segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

GDF, em uma reunião com a Comissão de Negociação do Sinpro agora há pouco, prometeu que a meia noite o pagamento estará na conta

Prof. Gilbert na Manifestação de hoje pelo pagamento imediato dos nossos salários.

por José Gilbert Arruda Martins (Professor e blogueiro)

O Governo do Distrito Federal (GDF), não pagou os salários dos professores e professoras na sexta-feira passada dia 05 de dezembro - 5° dia útil -.

O Sinpro, Sindicato dos Professores do DF, chamou a categoria para uma paralização no dia de hoje, 08 de dezembro na praça do Buriti em frente do Palácio do Governo.

Dezenas de professores e professoras se fizeram presente. Infelizmente, uma grande maioria, novamente, não apareceu.

Durante o evento a Comissão de Negociação do Sindicato foi convidada pelo secretário de educação que, numa reunião, prometeu que os salários estarão à meia noite na conta da categoria.

Nos reunimos debaixo de chuva, muitos professores e professoras e ouvimos muitas reclamações. Reclamações na sua maioria, completamente justas, essa do atraso salarial é um descalabro.

Será que o Partido dos Trabalhadores aprendeu a lição? Não é a primeira vez que tal fato acontece. O governador Agnelo permitiu que a situação chegasse a um ponto absurdo. Será que o PT aprendeu? Vamos tratar desse tema em um próximo post.




CRIMINALIZAÇÃO DA POLÍTICA - O inimigo interno


As manifestações de rua: Bio poder e subjetivação?

Por José Gilbert Arruda Martins e Ivana Maria Falcão de Albuquerque Martins

Na França, como no Brasil, a Polícia tomou para si o direito de matar, matar principalmente jovens, é a "democracia" do mercado, dos rentistas. Comporte-se, consuma e deixe consumir, do contrário será enquadrado ou enquadrada na lei do mercado, na "democracia" do capital, que é tudo - até o assassinato - em nome do "livre" direito de comprar.
Um dos pensadores mais importantes da modernidade, Michel Foucault, criou um conceito que cai como uma luva na questão da violência do Estado e de pessoas sobre outras, que é o conceito de biopoder, veja o diz Isabella Maria Nunes (2010):
“O Biopoder, termo criado por Michel Foucault, filósofo francês contemporâneo, refere-se ao complexo sistema de dominação e de subjugação de corpos baseado no controle das pessoas através de padrões biológicos e de medos à população. Para Foucault, o bio poder é baseado no racismo, na segregação de pessoas e na justificativa, por exemplo, do direito de matar – fundamento do nazismo. A vida se torna o objeto do poder.”
E a autora continua, dissecando e explicando a questão do bio poder, baseada no conceito do filósofo francês.
“O fundamento do bio poder está no pressuposto de que temos em nossa sociedade pessoas com conhecimentos superiores e responsáveis pela saúde e bem estar da população em geral. Esse grupo de pessoas é representado pelos médicos, pela área do direito e, especialmente pelo Estado. Esses grupos exercem a dominação na medida em que controlam a vida, em seus mais diferentes aspectos, e exercem a política para que mantenham os cidadãos dentro desse sistema social estratificado.”
A violência do Estado contra as populações pobres nas periferias das grandes cidades do mundo, pode ser um fenômeno que, como defende Foucault, segrega as pessoas e justifica o direito de matar.
O Brasil tem um histórico de violência contra manifestações do povo. Em quase todos os momentos onde os trabalhadores ou jovens estudantes saíram às ruas para expor suas demandas, foram violentamente reprimidos.
Os movimentos de rua no mundo todo, EUA, França, Egito, Brasil ... são prova de que os modelos de desenvolvimento econômicos ortodoxos, pensados e implementados de forma autoritária, sem ouvir a sociedade, não são aceitos e estão longe de atender as demandas sociais.
A morte desse jovem Rémi Fraisse, o sexto assassinato perpetrado pelo Estado francês, é uma prova cabal de que os interesses do Estado são outros que não o da sociedade. Isabella Maria Nunes continua a explicação e demonstra através dos estudos de Foucault que a violência, no caso aqui do Estado, é pensada, planejada.
“A subjetivação é o processo pelo qual construímos a realidade. Para Foucault, esse processo é a base para a sustentação do bio poder e para a construção da noção de sujeito e de identidade. É a partir desse conjunto de conceitos, valores e de modos de pensar que são definidos os papéis sociais. As instituições dominantes de nossa sociedade controlam esses mecanismos de subjetivação e exercem seu poder, sem enfrentar oposições do povo dominado, à medida em que mantém esses processos de subjetivação coerentes com o seu controle. Para Foucault, os processos de subjetivação, assim como os mecanismos de controle, e até o desenvolvimento do bio poder são determinados historicamente.”
E continua.
“Sobre os processos de dominação, Foucault trata do poder disciplinar. Esse poder cria espaços para vigiar o comportamento, individualizar as pessoas nos grupos e para controlar e punir dissidentes. O poder disciplinar visa a manipulação dos processos para se atingir o resultado eficaz através da docilização dos corpos e da educação de nossa subjetividade.”
Punir quem cobra do Estado Políticas Públicas que atendam a todos e todas parece ser mais fácil de que solucionar os problemas mais imediatos da população.
O Congresso Nacional está e vem em 2015, recheado de Deputados e Senadores conservadores que irão continuar no apoio às punições.
Resta aos trabalhadores, trabalhadoras e à sociedade aqui no Brasil, na França ou Estados Unidos, continuar as manifestações organizadas, resta às autoridades, se voltarem ao povo e ouvir suas demandas.
Talvez uma das alternativas seria, desmilitarizar a Polícia Militar no Brasil. Torná-la uma polícia cidadão, civil, treinada para proteger o cidadão e não exterminá-lo.
Bibliografia:
CARVALHO, José Murilo de. Cidadania no Brasil, O longo caminho, 15ª.  ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.
FERREIRINHA, Isabella Maria Nunes & RAITZ, Tânia Regina. As relações de poder em Michel Foucault: reflexões teóricas. Rev. Adm. Pública on line, 2010, vol. 44, n° 2


