sábado, 8 de abril de 2023

Inelegibilidade de Bolsonaro seria um marco para a Justiça brasileira, diz Eugênio Aragão

Ex-ministro da Justiça elogiou o trabalho do TSE e disse que as ações contra Bolsonaro não deixam muita margem para ele se safar da inelegibilidade.

Montagem: Jair Bolsonaro e Eugênio Aragão (Foto: Alan Santos/PR | Felipe L. Gonçalves/Brasil247)


247 - O ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão concedeu uma entrevista à TV 247 em que defendeu que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declare a inelegibilidade de Jair Bolsonaro com base na campanha anti-democrática conduzida pelo ex-chefe de governo. 

A Corte está avaliando se houve alguma irregularidade cometida por Bolsonaro durante uma reunião realizada em julho do ano passado com embaixadores no Palácio da Alvorada. Durante o encontro, Bolsonaro fez uma série de ataques sem provas às urnas eletrônicas e ao sistema eleitoral brasileiro, o que resultou em uma ação de investigação judicial eleitoral movida pelo PDT. O ministro Benedito Gonçalves, corregedor-geral do TSE, é o responsável pelo caso.

Aragão elogiou o trabalho de Gonçalves e dos outros juízes eleitorais e afirmou que as ações no Tribunal são bem instruídas. Segundo ele, a situação para Bolsonaro "é um prato cheio" para o TSE, já que ele "não tem muito para onde correr". 

"Há uma vontade política do Tribunal de realmente estabelecer um marco, de até onde candidatos podem ir. Esse marco, na verdade, não é de hoje. Já vem da ação do (deputado Felipe) Francischini, que foi o primeiro precedente de que fake news pode cassar mandato", acrescentou.

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FAKE NEWS PT abre processo milionário contra internautas que associaram Lula a autor do massacre da creche de Blumenau

Partido dos Trabalhadores ajuizou ação nesta sexta-feira (7) no Tribunal de Justiça do Distrito Federal na qual citou três pessoas que fizeram postagens mentirosas



O Partido dos Trabalhadores ajuizou ação cível contra postagens que associam o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o PT ao autor dos assassinatos de crianças na creche de Blumenau (SC) no último dia 4 de abril.

A Ação Indenizatória com Pedido de Tutela de Urgência - Fakenews contra PT - elenca como responsáveis pela associação os perfis no Facebook, de Paulo Sérgio de Andrade Correa e de Maria Helena Garcia e, no Twitter, do 'Dama de Aço'. Os responsáveis pelo Facebook e pelo Twitter também foram citados na ação.

Em razão do alto grau de ofensividade e lesão à honra do PT, ao associá-lo por meio de montagem de imagens ao autor dos crimes em questão, a ação foi ajuizada requerendo, liminarmente, a retirada dos links do ar.

Também foi solicitada, como reparação, indenização no valor de R$ 50 mil contra cada um dos três autores das postagens citados na ação.

A ação corre na 6ª Vara Cível de Brasília e foi distribuída em regime de plantão judiciário.

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sexta-feira, 7 de abril de 2023

O SENTIDO DA PÁSCOA EM JESUS DE NAZARÉ

 


Por Pastor Lenon

O SENTIDO DA PÁSCOA EM JESUS DE NAZARÉ

Após Jesus ter expulsado os cambistas da fé e os vendilhões do templo, teve vários embates com os representantes do “congresso nacional” judaico. o conselho político religioso chamado de Sinédrio - órgão de governo sediado no templo de Jerusalém. O mestre da Galileia atacou a fonte de renda e o status das castas que governavam o povo. Por essa razão, a sua vida, naqueles últimos dias, antes da cruz, foi de muito trabalho. Praticamente não lhe deram sossego. Tramaram de todas as maneiras possíveis e inimagináveis contra Jesus nos porões das instituições apodrecidas pelo fundamentalismo teocêntrico enraizado no templo Jerusalém. Enfim, conseguiram aliciar um dos seus seguidores mais próximos. Judas Iscariotes cedeu à tentação egocêntrica da solução fácil para os problemas da vida. Vendeu a sua consciência. Jesus sabia disso. Ainda assim, o Nazareno permaneceu sereno até o fim. Era preciso fazer o travessia...

