sexta-feira, 10 de outubro de 2014

A fome é uma vergonha a menos para o Brasil Pela primeira vez, o País deixa o mapa da fome das Nações Unidas

Kelly Caetano


Futuro vs. Passado

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

A lógica das elites sempre foi a do enriquecimento sem levar em conta o Povo. A história brasileira passada e, não muito distante, demonstra o que escrevo. E o PSDB é parte desse descaso com o Povo e com o Público. Desmontaram o país, venderam nosso patrimônio com dinheiro do BNDES e os trabalhadores, trabalhadoras e o Povo foram esquecidos.

Nos últimos 12 anos, nos governos Lula da Silva e Dilma Roussef, o Brasil inverteu a lógica. Governantes brasileiros anteriores a esse período, e que agora querem voltar, representados na campanha de Aécio, criarão e aprofundarão o fosso entre ricos e pobres no país.

Fosso histórico, que levou cerca de 50 milhões de pessoas à miséria e que os governos petistas, com Políticas Sociais sérias e de inclusão, retiraram da extrema pobreza, fazendo com essas pessoas entrassem no mercado de consumo.

Nós, bestializados pela miséria, não conseguíamos enxergar direito os processos de distribuição da riqueza produzida por todos. Todas os projetos, toda a administração do Estado brasileiro era voltado aos empresários rentistas e banqueiros daqui e de fora. Não sobravam recursos para investimentos em Políticas Públicas de inclusão Social. Aliás, os governantes e seus "especialistas", entre eles, Armínio Fraga, nem sabiam que existiam tais políticas, por que, como na Casa Grande, não enxergavam os mais pobres, os moradores da Senzala.

Grande parte da riqueza produzida por todos era, inclusive, para pagamento de juros absurdos da Dívida Externa brasileira que Lula da Silva em seu governo acabou e, transformou nossas relações políticas, econômicas e geopolíticas; nosso país hoje é visto internacionalmente.

Os governos Lula da Silva e Dilma Roussef, inverteram a lógica do sistema. A sociedade como um todo passou para o foco de visão do Estado. Avançamos, fizemos grandes e importantes progressos, a FAO, organização das Nações Unidas, no texto abaixo retirado da Carta Capital, deixa isso bem claro. Não podemos retroceder.

Aécio representa as elites que nunca se importaram com o nosso Povo e suas demandas. A lógica deles foi a lógica da Casa-Grande. Quanto mais pobres melhor. Quanto mais pobres, mais controlados. Em Minas Gerais, o povo de lá sabe do que falo, arrochou salários, demitiu milhares de funcionários e governou para os ricos esquecendo os mais necessitados.

A matéria abaixo é clara. A FAO, órgão das Nações Unidas divulgou os números. Fizemos a maior inclusão social de toda a história.

A fome é uma vergonha a menos para o Brasil

Pela primeira vez, o País deixa o mapa da fome das Nações Unidas

por Rodrigo Martins - Carta Capital - 10/10/2014

A diarista Kelly Cristina Caetano, de 44 anos, vive em um apertado barraco em Cidade Estrutural, comunidade erguida no entorno de um lixão do Distrito Federal. Basta um carro passar pela rua de terra batida para uma espessa nuvem de poeira vermelha recobrir o casebre. As paredes de madeira compensada mostram-se incapazes de aplacar o calor que castiga o Centro Oeste nesta época do ano. Tampouco protegem a família dos ataques de ratazanas. “Meu filho chegou a ficar internado após receber uma mordida. Fiquei desesperada, a mão dele inchou e não parava de sangrar”, conta. Apesar das agruras, Kelly demonstra uma inabalável confiança num futuro melhor. “Agora estamos bem melhor. Ao menos não falta comida em casa”.

Franzina e com a pele precocemente envelhecida, Kelly conhece bem a anatomia da fome. Deu a luz a 12 filhos, e buscou alimentá-los como pôde. “Muitas vezes, não tinha nem arroz ou feijão. Passávamos dias comendo polenta de fubá. Quando faltava o leite das crianças, batia chá com biscoito de maisena no liquidificador”, diz, sem esconder o desconforto. Um de seus filhos morreu bebê, por não resistir a uma infecção hospitalar. O mais novo, Augusto, de seis anos, nasceu com encefalopatia, espécie de paralisia cerebral. Para cuidar do menino, ela teve de recusar ofertas de emprego. A família depende do trabalho do marido, que faz bicos de pedreiro. Renda fixa? Só os repasses de programas socais, como Bolsa Família e DF Sem Miséria. “Sem isso, ainda estaríamos à base de fubá.”
A diarista e sua família integram um contingente de 15,6 milhões de brasileiros que superaram a subalimentação desde o início dos anos 2000. O feito permitiu ao Brasil abandonar o vergonhoso mapa mundial da fome, revela o último relatório sobre segurança alimentar da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), divulgado na terça-feira 16. Hoje, apenas 1,7% da população não sabe se terá garantida a próxima refeição. Ainda que isso represente 3,4 milhões de bocas famintas, o País é apontado como uma referência mundial no combate à fome pela forte redução verificada nas últimas décadas. Em 1990, 25 milhões de cidadãos estavam subalimentados, 15% dos habitantes do País.

