segunda-feira, 8 de setembro de 2014
O Que Somos Afinal? Somos Todos Keynesianos? Somos Todos Neoliberais?
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
Fundamental é entender, principalmente em ano de eleição, o que seja Keynesiano ou Neoliberal.
Por que entender tais temas se o tempo que me resta é apenas para trabalhar?
Por que entender se ainda sou muito jovem e "tenho todo o tempo do mundo"?
Por que entender se já sou muito velho?
Por que...
Acredito que a leitura de mundo serve para todas as idades, para todas as pessoas. Leitura de mundo serve para você melhorar sua análise do que seja um governo, uma política pública, um candidato por exemplo, e, uma forma importante para se adquirir visão de mundo é lendo; não lendo qualquer coisa, no Brasil temos dezenas de revistas e jornais, muitos são muito bons, uma minoria é esgoto puro.
Escolhi começar a segunda-feira escrevendo sobre esse tema devido a um artigo que tive a grata oportunidade de conhecer e ler no último número da Revista do Brasil. O artigo de Emir Sader tem o seguinte título: O que resta à direita latino-americana - Na falta de projetos ela (direita) se refugia em setores da mídia para formar cadeias que resistem a transformações democráticas. Ótimo artigo.
O autor analisa como, durante todo o século XX, a América Latina sofreu com governos conservadores e com as crises econômicas-sociais estruturais advindas de políticas que apostaram em governos que escolheram trilhar caminhos conservadores baseados em pressupostos do velho e do novo capitalismo favorecendo as minorias ricas que assaltaram o Estado provocando a ampliação da miséria no continente.
Mesmo com o fim das ditaduras militares, que foram colocadas no poder pelos grupos conservadores para defender os interesses das elites da região, ampliamos absurdamente a miséria, tanto no Brasil como em quase todos os países do continente, as eleições tidas como democráticas, que levaram ao poder vários presidentes conservadores/neoliberais e no Brasil o Sr. FHC, por exemplo, não foram capazes de diminuir a miséria no continente. Num relatório do PNUD - órgão das Nações Unidas para o desenvolvimento -, lançado no início dos anos 2000, atesta os fatos que destacamos acima, vejam o que diz o relatório:
"A América Latina apresenta atualmente um extraordinário paradoxo. Por um lado, a região pode mostrar. com grande orgulho, mais de duas décadas de governos democráticos. Por outro, enfrenta uma crescente crise social. Persistem profundas desigualdades, existem níveis de pobreza elevados, o crescimento econômico tem sido insuficiente e a insatisfação (expressa em muitos lugares, por um amplo descontentamento popular) das cidadãs e dos cidadãos com essas democracias tem aumentado". (Relatório Pnud, pág. 13, 2004)
É fundamental lembrar que todos esses governos ditos democráticos, por que foram eleitos por eleições diretas logo após as ditaduras militares, apostaram na política neoliberal imposta goela abaixo pelos Estados Unidos da América e pela Inglaterra no continente, quase todos os países adotaram, uns mais outros menos. Todos vimos no que deu, mais miséria, mais violência. A escolha de governantes através do voto é a coisa mais saudável, mas a democracia não se esgota aí, precisamos avanças muito mais atendendo às demandas da maioria do Povo.
Esse modelo conservador/neoliberal que tem como meta ajustes fiscais para ampliar interesses de banqueiros, grandes empresários, não vingou, pelo menos não vingou para a sociedade como um todo, para os trabalhadores e trabalhadoras. Vejam o que diz Emir Sader:
"O modelo, pujante no seu início, revelou no entanto seus limites. As crises financeiras se multiplicaram - do México à Coreia do Sul, do Brasil à Rússia, da Argentina à Grécia. Depois de ter sido o continente que teve mais governos neoliberais e nas suas modalidades mais radicais - com os de Pinochet no Chile (1973-1990) e Menem na Argentina (1990 - 2000) -, a América Latina viu florescer governos antineoliberais. Esses governos ocuparam lugares amplos no campo político, deslocando a direita tradicional, agora associada à "nova" direita". Emir Sader, Revista do Brasil, n° 98, pág. 33, 2014).
Quem ganha se fizermos apenas ajustes fiscais em detrimento das Políticas Sociais? os já ricos, os grandes empresários, as grandes corporações. Agora, quem ganha, se o governo faz os ajustes fiscais, por exemplo, controle da inflação, mas dá centralidade às Políticas Sociais? todos, inclusive e principalmente os mais pobres, os trabalhadores e trabalhadoras. Precisamos manter o Estado Indutor de crescimento e de direitos sociais, no lugar da centralidade do mercado. Emir Sader, sobre isso, defende:
"Novos governos - Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador - se consolidaram por atuar nos pontos mais frágeis do neoliberalismo: promovendo a centralidade das políticas sociais no lugar dos ajustes fiscais. Recuperando o papel do Estado como indutor de crescimento e de direitos sociais, no lugar da centralidade do mercado. Priorizando diálogo regional em vez de tratados com os Estados Unidos". (Idem).
