quinta-feira, 25 de setembro de 2014

7,4 milhões de votos a favor da reforma política ‘Plebiscito’ popular foi realizado na semana da pátria. 97% dos participantes querem uma constituinte exclusiva para o tema

Plebiscito
Plebiscito teve mais de sete milhões de votos
Site Carta Capital - 25/09/2014



Caros alunos e alunas, está aí o resultado parcial da votação que participamos no Setor Leste quando levamos as cédulas e urna para que vocês participassem.

Você sabe o que é uma Reforma Política?

Você sabe o que é uma Constituinte exclusiva?

O Brasil precisa da Constituinte, a democracia brasileira se fortalecerá com a Constituinte Exclusiva.

Vamos citar um exemplo absurdo que precisa ser mudado com a Reforma Política advinda de uma Constituinte Exclusiva: o financiamento privado das eleições. Modelo estadunidense, prioriza os grandes partidos e os candidatos das elites em detrimento do processo como um todo, além do governo eleito sofrer pressões dos financiadores, esse fato pode provocar o aumento da intromissão do grande capital nas tomadas de decisões dos governantes, inclusive provocando o desmonte de legislação trabalhistas enfraquecendo os trabalhadores e dificultando os avanços democráticos da sociedade.
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

7,4 milhões de votos a favor da reforma política

Mais de 7 milhões de brasileiros querem uma constituinte exclusiva para uma reforma política no país. Esta é a constatação do “Plebiscito Constituinte” feito durante a semana da pátria por 477 organizações em todo o país. Mais de 6 milhões foram às urnas instaladas pelas entidades e outros 1,74 milhões votaram pela internet.
O plebiscito contava com uma única pergunta: “Você é a favor de uma constituinte exclusiva e soberana sobre o sistema político?” Entre os que votaram, 97% foram favoráveis à proposta - cerca de 7,4 milhões de pessoas. Outros 2,75% participaram da consulta e se mostraram contrários à reforma política.
Como não tinha um caráter legal, o objetivo da mobilização era demonstrar o desejo popular por mudanças no sistema político e pressionar o poder público a convocar um plebiscito oficial sobre a reforma política. Entre os apoiadores, estavam o PT, o PCdoB, correntes do PSOL, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), o Movimento do Sem Terra (MST), a Central Única dos Trabalhadores (CUT), pastorais e ONGs.
Candidatos à presidência da República votaram no plebiscito. Entre eles, Marina Silva (PSB), Luciana Genro (PSOL) e o Pastor Everaldo (PSC).
A presidenta Dilma Rousseff declarou apoio às reivindicações, mas não participou da votação alegando que não poderia fazê-lo como chefe de Estado. Dilma lançou a possibilidade de uma Constituinte exclusiva para a reforma política em meio à crise provocada pelas manifestações de junho de 2013. Diante de críticas, inclusive de seus aliados, as ideias foram abandonadas.
Representantes destas organizações disseram que foram bem sucedidas, em balanço feito nesta quarta-feira 24 em São Paulo. “Tenho certeza que foi um grande sucesso, pois dá mais fôlego e vontade para termos uma constituinte oficial. E também não tenho dúvida nenhuma que o nosso plebiscito terá influência na disputa eleitoral,” disse Wagner Freitas, presidente da CUT.
O Brasil já teve outros plebiscitos semelhantes que serviram para pressionar o poder público. O maior deles foi em 2002 contra a Alca, a Área de Livre Comércio das Américas, quando 10,2 milhões de pessoas votaram contra a proposta. O plebiscito contribuiu para que o projeto fosse abandonado.
Próximos passos
A adesão de milhões de pessoas, segundo as entidades, mostra o respaldo necessário para que a constituinte aconteça. Para que ela seja convocado, é necessário um decreto legislativo, que só pode partir do próprio Congresso Nacional e por ele ser aprovado. Legalmente, a presidenta não tem poder para chamar um plebiscito.
A próxima ação das entidades será levar o resultado do plebiscito nos dias 14 e 15 de outubro aos chefes dos três poderes em Brasília.  No mesmo dai, deve acontecer um ato de apoio à proposta nas ruas da capital.
As entidades que organizaram o plebiscito concordam em algumas propostas mais específicas, como o fim das doações privadas a candidatos. As organizações dizem que devem continuar uma campanha  de mobilização, pois ela também evitaria que a reforma tome uma direção contrária a seus propósitos.
“A nossa expectativa é fazer grandes debates elaborando qual é a natureza de uma reforma política. A reforma, e o resultado dela, será fruto das mobilizações que nós vamos fazer. Se tivemos uma reforma em que não haja participação popular, o resultado vai ser outro,” diz João Paulo Rodrigues, coordenador nacional do MST.

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Por uma Pedagogia da Descoberta

