terça-feira, 24 de junho de 2014

COPA: CLASSE C DÁ BYE-BYE À GLOBO ! Quem mandou o Nunca Dantes levar a Classe C à tevê paga… Culpa dele …​


fALEI COM UM AMIGO DE GRAJAÚ, CARA LARGA DA VEJA, LARGA DA GLOBO, POR ISSO VOCÊ PENSA, FALA, ESCREVE (POUCO), E CAGA COMO RICO, VOCÊ É RICO?
OS NÚMEROS DESSA MATÉRIA AJUDAM A ANIMAR A TODOS NÓS, A CLASSE C/D, QUE OS GOVERNOS LULA DA SILVA E DILMA ROUSSEF, AJUDARAM A MELHORAR SUAS VIDAS, CONSOME, isso é BELEZA DEMAIS, CONSOME não só arroz, feijão, tv, tablet, mas também, tv paga, não é genial?
tv paga, viagens de avião...quando isso vai parar?
pára não...
Dilma vai continuar...pára não...

por josé gilbert arruda martins (professor)

COPA: CLASSE C
DÁ BYE-BYE À GLOBO !
Quem mandou o Nunca Dantes levar a Classe C à tevê paga… Culpa dele …
Fonte: site Conversa Afiada – retirado dia 24/06/2014

Se a Globo Overseas tivesse consultado o Renato Meirelles, do Data Popular, tinha antecipado as férias do Galvão, aquele que disse que o goleiro do México decidiu não deixar o Brasil vencer !

(Na Copa da África do Sul, ele já tinha cometido aquela “a situação já esteve melhor para o Brasil”, depois que a Holanda empatou.)

O que teria dito o Renato ?

(O Renato é desses poucos analistas que tem número para sustentar o que diz. A maioria dos “especialistas” pigais (*) “acha”: “acho que…”, “na minha opinião”…) 

O Renato teria dito, por exemplo, como já cansou de dizer no Data Popular:

- a Classe C é 54% da população brasileira;

- daqui a dez anos será 60%, ou seja, 125 milhões;

- 95% dos novos assinantes de tevê por assinatura são das classes C e D;

- juntas, a duas classes são 66% do total de assinantes de tevê paga;

- 29% dos que compram tevê paga são “entrantes”, ou seja, compram pela primeira vez;

- 79% dos consumidores de tevê paga compraram há menos de dois anos;

- de cada 10 membros da Classe Média, 6 vivem no interior do Brasil;

- o mercado potencial para a compra de teve paga é de 14 milhões de brasileiros;

- a Classe C é responsável por 50% do acesso à internet no Brasil, é a classe que mais usa a internet e é a maioria do Facebook e do Twitter.

Por que a audiência da Globo é essa derrota na Copa ?

(Veja aqui, aqui, aqui e aqui).

Porque Nunca Dantes a Classe C teve a oportunidade de comparar a Globo com o resto: ESPN e Fox.

(A Band não conta, porque é um clone piorado. A SportTV, idem.)

O “entrante” na tevê por assinatura pode usar o controle remoto e comparar o Galvão com os outros narradores.

O Ronaldo Fenômeno com o Paulo Calçade e o Mário Sérgio.

(Pelo amor de Deus, um pouquinho menos de “tatiquês”: o espectador não tem o nível de informação de vocês dois e se perde ! Quando vai ver, a bola já mudou de campo ! De resto, Calçade e Mário Sérgio dão de 10 a zero nos “analistas” da Globo. Com exceção do Junior, que sabe do que diz.)

O espectador da Classe C descobriu que os “analistas” da Globo, Galvão inclusive, não tem informações elementares sobre os  jogadores e os técnicos.

Porque eles ficam enclausurados no Brasil, levam o “Brasileirinho” a sério, e só QUATRO jogadores da seleção brasileira jogam no Brasil.

E as outras seleções ?

A Fox e a ESPN cobrem a Alemanha, a Itália, a Espanha, a Inglaterra – centro do futebol mundial – e seus narradores e comentaristas conhecem os jogares e técnicos – tem informação a dar.

A Globo é o burro diante do palácio da lenda.

E também se esgotou aquela herança do monopólio, a tentativa de transformar a Copa do Mundo num evento da Globo, de seu plano de negócios, de promoção de seus contratados, de utensílio de sua estratégia de marketing.

Repórter da Globo só pode entrevistar jogador da seleção, com exclusividade, na Granja Comary, porque, fora de lá, existe o “cercadinho” da FIFA e nada mais.

Acabou aquela de ir tomar café da manhã na cama com o Ronaldinho Gaúcho …

A Copa do Brasil, ironicamente, é a primeira que não foi da Globo.

É culpa da Classe C.

Esse Nunca Dantes …

O Brasil é o único pais sul-americano que não transmite a Copa por uma tevê pública.