A América Latina e o Brasil avançaram muito em quase todas as áreas nesses últimos doze anos de governos progressistas. A dita "nova direita" perdeu e se desestabilizou, não só por que perdeu as eleições, mas por que não tem projetos de inclusão, com isso o Povo, mesmo aqueles que votavam por "cabresto", se afastaram. Com isso, a direita daqui e do continente buscou amparo nas redes de grandes mídias - TVs, Jornais, Rádios etc. -, aqui no Brasil, TV Globo, revista Veja, jornais como a Folha e o Estadão, fizeram o papel de oposição, não uma oposição séria, propositiva, mas desonesta e golpista. Sobre isso Emir Sader também escreve:
"Resta à direita latino-americana promover formas de desestabilização, combinando campanhas terroristas na mídia, mobilizações de setores que resistem às transformações democráticas e apoio internacional, buscar brecar os impulsos desses governos e, eventualmente ganhar eleições." (Ibidem).
Os números, como diz alguns, não mentem. Se olharmos sem paixão e ódio, seremos capazes de enxergar países bem melhores no continente. Muita coisa tem por fazer, mas os avanços são inegáveis.
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
domingo, 7 de setembro de 2014
A política externa e a nova partilha do mundo Os críticos da política externa brasileira insistem em embarcar na canoa dos países ricos – uma canoa furada – sem reconhecer, contudo, os acertos dos não ricos em abrir novos caminhos
por Marcio Pochmann
Com 7,2 bilhões de habitantes e mais de 200 países, o planeta Terra contabiliza Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 75 trilhões. Se repartido equivalentemente, cada habitante receberia US$ 10,5 mil em 2013 (R$ 23,6 mil). Infelizmente, a repartição da renda no mundo não é bem assim. Como diria G. Shaw: “A estatística é uma ciência que demonstra que se meu vizinho tem dois carros e eu nenhum, nós dois temos um, em média”.
Até o início da década de 2000, a economia nacional estava fortemente associada à dinâmica dos países ricos. Nos últimos anos, o Brasil apontou para um caminho próprio
Atualmente, o PIB global encontra-se repartido em quatro grandes blocos de países. De um lado, as economias ricas que se associam à Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), operando em dois grandes blocos distintos de economias. Um na América do Norte, outro sob o comando da União Europeia. De outro lado, a parte restante dos países fica com 49% do PIB, dividindo-se também em dois grandes blocos de economias. O primeiro atende pelo nome de Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o segundo bloco compreende os demais países restantes.
De tudo isso, interessa destacar o Brics por se caracterizar por ser mais dinâmico e se diferenciar da subordinação e dependência associada à dinâmica das economias ricas. Em 1990, por exemplo, a União Europeia respondia por 31,9% do PIB global, os Estados Unidos tinham 30,6%, os Brics, 7,9% e os demais países, 29,7%. Na comparação entre os anos de 1990 e 2013, os países ricos (OCDE) reduziram a sua participação relativa no PIB global de 62,5% para 51%. Nesse período de tempo, o Brics teve o peso relativo no PIB global crescido de 7,9% para 21,2%.
Projetada para a próxima década a mesma trajetória, os Brics poderão alcançar cerca de um terço do PIB global, restando próximo de um quinto cada para Estados Unidos e União Europeia no produto mundial. Dentro dessa nova partilha do mundo, se pode reconhecer o reposicionamento do Brasil. Até o início da década de 2000, a economia nacional estava fortemente associada à dinâmica do bloco dos países ricos. Nos últimos anos, três ações governamentais contribuíram para apontar o caminho próprio do Brasil, graças a uma opção pelo desenvolvimento de uma “política externa ativa e altiva”, como destaca o embaixador Celso Amorim – ministro de Relações Exteriores durante os governos de Itamar Franco (1993-1995) e de Lula (2003-2010), hoje ministro da Defesa.
A universalização da diplomacia com enfoque nas relações Sul-Sul do mundo impulsionou o comércio com países não ricos. Somente com a China, as exportações passaram de US$ 1 bilhão para US$ 46 bilhões, enquanto em relação ao mundo as vendas externas brasileiras subiram de US$ 60 bilhões em 2002 para US$ 242 bilhões em 2013. Além disso, o perdão da dívida externa em países pobres criou saldo comercial, assim como a abertura de novas embaixadas e consulados e a maior cooperação do país por meio de instituições públicas.
A segunda ação governamental direcionou-se à internacionalização do setor privado brasileiro. Por meio de estímulos do BNDES, várias empresas tornaram-se capazes de elevar a exportação. Por fim, a terceira ação foi voltada ao fortalecimento do sistema de defesa – o país tem a segunda maior fronteira seca do mundo e a maior costa marítima no Oceano Atlântico. Agrega-se, ainda, a descoberta de enormes reservas de petróleo na camada do pré-sal.
A constituição de estratégia para o sistema de defesa nacional vem se sustentando por meio de diversos acordos de aquisição tecnológica nos campos da aviação supersônica, submarino de propulsão nuclear, modernos equipamentos antiaéreos e eletrônicos. É a recomposição do complexo industrial de defesa.
Diante disso, se pode perceber a natureza das críticas da oposição à política externa do governo da presidenta Dilma Rousseff. Possivelmente, desejam avidamente embarcar na canoa dos países ricos sem reconhecer, contudo, a nova repartição do mundo. Uma canoa furada.
