quinta-feira, 16 de março de 2023

MOMENTO FOFURA VÍDEO: Garotinho interrompe discurso de Lula para fazer pergunta importante

Momento inusitado aconteceu na posse do novo diretor-geral de Itaipu, Enio Verri, em Foz do Iguaçu, onde Lula também encontrou a família de Marcelo Arruda, assassinado por bolsonarista durante a festa de aniversário.

FOTO: Twitter

FONTE: Revista Fórum  |  

O presidente Lula teve o discurso interrompido nesta quinta-feira (16) durante a cerimônia de posse de Enio Verri na diretoria-geral da usina de Itaipu, em Foz do Iguaçu, por um menino que deu um importante recado.

Lula iniciava seu discurso, saudando as autoridades presentes, quando foi interrompido pelo garotinho pela primeira vez.

"Lula! Lula", dizia o menino. "Fala, querido", respondeu o presidente. "Eu te amo", respondeu a criança, arrancando um sorriso do presidente, que retornou: "eu te amo também".

ASSISTA:








Eduardo Bolsonaro associa Dino ao tráfico e toma bela enquadrada de Glauber Braga (vídeo)

 “Glauber jantou o bananinha”, apontam os internautas

Glauber Braga e Eduardo Bolsonaro (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados | Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

Eduardo Bolsonaro (PL) tentou em mais uma oportunidade repetir as fake news disparadas no período eleitoral. Durante sessão no plenário nesta quarta-feira (15) ele  associou o ministro da Justiça, Flávio Dino, ao tráfico de drogas, e voltou a criminalizar comunidades do Rio de Janeiro. O objetivo do filho de Bolsonaro era atacar a visita de Dino, que foi em comunidades na cidade carioca nesta quarta-feira. 

"Flávio Dino foi visitar o Complexo da Maré, comunidade dominada pelo tráfico de drogas mais bem armada do Rio de Janeiro, com dois carros. Ou seja, tá tudo armado com o tráfico de drogas. Galera do CPX tá, ó, pode chegar que tá na boa", disse Eduardo Bolsonaro mais uma vez repetindo a mentira de que “CPX” seria uma gíria de tráfico enquanto, na realidade, é uma abreviação de Complexo, muito utilizada entre os moradores. 

O também deputado Glauber Braga (PSOL) então pediu a palavra para rebater as mentiras absurdas de Eduardo e refrescar sua memória também: "É engraçado porque o deputado Eduardo Bolsonaro, sempre que tem a oportunidade, tenta criminalizar alguma comunidade do Rio de Janeiro. Só que a maior apreensão de armas e fuzis foi feita a partir da pista de onde? Do condomínio do pai dele! A grande apreensão de cocaína tava onde? No avião do pai dele! Ora, ora ora... Tá querendo enganar a quem?", disparou Glauber.

Assista:



UM GOVERNO EM DISPUTA



Após quatro anos de desgoverno dirigido por um representante da Extrema Direita, o Brasil elegeu um genuíno representante do Povo, Luís Inácio Lula da Silva. Agora, chegou o momento da população brasileira mais pobre pressionar para que o atual governo faça as Políticas Públicas de interesse da maioria.

Temos consciência plena, como Classe Trabalhadora, que esse é sim um governo em disputa.

De um lado o Povo mais pobre lutando e pressionando para ser protagonista de um governo que ele, o povo, elegeu.

Dou outro, um bando de rentistas, representantes dos exploradores do povo. Grupos, instituições bancárias e organizações nacionais e internacionais que apoiaram a Extrema Direita brasileira no seu projeto neoliberal de morte.

Nesse embate precisamos de duas coisas primordiais, POVO NA RUA e Classe Trabalhadora conscientizada, para que isso efetivamente aconteça, precisamos de um terceiro elemento fundamental que é uma verdadeira COMUNICAÇÃO POPULAR.

Nosso Blog e canal RESISTÊNCIA CONTEMPORÂNEA estar nessa luta.

Venha, entre para a RESISTÊNCIA!

Por Gilbert Martins

GLEISI DETONA EXPLORADORES DO POVO

FONTE: Site Brasil 247

247 - A presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), foi às redes sociais afirmar que o mercado financeiro é em sua essência bolsonarista, e que os principais interesses dos financistas neste início de governo Lula são "juros na estratosfera" e "arrocho fiscal suicida". 

Ela comentava a mais recente pesquisa Genial/Quaest, que aponta o rechaço esmagador do mercado financeiro ao presidente petista e percepções pessimistas sobre o cenário econômico. 

"Pesquisa genial/quaest mostra a voz do mercado: querem juros na estratosfera e arrocho fiscal suicida. Se dependesse deles, Bolsonaro seria presidente até hoje", escreve Gleisi em seu Twitter. 

