quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Arte Urbana

por José Gilbert Arruda Martins

Gosto muito do Grafite. 

Quando ando pelas ruas de Brasília, e, ando muito, tenho observado que a arte expandiu, antes, o que era apenas pichação, agora é arte que torna mais bela e, a meu ver, mais culta a vida urbana.



Fachada de uma residência na W3 Sul. Foto: PG

A foto acima, que nomeei de "O Caminhante", é pura beleza, fica aqui na parede de uma das casas das quadras 700.

O artista, parece ter feito uma homenagem "silenciosa" aos "moradores" de rua, tão esquecidos pelas pessoas e pelo sistema.

As aspas do silenciosa é para destacar que, a imagem fala a quem passa, a quem curte; a imagem diz muito, não apenas pela beleza da pintura/grafite, mas também, pela "silenciosa" mensagem que transmite.

Mensagem que chama a atenção aos "restos" sociais.

Mensagem, talvez, para que nos esforcemos para entender a migração absurda que acontece no planeta neste momento.

Mensagem pura e simples: O Grafite é arte urbana.

Em quase todas as quadras da cidade, você encontra, além da pichação, o Grafite.

A pichação polui, o grafite, deixa mais bela ruas e quadras.

Os transeuntes, parece não enxergar, mas conversando com alguns, o que ouvi é exatamente o oposto, as pessoas, apesar da pressa, gostam e incentivam.

"A arte do grafite é uma forma de manifestação artística em espaços públicos. A definição mais popular diz que o grafite é um tipo de inscrição feita em paredes. Existem relatos e vestígios dessa arte desde o Império Romano. Seu aparecimento na Idade Contemporânea se deu na década de 1970, em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Alguns jovens começaram a deixar suas marcas nas paredes da cidade e, algum tempo depois, essas marcas evoluíram com técnicas e desenhos."

A Antiguidade já curtia. O grafite tem, portanto, tem muita história. 

O Brasil tem grafiteiros/artistas, renomados mundialmente...

OSGÊMEOS


osgemeos

"Os gêmeos Gustavo e Otávio Pandolfo são referência no grafite internacional. Os artistas abordam temas como família, pobreza e lutas sociais em suas obras."

EDUARDO KOBRA


eduardo kobra grafites

O grafiteiro Kobra começou sua carreira na cidade de São Paulo, mas chamou atenção do mundo por conta do realismo de seu trabalho. Hoje, tem um projeto chamado “Muro de Memórias” que está presente nas mais diversas cidades do mundo e que busca transformar a paisagem urbana resgatando elementos do passado.



Com informações de:

http://www.brasilescola.com/artes/grafite.htm

Fonte: http://manualdohomemmoderno.com.br/comportamento/grafiteiros-brasileiros-que-voce-tem-que-conhecer
Manual do Homem Moderno




Mulheres negras se unem em Brasília contra o racismo e a violência

na Rede Brasil Atual
Segundo organizadores, 20 mil pessoas participaram da manifestação

A concentração da marcha começou no ginásio Nilson Nelson, na região central da capital federal. O grupo seguiu em caminhada em direção à Praça dos Três Poderes 