sábado, 6 de setembro de 2014
O mundo da internet é vasto, tem verdades e Mentiras - http://www.boatos.org/
Conheça o site Boatos.org, precisamos fazer da internet um ambiente mais sério e confiável. A internet pode ser uma maravilhosa ferramenta de trabalho, estudo, pesquisa, negócios e amizades...mas pode ser um inferno para pessoas que são caluniadas, ofendidas, violentadas e tem sua vida exposta. Pense! Acesse e conheça: http://www.boatos.org/
por José Gilbert A Martins (Professor)
A desinformação e a baixaria podem ser detectadas e evitadas - As redes sociais tanto podem ser canal de compartilhamento de informação, como de escoamento de confusão e ódio
Extraído de: http://www.redebrasilatual.com.br/revistas dia 06/09/2014
Com o início oficial da campanha eleitoral de 2014, no dia 5 de julho, candidatos a presidente da República, senador, governador, deputado federal e deputado estadual ativaram suas páginas nas principais redes sociais, como Google+, Facebook e Twitter. O objetivo da presença na internet é centralizar mensagens de estímulo a seus apoiadores e dialogar com eleitores indecisos, apresentar propostas e projetos ou, simplesmente, reforçar nome e número de urna na memória do cidadão. Isso, claro, na superfície. Sob um ambiente republicano e propositivo, onde impera a cordialidade, candidaturas de todas as cores partidárias e ideológicas concentram em torno de si, com anuência das coordenações de campanhas ou não, centrais de boataria que espalham notícias desatualizadas ou fora de contexto, mentiras e maldades pelas redes sociais.
Com o início oficial da campanha eleitoral de 2014, no dia 5 de julho, candidatos a presidente da República, senador, governador, deputado federal e deputado estadual ativaram suas páginas nas principais redes sociais, como Google+, Facebook e Twitter. O objetivo da presença na internet é centralizar mensagens de estímulo a seus apoiadores e dialogar com eleitores indecisos, apresentar propostas e projetos ou, simplesmente, reforçar nome e número de urna na memória do cidadão. Isso, claro, na superfície. Sob um ambiente republicano e propositivo, onde impera a cordialidade, candidaturas de todas as cores partidárias e ideológicas concentram em torno de si, com anuência das coordenações de campanhas ou não, centrais de boataria que espalham notícias desatualizadas ou fora de contexto, mentiras e maldades pelas redes sociais.
A página boatos.org, dedicada a desmentir fofocas mentirosas que circulam pelas redes sociais como se fossem fato, aponta a presidenta Dilma Rousseff (PT) como principal alvo das mentiras nas redes sociais, com mais de 50 boatos divulgados sobre ela desde 2010, sua campanha anterior. São montagens de foto – como a que apresenta a presidenta exibindo os dedos do meio à torcida do Brasil durante o jogo de abertura da Copa do Mundo –, de vídeos – um deles mostra que um jogador alemão, após sagrar-se campeão do Mundial, teria se recusado a apertar a mão da presidenta– e muitas histórias para lá de suspeitas.
“Ministro das finanças da Suíça humilha Dilma na Europa”, “Dilma traz 50 mil haitianos para votar pelo PT” e “ex-namorada de Dilma entra na Justiça e cobra pensão” são apenas alguns exemplos do tipo de material que busca alimentar preconceitos contra cor da pele e identidade sexual, por exemplo, e prejudicar a imagem da presidenta perante a parcela mais conservadora da sociedade.
Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), candidatos a presidente pela oposição, são menos citados e com menor virulência. Em relação a Campos, a única invenção das redes sociais registrada no site, de tendência neutra, é o de que ele seria filho ilegítimo do compositor Chico Buarque. A “evidência” do parentesco seria apenas a cor dos olhos.
Contra Aécio, a carga é mais pesada: “memes”, como são chamadas as imagens sobrepostas por texto de tom humorístico ou sarcástico, e falsos links o acusam de mover ação contra a cerveja Heineken por ter uma estrela vermelha (símbolo do PT) na garrafa, de menosprezar o voto dos professores e de usar sua filha do casamento anterior, com Andrea Falcão, para realizar tráfico internacional de diamantes.
A campanha mais intensa contra Aécio, no entanto, é relacionada a seu suposto vício em cocaína. Foram as repetidas menções a essa história que levaram o candidato a solicitar ao Google que restringisse o recurso "autocompletar" da barra de busca do site por conta da associação imediata que o sistema fazia entre o nome do senador mineiro e o entorpecente, levando em conta a quantidade de citações na rede e de pesquisas realizadas com esses termos.
O candidato tucano registra, ainda, o único caso de boato positivo para sua imagem de acordo com o boatos.org: texto que circulou pelas redes sociais como se fosse produzido por veículos tradicionais de comunicação dava conta de que o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa teria aceitado ser ministro da Justiça caso Aécio seja eleito presidente. Barbosa, que mesmo sem poder ser candidato chegou a pontuar 14% em pesquisa Datafolha de fevereiro, é figura de prestígio entre o eleitor alinhado ao PSDB.
Exacerbar a comunicação
Dilma, cuja campanha atualmente realiza seminários de formação para militantes virtuais e orienta seus apoiadores a buscar desmentir boatos, e Aécio, que tem buscado prioritariamente o caminho judicial para impedir a propagação de notícias falsas, são alvos mais atingidos por sua evidência pública.
“Enquanto nas redes empresariais e científicas há objetivos e tarefas, a finalidade das redes sociais de internet é prioritariamente promover e exacerbar a comunicação”, analisam as professoras Lúcia Santaella e Renata Lemos, do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de São Paulo, no estudo A Cognição Conectiva do Twitter (2010). “As redes sociais de internet estão demonstrando que o humano quer se comunicar com a finalidade pura e simples de se comunicar, estar junto”, continuam, “não importa quando, como ou para quais fins”. Essa tendência, que valoriza o estardalhaço de um boato negativo, indica a prioridade de compartilhar conteúdos que confirmem opiniões já compartilhadas pelo meio social do internauta, sem necessidade de que as informações sejam, de fato, verdadeiras.