Os rentistas são favoráveis à manutenção dos juros a patamares elevados, como os de 13,75% do BC do Brasil, que o governo Lula considera impeditivo para o crescimento econômico. Também pressionam por um arrocho fiscal, limitando a atuação do Estado na economia. 



quarta-feira, 15 de março de 2023

Nome de Zanin transita sem resistência no Senado

 Senado Federal sinalizou ao presidente Lula que aprovaria Zanin para o STF

Zanin e o presidente Lula (Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação)

FONTE: Site Brasil 247

247 - O nome do advogado criminalista Cristiano Zaninestá ganhando cada vez mais adeptos no Senado Federal. De acordo com reportagem da CNN, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu sinalização de que não haverá dificuldades na aprovação do nome de Zanin caso seja indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ainda de acordo com a reportagem, nomes como o de David Alcolumbre (União Brasil-AP), presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), já se manifestaram. O senador teria indicado não ter resistência ao nome de Zanin e que poderia adotar celeridade na marcação da sabatina. 

Até mesmo senadores de partidos como o PP e PSDB não acreditam em dificuldades em uma aprovação.

“Apesar do favoritismo de Zanin, auxiliares do governo têm defendido que Lula leve em conta a opinião de Lewandowski, que, segundo relatos feitos à CNN, teria preferência pelo nome do jurista baiano Manoel Carlos de Almeida Neto, ex-secretário-geral do STF”, destaca a reportagem.



STJ convoca Robinho de "forma imediata" para discutir pena no Brasil

 Determinação para que o atacante brasileiro acompanhe o processo de homologação da sentença italiana foi da presidente do STJ, ministra Maria Thereza de Assis Moura

(Foto: REUTERS/Toru Hanai)

FONTE: Site Brasil 247

ANSA - A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), a ministra Maria Thereza de Assis Moura, determinou que o atacante Robinho seja convocado de forma "imediata" para acompanhar o processo de homologação da sentença italiana.

A urgência da convocação da ministra acontece após a defesa do ex-jogador do Milan ter revelado o endereço onde Robinho pode ser encontrado.

De acordo com Maria Thereza de Assis Moura, os defensores do ex-atleta da seleção brasileira podem apresentar uma contestação contra a homologação da sentença no Brasil. A citação, por sua vez, é a primeira fase desse processo de reconhecimento.

A decisão da ministra do STJ em relação ao caso envolvendo o jogador foi publicada nesta quarta-feira (14).

Robinho foi condenado a nove anos de prisão, mas a Constituição brasileira impede que cidadãos natos sejam extraditados por delitos cometidos em outro país. Por isso, a Itália solicitou formalmente que ele cumpra a pena em um presídio brasileiro.



Direto de Bangu, Roberto Jefferson detona Jair Bolsonaro

 A postura de Jefferson em Bangu 8, aliás, contrasta com a adotada com policiais quando reagiu à prisão. Na cadeia, o dirigente tem se mostrado respeitoso

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

FONTE: Site Brasil 247

247 - “Do presídio em Bangu 8, no Rio, Roberto Jefferson não tem poupado Jair Bolsonaro de pesadas críticas. A pessoas com quem tem convivido no cárcere, disse que o capitão pulou do barco em meio à tormenta. Uma referência ao fato de o então presidente ter deixado, sem orientação, manifestantes após a derrota para Lula”, informa o jornalista Paulo Cappelli em sua coluna no portal Metrópoles.

“Pelo raciocínio de Jefferson, prisões poderiam ter sido evitadas se Bolsonaro tivesse sido claro quanto às suas intenções. As críticas decorrem da postura dúbia adotada pela família Bolsonaro após o segundo turno. No começo de dezembro, Flávio afirmava que um golpe nunca havia sido cogitado. Já o então presidente declarava, na porta do Alvorada, que cabia aos manifestantes ‘decidir para onde iriam’ as Forças Armadas’.  Ele também tem detonado Bolsonaro pela viagem aos Estados Unidos após a derrota”, acrescenta.



"EU SOU NORMAL" VÍDEO: A patética cena de Tarcísio tentando destruir a bancada da Bolsa de Valores

 Num acesso de virilidade descabido e sem sentido, governador paulista espanca violentamente peça de madeira onde martelo deve ser batido quando um negócio é fechado. Veja

IMAGEM: Reprodução twitter

FONTE: Site Revista Fórum | 

O bolsonarismo é, de fato, um fenômeno não totalmente compreendido. Só que às vezes, diante de algumas situações tão absurdas, fica difícil acreditar que há sanidade entre os radicais que seguem e veneram o ex-presidente de extrema direita. Parece ter sido o caso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na tarde desta terça-feira (14).

Durante o leilão do trecho norte do Rodoanel Mário Covas, na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, Tarcísio, tomado por um acesso de virilidade e fúria tão inexplicável quanto patético, tentou destruir a bancada do local onde era realizada a negociação.

Nas imagens inacreditáveis, o governador paulista carioca dá pancadas violentíssimas com o martelo usado para simbolizar o “negócio fechado” do leilão e tenta destruir a peça de madeira colocada sobre a bancada da B3, onde o instrumento simbólico deve ser batido.

O público parece incrédulo diante da cena ridícula e do descontrole bizarro do homem que governa o estado mais rico e populoso do Brasil, que depois de não conseguir quebrar nem o martelo, nem a base de madeira, arremessa a ferramenta longe, para aplauso de alguns bajuladores constrangidos.

Assista à grotesca cena:







terça-feira, 14 de março de 2023

ESSENCIAL | Governo prepara projeto para regular redes e combater fake news

 Ministro da Justiça espera que matéria seja aprovada ainda neste ano. “Ideia é ter uma legislação moderna e que proteja as liberdades”

FOTO: Reprodução/TVT  |  

São Paulo – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, prepara um Projeto de Lei (PL) que trata da regulação das redes sociais. O ministro trabalha na matéria ao lado da Secretaria de Comunicação (Secom), do ministro Paulo Pimenta. De acordo Dino, a estimativa é de encaminhar uma proposta já na semana que vem para avaliação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), antes de enviar a matéria ao Congresso Nacional.

“Já temos a tramitação de um projeto de lei lá, sob a relatoria do deputado Orlando Silva (PCdoB-SP). A nossa ideia inicial é que o conteúdo seja aproveitado para qualificar, e termos uma legislação moderna, adequada e que proteja as liberdades. E, ao mesmo tempo, que a internet não seja uma guerra. Que haja dever e cuidado por parte das empresas, e haja um sistema de responsabilidade, no caso de cometimento de crimes por intermédio dessas plataformas”, disse Dino.

Flávio Dino avalia que o Congresso deve debater a regulação das redes sociais ainda neste ano. O ministro lembrou que, em paralelo, há duas ações diretas de inconstitucionalidade tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF). “Haverá uma audiência pública no dia 28 de março. Concluída essa fase, o Supremo também pode julgar. De modo que são dois caminhos diferentes que irão se complementar. No sentido de termos novos marcos jurídicos sobre internet no Brasil ainda neste ano de 2023, seja por deliberação do Congresso, seja por deliberação do Supremo.”

Outras frentes

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) prepara um relatório que também será encaminhado ao Congresso. Segundo o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, a intenção é levar sugestões ao PL de relatoria do deputado Orlando Silva. Moraes acrescentou que, para concluir o trabalho, tem conversado com representantes das redes sociais.

De acordo com o presidente do TSE, as discussões têm que levar em conta três pontos: a transparência no uso dos algoritmos, o engajamento maior e a monetização das redes sociais. “Não importa qual seja a informação, se está ganhando dinheiro tem que ter responsabilidade pela informação”, disse.

“Não precisamos, de início, exigir que toda, absolutamente toda informação seja checada pelas plataformas, mas podemos exigir esses três pontos e que todas as big techs tenham responsabilidade, com maior transparência dos algoritmos. Há necessidade. A utilização de algoritmos faz com que qualquer plataforma deixe de ser algo inerte onde se colocou conteúdo e passou a atuar.” De acordo com o Alexandre de Moraes, se houve atuação, há a responsabilidade de combate às fake news.

Na Câmara

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), destacou que, desde a aprovação do texto pelo Senado, muitos fatos ocorreram envolvendo a participação em redes sociais. Para ele, é possível fazer um consenso entre as propostas para a aprovação de uma lei para o setor.

“Caberá ao relator Orlando fazer uma síntese de propostas que virão do Poder Executivo, do Poder Judiciário, sociedade civil e órgãos interessados, para que a gente construa realmente um texto adequado, que propicie as alterações que nós desejamos, todos brasileiros, para que a liberdade de expressão seja preservada, mas, ao mesmo tempo, a responsabilidade necessária com todos os caminhos adequados tanto para as big techs como para os usuários”, disse.

“É polêmico o tema (regulação das redes sociais), é abstrato, é subjetivo, dito pelo próprio ministro que tem áreas escuras, opacas, claras, então nós teremos um trabalho duro para aprovar este texto. Nós não conseguimos sequer votar a urgência no mandato passado. Contudo, a  necessidade de se chegar a um bom termo, em um tema que está desequilibrado, é importante que todos nós nos empenhamos”, concluiu.

Na avaliação de Lira o tema está bastante maduro em relação a sua espinha dorsal. “O poder Judiciário vai prestar algum tipo de contribuição e o relator já vem conversando com alguns assessores e com o ministro da Justiça para também trazer para o plenário as contribuições do executivo. Por que isso é importante? Porque são setores que vão influenciar na votação e na condução dos votos para que a gente tenha a aprovação. De um lado, a gente não vai poder traduzir com liberdade de expressão excessiva, em que tudo é permissivo e também não só uma restrição punitiva.”

Com Agência Brasil



"O MUNDO QUER SABER" | Cinco anos após assassinato, caso Marielle Franco segue indefinido

 Motivações e mandantes da morte da vereadora são questões que continuam sem respostas

FOTO: CC 2.0 - Wikimedia  |  Símbolo de luta contra desigualdades, parlamentar assassinada tem recebido homenagens no Brasil e em diversos países do mundo

FONTE: Rede Brasil Atual

São Paulo – O assassinato da vereadora Marielle Franco completa cinco anos e segue sem resposta sobre o mandante do crime. A socióloga e o motorista Anderson Gomes foram metralhados em um carro no Estácio, bairro da região central carioca, na noite de 14 de março de 2018. Até aqui as investigações levaram à prisão de dois executores: os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Elcio de Queiroz. Os motivos e quem mandou mandar Mariele permanecem desconhecidos.

“Já se passaram cinco anos: é muito tempo. Hoje, o mundo inteiro quer saber quem mandou matar Marielle. Isso não é uma questão a ser resolvida apenas para a família”, desabafa Marinete Silva, mãe da socióloga e ativista dos direitos humanos e dos movimentos sociais. Ela resume o sentimento de familiares, amigos, ativistas, e de qualquer pessoa indignada com o crime. complementa a mãe.

Interferências

O próprio processo de investigação passou a ocupar um lugar central no noticiário. A Polícia Civil teve cinco delegados responsáveis pelo caso na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. No Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), três equipes diferentes atuaram no caso durante esses anos.

A última mudança aconteceu há 10 dias, quando o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, escolheu sete novos promotores para integrar a força-tarefa coordenada por Luciano Lessa, chefe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

As trocas constantes de comando receberam críticas de familiares e movimentos sociais nesses cinco anos, e levaram a suspeitas de obstrução nas investigações. Em maio de 2019, a Polícia Federal apontou que foram dados depoimentos falsos para dificultar a solução dos homicídios. Procuradoras abandonaram o caso em julho de 2021, com a afirmação de que houve interferência externa na investigação.

O novo comando do MPRJ disse estar comprometido em “não chegar a uma conclusão açodada, divorciada da realidade” e que trabalha objetivamente para “realizar um trabalho técnico e sério, voltado para identificar todos os envolvidos”.

Prisões

Sobre os mandantes e o motivo dos assassinatos, os promotores afirmam que as dificuldades são maiores por se tratar “um crime onde os executores são profissionais, que foram policiais militares, que sabem como se investiga”.

O avanço mais consistente no caso aconteceu em março de 2019, quando Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa foram presos no Rio de Janeiro. O primeiro é acusado de ter atirado em Marielle e Anderson, o segundo, de dirigir o carro usado no assassinato. Quatro anos depois, eles continuam presos, mas não foram julgados. Procurado pela reportagem, o Tribunal de Justiça do Rio informou que é esperado “o cumprimento de diligências requeridas pela promotoria e pela defesa para que seja marcada a data do julgamento”.

Sobrevivente

Fernanda Chaves, ex-assessora de Marielle Franco, foi a única sobrevivente do atentado. Ela estava no carro quando a parlamentar e o motorista foram atingidos. Fernanda diz que apenas o delegado que assumiu o caso entre 2018 e o início de 2019, Giniton Lages, a chamou para prestar depoimento. Ela só voltou a ser procurada em janeiro desse ano pelo Ministério da Justiça, quando participou de uma reunião com assessores da pasta.

“Você chegar a cinco anos sem que se tenha levado adiante o julgamento dos que estão acusados e presos por conta do assassinato? Sem ter uma investigação que leve aos mandantes? É muito humilhante, eu acho que é vergonhoso para o Estado não entregar essa resposta. O Rio de Janeiro, quando a Marielle foi assassinada, estava sobre intervenção federal, militarizado. No centro da cidade, do lado da Prefeitura, as vias eram cobertas por câmeras. E cinco anos depois você não tem um avanço. Giniton saiu do caso, as promotoras deixaram o caso alegando interferência. Isso é gravíssimo”, acusa.

Inquérito federal

A reunião de Fernanda marca uma mudança de postura do governo federal em relação ao caso. A federalização das investigações esteve em pauta desde o início e chegou a constar em um pedido da então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em setembro de 2019. A tentativa não avançou após proibição do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do desinteresse do governo federal na época e da preocupação dos familiares.

Em fevereiro desse ano, o ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal (PF) abrisse um inquérito paralelo para auxiliar as autoridades fluminenses. Ontem (13), o ministro disse que o caso é uma prioridade da corporação e que pretende identificar todos os envolvidos.

“O que eu posso afirmar é que o trabalho está evoluindo bem. Mas é claro que, sobre o resultado, nós teremos nos próximos meses a apresentação dos investigadores daquilo que foi possível alcançar. Não é possível nesse momento fixar prazos, nem que momento isso finalizará. Mas eu posso afirmar que há prioridade, há uma equipe dedicada na Polícia Federal só para isso e eu tenho, sim, a expectativa e a esperança, que é de todos nós, que a PF vai ajudar a esclarecer definitivamente esse crime”.

Justiça por Marielle e Anderson

Para aumentar a pressão sobre as investigações, foi criado em julho de 2021 o Comitê Justiça por Marielle e Anderson. Ele é formado pelos familiares das vítimas, pela Justiça Global, Terra de Direitos, Coalizão Negra por Direitos e Anistia Internacional Brasil. Esta última organizou e participou de campanhas desde que os assassinatos aconteceram.

Para a diretora-executiva Jurema Werneck, as autoridades do Rio estão falhando há cinco anos com as famílias das vítimas e a sociedade como um todo. Ela defende que a solução do caso é fundamental para o país mostrar que está comprometido no combate aos crimes políticos.

“O ministro da Justiça diz que vai cooperar. A gente só tem que confiar que dessa vez vão colaborar de fato. E que dessa vez vão contribuir para o Rio de Janeiro e o Brasil superarem essa ineficiência crônica de elucidação de homicídios. E principalmente elucidação de homicídios políticos. O Brasil é o quarto país do mundo que mais mata ativistas. Portanto, o ministro da Justiça, além de elucidar esse crime, precisa estabelecer políticas e mecanismos consistentes para que o Brasil deixe de estar entre os campeões do mundo de assassinatos políticos”.

Essa visão é compartilhada por organismos internacionais, que pressionam o Brasil a solucionar o atentado. Jan Jarab, representante da ONU Direitos Humanos para a América do Sul, defende que é preciso inserir o caso em um contexto mais amplo de ataques contra defensores dos direitos humanos.

“Devemos evitar a impunidade. No sentido amplo da palavra, não só sobre quem executa os atos violentos, mas também quando há pessoas por trás. Mas também é importante a prevenção, primária e secundária, e as medidas de segurança física. E intervir quando já existem ameaças, quando existem crimes de ódio verbal. Que não se banalizem essas formas de agressão verbal, principalmente no âmbito das redes sociais”.

Esperanças renovadas

Meia década de tristeza, angústia e ansiedade. Mas não de desistência. É dessa forma que amigos e familiares de Marielle Franco renovam as esperanças de que, com o apoio de diversos setores da sociedade civil, não será preciso passar mais um ano sem a resposta sobre “Quem mandou matar Marielle?”.

“Infelizmente, a gente vive em um país onde muitas pessoas são assassinadas e seguem sem saber quem mandou matar e o porquê. Mas eu acho que o Brasil merece dar essa resposta para democracia”, diz Anielle Franco, irmã da vereadora e ministra da Igualdade Racial.

“Eu preciso acreditar nas instituições, eu preciso acreditar que esse resultado vai ser apresentado. Eu não posso acreditar em um país que tenha autoridades e instituições funcionando, em um Estado Democrático de Direito, que não entrega essa resposta. Eu preciso acreditar nisso, eu tenho esperança”, diz Fernanda Chaves.

“Eu entendo hoje que fazer justiça por Marielle não tem só a ver com o final de um inquérito. Isso o Estado brasileiro deve à família e à sociedade”, defende Mônica Benício, viúva de Marielle. “É a gente poder viver numa sociedade onde ‘Marielles’ não sejam assassinadas, mas possam florescer no seu máximo de potência. É a gente ter uma sociedade em que não haja racismo, LGBTfobia, machismo. Ou seja, que todos os corpos possam viver e ter igualdade de direitos, que todas as vidas possam importar igualmente aos olhos do Estado e aos olhos da sociedade. Quando a gente tiver essa sociedade, fizemos justiça por Marielle”.

