atingir até 100 km/hora ou mais, com segurança, em percursos mais longos.
O Maglev-Cobra tem uma série de vantagens se comparado a outros meios de transporte. A principal delas é o baixo custo de implantação por quilômetro, que é de cerca de 1/3 do valor necessário para implantação do metrô na mesma extensão. Isso se deve ao fato de o Maglev dispensar a construção de instalações complexas e dispendiosas. A linha de demonstração existente na Coppe, por exemplo, foi instalada em uma passarela sustentada por pilares, que não interfere ou obstrui a passagem de veículos e pedestres.
A operação silenciosa e a não emissão de poluentes são outras vantagens do trem de levitação, que é movido à energia elétrica da rede convencional. O projeto de implantação de linha experimental incluiu também a instalação de quatro painéis de energia solar fotovoltaica capazes de gerar energia suficiente para alimentar o veículo.
O trem de levitação magnética também leva vantagens sobre os trens convencionais do tipo roda-trilho. “O trem de levitação magnética é mais rápido do que os trens roda-trilho na velocidade de cruzeiro, na aceleração e na frenagem”, explicou o professor Richard Stephan.
Para desenvolver o projeto do Maglev-Cobra, a Coppe/UFRJ contou com financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Rio de Janeiro (Faperj) e com o apoio da OAS, da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República, da Vallourec, da White Martins, da Akzo Nobel e da Weg.Saiba mais no Planeta Coppe:
Maglev Cobra é aprovado por especialistas .

Coppe - UFRJ 50 anos

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no site da Coppe

Apresentação
A Coppe – Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia – nasceu disposta a ser um sopro de renovação na universidade brasileira e a contribuir para o desenvolvimento do país. Fundada em 1963 pelo engenheiro Alberto Luiz Coimbra, ajudou a criar a pós-graduação no Brasil e ao longo de quatro décadas tornou-se o maior centro de ensino e pesquisa em engenharia da América Latina.
A Coppe já formou mais de 12 mil mestres e doutores em seus 12 programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado). Conta com 325 professores doutores em regime de dedicação exclusiva, 2.800 alunos e 350 funcionários. Possui 116 modernos laboratórios, que formam o maior complexo laboratorial do país na área de engenharia.
Apoiada nos três pilares que a norteiam – a excelência acadêmica, a dedicação exclusiva de professores e alunos, e a aproximação com a sociedade –, a Coppe destaca-se como centro irradiador de conhecimento, de profissionais qualificados e de métodos de ensino, servindo de modelo para universidades e institutos de pesquisa em todo o país.
Excelência acadêmica
O padrão de excelência se reflete na produção acadêmica. Anualmente, são defendidas na instituição cerca de 200 teses de doutorado e 300 dissertações de mestrado. Seus pesquisadores publicam por ano, em média, 2 mil artigos científicos em revistas e congressos, nacionais e internacionais. Na última avaliação da Capes, divulgada em setembro de 2010, a Coppe foi a instituição de pós-graduação de engenharia brasileira que obteve o maior número de conceito 7, atribuído a cursos com desempenho equivalente aos dos mais importantes centros de ensino e pesquisa do mundo.
Ampliando horizontes
Seus profissionais e sua infraestrutura de pesquisa estão permanentemente preparados para responder às necessidades do desenvolvimento econômico, tecnológico e social do país. Graças a essa sintonia com o futuro, a Coppe se tornou referência nacional e internacional no ensino e pesquisa de engenharia e vem ajudando o Brasil a enfrentar alguns dos mais importantes desafios de sua história recente.
No cenário internacional, tem projetos em cooperação com instituições científicas de renome mundial. Muitos de seus docentes integram comitês e entidades de pesquisa de vários países e de órgãos multilaterais, como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU, agraciado em 2007 com o Prêmio Nobel da Paz.
Em 2008, ampliou sua atuação internacional com a criação do Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, uma parceria com a Universidade de Tsinghua, principal universidade chinesa na área de engenharia. O Centro está sediado no campus de Tsinghua, em Pequim, onde mantém um escritório para coordenar suas atividades e estabelecer contato com empresas brasileiras e chinesas potencialmente interessadas no desenvolvimento conjunto de novas tecnologias.
Quatro décadas antecipando o futuro
A Coppe está sempre um passo adiante das demandas da sociedade brasileira. Ciente da importância do papel da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento do país, criou uma estrutura voltada para a gestão de convênios e projetos. Desde que foi inaugurada, em 1970, a Fundação Coppetec já administrou mais de 12.000 convênios e contratos com empresas, órgãos públicos e privados e entidades não governamentais nacionais e estrangeiras. No momento, a Fundação gerencia cerca de 1.300 projetos em andamento e as 94 patentes e 13 softwares registrados pela Coppe.
A parceria com a Petrobras, que completou 30 anos em 2007, foi o primeiro grande convênio de cooperação celebrado entre a empresa e uma universidade. Em 1985, já havia em operação 33 plataformas fixas projetadas no Brasil com base no trabalho dessa parceria, que virou referência internacional e ajudou a erguer a tecnologia que hoje dá ao país a liderança mundial da exploração e produção de petróleo em águas profundas. O Brasil economizou bilhões de dólares em divisas e conquistou a autossuficiência em petróleo.
Confirmando a capacidade de antecipar soluções tecnológicas para atender a demandas futuras, pesquisadores da Coppe estão trabalhando em novas tecnologias que apoiarão a Petrobras e o governo brasileiro na exploração de petróleo na camada do pré–sal.
Compromisso com o país e a sociedade
Pioneira na aproximação da academia com a sociedade, a Coppe transforma resultados em riquezas para o país. Em 1994, criou a Incubadora de Empresas, cuja atuação já favoreceu a entrada de cerca de 100 serviços e produtos inovadores no mercado. Por ela passaram 43 empresas, que já ganharam autonomia. No momento, tem 17 empresas residentes que atuam, principalmente, nas cadeias do petróleo/gás/energia, em tecnologia da informação e conhecimento e em meio ambiente. Juntas, essas 60 empresas geram mais de 800 postos de trabalho, altamente qualificados, ocupados por mestres e doutores.
A Coppe também colocou a engenharia e suas tecnologias para enfrentar a pobreza e as desigualdades sociais, lançando uma ponte entre o Brasil dos incluídos e o dos excluídos. Para atuar nessa frente de trabalho, inaugurou em 1995 a Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares, que se tornou referência e teve seu modelo replicado em outros estados e países. Já graduou 118 cooperativas e criou cerca de 2.100 postos de trabalho.