Naquela sexta-feira era a pascoa, dia em que os judeus comemoram a libertação do cativeiro no Egito para a liberdade no deserto - esse é o sentido da pascoa para o povo judeu. Naquele dia, Jesus  reuniu seus discípulos num jantar pascal em Betânia, inclusive Judas, de quem jamais desistiu. Ali ressignificou o sentido da páscoa. Assim, o pão e o vinho transformaram-se no corpo e no sangue do Salvador. Naquele ambiente de intimidade fraterna, a liberdade ganhou novo significado. Nele, liberdade não é apenas para o corpo físico, mas, uma experiência profunda de reconciliação do ser consigo mesmo, de reconciliação com o próximo, de reconciliação com a natureza e, de reconciliação com Deus, o autor da vida.

Aquele jantar de Betânia mudou a história humana para sempre porque ali a morte deixou de ser o extermínio da vida para tornar-se a continuidade da existência. Essa é a essência da fé que se articula em Cristo Jesus, morte agora é páscoa - passagem, traduzida como a certeza de que a vida continua mesmo depois que os olhos se fecham. Nesse sentido, essa fé se concretiza historicamente porque pascoa é também a possibilidade da experiência de construção de um outro mundo possível em que as estruturas de morte dão lugar a experiências vivas de convivências soro-fraternas, em que todos são livres para experienciarem a plenitude da vida que existe no Filho do homem, Jesus de Nazaré, expressão humana do Amor divino na história!

“Depois pegou o pão e deu graças a Deus. Em seguida partiu o pão e o deu aos apóstolos, dizendo: – Isto é o meu corpo que é entregue em favor de vocês. Façam isto em memória de mim. Depois do jantar, do mesmo modo deu a eles o cálice de vinho, dizendo: – Este cálice é a nova aliança feita por Deus com o seu povo, aliança que é garantida pelo meu sangue, derramado em favor de vocês.” (Lucas 22:19-20).

Pr Lenon Andrade, Páscoa de 2023
Publicado no Livro Café com esperança, para deixar a vida mais leve

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Extrema direita cria fake para associar assassino de Blumenau ao PT, enquanto setores da mídia escondem sua identidade

"Serão identificados e responderão por mais esse crime!!", afirmou o chefe da Secom, Paulo Pimenta. Confira a indignação na internet contra a fake news

Montagem: Luiz Henrique de Lima (círculo), dois prints tentando associar sem provas o PT ao massacre em Blumenau e, ao fundo, viaturas policiais no município catarinense (Foto: Reprodução)

FONTE: Site Brasil 247


247 - Setores da extrema direita resolveram espalhar uma notícia falsa ao tentar associar o PT ao massacre desta quarta-feira (5) em Blumenau (SC), onde Luiz Henrique de Lima, 25 anos, matou quatro crianças e feriu outras quatro na creche Cantinho Bom Pastor. Enquanto se tenta culpar o Partido dos Trabalhadores, a mídia tradicional tem evitado revelar a identidade do responsável pelos assassinatos. 

O chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência da República (Secom), Paulo Pimenta, comentou a fake news e afirmou que "a canalhice não tem limites". "Serão identificados e responderão por mais esse crime!!".

O youtuber Felipe Neto, um dos principais influenciadores digitais do País, também reforçou que a direita espalhou uma notícia falsa. "O homem assassinou 4 crianças e a extrema direita está usando isso pra criar fakenews e atacar o PT e o Lula. Esse é o nível do bolsonarismo".

O Judiciário catarinense decretou a prisão preventiva de Henrique de Lima, que já tinha passagens pela Polícia por tentar esfaquear o padrasto e um cachorro. 

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criou um "decreto interministerial para instalação de grupo de trabalho para colocar em prática uma política nacional de combate à violência nas escolas".