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Sociedade está madura para Educação que reduza papel dos currículos obrigatórios e estimule prazer do conhecimento — exercitado em bibliotecas transversais e de livre acesso
Estava na sala de professores e professoras, depois das duas primeiras aulas, conversando com meus companheiros e companheiras. O tema era política/eleição, afinal estamos em ano eleitoral, mas quando alguém parou para respirar, entrei na conversa com outro assunto, livros, a deixa para o papo fluir e se tornar menos estressante.
Na conversa sobre livros, resolvi expor uma ideia que trazia desde o início do ano. Criar um projeto de feira de livros, os estudantes poderiam emprestar, trocar, doar ou só expor seus livros, a adesão dos colegas foi imediata, surgiu então a 1a. Feira de Livros e Arte do Cem Setor Leste.
Vamos, dias 9 e 10 de outubro expor nas árvores do pátio interno da escola, cerca de 700 livros e gibis. Vai ser a festa do livro e da arte. Vai ser momento de mais interação dos estudantes, só que agora tendo o livro como intermediário dessa relação.
Não perca. Abaixo uma matéria genial sobre Educação, Livros e Bibliotecas, leia, é para você!
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
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Por uma Pedagogia da Descoberta
Por Derbi Casal, em Bibliotecas Sem Fronteira
escola mata a descoberta. Ela entrega o conhecimento pronto em um currículo, definido de acordo com aquilo que é considerado por autoridades como conhecimento válido, todo o resto é excluído.
O que há nesse “resto”?  Toda  a experimentação, o conhecimento informal, aprendido nas vivências, os saberes tradicionais, transmitidos pelos mais velhos e a descoberta.
A serendipidade (o princípio da descoberta) só existe quando há liberdade de escolha por caminhos diferentes e aleatórios. A descoberta se dá, principalmente, quando não estamos procurando exatamente aquilo. Esse processo, que não pode ser controlado, é inexistente na grade escolar. Na escola somos todos considerados incompetentes para adquirir nosso próprio conhecimento. E nunca somos estimulados à fazê-lo.
A palavra serendipidade surgiu em referência a um antigo conto persa sobre os três príncipes de Serendip. Em suas aventuras eles viviam se deparando com situações inusitadas e fazendo descobertas ao acaso, encontrando respostas para questões que eles sequer haviam feito. Tinha um pouco de sorte envolvida, mas era a sagacidade dos meninos, um toque genial de mentes abertas para a descoberta, que realmente operava a magia.
Essa qualidade da descoberta não é de forma alguma privilégio de mentes superiores. É uma habilidade e um posicionamento, uma forma de ver o mundo, disponível para qualquer pessoa.
Bibliotecas são um excelente lugar para o exercício de serendipidade e nas escolas elas ficam isoladas das pessoas, que mal as frequentam nos intervalos das aulas. Temos alguma contação de história, mas livros previamente escolhidos. Mesmo quando eles não são previamente escolhidos, raramente é o acervo todo ofertado à escolha e, mesmo que fosse, ainda assim seria apenas uma atividade controlada, algum livro teria de ser “o escolhido”, os outros permanecerão inertes nas estantes.
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Em geral é proibido (ou vigiado) andar entre as estantes a procura de livros que não se sabe ainda quais são. Isso é feito em nome da “ordem” que sempre vem de cima, e está sempre acima da vivência, pairando sobre ela, limitando suas possibilidades libertadoras.
Há um tipo de acesso à biblioteca, que é transversal, não linear, baseado quase que puramente na serendipidade. Ao conduzir uma leitura, indo de um texto à outro, colecionando trechos diferentes de cada livro sobre determinado assunto, eu estou praticando a descoberta. Aliás foi essa prática que desenvolveu a ciência como hoje a conhecemos e o acesso não linear a uma coleção de livros foi o embrião do hipertexto.
Essa forma de utilizar acervos surgiu lá na antiguidade e se tornou evidente na Biblioteca de Alexandria. Foi responsável pelo desenvolvimento da filologia, da geografia, da matemática, da astronomia, da medicina, da poesia, da filosofia, da história e de muitas outras ciências e saberes.
A serendipidade foi a maior consequência de se acumular livros em uma sala. Isso desenvolveu toda uma economia e ergonomia do saber: o surgimento da paginação, da referência, da citação, da glosa, do colofão, dos sumários, dos resumos, das bibliografias, dos catálogos, das resenhas… Todas essas formas de diálogo entre livros, escritores e leitores.
Uma biblioteca nunca é a mesma para duas pessoas praticando a descoberta. As escolhas, mais ou menos aleatórias, de livros formam caminhos, percursos diagonais, transversais, paralelos, pela coleção toda. O prazer de percorrê-los é como o prazer do desconhecido, é desbravar os universos não domesticados do saber. E é possível reiniciar muitas vezes o processo, sempre com resultados inusitados.
A autonomia de percorrer estantes, pegar livros, ler um trecho, procurar outro livro, compará-lo com um terceiro, pegar uma enciclopédia e, partindo de um verbete qualquer, buscar outras fontes, é o principio do amor pela pesquisa e do autodidatismo. São qualidades fundamentais para o pensamento livre e crítico.
Não provoca nenhum espanto a pouca valorização das bibliotecas e da leitura nos dias de hoje. É um reflexo do que a educação faz com a descoberta. Em tempos em que a homogeneidade de ideias, comportamentos e atividades e a obediência a regras, controles e currículos é o que está nas bases da educação, é bastante esperado que as capacidades revolucionárias e libertadoras das bibliotecas sejam caladas.
A busca por uma forma de educação livre passa pelo resgate da descoberta como veículo da potência humana. A serendipidade em substituição à rigidez curricular. É aí que está a importância esquecida das bibliotecas!
Em uma pedagogia da serendipidade, a descoberta é o centro do aprendizado e  a biblioteca é o coração da escola.

Mudança climática: e após a grande marcha?

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Em Nova York, onde chefes de Estado estão reunidos, a maior manifestação do domingo: mais de 300 mil pessoas nas ruas


Mobilização de centenas de milhares, em dezenas de cidades, revela que tema pode popularizar-se. Mas como superar dificuldade de obter vitórias concretas?
Por George Marshall, no The Guardian | Tradução: Cauê Ameni Inês Castilho
Ao se encontrarem esta semana na ONU, em Nova York, os líderes mundiais vão enfrentar intensa pressão para agir. A descoberta de que a Coreia do Norte vem, secretamente, despejando na atmosfera gases venenosos, numa tentativa de destruir a produção agrícola dos Estados Unidos, detonou uma crise internacional.
Isso não é verdadeiro, claro. Há, de fato, uma reunião de cúpula iniciada terça-feira (23/9), promovida pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon para debater a perigosa desestabilização climática. É uma ruptura que pode mesmo levar ao colapso muitas das principais regiões agrícolas do mundo. Mas, já que se trata somente do velho e maçante aquecimento global, assunto que parcelas do público parecem achar menos interessante que ver tinta secar na parede, os políticos não se preocupam muito com a necessidade de prestar contas…
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Em Nova York, trinta quarteirões tomados por 310 mil pessoas
Então, por que acreditar que o cenário norte-coreano levaria a uma rápida mobilização política, enquanto a grande ameaça que realmente enfrentamos irá gerar apenas promessas vazias? Por que o primeiro acelera nosso pulso, e o último leva apenas à indiferença generalizada? Isso levanta uma questão mais ampla sobre nossa própria psicologia: por que razão a maioria das pessoas entende que as mudanças climáticas são uma grande ameaça e, no entanto, quando chamadas a apontar o maior perigo para a civilização, parecem incapazes de trazer isso à mente?
A primeira razão é que nosso senso inato de competição social tornou-nos muito alertas a qualquer ameaça trazida por inimigos externos. Em experiências, crianças de não mais que três anos podem notar a diferença entre um acidente e um ataque deliberado. As mudanças climáticas confundem o centro desta fórmula moral: são um crime perfeito e indetectável, para o qual todos contribuem mas ninguém tem uma motivação.
Não há um “outro” a quem culpar. Estamos apenas vivendo nossas vidas: levando as crianças à escola, desfrutando do conforto do ar condicionado, colocando comida na mesa. Quando enxergamos o aquecimento global como ameaça, esses atos banais tornam-se intencionalmente perigosos. Por isso, recusamo-nos a tomar consciência, ou reagimos com raiva e ressentimento.
Pior: diversos fatores ligados às mudanças climáticas dissuadem o engajamento de nossos cérebros. São necessários sacrifícios pessoais imediatos, para evitar danos coletivos vistos como incertos e localizados num futuro distante. O psicólogo cognitivo Daniel Kahneman, vencedor do Nobel por seus estudos sobre o quão irracionalmente respondemos a tais questões, suspirou profundamente quando lhe pedi para avaliar nossas chances: “Desculpe”, disse ele, “estou profundamente pessimista. Não consigo ver um caminho para o sucesso.”
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Pequena manifestação em Bangladesh. Rios sujeitos a cheias, altíssima densidade populacional e pobreza fazem do país um dos mais vulneráveis do mundo ao aquecimento global
Eu concordaria com ele se as mudanças climáticas fossem de fato incertas, demandassem custos impossíveis e estivessem previstas para um futuro remoto. Elas podem facilmente parecer assim, se esta for a intenção de nossa narrativa. Contudo, muitos economistas, tais como Nicholas Stern e Hank Paulson, ex-secretário do Tesouro dos EUA, veem o assunto de outro modo. Da mesma forma que os 310 mil manifestantes que lotaram trinta quarteirões de Manhattan, neste domingo, e outras dezenas de milhares, em muitas cidades do mundo. Para estes, as mudanças climáticas são reais, estão acontecendo agora e podem ser combatidas. O verdadeiro obstáculo – simbolizado nas manifestações de Nova York por uma memorável boia representando um polvo de 15 metros de comprimento – é a indústria de petróleo e gás e seus tentáculos de influência política.
E aqui reside o desafio real. As mudanças climáticas podem ser qualquer coisa que se queira. Podem acontecer aqui ou ali, no presente ou no futuro, certo e incerto. Parece que as vemos como uma ameaça – e somos, portanto, capazes de aproveitar essa reação inata ao inimigo externo – apenas se elas forem construídas nos moldes de nossas histórias familiares, com seus heróis e vilões.
Por isso, meus colegas que advogam por ação imediata criaram esta narrativa de inimigo, com personagens dramáticas do nosso passado de lutas – políticos corruptos, executivos malignos, banqueiros gordos, jornalistas preguiçosos, advogados escorregadios e um público apático. Enquanto isso, contudo, nossos adversários estão espelhando nossas ações. Quando me encontrei, numa noite barulhenta, com membros do Tea Party no Texas, eles disseram, em linguagem previsivelmente vulgar, que os verdadeiros inimigos são os ambientalistas de esquerda; e que inventamos essa fraude para estender o controle dos governos sobre as sociedades. Como a maioria dos conservadores, eles não conseguiram enxergar que as próprias mudanças climáticas representam uma ameaça aos seus valores, liberdades e propriedade.
Esta tendência de confundir os fatos das mudanças climáticas com narrativas construídas por eles próprios é igualmente comum entre os políticos. Posso prever com segurança que os governantes reunidos em Nova York irão enfatizar a necessidade urgente de controlar os gases de efeito estufa, mas permanecerão mudos sobre o US$ 1 trilhão gasto, anualmente, para que novas reservas de combustíveis fósseis passem a ser exploradas. Em 25 anos de negociações, jamais foi discutida uma medida sequer para controlar a produção de combustíveis fósseis. Isso não tem espaço na narrativa oficial.
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Protesto na Nova Zelândia: Convocadas a partir de um chamado do grupo 350.org, ações de domingo espalharam-se por dezenas de cidades em todo o mundo

