sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

MUSEU DO LOUVRE EM 360 GRAUS

no PhotoTravel360

Fotografias belíssimas do fotógrafo Nelson Maiero em Paris. Bom de ver. de curtir!

Pessoalmente meu local favorito em Paris é o Museu do Louvre. Por isto, ao escolher um hotel procuro algum nas redondezas de tal forma que possa caminhar na área externa do Louvre todos os dias, o que oferece uma série de belas coisas a serem vistas, como o Arco do Triunfo do Carrossel, as Pirâmides de vidro, a estátua de Joana D’Arc, etc .


pirâmides do Louvre

Como consequência desta minha atração pelo Louvre não perco uma chance de visita-lo, e desta forma estou sempre atualizando este post. Desta vez, estou incluindo fotos panorâmicas 360 graus do Museu, tanto do exterior tanto do interior, onde a proibição do uso do tripé complica este tipo de fotografia, espero que as mesmas lhe ajudem a mergulhar no Louvre e ver um pouco mais de detalhes desde que é em minha opinião o melhor Museu para se visitar.
O passeio ao Museu começa logo no seu acesso, onde podermos ver a os prédios que compõem o complexo e a famosa Pirâmide de vidro do Louvre, que evocando uma entidade histórica como as Pirâmides, dá um ar de modernidade ao Museu. Sendo assim, seja durante o dia ou durante a noite, não perca a oportunidade de visitar o Louvre.
Pirâmide do Louvre e suas fontes
pôr do sol no Louvre
Louvre ao Anoitecer
Uma caminhada noturna por entre as pirâmides do Louvre sempre rendem boas fotos
Uma caminhada noturna por entre as pirâmides do Louvre sempre rendem boas fotos
Abaixo a pirâmide invertida no Carrossel do Louvre, bom local para fazer compras, comer algo e comprar seu ingresso em uma das máquinas de auto atendimento.
Como primeiro passo para uma boa visita ao Louvre aconselho uma olhada no site oficialhttp://www.louvre.fr , lá você encontra informações sobre horários de funcionamento e preços dos ingressos. As quartas e sextas-feiras o museu fica aberto até as 21h45 e para mim estes são os melhores dia para a visita, pois temos mais tempo. Outra opção é o primeiro domingo de cada mês, quando o ingresso é gratuito. E uma informação importante: o Museu do Louvre não abre às terças-feiras, sendo assim programe outro dia.
A própria entrada sob a grande Pirâmide de vidro se transforma em uma atração. As várias bilheterias, todas tomadas por longas filas assustam e te fazem perder tempo, sendo assim, procure uma das máquinas de auto atendimento e compre seu ingresso usando o Cartão de Crédito.
interior da Pirâmide do Louvre – esta foto foi feita após o fechamento das bilheterias, por isto não temos as longas filas
Entrada principal do Museu, aqui se tem acesso às 3 alas
Andar pelo Louvre é um mergulho em séculos de cultura. Estátuas, esculturas, pinturas, obras de arte de várias partes do mundo…é de tirar o fôlego. De qualquer forma, tenha muita disposição e aproveite os milhares de metros de suas galerias. Uma dica, é alugar um guia virtual que conta a história de obras expostas. Basta digitar o número de cadastro existente em algumas obras e o guia (atualmente uma espécie de Ipod) irá lhe contar vários detalhes interessantes a respeito da obra, artista e momento político, social e cultural da época. Como usual, o português não é uma das opções, mas você pode escolher o inglês, espanhol ou quem sabe japonês…
O Museu é dividido em 3 alas (Richelieu, Denon e Sully), e o ingresso da acesso a todas, sendo assim, mantenha-o com você pois para entrar em uma nova ala será necessário mostrá-lo.
Paris-maio2010-2798
A Deusa Hathor e o Rei Sety I – Vale dos Reis, tumba de Sety I (1303 – 1290 AC) – térreo da Ala Sully
Este menino lutando com um ganso é, na minha opinião,  um dos pontos altos do museu:
A escultura abaixo, Femme Voilée de Antonio Corradini é uma de minhas favoritas, o artista conseguiu representar o rosto de uma mulher sob um véu…fantástico !!!
Estátua Venus de Milus, ano 100 AC - andar térreo da Ala Sully
Estátua Vênus de Milus, ano 100 AC – andar térreo da Ala Sully
Escravos de Michelangelo – quase destruídos pela impossibilidade do acabamento perfeito
Estátuas do Império Persa e Assírio na ala Richelieu (veja abaixo foto em 360 graus):
“The Sabine Woman” de Jacques Louis Davi – Ala Denon, primeiro andar, sala 75
A Balsa da Medusa de Théodore Géricault (1819) - primeiro andar da Ala Denon - sala 77
A Balsa da Medusa de Théodore Géricault (1819) – primeiro andar da Ala Denon – sala 77
Pierrot, pintura de Antoine Watteau (1717) – segundo andar da Ala Sully
Louis XIV, Rei da França (1701), de Hyacinthe Rigaud – segundo andar da Ala Sully
A trapaça (com ases de ouros) – Pintura de Georges de La Tour de 1635 – na sala 28, no segundo andar da Ala Sully
Gabriele d'Estrées e uma de suas irmãs no banho (1595) de Fontainebleau School - sala 10, no segundo andar da Ala Richelieu
Gabriele d’Estrées e uma de suas irmãs no banho (1595) de Fontainebleau School – sala 10, no segundo andar da Ala Richelieu
Mona Lisa
O que eu gosto de fazer, após dar uma rápida olhada na Mona Lisa, é parar em frente ao grande quadro que fica nesta mesma sala. O “Jantar de Casamento em Caná” é uma pintura gigantesca de Paolo Caliaricom incríveis 6,77 x 9,94 metros, é a maior pintura exposta no Louvre. Neste quadro temos além de Jesus, sentado ao centro, sua mãe bem ao seu lado, bem como seus discípulos. Pare alguns minutos e veja se você consegue achar o cachorrinho andando sobre a mesa.






