por José Gilbert Arruda Martins
Relendo o livro: "1822" de Laurentino Gomes, lembrei que tinha grifado a frase que uso como título desse breve texto. Ela nos pode nos remeter a pensamentos e reflexões diversas. vamos nos concentrar e tentar discorrer sobre que tipo de país construímos a partir de qual matéria-prima para chegarmos ao ponto que estamos em pleno início de século XXI.
O Brasil, país com dimensões territoriais enormes, sempre foi visto com desprezo pelas potencias estrangeiras. Ninguém nunca nos deu muita importância, a não ser na hora de explorar. Nossas elites, desde o início, quando ainda eram formadas por traficantes de escravos, fazendeiros, senhores de engenho, pecuaristas, charqueadores, comerciantes...(GOMES, 2010), nunca se importou de fato com o nacional, com a soberania, com os interesses nacionais.
Se olharmos o período pós-golpe 2016, fica bem claro esse fato. Entregamos o pré-sal, entregamos nossa valorosa mão de obra de mão beijada aos rentistas de todos os tipos.
Laurentino, logo no início da sua obra pergunta: "Dá para construir um país com essa matéria-prima? Em outras palavras, seria possível fazer um Brasil homogêneo, coerente e funcional com tantos escravos, pobres e analfabetos, tanto latifúndio e tanta rivalidade interna?"
Acredito que na visão das elites brasileiras de ontem e de hoje, a homogeneidade de fato aconteceu, os "senhores" da Casa Grande
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