O público em geral também tem lacunas e pontos cegos. A maioria das pessoas nunca discutiu as mudanças climáticas fora do seu círculo familiar imediato. Um terço não se lembra sequer de ter discutido isso alguma vez na vida. E, contra-intutivamente, traumas relacionados ao clima parecem tornar as pessoas ainda mais reticentes. Falando com as vítimas do furação Sandy e com os texanos vítimas da seca e incêndios florestais de 2011, não encontrei ninguém que recordasse ter tido uma conversa recente sobre mudanças climáticas com um vizinho. Comunidades abaladas pelas mudanças climáticas, ao que parece, encontram força na esperança de recuperação e suprimem ativamente qualquer discussão desanimadora sobre causas subjacentes ou ameaças futuras.
Por isso, se quisermos realmente produzir mobilizações relacionadas às mudanças climáticas, é fundamental reconhecermos que há, além dos fatos científicos, os fatos sociais. Estes, que incluem as narrativas construídas e o silêncio deliberado, são muito mais potentes. E criam – reforçados por nossa necessidade inata de estar em conformidade com a norma em nosso grupo social – as bases sobre as quais aceitamos, negamos ou ignoramos o problema.
Vista por esse ângulo, a situação está longe de ser desesperadora. Como os ciclos que regem os sistemas globais de energia e carbono, as atitudes do público estão sujeitas aos efeitos positivos das respostas que podem amplificar pequenas mudanças e resultar em rápidas guinadas. Grandes protestos com visibilidade e aumento da cobertura midiática podem romper o silêncio sobre as mudanças climáticas e criar um engajamento mais amplo. Acima de tudo, porém, é preciso reconhecer que a narrativa que escolhermos irá moldar os acontecimentos a partir de agora. Podemos continuar retornando à nossa necessidade de ter um inimigo. Mas a melhor história seria a de um propósito comum, construída em torno de nossa humanidade compartilhada.
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Sindicalistas relacionam mudança climática ao desmonte dos sistemas públicos de Saúde. Em Nova York, marcha teve intensa participação de trabalhadores organizados

Médicos assinam manifesto em favor de Dilma Rousseff

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Autor: Miguel do Rosário no Tijolaço