Finalmente agora, em 2014, o brasileiro pode usar o controle remoto.

Bem que o Roberto Marinho tentou adiar a introdução do controle remoto na indústria brasileira. 

Ele sabia das coisas.

Os filhos, bem, os filhos … não têm nome próprio.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

COPA COMPROVA DECADÊNCIA DA GLOBO

Conversa Afiada reproduz texto de ​amigo navegante “Geração de Valor”, no Face do C Af:
A raposa (agência de publicidade) toma conta do galinheiro (anunciante).
Fonte: site Conversa Afiada – retirado dia 24/06/2014


Em 2002, em cada 10 TVs ligadas no Brasil durante a Copa, 9,5 eram sintonizados na TV GLOBO.

Nesta Copa, até agora, a participação da GLOBO caiu para 6 em cada 10, uma queda de mais de 30%.

Em outras palavras, de lá pra cá, a GLOBO perdeu praticamente 1/3 de sua audiência.

O curioso é que a tabela de preços de publicidade na emissora nunca cai; só sobe.

Como ​o ​cliente tem pregui
ça de pensar e muitos diretores de marketing têm medo de sair do quadrado e de perderem o emprego, eles acabam deixando esta tarefa para as agências de publicidade que, por sua vez, ganham 20% sobre a veiculação, ou seja, sobre tudo que o cliente gasta com publicidade na emissora.

Este cenário representa muito bem aquela imagem de uma raposa (agência) sendo a chefe da segurança do galinheiro (cliente).

E agora, quem poderá nos salvar? Sim, é ela, a justiceira do século XXI, a única com o poder pra acabar com essa farra: a Internet.

Agora é só esperar uma nova safra, uma nova geração de profissionais de comunicação povoarem as empresas, veículos e a nova espécie mais evoluída de agências de publicidade que ainda está para surgir.

Enquanto isso, os empreendedores que tiverem uma maior visão e disposição de pensar fora da caixa vão nadar de braçada neste novo mercado carente de conteúdo e projetos que atendam ao apetite voraz dos mais de 100 milhões de usuários da internet brasileira (fonte: Ibope).


Em tempo: o Geração de Valor poderia ter mencionado o BV, que na Globo é casto. Além da comissão, as agências de publicidade mamam no BV da Globo, que representa o MAIOR faturamento das NOVENTA maiores agências de publicidade do Brasil. (Na Inglaterra, BV se chama de “kick-back.) – PHA

TV O ressentimento de Faustão com a Copa no Brasil


É como diz o grande Paulo Henrique Amorim no seu Conversa Afiada, “Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.” Lembram do Fausto Silva antes da Globo? Você precisa conhecer, se não conhece acha que o mesmo não mudou nada, mudou, a grana que ganha hoje é maior, a responsabilidade de dirigir um programa pífio de auditório e dizer asneira também. Mas o que mudou?
Mudou o Brasil, como defende o texto abaixo, estamos ficando livres da TV aberta, e isso é formidável, transformador.
Com a possibilidade de escolha do telespectador, a globo vem caindo, sua programação voltada para embalar os incautos e fazer defesa das elites agora tem concorrência das outras emissoras, da tv paga (ainda muito cara no Brasil) mas, principalmente da internet.

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

TV
O ressentimento de Faustão com a Copa no Brasil
A culpa não é dele nem de sua equipe: é do domingo, que vai pouco a pouco se libertando do cativeiro da tevê aberta e ganha mais opções. Por Nirlando Beirão
Fonte: site da revista Carta Capital – retirado dia 24/06/2014
Fausto Silva anda muito nervoso ultimamente. Perdeu muito do humor que o consagrou e de sua verve inteligente e debochada. Aderiu aos rabugentos do #nãovaiterCopa e, já que tem Copa, sim, tenta manter a bandeira do encrenqueiro, distribuindo, sem nenhum fair play, insultos ao evento esportivo. A delicada defesa de Honduras deve estar morrendo de inveja do novo estilo Faustão.
O que estará acontecendo com ele? Não confere a suspeita de que pesa no ex-gordo o ressentimento com os quilinhos a mais que ele, de uns tempos para cá, recuperou.
Não consta, tampouco, que Faustão esteja em momento de renovação de contrato, o que explicaria o seu alinhamento precavido com a agenda político-eleitoral do patrão bilionário. Na verdade, o cidadão Fausto Silva já declarou o voto na oposição. Faz sentido. A turma que faz plantão na sua lendária pizza semanal é a mesma do camarote vip que vaia e ofende.
Se o ex-cronista de campo perdeu de vez a esportiva é porque a vida profissional não lhe faculta mais goleadas no ibope. Fausto Silva devia é, apesar das pressões, relaxar.
A culpa não é dele nem de sua equipe. O culpado é o domingo, cada vez menos Domingão do Faustão. O domingo brasileiro vai pouco a pouco se libertando do cativeiro da tevê aberta. Há mais opções na própria tevê. Aquele exército de popozudas que vem esfregar o traseiro no rosto do espectador entorpecido tem seus dias contados.
Tem razão o Faustão em se irritar com a dobradinha Lula-Dilma. Os pobres ficaram economicamente menos pobres – e culturalmente menos indigentes. Azar de quem, como os autocratas dos auditórios, apostou no contrário.
*Publicado originalmente na edição impressa de CartaCapital com o título "Perdeu a esportiva"


domingo, 22 de junho de 2014

Por que você não pinta um shorts ao redor do pinto?