A Coppe se transformou em referência sem perder a essência que deu origem a sua história: a ousadia, o espírito crítico, o compromisso com a inovação e com o desenvolvimento do Brasil.

A COPPE em números

Total de títulos concedidos (até 2010)
  • 9.418 mestres
  • 3.037 doutores
    Produção acadêmica (em 2010)
  • 344 dissertações de mestrado
  • 176 teses de doutorado
    Interação com a sociedade (governos, empresas e sociedade civil)
  • 12.000 contratos no total
  • 1.300 projetos em andamento
  • 94 patentes depositadas
  • 13 softwares registrados
    Recursos humanos e infraestrutura física
  • 325 professores doutores
  • 2.800 alunos
  • 1.600 mestrandos e 1.200 doutorandos
  • 350 funcionários
  • 12 programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado)
  • 116 laboratórios
  • incubadora de empresas de base tecnológica
  • incubadora tecnológica de cooperativas populares
  • núcleo de atendimento em computação de alto desempenho


  • COPPE/UFRJ
    Instituto Alberto Luiz Coimbra de
    Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia
    Universidade Federal do Rio de Janeiro
    Av. Horácio Macedo 2030,
    Prédio do Centro de Tecnologia,
    Bloco G, sala 101, Cidade Universitária.
    Endereço Postal
    COPPE/UFRJ
    Caixa Postal 68501
    CEP 21941-914 Rio de Janeiro, RJ.
     
    Contato
    Telefones: (21) 3622-3477, 3622-3478
    Fax : (21) 3622-3463
    E-Mail: diretoria@coppe.ufrj.br
     Incubadora de Empresas
    A Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da COPPE vem abrigando pequenas empresas ao longo dos últimos oito anos. Várias empresas pertencentes à primeira e segunda gerações já se graduaram, o que demonstra o sucesso do empreendimento.
    Contato
    Caixa Postal 68568
    Telefone: +55(0xx21) 3733-1951
    Telefone: +55(0xx21) 3733-1810
    E-mail: inc@inc.coppe.ufrj.br
    Homepage: http://www.incubadora.coppe.ufrj.br
    Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares
    Projeto absolutamente inovador e pioneiro no país, a Incubadora de Cooperativas Populares da COPPE já ajudou a criar e consolidar mais de 20 cooperativas em comunidades de baixa renda no Rio de Janeiro.
    Contato
    Caixa Postal 68012
    CEP 21944-971
    Telefone: 2598-9240
    E-mail: itcp@itcp.coppe.ufrj.br
    Homepage: www.itcp.coppe.ufrj.br


    Fotógrafo registra mutilação genital de meninas no Quênia

    Photographer Siegfried Modola captured this ceremony in rural Kenya for four teenage girls of the Pokot tribe

    • More than a quarter of Kenyan women have undergone ordeal, despite the practice being outlawed three years ago
    • But in many tribes, it is considered a rite of passage that marks the transition into womanhood so girls can marry 


    Tearful: One of the young girls, covered in an animal skin, cries after being circumcised. The practice was outlawed three years ago

    Tearful: One of the young girls, covered in an animal skin, cries after being circumcised. The practice was outlawed three years ago
    WARNING: GRAPHIC CONTENT 
    These pictures show frightened girls lined up before villagers in Kenya to be circumcised - even though the brutal practice is now illegal in the country.
    But in many African tribes, traditions are more important than laws and circumcision is considered a rite of passage that marks their transition into womanhood so they can marry.  
    Reuters photographer Siegfried Modola captured this ceremony in rural Kenya for four teenage girls of the Pokot tribe, in Baringo County.  
    Draped in animal skin and covered in white paint, the girls squat over large stones in the remote village after being circumcised - a life-threatening custom banned in the country three years ago.


