domingo, 22 de novembro de 2015

Democracia só é plena se produz e distribui conquistas econômicas

na Rede Brasil Atual
Dilma conseguiu reunir as forças em defesa do mandato e afinou discurso em direção a sua base social. Mas enquanto não mudar a condução de sua política econômica, não terá sossego
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Dilma no congresso da CUT ao lado de Carmen Foro, Lula, Vagner Freitas e José Mujica: discurso duro e otimista

Passado pouco mais de um mês de uma reforma ministerial calculada pelo governo como meio de reorganizar sua base no Congresso, os resultados ainda não são palpáveis. Paira no ambiente político, no entanto, a sensação de que o mandato de Dilma Rousseff ganhou fôlego. Tornaram-se frequentes os sinais de que o Planalto pretende corrigir um defeito antigo: a ausência de diálogo. As reuniões com governadores, prefeitos e parlamentares de partidos que em tese compõem a coligação governista – mas não dão segurança sobre de que lado estarão em votações importantes para fechar o ano – tornaram-se mais frequentes nas agendas da presidenta e dos ministros escalados para tocar a articulação política: Jaques Wagner (Casa Civil) e Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).
Por votações importantes entenda-se as que devem transformar em leis medidas provisórias fundamentais para o Executivo, os projetos de adversários que podem transformar planos do governo em pesadelos e, por fim, os que podem levar adiante no Legislativo um processo de impeachment. A fragilização de um dos principais inimigos declarados do governo petista, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ainda não bastou para o governo pôr ordem na base. Atolado em evidências de que tem dinheiro sujo depositado em contas na Suíça, Cunha só não foi destroçado politicamente por ser a penúltima cartada da oposição, inclusive a midiática, no intuito de manter o governo acuado. O tratamento dado a ele e seus familiares por lideranças de PSDB, DEM e SD – a tropa de choque do golpe –, pelos jornais e por setores do Judiciário chega a ser mais indecente do que as suspeitas que a qualquer momento podem encerrar seu mandato.
Além desses respiros, a presidenta fez gestos mais contundentes em direção à base social que proporcionou a vitória eleitoral do ano passado. Ensaiados desde o início do segundo semestre, com a recepção de movimentos sociais e eventos no Planalto, esses sinais tiveram como ponto alto a participação de Dilma na abertura do congresso da CUT, em 13 de outubro. Confirmada de última hora, a presença deixou uma marca de otimismo entre seus apoiadores pelo discurso mais duro desde 2014 dirigido aos opositores. Dilma definiu sem rodeios os que pretendem “criar uma onda” que leve ao “encurtamento” de seu mandato como golpistas e “moralistas sem moral”.
“Vivemos uma crise política séria no nosso país, que se expressa na tentativa de nossos opositores de fazer um terceiro turno. Jogam sem nenhum pudor no quanto pior, melhor. Pior para a população e melhor para eles. Envenenam a população todos os dias nas redes sociais e na mídia. Espalham o ódio e a intolerância”, afirmou a presidenta. Ela mandou indireta a Cunha de que não negociaria sobre a situação dele – “Jamais negociaremos com os malfeitos” – e desafiou detratores: “Quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?”.