Brasília – Vinte mil pessoas, segundo os organizadores, ocuparam a Esplanada dos Ministérios durante todo o dia, ontem (18), na 1ª Marcha Nacional das Mulheres Negras, em ato organizado por várias entidades contra a intolerância e o racismo, por igualdade de direitos. A manifestação, pacífica em todo o percurso, só teve um momento de tensão ao se aproximar do local onde um grupo anti-Dilma (e alguns favoráveis à volta dos militares) está acampado há aproximadamente um mês. Dois policiais civis foram presos por atirar para o alto – pelo menos um faz parte do grupo acampado e já havia sido detido na semana passada.
“Nos últimos anos, tivemos um grande processo de reformulação, de mudanças, de ampliação de direitos, de acesso a políticas e a bens e serviços. No entanto, quando a gente faz um recorte racial e de gênero, identificamos que as mulheres negras, um quarto da população, estão em condição de vulnerabilidade, de fragilidade, sem garantias”, afirmou uma das coordenadoras do ato, Valdecir Nascimento, coordenadora-executiva do Instituto da Mulher Negra da Bahia (Odara).
"A democracia só vai se consolidar quando a sociedade não permitir o racismo. Vamos dizer a esse Congresso machista e racista que a discriminação racial não dá mais nesse país", acrescentou a secretária de Combate ao Racismo da CUT, Maria Julia Nogueira.
De acordo com dados do último Censo, de 2010, as mulheres negras são 25,5% da população brasileira – aproximadamente 48,6 milhões de pessoas. Outros dados demonstram que se trata de um setor social vulnerável: entre as mulheres, as negras são as maiores vítimas de crimes violentos. De 2003 para 2013, o assassinato de mulheres negras cresceu 54,2%, segundo o Mapa da Violência 2015: Homicídios de Mulheres no Brasil. No mesmo período, o índice de assassinatos de mulheres brancas recuou 9,8%, segundo estudo feito pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), a pedido da ONU Mulheres.
“A marcha quer falar de como um país rico como o Brasil não assegura o nosso direito à vida. Queremos um novo pacto civilizatório para o país. O pacto atual é falido e exclui metade da população composta por mulheres e homens negros”, diz Valdecir.
Junto às bandeiras estavam a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, ex-vice-presidenta da África do Sul, e a ex-integrante do grupo Panteras Negras e do Partido Comunista dos Estados Unidos Angela Davis.
"O Brasil vive um momento de fazer o desenvolvimento das mulheres negras fora da pauta. Nós não admitimos isso. Agora queremos decidir no poder, não vamos delegar a nossa representação a ninguém. Essa é a grande virada", disse Vilma Reis, socióloga, ativista do Movimento de Mulheres Negras, ouvidora-geral da Defensoria Pública do Estado da Bahia.
O movimento listou as seguintes pautas reivindicadas pelas mulheres negras:

– O racismo, o machismo, a pobreza, com a desigualdade social e econômica, tem prejudicado nossa vida, rebaixando a nossa auto-estima coletiva e nossa própria sobrevivência;

– O fortalecimento da identidade negra tem sido prejudicado ao longo dos séculos pela construção negativa da imagem da pessoa negra, especialmente da mulher negra, desde a estética (cabelo, corpo etc.) até ao papel social desenvolvido pelas mulheres negras;

– As mulheres negras continuam recebendo os menores salários e são as que mais têm dificuldade para entrar no mundo do trabalho;

– A construção do papel social das mulheres negras é sempre pensada na perspectiva da dependência, da inferioridade e da subalternização, dificultando que nós possamos assumir espaços de poder, de gerência e de decisão, quer seja no mercado de trabalho, quer seja no campo da representação política e social;

– As mulheres negras sustentam o grupo familiar desempenhando tarefas informais, que as levam a trabalhar em duplas e triplas jornadas de trabalho;

– Ainda não temos os nossos direitos humanos (direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais) plenamente respeitados.
  • Com informações dos Jornalistas Livres e da Agência Brasil

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Política, o caminho possível

por José Gilbert Arruda Martins

Política, ainda é a grande saída, a alternativa,  o caminho possível, principalmente num país ou sociedade que se revela dividida profunda e historicamente, como é a brasileira.



Quando você ouve a frase: "Todo político é ladrão", pode existir por trás da afirmação, no mínimo, duas coisas, ou foi dita por alguém que deseja que a política seja "ofício" de apenas alguns "iluminados", ou, veio de alguém, profundamente ignorante da importância que tem a política para a vida em sociedade.


Para podermos jogar luz sobre o funcionamento estrutural da sociedade brasileira, você pode até acender uma lâmpada, um fósforo, sei lá, o que tiver para "alumiar", mas, nada substitui a política.

Em um texto, na minha opinião, genial, para o debate sobre o tema, Gilberto Dupas, no jornal o Estado de S Paulo, em 2009, não joga apenas luz, joga uma usina nuclear inteira, observe, em alguns fragmentos a seguir, como o autor se refere às questões que envolvem a democracia e a política.

"(...) Na democracia os conflitos são inevitáveis, porque governar é cada vez mais administrar os desejos das várias minorias em busca de consensos que formem maiorias sempre provisórias. Há, assim, uma contradição inevitável entre a legitimidade dos conflitos e a necessidade de buscar consensos. Fazer política na democracia implica escolher um campo, tomar partido."

O "tomar partido" aqui, pode sim ser um partido político, mas, o autor, no meu entender, não se refere apenas à política partidária, vai muito além.

Os caras que sempre estiveram à frente do poder, ou pelo menos do governo no Brasil, odeiam a política, pelo menos desejam nos fazer acreditar nessa estória.