Ocorre, no entanto, que determinadas histórias obscuras da internet tenham objetivos muito claros. Em 2013, um boato sobre o fim do Bolsa-Família originado em uma empresa de telemarketing contratada para espalhar a história por meio de mensagens pelo celular, além de uma enxurrada de compartilhamentos da história por perfis falsos no Twitter, levaram a 920 mil saques de beneficiários do programa na Caixa Econômica Federal em maio de 2013, com impacto sobre o caixa da instituição da ordem de R$ 152 milhões. O episódio alimentou nova onda de críticas ao programa e de comentários preconceituosos na rede contra cidadãos que recebem o auxílio governamental.
- RBA
- Difamação O filho de Lula, Fábio Luís, é vítima preferencial da central de boatos. As mentiras renderam processos contra empresas, jornalistas e políticos
Um capítulo à parte são os “causos” sobre as posses de Fábio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, conhecido como “Lulinha”. De acordo com mensagens divulgadas pela internet, ele seria proprietário da Friboi (empresa pertencente ao grupo JBS), teria comprado uma fazenda em Fortaleza, no Ceará, por R$ 47 milhões, e um jatinho Gulfstrem Gill por mais R$ 100 milhões. A imagem que acompanhava as mensagens sobre a compra da fazenda é, na verdade, de prédio histórico que sedia a Escola de Agricultura da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba, interior paulista.
Seis pessoas foram denunciadas em inquérito pela difamação da família de Lula, entre elas Daniel Graziano, coordenador do site Observador Político, do Instituto FHC, e filho de Xico Graziano, coordenador de redes sociais da campanha de Aécio. Intimado a depor por três vezes, Daniel nunca compareceu ao Judiciário para esclarecer seu envolvimento no caso. As histórias de enriquecimento de Lulinha fazem consonância a outro boato comum, de que Lula integraria a lista de 100 maiores bilionários da lista da revista Forbes. A própria revista norte-americana desmentiu.
Trolls e robôs
Os canais de divulgação dos boatos são variados. Além do internauta ansioso por compartilhar informações que ganhem a atenção da maior parte de seus contatos, há páginas e perfis, geralmente falsos ou anônimos, profissionalizados em compartilhar informações duvidosas. É o caso da “TV Revolta”, perfil que tem mais de 3,6 milhões de fãs no Facebook e promove “notícias” que distorcem o funcionamento de programas sociais, como o auxílio reclusão pago a famílias de presidiários (o site é, provavelmente, o criador do apelido “bolsa bandido”) e superdimensionam indicadores, como a inflação. Há, ainda, os “robôs”, como são chamados perfis falsos que proliferam, principalmente, no Twitter, programados para reproduzir intensamente boatos para que eles ganhem a credibilidade de um grande número de “curtir” e “compartilhar”.
Não é difícil identificar esses perfis. Robôs, em geral, têm perfil vazio e incompleto, com fotos genéricas ou de celebridades, conta com poucos contatos e compartilha conteúdos com longos espaços de tempo entre um e outro, sobre temas desconexos. Já o troll se esconde e, em uma discussão on-line, apresenta sempre o discurso mais extremado, com o objetivo de provocar polêmica, e com o qual é impossível argumentar: o objetivo do troll, inflexível em suas “opiniões”, é embolar o debate e desqualificar interlocutores.
- ROBERTO STUCKERT FILHO/PR
- Dilma Bolada Jeferson Monteiro, criador do personagem, tirou seu site do ar no dia 5 de julho para se prevenir de possíveis acusações de favorecimento à candidata. A central de boatos não o poupou: estaria trabalhando para o PT ou como agente duplo do PSDB
Fenômeno na internet, a personagem Dilma Bolada, sátira da presidenta Dilma mantida pelo publicitário Jeferson Monteiro, relatou recentemente caso que, se confirmado, revela o quão baixo o jogo pode chegar na internet. No começo do ano, uma agência de marketing digital que supostamente estaria trabalhando para a campanha de Aécio teria entrado em contato com Monteiro com o objetivo de “comprar” a personagem para a campanha tucana por R$ 500 mil: assim, Dilma Bolada, que normalmente brinca com a personalidade tida como durona da presidenta e defende as ações do governo petista, passaria para o lado da oposição. Pelo relato do publicitário, não fica claro se a contratação seria divulgada abertamente ou se a atuação de Dilma Bolada para o PSDB seria enrustida, confundindo o internauta alheio ao processo.
Por conta da interferência eleitoral, Monteiro chegou até a retirar a personagem do ar após 5 de julho. “Há alguns dias foi liberada a campanha e é muito ruim saber que você pode fazer a diferença, mas ver que está quase sozinho no meio de uma tormenta que é a internet, e que tem tudo para piorar conforme 05/10 se aproximar”, postou, nas redes sociais, o criador da personagem. Desde então, boatos de que Monteiro seria contratado para a campanha do PT passaram a surgir na mídia tradicional, que chegou a afirmar que Monteiro teria sido contratado para ser consultor da campanha de Dilma. O publicitário nega. “Caso um partido procurasse a mim, Jeferson Monteiro, para trabalhar na campanha, eu aceitaria numa boa, até mesmo porque não há nada de errado nisso. A Dilma Bolada não entra nessa história e em nenhuma negociação, porque é uma página pessoal, única e exclusivamente minha e que não tem preço”, afirmou, no último dia 30 de julho, em seu perfil no Facebook.