 

 

 

 

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quinta-feira, 6 de abril de 2023

Defesa de Bolsonaro menciona 'alto risco' de inelegibilidade por ataque às urnas em reunião com embaixadores

Advogados veem a presença do chamado "ato personalíssimo" no caso, ou seja, a participação direta de Bolsonaro

Jair Bolsonaro em reunião com embaixadores, em 18 de julho de 2022 (Foto: Clauber Cleber Caetano/Ag.Brasil)

 FONTE: Site Brasil 247

247 - Jair Bolsonaro (PL) já foi alertado por sua defesa sobre o 'alto risco' de se tornar inelegível por conta de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), relata Bela Megale, do jornal O Globo. O caso em questão é o que trata dos ataques ao processo eleitoral brasileiro desferidos por Bolsonaro em 2022 durante reunião convocada pelo então governo com embaixadores de diversos países.

O time jurídico de Bolsonaro entende que entre os 16 processos que ele responde no TSE, este é o único com potencial para torná-lo inelegível. Os outros poderiam resultar em sua cassação, caso ele tivesse mandato. Ministros da Corte discordam e avaliam que há sim outras ações que podem retirar os direitos políticos de Bolsonaro.

No caso em tela, segundo os advogados, há a demonstração do chamado “ato personalíssimo”, ou seja, da participação direta de Jair Bolsonaro no crime. Por esta razão, a punição seria a inelegibilidade.

O processo pela reunião de Bolsonaro com embaixadores foi movido pelo PDT e está avançado. Na semana passada houve o encerramento da fase de coleta de provas. O ex-mandatário é acusado de abuso de poder econômico e uso indevido de meios de comunicação.

Corregedor-geral do TSE, Benedito Gonçalves deve liberar a ação para julgamento ainda neste mês. Na sequência, o presidente da Corte, ministro Alexandre de Moraes, marcará a data para iniciar a discussão no plenário.

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terça-feira, 4 de abril de 2023

PF apura se Bolsonaro teria dado ordem para PRF barrar eleitores de Lula

 

(Foto: Carolina Antunes/PR)

FONTE: DCM

O inquérito da Polícia Federal (PF) que mira a atuação do ex-ministro da Justiça Anderson Torres na operação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que bloqueou vias do Nordeste no segundo turno das eleições dificultando o fluxo de eleitores apura se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) teve participação na medida.

O foco da PF é investigar se Torres agiu por iniciativa própria ou por determinação do ex-capitão. De acordo com informações da colunista Bela Megale, do jornal O Globo, investigadores apontam que está “evidente” a participação do ex-ministro na ação.

A participação de Torres fica ainda mais clara após sua viagem à Bahia para pedir apoio da própria PF à PRF para interferir na locomoção de eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A área de inteligência do Ministério da Justiça, sob o comando do bolsonarista, fez um levantamento que detalhou os locais onde Lula foi mais votado.

Diante disso, a avaliação dos policiais é que, para o inquérito avançar sobre a possível participação do ex-chefe do Executivo, é preciso de algum grau de colaboração do ex-ministro da Justiça, o que ainda não aconteceu. Torres está preso desde janeiro.

Vale destacar que a inelegibilidade de Bolsonaro pode ser declarada na ação que investiga essa frente. A PF apura se de fato ocorreu um esforço direcionado para impedir que eleitores do presidente petista chegassem às suas zonas eleitorais na segunda etapa do pleito.

Torres teria feito um levantamento entre o primeiro e o segundo turno para identificar as regiões onde Lula foi mais votado e, a partir disso, organizado a operação para tentar impedir os eleitores. O ministro queria que a Polícia Federal colocasse pelo menos 90% do efetivo nas ruas e estradas no domingo.