Na noite de 25 para 26 de outubro, uma granada da polícia matou Rémi Fraisse, um manifestante de 21 anos. O governo francês, no entanto, demorou dois dias a reagir, pois estava infinitamente mais propenso a saudar a memória de um dono de companhia petrolífera morto num acidente de avião
por Serge Halimi

Na noite de 25 para 26 de outubro, uma granada da polícia matou Rémi Fraisse, um manifestante de 21 anos. O governo francês, no entanto, demorou dois dias a reagir, pois estava infinitamente mais propenso a saudar a memória de um dono de companhia petrolífera morto num acidente de avião. De seu lado, o presidente socialista do conselho geral do departamento de Tarn julgou totalmente “estúpido e tolo” morrer por ideias. Na verdade, sua ideia – terminar a construção de uma barragem reclamada pelos notáveis de seu departamento – nunca o expôs ao mesmo tipo de perigo. Ela até acaba de favorecer sua reeleição ao Senado. Agora, é provável que a granada atirada pelos policiais tenha igualmente matado esse projeto de barragem. Uma pessoa tem de morrer numa manifestação para fazer triunfar suas ideias?
Em janeiro de 2012, a ministra das Relações Exteriores francesa, Michèle Alliot-Marie, tinha sugerido ao ditador tunisiano Zine al-Abidine ben Ali que salvasse seu regime agonizante inspirando-se no “know-how, reconhecido no mundo inteiro, de nossas forças de segurança”. Um know-how com eclipses: sem contar as dezenas de argelinos assassinados em Paris em 17 de outubro de 1961 e as nove pessoas mortas no metrô Charonne em fevereiro do ano seguinte, cinco manifestantes franceses já perderam a vida por ocasião de enfrentamentos com a polícia.1
Rémi Fraisse é, portanto, o sexto. Pouco após sua morte, o comandante do agrupamento de policiais que operava na região testemunhou que o governador de Tarn tinha pedido às forças da ordem que “demonstrassem extrema firmeza em relação aos opositores” da barragem. Quarenta e duas granadas foram atiradas naquela noite.
O primeiro-ministro Manuel Valls parece apoiado nas declarações marciais que associam alguns muçulmanos a um “inimigo interno”. E seu governo joga sobre “vândalos” a responsabilidade pelo “drama” de Tarn. Prolongando seu raciocínio num sábio amálgama, um sindicato de policiais finge se alarmar com o fato de que uma “parcela dos militantes verdes ou vermelhos passe à ação armada, como na época dos movimentos revolucionários dos anos 1970”.2
Foi nesse clima que a Assembleia Nacional acabou de votar, por quase unanimidade, uma nova lei antiterrorista. A 15a do tipo desde 1986. Oficialmente motivada pela vontade de proibir os franceses de se juntarem às fileiras da Organização do Estado Islâmico, ela comporta disposições vagas – proibição administrativa de deixar o território, “delito de empreitada terrorista individual” – que amanhã poderão se aplicar a qualquer outro combate.
Em 2001, o Parlamento francês já havia adotado uma panóplia repressiva do mesmo calão. Um pouco envergonhado, um senador socialista assim se justificou: “Há medidas desagradáveis a serem tomadas com urgência, mas espero que possamos retornar à legalidade republicana antes do final de 2003”.3 Onze anos depois, um poder desacreditado e sem futuro não pode mais dispensar um “inimigo interno”.  