Esses indivíduos e grupos, ou fizeram política diretamente, ou, como é de costume, colocaram os seus comandados e partidários para fazê-la.

E, grupos capitalistas ricos, daqui e do exterior, têm seus "paus mandados", poderíamos citar aqui dezenas, bem conhecidos, Cunha, Paulinho da Força, e, até aquele trabalhador ou trabalhadora simples do povo, que, por ignorância e desconhecimento, participa de eventos golpistas.

As minorias, os grupos da sociedade, e aí, incluem-se, negros, negras, índios, trabalhadores e trabalhadoras de diversos ramos, principalmente os desorganizados, quer dizer, sem sindicatos, foram sempre os que mais penaram nas mãos desses grupos detentores da hegemonia na política.

O povo brasileiro, sempre tentou forçar a entrada no cenário da disputa política. Todas as vezes que tentou, quase sem exceção, foi forçado a recuar ou desencorajado a participar, com as "velhas" e eficazes formas ideológicas de excluir, de forma sorrateira, quase imperceptível, os grupos populares do fazer política.

A sociedade brasileira precisa da política, como o peixe da água. Caraca, que comparação! mas, vai assim mesmo, você entendeu.

Fazer política, em uma sociedade como a nossa é tentar solucionar os conflitos pelo debate democrático e civilizado. O que, por sinal, nos falta absurdamente.

"Quanto mais marcadas por divisões sociais e por incertezas, mais as sociedades produzem conflitos e necessitam de lideranças que busquem consensos..."

A realidade muda com política.

A luta por uma escola pública de qualidade, em todos os níveis, pré, ensino fundamental, médio e superior, é política.

A luta para manter e melhorar o atendimento do SUS é política.

A luta por Reforma Agrária Popular é política.

A luta por uma política habitacional popular também...

Faça política, ou num partido ou na vida...

A política é para todos e todas.

Com informações de:

Gilberto Dupas. O Estado de S. Paulo, A2, 17 de janeiro de 2009.


Saiba como ajudar as vítimas da tragédia em Mariana

no Catraca Livre

Vítimas necessitam de alimentos não perecíveis, água, colchões, toalhas, cobertores, roupas, produtos de limpeza e higiene pessoal

O rompimento das barragens do Fundão e Santarém, no Distrito de Bento Rodrigues (MG), deixou um rastro de destruição com saldo de centenas de desabrigados, mortos e desaparecidos.  Quer ajudar as vítimas dessa tragédia e não sabe como?
Confira uma série de ações realizadas desde a capital mineira, Belo Horizonte, cidades próximas à região de Mariana, além de outros estados e campanhas na internet que se comprometeram a ajudar a população atingida. Entre os objetos de maior necessidade, destaca-se alimentos não perecíveis, água, colchões, toalhas, cobertores, roupas, produtos de limpeza e higiene pessoal.
Informações do jornal Estado de Minas 
Pontos de Doação:
Belo Horizonte 
- Chiara Pontelo, na Avenida Nossa Senhora do Carmo, 1825, em frente ao Supermercado Verdemar, até sábado
- Sede da Cruz Vermelha Brasileira – Filial Minas Gerais (CVB-MG), Alameda Ezequiel Dias, 427, Centro, na região hospitalar. Informações: (31) 3239.4211 ou (31) 3239.4223
Sugestão: Água mineral
- Arquidiocese de Belo Horizonte, Rua Além Paraíba, 208, Bairro Lagoinha, Região Noroeste
- O Bolão Santa Tereza, na Praça Duque de Caxias, 288, Bairro Santa Tereza
- Servas, Avenida Cristóvão Colombo, 683, Bairro Funcionários, das 7h às 19h
Não estão recebendo roupas, colchões e agasalhos!
- Loja do Bem, no Minas Shopping, na Avenida Cristiano Machado, 4000, Piso 1, Bairro União, das 10h às 22h, incluindo fim de semana