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domingo, 2 de abril de 2023

Abandonado em Bangu 8, extremista reclama que se sente ignorado por Bolsonaro

 Familiares acreditam que ele possa estar ‘em depressão’

Ex-deputado Daniel Silveira/Ex-presidente Bolsonaro/Foto: Reprodução/Foto: Alan Santos/PR

FONTE: Site Brasil 247

247 - “De dentro do Bangu 8, o ex-deputado Daniel Silveira espera que Jair Bolsonaro, agora que voltou ao Brasil, entre em contato com ele de alguma forma. Silveira, segundo pessoas próximas, não recebeu nenhum recado do ex-presidente desde que foi preso, em fevereiro”, escreve o jornalista Guilherme Amado em sua coluna no portal Metrópoles. 

Amado destaca que, “sem mandato e preso, Silveira vem se queixando de abandono por parte de seus aliados e familiares acreditam que ele possa estar ‘em depressão’. O ex-deputado atribui a falta de contato de Bolsonaro à longa viagem nos Estados Unidos. Nenhum filho do ex-presidente, contudo, visitou ou mandou recados para o ex-deputado na prisão”.

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DITADURA NUNCA MAIS! | ADRIANO DIOGO NA TVRC | IMPERDÍVEL!


Olá gente! Ontem dia 1º de abril, o Brasil relembra o GOLPE DE 1964 que ajudou a parir um dos momentos mais nefastos da história recente do país, uma DITADURA MILITAR que durou 21 anos, duas décadas de atraso em todos os setores da vida nacional.

A Ditadura Militar foi marcada por esquemas de corrupção, talvez, nunca vistos na história brasileira e da Pátria-Mãe América Latina, mas, não foi apenas corrupção, esse triste período, foi também marcado por perseguições e prisões ilegais, TORTURA e desaparecimentos de adversários da DITADURA.

Nosso canal, para relembra esse momento terrível recebeu Adriano Diogo nasceu em 29 de março de 1949 na capital paulista e se formou como geólogo pela Universidade de São Paulo. Devido ao seu envolvimento com o movimento estudantil, foi preso pela Operação Bandeirantes em março de 1973, passando por três cárceres do Estado de São Paulo. Seu primeiro destino foi o DOI-Codi/SP, onde permaneceu por três meses, até ser transferido para o Deops/SP. Em seguida, rumou para o Presídio do Hipódromo, onde concluiu seu processo prisional. Advogaram a seu favor o advogado José Carlos Dias e sua assistente, Maria Luiza Bierrenbach. Após a restituição da democracia, Adriano deu continuidade à militância em defesa dos Direitos Humanos e foi presidente da Comissão da Verdade do Estado de São Paulo.

DITADURA NUNCA MAIS!

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Datafolha: 61% aprovam comportamento de Lula na Presidência da República

 

Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: Reprodução

FONTE: DCM

A maioria dos brasileiros aprova o comportamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no cargo até aqui. É o que mostra a pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (01), que entrevistou 2.028 eleitores em 126 cidades do país, entre quarta (29) e quinta-feira (30). A margem de erro ficou em dois pontos para mais ou para menos.

Segundo o levantamento, 61% da população acha que Lula sempre ou quase sempre se comporta como deveria na presidência. De acordo com 37% das pessoas que responderam a pesquisa, Lula se comporta adequadamente o tempo todo e 24% disseram que o bom comportamento é “quase sempre”.

20% dos entrevistados acha que ele não age de forma condizente com o cargo na maioria das oportunidades e outros 18% dizem que ele nunca o faz. Outros 2% dos entrevistados não souberam responder.

Ainda de acordo com a pesquisa Datafolha deste sábado, Lula chega aos 90 dias de mandato com aprovação superior a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no mesmo período, em 2019. 38% responderam que aprovam o governo Lula, enquanto a aprovação do mandatário anterior marcava 32% na época.

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O "indício concreto" que, segundo a PF, deve incriminar Bolsonaro no caso das joias

Investigação sobre o escândalo das joias árabes avançam às vésperas do depoimento de Bolsonaro à PF, marcado para 5 de abril


 no Site da Revista Fórum

O delegado Adalto Ismael Machado, da Polícia Federal, concedeu esta semana à defesa de Jair Bolsonaro uma cópia do inquérito que apura o caso das joias árabes que o ex-presidente tentou se apropriar ilegalmente. O ex-mandatário foi, que retornou ao Brasil esta semana após 3 meses nos Estados Unidos, foi intimado a prestar depoimento aos investigadores na próxima quarta-feira (5). 