Serge Halimi é o diretor de redação de Le Monde Diplomatique (França).

Ilustração: Alves

1  Dois nas fábricas da Peugeot de Sochaux, em 11 de junho de 1968; um em Creys-Malville, em 31 de julho de 1977; um em 6 de dezembro de 1986, em Paris, ao cabo de uma manifestação estudantil; um em novembro de 1987, em Amiens, em consequência de um espancamento.
2  Patrice Ribeiro, secretário-geral do sindicato de policiais Synergie-Officiers, citado pelo Le Figaro de 15 de novembro de 2014.
3          Michel Dreyfus-Schmidt, citado pelo Le Monde, 29 out. 2001.
01 de Dezembro de 2014

domingo, 7 de dezembro de 2014

No Ceará, rádio prepara detentos para o Enem

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no site da Revista Fórum
A Rádio Livre, transmitida em unidades prisionais do estado, dá dicas sobre o conteúdo, a redação e sobre a aplicação da prova
Por Yara Aquino, da Agência Brasil | Foto: Carlos Alberto – Secom/MG
Com uma programação socioeducativa, a Rádio Livre chega a 6 mil detentos de unidades do Ceará e está preparando os presos para a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Todo ano o exame é aplicado em presídios e unidades socioeducativas. Com o quadro Dicas para o Enem, a rádio leva aos inscritos dicas sobre o conteúdo, a redação e sobre a aplicação da prova.
Este ano, o exame será aplicado aos presos e internos de unidades socioeducativas nos dias 9 e 10 de dezembro.
O quadro Dicas para o Enem surgiu no ano passado, motivado pelo aumento no número de inscritos. A programação chega aos presos por meio de caixas de som instaladas nos corredores e ambientes de vivência dos estabelecimentos prisionais. O quadro do Enem vai ao ar diariamente, com seis chamadas.
O jornalista responsável pela programação da Rádio Livre, Felipe Sampaio, conta que o Dicas para o Enem tem um professor fixo e os que dão aulas nos presídios também gravam participações. “Alguns professores que colaboram com dicas de suas disciplinas e de outras e falam sobre como manter a calma e a concentração na hora da prova, orientam sobre a preparação, o que é mais importante estudar e dão dicas de redação”.
A Rádio Livre foi criada em 2013 pela Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado do Ceará. A programação aborda temas como saúde, direito, cultura e política, veicula informações de utilidade pública, música e recados dos familiares dos presos. A rádio está no ar de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h.
No primeiro dia de prova do Enem para os detentos, os participantes terão quatro horas e meia para responder às questões de ciências humanas e suas tecnologias e de ciências da natureza e suas tecnologias. No segundo dia, será uma hora a mais de exame com as provas de linguagens, os códigos e suas tecnologias, redação e matemática. A aplicação começa às 13h.
No ano passado, o Enem para privados de liberdade teve 30 mil inscritos, número 28% superior ao registrado em 2012. A nota do exame pode ser usada para o acesso a cursos de educação superior e para obter a certificação do ensino médio.