Subalimentação no Brasil
“O Brasil sempre foi um país da geografia da fome, como nos alertava Josué de Castro, desde a década de 1940. Mas fez um avanço extraordinário nos últimos anos, talvez o melhor progresso do mundo, e conseguiu superar o problema”, afirma Jorge Chediek, coordenador das Nações Unidas no País. “Para ter segurança alimentar, o mais importante é garantir acesso aos alimentos. Os mais pobres precisam de dinheiro para comprá-los, e os programas de transferência de renda implantados na última década tiveram grande êxito nessa tarefa”, emenda Alan Bojanic, representante da FAO no Brasil.
Nos anos 1990, perto de 3,5 milhões de brasileiros deixaram de passar fome, uma redução de 15,6%. O maior avanço verifica-se, porém, na década seguinte. Desde 2000, o Brasil retirou 15,6 milhões de cidadãos da subalimentação, um recuo de 82,1%. O indicador da FAO considera três dimensões. Primeiro, a disponibilidade de alimentos para consumo humano em cada nação. Depois, o número de calorias necessárias para cada indivíduo estar bem nutrido. O terceiro aspecto tem a ver com o acesso à comida. Nesse ponto o País conseguiu o maior avanço.
“O Brasil nunca teve problema para produzir alimentos. A produção brasileira dá para alimentar meio mundo”, explica Daniel Balaban, diretor do Programa Mundial de Alimentos. “O problema é que os mais pobres não tinham poder de compra”.  Por isso, a FAO destaca os gastos federais nos planos de segurança alimentar, que totalizaram 78 bilhões de reais em 2013. Apenas o Bolsa Família transferiu 25 bilhões de reais para 13,8 milhões de domicílios de baixa renda no ano passado.
De 1990 a 2012, a parcela da população em extrema pobreza passou de 25,5% para 3,5%, registra o relatório. Desde 2011, ao menos 22 milhões de brasileiros foram retirados da miséria. O recente avanço é atribuído a mudanças no desenho do Bolsa Família, que permitiram a elevação dos valores pagos às famílias mais pobres, de forma que todos os beneficiários do programa tenham renda per capita superior a 1,25 dólar por dia, linha usada pelo Banco Mundial para definir quem está em situação de pobreza extrema. Ou seja, apenas os brasileiros que ainda não foram incluídos no Bolsa Família permanecem miseráveis.
“O desafio, agora, é universalizar a cobertura dos programas sociais”, diz Balaban. De forma residual, a fome persiste no país em comunidades de difícil acesso: indígenas, ribeirinhos, quilombolas. Além dos programas de transferência de renda, o êxito brasileiro se deve a melhora de outros indicadores, como a geração de empregos formais e a elevação do salário mínimo. A FAO destaca ainda o sucesso do Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar e do Programa Nacional de Alimentação Escolar, responsável pela oferta de merendas a mais de 43 milhões de crianças e adolescentes. Este último ponto é um dos principais responsáveis pela saída do Brasil do mapa da fome.
“Sempre usamos como base a Pesquisa de Orçamento Familiar do IBGE, que não contemplava o enorme contingente daqueles que se alimentam fora de casa, na escola, no trabalho, nos restaurantes populares”, diz Bojanic. “Neste ano, pudemos incluir esta variável em todos os países monitorados pela FAO.”
Pela nova metodologia, desde 2006 o Brasil tem menos de 5% da população subalimentada, porcentual considerado residual pelas Nações Unidas. “Mesmo países desenvolvidos, como os EUA e o Japão, têm seus bolsões de pobreza, onde a fome persiste. Não estamos dizendo que não há mais famintos no Brasil, apenas registramos que ele superou a fome estrutural”, diz a nutricionista norte-americana Anne Kepple, consultora da FAO.
A ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, reconhece que a mudança na metodologia favoreceu o Brasil. Destaca, porém, que as aferições anteriores desconsideravam um importante instrumento de acesso à comida. “Todos os dias, as escolas públicas oferecem refeições a um contingente de estudantes do tamanho da população argentina.”
Matriculado na Escola Classe 2, em Cidade Estrutural, João Pedro, de 10 anos, filho da diarista Kelly Caetano, recebe quatro refeições durante o período de estudo. “Ele chega em casa sem fome nenhuma, às vezes nem quer jantar”, comenta a mãe. “Além disso, passa o dia todo em segurança na escola”. A preocupação não é à toa. Dos 12 filhos de Kelly, três morreram assassinados.
“Há alguns anos, eu e meu marido estávamos desempregados. Faltava tudo dentro de casa, e várias vezes deixei de comer para não faltar comida aos meus filhos”, comenta Márcia Gomes de Oliveira, que tem duas filhas matriculadas na mesma escola. No período de maior dificuldade, o casal trabalhou por dois meses no lixão do bairro. “Passei muito mal, vomitava várias vezes. Quando fui ao posto de saúde, descobri que estava grávida de minha quarta filha”. Com o auxílio de programas sociais, a família conseguiu progredir. Hoje, Márcia trabalha em uma lanchonete e o marido é açougueiro. “Felizmente, não sabemos mais o que é fome há uns bons anos”.
Um recente estudo liderado por Patrícia Jaime Constante, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, avaliou o impacto do Bolsa Família na redução da desnutrição aguda (déficit de peso) e da desnutrição crônica (déficit de estatura) entre os beneficiários com menos de 5 anos. “As equipes de saúde verificam a evolução do crescimento dessas crianças duas vezes por ano”, diz Constante. “O grupo pesquisado corresponde à parcela mais pobre e vulnerável do País.”