Nos últimos dias, tenho recebido pedidos de diversas categorias de profissionais, sobretudo professores, e agora médicos, pedindo-me ajuda para divulgar manifestos de apoio à presidenta Dilma Rousseff. Tentarei divulgar todos no Tijolaço e no Cafezinho.
São iniciativas espontâneas, apartidárias, puramente idealistas, do tipo que a mídia brasileira, por exemplo, que vive num mundinho onde o único valor é o dinheiro, nunca vai entender.
É emocionante constatar que as placas tectônicas estão se mexendo.
Sentimentos profundos em prol de mais justiça social, mais soberania, mais democracia, estão aflorando e se tornando mais fortes.
As pessoas estão ganhando coragem para expor suas preocupações com essa falácia chamada “nova política”,  já identificada com o mais um  cavalo de tróia da direita e do conservadorismo.
Dessa vez, a manifestação veio de um grande grupo de médicos. Sem mais delongas, reproduzo abaixo:
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sexta-feira, 12 de setembro de 2014
1. No nosso trabalho como médicos e médicas, seja atendendo diretamente a população ou em outras funções no Sistema Único de Saúde (SUS), percebemos claramente o impacto das políticas públicas nas condições de vida do povo brasileiro nos últimos anos. Acompanhamos com empatia e senso de responsabilidade as dores e a vida sofrida do povo, os ganhos sociais e as alegrias do povo. Arregaçamos as mangas fazendo o nosso melhor. E assim como participamos das transformações pelas quais o Brasil passou nos últimos anos e não deixamos de nos posicionar em defesa dos interesses nacionais, hoje novamente o fazemos.
2. Na saúde o saldo é positivo. Somos o maior sistema de saúde público universal do mundo, com um SUS que pertence a 200 milhões de brasileiros. Com a lei do Mais Médicos promulgada pela presidenta Dilma, hoje o país ampliou o atendimento médico diretamente a 50 milhões de brasileiros. Além da ampliação do acesso ao atendimento médico, numa só tacada a Lei do Mais Médicos ampliou também o envolvimento dos serviços de saúde na formação dos jovens médicos e o acesso ao ensino superior. Dilma efetivou como nunca a formação de profissionais de saúde enquanto responsabilidade do Estado Brasileiro, como previsto em nossa Constituição. Estamos diante da mais importante ação de ampliação de acesso à saúde desde a criação do SUS.
3. A candidatura da presidenta Dilma Rousseff (PT) é a candidatura que representa as mudanças que aconteceram no Brasil a partir das políticas sociais desenvolvidas desde os governos Lula na saúde, educação, economia, diplomacia, meio ambiente, geração de energia, na exploração do pré-sal, no combate a miséria e a fome, direito à memória e à verdade, bem como na ampliação dos direitos das minorias.
4. Esse ciclo de desenvolvimento trouxe grandes ganhos sociais, como redução das desigualdades, melhoria dos indicadores de saúde (como a mortalidade infantil, que reduziu enormemente), baixos índices de desemprego, ampliação do acesso à saúde e educação, aumento da participação popular e da transparência na gestão pública, redução do desmatamento florestal, reativação de vários segmentos da indústria nacional, baixa inflação, aumento do investimento público e importante redução dos juros da dívida pública.
5. As duas principais candidaturas da oposição, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB) cada uma a sua maneira, flertam com a demagogia que tenta esconder quais seriam as consequências para o país das políticas de governo que ambos propõem com tanta semelhança, bradando “choque de gestão” de cá e “nova política” de lá. Num Brasil que quer seguir reduzindo desigualdades sociais, e ampliando e melhorando os serviços públicos não pode ser admissível propostas econômicas que gerem desemprego, aumento de impostos, mais poder aos bancos, perda dos aumentos anuais do salário mínimo ou violações dos direitos das minorias.
6. Dilma é a presidenta que representa o novo ciclo para o Brasil. É um ciclo democrático, com disposição para apoiar a ampliação da participação do povo nas decisões do Estado brasileiro, e também uma Reforma Política que estabeleça no mínimo: a) limites a influência do dinheiro dos bancos e das empresas sobre o processo eleitoral (proibindo assim as suas doações para as campanhas eleitorais), b) reduza as distorções que mantém certas populações sub-representadas nos processos decisórios e c) avance nos mecanismos de participação direta na democracia.
7. A disposição em promover tal Reforma Política ficou clara com o apoio ao “Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político” que colheu votos de 1º a 7 de setembro em todo o país e já aponta para um novo cenário na luta dos movimentos sociais nos próximos períodos, onde se quer mais participação social nas decisões sobre a Reforma Política.
8. Por tudo isso, os médicos e médicas abaixo assinados apoiam a reeleição da presidenta Dilma Rousseff, que hoje representa o projeto nacional que vem transformando o Brasil!
Assinaturas:
1. Marcos Vinícius Soares Pedrosa, Médico de família e comunidade e professor da UFPE – Caruaru(PE)
2. Aristóteles Cardona Júnior, Médico de família e comunidade e Professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Petrolina(PE)
3. Paulo Roberto de Santana, Médico de família e comunidade e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Camaragibe(PE)
4. Ana Cristina de Lima Pimentel, Médica e Doutoranda no Instituto Fernandes Figueira / Fiocruz – Rio de Janeiro(RJ)
5. Alexandre José de Melo Neto, Médico de família e comunidade e professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB)
6. João Batista Cavalcante Filho, Médico sanitarista e Médico de família e comunidade, professor da Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Aracaju(SE)
7. Marco Túlio Aguiar Mourão Ribeiro, Médico de família e comunidade –Fortaleza(CE)
8. Marco Tulio Caria Pereira, Médico de Família e Comunidade – Petrolina(PE)
9. Marcos Oliveira Dias Vasconcelos, Médico de família e comunidade – João Pessoa(PB)
10. Pedro Carvalho Diniz, Médico Clínico – Petrolina-PE
11. Flávio Cardoso Arcângelis, Médico e residente de Medicina de Família e Comunidade pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Petrolina(PE)
12. André PetragliaSassi, Médico de família e comunidade e Professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) – João Pessoa (PB)
13. Danyella da Silva Barreto, médica de família e comunidade e professora da UFPB (PB)- João Pessoa(PB)
14. Claudia Bonan, Médico/Instituto Fernandes Figueira / Fiocruz – Rio de Janeiro(RJ)
15. João André Santos de Oliveira, Médico Sanitarista – Salvador(BA)
16. Paulo Roberto Marinho Meira, residente em medicina de família e comunidade – Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) – Petrolina(PE)
17. Rafaela Alves Pacheco, Médica de família e comunidade e Professora do curso de medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Caruaru(PE)
18. Mario Francisco Giani Monteiro, Médico PHD em Demografia e professor aposentado do Instituto de Medicina Social / UERJ – Rio de Janeiro(RJ)