É a economia, companheira

Antes de partir para o ataque contra os adversários, porém, Dilma começou sua intervenção na defesa, tentando explicar “escolhas dolorosas” de início de mandato, em busca de governabilidade e equilíbrio fiscal. Voltou a afirmar que os programas sociais são o “centro e espírito deste governo” e o objetivo de fazer uma transição para um “novo ciclo de desenvolvimento”. “Não estamos parados. Sabemos que existem dificuldades econômicas. E fazemos tudo para que o país volte a crescer.”
A presidenta deixou o local após concluir seu discurso. Não presenciou as falas que se seguiram. Teria ouvido do presidente reeleito da CUT, Vagner Freitas, que a central rejeitará qualquer tentativa de “golpe” e irá às ruas para defender a democracia e a manutenção de conquistas sociais, mas que caberá ao governo tomar decisões políticas com mais diálogo e menos rigor fiscal. Freitas cobrou redução dos juros, ampliação do crédito do ­BNDES para micros e pequenas empresas, tributação dos mais ricos e ressaltou: “O ajuste não pode sufocar o país. Com essa política econômica é impossível retomar o crescimento com distribuição de renda. Não é possível que o ajuste seja a única proposta econômica para o Brasil”.
Em seguida, Lula registrou com entusiasmo que Dilma começou a fazer história como líder política. “É essa Dilminha que elegemos”, disse, ao defender que a presidenta precisa de “paz” para exercer o mandato, e que isso exige também mudanças na economia. “Não tem um país no mundo que tenha feito ajuste e que tenha melhorado a economia”, afirmou o ex-presidente, alertando para o risco de adotar o discurso “da direita”, de que é preciso ter desemprego para não haver inflação. “A impressão que passamos à sociedade é que adotamos o discurso dos que perderam a eleição.”
Mas a eleição não foi totalmente perdida pelo campo conservador, como observou, no dia seguinte, o sociólogo Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). “Há uma pauta regressiva e antipopular. Hoje talvez a direita não está unificada em sua tática, mas está na estratégia de fazer um programa de contrarreformas”, avalia Boulos, que vê três táticas distintas em operação pelo conservadorismo: uma, capitaneada pelo “moleque chamado Aécio Neves”, de anular o resultado das urnas por meio de processos no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); outra “mais esperta e mais perigosa”, representada pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e pelo ex-presidente Fernando Henrique, que não quer o impeachment, mas “sangrar” o governo até 2018 com objetivo de destruir moralmente as conquistas; e uma terceira posição, que seria a de Michel Temer e José Serra, que trabalha pelo impeachment via Congresso.
“Neste cenário complexo e difícil estamos diante do desafio de evitar dois erros fundamentais. O primeiro seria, em nome de enfrentar o ajuste fiscal, subestimar a ofensiva conservadora e o golpismo, achando que essa onda antipetista é só contra o PT. Tenho clareza que esse antipetismo que está nas ruas é antiesquerda. O problema deles é com as causas populares. Se alguém da esquerda achar que vai tirar algum caldo dessa onda, vai é se afogar nela”, alertou. “O segundo erro a evitar seria, em nome da necessidade clara e definida de combater o golpismo da direita, silenciar sobre o ajuste fiscal e ignorar ataques a direitos. Achar que fazer crítica é fazer o jogo da direita também é um erro cruel, um tiro no pé, porque nos tiraria a capacidade de dialogar com os trabalhadores e com a maioria que está insatisfeita.”
Para Boulos, esse diagnóstico põe a esquerda no fio na navalha. “Temos de defender a democracia, mas não apenas a democracia política. Precisamos também defender a democracia econômica. Não há democracia no mundo em que 1% da população tem mais do que os outros 99%. Precisamos recuperar um espaço que perdemos de se fazer política, as ruas, e não há espaço vazio. Se o perdemos, a direita vem e toma.”
Os debates do congresso da CUT conduziram a alguns consensos em relação ao momento das esquerdas. Um deles foi essa constatação de que a democracia política por si só não se sustenta. A associação foi feita em vários momentos por personalidades o assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia, o presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI), João Felício, e o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Gilmar Mauro.
Os oradores apontaram para situações de golpes contra a democracia econômica em direção à qual os governos da América do Sul vêm tentando caminhar desde o início do século 21. Garcia lembrou que a ausência do acesso das maiorias da população a conquistas materiais e sociais ao final das ditaduras sangrentas do século passado quase frustraram as sociedades. Mas, para ele, foi com a democracia que a reconstrução dos movimentos sindicais e sociais e dos partidos de esquerda após os períodos autoritários levou à conquista dos governos pós-neoliberais. “Chile, Venezuela, Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Equador, todos foram sacudidos pela vontade popular por mais igualdade”, observou. “Foi essa a demanda que moveu a revolução democrática em curso no continente.”
E seria esse processo social o maior ameaçado pelas pretensões golpistas, das quais fazem parte as corporações mais preocupadas com a competitividade em escala global do que com a realidade social dos países em que atuam, como lembrou João Felício. “Sabemos que muitas se envolveram na derrubada de governos democráticos e muitas participaram em episódios de tentativas de desestabilização.”
Mais que desestabilização, “tempestade”, classificou Gilmar Mauro. “Mas quem tem raízes não teme tempestade. No mundo todo os movimentos sociais sofrem ataques”, destacou, traduzindo como democracia econômica combater a “coisificação do ser humano”. Para ele, inverter essa lógica é disputar a democratização dos recursos do petróleo, do direito à educação, à informação, à terra. “Quem faz mudança social é o povo organizado, não é dirigente de movimento. A política foi sequestrada pelos empresários.”
*Com reportagens de Helder Lima, Paulo Donizetti de Souza e Vitor Nuzzi
Deseducação política

O predomínio dos interesses empresariais no Congresso é objeto de advertência do diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho. A esquerda, além de buscar a unidade nas diversas frentes de resistência que vêm se formando no âmbito dos movimentos sociais, precisa de uma estratégia institucional. Para Toninho, o campo progressista deve evitar erros para que não seja “atropelado pela direita e perca o trem da história nas próximas eleições”.Em sua avaliação, cita o que considera equívocos na formação de alianças eleitorais, lembrando que o PT se coligou em Pernambuco, por exemplo, com a centro-direita e não elegeu nenhum deputado – se tivesse saído sozinho, teria elegido três. “Em Brasília, se tivesse saído sozinho elegia dois, mas na coligação elegeu um cara da extrema-direita. Essa lógica dos partidos de querer fazer aliança para ter mais recursos do fundo partidário contribuiu para distorcer a representação, favoreceu os conservadores.”O analista ilustra o teor nocivo dessa falta de coerência no processo de discussão do orçamento da União para 2016. O relator, deputado Ricardo Barros (PP-PR), sugeriu corte de R$ 10 bilhões do Bolsa Família. “Absurdo completo sobre um programa social estrutural do governo. Isso significa que não há coerência nessa vontade da base”, avalia Toninho. Barros é vice-líder do governo na Câmara. “Esses caras entraram para implementar sua própria agenda e não a do governo. As forças à esquerda no espectro político não estão percebendo isso e não vão para o enfrentamento. Fica nessa coisa de compor e fazer concessões, não faz o menor sentido”, critica.O diretor do Diap admite que a atual legislatura piorou em relação à anterior em parte como resultado da campanha “moralista, justiceira, de associar a esquerda a corrupção, houve uma série de movimentos que foram determinantes para a alteração dessa composição”. E teme que isso piore nas próximas eleições.Para o cientista político Leonardo Barreto, da Universidade de Brasília, os ataques indiscriminados da oposição ao governo, sobretudo aos programas sociais, seguem uma lógica perversa. “A eficiência do governo está sendo colocada em xeque principalmente pelo problema da corrupção, que não tem relação direta com os programas sociais, mas trabalha a percepção das pessoas no sentido de dizer que o governo não cumpre bem seu papel. E aí surge uma confusão traiçoeira. Em vez de discutir o aperfeiçoamento do processo, você começa a discutir o fim do processo, algo do tipo ‘então vamos acabar com isso, vamos acabar com o Estado’. É uma opção de não avançar na solução dos desequilíbrios estruturais e históricos da sociedade.”