África do Sul: só metade dos brancos classifica apartheid como crime contra humanidade

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no Revista Fórum
Relatório aponta que desigualdade e injustiça permanecem no país; maioria acredita não ser possível ter um país “unido”
Por Patrícia Dichtchekenian, do Opera Mundi | Foto: John Isaac/ONU
(Reprodução/ IJR)
(Reprodução/ IJR)
Um ano depois da morte de Nelson Mandela – símbolo de luta contra o apartheid na África do Sul – um relatório de um centro de estudos do país revela que as atrocidades cometidas pelo sistema segregacionista estão caindo cada vez mais em esquecimento pela população local.
Em 2003, por exemplo, 89% dos sul-africanos negros e 70% dos brancos concordaram que o apatheid era um crime contra a humanidade. Dez anos depois, tal perspectiva caiu para 80% da população negra no país e despencou para 52% entre os brancos.
['Quantos sul-africanos concordam que o apartheid foi um crime contra humanidade?']
“A população parece esquecer quão opressivo e criminoso foi o apartheid”, sublinha o relatório, ressaltando que os sul-africanos brancos tem maior resistência em reconhecer as injustiças raciais que permeiam a história do país.
A análise dos últimos anos também revelou que os sul-africanos parecem se distanciar cada vez mais de uma identidade nacional inclusiva. Questionada se seria desejável criar uma África do Sul unida com todos os grupos que vivem no país, a maioria da população rebateu, perguntando se tal realidade poderia ser atingida.
Em 2013, o desejo por uma interação interracial foi expresso apenas por 20% dos sul-africanos negros e 11% entre os brancos. Dez anos antes, essa vontade representava 31% dos negros e 16% dos brancos.
“Essas descobertas trazem implicações profundas para a reconciliação racial na África do Sul e apontam um sério obstáculo para a política de integração nos próximos anos”, alerta o instituto.
Mesmo após um ano da morte do patrono da reconciliação, “as contínuas formas de desigualdade e injustiça permanecem na África do Sul, resultando em um sentimento de desilusão com a ideia de unidade”, conclui o responsável pelo relatório, Kim Wale, em entrevista ao veículo local Daily Maverick.

O GDF não pagou nossos salários. EXIGIMOS RESPEITO!

O Governo do Distrito Federal não cumpriu o prazo de depósito do pagamento dos salários dos mais de 43 mil professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino. O salário deveria ter...

no site Sinpro-DF

O GDF não pagou nossos salários. EXIGIMOS RESPEITO! 
SINPRO convoca TODOS e TODAS ato público com PARALISAÇÃO: segunda-feira, 08/12 as 10h, praça do Buriti.
Nesta segunda não tem aula, todos e todas NA RUA, NA PRAÇA!!!

Por Eduardo em 05/dez/2014

Professores suspendem aulas nesta segunda-feira por falta de salário

 

O Governo do Distrito Federal não cumpriu o prazo de depósito do pagamento dos salários dos mais de 43 mil professores e orientadores educacionais da rede pública de ensino. O salário deveria ter sido creditado até a meia noite do quinto dia útil do mês de dezembro (05/12), mas o crédito não foi efetuado.
Tendo em vista este desrespeito, a Diretoria Colegiada do Sinpro convoca toda a categoria para Ato Público com PARALISAÇÃO nesta segunda-feira (08), às 10h, na Praça do Buriti.

KARL MARX

KARL MARX, NOTA BIOGRÁFICA

Karl Heinrich Marx (Tréveris, 5 de maio de 1818 — Londres, 14 de março de 1883) foi o intelectual mais relevante do século XIX e provavelmente o filósofo mais influente de todos os tempos. Ao longo da sua vida, Karl Marx distinguiu-se também como historiador, economista, jornalista e revolucionário e o seu pensamento marca atualmente todos os campos humanos do saber, do direito à sociologia, passando pela física e pela biologia.

Criado no seio de uma família de judeus progressistas, o seu pai, advogado, já era perseguido pelo regime absolutista de Frederico Guilherme III. O jovem Marx, após concluir o Liceu em 1835, estuda em Bona e em Berlim, onde se virá a doutorar em filosofia em 1836. Excluído do mundo acadêmico por razões políticas, Marx dedica-se ao jornalismo e escreve para várias publicações alemães até se mudar para Colônia em 1842 e tornar da Gazeta Renana, o Reinich Zeitung. Não demorou muito tempo até que a censura, que há muito tempo o perseguia, decidisse fechar o jornal. 

Em Julho de 1843 e sete anos de noivado depois, casa-se com Jenny Westphalen. Nesse mesmo ano, expulso da Renânia, muda-se com a mulher para Paris, onde, viverá apenas dois, sendo novamente expulso. Desta feita, a família Marx move-se para Bruxelas.