Pioneiras da Ciência no Brasil - 5ª Edição

na Plataforma Lattes

Aos machistas de origem, em formação ou enrustidos, essa é uma matéria que vale muito a pena lê.

A mulheres brasileiras, que conseguiram, depois de muita luta, o direito à escola apenas no século XIX e ao voto no século XX (1932), SEMPRE FORAM produtoras de ciência, vejam a matéria do CNPQ.

Em parceria com a Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), o CNPq lança hoje a quinta edição das Pioneiras da Ciência no Brasil. O Programa Mulher e Ciência já lançou  quatro séries de verbetes sobre as pioneiras das ciências no Brasil, com a divulgação do trabalho de várias cientistas e pesquisadoras brasileiras que participaram e contribuíram de forma relevante para o desenvolvimento cientifico e a formação de recursos humanos para a ciência e tecnologia no Brasil.



Ayda Ignez Arruda (1936-1983)Matemática

Ayda Ignez Arruda nasceu em Lajes, Santa Catarina, no dia 27 de junho de 1936, filha de Lourenço Waltrick Arruda e Izabel Pereira do Amarante. Bacharelou-se em matemática em 1958 e concluiu a sua licenciatura no ano de 1959, ambos na Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná.









Diana Mussa (1932-2007)Paleobotânica

Diana Mussa nasceu em 19 de janeiro de 1932, na cidade de Campos dos Goytacazes (RJ), em uma família de professores, imigrantes libaneses. Ainda no Líbano, seu pai, Nagib Mussa, ministrava aulas de Língua Francesa e sua mãe, Maria Chacur Mussa, de Língua Inglesa, em uma escola dirigida por seu avô, David Mussa.







Ester de Camargo Fonseca Moraes (1920 -2002)Farmacêutica

Nascida na cidade de Paraibuna, no Estado de São Paulo, em 8 de dezembro de 1920, Ester de Camargo Fonseca Moraes, pioneira na implantação da Toxicologia no Brasil, torna-se referência no ensino da Toxicologia no país, atuando por 44 anos na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF/USP).








Gioconda Mussolini (1913-1969)Antropóloga

Gioconda Mussolini (nascida em São Paulo em 1913) foi a primeira mulher, no Brasil, a fazer da Antropologia Social a sua profissão, tendo sido docente e pesquisadora na Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo, desde 1935 até o dia da sua morte, em maio de 1969.








Lucilia TavaresPsicóloga

No Laboratório de Psychologia da Colônia de Psychopathas do Engenho de Dentro, que funcionou de 1923 a 1932, sob a direção do psicólogo polonês Waclaw Radecki (1887-1953), atuaram diversos profissionais homens (médicos, advogados, filósofos) e duas mulheres: sua esposa Halina Radecka (1897-1980) e Lucília Tavares. Pouco se conhece sobre esta última.









Maria Judith Zuzarte Cortesão (1914-2007)Educadora Ambiental

Judith, nascida Maria Judith Zuzarte Cortesão, gostava de ser chamada simplesmente pelo seu segundo nome, prescindindo, no tratamento pessoal, dos muitos títulos que obteve. Foi uma mulher única, por sua personalidade irrequieta, criativa, inteligente, múltipla e generosa e por sua trajetória de vida, que é aqui contada brevemente, pela visão de uma aluna e discípula sua.






Rosa Virgínia Barreto de Mattos Oliveira e Silva (1940-2012)Linguista

A linguista histórica brasileira Rosa Virgínia Barreto de Mattos Oliveira e Silva nasceu em 27 de julho de 1940 em Salvador Bahia e faleceu na mesma cidade no dia 16 de julho de 2012. Sempre que indagada sobre a sua opção pelos estudos históricos do português, dizia que, "ainda na sua graduação logo no início dos anos sessenta do século passado, foi mordida, definitivamente, pela história da língua".









Sonia Gumes Andrade (1928 - )Médica patologista

Sonia Gumes Andrade nasceu no município baiano de Caetité em 1928, em uma família letrada, com grande influência cultural na cidade. A mãe, Marieta Gumes era professora, filha de Maria Teodolina das Neves Lobão, primeira professora de Caetité a lecionar para uma classe de homens, entre os quais, encontrava-se Anísio Teixeira.










O Programa Mulher e Ciência agradece mais uma vez a contribuição de vários/as pesquisadores/as, professores/as, analistas em ciência e tecnologia do CNPq e instituições que sugeriram nomes e colaboraram na produção dos verbetes aqui publicados. Ressalte-se que um dos objetivos principais do Programa Mulher e Ciência é contribuir para a criação de espaços de visibilidade para as mulheres cientistas e as suas contribuições nas diferentes áreas do conhecimento.
Com a continuidade da divulgação da história e memória das pesquisadoras e cientistas brasileiras, solicitamos a sua colaboração no mapeamento de outras cientistas que tenham trabalho  relevante e ainda pouco divulgado ou, então, em relação a outras ações que possam contribuir para o incentivo e divulgação das mulheres nas ciências. Escreva para a equipe do Programa Mulher e Ciência pelo endereço:

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Educação é o remédio contra o ódio, ensina Frei Betto

no Portal do Sindicato dos Bancários de Brasília


“Falar em direitos humanos na América Latina é luxo”.  A frase é de Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Betto, que nesta terça-feira (17) compartilhou um pouco de sua experiência e visão do mundo, durante cerca de duas horas,  com uma plateia que lotou o Teatro dos Bancários. Sereno, carismático e com uma grande bagagem cultural, o frade dominicano encantou a todos ao abordar o tema Política e Direitos Humanos, em mais uma edição do projeto Brasília Debate, promovido pelo Sindicato.

O religioso iniciou a palestra com um alerta: “Quem tem nojo de política é governado por quem não tem”. Prosseguiu, lembrando que em tudo há política.  “É como uma faca de dois gumes e como a religião. Ela serve para oprimir ou para libertar”. E advertiu que “na hora em que nos omitimos na política, estamos dando um cheque em branco para quem está no poder”.
Conhecido por sua atuação política contra o regime militar, embora nunca tenha se filiado a nenhum partido político, Frei Betto avalia que os eleitores votam mal “porque vivemos num mundo onde a política é controlada pela minoria”. E pondera: “Nós progressistas temos muita culpa no cartório”.
Frei Betto também ressaltou que a busca da cultura é o remédio contra o ódio, para termos um Brasil diferente.
Ódio e preconceito
Na opinião do frade, que considera o ódio e o preconceito os dois grandes inimigos dos direitos humanos, de nada adiantam programas, conferências e acordos se os governos e autoridades, responsáveis pelas liberdades básicas de todos os cidadãos, são cúmplices do racismo, da violência contra as mulheres e crianças, das torturas etc.
Lembrando que no próximo dia 10 comemora-se o Dia Internacional dos Direitos Humanos, Frei Betto sugere que a Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1948, seja aprimorada, e passe a incluir também os direitos da natureza. O documento é a base da luta contra a opressão e a discriminação, defende a igualdade e a dignidade das pessoas e reconhece que os direitos humanos e as liberdades fundamentais devem ser aplicados a cada cidadão do planeta.
“Direitos humanos e sistema capitalista são incompatíveis”, apregoa o frei, acrescentando que a pirâmide da desigualdade cresce aceleradamente. “O sistema quer formar consumistas. É uma luta desigual que predomina na sociedade”.
Autor de 60 livros, o frade dominicano que dissemina a religião como instrumento transformador do mundo, destacou que Jesus veio para trazer a semente de um novo projeto civilizatório, baseado no amor, “um mundo como Deus quer, de partilha, multiplicação de pães”. E enfatizou que defende sempre o oprimido, ainda que aparentemente ele não tenha razão. 
Aula de cidadania
Para o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo, a palestra foi uma verdadeira aula de cidadania.  Segundo ele, numa clara demonstração de satisfação, os participantes pediram a continuidade do projeto.  
O Sindicato vai elaborar uma cartilha com o conteúdo do debate, que será disponibilizada aos bancários e toda a sociedade interessada no tema.

Mariluce Fernandes
Do Seebb Brasília

Contra o racismo, população negra deve tomar as ruas, conclui Brasília Debate

no Portal do Sindicato dos Bancários de Brasília



Na terça-feira (24), o Teatro dos Bancários recebeu mais uma edição do Brasília Debate. No mês em que se celebra a morte do maior líder negro do período colonial, Zumbi dos Palmares, a participação e resistência do povo negro na formação do país foi o tema do evento que reuniu sindicalistas, pesquisadores e integrantes do movimento negro. 

O presidente da Confederação Nacional das Associações Quilombolas (Confaq), José Antonio Ventura, deu início à conversa, apresentando a luta dos remanescentes de quilombos a partir da sua história no movimento. Vítimas da ganância de grandes empresários pelas riquezas naturais de Minas Gerais, muitos quilombolas foram expulsos de suas terras férteis, fruto do trabalho árduo no campo.

“Criamos a Confaq para organizar a luta dos quilombolas sem qualquer ligação a partidos políticos ou religião, uma vez que o movimento tem que ser autônomo, inclusive para deixar de ser massa de manobra política”, destaca Ventura.

De acordo com Ventura, o apoio jurídico foi fundamental para o movimento dos quilombolas para questionar o lento processo de titulação dos quilombos, que, em muitos casos, encontram-se em situações precárias por consequência do abandono do poder público. “Se, de 1988 para cá, só foram titulados 200 territórios quilombolas, imagina os 4.800 que ainda esperam pela titulação”, questiona.

O negro no mercado trabalho

Pesquisadora e doutoranda em Política Social da Universidade de Brasília (UnB), Marjorie Nogueira Chaves apresentou dados sobre a participação do negro no mundo do trabalho. A partir dessa perspectiva, a pesquisadora afirmou que é necessário fazer uma análise histórica do papel do negro da sociedade para, então, compreender os reflexos observados na atualidade. 

“A desigualdade racial é uma herança da experiência do escravismo, que, como vimos, persiste ainda hoje com o racismo estrutural - que promove essa diferenciação entre os grupos raciais e dificulta o acesso da população negra para determinados bens e serviços. Pautar a questão racial no mercado de trabalho é extremamente importante para se pensar políticas que possam inserir a população negra no mercado de trabalho com dignidade”, declarou a pesquisadora em entrevista à TV Bancários.

II Censo da Diversidade

No sistema financeiro, o negro tem ganhado mais espaço, apesar da baixa presença das mulheres negras. De acordo com o II Censo da Diversidade, realizado pelas entidades que representam os trabalhadores bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), houve um aumento de 19% para 24,7% de bancários e bancárias que se autodeclaram negros. Do total de bancários entrevistados, as mulheres negras representam apenas 3%. Em relação à remuneração, o salário da mulher negra é 67% menor que o do homem branco.

“O número reduzido de bancários e bancárias negros é o maior indicativo de que o racismo institucional está presente também no trabalho bancário. Recebemos uma denúncia recentemente de que uma gerente do Itaú afirmou não contratar pessoas negras para trabalhar no atendimento supondo que os clientes se recusariam a receber apoio desses funcionários”, contou o presidente do Sindicato, Eduardo Araújo.



Mobilidade social 
Para além da questão do emprego, o racismo dificulta a mobilidade social da população negra, dissolvendo como prática comum na sociedade o critério racial. O estereótipo, que objetifica e fetichiza as mulheres negras enquanto coloca os homens negros na mira da polícia, é potencializado pelo processo de embranquecimento que busca padronizar o povo negro conforme os traços da população branca.

Racismo na educação
Mestre em Educação pela Universidade de Brasília (UnB), Antonio Gomes da Costa Neto abordou o racismo contido no livro de Monteiro Lobato, Caçadas de Pedrinho, distribuído nas escolas de todo o país por meio do Programa Nacional Biblioteca da Escola (Pnbe). A nota explicativa do livro chama a atenção para o período em que a história foi escrita, alertando sobre a proibição da caça às onças em território brasileiro, porém, ignora o fato de sempre associar a cor preta às coisas ruins. 

“Em 1934, período em que o livro foi escrito, a educação pública tinha como base a eugenia, que buscava o embranquecimento e fortalecia a ideia de uma raça superior à outra. A partir de 1988, quando o racismo passou a ser criminalizado, o preconceito e a discriminação não podem ser utilizados no Pnbe e, a partir de 1996, passa a vigorar a Lei 10.639, que obriga o ensino sobre a história e cultura afrobrasileira”, contextualiza o estudioso. Diante desse contexto, acrescenta ele, ficam claras as intervenções que inferiorizam o povo negro.

Sobre o pedido de auditoria operacional no Programa Brasil Quilombola, Antonio Gomes informou que o Tribunal de Contas da União (TCU) detectou a má gerência do projeto desde sua elaboração.

“Os problemas encontrados no Programa são consequências do racismo institucional e cultural enraizado na sociedade brasileira. O capitalismo tem vários interesses que não são os nossos”, conclui.

Tradição e descendência
Em estudo realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, elaborado em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o risco de um jovem negro ser assassinado no Brasil é 2,5 vezes maior que a possibilidade de um jovem branco ser vítima de homicídio.

A partir de dados como o do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência e Desigualdade Racial 2014, Makota Celinha, praticante de religião de matriz africana, expôs sobre o extermínio da juventude negra e as agressões aos terreiros. Para a religiosa, “ser preto nesse país ainda é um capital de risco na bolsa de valores da vida”, uma vez que a todo instante os jovens negros são perseguidos pelo ódio à cor, ao gênero e à origem social.

Em entrevista à TV Bancários, Makota Celinha ressaltou a utópica laicidade do Estado enquanto são registrados dezenas de atos de violência contra os terreiros de candomblé e umbanda pelo país. “Nós ainda convivemos de forma guetizada e o Estado brasileiro ainda é um dos maiores propulsores dessa intolerância quando não nos reconhece como espaço de saber, enquanto espaço de fazer social. Sobrevivemos da resistência”, declarou.

Escravidão negra investigada

O presidente da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Humberto Adami, repassou aos presentes os informes sobre a investigação da escravidão no país, destacando a presença das comissões estaduais em 14 seccionais da OAB.

O relatório parcial das atividades da Comissão Nacional, da qual o presidente do Sindicato faz parte, será apresentado no dia 2 de dezembro, enquanto o relatório final ficará para dezembro de 2016.

Empossada na quinta-feira (26), a presidenta da Comissão da Verdade da Escravidão Negra da OAB-DF, Lucélia Aguiar, destacou a presença de diversos profissionais para fazer algumas pesquisas de caráter investigatório em casarões e fazendas que contavam com o trabalho de pessoas negras que foram escravizadas. “Além dos/as advogados/as, a Comissão tem o auxílio de historiadores/as, jornalistas e da própria população do DF, para identificar esses locais. Já temos indicativos de que em Planaltina e em algumas cidades do entorno haviam negros/as escravizados/as”, afirmou.

Música negra

O debate foi encerrado ao som de muito rap, com a apresentação dos grupos Sobreviventes de Rua, Dom Secreto & TriMáfia. 