Como evitar a central de boatos
O internauta ainda é central na prevenção de boatos que têm como objetivo substituir o debate verdadeiramente necessário do período eleitoral: o de projetos para o país. “Uma vez conectado, de uma forma ou de outra, acabaremos sendo atingidos por mensagens falsas, principalmente se tratando de política, que será o assunto principal de inúmeras pessoas, familiares e amigos”, avalia Gabriel Leite, presidente da Mentes Digitais, empresa de mídias sociais de Aracaju.
“Nem tudo que lemos na internet é verdade, assim como nem tudo que nos dizem é verdade. É preciso entender isso e buscar sempre pesquisar, saber se realmente a publicação é verdadeira, ir ao Google, buscar portais de maior credibilidade. Você é o que você compartilha, e se você compartilha inverdade, as pessoas vão achar que o mentiroso é você, e não a notícia. Compartilhou, assinou embaixo”, aconselha.
As dicas de Leite estão em consonância com as orientações da agência de marketing digital Frog, com sede no Rio de Janeiro. A pedido da Revista do Brasil, os analistas da empresa, que atende clientes como Vale, Coca-Cola e Motorola, entre outras, enumeraram passos simples para evitar armadilhas.
As dicas de Leite estão em consonância com as orientações da agência de marketing digital Frog, com sede no Rio de Janeiro. A pedido da Revista do Brasil, os analistas da empresa, que atende clientes como Vale, Coca-Cola e Motorola, entre outras, enumeraram passos simples para evitar armadilhas.
ATENÇÃO GALERA, ALUNOS E ALUNAS DE "A" A "J". EXPLICAÇÕES ADICIONAIS SOBRE COMO PROCEDER PARA FAZER O TRABALHO DE ANÁLISE/ESTUDO DE TEXTOS HISTÓRICOS
ATENÇÃO GALERA, ALUNOS E ALUNAS DE "A" A "J". EXPLICAÇÕES ADICIONAIS SOBRE COMO PROCEDER PARA FAZER O TRABALHO DE ANÁLISE/ESTUDO DE TEXTOS HISTÓRICOS:
1. FAZER UMA 1a. LEITURA SEM LÁPIS NAS MÃOS, SEM SE PREOCUPAR EM MARCAR NADA.
2. FAZER UMA 2a. LEITURA, AGORA MARCANDO, GRIFANDO, DESTACANDO AS PALAVRAS-CHAVES DOS TEXTOS.
3. O QUE É UMA PALAVRA-CHAVE? (INFORMAÇÕES AO FINAL DA TAREFA)
4. APÓS DESTACAR AS PALAVRAS-CHAVES FAÇA O RESUMO USANDO AS PALAVRAS DESTACADAS MAIS INFORMAÇÕES DE VOCÊS, DEPOIS USE ISSO PARA ELABORAR A RESPOSTA DA 4a. QUESTÃO.
5. NA 3a. QUESTÃO DESTAQUE UMA PARTE DO TEXTO OU DO PARÁGRAFO QUE SEJA IMPORTANTE E QUE ESTEJA IMPLÍCITA AO TEXTO.
TEXTOS PARA ESTUDO: IMPÉRIO BIZANTINO e OS ÁRABES E O ISLAMISMO (UNIDADE III do Livro Didático de História).
TEXTOS PARA ESTUDO: IMPÉRIO BIZANTINO e OS ÁRABES E O ISLAMISMO (UNIDADE III do Livro Didático de História).
Bons Estudos, Abraços!
Prof. Gilbert
________________________________________________________________________
SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO DO DISTRITO
FEDERAL
DIRETORIA REGIONAL DE ENSINO DO
PLANO PILOTO E CRUZEIRO
CENTRO
DE ENSINO MÉDIO SETOR LESTE
DESDE 1963 EDUCANDO EM BRASÍLIA
AVALIAÇÃO DE HISTÓRIA
Parcial 2º. Bimestre/2014
Série: 1ª – E.M. – Turma:
- Turno: Vesp.
Professor:
Gilbert
Brasília-DF, de de 2014.
IDENTIFICAÇÃO
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Nome
Completo
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Assinatura
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Turma
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Nº
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ORIENTAÇÕES IMPORTANTES PARA O TRABALHO
A leitura do texto
deve incluir várias leituras:
- Primeira: serve para organizar o texto na
mente do aluno.
- Segunda: Sublinhar as ideias principais e
as palavras-chaves. Os trechos mais importantes da ideia desenvolvida
são assinalados no texto com uma linha vertical na margem. O que
consideramos passível de crítica, objeto de reparo ou insustentável
dentro do raciocínio desenvolvido, destacamos com um ponto de
interrogação(?). Assuntos ou palavras-chaves distintas no texto (assuntos
secundários) podem ser grifados com cores diferentes.
QUESTÕES
1. Breve explicação do
professor com a primeira leitura pelo aluno. Sucessivas leituras permitirão a
identificação de palavras e parágrafos chaves. O significado das palavras
desconhecidas, assim como termos técnicos são procurados no dicionário.
Identifique e destaque as
palavras-chaves do texto:
2. Elaboração do resumo para discussão em sala de aula.
3. PROBLEMATIZAÇÃO: As questões
implícitas e explícitas no texto são levantadas e debatidas.
4. CONCLUSÃO PESSOAL: Reelaboração do que
foi entendido do texto, resultando num resumo próprio que também é uma crítica
e reflexão pessoal.