19. Thiago de Carvalho Milet, Médico Cirurgião geral/aparelho digestivo – Vitória da Conquista(BA)
20. Thiago Henrique dos Santos Silva, médico de família e comunidade – (São Paulo – SP)
21. Carlos Eduardo Gomes de Melo, Médico de família e comunidade –Recife(PE)
22. Tomaz Pinheiro da Costa, Médico e Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Rio de Janeiro(RJ)
23. Pablo Kokay Valente, Médico residente R3 do Instituto de Infectologia Emílio Ribas – São Paulo(SP)
24. Emerson Elias Merhy, Médico formado em 1973 pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e Professor titular de saúde coletiva, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) – Macaé(RJ)
25. Carolina Albuquerque da Paz, Médica de família e comunidade e Professora do curso de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) – Caruaru(PE)
26. Maria Bernadete de Cerqueira Antunes, Médica Sanitarista, MSC em Saúde Coletiva e Professora Assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM/UPE) – Recife(PE)
27. Paulette Cavalcanti de Albuquerque, Médica, doutora em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (2003), Professora adjunta da Universidade de Pernambuco (UPE) e pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz – Recife(PE)
28. Aristides Vitorino de Oliveira Neto, Médico de família e comunidade –Brasília(DF)
29. Bruno Pedralva, Médico de família e comunidade – Belo Horizonte(MG)
30. Tania Maria Lago Falcão, Médica e Professora adjunta da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Pernambuco (FCM-UPE)
31. Ademir Abreu Magalhães, Médico cirurgião Geral – Vitória da Conquista(BA)
32. Adriana Cardoso Freitas Arcângelis, Residente em Medicina de Família e Comunidade – Petrolina (PE)
33. Afra Suassuna Fernandes, Médica Pediatra – Recife(PE)
34. Agostinho Hermes de Medeiros Neto, Médico Pneumologista – João Pessoa(PB)
35. Ailton Vieira de Souza Júnior, Médico Generalista – São Paulo(SP)
36. Alexandre Câmara – Diretor de Saúde e Rede Credenciada – Correios – Distrito Federal(DF)
37. Alzira de Oliveira Jorge, Médica e professora Depto Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Medicina da UFMG – Belo Horizonte (MG)
38. Ana Maria A. Figueiredo, Médica – São Paulo(SP)
39. Ana Paula Guljor, Médica Psiquiatra – Rio de Janeiro/Niterói (RJ)
40. Angela Aparecida Capozzolo, Médica Pediatra – São Paulo (SP)
41. Antonio da Cruz Gouveia Mendes, Médico Doutor em Saúde Pública– Recife(PE)
42. Ariovaldo Vieira Boa Sorte, Médico dermatologista – Bahia
43. Arlete Avelar Sampaio, Médica e Deputada Distrital – Distrito Federal(DF)
44. Beatriz Mac Dowell Soares, Diretora Presidente da Fundação Hemocentro de Brasília – Distrito Federal(DF)
45. Beatriz Selles,Médica de família e comunidade – Niterói (RJ)
46. Bernardo Lentz da Silveira Monteiro, Médico Generalista – Belo Horizonte(MG)
47. Camila Boff, Médica de família e comunidade – Florianópolis(SC)
48. Carina Almeida Barjud, Médica de família e comunidade – Valinhos (SP)
49. Carla FrauchesFinotti Barbosa, Médica Pneumologista – Belo Horizonte(MG)
50. Carla Pontes de Albuquerque, Médica pediatra – Rio de Janeiro(RJ)
51. Carlos Alberto Trindade, Médico sanitarista – Salvador(BA)
52. Carlos Armando Lopes do Nascimento, Médico Clínico – São Paulo(SP)
53. Carlos Frederico Dantas Anjos, Médico Infectologista– São Paulo(SP)
54. Carlos Henrique Nery Costa, Médico Infectologista – Teresina(PI)
55. Carolina Chaccur Abou Jamra, Médica – São Paulo(SP)
56. Cátia Maria Justo, Médica intensivista e professora universitária da UFS – Aracaju(SE)
57. Celso Matias, Médico e professor da Universidade Federal de Juiz de Fora – Juiz de Fora (MG)
58. ClaunaraSchilling Mendonça, Médica de família e comunidade e Profa. FAMED UFRGS, médica do SSC/GHC – Porto Alegre(RS)
59. Daniela Donação Dantas, Residente de Medicina de Família e Comunidade – João Pessoa(PB)
60. Daniela Batista Leite,Médica Hematologista Pediatra do Instituto Estadual de Hematologia do Rio de Janeiro (HEMORIO) – Rio de Janeiro(RJ)
61. Débora Ávila de Carvalho, clínica médica e geriatria – Pouso Alegre(MG)
62. DorcasLamounier Costa, MédicoPediatra – Teresina(PI)
63. Eduardo Simon, Médico de família e comunidade e Professor da Universidade Federal Da Paraíba (UFPB) – João Pessoa(PB)
64. Eduardo Simon, Médico de Família e Comunidade e Professor do DPS-CCM-UFPB – João Pessoa(PB)
65. Elza Ferreira Noronha, Professora adjunta da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília, núcleo de medicina tropical, à Área de Clínica Médica – Brasília(DF)
66. Emilio Rossetti Pacheco, Médico de Família e Comunidade – Fortaleza(CE)
67. Erika Siqueira da Silva, Médica de Família e Comunidade – Brasília(DF)
68. Erivelto Pires Martins, Médico sanitarista – Vitória(ES)
69. Estevão Toffoli Rodrigues, Médico sanitarista – Salvador(BA)
70. Eymard Mourão Vasconcelos, Especialização em Clínica Médica e Saúde PúblicaProfessor da Universidade Federal da Paraíba – João Pessoa(PB)
71. Fabio Luiz Alves,Médico Sanitarista – Campinas(SP)
72. Felipe Anselmi Corrêa, Médico de Família e Comunidade – Porto Alegre(RS)
73. Felipe Augusto Reque, Medico sanitarista – Ponta Grossa(PR)
74. Fernanda Correa Pires Quintão, Médica de Família e Comunidade, Coordenadora Técnica do Programa Médico de Família de Niterói – Niterói(RJ)
75. Fernando Miziara, Médico Patologista – Distrito Federal(DF)
76. Flávia Henrique, Médica de família e comunidade – Santa Catarina
77. Francisco Hideo Aoki, Médico infectologista – (São Paulo – PE)
78. Francisco Torres Troccoli, Médico sanitarista – São Paulo(SP)
79. Frederico Fernando Esteche, Médico de família e comunidade –Fortaleza(CE)
80. Geniberto Paiva Campos, Médico Cardioologista – Distrito Federal(DF)
81. Gerlane Alves Pontes da Silva, Médica pediatra – Recife(PE)
82. Gilberto José Spier Vargas(Pepe Vargas), Médico e Dep federal PT/ RS
83. Gilvanice Delgado Noblat, Médico Psiquiatra – Pernambuco
84. Gines Villarinho, Médico residente em medicina de família e comunidade UFPB- João Pessoa(PB)
85. Giovana Bacillieri Soares, médica de família e comunidade e professora da UFS – Aracaju(SE)
86. Graciela Esther Pagliaro, Médica da saúde da família – Rio de Janeiro(RJ)
87. Gustavo Adolfo Sierra Romero, médico infectologista e prof UNB (DF)
89. Hêider Aurélio Pinto, Médico sanitarista – Brasília(DF)
90. Heleno Rodrigues Corrêa Filho, Médico e livre docente em epidemiologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP/FCM) – São Paulo(SP)
91. Hugo Crasso Oliveira do Nascimento, MédicoGeneralista – Belém(PA)
92. Idê Gomes Dantas Gurgel, Coordenadora do Fórum Pernambucano de Combate aos Efeitos dos Agrotóxicos, na Saúde do Trabalhador, no Meio Ambiente e na Sociedade Laboratório de Saúde,Ambiente e Trabalho (LASAT) – Recife(PE)
93. Igor Tavares da Silva Chaves, Médico de Família e Comunidade -Florianópolis(SC)
94. Joana Carvalho Ribeiro de Jesus, Médica de Família e Comunidade – Rio de Janeiro(RJ)