Durante os dois anos em que vive na Bélgica, Marx escreve alguns dos seus escritos mais importantes, entre os quais "O Manifesto do Partido Comunista". A sua atividade política, leva a que as autoridades belgas o rotulem de instigador das revoltas populares da época e, uma vez mais, os Marx são expulsos. Regressa  Colônia, onde desenvolve uma atividade política intensa no seio da Liga dos Comunistas. Após várias detenções e julgamentos, Marx é novamente expulso e regressa a Paris, mas fica pouco tempo: a cidade está à beira da contra-revolução e está tomada por uma epidemia de cólera. A sua mulher Jenny está grávida do quarto de sete filhos que viriam a ter. Destes, só três chegaram à idade adulta.

Em Maio de 1849 Karl Marx e a família deitam finalmente âncora em Londres, onde Marx virá a escrever parte fundamental da sua magnum opus,"O Capital". Em 1864 funda a Primeira Internacional. Marx morre apátrida a 14 de Março de 1883, dois anos depois da mulher Jenny.

Obras selecionadas
  • Manifesto Comunista
  • Manuscritos econômico-filosóficos
  • A sagrada família
  • Crítica da filosofia do direito de Hegel
  • Sobre o suicídio
  • A ideologia alemã
  • Sobre a questão judaica
  • Lutas de Classes na Alemanha
  • O 18 de brumário de Luís Bonaparte
  • A guerra civil na França
  • Grundrisse
  • Crítica do Programa de Gotha
  • O Capital

CARTA DE AMOR DE KARL MARX PARA A SUA MULHER JENNY

Fonte: http://www.marxnabaixa.pt/2014/02/carta-de-amor-de-karl-marx-para-sua.html

Manchester, 21 de Junho de 1865

Minha querida,

Escrevo-te outra vez porque me sinto sozinho e porque me perturba ter um diálogo contigo na minha cabeça, sem que tu possas saber nada, ou ouvir, ou responder...

A ausência temporária faz bem, porque a presença constante torna as coisas demasiado parecidas para que possam ser distinguidas. A proximidade diminui até as torres, enquanto as ninharias e os lugares comuns, ao perto, se tornam grandes. Os pequenos hábitos, que podem irritar fisicamente e assumir uma forma emocional, desaparecem quando o objecto imediato é removido do campo de visão. As grandes paixões, que pela proximidade assumem a forma da rotina mesquinha, voltam à sua natural dimensão através da magia da distância. É assim com o meu amor. Basta que te roubem de mim num mero sonho para que eu saiba imediatamente que o tempo apenas serviu, como o sol e a chuva servem para as plantas, para crescer.

No momento em que tu desapareces, o meu amor mostra-se como aquilo que na verdade é: um gigante onde se concentra toda a energia do meu espírito e o carácter do meu coração. Faz-me sentir de novo um homem, porque sinto um grande amor. (...) Não o amor do homem Feuerhach, não o amor do metabolismo, não o amor pelo proletariado - mas o amor pelos que nos são queridos e especialmente por ti, faz um homem sentir-se de novo um homem.

Há muitas mulheres no mundo e algumas delas são belas. Mas onde é que eu podia encontrar um rosto em que cada traço, mesmo cada ruga, é uma lembrança das melhores e mais doces memórias da minha vida? Até as dores infinitas, as perdas irreparáveis... eu leio-as na tua doce fisionomia e a dor desaparece num beijo quando beijo a tua cara doce.

Adeus, minha querida, beijo-te mil vezes da cabeça aos pés, 

Sempre teu,

Karl

(tradução do inglês de António Santos)

Um roteiro para entender a "operação impeachment" A oposição a Dilma Rousseff tem uma clara estratégia para tirar a presidenta do poder

disponível em https://www.google.com.br/search?q=charge+Gilma+Mendes&newwindow=1&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=_mWEVODHFMS0ggTi-YKgDw&ved=0CB4QsAQ&biw=1280&bih=667