Mariana
- ICSA (Instituto de Ciências Sociais Aplicadas), Rua Catete, 166, Bairro Centro
- ICHS ( Intituto de Ciências Humanas e Sociais), Rua do Seminário, s/n, Bairro Centro
- Para doações fora do município a Prefeitura de Mariana disponibiliza uma conta bancária no Banco do Brasil através do CNPJ: 18.295.303/001-44, Agência: 2279-9, Conta Corrente: 10.000-5
- Centro de Convenções Alphonsus Guimaraens, Rua Getúlio Vargas, s/n, Centro
Ouro Preto
- República Doce Veneno – Endereço: Rua Argemiro Sanna, 21 – Bairro Barra. Telefone: 31 3551-3816
- República Snoopy – Endereço: Rua Conde de Bobadela ( Rua Direita), 159 – Bairro Centro. Telefone: 31 3552-2859
- República Palmares – Endereço: Campus Universitário, 4º ala, casa C – Bairro: Vila Operária. Telefone: 31 3551-3372
Congonhas
- Rotary Club, Rua Marquês do Bonfim, 197, Bairro Praia, a partir de segunda-feira, de 10 às 21 horas
Itabira
- Posto de coleta de Donativos no Bela Camp, na Avenida Carlos de Paula Andrade, entre os bairros Bela Vista e Campestre
Barbacena
- Sede da Defesa Civil, que fica no prédio da 13ª Região da Policia Militar
São João Del Rey
- Prefeitura de São João Del Rei, Coreto da Avenida Tancredo Neves, das 8h às 17h de sábado
- Secretaria de Cidadania, Desenvolvimento e Assistência Social, na Rua Salomão de Souza Batista, 10, de segunda e sexta-feira, das 8h às 17h
- Secretaria de Cultura e Turismo, na Praça Frei Estevão, de segunda e sexta-feira, das 8h às 17h
- Campus da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ) Santo Antônio, Dom Bosco e CTAM, de segunda e sexta-feira, das 8h às 17h
Juiz de Fora
- Centro de Ensino Superior de Juiz de Fora (CES/JF): campi Academia, na Rua Halfeld 1.179, Centro; Arnaldo Janssen, na Avenida Luz Interior 345, Bairro Estrela Sul), Verbum Divino, na Avenida Rio Branco 3.520, Centro) e no Seminário Santo Antônio, na Avenida Rio Branco 4.516, Centro
Acaiaca
- Prefeitura de Acaiaca, na Praça Tancredo Neves, 35
Sugestões: Roupas, alimentos, colchões
 Rio de Janeiro
-Palácio Maçônico do Lavradio
Rua do Lavradio, 97, centro, Rio de Janeiro
Estacionamento no local
9 e 10 de novembro das 10h ás 20h
11 de novembro até as 12h (saída dos caminhões)
Consultoria Jurídica 
Consultoria Golçalves oferece consultas e apoio jurídico para todas as vítimas da tragédia em Mariana, especialmente por meio da Dra Valéria Aparecida Silva (nativa de ouro Preto), e Dr Márcio Golçalves (ex-aluno da República Arte & Manha)
Telefones: (31) 996087137 (27) 32225354 (27) 988773545
Email:contato@consultoriagoncalves.com.br
Site: www.consultoriagoncalves.jur.adv.br
Pela internet 
Também é possível ajudar sem sair de casa, com o crowdfunding criado no site juntos.com.vc para arrecadar recursos para as famílias atingidas. Para contribuir, basta entrar no site e doar qualquer quantia a partir de 20 reais. O valor arrecadado será enviado para a prefeitura de Mariana.
Ajuda aos animais 
Além das pessoas e da cidade atingida pelo desastre da última quinta-feira, os animais da região também precisam da colaboração coletiva para o tratamento de recuperação. Três ONGs da região de Mariana seguem atuando nos trabalhos de resgate: a AOPA – Associação Ouropretana de Proteção Animal e a ALPA – Associação Lafaitense de Proteção Animal, mobilizaram suas equipes para retirar os animais da lama que também passaram a ser recebidos pelo Ouro Preto Hostel Telhas de Minas (Praça Antonio Dias, 21 ao lado da Matriz Nossa Senhora da Conceição).
IDDA – Instituto de Defesa dos Direitos Animais de Ouro Preto também está trabalhando na recuperação dos animais atingidos pelo rompimento da barragem. Os ativistas ressaltam a importância das doações de ração para os animais recuperados.
Governador Valadares
Praça de Esportes (Rua Afonso Pena, 2550)
Ipatinga 
Igreja Presbiteriana do Cariru (Rua Síria, 425)
Faculdade de Medicina (Rua João Patrício Araújo, 179)
Caratinga
Genoma Sistema de Ensino (terça-feira: professor André Marques)
Teofilo Antoni
Genoma Sistema de Ensno (terça-feira: professor André Marques)
Mendes Pimentel 
Igreja Presbiteriana de Mendes Pimentel
Belo Horizonte
PUC Minas - Liberdade
- Beatriz (033) 98443-7397
Cria UFMG (Av. Antonio Carlos,6627, sala 14 (Labor) - FAFICH
Rio de Janeiro
Cruz Vermelha  (Praça Cruz Vermelha, 10/12 -  Centro)
Niterói 
Espaço Cultural Oceânico (Rua Leopoldo Muylaert, 76
Grupo Diversidade Niterói (Av. Visconde do Rio Branco,627
São Paulo 
Rua Capitão Francisco Lipi, 1236 - Zona Norte/ Celular: 95770-2820
Legião da Boa Vontade 
São Paulo: Avenida Rudge, 908, Bom Retiro.