Desnutrição no Brasil
O estudo revelou uma queda expressiva da desnutrição, mas desnuda uma prevalência muito maior de casos nas regiões Norte e Nordeste, onde o déficit de estatura ainda é identificado em 19,2% e 12,6% das crianças monitoradas, respectivamente.  Coautora do estudo, Leonor Maria Pacheco Santos, professora do Departamento de Saúde Coletiva da UnB, destaca a necessidade de reforçar políticas específicas para as regiões mais vulneráveis. “O desafio é ainda maior no Norte, onde a miséria resiste em áreas de difícil acesso. Às vezes, as expedições alcançar essa população na Amazônia demoram dias.”
Santos ressalta, contudo, um grande avanço no Nordeste. “No início dos anos 1980, a região passou por um prolongado período de seca, semelhante ao que observamos nos últimos anos. Só que, agora, não houve crescimento da mortalidade infantil. Só os animais morreram”, compara. “Naquela época, houve um verdadeiro genocídio infantil. As famílias nem se davam ao trabalho de registrar as crianças no cartório. Esperavam elas completarem dois anos de idade, aí sim diziam que o filho ‘vingou’. Os bebês que não resistiam eram sepultados em registro algum. Os familiares tocavam um sininho e diziam que mais um anjinho foi para o céu.”
A ministra do Desenvolvimento Social reconhece a necessidade de criar políticas específicas para alcançar as populações vulneráveis em áreas remotas. “Quando criamos o Bolsa Família, pensamos num programa de abrangência nacional, que não demorasse a trazer resultados no combate à fome e à miséria. Deu certo. Agora, precisamos de ações mais focadas”.
Campello destaca ainda o desafio de melhorar a assistência médica às gestantes e aos recém-nascidos. “Decidimos aumentar o valor dos benefícios pagos às mulheres durante a gestação, para que elas se alimentem melhor. Em contrapartida, elas precisam iniciar o pré-natal mais cedo. Além disso, no Nordeste, decidimos aplicar superdoses de vitamina A junto ao vacinar as crianças, além de oferecer complementação de sulfato ferroso”.
Um novo desafio, avalia a ministra, surgiu: melhorar a qualidade da nutrição do povo. “Não há como ignorar o rápido crescimento da obesidade em todos os segmentos sociais. Precisamos cuidar melhor das merendas escolares, reduzir os teores de sal, gordura e açúcar dos alimentos industrializados, avançar da regulamentação da publicidade de alimentos dirigidos às crianças”.
Atualmente, metade da população adulta está com sobrepeso e 17,5% é obesa. A realidade mudou.

Erundina diz que apoio do PSB a Aécio é "incoerente" e "vexatório"

Marina Silva e Erundina
Carta Capital - 10/10/2014
Reeleita pelo estado de São Paulo com 177,2 mil votos, a deputada federal Luiza Erundina defendia a liberação dos votos dos militantes e eleitores do PSB no segundo turno das eleições. Mas, nesta quarta-feira 8, a Executiva Nacional da legenda decidiu, por maioria de votos, apoiar o candidato do PSDB à Presidência Aécio Neves. Em entrevista a CartaCapital, a parlamentar avalia que a decisão dificulta a situação dos governadores Camilo Capiberibe e Ricardo Coutinho, que disputam o segundo turno das eleições estaduais no Amapá e na Paraíba, respectivamente, com o apoio do PT. Além disso, ela considera a posição do PSB "vexatória" e “incoerente” com o que a legenda pregou ao longo da campanha.
“Desde o início do processo eleitoral, tanto Eduardo Campos quanto Marina Silva defenderam ser preciso superar a velha polarização entre PT e PSDB. É incoerente, depois de tudo que se passou, reforçar um desses polos agora”, diz Erundina. “É ainda mais vexatório declarar voto para uma candidatura notadamente conservadora, que defende posições tão contrárias ao que defendemos, como a redução da maioridade penal.”
Após a decisão pelo apoio ao candidato tucano, por parte de 22 membros da sigla, Erundina e o deputado Glauber Braga, do Rio de Janeiro, decidiram se retirar da reunião. “Saímos no momento em que eles começaram a redigir a carta de apoio a Aécio. Respeitamos a decisão da maioria, mas não queríamos referendar essa posição", comentou. Além de Erundina,votaram pela neutralidade a senadora Lídice da Mata (BA), o senador Antônio Carlos Valadares (SE), Katia Born, o secretário de Juventude Bruno da Mata, o presidente do partido Roberto Amaral e o secretário da Área Sindical, Joílson Cardoso. O senador João Capiberibe (AP) foi o único que votou pelo apoio a Dilma.
A deputada admitiu que o partido está dividido. Acredita, ainda, que a decisão de apoiar Aécio terá efeitos sobre as eleições internas do PSB, marcadas para a segunda-feira 13. O atual presidente da sigla, Roberto Amaral, disputa a recondução ao cargo, mas desgastou-se ao defender a neutralidade do PSB no segundo turno das eleições presidenciais.
“Vamos ver quais serão os desdobramentos dessa decisão da Executiva do PSB. É inegável que há uma crise interna, uma divisão dentro do partido, e isso emerge num momento em que ainda estamos disputando o segundo turno em quatro estados.”

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

1a. Feira do Livro e da Arte Cem Setor Leste 9 e 10 de outubro de 2014

                                                          acervo prof. Gilbert

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Hoje montamos os standes na parte da manhã e, à tarde, iniciamos um dos eventos mais bacanas de se promover, expor livros a estudantes, chamá-los para perto da leitura, permitir-se viajar nas palavras.

Tivemos a felicidade de ter do nosso lado toda a comunidade escolar, direção, professores, funcionários e, a adesão mais importante, os estudantes.
Cada aluno e aluna tinha que levar um livro ou gibi. Nos primeiros dias da entrega a coisa ficou meio morna, mas aos poucos foi fervendo e a adesão foi 100%.