sábado, 21 de novembro de 2015

A mídia e a idiotização política

no Pragmatismo Político
jornalismo mídia desonesta economia crise

André Falcão*
Para impedir a eleição de Lula, a grande imprensa divulgou que Abílio Diniz, aquele do Pão de Açúcar, fora sequestrado por militantes do PT. Mentira. Noutro episódio, fez um escarcéu da gota com uma pedra-petista que teria sido desferida contra o-cara-que-não-sossega-enquanto-não-entregar-o-pré-sal-ao-capital-estrangeiro, o Zé Serra, uma dos maiores vendilhões tupiniquins, ao lado do candidato-chorão-que-nunca-deu-um-tapa-numa-broa-mas-que-adora-aeroporto-helicóptero-dar-porrada-em-mulher-e-outras-coisitas-mais, o Aébrio, ops, Aécio. Descobriu-se que a pedra tinha sido uma perigosa bolinha de papel.
Às vésperas da última eleição, a revista-esgoto-do-jornalismo-nacional noticiou, em mais uma de suas capas e matérias criminosas, que Lula e Dilma “sabiam de tudo”. Resultado: Mentira. Não há nada contra um, nem contra o outro, mas o há, na própria Lava Jato, e contra a maior parte dos que lhe fazem oposição, inclusive em outras operações que não têm o amparo midiático, como Furnas, Zelotes, o Trensalão Tucano, etc.
A mesma mídia grande — não uso a expressão “grande mídia”, por razões óbvias — martela nossos olhos e ouvidos diariamente com manchetes e matérias alarmantes que transitam da “crise”, para “apesar da crise” — quando a notícia é boa e daquelas que não podem ser omitidas. A crise que nos assola(!), e não aquela que permeia toda a economia mundial desde 2008, aí incluídos, entre suas vítimas, nada menos do que a Europa inteira, os EUA e até a China.
Passamos a sentir os efeitos da crise apenas em 2015. De 2008 a 2014, vivemos com as menores taxas de desemprego da história, com inúmeros programas sociais inéditos e vitoriosos, uma carreada de universidades federais e escolas técnicas construídas e com inflação baixa e controlada. Formos fazer uma análise do que é veiculado na mídia internacional, constataremos que o principal temor da população é a instabilidade econômica mundial. Aqui, entretanto, a crise é tratada fora do contexto em que se encontra, como se fosse um mal nosso, fruto de um governo inoperante e que inventou a corrupção.
Enquanto isto, Lula é o presidente que mais homenagens de países e organismos internacionais recebeu de toda a história; Dilma, a presidente que mais combateu a corrupção e mais entregou casas à população; e o Brasil-gastador o país com mais de 370 milhões de dólares de reservas (FHC deixou a presidência, em 2002, com um caixa de 37 milhões de dólares, devendo ao FMI e ao escambau). Tá bom ou quer mais?
*André Falcão é advogado e autor do Blog do André Falcão. Escreve semanalmente para Pragmatismo Político

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Consciência "Branca"?

por José Gilbert Arruda Martins

Vamos mudar a cor da foto do perfil hoje?

Você mudou sua foto de perfil em abril de 2015, quando 150 pessoas, na sua grande maioria, jovens, foram mortos em um atentado na Universidade de Garissa? (http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/quenia-enterra-vitimas-de-massacre-em-universidade.html)


Massacre na Universidade de Garissa no Quênia, abril 2015


Quantos de nós conhece a realidade sócio-cultural e política do País, ao ponto de parar um pouco, pensar um pouco e saber o porquê do "Dia da Consciência Negra"?

Quantos de nós, parou para refletir que a construção desse imenso país, que deveria ser de todos e todas, foi, e é um trabalho coletivo, que envolveu e envolve brasileiros e brasileiras de todas as cores?

Quantos de nós, percebeu ou percebe a importância do trabalho do negro e da negra na construção econômica e social desse país?

A História parece que passou e, muitos de nós não a vivemos, ficamos na janela da nossa mesquinhez, impávidos, inertes, assistindo, como ainda hoje nós fazemos, a exploração, a violência, os maus-tratos e os assassinatos de meninos e meninas negras.

Mudar a cor da foto do perfil, numa atitude de solidariedade a um outro país que viveu a violência covarde e absurda de um ato terrorista, é bacana, beleza mesmo, mas...

Mas, você conhece como foi construída a relação da Europa com a Ásia e a África ao longo desses 500 anos?

Você vai dizer dizer que é besteira, que estou, de uma forma ou de outra apoiando o terror. Não, não estou, minha exposição é clara, o terrorismo, qualquer um, é covardia.