95. Jorge Esteves Teixeira Junior,Médico de família e comunidade e Professor do Departamento de Medicina de Família e Comunidade da UFRJ – Rio de Janeiro(RJ)
96. Jorge José Santos Pereira Solla, Médico epidemiologista – Salvador(BA)
97. José Ângelo LaulettaLindoso, médico infectologista – São Paulo(SP)
98. José Bonifácio Carreira Alvim, Secretário de Saúde do DF – Distrito Federal(DF)
99. José Gustavo Sobreira de Oliveira, Médico pediatra, residente de UTI pediátrica – São Paulo(SP)
100. Jose Luiz dos Santos Nogueira, Clínico Geral – Belo Horizonte(MG)
101. José Noronha, Médico e Pesquisador da Fiocruz e Conselheiro do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – CEBES – Rio de Janeiro(RJ)
102. José Santos Souza Santana, Médico sanitarista- Salvador(BA)
103. Karina BarrosCalife Batista, Médica sanitarista – São Paulo(SP)
104. Karla Santa Cruz Coelho, Médica – Rio de Janeiro(RJ)
105. Karoline Cornejo, Médica psiquiatra, Instituto Nise da Silveira – Rio de Janeiro (RJ)
106. Kathleen Tereza da Cruz, Médica – Rio de Janeiro(RJ)
107. Lara Ximenes Santos, Médica de Família e Comunidade – Recife(PE)
108. Laura Camargo MacruzFeuerwerker, Médica sanitarista e professora universitária – São Paulo(SP)
109. Leandro Domingues Barretto, Médico de família – Salvador(BA)
110. Leila BitarMoukachar Ramos,Médica Sanitarista – Belo Horizonte(MG)
111. LisianeSeguti Ferreira, Médica neuropediatra – Distrito Federal(DF)
112. Lorene Louise Silva Pinto, médica epidemiologista e professora da UFBA – Salvador(BA)
113. Lourival Rodrigues Marsola, Médica Infectologista–Belém(PA)
114. Luciana Cajado, Médica de Família e Comunidade e mestranda em Saúde Pública na FIOCRUZ – Rio de Janeiro(RJ)
115. Luciana Guimaraes Nunes de Paula, Médica de família e comunidade – Distrito Federal(DF)
116. Luciana Utsunomiya, Médica sanitarista – Sumaré(SP)
117. Luciano Bezerra Gomes, Médico sanitarista e professor da UFPB – João Pessoa(PB)
118. Luis Augusto de Faria Cardoso, Médico Clínico – Minas Gerais
119. Luis Cláudio de Carvalho, Médico – Rio de Janeiro(RJ)
120. Luis Eugenio Portela Fernandes de Souza, Médico e Professor da Universidade Federal da Bahia – Salvador(BA)
121. Luiz Renato de Rezende Lopes, Médica pediatra – Pouso Alegre (MG)
122. Luiz Ricardo Stinghen, Especialista em Auditoria Médica e Saúde Coletiva – Curitiba(PR)
123. MaraCosta Vieira, Médica generalista – Salvador(BA)
124. Marcelo Coltro, Médico de família e comunidade – Florianópolis(SC)
125. Márcio Leno Maués, Perito Médico Previdenciário do INSS – Pará
126. Marco Paulo Tomaz Barbosa, Médico cardiologista – Belo Horizonte(MG)
127. Marcos Heridijanio Moura Bezerra, Médico ortopedista – Serra Talhada(PE)
128. Margarida Barreto, Médica do trabalho – São Paulo(SP)
129. Margarita Silva Diercks, Médica de Família e Comunidade – Porto Alegre(RS)
130. Maria Aparecida Affonso Moyses, Médica – São Paulo(SP)
131. Maria da Conceição Stern, Médica pediatra e homeopata – Niterói(RJ)
132. Maria do Carmo Cabral Carpintero, Médica sanitarista – São Paulo(SP)
133. Maria Inês Vasconcelos Lopes Ferreira, Médica – Recife(PE)
134. Maria InesBattistellaNemes, Médica Sanitarista e Professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) – São Paulo(SP)
135. Maria Martins Aléssio, médica de família e comunidade – Brasília(DF)
136. Maria Regina Fernandes de Oliveira, Médica Epidemiologista – Brasília(DF)
137. Mariana Amorim Alencar, Médica de Família e Comunidade – Distrito Federal(DF)
138. Mariana Troccoli de Carvalho, Médica de família e comunidade –Recife(PE)
139. Marília Gava, Médica do trabalho e sanitarista, Perita Médica do INSS –Brasília(DF)
140. Marina Guimarães, Médica de saúde da família – Juiz de Fora(MG)
141. Mario Adriano dos Santos, Médico alergista e imunologista – Aracaju(SE)
142. Marita Pinho Cerqueira, Médica da Estratégia Saúde da Família – Salvador(BA)
143. Marta Teixeira Rocha, Médica Generalista – Salvador(BA)
144. Michele Lopes Pedrosa, Chefe da Divisão Médica do Instituto de Ginecologia da UFRJ – Rio de Janeiro(RJ)
145. Mônica Ávila de Carvalho, médica ginecologista e obstetra – Pouso Alegre(MG)
146. Mônica de Medeiros Eloy, médica anestesiologista – Recife(PE)
147. Mônica Sampaio de Carvalho, Médica Sanitarista – Distrito Federal(DF)
148. Murilo Leandro Marcos, Médico de Família e Comunidade – Florianópolis(SC)
149. Natália de Souza Magalhães, Médica cirurgiã pediátrica – Vitória da Conquista(BA)
150. Nilton Pereira Júnior, Médico sanitarista e Professor do Departamento de Saúde Coletiva na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia – Uberlândia(MG)
151. Odalci Joé Pustai, Médico e Prof. Adjunto do Departamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da UFRGS – Porto Alegre(RS)
152. Paula Ávila Fernandes, Médica patologista- Belo Horizonte(MG)
153. Paula Garcia de Araújo, Médica de família e comunidade – Distrito Federal(DF)
154. Paulo Afonso Martins Abati, Médico Infectologia – São Paulo(SP)
155. Paulo J. B. Barbosa, Médico Cardiologista – Salvador(BA)
156. Pedro Miguel dos Santos Neto, Médico sanitarista – Recife(PE)
157. Priscilla D. C. Batista, Médica Sanitarista – Sergipe(SE)
158. Rafaela Cordeiro Freire, Médica Sanitarista– Salvador(BA)
159. Renato Penha de Oliveira Santos, Médico de Família e Comunidade – Rio de Janeiro(RJ)
160. Ricardo de Sousa Soares, Médico de Família e Comunidade e Professor da UFPB – João Pessoa(PB)
161. Ricardo Duarte Vaz, Médico psiquiatra – Rio de Janeiro(RJ)
162. Rodrigo Alves Torres Oliveira, Médico Sanitarista – Rio de Janeiro(RJ)
163. Rodrigo de Oliveira Silva, Médico de família e comunidade – Recife(PE)
164. Rodrigo Macedo Pacheco, Médico de família e comunidade e Preceptor da Residência de Medicina de Família e Comunidade SMS – Rio de Janeiro(RJ)
165. Rogério Cássio Leal Rodrigues, Médico dermatologista – Juazeiro(BA)
166. Ronaldo Zonta, Médico de Família e Comunidade – Florianópolis(SC)
167. Ruben Araujo de Mattos médico, Médico e professor da UERJ – Rio de Janeiro(RJ)
168. Sawllus Coelho Marques Silvaira, Médico psiquiatra, Rio de Janeiro(RJ)
169. Silvio Roberto Medina Lopes, Médico Sanitarista – Salvador(BA)
170. Sonia Maria CoutinhoOrquiza, Médica de família e comunidade – Londrina(PR)
171. Teresa de Jesus Martins, Médica sanitarista – São Paulo(SP)
172. Thiago Carvalho de Lima, Médico anestesiologista, Hospital Universitário Pedro Ernesto – Rio de Janeiro(RJ)
173. Tiago Salessi Lins, Médico de família e comunidade, Universidade Federal Da Paraíba (UFPB) – Paraíba
174. Ticyana Ferreira d Azambuja Ramos, MédicoAnestesiologista – Rio de Janeiro(RJ)
175. Valeska Antunes, Médica de Família e Comunidade – Rio de Janeiro(RJ)
176. Verônica Gomes Alencar, Médica ginecologista, sanitarista e homeopata – Campinas(SP)
177. Viviane Xavier de Lima e Silva, médica de família e comunidade e professora da UFPE – Caruaru(PE)
178. Emile Sampaio Cordeiro, Médica generalista – Juazeiro do Norte(CE)
179. Natália Madureira Ferreira, Médica de família e comunidade – Uberlândia(MG)
180. Rodrigo Caprio Leite de Castro, Médico de família e comunidade – Porto Alegre(RS)