Costumo dizer, quando tiro parte da aula para conversar sobre a importância da leitura, que todo mundo, todo jovem, todo velho, toda criança, deveria receber livros de presente. Todo aniversário pai e mãe, em vez de comprar brinquedos, comprariam livros. Os brinquedos ficariam apenas no dia de natal, pois criança não pode ficar sem eles. Mas não pode prescindir do livro também. O livro liberta. O livro é caminho para uma vida melhor. O livro é instrumento de plenitude na construção da cidadania.

Na minha fala de abertura do evento, pedi à vice-diretora a Sra. Amanda, que estava presente, que a feira faça parte da vida da escola a partir de agora.






Pressão pelo apoio do PSB a Aécio: Noblat ataca Amaral, que revida em nota ao “ex-jornalista”

noblaral


por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Cheguei há pouco da escola, fiz um lanche rápido e fui ao um comício do Partido dos Trabalhadores e aliados em frente ao Conic aqui em Brasília. Fiquei feliz em ver que, apesar da derrota ainda no primeiro turno, nossa militância estava lá. Senhores, senhoras, crianças, jovens, trabalhadores...e, parte de nossos líderes locais e nacionais...governador Agnelo, Chico Vigilante, o vice-governador Tadeu Filipelli, Gilberto Carvalho e vários outros ministros e companheiros.
Nossa derrota aqui em Brasília foi um dos fatos políticos mais importantes dos últimos anos. Agnelo, fez uma das melhores administrações que o DF já teve, passou os dois primeiros anos consertando uma administração totalmente viciada, corrompida, destruída; nos dois últimos anos de seu governo enfrentou e desmantelou a máfia dos transportes, isso permitiu a troca de mais de 95% dos ônibus velhos por veículos novos e modernos; construiu o BRT, uma ligação direta com super ônibus ligando a periferia - Gama, Santa Maria, Samambaia...com o Plano Piloto, antes a viagem era feita em ônibus caindo aos pedaços, numa viagem de mais de uma hora, os trabalhadores passaram a fazer o mesmo percurso, agora com conforto em no máximo 40 minutos; contratou cerca de 8 mil novos funcionários, mais de 3 mil professores e professoras...como explicar uma derrota ainda no primeiro turno?
Infelizmente, além do ódio das elites ao PT, a imprensa bateu no governo local durante todos os 4 anos de governo, no jornal da manhã, ao meio dia e à noite. Isso iludiu parte da sociedade, inclusive professores e professoras, profissionais que deveriam ser vacinados contra esse tipo de artimanha.
O texto logo abaixo, que fala do debate entre o atual presidente do PSB e o ex-jornalista, foi mencionado no nosso comício. O PSB tem toda uma história ligada às esquerdas e aos interesses dos trabalhadores e do Povo brasileiro, milhares de militantes do partido não aceitam apoiar Aécio, muitos, inclusive, sentem muita vergonha de saber que Marina e parte da cúpula do partido se bandeou para o lado da direita mais atrasada e conservadora.
Parte do PDT, do PSB estarão conosco nesta luta no segundo turno.

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Pressão pelo apoio do PSB a Aécio: Noblat ataca Amaral, que revida em nota ao “ex-jornalista”

Autor: Fernando Brito - no Tijolaço - 09/10/2014

O presidente do PSB, Roberto Amaral  - que vem resistindo, junto com Luiza Erundina,  às tentativas de jogar o partido nos braços de Aécio Neves – revidou, ontem à nite, em dura nota no seu blog, as acusações de Ricardo Noblat, na segunda-feira, de que estaria a serviço do governo federal ao se opor a um acordo com o PSDB.
Veja o texto de Amaral, intitulado “A imprensa marrom volta à carga“:
Em texto expelido no dia 07/10/2014, o ex-jornalista R. Noblat atribui minhas posições de esquerda ao fato de haver pertencido, no governo Dilma, ao Conselho de Administração da Itaipu Binacional, onde “ganhava algo como pouco mais de R$ 20 mil mensais”. Pena de aluguel barata na imprensa marrom, julga ele que isso é quantia de monta.
Jornalista fosse, ou pelo menos honesto, teria informado aos seus leitores que desse cargo pedi demissão para acompanhar, sem outra renda, a candidatura de Eduardo Campos. Não entende, não pode entender quem não sabe o que é ter opinião própria, o que seja compromisso ideológico.
A lamentar, apenas que um jornal como O Globo sirva de pasto a tamanha infâmia.

O monstro acordou…Cuidado, ele se alimenta de ódio.