No inquérito ao qual os advogados de Bolsonaro tiveram acesso, o delegado responsável pela investigação fala em "indícios concretos" do envolvimento do ex-presidente no escândalo, sinalizando que ele pretendia, ao contrário do que diz sua defesa, ficar com as joias em caráter pessoal, violando a lei que prevê a incorporação dos presentes de alto valor dados por autoridades de outros países ao patrimônio do Estado. 

O principal indício, segundo reportagem do jornal O Globo, consiste no ofício do dia 28 de dezembro de 2022, disponível no Portal da Transparência, em que o então ajudante de ordens de Bolsonaro, coronel Mauro Cid, solicita que o secretário da Receita Federal libere as joias de R$ 16,5 milhões que tinham sido apreendidas no Aeroporto de Guarulhos (SP), em outubro de 2021, com um assessor do ex-ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. No documento, Mauro Cid indica que a Receita deveria entregar o estojo valioso ao servidor Jairo Moreira da Silva para "atender demandas do Senhor Presidente da República"

O servidor tentou cumprir a missão e, de fato, viajou até o Aeroporto de Guarulhos no dia 29 de dezembro de 2022 para tentar resgatar as joias, mas não teve sucesso graças à recusa de um servidor da Receita, que cumpriu a lei que prevê que somente com a comprovação de que o presente iria para o patrimônio da União ou pagar tributos e multa permitiria a liberação do presente - o que não ocorreu

Há, inclusive, um vídeo do circuito de câmeras da Receita Federal no aeroporto que flagrou, inclusive com áudio claro e compreensível, a tentativa do assessor de recuperar as joias para que Bolsonaro as incorporasse em seu acervo pessoal de forma clandestina.

Segundo e terceiro estojo de joias

O ministro Augusto Nardes, do Tribunal de Contas da União (TCU), emitiu um despacho nesta quarta-feira (29) em que obriga Jair Bolsonaro a entregar "imediatamente" um terceiro conjunto de joias que recebeu da Arábia Saudita e que se apropriou de maneira ilegal.

O primeiro conjunto de artigos valiosos, que incluía peças de diamante, avaliadas em R$ 16,5 milhões, foi apreendido pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos (SP). Um segundo kit com artigos de luxo e armas de uso restrito que estavam sob a posse de Bolsonaro foi devolvido por sua defesa ao Estado brasileiro na última sexta-feira (24). Um terceiro estojo de joias vindo da Arábia Saudita, entretanto, ainda não foi incorporado ao patrimônio da presidência e está "escondido", junto a outros presentes recebidos por Bolsonaro, em uma propriedade gigantesca do ex-piloto de Fórmula 1 bolsonarista Nelson Piquet, no Lago Sul, em Brasília. 

A informação sobre este outro presente veio à tona a partir de reportagem do jornal Estadão publicada nesta terça-feira (28). Trata-se de um relógio rolex de ouro branco cravejado de diamantes com valor estimado em R$ 364 mil, uma caneta Chopard, abotoaduras e anéis estimados em R$ 200 mil

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP), então, acionou o TCU para que a apropriação ilegal que Bolsonaro fez deste terceiro kit de joias seja investigada e, horas depois, o Tribunal deu retorno, obrigando o ex-presidente a entregar "imediatamente" o conjunto, sob pena de sanções. Em seu despacho, o ministro Augusto Nardes determinou ainda uma auditoria "urgente" na fazenda de Nelson Piquet para que sejam apreendidos outros presentes que porventura estejam escondidos no local. 

Diante da decisão do TCU, a defesa de Bolsonaro informou, nesta sexta-feira (31), que vai entregar este terceiro estojo, assim como fez com o segundo. 

Bolsonaro intimado

Nesta quarta-feira (29), a Polícia Federal intimou Jair Bolsonaro a prestar depoimento na sede da corporação na capital federal no próximo dia 5 de abril. 