Fonte: site Revista Carta Capital – retirado dia 22/06/2014.
Uma coisa que nunca falta nas Copas do Mundo são as garotas com corpos pintados com as camisetas de sua seleção. Não é uma exclusividade latino-americana, mas é evidente que o continente se dedica de forma especial na conservação e ampliação desse espaço reservado para as mulheres nessa brincadeira de homens.
Como é uma brincadeira de homens, elas têm que estar do jeito que eles querem, e dá-lhe Larisa Riquelme (tem muita gente lamentando a ausência do Paraguai na Copa), Pamela David, Valéria Globeleza e por aí vai.

 Mas e se eles estivessem do jeito que elas querem? Talvez essa provocação não seja tão inétida nas conversas de bar, mas nunca foi proposta mais abertamente nos meios de comunicação, como fez a jornalista chilena Bernardita Ruffinelli, que lançou este complexo desafio aos homens em seu blog.
O desafio teve grande repercussão em vários países do continente, e a Rede LatinAmérica reproduz ele aqui: que homem se arrisca a pintar o corpo com uniformes da Copa?
Tive a brilhante ideia de comentar no twitter o que eu achava da moda das meninas pintarem as camisetas das seleções mostrando as tetas, o que pra mim é uma prática que não contribui para a erradicação do sexismo e para a dignidade da imagem femenina com relação ao futebol. Na verdade, creio que existe muita mulherada que curte muito o futebol, eu certamente não sou uma delas, mas as respeto profundamente. E creio que elas deveriam ser as primeiras a se levantar contra esse tipo de coisa.

Os marmanjões responderam, sugeriram que que eu não me metesse em futebol, que isso é bagulho de homem, mas quando aparecem as meninas nuas balançando a bunda e as tetas eles vão correndo votar pela sua madrinha favorita, porque nesse lugar a mulher pode ser parte desse universo.
E então eu me pergunto: por que vocês não pintam um shorts ao redor do pintinho de vocês? Se não é indigno, se não é sexista, se não é uma forma de humilhação feminina para ser parte da festa mundialista (que, ao que parece, não nos pertence tanto quanto a vocês), por que não podemos ver o pau de vocês cobertos de pintura com um emblema nacional? Porque, com certeza, isso nós não veremos.
E o mais marmanjão dos marmanjos me responde “essas mulheres gostam é de mostrar mesmo, despois ficam reclamando de sexismo”. Talvez que esse neanderthal não esteja entendendo a dinâmica, e lhe respondo perguntando se ele sabe por quê essa mulher gosta de se mostrar. Para que os babões que salivam ao vê-las assim a possam validar socialmente, para que lhe digam que dessa maneira serão aceitas e veneradas, e lamentavelmente nem todas temos coragem de mandá-los à merda junto com seu machismo de bronhas escondidas.
Às que temos essa coragem, nos cabe o dever de alçar a voz também por elas, inclusive às que parecem felizes mostrando as tetas para enlouquecer a líbido dos torcedores. Se você acha isso tão fantástico, fica o desafio: vai lá, pega uma têmpera, e pinta a pica com a bandeira do seu país, manda uma fota que inclua a tua cara nela e eu te ajudo a fazê-la famosa. Ponho minha mão no fogo em que essa bandeira nunca chegará, mas se você ao menos se colocou hipoteticamente nesse lugar, me diz se isso não é sexista.


sábado, 21 de junho de 2014

Funai deve ser multada em mais de R$ 1,7 milhão por não demarcar terras indígenas em MS


Imagina, você está em casa com sua mulher, filhos, pais, netos, primos, avós e, de repente, entra porta adentro um monte de violentos conquistadores, massacram sua família e, os poucos que foram poupados são colocados para trabalhar dia e noite num ritmo violento e pesado.
Deve ser assim o sentimento dos milhares de índios brasileiros.
Os “civilizados” chegaram, mataram, destruíram sua cultura, tomaram suas terras e suas almas.
O Estado do Mato Grosso é indígena.
As terras do Estado são dos índios.
Mas eles estão sendo, aos poucos assassinados e tem suas terras invadidas, principalmente pelo agronegócio.