vitor

Autor: Fernando Brito - no Tijolaço - 09/10/2014

A direita brasileira começou a perder as eleições no mesmo dia em que deu o surpreendente resultado positivo de Aécio Neves.
Os grupos mais elitistas e imbecis, atiraram-se às redes sociais, comoaecioblocs furiosos  a xingar nordestinos, reconheça-se nem todos a partir da referência de Fernando Henrique Cardoso aos eleitores “menos informados” dos “grotões” que seriam os responsáveis pela vitória de Dilma.
Chegou-se ao absurdo de uma auditora fiscal do Trabalho, aprovada num concurso realizado neste governo, com um belo salário, sugerir jogar uma bomba atômica no Nordeste.
Agora, mais essa de um site “médico” no Facebook e no Twitter, mostra o IG, chega a sugerir a “castração química” a este “povo incauto”. Não são todos os médicos – nem mesmo a maioria –  e nem ali são todos médicos, mas vê-se, clicando nas páginas, que muito são…
A corrupção, praga histórica que atravessa governos há séculos e é fruto  uma estrutura política que a direita se recusa a reformar, é o único problema nacional, ao que parece, como parece que os desvios de dinheiro público não ocorreram na ditadura, na “nova república” e, sobretudo, na década da privatização fernandista.
Este  desvio, até mixuruca perto do  fato de quase metade do orçamento público seja desviado para pagar ao rentismo que domina nossa economia.
Por toda a parte, ódio, ódio e ódio, como disse ontem aqui este blog.
Tolice responder na mesma moeda, porque a histeria com que grupos – ainda que por boas causas e reivindicações –  o fizeram, nos últimos tempos, acabou por dar os bolsonaros e felicianos o prêmio em voto das minorias raivosas.
Junho de 2013, isso é uma longa reflexão, despertou um monstro.
Trocamos um exagerado orgulho nacional por um desprezo por tudo o que é nosso e que, agora, esta gente expressa de maneira inacreditável.
O que nos compete é, apenas, mostrar esta direita com a face de ódio que seus líderes escondem por detrás do bom-mocismo e das juras de que nada será mudado nos programas sociais.
O povo brasileiro, maciçamente, repele esta selvageria.
Por isso, meus amigos, serenidade, argumentos, paciência e convencimento.
Serenidade é a melhor arma contra o destempero.
Nosso discurso é o da paz, da inclusão e dos enfrentamentos decidido pelo extermínio da pobreza.
Não o extermínio dos pobres, como esta gente perversa defende.

O que perguntar na padaria, no botequim, na feira…

rouparei

Autor: Fernando Brito - No Tijolaço - 09/10/2014

Existe uma guerra no Brasil.
Jornais, rádios, televisões, o poder financeiro, a grande maioria dos políticos, a elite burra (com o beneplácito de parte da auto proclamada “inteligência, mas que se tornou mentalmente preguiçosa e intelectualmente covarde, ao ponto de ver os pit-bulls da direita avançando e silenciar) , todos se uniram numa máquina medonha que procura convencer-nos que um cidadão que não tem rigorosamente nada de popular e austero em sua biografia é o personagem que há de restaurar a moralidade e desenvolver um programa de obras, investimentos e transformações que ele mesmo nunca fez.
Pois, tirante o aeroporto do tio, o que realizou Aécio Neves senão a construção de um imenso Palácio de Governo, ao custo, em dinheiro de hoje, de mais de R$ 2 bilhões?
E que, pior ainda, representa todas as forças políticas responsáveis por uma das piores eras da vida brasileira que está ali, pertinho, apenas a um dúzia de anos para trás.
O povo brasileiro, instintivamente, sabe que há algo errado nisso, mas como  faziam às roupas do rei da fábula, há os que aplaudem, porque todos os “grandes” e todos os “sabidos” aplaudem.
Cada um de nós, porém, pode muito ou pode nada contra isso.
Pode nada se ficarmos, apenas e somente, falando entre nós.
Mas pode muito, se perguntar na rua, a toda e qualquer pessoa simples, se ela acha hoje emprego mais facilmente agora ou há dez anos.
Ou se é mais fácil comprar um apartamento modesto, para viver.
Ou se podia comprar um carro, mesmo caidinho, daqueles que os gaiatos bota um adesivo de “é velho mas está pago”.
Ou se ele ou algum parente viajou de avião.
Ou se um filho ou alguém da família pôde entrar na Universidade.
E a TV, o DVD, o celular bacana, a geladeira melhor, não vieram antes porque ele é que era incompetente?
A verdade, meus queridos amigos,  é a realidade tem uma força imensa quando não nos esquecemos dela.
O povo brasileiro precisa ser chamado a olhar a si mesmo um pouco mais e olhar um pouco menos para o que lhe mostram.
No “Brasil da crise” há trabalho e há possibilidades de progresso. No Brasil dos sonhos que nos apresentam há o pesadelo que vivemos.
A eficácia da comunicação não está em sua sofisticação, mas em sua capacidade simples de apontar o benefício daquilo que você quer transmitir.
O resto é só propaganda.