Além do ex-mandatário, foi intimado a depor seu ex-ajudante de ordens, o tenente-coronel Mauro Cid. As oitivas se darão no âmbito do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre as joias e outros artigos de luxo vindos da Arábia Saudita e Emirados Árabes que Bolsonaro tentou se apropriar de maneira ilegal. 

Na última sexta-feira (24), emparedado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), Bolsonaro, através de seus advogados, devolveu ao Estado brasileiro um segundo estojo de joias que recebeu de presente durante viagem à Arábia Saudita em 2021, além de armas de uso restrito que havia ganhado em uma viagem aos Emirados Árabes em 2019. 

Na mesma viagem oficial, em outubro de 2021, na qual o governo saudita deu à comitiva de Bolsonaro as joias de R$ 16,5 milhões que foram apreendidas pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos - as peças não foram declaradas e estavam escondidas na mala de um assessor do então ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque -, as autoridades do país árabe presentearam o ex-mandatário com um segundo conjunto de peças de luxo milionárias, composto por relógio (de R$ 223 mil), abotoaduras, caneta, anel e uma espécie de rosário. 

Este segundo estojo de joias entrou no Brasil de forma ilegal através de Bento Albuquerque que, ao contrário de seu assessor, não foi pego pela Receita Federal chegando ao país com as peças não declaradas. O ex-ministro passou um ano com o conjunto valioso mantido sob sua posse - e sem ser declarado - e, somente em novembro de 2022, isto é, um mês antes de Bolsonaro deixar o país, entregou o pequeno tesouro ao então mandatário no Palácio da Alvorada, conforme mostra um recibo da presidência da República. 

O próprio Bolsonaro chegou a admitir, em entrevista já após o escândalo ser revelado, que incorporou o segundo estojo árabe ao seu “acervo pessoal”, sob a alegação de que trata-se de um presente “personalíssimo”. O ex-presidente, no entanto, não poderia se apossar das joias. Pela lei, elas deveriam ir para o acervo da presidência da República. 

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sexta-feira, 31 de março de 2023

EM QUEDA | Aos 59 anos do golpe, Forças Armadas vivem desgaste de imagem após associação com Bolsonaro

Especialistas analisam a desaprovação dos militares: "É cara, cheia de privilégios e não fez boas escolhas políticas"



s vésperas do 59º aniversário do golpe militar que asfixiou as liberdades por 21 anos no Brasil, as Forças Armadas vivem uma crise de imagem. De acordo com pesquisas recentes, elas têm perdido o respeito da população após assumirem, no governo Bolsonaro, um protagonismo inédito no governo federal desde a redemocratização.

Uma pesquisa da AtlasIntel divulgada no dia 1º de fevereiro deste ano mostrou que 41% da população confiam nos militares, 39% não confiam e 20% não tinham opinião sobre as Forças Armadas. No mesmo levantamento, o Congresso Nacional e o Superior Tribunal Federal (STF) tiveram percentuais maiores que os militares, ambos com 42% de confiança.

Porém, os brasileiros que não confiam no Congresso Nacional e no STF, de acordo com a pesquisa, somam 57% e 47%, respectivamente, números maiores que o índice de desconfiança nas Forças Armadas.

Com 360 mil servidores, as Forças Armadas têm previsão orçamentária de R$ 124,4 bilhões em 2023. Deste valor, 78,2% serão gastos com pessoal. Analistas acreditam que elas terão muito menos influência no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou a nomear um civil para o Ministério da Defesa, José Mucio Monteiro Filho, depois de quatro anos de militares à frente da pasta.

O antropólogo Piero Leirner, que pesquisa o meio militar há mais de três décadas, lembrou que o Congresso Nacional e o STF foram os "objetos da turba golpista" e analisou os dados do levantamento. "A 'desconfiança' recaiu sobre todo mundo. Isso para mim é um sinal interessante, pois pode ser uma evidência de que aquilo que vem ocorrendo nos últimos tempos surtiu efeito: uma espécie de desestabilização da percepção social sobre a política, as instituições e as tais 'regras do jogo'".