___________________________________________
MAIS INFORMAÇÕES:
Fonte: http://www.ebah.com.br/content/ABAAABvHEAJ/palavras-chaves-resumo
Português 1
Aprendendo a fazer um Resumo Introdução
“Ninguém chega à escrita sem antes ter passado pela leitura. Mas leitura aqui não significa somente a capacidade de juntar letras, palavras, frases. Ler é muito mais que isso. É compreender a forma como está tecido o texto. Ultrapassar sua superfície e inferir da leitura seu sentido maior, que muitas vezes passa despercebido a uma grande maioria de leitores. Só uma relação mais estreita do leitor com o texto lhe dará esse sentido. Ler bem exige tanta habilidade quanto escrever bem. Leitura e escrita complementam-se. Lendo textos bem estruturados, podemos apreender os procedimentos linguísticos necessários a uma boa redação.” (in Roteiro de Redação – Lendo e argumentando, ed. Scipione)
O que caracteriza uma boa leitura de um texto é a capacidade de se extrair a informação essencial nele contida. Uma boa maneira de se fazer isso é buscar as palavras mais importantes de cada parágrafo – as chamadas “palavras-chave” do texto. Essas palavras formam um centro de expansão que constitui o alicerce do texto. Tudo deve ajustar-se a elas de forma precisa. A partir de sua detecção será possível realizar uma leitura capaz de dar conta da totalidade do texto.
Por adquirir tamanha importância na arquitetura textual, as palavras-chave repetem-se ou são retomadas por sinônimos ao longo de todo o texto. Elas constituem o esqueleto do texto e, portanto, pavimentam o caminho da leitura.
Vejamos um exemplo:
Um projeto de cooperação entre Brasil e Rússia pode conduzir ao lançamento da primeira sonda brasileira a operar em espaço profundo (além de 200 mil quilômetros de distância da Terra). Os cientistas envolvidos na ideia querem lançar o satélite, a ser projetado, até 2005.
Ainda não há acerto formal entre a AEB (Agência Espacial Brasileira) e a Rosaviakosmos (sua equivalente russa) para a realização da missão, mas pesquisadores brasileiros e russos já estão conversando para viabilizála. Sukhanov, que está temporariamente trabalhando no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) desde o início do ano, serviu como ponte entre seus colegas russos e brasileiros.
O projeto Interball-Prognoz tem por objetivo estudar o clima espacial. Para isso, três satélites seriam lançados - um russo, um brasileiro e um ucraniano. Os três se posicionariam em diferentes órbitas em volta da Terra, de modo a oferecer diferentes perspectivas sobre fenômenos como a ação do vento solar e o comportamento da magnetosfera terrestre (área em que o campo magnético gerado pelo planeta atua). (Folha de S.Paulo)
Nesse texto, a palavra satélite aparece duas vezes e é retomada pelo substantivo sonda e missão. É a primeira palavra que chama a atenção. Todavia não é a única. Para explicar do que se trata o projeto, o autor também menciona as agências envolvidas e os objetivos dessa iniciativa.
Esquema: De posse dessas informações, é possível sintetizar a reportagem em um único período:
Com o objetivo de estudar o clima espacial, cientistas brasileiros e russos têm intenção de lançar a primeira sonda brasileira.
Português 2
Muitas vezes, não é tão simples resumir um texto valendo-nos apenas de suas palavras-chave.
Necessitamos, então, buscar as ideias-chave. Cada parágrafo contém uma ideia principal, denominada tópico frasal.
Vamos lá:
Em finais dos anos 80, teve início um projecto científico muito ambicioso: desenhar um mapa completo do patrimônio genético humano,reconstruir, gene por gene - "base" por "base" todo o ADN do ser humano. O Projeto Genoma nasceu da necessidade de localizar com precisão e sequenciar os genes responsáveis pelas doenças hereditárias, uma operação que foi tornada possível pelas técnicas de bioengenharia desenvolvidas nos anos anteriores.
Tópico Frasal: O Projeto Genoma permitiu reconstruir o mapa genético humano
Em 1987, três comitês de especialistas reuniram-se para avaliar se valia a pena investir tempo e dinheiro para registar a posição dos três mil milhões de "bases nucleotídicas" que constituem o ADN humano. A conclusão dos três comitês foi que o conhecimento da estrutura do ADN humano forneceria tantas informações que o esforço seria amplamente compensado. Os relatórios convenceram o Departamento para a Energia e o National Institute of Health dos Estados Unidos, que decidiram financiar o projeto.
Tópico Frasal: Os especialistas reconheceram a importância da informaçõeo obtidas, o que tornou possível o financiamento do projeto.
Ao Projeto Genoma aderiram 4000 centros de investigação de todo o mundo. Graças ao seu trabalho, foi possível obter um mapa completo do ADN nos primeiros anos deste milênio. A partir de agora, a terapia gênica pode tornar-se realidade, o que permitirá curar algumas doenças intervindo diretamente sobre o patrimônio genético do doente ou produzindo medicamentos baseados em modificações do ADN, não só nas doenças hereditárias como também noutras doenças muito comuns, como a Sida ou o Cancro. Há, no entanto, quem receie que o conhecimento do genoma humano possa ser utilizado, para além do combate às doenças, também para modificar características fisiológicas como o peso, a estatura, o sexo, a cor dos olhos e as capacidades intelectuais.
