“No primeiro dia de 2003, um
torneiro mecânico que estudou até o 5.o ano primário tomou posse como presidente.”
“Se, ao final do meu
mandato, todos os brasileiros tiverem a possibilidade de tomar café, almoçar e
jantar, terei cumprido a missão da minha vida”, proclamou.
O aeroporto virou
rodoviária...
A universidade virou “balbúrdia”...
O shopping virou “rolezinho”...
As empregadas domésticas
passaram a ter direitos...
Foi a segunda abolição da
escravatura no Brasil...
O sertanejo passou a beber
água fria da geladeira...
O médico foi à casa do
pobre...
O negro virou doutor...
Numa universidade que até
então só tinha branco... de classe média ou rico...
Uma revolução sem violência
Uma revolução que careceu de
aprofundamento...
Mas, para a realidade de
exclusão social histórica, foi uma revolução...
Um homem pequeno no tamanho físico,
mas grande de sonhos que veio do nordeste profundo...
Fez reacender o ódio visceral
das elites...
E a classe média branca e
parte do povo trabalhador embarcou no pesadelo...
O Brasil pariu a
extrema-direita que estava adormecida nos porões da estrutura racista,
escravocrata, xenófoba, preconceituosa das classes brancas média e ricas desse
país...
O fascismo saiu do armário
direto para o Palácio do Planalto...
Levou consigo o braço armado
das milícias cariocas...
Agora, estamos tentando, às
duras penas, retornar com o mínimo de democracia...
Em meio à tragédia que se apossou
do governo e das estruturas institucionais do Estado.
José Gilbert Arruda Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário