Moro
e Dallagnol sempre foram acusados de operarem juntos na Lava Jato, mas não
havia provas explícitas dessa atuação conjunta – até agora.
Se
existir algum resto de justiça no Brasil, três coisas, segundo professor da
UnB, precisam acontecer urgentemente:
1°
Lula livre;
2°
Prisão de Moro e Dallagnol;
3°
Anulações das eleições de 2018.
O Povo
trabalhador do Brasil...
Precisa
reagir... a derrubada de Dilma e a prisão ilegal de Lula tinha e tem objetivos
claros, entregar as riquezas do país e ferrar com a classe trabalhadora...
Os
partidos de esquerdas e Movimentos Sociais se reúnem hoje em SP...
Nessa
combinação anti Brasil Moro e Dallagnol formaram uma quadrilha...
Dia
14 de junho, próxima sexta feira, precisamos parar o país...
O
site The Intercept trouxe uma matéria bombástica sobre a interferência do juiz
Moro, do Dallagnol.
A
matéria já foi divulgada nos EUA e na Europa.
Falta
a grande imprensa brasileira divulgar...
Como
toda ela está comprada, acredito que não irão falar...
O
povo precisa sair às ruas para exigir novas eleições...
E a
prisão do Moro e Dallagnol
Precisamos
contar essa ilegalidade esse verdadeiro absurdo às pessoas comuns, todo mundo
precisa ajudar a divulgar.
As
eleições de 2018 foram completamente fraudadas.
O
que vocês verão na matéria do The Intercept Brasil, em parte o Resistência
Contemporânea, vem falando já há bastante tempo.
Exclusivo:
chats privados revelam colaboração proibida de Sergio Moro com Deltan Dallagnol
na Lava Jato
Uma
enorme coleção de materiais nunca revelados fornece o olhar sem precedentes
sobre as operações da força-tarefa anticorrupção que transformou a política
brasileira e conquistou a atenção mundial.
Sergio
Moro e Deltan Dallagnol trocaram mensagens de texto que revelam que o então
juiz federal foi muito além do papel que lhe cabia quando julgou casos da Lava
Jato.
Em
diversas conversas privadas, até agora inéditas, Moro sugeriu ao procurador que
trocasse a ordem de fases da Lava Jato, cobrou agilidade em novas operações,
deu conselhos estratégicos e pistas informais de investigação, antecipou ao
menos uma decisão, criticou e sugeriu recursos ao Ministério Público e deu
broncas em Dallagnol como se ele fosse um superior hierárquico dos procuradores
e da Polícia Federal.
“Talvez
fosse o caso de inverter a ordem da duas planejadas”, sugeriu Moro a Dallagnol,
falando sobre fases da investigação. “Não é muito tempo sem operação?”,
questionou o atual ministro da Justiça de Jair Bolsonaro após um mês sem que a
força-tarefa fosse às ruas. “Não pode cometer esse tipo de erro agora”,
repreendeu, se referindo ao que considerou uma falha da Polícia Federal.
“Aparentemente a pessoa estaria disposta a prestar a informação. Estou então
repassando. A fonte é seria”, sugeriu, indicando um caminho para a
investigação. “Deveriamos rebater oficialmente?”, perguntou, no plural, em
resposta a ataques do Partido dos Trabalhadores contra a Lava Jato. (ATÉ AQUI)
As
conversas fazem parte de um lote de arquivos secretos enviados ao Intercept por
uma fonte anônima há algumas semanas (bem antes da notícia da invasão do
celular do ministro Moro, divulgada nesta semana, na qual o ministro afirmou
que não houve “captação de conteúdo”). O único papel do Intercept foi receber o
material da fonte, que nos informou que já havia obtido todas as informações e
estava ansioso para repassá-las a jornalistas. A declaração conjunta dos
editores do The Intercept e do Intercept Brasil (clique para ler o texto
completo) explica os critérios editoriais usados para publicar esses materiais,
incluindo nosso método para trabalhar com a fonte anônima.
A
Constituição brasileira estabeleceu o sistema acusatório no processo penal, no qual
as figuras do acusador e do julgador não podem se misturar. Nesse modelo, cabe
ao juiz analisar de maneira imparcial as alegações de acusação e defesa, sem
interesse em qual será o resultado do processo. Mas as conversas entre Moro e
Dallagnol demonstram que o atual ministro se intrometeu no trabalho do
Ministério Público – o que é proibido – e foi bem recebido, atuando
informalmente como um auxiliar da acusação.
A
atuação coordenada entre o juiz e o Ministério Público por fora de audiências e
autos (ou seja, das reuniões e documentos oficiais que compõem um processo)
fere o princípio de imparcialidade previsto na Constituição e no Código de
Ética da Magistratura, além de desmentir a narrativa dos atores da Lava Jato de
que a operação tratou acusadores e acusados com igualdade. Moro e Dallagnol
sempre foram acusados de operarem juntos na Lava Jato, mas não havia provas
explícitas dessa atuação conjunta – até agora.
Moro
negou em diversas oportunidades que trabalhava em parceria com o MPF. “Vamos
colocar uma coisa muito clara, que se ouve muito por aí que a estratégia de
investigação do juiz Moro. […] Eu não tenho estratégia de investigação nenhuma.
Quem investiga ou quem decide o que vai fazer e tal é o Ministério Público e a
Polícia [Federal]. O juiz é reativo. A gente fala que o juiz normalmente deve
cultivar essas virtudes passivas. E eu até me irrito às vezes, vejo crítica um
pouco infundada ao meu trabalho, dizendo que sou juiz investigador”, desafiou,
numa palestra que proferiu em março de 2016.
Desde
o início da operação, em 2013, Dallagnol e o MPF tentaram passar uma imagem de
que Moro atuava com imparcialidade e distância dos acusadores. “Sempre avaliou
os pedidos do Ministério Público de modo imparcial e técnico”, escreveu o
procurador, sobre o então juiz, em seu livro de memórias. A Procuradoria-Geral
da República endossou essa narrativa. “Assim, inviável a declaração de nulidade
de todos os atos praticados no curso da ação penal processada e julgada pelo
Juízo Criminal Federal de Curitiba, que se manteve imparcial durante toda a
marcha processual”, escreveu a PGR em parecer pró-Moro.
Mas
a proximidade com o juiz facilitou o trabalho do Ministério Público, e o
próprio Dallagnol já admitiu isso. “Demos a ‘sorte’ de que o caso caísse nas
mãos de um juiz como Sergio Moro”, escreveu Dallagnol no Twitter e no seu
livro.
“VIRAM
ISSO????”, escreveu no Telegram Athayde Ribeiro Costa, um dos procuradores da
força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal do Paraná. “PqP!”,
respondeu Roberson Pozzobon, membro da equipe e do grupo FT MPF Curitiba 2, no
qual procuradores da Lava Jato de Curitiba discutiam estratégias para as
investigações que transformaram a política brasileira.
As
mensagens eram uma reação à notícia “Diretor da Odebrecht que acompanhava Lula
em suas viagens será solto hoje”, publicada naquele 16 de outubro de 2015 no
blog de Lauro Jardim, do Globo.
Minutos
depois, Dallagnol usou o chat privado do Telegram para discutir o assunto com
Moro, até então responsável por julgar os casos da Lava Jato na 13ª Vara
Federal de Curitiba.
“Caro,
STF soltou Alexandrino. Estamos com outra denúncia a ponto de sair, e pediremos
prisão com base em fundamentos adicionais na cota. […] Seria possível apreciar
hoje?”, escreveu Dallagnol.
“Não
creio que conseguiria ver hj. Mas pensem bem se é uma boa ideia”, alertou o
então juiz. Nove minutos depois, Moro deu outra dica ao procurador: “Teriam que
ser fatos graves”.
Depois
de ouvir a sugestão, Dallagnol repassou a mensagem de Moro para o grupo de
colegas de força-tarefa. “Falei com russo”, anunciou, usando o apelido do juiz
entre os procuradores. Em seguida, os investigadores da Lava Jato passaram a
discutir estratégias para reverter a decisão, mas Alencar não seria preso
novamente, numa demonstração clara de que os diálogos entre Moro e Dallagnol
influenciaram diretamente os desdobramentos da operação.
Um
mês depois, Sergio Moro enviou uma questão a Deltan Dallagnol pelo Telegram.
“Olha está um pouco dificil de entender umas coisas. Por que o mpf recorreu das
condenacoes dos colaboradores augusto, barusco emario goes na acao penal
5012331-04? O efeito pratico é impedir a execução da pena”, reclamou a
Dallagnol. Em teoria, o juiz não deveria ter interesse em resultados do
processo, como, por exemplo, o aumento ou redução de penas de um acusado – nem
muito menos tirar satisfação com o Ministério Público fora dos autos.
Num
despacho publicado às 14h01, o juiz chamou o recurso do MPF de “obscuro”.
Minutos depois, às 14h08, Dallagnol respondeu pelo Telegram. Moro rebateu,
também pelo aplicativo de mensagens: “Na minha opiniao estao provocando
confusão. E o efeito pratico sera jogar para as calendas a existência [da]
execução das penas dos colaboradores”.
Em
21 de fevereiro de 2016, Moro se intrometeu no planejamento do MP de forma
explícita. “Olá Diante dos últimos . desdobramentos talvez fosse o caso de
inverter a ordem da duas planejadas”, afirmou Moro, numa provável menção às
fases seguintes da Lava Jato. Dallagnol disse que haveria problemas logísticos
para acatar a sugestão. No dia seguinte, ocorreu a 23ª fase da Lava Jato, a
Operação Acarajé.
Dias
depois, Moro cometeu um deslize de linguagem que revela como a acusação e o
juiz, que deveria avaliar e julgar o trabalho do MP, viraram uma coisa só. “O
que acha dessas notas malucas do diretorio nacional do PT? Deveriamos rebater
oficialmente? Ou pela ajufe?”, escreveu o juiz em 27 de fevereiro, usando a
primeira pessoa do plural, dando a entender que as reações do juiz e do MP
deveriam ser coordenadas.
Em
31 de agosto de 2016, Moro mais uma vez escancarou seu papel de aliado dos
acusadores ao questionar o ritmo das prisões e apreensões. “Não é muito tempo
sem operação?”, perguntou o então juiz ao procurador às 18h44. A última fase da
Lava Jato havia sido realizada 29 dias antes – a operação Resta Um, com foco na
empreiteira Queiroz Galvão.
A
periodicidade – e até mesmo a realização de operações – não deveria ser motivo
de preocupação do juiz, mas Moro trabalhava com Dallagnol para impulsionar as
ações do Ministério Público, como comprovam os diálogos e comentários habituais
nas conversas entre os dois.
“É
sim”, respondeu Dallagnol mais tarde. A operação seguinte ocorreu três semanas
depois.
Link
para o The Intercept: https://theintercept.com/2019/06/09/chat-moro-deltan-telegram-lava-jato/