Tópico Frasal: Fruto da investigação, a terapia gênica curará doenças comuns, embora se receiem usos diversificados
(Enciclopédia Pedagógica Universal)
Proposta de Resumo:
receios, no entanto, com possíveis usos de tal conhecimento |
O projeto Genoma permitiu reconstruir todo o patrimônio genético humano. Com tantas informações importantes obtidas, foi possível o financiamento do projeto pelo Departamento para a Energia e pelo National Institute of Health dos Estados Unidos. A partir daí, surge a terapia gênica, que curará doenças comuns. Há
A partir daí, o ato de ler e redigir torna-se bem mais fácil. O que foi feito em relação aos dois textos acima pode ser aplicado à leitura de qualquer obra, seja qual for sua extensão. Mas vale uma ressalva: a leitura de um livro não é o mesmo que a leitura de um texto de duas ou três páginas. Se formos ler um livro parágrafo por parágrafo para encontrar as palavras-chave, levaremos um tempo absurdo. Nesse caso, é melhor procurar as idéias-chave. O título do livro e, sobretudo, o de cada capítulo são um bom fio condutor pois sumarizam o que é desenvolvido a cada passo do texto.
Português 3
Ética e Jornalismo
O jornalista não pode ser despido de opinião política. A posição que considera o jornalista um ser separado da humanidade é uma bobagem. A própria objetividade é mal administrada, porque se mistura com a necessidade de não se envolver, o que cria uma contradição na própria formulação política do trabalho jornalístico. Deve-se, sim, ter opinião, saber onde ela começa e onde acaba, saber onde ela interfere nas coisas ou não. É preciso ter consciência.
O que se procura, hoje, é exatamente tirar a consciência do jornalista. O jornalista não deve ser ingênuo, deve ser cético. Ele não pode ser impiedoso com as coisas sem um critério ético. Nós não temos licença especial, dada por um xerife sobrenatural, para fazer o que quisermos.
O jornalismo é um meio de ganhar a vida, um trabalho como outro qualquer; é uma maneira de viver, não é nenhuma cruzada. E por isso você faz um acordo consigo mesmo: o jornal não é seu, é do dono. Está subentendido que se vai trabalhar de acordo com a norma determinada pelo dono do jornal, de acordo com as idéias do dono do jornal. É como um médico que atende um paciente. Esse médico pode ser fascista e o paciente comunista, mas ele deve atender do mesmo jeito. E vice-versa.
Assim, o totalitário fascista não pode propor no jornal o fim da democracia nem entrevistar alguém e pedir:
“O senhor não quer dizer uma palavrinha contra a democracia?”; da mesma forma que o revolucionário de esquerda não pode propor o fim da propriedade privada dos meios de produção. Para trabalhar em jornal é preciso fazer um armistício consigo próprio.
Abramo, Cláudio. A regra do jogo: o jornalista e a ética do marceneiro. SP, Comp. Letras, 93.
A. Quais as palavras - chave do texto?
B. Retire do texto dados que caracterizam cada uma dessas palavras.
C. Com as características encontradas no texto, redija uma frase para cada uma das palavras chave. D. Sintetize o texto.
A timidez e a contradição
Português 4
Ser um tímido notório é uma contradição. O tímido tem horror a ser notado, quanto mais a ser notório. Se ficou notório por ser tímido, então tem que se explicar. Afinal, que retumbante timidez é essa, que atrai tanta atenção? Se ficou notório apesar de ser tímido, talvez estivesse se enganando junto com os outros, e sua timidez seja apenas uma estratagema para ser notado. Tão secreto que nem ele sabe. É como no paradoxo psicanalítico: só alguém que se acha muito superior procura o analista para tratar um complexo de inferioridade, porque só ele acha que se sentir inferior é doença.
Todo mundo é tímido, os que parecem tímidos são apenas os mais salientes. Defendo a tese de que ninguém é mais tímido do que extrovertido. O extrovertido faz questão de chamar atenção para sua extroversão, assim ninguém descobre sua timidez. Já no notoriamente tímido, a timidez que usa para disfarçar sua extroversão tem o tamanho de um carro alegórico. Daqueles que sempre quebram na concentração. Segundo minha tese, dentro de cada Elke Maravilha existe um tímido tentando se esconder e dentro de cada tímido existe um exibido gritando “Não me olhem! Não me olhem!” só para chamar a atenção.
O tímido nunca tem a menor dúvida de que, quando entra numa sala, todas as atenções se voltam para ele e para sua timidez espetacular. Se cochicham, é sobre ele. Se riem, é dele. Mentalmente, o tímido nunca entra num lugar. Explode no lugar, mesmo que chegue com a maciez estudada de uma noviça. Para o tímido, não apenas todo mundo mas o próprio destino não pensa em outra coisa a não ser nele e no que pode fazer para embaraçá-lo.
O tímido vive acossado pela catástrofe possível. Vai tropeçar e cair e levar junto a anfitriã. Vai ser acusado do que não fez, vai descobrir que estava com a braguilha aberta o tempo todo. E tem certeza de que cedo ou tarde vai acontecer o que o tímido mais teme, o que tira o seu sono e apavora os seus dias: alguém vai lhe passar a palavra.
O tímido tenta se convencer de que só tem problemas com as multidões, mas isto não é vantagem. Para o tímido, duas pessoas são uma multidão. Quando não consegue escapar e se vê diante de uma platéia, o tímido não pensa nos membros da platéia como indivíduos. Multiplica-os por quanto, pois cada indivíduo tem dois olhos e dois ouvidos. Quatro vias, portanto, para receber suas gafes. Não adianta pedir para a platéia fechar os olhos ou tapar um ouvido para cortar o desconforto do tímido pela metade. Nada adianta. O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó. Luis Fernando Veríssimo, Jornal do Brasil, 10 mar. 1996.