Na pesquisa "A cara da democracia", que é realizada anualmente, é possível ver o recuo na popularidade das Forças Armadas durante o governo Bolsonaro. Em 2018, durante a campanha, 31% dos brasileiros diziam confiar muito nos militares. Esse índice caiu para 29% em 2019; 26% em 2021; e 25% em 2022 (em 2020 não houve levantamento).

Em 2008, uma pesquisa da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) revelava que 75,5% dos brasileiros confiavam nas Forças Armadas. Em 1995, medição qualitativa feita pelo Instituto Vox Populi deu nota 3,2, de um máximo de 5, para os militares.

O sociólogo Marcos Coimbra, fundador e diretor do Vox Populi, se recorda do levantamento feito pelo instituto em 1995. "Esse número certamente diminuiu com o passar do tempo, era uma nota alta. Se fôssemos repetir exatamente o mesmo modo de perguntar, é muito provável que essa queda fosse flagrada hoje. Recordo que nas perguntas notamos que as Forças Armadas amedrontavam as pessoas, não havia sentimentos como carinho ou qualquer afeto por essa instituição. É uma instituição cara, cheia de privilégios e não fez escolhas políticas que os aproximassem da população."

Para Coimbra, há uma interpretação da população de que "os militares são ociosos" e a queda histórica é justificada pelas "escolhas que a Forças Armadas fizeram, de se associar a um personagem terrível, que é reprovado pela maior parte do país. Esse vínculo foi se estreitando ao longo do tempo, de ambos os lados. Esse cidadão, o Bolsonaro, cooperou para o desgaste das Forças Armadas."

"O prestígio das Forças Armadas parece ter sofrido algumas ranhuras, em decorrência do envolvimento intenso da instituição no governo Bolsonaro", explica Ana Penido, pesquisadora do Grupo de Estudo em Defesa e Segurança (Gedes-Unesp) e do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social, que propõe uma reflexão sobre a imagem da instituição.

"Se você vai a um médico do SUS e acha que o atendimento dele foi ruim, pode avaliar se foi bom ou ruim. Se vai a um posto da assistência social ou passa por uma estrada cheia de buracos, pode avaliar a qualidade do serviço recebido. No caso das Forças Armadas, o prestígio que elas têm não é relacionado com a sua finalidade, a política de Defesa, a capacidade de proteger ou defender o Brasil diante de conflitos internacionais", explica Penido.

A pesquisadora elencou, então, os motivos que podem explicar os índices de aprovação que os militares já alcançaram. "Por exemplo, quando elas levam água para comunidades isoladas, quando vacinam pessoas diante de uma pandemia ou fazem obras viárias diante de um desastre."

Para Piero Leirner, é preciso qualificar pesquisas e análises para associar a queda da popularidade das Forças Armadas a Bolsonaro. "Na minha opinião esta queda deveu-se muito mais à exposição negativa que os militares começaram a ter na imprensa – primeiro, aos poucos, com casos de superfaturamentos, doce de leite e Viagra e depois especialmente com a associação direta ao 8 de janeiro. Eles ficaram operando tudo isso 'dentro da margem de erro'. Isto é, ao mesmo tempo participando do Governo e dos arroubos de Bolsonaro, mas negando o tempo todo."

Uma outra perspectiva sobre a imagem dos militares seria possível se os institutos de pesquisa realizassem seus levantamentos em outras áreas, defende Penido. "Eu desconheço pesquisas sólidas com grupamentos em que as Forças Armadas tenham operado no território, como as operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nas periferias. O mesmo vale para a atuação deles nas fronteiras. Eu desconheço também pesquisas de opinião sobre a confiabilidade das Forças Armadas feitas junto às comunidades indígenas."

Comunicação positiva

Para quem julga que os crimes cometidos por militares durante a ditadura no país deveriam servir para que as Forças Armadas tivessem popularidade próxima de zero, Piero Leirner não traz boas notícias.