terça-feira, 23 de setembro de 2014

BERCOVICI EXCLUSIVO: POR QUE O ENTREGUISMO NÃO ACABA? A carteira do trabalho dá ao trabalhador a consciência de seus direitos

Entenda melhor o que está em jogo nas eleições de 2014, assistindo ao vídeo do Conversa Afiada.
Você sabe o que são "Entreguistas", no cenário da política e da economia brasileiras?
Entenda. Aprenda.
O grande capital daqui e de fora não brincam com eleição.
Passou a Festa Democrática os caras irão cair em cima das nossas riquezas, SE DEIXARMOS.
Assista...

Conversa Afiada exibe uma entrevista com o professor Gilberto Bercovici, titular da cadeira Direito Econômico da USP, realizada na redação do Conversa Afiada.

Ele é um especialista em Vargas e trata da sobrevivência do entreguismo no pensamento conservador brasileiro e por que, até hoje, os conservadores querem “flexibilizar” as leis que Vargas consolidou na CLT. 

Ainda sobre Bercovici,  a integra da Aula Magna que ele proferiu na abertura dos cursos deste ano da Faculdade de Direito da USP, sobre as Reformas de Base de Jango.

Vox Populi/TV Record: Dilma pode ganhar no 1º turno Candidata à reeleição aparece com 40%, enquanto Marina Silva tem 22% e Aécio Neves, 17%

dilma rousseff
Em comparação à pesquisa anterior, presidenta cresceu quatro pontos percentuais, enquanto Marina caiu cinco e Aécio cresceu dois.
Site Carta Capital
Nova pesquisa Vox Populi/ TV Record mostra que a presidenta Dilma Rousseff poderia vencer no primeiro turno. A candidata à reeleição pelo PT lidera a corrida presidencial com 40%. Dilma está 18 pontos à frente da ex-senadora Marina Silva (PSB), que apresenta 22%, e 23 pontos à frente de Aécio Neves, candidato à Presidência pelo PSDB, que aparece com 17% das intenções de voto.
Em comparação com a consulta anterior feita em 15 de setembro, a pesquisa divulgada nesta terça-feira 23 mostra que presidenta cresceu quatro pontos percentuais, enquanto Marina caiu cinco e Aécio Neves cresceu dois pontos.
O total de votos brancos e nulos soma 6%, enquanto os eleitores indecisos totalizam 12%.
Os candidatos Everaldo Pereira (PSC) e Luciana Genro (PSOL) têm 1% cada um. Já Eduardo Jorge (PV), Mauro Iasi (PCB), Eymael (PSDC), Rui Costa Pimenta (PCO) e Levy Fidelix (PRTB) não pontuaram.
Em um eventual segundo turno entre Dilma e Marina, a presidenta aparece com 46% e Marina com 39%. É a primeira pesquisa onde Dilma lidera a disputa em uma nova votação. No caso de uma disputa entre a presidenta e o tucano Aécio Neves, Dilma teria 49% e Aécio, 34%.
A consulta foi feita com base em entrevistas com 2.000 eleitores, entre os dias 20 e 21 de setembro, em 147 cidades do País. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%.
A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número BR-00733/2014.
Ainda nesta terça-feira 23, pesquisa Ibope mostrou que a presidenta Dilma oscilou positivamente de 36% para 38%. Marina, por sua vez, oscilou negativamente de 30% para 29%. Em terceiro lugar, o tucano Aécio Neves manteve 19% e parou sua tendência de melhora que teve na pesquisa anterior, quando subiu quatro pontos.
Já a pesquisa CNT/ MDA, também divulgada nesta terça-feira 23, mostra Dilma com 42% das intenções de voto, contra 41% de Marina, vantagem que configura empate técnico.

Ibope: Dilma aumenta vantagem sobre Marina

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Site Carta Capital
A presidenta e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) aumentou em três pontos percentuais sua vantagem sobre Marina Silva (PSB) no primeiro turno da disputa presidencial, segundo pesquisa Ibope divulgada nesta terça-feira 23. Segundo o instituto, a presidenta está agora nove pontos à frente de Marina.
Dilma oscilou positivamente de 36%, na pesquisa da semana passada, para 38% na atual. Marina, por sua vez, oscilou negativamente de 30% para 29%. Em terceiro lugar, o tucano Aécio Neves manteve 19% e parou sua tendência de melhora que teve na pesquisa anterior, quando subiu quatro pontos.
Pastor Everaldo (PSC) teve 2% dos votos e os outros candidatos somados tiveram 2%. Indecisos somam 5% e outros 7% pretendem votar em nulo ou em branco. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos percentuais.
As duas candidatas estão empatadas com 41% na disputa de segundo turno. Nas pesquisas anteriores, Marina tinha uma vantagem numérica de três pontos percentuais, vencendo com 43% contra 40%.
A pesquisa foi encomendada pelo Estadão e pela Rede Globo. O instituto ouviu 3.010 eleitores de 296 municípios entre os dias 20 e 22 de setembro. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o número BR-00755/2014.

Jovens de movimentos sociais declaram apoio a Dilma

Fonte: Muda Mais
Em reunião realizada no último domingo (21), jovens de movimentos sociais de SP declararam apoio a Dilma, Padilha e Suplicy. Estavam presentes representantes da Juventude do PT(link is external), da União da Juventude Socialista(link is external) (UJS), da Juventude da Central Única dos Trabalhadores(link is external) (CUT), do Revide, da Consulta Popular(link is external), da Liga do Funk(link is external), da União dos Jovens Brasileiros (UJB) e da Marcha Mundial das Mulheres(link is external), entre outras lideranças, . 
A reunião teve o objetivo ainda de encaminhar diversas agendas para os próximos 12 dias até o primeiro turno das eleições, com atividades voltadas para a juventude, como a ocupação de espaços públicos, oficinas, ações nas redes sociais e panfletagens.
O secretário nacional de Juventude do PT e coordenador do setorial na campanha da presidenta Dilma,Jefferson Lima destacou: "Esse é um momento de muita unidade dos diversos movimentos de juventude com o objetivo de intensificar a mobilização na reta final, no estado de SP, Vamos avançar a onda vermelha nestes últimos dias para dar a virada em SP”.
Para Gabriel Medina, Coordenador de Políticas para a Juventude do Município de São Paulo(link is external), a reunião foi muito positiva. Ele disse ainda “Essa unidade pra pensar essa reta final da campanha é fundamental. Conseguir fazer uma campanha nas ruas e nas redes que ajude a fortalecer a candidatura do Padilha, em São Paulo, e nos levar para o segundo turno e consolidar a vitória da Dilma, para podermos fazer uma disputa que aprofunde as transformações no Brasil, que comemore e consolide as mudanças em curso, mas que também apresente uma perspectiva de futuro, novos programas, novas políticas para a juventude e para o país”.
Além de ações para a campanha, foram abordadas também as dificuldades vivenciadas pela juventude trabalhadora e como os programas de governos do candidato ao governo do estado, Alexandre Padilha e da presidenta Dilma, dialogam com as necessidades desse setor da juventude.
Léa Marques, da Juventude da CUT: “A candidatura da Dilma e do Padilha são as candidaturas que apresentam projetos para a juventude trabalhadora, projetos de mais mudanças, mais futuro, de disputas de valores e de melhoria de vida concreta. A juventude trabalhadora está com Dilma, com Padilha e vai intensificar nessa rota final nos seus locais de trabalho. Vamos fazer panfletagens nas saídas dos call centers, em local de grande circulação da juventude e nas portas das Universidades".
São vários setores organizados da sociedade unindo forças pra garantir a continuidade desse projeto de governo que inclui a todos.