“A unidade de sentido do texto se funda nas palavras _ e | ”. |
A . Complete: B. Aponte as ideias-chave sobre o tímido.
C. Redija cinco frases que deixem evidentes as contradições do tímido.
Português 5
Tarefa 01) Leia o texto abaixo e responda ao que se pede:
Há no mundo um grupo de países que conseguiram, ao longo da história, acumular capital e educar a população. E há um conjunto de nações pobres que vêm encurtando a distância em relação aos ricos. O Brasil encontra-se estagnado entre esses dois blocos.
Primeiro a foto: onde estamos? Do ponto de vista da produção média por habitante ou PIB per capita, os países do mundo podem ser classificados em três grandes grupos - ricos, remediados e pobres. O Brasil representa um caso intermediário entre os polos extremos representados pela Índia e pelo Canadá.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
PICASSO DO INSS - Como um cartaz de 20 dólares vira notícia
Quer conhecer como se faz "jornalismo" no Brasil?
Deseja conhecer o que é o denominado JORNALISMO DE ESGOTO?
O cineasta Jorge Furtado, diretor de grandes títulos nacionais como Ilha das Flores, O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, O Homem que Copiava, Meu Tio matou um Cara e Saneamento Básico, lançou agora em agosto um novo documentário: O Mercado de Notícias, você precisa assistir.
Jorge Furtado criou também o site www.omercadodenoticias.com.br, acesse conheça, vamos debater.
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
FONTE: http://www.omercadodenoticias.com.br/casos-jornalisticos/
Em março de 2004, o jornal Folha de S. Paulo publica na capa de sua edição de domingo (07.03.2004), sob o título “Decoração burocrata”, uma reportagem informando que um valioso “desenho do pintor espanhol” Pablo Picasso “passa os dias debaixo de luzes fluorescentes e em meio à papelada de uma repartição do governo federal”, dividindo sua “moldura com restos de inseto”. Na foto, além da reprodução do supostamente valioso desenho, um retrato do Presidente Lula. O sentido da matéria é claro: os novos ocupantes do governo federal não reconhecem e não sabem lidar com o valor da arte. A notícia do suposto descaso com tão valiosa obra aparece em vários jornais, revistas e sites, no Brasil e no exterior. A observação atenta de alguns leitores logo deixa evidente que se trata de uma “barriga”: o tal desenho de Picasso é, na verdade, de uma reprodução fotográfica, sem nenhum valor. Os jornais são alertados de seu erro, mas nenhum desmente a informação. Em dezembro de 2005, o “Picasso do INSS” está outra vez na capa da Folha de São Paulo (29.12.2005) e também na do Estado de S. Paulo: um incêndio destruiu parte do prédio do INSS mas, para alívio de todos e apesar do descaso dos órgãos públicos, o “valioso” Picasso foi salvo das chamas. Mais uma vez os jornais são alertados por leitores de que se trata de uma reprodução sem valor, mas nada noticiam. As reportagens que tentam esclarecer os fatos só fazem aumentar a confusão. Detalhe: o supostamente valioso desenho de Picasso foi dado ao INSS como pagamento de uma dívida. Em quanto foi avaliado? E por quem?
Deseja conhecer o que é o denominado JORNALISMO DE ESGOTO?
O cineasta Jorge Furtado, diretor de grandes títulos nacionais como Ilha das Flores, O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, O Homem que Copiava, Meu Tio matou um Cara e Saneamento Básico, lançou agora em agosto um novo documentário: O Mercado de Notícias, você precisa assistir.
Jorge Furtado criou também o site www.omercadodenoticias.com.br, acesse conheça, vamos debater.
por José Gilbert Arruda Martins (Professor)
FONTE: http://www.omercadodenoticias.com.br/casos-jornalisticos/
Em março de 2004, o jornal Folha de S. Paulo publica na capa de sua edição de domingo (07.03.2004), sob o título “Decoração burocrata”, uma reportagem informando que um valioso “desenho do pintor espanhol” Pablo Picasso “passa os dias debaixo de luzes fluorescentes e em meio à papelada de uma repartição do governo federal”, dividindo sua “moldura com restos de inseto”. Na foto, além da reprodução do supostamente valioso desenho, um retrato do Presidente Lula. O sentido da matéria é claro: os novos ocupantes do governo federal não reconhecem e não sabem lidar com o valor da arte. A notícia do suposto descaso com tão valiosa obra aparece em vários jornais, revistas e sites, no Brasil e no exterior. A observação atenta de alguns leitores logo deixa evidente que se trata de uma “barriga”: o tal desenho de Picasso é, na verdade, de uma reprodução fotográfica, sem nenhum valor. Os jornais são alertados de seu erro, mas nenhum desmente a informação. Em dezembro de 2005, o “Picasso do INSS” está outra vez na capa da Folha de São Paulo (29.12.2005) e também na do Estado de S. Paulo: um incêndio destruiu parte do prédio do INSS mas, para alívio de todos e apesar do descaso dos órgãos públicos, o “valioso” Picasso foi salvo das chamas. Mais uma vez os jornais são alertados por leitores de que se trata de uma reprodução sem valor, mas nada noticiam. As reportagens que tentam esclarecer os fatos só fazem aumentar a confusão. Detalhe: o supostamente valioso desenho de Picasso foi dado ao INSS como pagamento de uma dívida. Em quanto foi avaliado? E por quem?
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