A questão é: quando mudo a cor da foto do meu perfil na internet, em apoio a uma causa, é apenas para ficar mais bonita? é apenas para entrar na onda? ou tenho um propósito? sei dos fatos, conheço ou procurei conhecer o contexto?

Você mudou sua foto de perfil em abril de 2015, quando 150 pessoas, na sua grande maioria, jovens, foram mortos em um atentado na Universidade de Garissa? (http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/04/quenia-enterra-vitimas-de-massacre-em-universidade.html)

Qual ou quais as diferenças básicas entre os atentados de Paris e o do Quênia?

Duas diferenças básicas: O país era o Quênia na África e as vítimas eram negras.

Negros e negras, de todas as idades, sexo e credos, vêm sendo assassinados aos milhares ao longo desses últimos 500 anos e você aí mudando a cor da foto do perfil com as cores da França.

A moda passa, a morte fica.

Se sua mesquinhez permitir, olha ao redor que ouvirás o som da morte de teus irmãos e irmãs negras do Brasil e da África.

O 20 de novembro é para lembrar. É para pensar. É para enxergar.

Mude a cor da sua foto do perfil, mas mude também sua consciência, milhares de jovens negros estão sendo assassinados no Brasil e você só viu que é bonitinho, pôr as cores da bandeira francesa na tua cara, para encobrir tua estupidez e ignorância dos sons e imagens reais ao redor.


Cotas garantem o acesso de 150 mil negros ao ensino superior no Brasil

no Pragmatismo Político

Consideradas constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF) há três anos, cotas já incluíram 150 mil negros nas universidades brasileiras

negros universidade cotas Brasil

A batalha para combater o racismo no Brasil é longa. Para se ter uma ideia, o primeiro projeto de lei propondo ações afirmativas para população negra foi apresentado em 1983, com o nº 1.332, para garantir o princípio da isonomia social do negro. Mas somente em 2012, tais ações foram consideradas constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com a aprovação da Lei das Cotas nas universidades.
O ministro Ricardo Lewandowski, relator do projeto, ressaltou na época que apenas 2% dos negros conquistavam o diploma de ensino superior.
A aprovação da lei que institui cotas raciais nas universidades federais completou três anos em 2015. Nesse tempo, garantiu o acesso de 150 mil estudantes negros ao ensino superior, segundo a Secretaria de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Seppir).
A lei instituiu a reserva de 50% das vagas em todos os cursos nas instituições federais de ensino superior levando em conta critérios sociorraciais. A meta era atingir esse percentual gradualmente, chegando à metade de vagas reservadas até o final de 2016. Segundo os números do Ministério da Educação, em 2013, o percentual de vagas para cotistas foi de 33% e em 2014, 40%.
A quantidade de jovens negros que ingressaram no ensino superior também cresceu, passando de 50.937 vagas preenchidas por negros, em 2013, para 60.731, em 2014. Atualmente, entre universidades federais e institutos federais, 128 instituições adotam a lei de cotas.
O Secretário Nacional de Combate ao Racismo do PT, Nelson Padilha, comemora que “finalmente” o Brasil percebe que quem precisa das políticas de igualdade racial não são só os negros, mas toda a população brasileira.
“Quem perde com a ausência dos negros nos espaços privilegiados é o Brasil. São milhões de cérebros qualificados e saudáveis que acabam sendo preteridos por conta do racismo institucional”, afirma.
Para Padilha, as políticas implementadas nos governos do PT significam um grande avanço para o Brasil. “Mas precisamos aumentar a quantidade de universidades que não instituíram a política de cotas”, completa.
O secretário cobra, no entanto, mais foco no cumprimento e fiscalização da lei 10.639/03, que pretende levar para as salas de aula mais sobre a cultura afro-brasileira e africana, propondo novas diretrizes para valorizar e ressaltar a presença africana na sociedade.
“Garantindo a inclusão dos conteúdos relacionados a África em todo o espectro de ensino, ela vai ajudar a desmontar os preconceitos”, ressalta.

Políticas públicas

Os estudantes negros têm acesso também ao Fies e ao Prouni, que auxiliam noingresso e na permanência desses estudantes em instituições privadas de ensino superior. Dados do Ministério da Educação referentes a 2014 mostram que os negros são maioria nos financiamentos do Fies, cerca de 50,07% e nas bolsas do Prouni, 52,1%.
Em entrevista ao “Portal Brasil”, a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, ressaltou que na última década o Brasil decidiu acumular esforços e criar um espaço para que sejam criadas estratégias que façam a diferença para as populações afrodescendentes, com ênfase na intersecção entre raça e gênero, porque as mulheres negras estão em situação de maior vulnerabilidade.
De acordo com o Mapa da Violência 2015, o número de mulheres negras mortas cresceu 54% em entre 2003 e 2013, enquanto o número de mulheres brancas assassinadas caiu 10% no mesmo período. No total, 55,3% dos crimes contra mulheres foram cometidos no ambiente doméstico, e em 33,2% dos casos os homicidas eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas.
Para Nadine, a criação de leis como Maria da Penha e do Feminicídio devem reduzir essa violência nos próximos anos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Arte Urbana

por José Gilbert Arruda Martins

Gosto muito do Grafite. 

Quando ando pelas ruas de Brasília, e, ando muito, tenho observado que a arte expandiu, antes, o que era apenas pichação, agora é arte que torna mais bela e, a meu ver, mais culta a vida urbana.