Cronologia do caso Marielle Franco

  • 14 de março de 2018: Marielle Franco e Anderson Gomes são assassinados.
  • 15 de março de 2018: Giniton Lages assume a Delegacia de Homicídios do Rio e o caso.
  • 21 de março de 2018: O MPRJ escolhe um grupo de promotores para a apuração do crime.
  • 01 de setembro de 2018: Entra no caso o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ). Acontece a primeira troca de promotores do MPRJ.
  • 25 de setembro de 2018: Orlando Curicica, encarcerado no Presídio Federal de Mossoró por crimes ligados à milícia, menciona o ‘Escritório do Crime’ para os investigadores. Uma testemunha cita o vereador Marcello Siciliano por suposto envolvimento na morte de Marielle. Siciliano foi preso, mas o envolvimento dele foi descartado depois.
  • 11 de outubro de 2018: Investigações do MPRJ identificam biotipo do executor do crime e rastreiam novos locais por onde circulou o carro usado no crime.
  • 11 de março de 2019: A primeira fase de investigações é encerrada. Ronnie Lessa e Élcio Queiroz são denunciados por homicídio doloso.
  • 12 de março de 2019: Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa são presos no Rio de Janeiro.
  • 25 de março de 2019: Giniton Lages é substituído por Daniel Rosa na Delegacia de Homicídios do Rio.
  • 23 de maio de 2019: Polícia Federal aponta que foram dados depoimentos falsos para dificultar a solução dos homicídios de Marielle Franco e Anderson Gomes.
  • 11 de setembro de 2019: A então procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pede a federalização das investigações.
  • 10 de março de 2020: Justiça do Rio determina que Ronnie Lessa e Élcio Vieira de Queiroz sejam levados a júri popular.
  • 27 de maio de 2020: Superior Tribunal de Justiça (STJ) nega a federalização das investigações.
  • 17 de setembro de 2020: Delegado Daniel Rosa deixa o caso. Moisés Santana assume o lugar dele.
  • 05 de julho de 2021: Terceira troca na Delegacia de Homicídios: sai Moisés Santana, entra Edson Henrique Damasceno.
  • 02 de fevereiro de 2022: Quarta troca: Edson Henrique Damasceno é substituído por Alexandre Herdy.
  • 30 de agosto de 2022: Supremo Tribunal Federal (STF) nega recursos das defesas de Ronnie Lessa e Élcio Vieira, e mantém decisão sobre júri popular.
  • 22 de fevereiro de 2023: O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anuncia abertura de inquérito da Polícia Federal para investigar assassinatos.
  • 04 de março de 2023: MP do Rio define novos promotores do caso Marielle Franco.

Reportagem de Rafael Cardoso, da Agência Brasil – Redação RBA: Fábio M Michel



segunda-feira, 13 de março de 2023

Bolsonaro será intimado a depor sobre joias e Brasil pode pedir cooperação internacional, diz Dino

 "Temos diligências em curso, pessoas sendo ouvidas, e, em algum momento, o ex-presidente será intimado", afirmou o ministro da Justiça


Flávio Dino e Jair Bolsonaro (Foto: Tom Costa/MJSP | Reprodução | Reuters/Adriano Machado) ((Imagem: Wallace Martins/Futura Press/Folhapress)

FONTE: Site 247

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou nesta segunda-feira que o ex-presidente Jair Bolsonaro será intimado a depor pela Polícia Federal, em algum momento, no âmbito do inquérito sobre a entrada no país de joias sauditas não declaradas, e disse que o Brasil pode solicitar cooperação jurídica internacional caso ele não compareça.

Segundo Dino, ainda não há prazo nem data para a intimação a Bolsonaro, que se encontra nos Estados Unidos desde que deixou o Brasil em dezembro do ano passado dois dias antes do final de seu mandato. O ministro afirmou que ainda há "outros passos" a serem dados antes de uma oitiva de Bolsonaro, frisando que há muitos materiais a serem analisados que, no momento, são mais relevante do que ouvir o depoimento do ex-presidente.

"Temos diligências em curso, pessoas sendo ouvidas, e, em algum momento, o ex-presidente será intimado. Caso ele não compareça poderá haver ou não acionamento de cooperação jurídica internacional", disse o ministro a jornalistas após participar de evento da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio de Janeiro.

"O depoimento é uma oportunidade de defesa dele também... Não será ouvido hoje, amanhã ou depois de amanhã. Estamos diante de fatos que têm prova documental, imagens, filme, oficiais e papéis, provas materiais e, tem pessoas sendo ouvidas, provas orais", acrescentou.

Segundo o ministro, a PF vai concluir o inquérito "independentemente dele ser ouvido ou não“, mas ele disse esperar que Bolsonaro seja ouvido por que é direito de um investigado.

Especialistas ouvidos pela Reuters disseram que o caso envolvendo o ingresso irregular no país de joias procedentes da Arábia Saudita destinadas a Bolsonaro pode levar o ex-chefe do Executivo, a depender do resultado de investigações anunciadas por órgãos de controle, a responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, desvio de recursos públicos (peculato), descaminho e delitos de natureza tributária.