por Luis Nassif,  GGN - no site da Carta Capital



Confira primeiro os posts anteriores.
Em 6 de novembro de 2011, em “O Xadrez do Jogo do Impeachment” descrevo como se dão os golpes em regime democrático e a estratégia em curso pela oposição:
1. Exacerbação da opinião pública.
2. Manipulação da Lava Jato.
3. Intimidação do Supremo Tribunal Federal e do Procurador Geral da República. Essa última etapa começará proximamente.
Em 18 de novembro, no post “Armado por Toffoli e Gilmar já está em curso o golpe sem impeachment” mostro como o desfecho dessa tática seria a tentativa de criminalização do Caixa 1 do PT.
Em 22 de novembro, no post “Juiz Moro monta a segunda garra da pinça do impeachment” descrevo o papel do vazamento seletivo de informações da Operação Lasa Jato, visando instrumentalizar Gilmar Mendes no julgamento das contas do PT e da campanha de Dilma.
No dia 25 de novembro, em “A Operação Apocalipse encontra a operação Toffoli-Gilmar” mostro a concretização da operação e a pessoa-chave para tentar criminalizar Dilma e Lula: o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.
Os quatro posts são um bom roteiro para situá-los para o acompanhamento dos próximos passos do jogo.
O momento atual.
1. Ampliar a exacerbação popular. No Congresso, Aécio Neves tomou a si a responsabilidade.
2. Forçar Duque a abrir o jogo. No Blog do Gerson Camarotti, delegados da Polícia Federal admitiram que a intenção da manutenção da prisão de Duque era pressioná-lo psicologicamente para abrir o jogo. Ou seja, entregar Lula e Dilma.
3. Reforçar a tese da criminalização do Caixa 1. Os jornais estão sendo pródigos em descrever parte do relato de um dos presos, afirmando que o dinheiro do suborno entrou no Caixa 1 da campanha de 2010. Pouco importa se afirmou não possuir provas e se seu companheiro afirmasse peremptoriamente que não houve mistura de caixas: o julgamento do TSE é político. Agora, tentarão encontrar indícios em 2014.

Armado por Toffoli e Gilmar, já está em curso o golpe sem impeachment

Gilar e Toffoli planejam golpe do impeachment

por José Gilbert Arruda Martins (Professor e Blogueiro)

Postei agora há pouco, comentando uma matéria da Carta Capital sobre o ministro Gilmar Mendes, -que versa sobre a judicialização da política brasileira -, a importância de abrirmos a "Caixa Preta" do Judiciário brasileiro.

A matéria logo abaixo do Luis Nassif, sobre o golpe pensado pela direita brasileira, com apoio de parte dos juízes de direita no Brasil, só fortalece minha tese da urgência em abrir a tal "caixa".

Juízes que se vendem, que fazem do Supremo Tribunal Federal, bancada para expor à opinião pública brasileira seus juízos de valor sobre partido A ou B, políticos A ou B, é fascismo puro, além de autoritário e não ajudar em absolutamente nada o país.

Os Movimentos Sociais de todo o país precisam se preparar para garantir na rua a posse e o governo de Dilma Roussef. Vamos, para iniciar, colocar 200 mil pessoas na posse dia 1° de janeiro 2015.

Os Movimentos Sociais e os Trabalhadores e Trabalhadoras de todo o país, precisam entender o que está sendo articulado pela direita no Brasil e ir para as ruas, de forma clara e objetiva, não da forma de fomos em junho do ano passado - sem bandeira definida, sem organização e direção - por que assim, desorganizados e sem uma pauta definida podemos ser usados pelos conservadores como fomos no junho de 2013.

A clareza do Projeto que queremos para o país vai nos ajudar a defender o governo de Dilma Roussef.

Trabalhador e Trabalhadora, você encontra aqui no nosso blog - blog do professor Gilbert -, farto material de mídias alternativas sobre o que está acontecendo no país. A "grande" mídia não informa trabalhador e o povo. Desinformação, acomodação aos nossos interesses é que pregam de forma subliminar, a gente não percebe bem e, quando nos vimos, estamos defendendo interesses das elites achando que defendemos os nossos. Leia mais, leia material de mídias alternativas, temos centenas de blogs, revistas virtuais, jornais que são engajados na luta para melhorar o país para todos. Entenda isso, não vamos entrar na dos caras, o que é bom para eles, pode ter certeza, não é bom para o Povo.