Fachada de uma residência na W3 Sul. Foto: PG

A foto acima, que nomeei de "O Caminhante", é pura beleza, fica aqui na parede de uma das casas das quadras 700.

O artista, parece ter feito uma homenagem "silenciosa" aos "moradores" de rua, tão esquecidos pelas pessoas e pelo sistema.

As aspas do silenciosa é para destacar que, a imagem fala a quem passa, a quem curte; a imagem diz muito, não apenas pela beleza da pintura/grafite, mas também, pela "silenciosa" mensagem que transmite.

Mensagem que chama a atenção aos "restos" sociais.

Mensagem, talvez, para que nos esforcemos para entender a migração absurda que acontece no planeta neste momento.

Mensagem pura e simples: O Grafite é arte urbana.

Em quase todas as quadras da cidade, você encontra, além da pichação, o Grafite.

A pichação polui, o grafite, deixa mais bela ruas e quadras.

Os transeuntes, parece não enxergar, mas conversando com alguns, o que ouvi é exatamente o oposto, as pessoas, apesar da pressa, gostam e incentivam.

"A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos."

A Antiguidade já curtia. O grafite tem, portanto, tem muita história. 

O Brasil tem grafiteiros/artistas, renomados mundialmente...

OSGÊMEOS


osgemeos

"Os gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo são referência no grafite internacional. Os artistas abordam temas como família, pobreza e lutas sociais em suas obras."

EDUARDO KOBRA


eduardo kobra grafites

O grafiteiro Kobra começou sua carreira na cidade de São Paulo, mas chamou atenção do mundo por conta do realismo de seu trabalho. Hoje, tem um projeto chamado “Muro de Memórias” que está presente nas mais diversas cidades do mundo e que busca transformar a paisagem urbana resgatando elementos do passado.



Com informações de:

http://www.brasilescola.com/artes/grafite.htm

Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/comportamento/grafiteiros-brasileiros-que-voce-tem-que-conhecer
Manual do Homem Moderno




Mulheres negras se unem em Brasília contra o racismo e a violência

na Rede Brasil Atual
Segundo organizadores, 20 mil pessoas participaram da manifestação

A concentração da marcha começou no ginásio Nilson Nelson, na região central da capital federal. O grupo seguiu em caminhada em direção à Praça dos Três Poderes 

Brasília – Vinte mil pessoas, segundo os organizadores, ocuparam a Esplanada dos Ministérios durante todo o dia, ontem (18), na 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, em ato organizado por várias entidades contra a intolerância e o racismo, por igualdade de direitos. A manifestação, pacífica em todo o percurso, só teve um momento de tensão ao se aproximar do local onde um grupo anti-Dilma (e alguns favoráveis à volta dos militares) está acampado há aproximadamente um mês. Dois policiais civis foram presos por atirar para o alto – pelo menos um faz parte do grupo acampado e já havia sido detido na semana passada.
“Nos últimos anos, tivemos um grande processo de reformulação, de mudanças, de ampliação de direitos, de acesso a políticas e a bens e serviços. No entanto, quando a gente faz um recorte racial e de gênero, identificamos que as mulheres negras, um quarto da população, estão em condição de vulnerabilidade, de fragilidade, sem garantias”, afirmou uma das coordenadoras do ato, Valdecir Nascimento, coordenadora-executiva do Instituto da Mulher Negra da Bahia (Odara).
"A democracia só vai se consolidar quando a sociedade não permitir o racismo. Vamos dizer a esse Congresso machista e racista que a discriminação racial não dá mais nesse país", acrescentou a secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Julia Nogueira.
De acordo com dados do último Censo, de 2010, as mulheres negras são 25,5% da população brasileira – aproximadamente 48,6 milhões de pessoas. Outros dados demonstram que se trata de um setor social vulnerável: entre as mulheres, as negras são as maiores vítimas de crimes violentos. De 2003 para 2013, o assassinato de mulheres negras cresceu 54,2%, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil. No mesmo período, o índice de assassinatos de mulheres brancas recuou 9,8%, segundo estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres.
“A marcha quer falar de como um país rico como o Brasil não assegura o nosso direito à vida. Queremos um novo pacto civilizatório para o país. O pacto atual é falido e exclui metade da população composta por mulheres e homens negros”, diz Valdecir.
Junto às bandeiras estavam a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, ex-vice-presidenta da África do Sul, e a ex-integrante do grupo Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos Angela Davis.
"O Brasil vive um momento de fazer o desenvolvimento das mulheres negras fora da pauta. Nós não admitimos isso. Agora queremos decidir no poder, não vamos delegar a nossa representação a ninguém. Essa é a grande virada", disse Vilma Reis, socióloga, ativista do Movimento de Mulheres Negras, ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia.
O movimento listou as seguintes pautas reivindicadas pelas mulheres negras:

– O racismo, o machismo, a pobreza, com a desigualdade social e econômica, tem prejudicado nossa vida, rebaixando a nossa auto-estima coletiva e nossa própria sobrevivência;

– O fortalecimento da identidade negra tem sido prejudicado ao longo dos séculos pela construção negativa da imagem da pessoa negra, especialmente da mulher negra, desde a estética (cabelo, corpo etc.) até ao papel social desenvolvido pelas mulheres negras;