    Frightened: Four young Pokot girls stand outside one of the girl's homes just before the beginning of their circumcision ceremony

    Frightened: Four young Pokot girls stand outside one of the girl's homes just before the beginning of their circumcision ceremony

    Adorned: After the ceremony, the girls, now covered in animal skins and beaded necklaces, walk to where they will rest after the tribal ritual


    Adorned: After the ceremony, the girls, now covered in animal skins and beaded necklaces, walk to where they will rest after the tribal ritual

    Painted: After the ritual, the girls faces are painted white to show they have been circumcised and transitioned into womanhood

    Painted: After the ritual, the girls faces are painted white to show they have been circumcised and transitioned into womanhood

    Scared: One girl, after her ceremony, walks to a resting place covered in an animal skin in the remote village of Pokot in Baringo County

    Scared: One girl, after her ceremony, walks to a resting place covered in an animal skin in the remote village of Pokot in Baringo County
    More than a quarter of Kenyan women have undergone the ordeal, despite government efforts to end the practice in the East African country.
    'It's a tradition that has been happening forever,' the father of one of the girls, who asked not to be named fearing reprisal from the authorities, told Reuters from the isolated Pokot settlement some 80km from the town of Marigat.
    'The girls are circumcised to get married. It's a girl's transition into womanhood,' he said.

    Wrapped in bright coloured shawls, the girls spent the night huddled around a fire in a thatched-roof house as local women gathered to sing and dance in support. 
    One woman fell into a trance after sipping a local wine. 
    Circumcision is heavily practiced among the Pokot community, and one of the girls' mothers believes it is a sign of strength.
    'The pain will make her strong. She can show the rest of the community that she can endure it,' the woman said after having her daughter circumcised by a Pokot elder donning a beaded neck collar and large brass earrings.
    'I'm proud of my daughter for doing this,' she said. 

    Tradition: Despite a government ban on the practice, circumcision remains a rite of passage, particularly among poor families in rural areas


    Tradition: Despite a government ban on the practice, circumcision remains a rite of passage, particularly among poor families in rural areas

    Smeared: Village elders cover a young girl's face in white paint after she is circumcised, a requirement for young girls before they can marry

    Smeared: Village elders cover a young girl's face in white paint after she is circumcised, a requirement for young girls before they can marry

    Rampant: More than a quarter of women in Kenya have been circumcised, despite the government making the practice illegal in 2011

    Rampant: More than a quarter of women in Kenya have been circumcised, despite the government making the practice illegal in 2011

    At its most extreme, circumcision, also known as female genital mutilation, involves cutting off the clitoris and external genitalia, then stitching the vagina to reduce a woman's sexual desire.
    Anything from razor blades to broken glass and scissors is used.
    The U.N.'s Children's Fund, UNICEF, says more than 125 million women have been cut in the 29 countries in Africa and the Middle East where genital mutilation is carried out. 
    Kenyan law provides for life imprisonment when a girl dies from the procedure, which in addition to excruciating pain, can cause haemorrhage, shock and complications in childbirth.
    It set up a prosecution unit in March and is currently investigating 50 cases.
    Officials are optimistic they can force a change in attitude but still worry that the practice is too ingrained for legal threats to have an impact.
    'We face a myriad of challenges,' said Christine Nanjala, who heads the prosecuting unit. 'You will find the practice is something highly valued. You will keep quiet and you will not report it - if you do, you face reprisal.'
    Still, Nanjala was optimistic that genital cutting would be eventually wiped out. 'Not tomorrow but it will end, she said. 'At the end of the day, without hope, you have nothing.'

    Naked: Draped in animal skins, the Pokot girls sit naked on rocks before village elders perform the ritual

    Naked: Draped in animal skins, the Pokot girls sit naked on rocks before village elders perform the ritual

    Wait: The Pokot girls wait in their homes to be circumcised. One father said: 'It's a tradition that has been happening forever'

    Wait: The Pokot girls wait in their homes to be circumcised. One father said: 'It's a tradition that has been happening forever'

    Members of the Pokot tribe gather round a fire before the ceremony, about 80 kilometres from the town of Marigat in Baringo County

    Members of the Pokot tribe gather round a fire before the ceremony, about 80 kilometres from the town of Marigat in Baringo County

    A prosecution unit against genital cutting was set up in March and is currently investigating 50 cases. Pictured, the Pokot girls in a hut



    A Pokot woman holds a razor blade after performing a circumcision on four girls. Practitioners use anything from broken glass to scissors