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Funai deve ser multada em mais de R$ 1,7 milhão por não demarcar terras indígenas em MS
MPF/MS
MPF quer saber se houve ordem direta da Casa Civil ou Ministério da Justiça para descumprir acordo que prevê demarcação
20/06/2014
Por MPF/MS
O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul irá pedir execução judicial de multa contra a Fundação Nacional do Índio (Funai), por descumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2007, prevendo a demarcação dos territórios indígenas em Mato Grosso do Sul. A multa diária é de mil reais e o valor acumulado chega a R$ 1,716 milhão (calculado em 13/06).
Como a multa representa perda de patrimônio da União e consequente prejuízo a toda a sociedade, o MPF oficiou a presidente da Funai, Maria Augusta Assirati, para que esclareça a expressão “(...) devem ser observados ajustes cronológicos, em consonância ao contexto sociopolítico hoje encontrado para atuação indigenista na Unidade federada em referência”. Especificamente , se houve ordem, escrita ou verbal, emanada da Casa Civil da Presidência da República e/ou do Ministério da Justiça, para que o TAC não fosse cumprido. 
O MPF também peticionou à Justiça pela responsabilização pessoal da presidente, com estabelecimento de multa, por descumprimento de decisão judicial que determinou que a Funai se manifestasse sobre prazos e condições em que faria a demarcação das terras indígenas em MS.
O descumprimento de acordos assinados e, posteriormente, executados judicialmente, lança sombras sobre a eficácia das mesas de diálogo realizadas pelo governo federal para mediar conflitos indígenas.
Entenda o caso  
Em 12 de novembro de 2007, a Funai assinou um Termo de Ajustamento de Conduta com o  Ministério Público Federal, que estabeleceu uma série de obrigações para a Fundação, que deveriam resultar na entrega de relatórios de identificação e delimitação de terras indígenas no estado, em 30 de junho de 2009. A Funai também deveria ter encaminhado ao Ministro da Justiça, até 19 de abril de 2010, os procedimentos referentes à demarcação de terras indígenas em Mato Grosso do Sul. Nada foi feito.
Muito índio, pouca terra
Mato Grosso do Sul tem a segunda maior população indígena do país, cerca de 70 mil pessoas divididas em várias etnias. Apesar disso, somente 0,2% da área do estado é ocupada por terras indígenas. As áreas ocupadas pelas lavouras de soja (1.100.000 ha) e cana (425.000 ha) são, respectivamente, dez e trinta vezes maiores que a soma das terras ocupadas por índios em Mato Grosso do Sul.
A taxa de mortalidade infantil entre a etnia guarani-kaiowá é de 38 para cada mil nascidos vivos, enquanto a média nacional é de 25 mortes por mil nascimentos. Já a taxa de assassinatos - cem por cem mil habitantes - é quatro vezes maior que a média nacional, enquanto a média mundial é de 8,8. O índice de suicídios entre os guarani-kaiowá é de 85 por cem mil pessoas.
Em Dourados, há uma reserva com cerca de 3600 hectares, constituída na década de 1920. Existem ali duas aldeias - Jaguapiru e Bororó - com cerca de 12 mil pessoas. A densidade demográfica é de 0.3 hectares/pessoa. O procurador da República Marco Antonio Delfino de Almeida aponta que "esta condição demográfica é comparável a verdadeiro confinamento humano. Em espaços tão diminutos é impossível a reprodução da vida social, econômica e cultural.



Movimentos sociais lançam manifesto de apoio à Política Nacional de Participação Social

Participe você também, assine o apoio, se você acredita, assine.
A Constituição Federal de 1988, no seu artigo 1°, defende a criação de organização do Povo para o aprimoramento da democracia.
Professores e professoras do país precisam conhecer essa nova iniciativa do governo em criar a Política Nacional de Participação Social (PNPS).
O aprimoramento e fortalecimento da democracia brasileira, passam por isso.
Não existe democracia sem participação popular.
É a chance que temos de criarmos na lei instrumentos concretos de participação.
É a chance que temos de construirmos uma sociedade realmente diferenciada.

Por José Gilbert Arruda Martins (professor)

Movimentos sociais lançam manifesto de apoio à Política Nacional de Participação Social
Manifesto aponta que “o decreto contribui para a ampliação da cidadania”. Lançada no final de maio, política nacional é uma resposta às mobilizações de junho e busca participação no governo
20/06/2014
Por Leonardo Ferreira,
Da Radioagência Brasil de Fato
Movimentos sociais, juristas e entidades lançaram um manifesto de apoio e defesa à Política Nacional de Participação Social. Lançada no final de maio, a política nacional é uma resposta às mobilizações de junho e tem o objetivo de fortalecer e articular mecanismos e as instâncias democráticas de diálogo entre o Estado e a sociedade civil.
Para os movimentos, a presidenta Dilma Rousseff, ao assinar decreto que cria mecanismos de participação social na administração pública, através de conselhos populares consultivos, fez sua obrigação de regulamentar o que a Constituição Federal prevê desde 1988.
O manifesto aponta que “o decreto contribui para a ampliação da cidadania de todos os atores sociais, sem restrição ou privilégios de qualquer ordem, reconhecendo, inclusive, novas formas de participação social em rede.”
Os movimentos reagem ao que chamam de “histeria geral da direita, nos seus meios de comunicação e no parlamento”, referindo-se à parlamentares e setores da sociedade que são contra a iniciativa do governo.
Em defesa do decreto, os movimentos coletam assinaturas pela internet até o dia 25 de junho, quando serão entregues ao presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros. Além disso, sugere que sejam enviadas mensagens diretamente ao presidente do Congresso.
Leia a Íntegra do manifesto em favor da Política Nacional de Participação Social
Em face da ameaça de derrubada do decreto federal n. 8.243/2014, nós, juristas, professores e pesquisadores, declaramos nosso apoio a esse diploma legal que instituiu a Política Nacional de Participação Social.
Entendemos que o decreto traduz o espírito republicano da Constituição Federal Brasileira ao reconhecer mecanismos e espaços de participação direta da sociedade na gestão pública federal.
Entendemos que o decreto contribui para a ampliação da cidadania de todos os atores sociais, sem restrição ou privilégios de qualquer ordem, reconhecendo, inclusive, novas formas de participação social em rede.
Entendemos que, além do próprio artigo 1º CF, o decreto tem amparo em dispositivos constitucionais essenciais ao exercício da democracia, que prevêem a participação social como diretriz do Sistema Único de Saúde, da Assistência Social, de Seguridade Social e do Sistema Nacional de Cultura; além de conselhos como instâncias de participação social nas políticas de saúde, cultura e na gestão do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza (art. 194, parágrafo único, VII; art. 198, III; art. 204, II; art. 216, § 1º, X; art. 79, parágrafo único).
Entendemos que o decreto não viola nem usurpa as atribuições do Poder Legislativo, mas tão somente organiza as instâncias de participação social já existentes no Governo Federal e estabelece diretrizes para o seu funcionamento, nos termos e nos limites das atribuições conferidas ao Poder Executivo pelo Art. 84, VI, “a” da Constituição Federal.
Entendemos que o decreto representa um avanço para a democracia brasileira por estimular os órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta a considerarem espaços e mecanismos de participação social, que possam auxiliar o processo de formulação e gestão de suas políticas.
Por fim, entendemos que o decreto não possui inspiração antidemocrática, pois não submete as instâncias de participação, os movimentos sociais ou o cidadão a qualquer forma de controle por parte do Estado Brasileiro; ao contrário, aprofunda as práticas democráticas e amplia as possibilidades de fiscalização do Estado pelo povo.
A participação popular é uma conquista de toda a sociedade brasileira, consagrada na Constituição Federal. Quanto mais participação, mais qualificadas e próximas dos anseios da população serão as políticas públicas. Não há democracia sem povo.
Brasil, junho 2014
Prof. Fabio Konder Comparato
Prof. Celso de Mello
Prof. Dalmo Dallari
Jose Antonio Moroni, Inesc
Joao Pedro Stédile, MST”


GOLPE DE ESTADO EMBLEMÁTICO DO INTERVENCIONISMO DOS EUA A Guatemala esqueceu Jacobo Arbenz?


Em tempos de Copa do Mundo e de vitórias como a da Costa Rica sobre a Itália, a matéria sobre a Guatemala logo abaixo acaba chegando num momento importante para reflexão.
A imaginação corre solta, ou quase, quando lemos um texto desse, o que fazer para que nós latinos americanos, brancos e negros, trabalhadores e trabalhadoras, índios e índias, enxerguemos a situação do continente frente aos interesses dos Estados Unidos da América e das elites daqui?
Qual o percentual de jovens do Brasil que conhecem os heróis do Povo?
Zumbi é conhecido de que forma?
Os livros trazem imagens de um negro grande, forte, bonito, seguido de um pequeno texto, muitas vezes romântico, sobre o papel da maior e mais importante figura da história do nosso Povo. E só.
Nenhuma análise, nenhuma explicação porquê ele lutou, por exemplo.
A Guatemala, como o Brasil e o restante da América latina, tem dificuldade de cultuar seus homens e mulheres que lutaram pela maioria.
Exemplo é o que acontece na Guatemala com Jacobo Arbenz.
As escolas, principalmente as públicas, daqui e da Guatemala, e de toda a América latina, precisam trabalhar a História Real, trazer à tona, à superfície, fatos históricos que possam ajudar a fortalecer a luta do Povo pela construção de uma sociedade diferente.

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

GOLPE DE ESTADO EMBLEMÁTICO DO INTERVENCIONISMO DOS EUA
A Guatemala esqueceu Jacobo Arbenz?
(Retirado do site do Le Monde Diplomatic Brasil dia 21/06/2014)

Para os revolucionários latino-americanos, o golpe que derrubou o presidente Jacobo Arbenz em junho de 1954 ilustra a recusa de Washington em tolerar as mais modestas reformas em seu “quintal”. Presente durante o putsch, Che Guevara recordaria o episódio na Revolução Cubana... Mas do que se lembra a população do país?
por Michael Faujour
O cemitério da capital da Guatemala localiza-se entre dois abscessos de miséria. Em meio a um mosaico de estelas em tons pastel – azul, amarelo, verde –, imponentes sepulturas abrigam os restos mortais de incontáveis oligarcas e ditadores. O lugar também é a última morada de um homem associado à esperança de ruptura na história sangrenta deste pequeno país da América Central: Jacobo Arbenz Guzmán, segundo presidente de uma “Primavera Guatemalteca” que durante dez anos trabalhou para virar a página da pobreza e do feudalismo (ver boxe). Um descanso eterno bem vigiado, no entanto: a 20 metros, uma placa comemorativa saúda o “mártir anticomunista” Carlos Castillo Armas, que no dia 27 de junho de 1954 liderou o golpe de Estado que derrubou Arbenz, forçando-o ao exílio.
 
Foi preciso esperar 24 anos após sua morte para que as cinzas do ex-presidente fossem repatriadas, por iniciativa da Universidade de San Carlos (Usac), e uma homenagem oficial lhe fosse oferecida. Estudantes projetaram o mausoléu: uma pirâmide de três faces, simbolizando as três maiores realizações de sua presidência (a estrada do Atlântico, a reforma elétrica e a reforma agrária). Em 19 de outubro de 1995, puxado por cavalos, o caixão percorreu a cidade.1À sua passagem, centenas de pessoas aproximaram-se. Em seguida, ignorando o protocolo, dezenas de cidadãos entraram no Palácio Nacional. Alguns tomaram a urna para carregar em seus ombros o “soldado do povo” e conduzi-lo até a sala de recepção preparada para o velório.