domingo, 15 de novembro de 2015

Ao falar a jovens, Lula defende a política para mudar a realidade

na Rede Brasil Atual

Ex-presidente participa de debate realizado pelo mandato do deputado federal Vicentinho na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ao lado de líderes da juventude

lulacomjovens.jpg
Lula: "No meu tempo, levava 20 anos para conseguir uma informação que a juventude tem acesso em 20 minutos"

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou, na noite desta sexta-feira (13), de um debate com a juventude, realizado pelo mandato do deputado federal Vicentinho na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Ao lado do rapper GOG e de Thays Carvalho, do Levante Popular da Juventude, Lula falou sobre as mudanças que ocorreram no Brasil entre a sua geração e a atual, a necessidade de diálogo entre as gerações e a importância do jovem na política.
"Vivemos em uma era em que os filhos sabem mais que os pais. No meu tempo, levava 20 anos para conseguir uma informação que a juventude tem acesso em 20 minutos. Por isso, temos de ouvir os jovens sobre o futuro", afirmou Lula, ressaltando a velocidade de troca de informações por meio da internet.
O ex-presidente lembrou que, quando ele próprio tinha 14 anos, seu objetivo era tirar carteira profissional e trabalhar. Aos 18, já estava ficando tarde para encontrar uma noiva e constituir família. "Você, no primário, já estava pensando em emprego. Era a nossa independência. Conversem com seus pais, perguntem como eram as coisas e vejam o quanto evoluímos desde então", ponderou, reafirmando que hoje, especialmente após esforços do governo federal na expansão de universidades, há oportunidades diferentes.
Lula alertou, porém, para um outro lado da era da internet: a disseminação de boataria e pessimismo. "Há uma construção de negatividade da mídia que tem o objetivo de negar a política e fazer o jovem não gostar de política. Eles negam o Estado. E o jovem acaba achando que todos são iguais, que nada funciona, e vira rebelde por ser rebelde", analisou. Como exercício contra o discurso único na rede, Lula desafiou os jovens a, todos os dias, procurar debates construtivos e boas notícias para disseminar na internet.
"A gente tem de ter consciência para protestar, mas também para construir. Quando vocês não acreditarem em mais ninguém, ainda assim, ao invés de desistir da política, vão fazer política. Quem sabe vocês sejam exatamente o político que estão procurando?", provocou.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Seguimos a vida, manipulados cotidianamente

por José Gilbert Arruda Martins


A Globo é um instrumento perverso. 

Por que perverso? 

Por que, ao mesmo tempo que "acaricia" com suas novelas e programas ditos culturais e de entretenimento, oprime a sociedade, defendendo interesses escusos e discursos de ódio.

Foi assim na defesa do Golpe Militar que colocou abaixo a democracia brasileira em construção.

Foi assim com o apoio irrestrito à ditadura militar que se seguiu.

Assista ao vídeo:


É assim, no apoio a Movimentos Golpistas e de ódio atuais.

E, ninguém faz nada.

Seguimos a vida, manipulados cotidianamente e...

As organizações Globo fazem mal à democracia brasileira.

Fazem mal à sociedade brasileira.

Essa é uma parte daquilo que todo mundo (ou quase todo mundo) já sabe.

Mas por que, continuamos, ao ligar a TV, sintonizá-la na emissora dos Marinho?

Por que, além do comodismo, da preguiça intelectual que nos impede de buscar outras alternativas, as organizações Globo, ao longo desses 50 anos de existência, conseguiu, com a ajuda de dinheiro público, fazer grandes investimentos em tecnologia e diversidade de programação - de qualidade duvidosa - voltada para as classes C e D principalmente.