A Justiça em campanha

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Autor: Fernando Brito no Tijolaço - 09/10/2014
Inacreditável o papel a que a Justiça Brasileira está se prestando.
Um vídeo (sem imagens, apenas o teto de uma sala) onde o o ex-diretor ladrão da Petrobras – que aliás, admite ter sido enfiado na companhia a contragosto de Lula, por pressão de outros partidos –  diz, sem apresentar um mísero dado concreto, o que dirá uma prova, que “o comentário que pautava dentro da companhia” é que a diretoria das áreas de Gás e Energia, Serviços e Exploração e Produção, “os três por cento ficavam diretamente para o PT”
Vejam bem, os jornais afirmam que havia este desvio com base na declaração de Paulo Roberto Costa de que “o comentário que pautava dentro da companhia”.
Será que existe um lugar no mundo, repartição ou empresa, onde não haja “comentários”?
Conheço dois dos diretores mencionados e quem os conhece não pode deixar de achar um absurdo. Na diretoria de Gás e Energia, então, o diretor era Ildo Sauer, um professor universitário (da USP) e hoje um colaborador de Marina Silva. Na de Exploração e Produção, Guilherme Estrella, um geólogo de carreira da empresa, aposentado, que voltou à Petrobras e liderou a equipe que descobriu o pré-sal. Voltou à aposentadoria e cuida do jardim de sua casa, em Nova Friburgo, com a mesma simplicidade que cuidava antes.
Pois estes dois homens de quem nunca ouvi falar um ai contra a honradez de suas condutas, sem um fato, um papel, um depósito, um e-mail que seja estão expostos hoje no que só se pode definir como um comportamento indigno da Justiça e do jornalismo.
Na Folha, com base em uma suposta gravação do depoimento de Alberto Yousseff, doleiro já condenado, figura manjada que voltou às falcatruas depois de outra “delação premiada”,  no caso Banestado, diz o seguinte:
“Tinha uma outra pessoa que operava a área de serviços (da Petrobras),que se eu não me engano era o senhor João Vaccari”.
Como assim “se não me engano”? É “acho que era”? Qual é o valor disso para acusar uma pessoa, em letras garrafais e um partido político?
Eu também poderia achar que o finado Sergio Motta, tesoureiro do PSDB “operava” para os tucanos, mas eu achar e nada é a mesma coisa, salvo se eu tiver provas. E se não as tenho, como é que vou dar uma manchete destas?
É inexplicável o papel do Juiz Sérgio Moro, sobretudo depois de ver que surgiram versões clandestinas de outros depoimentos de Paulo Roberto Costa à Polícia, de permitir gravações editadas, com trechos do teor que citei, num processo que, pelos valores e gravidade que envolve, está sob sigilo, ou deveria estar.
O seu tribunal é uma “peneira” de furos seletivos.
Seria melhor que o juiz chamasse logo toda a imprensa para assistir e perguntar, pois talvez – só talvez – saísse alguma indagação sobre “que provas os senhores têm disso”?
A delação premiada, para ser válida, tem de ser acompanhada da produção de provas, não pode ser apenas concedida pela disposição de alguém, que ia gramar anos de xilindró e agora vai ser solto, sair atirando acusações para todo lado na base do “o que se comentava na companhia” ou do “se eu não me engano”.
Que Paulo Roberto Costa metia a mão na bufunfa para se beneficiar e aos seus padrinhos políticos – que não eram do PT, como ele próprio admite – está claro. Mas que um imoral destes possa sair acusando sem qualquer prova todo mundo e isso, também sem critério algum, seja publicado e transformado em matéria prima eleitoral, sob o patrocínio do Judiciário, é um escândalo.
Reflitam: não foi a “cavação” de um repórter furão que obteve o teor das declarações: elas foram feitas e divulgadas, quase que numa “coletiva”, nas barbas do juiz que sustenta que aquilo corre sob sigilo.
E, com mais de 30 anos de profissão, garanto a vocês, estes “furos coletivos” só acontecem quando acontece, também, uma armação inconfessável, embora evidente a qualquer pessoa decente.

“Carnaval” da mídia não garantiu vantagem a Aécio. É daí para baixo, agora

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Autor: Fernando Brito - no Tijolaço - 09/10/2014
Ibope e Datafolha fecham um resultado em comum na primeira pesquisa: 51% para Aécio, 49% para Dilma.
Estes números, que seriam os votos válidos, correspondem a 46 a 44%, com 4% de nulos e 6% de indecisos, em ambas as pesquisas.
Com a “margem de erro” revelada nas pesquisas finais do primeiro turno, isso quer dizer…absolutamente nada.
Ou melhor, quer dizer, sim.
Aécio está, com o surpreendente resultado que obteve no primeiro turno e ruidosa comemoração da mídia deste fato, no seu melhor momento.
Aliás, com a permanência de Marina, até as pesquisas finais, de adversária mais provável  de Dilma, Aécio vinha se livrando de questionamentos mais diretos.
E os dias seguintes, era saudado como o que iria receber todos os apoios, o que só em parte se confirmou, com a relutância de Marina Silva em passar-lhe um cheque em branco.
Aécio está naquela mesma condição em que estava a ex-senadora Marina Silva quando se tornou candidata, aparecendo do nada a que estava relegado como “grande esperança” de vitória contra o governo Lula-Dilma.
E, ainda assim, não lhe puderam – bem que a Época  tentou, com uma pesquisa marota, feita para ser exibida no programa de TV de Aécio, hoje – dar-lhe uma vantagem na disputa.
E olhe lá se tem estes números…
Quem estava pessimista, se olhar que nem neste momento conseguem disparar com Aécio.
Aécio vai minguar depois de sua festa de ressurreição que pareceu a muitos um milagre e a mim, apenas, a reafirmação de que a política real – não os nossos delírios – é a que acaba prevalecendo.
E Dilma, refeita do baque que foi perceptível na sua entrevista pós-eleição, vai crescer, se alimentando da mobilização que seus dois primeiros dias de campanha de rua.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Feira do Livro e da Arte - Setor Leste 9 e 10 de outubro


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Num país que jamais consolidou a produção literária e o hábito de leitura como marcas de sua cultura, a criação de espaços e eventos que estimulem esse binômio, mais do que necessária, é bastante louvável.

Desejamos que você, aluno e aluna, aproveite ao máximo as ricas oportunidades que a Feira irá oferecer não apenas no campo literário, mas nas artes também, formando, no seu conjunto, um grande evento.

Todos os livros e gibis estarão com os nomes dos donos e donas, se gostou do livro/gibi, verifique o nome a turma e procure falar com o aluno/aluna e emprestar, trocar ou doar.

A professora Lurdes estará o tempo todo orientando aos estudantes e visitantes, boa feira!

FHC dirá que mineiros, gaúchos e fluminenses são ‘desqualificados’?