Memória contra memória
As organizações estudantis, de onde partiu a operação, ficaram surpresas com esse aparente fervor, que não haviam previsto. Mas a historiadora Betzabé Alonzo Santizo minimiza sua amplitude. Segundo ela, a situação explica-se sobretudo pela curiosidade dos transeuntes... Membro ativo da Comissão do Centenário do Nascimento de Arbenz, formada em outubro de 2012, a historiadora faz um balanço amargo das comemorações que ajudou a organizar. Teria a memória do ex-presidente caído no esquecimento e na indiferença para a maioria dos cidadãos? Nossas tentativas de sondar, aleatoriamente, o conhecimento dos guatemaltecos sobre Arbenz, nas ruas da capital e da cidade de Quetzaltenango, parecem confirmar essa hipótese. Mas não a explicam.
“Aqui”, indica o jornalista Manuel Vela Castañeda, “a lembrança de Arbenz incomoda.” À direita, é claro, mas também à esquerda. “Nenhuma guerrilha usou seu nome para batizar uma frente de operações militares.” Essa constatação converge com a do ex-secretário-geral da presidência de Arbenz: Jaime Díaz Rozzotto acredita que o presidente deposto gozou do “raro privilégio de unir contra si [...] a direita ultramontana (fascismo contemporâneo), a direita liberal, a transnacional United Fruit Company, o Departamento de Estado norte-americano, o bipartidarismo yankee, o reformismo latino-americano (radicais, passando pela democracia cristã ou o equivalente à social-democracia europeia) e até o foquismo guerrilheiro (partidários dos focos revolucionários rurais)”.2
Com apenas dois deputados no Congresso, de 58, a União Revolucionária Nacional Guatemalteca (URNG-Maiz) continua sendo o principal partido de esquerda do país.3 Em suas instalações figuram um grande mural revolucionário, imagens do ex-presidente da Venezuela Hugo Chávez, de Ernesto “Che” Guevara, de Raúl e Fidel Castro, e um poema em memória do comandante Rolando Morán.4 Mas nem a menor evocação de Arbenz... Para Héctor Muila, ex-guerrilheiro e secretário-geral do partido de 2004 a 2013, o erro do ex-presidente foi deixar-se influenciar pelo Partido Comunista e recusar-se a armar o povo para “defender a Revolução”, em 1954. Essa avaliação é semelhante à de Ernesto “Che” Guevara, que esteve na Guatemala durante o golpe de Estado e tirou do episódio suas próprias conclusões estratégicas.
Em meio aos visitantes do domingo, famílias de falecidos e vendedores de lanche que povoam os corredores do cemitério, Betzabé explica essa falta de interesse pela história da esquerda guatemalteca: décadas de caça aos “comunistas” teriam forçado ao exílio aqueles que carregavam essa memória, “sem poder transmiti-la”. “É o que explica, em parte, que a esquerda seja quase inexistente aqui”, diz. “Muitos deixaram o país; outros, também numerosos, morreram durante o conflito armado”, o mais longo e sangrento da América Central (1960-1996).
No nível universitário, a pesquisa memorial só tomou alguma envergadura no final dos anos 2000, seguindo “duas interpretações claramente opostas”, observa Castañeda. Uma, mais favorável ao ex-presidente, desenvolve-se na Usac, onde permanece confinada. A outra, claramente hostil, vem da Universidade Francisco Marroquín (UFM), lar do neoliberalismo guatemalteco, de temível vigor.5 Seu campusé habitado pelos pensadores liberais. Ali encontramos a Praça Adam Smith, a biblioteca Ludwig von Mises, a sala Carl Menger e os auditórios Friedrich Hayek e Milton Friedman. Uma escultura de Atlas homenageia a romancista libertária Ayn Rand.
A respeito do golpe de Estado de 1954, dois autores da Marroquín se destacam: Carlos Sabino, com La historia silenciada, publicado em 2008, e Ramiro Ordoñez Jonama, cujoUn sueño de primavera foi publicado em 2012.6 Os trabalhos ressaltam a violência e a corrupção que teriam marcado a década revolucionária, como se tais características fossem intrinsecamente ligadas ao projeto político de Arbenz. Essa visão da história apaga a propaganda anticomunista da Igreja e da imprensa, a oposição da oligarquia, da Central Intelligence Agency (CIA) e das ditaduras da região e as conspirações militares... Inclinados a denunciar a história “oficial” e “dominante” da Usac, esses historiadores ignoram a força da UFM. Desde sua fundação, em 1971, essa universidade forneceu a elite neoliberal do país. E conta com importantes conexões na imprensa e no mundo político.
Uma nova situação se estabeleceu a partir de 2011, quando a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) participou da elaboração de um acordo entre o Estado guatemalteco e a família do ex-presidente. Esta exigiu, além de indenizações pela espoliação de seus bens após o golpe, diversas ações para reabilitar a memória de Arbenz, entre elas o perdão oficial do Estado.
O presidente Álvaro Colom, sobrinho de um mártir do conflito armado, rebatizou a estrada do Atlântico com o nome de seu criador, assim como uma sala do Museu Nacional de História. Uma série de selos postais foi estampada com sua efígie. Mas essas medidas ainda são pouco em comparação com o grande número de locais públicos e bustos homenageando Jorge Ubico (1931-1944) e Justo Rufino Barrios (1873-1885), dois caudilhos racistas que serviram amplamente aos interesses da oligarquia.
Teoricamente, os jovens guatemaltecos conhecem Arbenz no penúltimo e, principalmente, no último ano do ensino fundamental. O período é aprofundado no primeiro ano do colégio. A consulta de vários livros didáticos7 revela um tratamento honesto e, na maioria das vezes, bastante completo da década revolucionária. Eles explicam, por exemplo, os antecedentes que levaram ao golpe de Estado, as ações e os desafios do período revolucionário (na escala do país, da América Central e do mundo). Também tratam do papel dos Estados Unidos em muitas deposições de governantes e guerras civis na região. O problema: essas obras não têm nada de oficial, pois não há um livro comum para todos os estudantes da República. Na maioria das vezes, eles simplesmente não têm livro.
É por isso que o acordo amigável com a família inclui a “revisão” do currículo nacional (Currículo Nacional Base) e prevê a distribuição de um documento de Orientación Curricularaos professores do ensino médio público, com o objetivo de ajudá-los a recuperar a memória de Arbenz. Mas é difícil medir o impacto disso: apenas quatro em cada dez crianças concluíram o ensino fundamental em 2010, segundo a Unicef.8 A questão do conteúdo dos livros didáticos parece, assim, de menor importância.
De acordo com o intelectual septuagenário José Antonio Móbil, há duas Guatemalas: a da cidade e a do campo. Uma fratura particularmente demarcada na questão da memória e da política: “A população rural sabe mais sobre Arbenz que a urbana”, garante. “A população da cidade esqueceu tudo.” Esse fenômeno pode ser explicado pela sobrevivência de uma história transmitida oralmente, de geração em geração, nas áreas submetidas à reforma agrária. Parece que esse tipo de coisa não se esquece...
Um fato que passou relativamente despercebido na atualidade sugere que a memória Arbenz não está morta. Em agosto de 2012, uma operação foi montada, na zona 5 da capital, para remover uma ocupação ilegal com mais de cem famílias que levava o nome do ex-presidente.9 Seu nome continua, portanto, a simbolizar um ideal de justiça social. Como resume Herbert Loarca Moreira, professor de Economia em Quetzaltenango, “é uma referência histórica que vem lembrar que ‘isso’ é possível”.