Armado por Toffoli e Gilmar, já está em curso o golpe sem impeachment

por Luis Nassif - no Carta Capital

O processo de impeachment exige aprovação de 2/3 do COngresso. Já a rejeição das contas impede a diplomação. A decisão fica com o Judiciário. Este é o golpe paraguaio.
Já entrou em operação o golpe sem impeachment, articulado pelo Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Antonio Dias Toffoli em conluio com seu colega Gilmar Mendes. O desfecho será daqui a algumas semanas.
As etapas do golpe são as seguintes:
1. Na quinta-feira passada, dia 13, encerrou o mandato do Ministro Henrique Neves no TSE. Os ministros podem ser reconduzidos uma vez ao cargo. Presidente do TSE, Toffoli encaminhou uma lista tríplice à presidente Dilma Rousseff. Toffoli esperava que Neves fosse reconduzido ao cargo (http://tinyurl.com/pxpzg5y).
2. Dilma estava fora do país e a recondução não foi automática. Descontente com a não nomeação, 14 horas depois do vencimento do mandato de Neves, Toffoli redistribuiu seus processos. Dentre milhares de processos, os dois principais - referentes às contas de campanha de Dilma - foram distribuídos para Gilmar Mendes. Foi o primeiro cheiro de golpe. Entre 7 juízes do TSE, a probabilidade dos dois principais processos de Neves caírem com Gilmar é de 2 para 100. Há todos os sinais de um arranjo montado por Toffoli.
3. O Ministério Público Eleitoral, através do Procurador Eugênio Aragão, pronunciou-se contrário à redistribuição. Aragão invocou o artigo 16, parágrafo 8o do Regimento Interno do TSE, que determina que, em caso de vacância do Ministro efetivo, o encaminhamento dos processos será para o Ministro substituto da mesma classe. O prazo final para a prestação de contas será em 25 de novembro, havendo tempo para a indicação do substituto - que poderá ser o próprio Neves. Logo, “carece a decisão ora impugnada do requisito de urgência”.
4. Gilmar alegou que já se passavam trinta dias do final do mandato de Neves. Na verdade, Toffoli redistribuiu os processos apenas 14 horas depois de vencer o mandato.
5. A reação de Gilmar foi determinar que sua assessoria examine as contas do TSE e informe as diligências já requeridas nas ações de prestação de contas. Tudo isso para dificultar o pedido de redistribuição feito por Aragão.
Com o poder de investigar as contas, Gilmar poderá se aferrar a qualquer detalhe para impugná-las. Impugnando-as, não haverá diplomação de Dilma no dia 18 de dezembro.
O golpe final - já planejado - consistirá em trabalhar um curioso conceito de Caixa 1. Gilmar alegará que algum financiamento oficial de campanha, isto é Caixa 1, tem alguma relação com os recursos denunciados pela Operação Lava Jato. Aproveitará o enorme alarido em torno da Operação para consumar o golpe.
Toffoli foi indicado para o cargo pelo ex-presidente Lula. Até o episódio atual, arriscava-se a passar para a história como um dos mais despreparados Ministros do STF.
Com a operação em curso, arrisca a entrar para a história de maneira mais depreciativa ainda. A história o colocará em uma galeria ao lado de notórios similares, como o Cabo Anselmo e Joaquim Silvério dos Reis.
Ontem, em jantar em homenagem ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski, o ex-governador paulista Cláudio Lembo se dizia espantado com um discurso de Toffoli, durante o dia, no qual fizera elogios ao golpe de 64.
Se houver alguma ilegalidade na prestação de contas, que se cumpra a lei. A questão é que a operação armada por Toffoli e Gilmar está eivada de ilicitudes: é golpe.
Se não houver uma reação firme das cabeças legalistas do país, o golpe se consumará nas próximas semanas.

Gilmar, tucano de toga Qual seria o pesadelo do juiz que aprovou as candidaturas de José Roberto Arruda e Paulo Maluf: Chávez ou Bolívar?

Gilmar Mendes
                                             O ministro do STF, Gilmar Mendes

por José Gilbert Arruda Martins (Professor e Blogueiro)

Já abrimos muitas "caixas".

Quando vamos abrir a "Caixa Preta" do Judiciário?

A judicialização da Política no Brasil pode nos levar à arbitrariedade e ao fascismo. Depois da eleição vimos atitudes de autoridades em quase todos os setores que demonstram onde poderemos chegar se dependermos dessas pessoas. Discursos recheados de autoritarismo e de princípios fascistas.

Os princípios republicanos deixaram em casa ou defendem quando estão em frente à câmara da TV, principalmente da globo.