No blog Maria Frô - 08/10/2014
No domingo, minha fala insistente no debate do #48HDemocracia foi sobre o comportamento do eleitorado paulista, aquele que trocou seu voto pela seca nas torneiras, por aperto no metrô e trens sucateados e superfaturados, por mais repressão nas periferias, pelo sucateamento da USP, pela repressão às greves, pelo não repasse de verbas recebidas do governo federal pra instituições como a Santa Casa que chegou inclusive a fechar.
Argumentei por diversos momentos que compreender o eleitorado do “túmulo das utopias” não é paraprincipiantes
Leio sobre o estarrecimento de Marilena Chauí. Minha ex-professora querida que me desculpe. Não estou estarrecida.
Se por um lado Laura Capriglione tem toda a razão à crítica que faz ao PT genérico de São Paulo, por outro, todo mundo que anda pelas periferias da cidade tem plena consciência do nível de despolitização e reacionarismo presentes nela. É um embrutecimento produzido é bem verdade, pela ausência de políticas públicas durante duas décadas de governo tucano, mas especialmente devido à esquerda ter abandonado estas periferias, ter abandonado a formação política do povo. Aliado a este quadro desastroso temos uma mídia que blinda o PSDB de todas as formas, como diz o professor Ignacio Delgado: “São Paulo sedia a maior parte do complexo midiático de sustentação do pensamento conservador no Brasil, custeado por generosos contratos como os governos tucanos, que acaba por ter papel decisivo nas disputas eleitorais no estado.”
FHC em entrevista a UOL afirmou que eleitores de Dilma são menos informados: “Não é porque são pobres que apoiam o PT, é porque são menos informados” e ainda: “há “uma coincidência entre os mais pobres e os menos qualificados”. E não há um único jornalista neste complexo midiático tucano que recorra ao mapa eleitoral da apuração do 1º turno e contraponha FHC, dizendo-lhe:
Olha, ‘príncipe da sociologia’, na capital do estado de São Paulo, onde os tucanos governam há 20 anos e onde em 25 anos só houve 3 administrações petistas, sendo que a última não completou ainda dois anos, seu candidato Alckmin venceu em Itaquera, São Miguel Paulista, Ermelino Matarazzo e Cangaíba (bairros pobres da Zona Leste) e na  Capela do Socorro, outro bairro pobre da Zona Sul.
Nesses bairros, eleitores pobres, em sua maioria pretos e pardos trocaram seus votos por mais violência, mas repressão policial, menos água nas torneiras, menos educação de qualidade, já que nos dois anos que Serra ocupou o cargo de governador e nos quatro de Alckmin a educação paulista teve seu pior resultado nas avaliações do próprio governo do estado de São Paulo.
Os eleitores pobres de São Paulo trocaram seus votos por superlotação nos trens e metrôs superfaturados no maior escândalo de corrupção do país, com desvio em propinas de mais de meio bilhão e que só sabemos, porque foi denunciado no Ministério Público da Suíça, pois em São Paulo, CPIs são enterradas e o MP não investiga nenhuma denúncia contra os tucanos ou as arquiva.

Os eleitores dos bairros pobres também trocaram seu voto pelo sucateamento da USP, pela repressão às greves, enfim, pelo desgoverno tucano que há 20 anos domina nosso estado. Mesmo assim, FHC despreza os seus votos em suas declarações.
Também não houve nenhum jornalista para informar FHC que enquanto na Bahia, o estado nordestino onde Dilma teve maior votação, ela recebeu 4.292.325, em São Paulo, feudo tucano blindado pela mídia, Dilma recebeu 5.927.503, mesmo com o intenso bombardeio anti-PT que chega ao cúmulo de criticar corredores de ônibus e ciclovias e se dependesse da elite paulista mandava cassar o prefeito por devolver o território da cidade para a população.
Já no estado onde nasceu Aécio Neves e no qual ele foi governador e senador, Dilma VENCEU com 4.829.513. Dilma venceu ainda no Rio de Janeiro onde Aécio ficou em 3º lugar e olhem que o Rio é a ‘casa’ de Aécio! Dilma também venceu no Rio Grande do Sul.
Fernando Henrique Cardoso também dirá que os gaúchos são “menos informados”, “menos qualificados”?
O que está por trás da fala de FHC é o que pensa a elite anti-petista deste país, que sempre deixou as regiões Norte e Nordeste de lado, como se elas não fizessem parte do Brasil.
Os governos Lula e Dilma ao contrário investiram pesadamente no Norte e Nordeste para diminuir as desigualdades nacionais. Há mal intencionados e ou desinformados que dizem que esses investimentos significaram redução de investimentos em São Paulo ou que estavam vinculados a política de curral eleitoral. São Paulo concentra 33% do PIB do país e também muita desigualdade, sua capital na última década e na contramão do que ocorreu em todo o Brasil, ampliou a desigualdade: de cada 100 reais produzidos na cidade, os ricos (1% da população) ficam com 20 reais. Há uma década atrás ficavam com 13,00. Dilma perdeu para Marina em Pernambuco e só em 2014, a presidenta republicana que temos repassou para o estado de Pernambuco governado então pelo pré-candidato à presidência, Eduardo Campos, que faleceu no último 13 de agosto em acidente aéreo, mais de 650 milhões. Dilma aumentou em 50% o repasse do governo federal ao estado se comparado ao último governo Lula, saltando de 4,61 bilhões para 6,87 bilhões no governo Dilma. 
O que está por trás da fala de FHC é que os governos Lula e Dilma provaram que é possível recuperar a economia do país sem desempregar, ao contrário, gerando emprego. Que foi possível reconstruir o Estado privatizado pelos tucanos e desenvolver o país fazendo o Brasil saltar da 15ª economia para a 6ª economia do mundo, tudo isso, acabando com a fome, colocando jovens pobres nas universidades, levando médicos onde nunca houve atenção básica, ampliando a geração de energia e a infra-estrutura do país de Norte a Sul, de Leste a Oeste, sem abandonar nenhuma unidade da federação, a ponto de prefeitos tucanos apoiarem a presidenta Dilma, como podemos ver no discurso do prefeito do PSDB de Rio Grande da Serra (SP)  no trecho da reportagem da Folha de São Paulo em 2/07/2014:
O que está por trás da fala de FHC é negar que o mesmo estado que elege Alckmin, Serra e deixou Aécio em primeiro lugar nas eleições presidenciais, elegeu também Tiririca.
O que que está por trás da fala de FHC é o nojento e recorrente preconceito sudestino contra nordestino, explorado sempre nestes tempos de disputas eleitorais pelos projetos mais reacionários e excludentes, como podemos constatar nos porta-vozes tucanos na mídia, concentrada, monopolizada e partidarizada:

terça-feira, 7 de outubro de 2014

“Não sou homem de me arrepender do que faço” Homem que recusou cumprimento a Aécio diz à CartaCapital que ficou feliz "porque as pessoas se identificaram", mas rejeita uso político de seu gesto.

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O músico Fábio Martins recusa o cumprimento de Aécio durante sua visita a uma favela de Belo Horizonte.
 músico Fábio Martins ficou famoso nacionalmente ao recusar um cumprimento do candidato Aécio Neves, do PSDB. Flagrado pelos fotógrafos e cinegrafistas que acompanhavam o tucano durante uma visita a favelas ao sul de Belo Horizonte, o gesto de Martins, que mora no aglomerado da Serra, foi parar nas primeiras páginas dos jornais do Brasil todo e circulou fortemente nas redes sociais nos últimos dias. “Meu gesto nada mais foi do que defender o que acredito”, afirmou o artista durante uma troca de mensagens eletrônicas com CartaCapital.
A fama repentina não trouxe vantagem alguma para Martins, de 39 anos. Eleitor de Luciana Genro no primeiro turno das eleições presidenciais, não revela em quem votará no segundo turno, alegando ser uma questão particular. E repudia qualquer uso eleitoral do que fez. “Fiquei feliz que pessoas se identificaram, mas é chato ver uma atitude honesta ser tratada de forma partidária por muitos”, afirmou.
Em um longo post em seu perfil no Facebook (leia a íntegra abaixo), o músico dá mais detalhes do que vem sofrendo, e cita racismo e ameaças. A CartaCapital ele preferiu não dar detalhes, mas questionou: “Racismo é crime, não é, amigo?”. Mas completou: “Não sou homem de me arrepender do que faço”.
Leia o desabafo de Fábio Martins no Facebook:

Por Quinze Minutos De Fama?
Ameaças, injúrias, racismo!
Entre outras coisas, é o que venho enfrentando desde sexta-feira, quando neguei cumprimentar um político!
Me calei, fiz questão de não responder individualmente aos insultos que venho recebendo, pois acredito e ponho fé no direito das pessoas se posicionarem perante qualquer situação, (Democracia é isto!) e foi somente o que fiz perante o candidato: me posicionei!
Fui taxado como mal educado, e realmente é mal educado quem nega um cumprimento a qualquer um que seja, mas só queria deixar bem claro que um candidato me estender a mão três dias antes de uma eleição, cercado de jornalista em um aglomerado onde jamais havia pisado, nunca representaria uma cordialidade, e sim uma ação a qual, tivesse aceitado o aceno do político, estaria dizendo gestualmente pra todos que concordo com ele e o apoio, e foi sem hipocrisia que tomei minha atitude, que foi política sim, mas não partidária, (Não defendo bandeiras), também não sou apolítico pois faço política todos os dias quando saio de casa para trabalhar, quando convivo com meus vizinhos e temos que seguir e respeitar leis, como fiz ontem quando sai para votar!
De Injúrias, como partidários do tal candidato vem postando em vários sites que repercutiram o acontecido, não acho necessário me defender, pois o que pensam de mim não me importa, só queria deixar bem claro que trabalho desde dos 14 anos de idade, e entre familiares meus estão advogados, professores, enfermeiras, músicos, poetas, pedreiros, diaristas entre outros profissionais, todos criados na comunidade e que, como eu passaram dificuldades sim, mas jamais precisaram utilizar bolsa família ou qualquer outro recurso governamental para sobreviver, (não tirando o direito dos necessitados de usufruir de tais recursos, claro)!
Sobre meus textos: Sou eu mesmo que os escreve diferente de colocações classistas de alguns que se acham "Superiores" e que até hoje parecem viajar na utopia de que favelados são todos analfabetos, drogados, ladrões, sem recursos culturais, como mostram os personagens destas novelas imprestáveis exibidas por canais de TV!
Vocês "superiores", subam o morro um dia, vamos dialogar?
Quem sabe assim possamos achar explicações para os carrões dos filhos teus que a noite não param de encostar na entrada da favela pra buscar droga e assim alimentar o tráfico!
Apertaria com convicção a mão de um que tivesse coragem de por a cara!
Sobre citações racistas e ameaças a minha integridade física, pouco vou falar pois este tipo de gente não merece meu tempo nem respeito, então simplesmente tenho dado print nas conversas e postagens do gênero e farei um B.O. para me defender de qualquer coisa que possa vir a me acontecer, pois infelizmente parece que ainda vivemos na época da repressão militar ou em um feudo!
Aí tenho que ouvir de uns espertos que consegui meus quinze minutos de fama, que já posso me candidatar para vereador na próxima eleição, Brincadeira viu!
As únicas coisas que quero é que minha mãe durma tranquila (coisa que não faz desde sexta, quando saio à noite para trabalhar) e que eu tenha liberdade e saúde para seguir em busca dos meus ideais...
Paz para todos!
FM.