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A Primavera Guatemalteca

No dia 20 de outubro de 1944, jovens militares guatemaltecos, portando as aspirações das classes média e alta da capital, puseram fim a doze anos de uma ditadura feroz. A “Revolução de Outubro”, termo que se refere, por extensão, à década que se seguiu, assinala, segundo o historiador Sergio Tischler Visquerra, “o fim do Estado-finca”,1 ou seja, um Estado a serviço dos interesses privados de latifundiários e empresas estrangeiras, incluindo a United Fruit Company (UFC).
A junta revolucionária e depois a presidência de Juan José Arévalo, que começou em 15 de março de 1945, lançaram um vasto processo de institucionalização e democratização, com duas contribuições fundamentais. Em 1947, o código do trabalho aboliu a servidão regulamentada pela lei desde o final do século XIX. Em 1949, o Instituto Guatemalteco do Seguro Social passou a garantir serviços gratuitos aos cidadãos.
Jacobo Arbenz Guzmán chegou ao poder em 1951. Seu objetivo era “modernizar” a Guatemala. Ele queria primeiro colocar “o país no caminho do capitalismo” e em seguida transformar “uma nação dependente de economia semicolonial em um país economicamente independente”.2 Para a Guatemala da época, era muito. O projeto implicava a proteção e expansão do mercado interno, o estabelecimento de uma economia mista, a industrialização, o lançamento de grandes projetos e a luta contra os monopólios norte-americanos. A criação de uma “Estrada do Atlântico” aboliu o monopólio do frete, detido pela empresa ferroviária International Railways of Central America, pertencente à UFC. Mas o projeto prioritário de Arbenz continuava sendo a reforma agrária, que deveria ajudar a desenvolver o mercado interno. O Decreto n. 900 de 1952 lançou oficialmente suas bases. O Estado desapropriou as terras não exploradas pelo preço fraudulentamente declarado ao fisco – normalmente inferior ao preço real – e as distribuiu em usufruto vitalício. Um projeto como esse logo despertou a preocupação da CIA e da UFC... (M.F.)
Michael Faujour
Michael Faujour é jornalista na Guatemala.


Ilustração: Paulo Lobato

1  Por razões simbólicas, as cinzas foram colocadas em um caixão para a cerimônia de repatriação.
2  El presidente Arbenz Guzmán: “la gloriosa victoria” y la lección de Guatemala[O presidente Arbenz Guzmán: “a gloriosa vitória” e a lição da Guatemala], Centro de Estudios Urbanos y Regionales, Universidade de San Carlos, n.2, Guatemala, abr. 1995.
3  Ler Grégory Lassalle, “Guatemala, le pays où la droite est reine” [Guatemala, o país onde a direita reina], Le Monde Diplomatique, 28 out. 2011.
4  Amigo íntimo de Che, Rolando Morán (1929-1998) foi um dos fundadores da URNG e um dos principais personagens da guerrilha. Após os Acordos de Paz de 1996, recebeu, assim como o presidente e oligarca Alvaro Arzú, o Prêmio pela Paz da Unesco.
5  Cf. Quentin Delpech, “Des usages improbables de l’économie” [Usos improváveis da economia], Actes de la Recherche en Sciences Sociales, Seuil, Paris, set. 2010.
6  Carlos Sabino, La historia silenciada (1944-1989), vol. I: Revolución y liberación[A história silenciada (1944-1989), vol. I: Revolução e libertação], Fondo de la Cultura Económica de España, Cidade da Guatemala, 2008; e Ramiro Ordoñez Jonama, Un sueño de primavera [Um sonho de primavera], Artgrafic, Cidade da Guatemala, 2012.
7  Editoras McGraw-Hill (Estados Unidos), Santillana Guatemala, Grupo Editorial Norma (Colômbia), Edessa (Guatemala), Banco de Susaeta Ediciones (Guatemala), Consucultura (Guatemala).
8  Relatório anual, 2010.

9          “Habitantes del asentamiento ‘Jacobo Arbenz Guzmán’ se enfrentan a policías” [Habitantes do assentamento “Jacobo Arbenz Guzmán” enfrentam policiais], El Periódico, Guatemala, 16 ago. 2012.
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1  Sergio Tischler Visquerra, Guatemala 1944: crisis y revolución, ocaso y quiebre de una forma estatal [Guatemala, 1944: crise e revolução, ocaso e ruptura de uma forma estatal], Universidade de San Carlos de Guatemala, de 1998.

2          Discurso de posse, 15 mar. 1951.
 
03 de Junho de 2014