Não que essas classes sejam burras, mas a TV aberta, continua sendo a única alternativa de "divertimento" para essa parte importante da sociedade.

Nas periferias e comunidades das médias e grandes cidades, é sabido, os equipamentos de esporte, escola e cultura são escassos.

Por isso, talvez, esse tipo de programação, principalmente da TV aberta, ainda enchem os olhos de muitos.

O Brasil, entre muitas outras coisas, precisa baratear a TV fechada.

Regulamentar os meios de comunicação, tornando-os mais acessíveis e democráticos.

Apoiar as mídias alternativas.

Investir na difusão e na qualidade do sinal de internet.

...


no Viomundo




Exposição de Frida no instituto Tomie Ohtake peca por esconder comunismo da pintora

no Socialista Morena
fridacomunista
                            (Frida e a foice e o martelo pintados                            em seu colete ortopédico; esta foto                               NÃO integra a exposição em São Paulo
“Estou cada vez mais convencida de que o único caminho para chegar a ser um homem, isto é, um ser humano e não um animal, é ser comunista”
(Frida Kahlo)
Em termos estritamente artísticos, a exposição Frida Kahlo: Conexões entre Mulheres Surrealistas no México, em cartaz no instituto Tomie Ohtake em São Paulo, é irretocável. Alguns dos mais icônicos trabalhos da pintora mexicana estão lá, além de peças menos conhecidas, como as aquarelas. As mulheres surrealistas que a acompanham também estão representadas lindamente.
pensamentofrida
(Diego em Meu Pensamento , 1943. Foto: Gerardo Suter/divulgação)
O único senão para a mostra é a tentativa de apagar ou minimizar a militância comunista que permeou toda a vida de Frida, sobretudo com a escolha do vídeoThe Life and Times of Frida Kahlo pela curadora Teresa Arcq para contar a biografia da pintora mexicana.
O documentário, dirigido pela norte-americana Amy Stechler para a TV PBS com patrocínio da Elma Chips (!!!), dilui o comunismo de Frida, afirmando que ela “só foi comunista ferrenha” nos seus últimos anos e que “confundiu comunismo com comunidade”. Para referendar a opinião, a diretora convoca o escritor Carlos Fuentes, ex-esquerdista que se tornou liberal, que diz que Frida “não era comunista, era panteísta”, sem ninguém que lhe sirva de contraponto.
abracofrida
(O abraço do amor do Universo, a Terra, Diego e eu e o senhor Xólotl, 1949. Foto: divulgação)
Me parece um desrespeito à memória da pintora e à sua inteligência dizer que ela “confundiu comunismo com comunidade”, seja lá o que isso signifique. Ora, Frida Kahlo ingressou nas Juventudes Comunistas aos 17 anos e, aos 20, se filiou ao Partido Comunista Mexicano. Com Diego Rivera, deixou o Partido em 1929 em solidariedade ao marido, que havia sido expulso por divergências com os dirigentes locais. Em 1937, o casal receberia Natalia e Leon Trotsky em seu exílio mexicano. Em 1948, Frida volta a ser aceita pelo PC mexicano, seis anos antes de Diego. Em seu colete ortopédico, trazia pintado o símbolo da foice e do martelo no meio do peito, próximo ao coração.
Dias antes de morrer, já em estado grave, Frida insistiu em participar de uma manifestação contra o golpe de Estado organizado pela CIA que derrubou Jacobo Arbenz na Guatemala, acusado de comunismo por defender a realização da reforma agrária no país. Em seu funeral, o caixão de Frida Kahlo foi coberto pela bandeira comunista, causando a demissão do diretor do Palácio de Belas Artes por ter permitido que fosse desfraldada ali.
Muitos especialistas e fãs de Frida Kahlo vêm denunciando a transformação da artista por seus herdeiros em objeto de consumo, a metamorfose de uma comunista em um produto capitalista, a exploração de sua imagem para vender jóias, roupas, bonecas, tequila, tênis, cosméticos, aplicativos e jogos para celular e até – blasfêmia das blasfêmias –um cartão de banco com o rosto e a assinatura dela estampados.
fridacartao
Tudo pelas mãos da sobrinha da pintora, Isolda Kahlo (1929-2007), que fundou aFrida Kahlo Corporation (oh, tragédia) com sede em Miami (onde mais?). Hoje obusiness Kahlo é controlado por Mara Romeo-Kahlo, sobrinha-neta de Frida, e um investidor venezuelano, Carlos Dorado, que detêm a maioria das ações. Entre os planos da empresa estão a construção de hotéis e spas com o nome da pintora, além de uma cerveja e um restaurante. “Se Frida visse o que estão fazendo com o nome dela, suas cinzas estariam se revolvendo na urna”, disse a historiadora de arte Teresa del Conde na época do lançamento da tequila. A crítica de arte Raquel Tibol ficou indignada. “É uma vergonha, uma total falta de respeito.”
carrington
(Três Mulheres com Corvos, Leonora Carrington, 1951. Foto: divulgação)
Obviamente que o interesse em diminuir ou esconder que Frida era comunista é uma prioridade para os que manejam o negócio milionário da Fridamania. Esta omissão não poupa as pintoras surrealistas cujas obras integram a exposição no Tomie Ohtake. Algumas delas foram para o México justamente para fugir ao regime fascista de Franco na Espanha, como aconteceu, por exemplo, com Remedios Varo. A fotógrafa Kati Horna era anarquista; Leonora Carrington era feminista militante; Lucienne Bloch foi sindicalista e ativista dos direitos trabalhistas.