O ex-presidente já disse que não cometeu ilegalidades no caso e acionou o advogado Frederick Wassef para ajudá-lo na defesa das investigações de que será alvo, disse uma fonte com conhecimento do assunto. Em nota pública na semana passada, Wassef informou que Bolsonaro declarou oficialmente os "bens de caráter personalíssimo recebidos em viagens, não existindo irregularidade em suas condutas".

A PF abriu inquérito para apurar o caso após a Receita Federal ter informado que o governo anterior não adotou os procedimentos necessários para a incorporação ao patrimônio público de joias presenteadas pelo governo saudita a uma comitiva brasileira que visitou o país em 2021.

Parte das joias, que os portadores disseram ser destinadas à então primeira-dama Michelle Bolsonaro, ficou retida na Receita Federal em Guarulhos --um conjunto avaliado em 16,5 milhões de reais. Segundo reportagens da imprensa, o Planalto fez diversas tratativas para reavê-las.

Na semana passsada, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes determinou que Bolsonaro se abstenha de vender ou usar joias recebidas por ele.

Além do TCU e PF, outras três instituições já informaram que vão investigar o episódio: o Ministério Público Federal, a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União.



Oscar 2023: #SUSnoOscar e #SemAnistia puseram Brasil e Argentina na festa do cinema

 “Quando falta o ar”, ao disputar indicação para melhor documentário, levou ao mundo o SUS e a luta das mulheres da saúde contra o negacionismo. “Argentina 1985” retrata por que a luta pela memória e a verdade vale a pena

"Argentina 1985" e "Quando Falta o Ar" levaram o passado e o presente da América do Sul às telas
FOTO: Divulgação

A cerimômia de entrega do Oscar 2023, na noite deste domingo (12), começou no ano passado e teve pelo menos dois vencedores de “véspera”. Um deles, o brasileiro Quando Falta o Ar, indicado pelo país para a disputa do Oscar de melhor documentário, fez história apesar de ter ficado de fora na lista final. Por muito tempo, levantou nas redes sociais a hashtag #SUSnoOscar.

O outro é o longa Argentina 1985, que na noite derradeira esteve entre os cinco indicados de melhor filme estrangeiro. E, dessa forma, já com a missão de levar ao mundo e às novas gerações a história da punição, sem anistia, dos protagonistas de uma das ditaduras mais sangrentas do século 20. “Só por isso já vencemos”, disse um dos inspiradores do filme, o promotor Luis Moreno Ocampo.

Ocampo (vivido no filme por Peter Lanzani) foi auxiliar do procurador Julio Strassera (Ricardo Darín) no processo que levou o ditador Jorge Videla à prisão. Era 1985, e a Argentina em seus primeiros dois anos de restauração democrática já punha o general-presidente no banco dos réus. Jorge Rafael Videla foi declarado culpado pelo assassinato e desaparecimento de milhares de cidadãos em seu governo (1976-1981). A sentença: prisão perpétua, inelegibilidade perpétua e perda perpétua da patente militar.

A história na pele

Em entrevista recente ao Roda Viva, da TV Cultura, Luis Moreno Ocampo disse que Argentina 1985 foi “a cereja do bolo” de um processo que mudou seu país. Por intermédio do longa dirigido por Santiago Mitre, não apenas o mundo tomou contato com uma história que não se pode esquecer. Mas sobretudo as novas gerações a sentiram na tela. Jovens como seu próprio filho, que não tiveram contato com a gravidade daquele momento.

O promotor enaltece a importância do cinema ao lembrar que, durante o processo – resultado do trabalho da Comissão da Verdade –, assistiu a A História Oficial (1985, vencedor de Oscar de filme estrangeiro no ano seguinte). E disse que pela primeira vez chorou muito, mesmo não vendo no filme as cenas sanguinárias que vieram à sua mente durante o garimpo de testemunhos e provas contra Videla. “É com esse poder que o cinema atravessa gerações e cruza fronteiras. Ganhando ou não o Oscar, o filme cumpriu o papel de levar ao mundo essa mensagem. E isso é tudo que um filme pode fazer: abrir um diálogo diferente.”

Além de A História Oficial, o filme O Segredo de Seus Olhos (2009, de Juan José Campanella) também levou o Oscar de filme estrangeiro para a Argentina.

Perguntado se o Brasil deveria retomar a investigação dos crimes da ditadura, Ocampo foi categórico. A prioridade do Brasil, segundo ele, deve ser a investigação dos atos terroristas de 8 de janeiro. É uma ação emergencial porque ainda está em movimento, ele explica, acentuando que essa tentativa de golpe ainda não acabou. “E a defesa da democracia no Brasil interessa a toda a América Latina.” Não à toa, a hashtag #SemAnistia – recado crítico à lei brasileira de 1979 – passou a ser disseminada em nome da punição aos terroristas do 8 de janeiro.