– As mulheres negras continuam recebendo os menores salários e são as que mais têm dificuldade para entrar no mundo do trabalho;

– A construção do papel social das mulheres negras é sempre pensada na perspectiva da dependência, da inferioridade e da subalternização, dificultando que nós possamos assumir espaços de poder, de gerência e de decisão, quer seja no mercado de trabalho, quer seja no campo da representação política e social;

– As mulheres negras sustentam o grupo familiar desempenhando tarefas informais, que as levam a trabalhar em duplas e triplas jornadas de trabalho;

– Ainda não temos os nossos direitos humanos (direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais) plenamente respeitados.
  • Com informações dos Jornalistas Livres e da Agência Brasil

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Política, o caminho possível

por José Gilbert Arruda Martins

Política, ainda é a grande saída, a alternativa,  o caminho possível, principalmente num país ou sociedade que se revela dividida profunda e historicamente, como é a brasileira.



Quando você ouve a frase: "Todo político é ladrão", pode existir por trás da afirmação, no mínimo, duas coisas, ou foi dita por alguém que deseja que a política seja "ofício" de apenas alguns "iluminados", ou, veio de alguém, profundamente ignorante da importância que tem a política para a vida em sociedade.


Para podermos jogar luz sobre o funcionamento estrutural da sociedade brasileira, você pode até acender uma lâmpada, um fósforo, sei lá, o que tiver para "alumiar", mas, nada substitui a política.

Em um texto, na minha opinião, genial, para o debate sobre o tema, Gilberto Dupas, no jornal o Estado de S Paulo, em 2009, não joga apenas luz, joga uma usina nuclear inteira, observe, em alguns fragmentos a seguir, como o autor se refere às questões que envolvem a democracia e a política.

"(...) Na democracia os conflitos são inevitáveis, porque governar é cada vez mais administrar os desejos das várias minorias em busca de consensos que formem maiorias sempre provisórias. Há, assim, uma contradição inevitável entre a legitimidade dos conflitos e a necessidade de buscar consensos. Fazer política na democracia implica escolher um campo, tomar partido."

O "tomar partido" aqui, pode sim ser um partido político, mas, o autor, no meu entender, não se refere apenas à política partidária, vai muito além.

Os caras que sempre estiveram à frente do poder, ou pelo menos do governo no Brasil, odeiam a política, pelo menos desejam nos fazer acreditar nessa estória.

Esses indivíduos e grupos, ou fizeram política diretamente, ou, como é de costume, colocaram os seus comandados e partidários para fazê-la.

E, grupos capitalistas ricos, daqui e do exterior, têm seus "paus mandados", poderíamos citar aqui dezenas, bem conhecidos, Cunha, Paulinho da Força, e, até aquele trabalhador ou trabalhadora simples do povo, que, por ignorância e desconhecimento, participa de eventos golpistas.

As minorias, os grupos da sociedade, e aí, incluem-se, negros, negras, índios, trabalhadores e trabalhadoras de diversos ramos, principalmente os desorganizados, quer dizer, sem sindicatos, foram sempre os que mais penaram nas mãos desses grupos detentores da hegemonia na política.

O povo brasileiro, sempre tentou forçar a entrada no cenário da disputa política. Todas as vezes que tentou, quase sem exceção, foi forçado a recuar ou desencorajado a participar, com as "velhas" e eficazes formas ideológicas de excluir, de forma sorrateira, quase imperceptível, os grupos populares do fazer política.

A sociedade brasileira precisa da política, como o peixe da água. Caraca, que comparação! mas, vai assim mesmo, você entendeu.

Fazer política, em uma sociedade como a nossa é tentar solucionar os conflitos pelo debate democrático e civilizado. O que, por sinal, nos falta absurdamente.

"Quanto mais marcadas por divisões sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e necessitam de lideranças que busquem consensos..."

A realidade muda com política.

A luta por uma escola pública de qualidade, em todos os níveis, pré, ensino fundamental, médio e superior, é política.

A luta para manter e melhorar o atendimento do SUS é política.

A luta por Reforma Agrária Popular é política.

A luta por uma política habitacional popular também...

Faça política, ou num partido ou na vida...

A política é para todos e todas.

Com informações de:

Gilberto Dupas. O Estado de S. Paulo, A2, 17 de janeiro de 2009.


Saiba como ajudar as vítimas da tragédia em Mariana

no Catraca Livre

Vítimas necessitam de alimentos não perecíveis, água, colchões, toalhas, cobertores, roupas, produtos de limpeza e higiene pessoal