"Acho que a maior parte da população não está nem aí para isso. Perdeu-se o timing, essa ficou sendo uma questão minoritária", explica o antropólogo. O distanciamento dos crimes cometidos durante a ditadura é um dos méritos da comunicação das Forças Armadas, segundo Ana Penido.

"A guerra pela opinião pública é talvez mais importante do que a física. As Forças Armadas passaram a especializar setores inteiros em áreas como guerra psicológica, que hoje alguns analistas chamam de 'guerra híbrida', que usa diversas táticas para desestabilizar governos nacionais", conta a pesquisadora.

"Durante a tragédia em Brasília no dia 8 de janeiro, os militares passaram pano de forma geral para a destruição que estava acontecendo. Então teve a crise Yanomami e eles rapidamente saíram e começaram a levar ajuda em aviões. Há muitas imagens dos militares ajudando a salvar os indígenas, os mesmos militares que eram responsáveis pela Amazônia, como o atual senador Hamilton Mourão, que viram o garimpo entrar e ficar naquela região", encerrou.

Edição: Rodrigo Durão Coelho

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quarta-feira, 29 de março de 2023

Confrontado, Moro não responde em que página de sua sentença estão as provas contra Lula

 

FOTO: Reprodução

FONTE: DCM

O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) foi cobrado novamente sobre as provas que comprovariam as acusações da Lava Jato contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante entrevista em uma afiliada paranaense da Jovem Pan, o ex-juiz se esquivou da pergunta.

Em certo momento da entrevista, o entrevistador cita o desafio de Reinaldo Azevedo e pergunta em que número de páginas está a sentença do petista.

“O Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, foi condenado pelo STJ. Vamos parar com essa história de conspiração”, rebateu Moro. “Vamos perguntar para você: o escândalo de corrupção da Petrobras aconteceu ou não aconteceu? R$ 6 bilhões foram roubados? Não foram roubados? Em qual governo?”, continuou o ex-juiz.

“A pergunta é que o número de páginas está a prova”, insistiu o jornalista. “A sentença tem mais de uma centena de páginas. Tem que ler a sentença inteira para talvez entender”, esquivou Moro.

No início de março, o jornalista Reinaldo Azevedo, da Rádio BandNews FM, relançou o desafio durante entrevista com Lula. “Qualquer pessoa que quiser me mandar em quais páginas da sentença do Sergio Moro estão as provas contra esse senhor [Lula], eu quero as páginas. Estou com a sequência toda, já li, reli”, disse.


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terça-feira, 28 de março de 2023

Bolsonaro guardou joias e presentes em fazenda de Nelson Piquet

 

FOTO: Reprodução

FONTE: DCM

O ex-presidente Jair Bolsonaro guardou as joias recebidas da Arábia Saudita na fazenda de Nelson Piquet, em Brasília. Dezenas de caixas de presente foram despachadas para a propriedade do ex-piloto de Fórmula 1, que fica no Lago Sul, uma das regiões mais nobres da capital. A informação é do Estadão.

Os itens que Bolsonaro não queria entregar à União eram enviados para a “Fazenda do Piquet”, como a propriedade é conhecida, por meio das garagens privativas do Palácio do Planalto e da Alvorada.

O primeiro pedido para enviar as caixas ocorreu no dia 7 de dezembro de 2022, quando o ex-mandatário começou a organizar sua saída das residências oficiais. Houve um atraso na remessa e os itens só foram encaminhados no dia 20, a 11 dias do fim de sua gestão.

Bolsonaro tinha o objetivo de ficar com os bens de maior valor, já que ele despachou itens como cartas e livros para o Arquivo Nacional do Rio de Janeiro e para a Biblioteca Nacional do Rio.

O ex-piloto é cabo eleitoral de Bolsonaro e chegou a fazer uma doação de R$ 501 mil para a campanha do ex-presidente na última eleição presidencial. Piquet também participou de uma série de manifestações golpistas e até dirigiu o Rolls-Royce presidencial em 7 de setembro de 2021.

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