Quando falta o ar

Foi justamente a abertura desse diálogo diferente um dos grandes feitos do documentário brasileiro Quando Falta o Ar (2021). O filme de Ana e Helena Petta foi o grande vencedor do Festival É Tudo Verdade do ano passado. Desse modo, se credenciou para ser o indicado do Brasil para a lista dos documentários de longa-metragem a concorrer a esta edição do Oscar.

Diferentemente de Argentina 1985Quando Falta o Ar não acabou entre os cinco indicados para a a final. Mas nem por isso deixou de ser um vitorioso, por levar ao mundo, sobretudo aos Estados Unidos, no final do ano, a história do enfrentamento do Brasil à pandemia da covid-19. O documentário entrou em cartaz esta semana nos cinemas.

Uma história do Sistema Único de Saúde (SUS), que era ele próprio candidato a morrer caso o governo anterior tivesse prevalecido na eleição passada. Um enredo protagonizado essencialmente por profissionais de saúde, que expõe façanhas que não podem se alcançar apenas pelo minguado salário do fim do mês. Uma história, além de tudo, de mulheres, diga-se neste mês de março, que são a grande maioria nessa carreira heroica.

O país todo já sabe que grande parte de seus 37 milhões de contágios e 700 mil mortes pela covid-19 poderia ter sido evitada. Especialmente se não estivesse no poder um governo negacionista e que responderá no Tribunal Penal Internacional por genocídio. Mas ao ver Quando Falta o Ar, o Brasil, e, graças ao cinema, muita gente no mundo, constatará o quanto a tragédia poderia ter sido ainda pior.

Frente de batalha

No 8 de Março dedicado às lutas das mulheres, equipe e atores do filme se encontraram com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Lula, ministros e a primeira-dama, Janja da Silva, estiveram por aproximadamente uma hora com a equipe do documentário, médicas e agentes comunitárias.

Uma delas era a indígena Eli Baniwa, que se diplomou médica aos 35 anos, na Universidade Federal do Pará, beneficiada por programas sociais. “Eu vi colegas meus, médicos jovens, se recusando a ir para a frente de batalha. Então, sinto orgulho de estar nesse filme”, afirmou.

“Procuramos registrar de perto o trabalho dessas mulheres”, conta a médica e diretora do filme Helena Petta: “Capturamos os diferentes ritmos no cuidado que elas prestam, que muitas vezes se expressam através do toque, do gesto e do olhar. Queríamos revelar as desigualdades do país e os preconceitos raciais que afetam as diferentes religiões do Brasil”.

Não há dúvida: Ana e Helena Petta conseguiram.

Neste sábado (11), o mundo completou três anos da decretação da pandemia do novo coronavírus. Casos de síndrome respiratória associados a covid-19 ainda estão em alta no país.

Quando Falta o Ar mostra ação dos profissionais. Não estava na festa deste domingo, mas levou o SUS ao mundo do cinema

Argentina 1985: necessário para que a desinformação e o esquecimento não atravessem gerações




Corrida para o STF afunila em três nomes e Zanin segue como favorito

 Advogado Cristiano Zanin Martins vem sendo alvo de intensa campanha promovida pela extrema direita, mas tem total confiança de Lula

Cristiano Zanin, Lula e Valeska Zanin Martins (Foto: Ricardo Stuckert)

FONTE: Site Brasil 247

247 – A corrida para a escolha no novo ministro do Supremo Tribunal Federal, na vaga que se abre em 11 de maio, com a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski, se afunilou em três nomes: o advogado Cristiano Zanin Martins, que defendeu o presidente Lula durante a perseguição judicial da Lava Jato, o advogado Manoel Carlos, que dirige a área jurídica da CSN, e o ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União. As informações constam de reportagem do Valor Econômico desta segunda-feira.

Zanin segue como franco favorito, mas vem sendo alvo de uma intensa campanha promovida por setores da extrema direita, como o ex-juiz suspeito Sergio Moro e seus aliados na imprensa. Zanin ganhou destaque nacional e internacional por sua atuação na defesa de Lula em diversos casos e conseguiu demonstrar que o presidente foi vítima de perseguição judicial, o chamado lawfare.

Além de sua atuação na defesa de Lula, Cristiano Zanin Martins também é autor de livros e artigos sobre direito e política, e já atuou em casos de destaque envolvendo outras personalidades públicas e empresas brasileiras. A campanha negativa movida contra Zanin apenas tem servido para reforçar a necessidade de um ministro antilavajatista e, portanto, comprometido com o estado de direito.