O rompimento das barragens do Fundão e Santarém, no Distrito de Bento Rodrigues (MG), deixou um rastro de destruição com saldo de centenas de desabrigados, mortos e desaparecidos.  Quer ajudar as vítimas dessa tragédia e não sabe como?
Confira uma série de ações realizadas desde a capital mineira, Belo Horizonte, cidades próximas à região de Mariana, além de outros estados e campanhas na internet que se comprometeram a ajudar a população atingida. Entre os objetos de maior necessidade, destaca-se alimentos não perecíveis, água, colchões, toalhas, cobertores, roupas, produtos de limpeza e higiene pessoal.
Informações do jornal Estado de Minas 
Pontos de Doação:
Belo Horizonte 
- Chiara Pontelo, na Avenida Nossa Senhora do Carmo, 1825, em frente ao Supermercado Verdemar, até sábado
- Sede da Cruz Vermelha Brasileira – Filial Minas Gerais (CVB-MG), Alameda Ezequiel Dias, 427, Centro, na região hospitalar. Informações: (31) 3239.4211 ou (31) 3239.4223
Sugestão: Água mineral
- Arquidiocese de Belo Horizonte, Rua Além Paraíba, 208, Bairro Lagoinha, Região Noroeste
- O Bolão Santa Tereza, na Praça Duque de Caxias, 288, Bairro Santa Tereza
- Servas, Avenida Cristóvão Colombo, 683, Bairro Funcionários, das 7h às 19h
Não estão recebendo roupas, colchões e agasalhos!
- Loja do Bem, no Minas Shopping, na Avenida Cristiano Machado, 4000, Piso 1, Bairro União, das 10h às 22h, incluindo fim de semana

Mariana
- ICSA (Instituto de Ciências Sociais Aplicadas), Rua Catete, 166, Bairro Centro
- ICHS ( Intituto de Ciências Humanas e Sociais), Rua do Seminário, s/n, Bairro Centro
- Para doações fora do município a Prefeitura de Mariana disponibiliza uma conta bancária no Banco do Brasil através do CNPJ: 18.295.303/001-44, Agência: 2279-9, Conta Corrente: 10.000-5
- Centro de Convenções Alphonsus Guimaraens, Rua Getúlio Vargas, s/n, Centro
Ouro Preto
- República Doce Veneno – Endereço: Rua Argemiro Sanna, 21 – Bairro Barra. Telefone: 31 3551-3816
- República Snoopy – Endereço: Rua Conde de Bobadela ( Rua Direita), 159 – Bairro Centro. Telefone: 31 3552-2859
- República Palmares – Endereço: Campus Universitário, 4º ala, casa C – Bairro: Vila Operária. Telefone: 31 3551-3372
Congonhas
- Rotary Club, Rua Marquês do Bonfim, 197, Bairro Praia, a partir de segunda-feira, de 10 às 21 horas
Itabira
- Posto de coleta de Donativos no Bela Camp, na Avenida Carlos de Paula Andrade, entre os bairros Bela Vista e Campestre
Barbacena
- Sede da Defesa Civil, que fica no prédio da 13ª Região da Policia Militar
São João Del Rey
- Prefeitura de São João Del Rei, Coreto da Avenida Tancredo Neves, das 8h às 17h de sábado
- Secretaria de Cidadania, Desenvolvimento e Assistência Social, na Rua Salomão de Souza Batista, 10, de segunda e sexta-feira, das 8h às 17h
- Secretaria de Cultura e Turismo, na Praça Frei Estevão, de segunda e sexta-feira, das 8h às 17h
- Campus da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) Santo Antônio, Dom Bosco e CTAM, de segunda e sexta-feira, das 8h às 17h
Juiz de Fora
- Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF): campi Academia, na Rua Halfeld 1.179, Centro; Arnaldo Janssen, na Avenida Luz Interior 345, Bairro Estrela Sul), Verbum Divino, na Avenida Rio Branco 3.520, Centro) e no Seminário Santo Antônio, na Avenida Rio Branco 4.516, Centro
Acaiaca
- Prefeitura de Acaiaca, na Praça Tancredo Neves, 35
Sugestões: Roupas, alimentos, colchões
 Rio de Janeiro
-Palácio Maçônico do Lavradio
Rua do Lavradio, 97, centro, Rio de Janeiro
Estacionamento no local
9 e 10 de novembro das 10h ás 20h
11 de novembro até as 12h (saída dos caminhões)
Consultoria Jurídica 
Consultoria Golçalves oferece consultas e apoio jurídico para todas as vítimas da tragédia em Mariana, especialmente por meio da Dra Valéria Aparecida Silva (nativa de ouro Preto), e Dr Márcio Golçalves (ex-aluno da República Arte & Manha)
Telefones: (31) 996087137 (27) 32225354 (27) 988773545
Email:contato@consultoriagoncalves.com.br
Site: www.consultoriagoncalves.jur.adv.br
Pela internet 
Também é possível ajudar sem sair de casa, com o crowdfunding criado no site juntos.com.vc para arrecadar recursos para as famílias atingidas. Para contribuir, basta entrar no site e doar qualquer quantia a partir de 20 reais. O valor arrecadado será enviado para a prefeitura de Mariana.
Ajuda aos animais 
Além das pessoas e da cidade atingida pelo desastre da última quinta-feira, os animais da região também precisam da colaboração coletiva para o tratamento de recuperação. Três ONGs da região de Mariana seguem atuando nos trabalhos de resgate: a AOPA – Associação Ouropretana de Proteção Animal e a ALPA – Associação Lafaitense de Proteção Animal, mobilizaram suas equipes para retirar os animais da lama que também passaram a ser recebidos pelo Ouro Preto Hostel Telhas de Minas (Praça Antonio Dias, 21 ao lado da Matriz Nossa Senhora da Conceição).
IDDA – Instituto de Defesa dos Direitos Animais de Ouro Preto também está trabalhando na recuperação dos animais atingidos pelo rompimento da barragem. Os ativistas ressaltam a importância das doações de ração para os animais recuperados.
Governador Valadares
Praça de Esportes (Rua Afonso Pena, 2550)
Ipatinga 
Igreja Presbiteriana do Cariru (Rua Síria, 425)
Faculdade de Medicina (Rua João Patrício Araújo, 179)
Caratinga
Genoma Sistema de Ensino (terça-feira: professor André Marques)
Teofilo Antoni
Genoma Sistema de Ensno (terça-feira: professor André Marques)
Mendes Pimentel 
Igreja Presbiteriana de Mendes Pimentel
Belo Horizonte
PUC Minas - Liberdade
- Beatriz (033) 98443-7397
Cria UFMG (Av. Antonio Carlos,6627, sala 14 (Labor) - FAFICH
Rio de Janeiro
Cruz Vermelha  (Praça Cruz Vermelha, 10/12 -  Centro)
Niterói 
Espaço Cultural Oceânico (Rua Leopoldo Muylaert, 76
Grupo Diversidade Niterói (Av. Visconde do Rio Branco,627
São Paulo 
Rua Capitão Francisco Lipi, 1236 - Zona Norte/ Celular: 95770-2820
Legião da Boa Vontade 
São Paulo: Avenida Rudge, 908, Bom Retiro.