Confiar a direção das instituições brasileiras a esse tipo de "pensador" e tomador de decisão é jogar no esgoto tudo que a sociedade e a classe trabalhadora lutou e conquistou durante e pós ditadura militar. É abrir mão da construção democrática que o país tanto necessita.

Os juízos de valor feito pelo Gilmar Mendes e outros juízes do Supremo Tribunal Federal é partidarismo e jogar com a opinião pública.

Está passando da hora do Brasil abrir efetivamente a "Caixa Preta" do judiciário, talvez dentro dela vamos encontrar soluções para muitos problemas do país, principalmente na área do financiamento de campanha.

Abrir a "Caixa Preta" do judiciário e tomar as medidas corretas e institucionais em cima do que aparecer é modernizar a justiça e fortalecer nossas mais importantes instituições, além, é claro, tornar nossa construção democrática mais ligada aos interesses da sociedade como um todo.


Gilmar, tucano de toga

Qual seria o pesadelo do juiz que aprovou as candidaturas de José Roberto Arruda e Paulo Maluf: Chávez ou Bolívar?
por Mauricio Dias  -   no Carta Capital

Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), pode gabar-se de ser sincero. Se assim for, não poderá deixar de admitir que, inelutavelmente, é parcial. No caso dele, a transparência de suas observações mostra que ele é uma toga a serviço de objetivos políticos, preferencialmente sintonizados com a oposição. Prioritariamente, o PSDB. Faz sentido o amor partidário que bate no peito de Gilmar. Projetou-se para a vida pública no governo Fernando Henrique Cardoso, no qual foi também integrante da AGU. Por indicação de FHC, em junho de 2002, fez a travessia para o STF.
Homem frio. Muito recentemente, não se constrangeu em mandar reiterados pedidos ao Palácio do Planalto para reconduzir o advogado Henrique Neves, para mais um biênio no cargo de ministro titular do Tribunal Superior Eleitoral, do qual, atualmente, ele, Gilmar é vice-presidente. O mandato de Neves expirou dia 13 de novembro.
Nesse sentido, dois telefonemas  de Gilmar tilintaram nos gabinetes do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e de Luís Adams, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU).  Consta que, em meio a argumentos variados, teria usado certo tom de exigência.
Na continuidade dessa história, expressão da politização da Justiça, surgiu uma surpreendente aliança entre o presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, e Gilmar, o vice.
O Natal é o mesmo, mas, tudo indica, o cristão mudou. Logo após sentar-se na cadeira do STF, identificaram no jovem Toffoli, ex-funcionário da Casa Civil, um representante do chamado “bolivarianismo”. Era ele, então, um ex-subordinado do ministro José Dirceu, homem forte do governo Lula por um tempo.
Por ironia da história, foi Gilmar o autor do batismo dado às indicações dos governos petistas enviadas para o STF. Não se sabe se a referência alude a Bolívar ou a Chávez. Ou o pesadelo de Gilmar será com os dois?
Por decisão do suposto “bolivariano” Toffoli, Gilmar Mendes tornou-se relator das contas de campanha de 2014 da presidenta Dilma Rousseff, em razão do fim do mandato de Henrique Neves no TSE em meados de novembro.
Dilma tem a prerrogativa constitucional de escolher livremente qualquer dos três nomes indicados em lista tríplice que está em suas mãos.
Para o governo, a pressão de Mendes se explicaria por conta do grau de independência dos outros dois nomes da lista: Admar Gonzaga e Tarcisio Vieira. Ambos duelaram com Gilmar em casos relevantes na Corte eleitoral.
Exemplos: derrotaram Gilmar Mendes, naquele momento, porta-voz da aprovação das candidaturas de José Roberto Arruda e Paulo Maluf, identificados como fichas-sujas. Contra os argumentos de Gilmar, bloquearam também vários direitos de resposta contra Dilma, encaminhados pelo PSDB no decorrer da campanha eleitoral.
Gilmar Mendes não precisou tirar a toga. Ele foi além dos limites. Transitou de uma posição política para um engajamento partidário. Nessa direção já disse que o direito de resposta concedido por Gonzaga contra a revista Veja, na véspera da eleição, fez “muito mal ao Brasil”. Houve quem pensasse o contrário. Ele foi derrotado pela maioria. Simples regra democrática.