Joanna Alves
Colaboração para o Seeb Brasília

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O Voto "ERA" a expressão máxima da soberania popular

por José Gilbert Arruda Martins

Os senhores FHC,, Aécio Cunha Neves, Agripino Maia, Eduardo Cunha, Paulo da Força Sindical, Geraldo Alckmin entre outros, estão rasgando a Constituição da República brasileira, com o golpe do impeachment.



A Constituição Brasileira de 1988, diz em seu artigo 14: "A soberania popular exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos...".

Qual o valor que os senhores citados acima estão dando aos mais de 54 milhões de votos dados a Dilma Roussef no segundo turno das eleições legitimas de 2014? Nenhum, essa é a verdade dos fatos.

O PSDB se juntou aos piores políticos da história recente do Brasil e rasgou sua breve história. FHC, com uma biografia interessante, jogou-a no lixo quando apoia movimentos golpistas.

A soberania popular precisa ser respeitada, do contrário, poderemos entrar em uma situação de completo vale tudo.

As instituições precisam ser respeitadas, do contrário, corremos o risco de retroceder aos tempos sombrios da ditadura militar, onde o Estado de Direito não existia, nenhuma lei era respeitada, nenhuma garantia constitucional era levada a efeito.

O Brasil não pode aceitar que um irresponsável, um meliante, um corrupto, para dizer pouco, conduza um poder importante da República e, ainda por cima, instale um processo de cassação de uma presidente democraticamente eleita.

O Supremo Tribunal Federal (STF) precisa dar um basta nessa palhaçada. Não é possível, que num país, que sofreu absurdamente com uma ditadura militar que nos retirou a liberdade mas que foi, a duras penas, derrubada com a luta dos trabalhadores e do povo, possa assistir inerte à queda de um governo eleito de forma justa e legítima.

O PSDB, o DEM e parte do PMDB, agrupam hoje um conjunto substancial de políticos com problemas com a justiça comum e eleitoral, entre eles, o senhor Aécio Cunha Neves, por isso a luta desses senhores para derrubar o governo e impedir que a Procuradoria Geral da República, insista com as investigações.

Cadê o Supremo?

Acorda Brasil!!!

Nação Hip Hop completa 10 anos e projeta ampliar lutas contra o conservadorismo

na Rede Brasil Atual

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Missão do movimento é explorar o Hip-Hop como ação política que dá voz às periferias, aos pobres e oprimidos

São Paulo – No último final de semana, militantes do coletivo Nação Hip-Hop de vários estados do Brasil, se reuniram no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, para eleger uma nova diretoria e traçar novas pautas do movimento.
A missão do movimento, que completa dez anos em 2015, é desenvolver o hip-hop como ação política que dá voz às periferias, aos pobres e oprimidos.
Em entrevista à TVT, o ex-presidente do coletivo, Beto Teorio, conta que o coletivo é inspirado nos movimentos sociais. “A Nação Hip-Hop é uma entidade de luta dentro do movimento artístico. Assim como tem as entidades que organizam os estudantes e trabalhadores, nós entendemos que a entidade vem com essa perspectiva de organizar a luta dos integrantes do movimento.”
Para o vereador Anderson Domingo (PT-SP), a união dos movimentos sociais é importante para esclarecer pautas e fazer frente ao conservadorismo. “É interessante que o encontra esteja acontecendo enquanto vivemos um momento conservador e reacionário, além de ser um momento que se confunde as bandeiras e propostas de luta. A Nação consegue trazer pra nós esse reflexão.”
A rapper e integrante da frente Mulheres no Hip-Hop, Sharylaine, conta que o movimento é mais que musical e inspira cotidianamente seus seguidores. “Nós temos que conhecer a raiz dessa cultura que nós absorvemos. Porque o hip-hop é um estilo de vida, a gente vive o movimento no dia a dia.”
Anderson Hot Black, integrante do Nação Hip-Hop em Sergipe, afirma que a organização tem influência direta também em conquistas sociais obtidas da luta das minorias, sobretudo da população negra. "Antes tínhamos que falar qual gangue ou em qual cadeia tínhamos passado. O Estado avançou nos últimos 10 anos, e isso também é fruto da nossa luta.”