domingo, 15 de novembro de 2015

Ao falar a jovens, Lula defende a política para mudar a realidade

na Rede Brasil Atual

Ex-presidente participa de debate realizado pelo mandato do deputado federal Vicentinho na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ao lado de líderes da juventude

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Lula: "No meu tempo, levava 20 anos para conseguir uma informação que a juventude tem acesso em 20 minutos"

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite desta sexta-feira (13), de um debate com a juventude, realizado pelo mandato do deputado federal Vicentinho na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ao lado do rapper GOG e de Thays Carvalho, do Levante Popular da Juventude, Lula falou sobre as mudanças que ocorreram no Brasil entre a sua geração e a atual, a necessidade de diálogo entre as gerações e a importância do jovem na política.
"Vivemos em uma era em que os filhos sabem mais que os pais. No meu tempo, levava 20 anos para conseguir uma informação que a juventude tem acesso em 20 minutos. Por isso, temos de ouvir os jovens sobre o futuro", afirmou Lula, ressaltando a velocidade de troca de informações por meio da internet.
O ex-presidente lembrou que, quando ele próprio tinha 14 anos, seu objetivo era tirar carteira profissional e trabalhar. Aos 18, já estava ficando tarde para encontrar uma noiva e constituir família. "Você, no primário, já estava pensando em emprego. Era a nossa independência. Conversem com seus pais, perguntem como eram as coisas e vejam o quanto evoluímos desde então", ponderou, reafirmando que hoje, especialmente após esforços do governo federal na expansão de universidades, há oportunidades diferentes.
Lula alertou, porém, para um outro lado da era da internet: a disseminação de boataria e pessimismo. "Há uma construção de negatividade da mídia que tem o objetivo de negar a política e fazer o jovem não gostar de política. Eles negam o Estado. E o jovem acaba achando que todos são iguais, que nada funciona, e vira rebelde por ser rebelde", analisou. Como exercício contra o discurso único na rede, Lula desafiou os jovens a, todos os dias, procurar debates construtivos e boas notícias para disseminar na internet.
"A gente tem de ter consciência para protestar, mas também para construir. Quando vocês não acreditarem em mais ninguém, ainda assim, ao invés de desistir da política, vão fazer política. Quem sabe vocês sejam exatamente o político que estão procurando?", provocou.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Seguimos a vida, manipulados cotidianamente

por José Gilbert Arruda Martins


A Globo é um instrumento perverso. 

Por que perverso? 

Por que, ao mesmo tempo que "acaricia" com suas novelas e programas ditos culturais e de entretenimento, oprime a sociedade, defendendo interesses escusos e discursos de ódio.

Foi assim na defesa do Golpe Militar que colocou abaixo a democracia brasileira em construção.

Foi assim com o apoio irrestrito à ditadura militar que se seguiu.

Assista ao vídeo:


É assim, no apoio a Movimentos Golpistas e de ódio atuais.

E, ninguém faz nada.

Seguimos a vida, manipulados cotidianamente e...

As organizações Globo fazem mal à democracia brasileira.

Fazem mal à sociedade brasileira.

Essa é uma parte daquilo que todo mundo (ou quase todo mundo) já sabe.

Mas por que, continuamos, ao ligar a TV, sintonizá-la na emissora dos Marinho?

Por que, além do comodismo, da preguiça intelectual que nos impede de buscar outras alternativas, as organizações Globo, ao longo desses 50 anos de existência, conseguiu, com a ajuda de dinheiro público, fazer grandes investimentos em tecnologia e diversidade de programação - de qualidade duvidosa - voltada para as classes C e D principalmente.

Não que essas classes sejam burras, mas a TV aberta, continua sendo a única alternativa de "divertimento" para essa parte importante da sociedade.

Nas periferias e comunidades das médias e grandes cidades, é sabido, os equipamentos de esporte, escola e cultura são escassos.

Por isso, talvez, esse tipo de programação, principalmente da TV aberta, ainda enchem os olhos de muitos.

O Brasil, entre muitas outras coisas, precisa baratear a TV fechada.

Regulamentar os meios de comunicação, tornando-os mais acessíveis e democráticos.

Apoiar as mídias alternativas.

Investir na difusão e na qualidade do sinal de internet.

...


no Viomundo