remedios
(A Carruagem, Remedios Varo, 1955. Foto: divulgação)
O título da exposição fala em “conexões”, mas os estudantes que se acotovelam diante das obras de Frida Kahlo fazendo selfies vão sair de lá desconhecendo por completo algo que unia profundamente estas mulheres: eram mulheres de esquerda, engajadas politicamente. De fato, orna melhor com o mercantilismo com que os herdeiros tratam o legado de Frida deixá-los pensar que sua militância nunca existiu.
O QUÊ: exposição Frida Kahlo: Conexões entre Mulheres Surrealistas no México
ONDE: Instituto Tomie Ohtake (rua Coropés, 88 – Pinheiros)
QUANDO: até 10/01/2016. De terça a domingo, das 10h às 19h. Ingressos a R$10 e R$5 (meia)

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

É possível recuperar o poluído e quase morto Rio Grajaú?

por José Gilbert Arruda Martins

"Atualmente, os 500 maiores rios do planeta enfrentam problemas com a poluição, segundo dados da Comissão Mundial de Águas. Contudo, diversas cidades conseguiram transformar seus rios mortos em belos retratos de cartão-postal, como Paris e Londres, integrando-os à sua vida econômica e social."

Rio Grajaú, na época da cheia

Exemplos que podem inspirar as autoridades brasileiras e maranhenses, para que alcancemos os mesmos resultados.

Na década de 1980, criamos um projeto denominado "Verde", que arregimentou dezenas de pessoas, entre elas muitos estudantes. O projeto incluía palestras e conversas nas escolas com os jovens e professores, divulgação na rádio da cidade, conscientização dos moradores através de encontros mensais nas igrejas e escolas e, retirada do lixo e entulho do Rio Grajaú com a exposição do lixo em diversos pontos da cidade.

Na época, fazíamos essa campanha apenas durante as férias, não tinha um projeto de continuidade, isso inviabilizava em grande parte o sucesso da empreitada.

Mas, dentro de limitações de toda ordem, fizemos nossa parte.

Recuperar o Rio Grajaú é tarefa hercúlea, tanto no projeto em si, quanto nos valores financeiros que devem ser empregados, portanto, dificilmente, será despoluído e salvo, o rio que tanta vida forneceu a grande parte do povo do Maranhão.

O que, poderia ser feito de concreto hoje, seria um trabalho de conscientização da população, trabalhando a partir das escolas e Universidades, e, de forma paliativa, obras que pudessem evitar que os dejetos de esgotos continuassem a ser jogados no leito do rio. Para, mais tarde, quando for possível, implantar um grande projeto de recuperação e preservação.

Com autoridades que não enxergam a importância real do rio e com uma comunidade ignorante em relação às questões básicas de preservação, fica muito complicado, isso não acontece apenas em Grajaú, infelizmente, é um problema mundial.

"O crescimento desordenado das cidades, somado ao descaso do poder público e à falta de consciência da população, fazem com que boa parte dos rios urbanos do Brasil mais pareçam a extensão das lixeiras. A falta de tratamento de esgoto e o descarte de poluentes industriais são os grandes vilões para esse quadro."