Cúpula do Clima pode "pressionar" líderes para acordo em 2015

Cúpula do Clima pode "pressionar" líderes para acordo em 2015 (© Mike Segar - Reuters)

A Cúpula do Clima, que ocorre hoje (23) na sede das Nações Unidas (ONU) em Nova York, com chefes de Estado, de governo e representantes de 125 países, foi convocada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, como um chamado ao "engajamento internacional" - em prol da preservação ambiental e da redução dos efeitos das mudanças climáticas. Internamente, ele tenta pressionar os países a ter compromisso com o tema, principalmente, pela necessidade de um consenso quanto ao acordo político pendente sobre o clima - que deverá ser votado no ano que vem.
A presidenta Dilma Rousseff deve discursar na reunião agora de manhã. Segundo a assessoria de imprensa da Missão Diplomática do Brasil na ONU, o discurso deverá ser curto e feito entre as 9h e as 10h no horário local (uma hora a menos que em Brasília, pelo horário americano de verão). Dilma participa da reunião, acompanhada pelo chanceler Luiz Alberto Figueiredo.
A ONU espera que os presidentes apresentem "sugestões públicas"para lidar com as mudanças climáticas. Em discursos e entrevistas que antecederam a reunião, o secretario-geral do organismo pediu que os líderes participantes do encontro trouxessem "medidas concretas".
Por isso, alguns analistas acreditam que os chefes de Estado possam aproveitar o momento para anunciar algum tipo de compromisso ou gesto de "boa vontade", tendo em vista a necessidade da assinatura do acordo no ano que vem.
Mas a busca do consenso não é fácil, tanto pela dinâmica de cada país quanto pelos interesses políticos e econômicos. Os Estados Unidos, por exemplo, acreditam que é possível conciliar a luta contra as mudanças climáticas com o crescimento econômico.
"Alguns acreditam que o combate às alterações climáticas é uma escolha entre investir no futuro e fazer crescer a nossa economia no médio prazo, mas essa é uma falsa escolha”, declarou o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jacob Lew, durante discurso ontem (22). Entretanto, ele admitiu que o país pode "mudar a forma" de produzir energia, com a adoção de sistemas renováveis.
Mas os efeitos das mudanças climáticas já causam impacto econômico no mundo. e o aumento previsto de 2,5ºC da temperatura do planeta poderia representar um custo de 5% do Produto Interno Bruto, considerando-se somente os países latino-americanos. A estimativa foi divulgada ontem pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).
Com relação à opinião pública, o evento mobilizou a sociedade civil. Ontem (22), milhares de pessoas participaram de manifestações em prol do clima em mais de 160 países.  A ONG People´s Climate March (em português, Caminhadas pelo Clima) foi uma das que mais organizaram protestos, que começaram na semana passada.
As caminhadas pelo Clima pedem a diminuição de emissões de carbono - um dos pontos mais difíceis de consenso entre os países - desde a última conferência sobre o tema, realizada em Copenhague, na Dinamarca, em 2009. Em Nova York, o próprio Ban Ki-moon participou de caminhada, ao lado do ator Leonardo Dicaprio, escolhido como embaixador da ONU para as mudanças climáticas.
Em conversa com jornalistas durante a caminhada, o secretário defendeu a mobilização, lembrando-se da responsabilidade desta geração com o futuro. "Este é o planeta onde as próximas gerações vão viver. Não existe plano B, porque não temos o Planeta B', disse.
Editor Graça Adjuto
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segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Como entender Marina? A candidata do PSB, sem ser socialista, é um poço de confusão e contradições. Leia o editorial de Mino Carta por Mino Carta



Marina
Vale confiar em uma candidata que atribui a sua chance à Providência Divina?
Site Revista Carta Capital - dia 22/09/2014
Volto de viagem ao exterior e retomo meu espaço habitual. Em Roma, li uma análise a respeito da candidatura de Marina Silva que coincide com a avaliação deCartaCapital. No jornal La Repubblica, dos três de circulação realmente nacional, o de maior tiragem juntamente com o Corriere della Sera, e, na minha opinião, o melhor de todos.
Diz o diário que Marina Silva tem um passado honroso e nem por isso as qualidades necessárias ao exercício da Presidência de um país do tamanho e da importância do Brasil. Sua formação política é precária e suas ideias, quando manifestadas com um mínimo de clareza semântica, são confusas e contraditórias, de sorte a ressaltar a dramática incógnita que a candidata representaria se eleita.
O texto do La Repubblica confirma as nossas previsões, feitas nesta página no momento em que ficou assentada a substituição de Eduardo Campos por Marina Silva. Ou seja: ela seria tragada pelo apoio da mídia nativa, autêntico partido de oposição, porta-voz da casa-grande, e por esta arrastada inexoravelmente para a direita mais retrógrada.
E aí começam a confusão e a contradição da candidata do PSB sem ser socialista. Ela passou a ocupar a cena política brasileira como inimiga do latifúndio e da devastação ambiental, o que implica uma postura oposta àquela dos seus atuais arautos e conselheiros, adeptos, além de tudo, da involução globalizada, dita neoliberalismo, a desencadear a crise mundial. Eis perfilada a ameaça: o retorno à política econômica do governo de Fernando Henrique Cardoso, quando, em nome da estabilidade, o Brasil quebrou impavidamente três vezes e foi entregue ao presidente Lula com as burras à míngua.
Uma ação leva a outra, e haveria a se temer também pela renúncia a uma política exterior que, depois de FHC, desatrelou o Brasil dos interesses de Washington. Há quem diga que o fenômeno Marina Silva de certa forma repete deploráveis momentos históricos vividos em 1960 com Jânio Quadros e em 1989 com Fernando Collor. Com o endosso maciço da mídia, o homem da vassourinha e o caçador de marajás foram eleitos. A Presidência de ambos redundou em desastre.
CartaCapital acredita que nas mãos da ex-seringueira o destino do Brasil não seria promissor. Mas acredita também que desta feita o País saberá evitar o risco, e não receia abalar-se a um vaticínio que muitos reputarão prematuro. Nadar contra a corrente estimula quem dá a braçada honesta.
Vale registrar, de todo modo, que esta nossa ribalta se oferece a personagens singulares, ou, se quiserem, peculiares, prontamente engolfados pela direitona sempre disposta a agarrar em fio desencapado. Não me permito incluir no rol de alternativas desesperadas o já citado Fernando Henrique, habilitado a tornar-se paladino de quaisquer ideias e tendências ao sabor do que entende como conveniência pessoal.
Nunca esquecerei aquela noite em Rafard, interior de São Paulo, na campanha para a primeira eleição a governador do estado em 1982. O príncipe dos sociólogos concedia sua arenga aos boias-frias da área enquanto a brisa noturna sussurrava nos canaviais, e Mario Covas sentou-se ao meu lado na amurada da boleia de um caminhão transformada em palanque. Meneava a cabeça, a significar: “Quantas besteiras...”
O mesmo Covas que ameaçou largar o PSDB caso FHC aceitasse o convite de Collor para ser seu chanceler. E não é que o homem quase embarcou na canoa furada? Sobra minha surpresa ao constatar que dentro do próprio ninho tucano o candidato Aécio, que me mereceu simpatia desde o tempo em que carregava a pasta do avô Tancredo, confia no ex-presidente. Tancredo, aliás, dizia do sociólogo: “É o maior goela da política brasileira”.
Ao cabo, pergunto aos meus botões se vale confiar, em contrapartida, em uma candidata que, ao se apresentar como tal, atribui a sua chance à Providência Divina. Teríamos de entender que a mesma manifestação do Altíssimo determinou a morte trágica de Eduardo Campos? Os botões, como Mario Covas, exprimem o oximoro do espanto resignado.
P.S.: O governador do Ceará, Cid Gomes, um dos melhores do País com 80% de aprovação, segundo pesquisa Datafolha de agosto passado, move ação por calúnia contra a semanal IstoÉ, que o acusa de envolvimento no Caso Petrobras. É o recurso recomendável contra quem carece de provas, como é da tradição dos porta-vozes da casa-grande. Não precisava, contudo, pedir a apreensão da revista. Isto equivale a oferecer aos caluniadores munição de graça.