São Paulo, uma das maiores e mais importantes metrópoles do mundo, destruiu o Rio Tietê e não consegue recuperá-lo.

Paris, recuperou o Rio Reno que atravessa a "cidade luz", para que desse certo o projeto, envolveu praticamente todos e todas franceses, num trabalho de conscientização jamais feito no país, além claro, do investimento de milhares de euros.

Vejam alguns rios importantes pelo mundo, que foram despoluídos e entregues à população, extraído do portal Outras Palavras: 

sena-ecod.jpg
Sena pode estar 100% despoluído em 2015 (Foto: Danielle Meira dos Reis)

1. Rio Sena, Paris (França)
"O Sena, em Paris, foi degradado por conta da poluição industrial, situação comum a outros rios europeus. Neste caso, porém houve um agravante: o recebimento de esgoto doméstico.
Por conta de seu estado lastimável, desde a década de 1920 o Sena é alvo de preocupações ambientais. Mas foi apenas em 1960 que os franceses passaram a investir na revitalização do local construindo estações de tratamento de esgoto. Hoje já existem 30 espécies de peixes no rio, mas o processo para que isso acontecesse foi lento.
No começo, havia apenas 11 estações em funcionamento. Em 2008 já eram duas mil, mas a meta é que em 2015 o rio já esteja 100% despoluído. Como parte do processo de tratamento de esgoto, o governo criou leis que multam fábricas e empresas que despejarem substâncias nas águas. Além disso, há um incentivo entre 100 e 150 euros por hectare para que agricultores que vivem às margens do rio não o poluam."
tamisa-ecod.jpg
Tâmisa era conhecido antes como o “Grande fedor” (Foto: Wikimedia Commons)
2. Rio Tâmisa, Londres (Reino Unido)
"O Tâmisa tem quase 350 km de extensão e um longo histórico de poluição. As águas deixaram de ser consideradas potáveis ainda em 1610, por conta da falta de saneamento básico da Inglaterra. Ocorriam até mesmo mortes por cólera. Em 1858, no entanto, reuniões parlamentares precisaram ser suspensas por conta do mau cheiro das águas, o que levou os governantes a resgatar a vida do rio apelidado como “Grande fedor”.
Na época foi colocado em prática uma alternativa sem êxito, já que o sistema que coletava o esgoto despejava os dejetos recolhidos no rio a certa distância abaixo da cidade. Apenas entre 1964 e 1984 novas ações de revitalização surtiram efeito. Foram criadas duas estações de tratamento de esgoto com investimentos de 200 milhões de libras. Quinze anos depois, um incinerador passou a dar destino aos sedimentos vindos do tratamento das águas, gerando energia para as duas estações. Fora isso, hoje dois barcos percorrem o Tâmisa de segunda a sexta e retiram 30 toneladas de lixo por dia."
rio-coreiasul-ecod.jpg
Os 5,8 km do rio que corta metrópole foram revitalizados em apenas quatro anos (Foto: longzijun)

4. Rio Cheonggyecheon, Seul (Coreia do Sul)
"Pode parecer mentira, mas os 5,8 km do rio que corta a grande metrópole de Seul foram totalmente revitalizados em apenas quatro anos. Hoje ele conta com cascatas, fontes, peixes e é ponto de encontro de crianças e jovens.

Seu renascimento começou em julho de 2003, quando o governo da cidade implodiu um enorme viaduto (com cerca de 620 mil toneladas de concreto) que ficava sobre o rio e começou, em paralelo, um grande projeto de nova política de transporte público e construiu diversos parques lineares, ampliando a quantidade de áreas verdes nas ruas para uma cidade sustentável. Todo o processo teve um investimento de 370 milhões de dólares.
Com as melhorias ambientais, a temperatura em Seul diminuiu 3,6°C, além de haver melhorias econômicas para a cidade. O rio sul-coreano era responsável pela drenagem das águas da metrópole com mais de 10 milhões de habitantes quando seu leito se tornou poluído. Hoje, as águas que correm por lá são bombeadas do Rio Han, outro que passou pelo processo de despoluição."
E o Rio Grajaú?

O que fazer?

Você já pensou nisso?

Com informações de:

http://outraspalavras.net/outrasmidias/destaque-outras-midias/oito-cidades-mostram-que-e-possivel-despoluir-rios-urbanos/