quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Jovens parados pela polícia sem justa causa têm direito de resistir

no GGN

Do Justificando
Brenno Tardelli
Pessoas que sofrem injusta atuação por parte do Estado têm o direito de resistir e, assim fazendo, não praticam crime de desacato ou desobediência. É o que afirmam diversos especialistas consultados pelo Justificando, que procurou saber os direitos dos jovens parados, apreendidos e agredidos no Estado do Rio de Janeiro.
Isso porque adolescentes pobres cariocas têm sido alvo de vigilância e agressão por parte da polícia militar e de jovens moradores de Copacabana. A ação, que quase culminou em um linchamento no último final de semana, começou com a decisão da Secretaria de Segurança Pública do Estado de barrar e apreender jovens que se deslocavam de favelas até os cartões postais da cidade. Quando a Defensoria Pública ingressou com ação e o Judiciário proibiu que prisões sem motivação continuassem, entraram em cena jovens vigilantes para depredaram um ônibus e quase alcançarem os alvos da punição.
A justificativa por parte do Estado para apreender - expressão usada para designar prisão de crianças e adolescentes - é a de reduzir o número de crimes contra o patrimônio nas praias cariocas. Por isso, jovens que estavam no ônibus e "sem dinheiro para voltar" eram consequentemente retirados do transporte e levados para as delegacias. O caso espantou ativistas pelos direitos humanos, uma vez que pessoas estavam sendo presas sem motivo legal, com base em suposições e classe social desfavorecida.

Policiais podem parar quem bem entenderem?

Jovens que estão no ônibus podem ser abordados por policiais, ainda que não apresentam nenhuma justa causa para isso? No Brasil reina a cultura de que a polícia pode parar quem ela quiser, afinal, quem não deve, não teme. Para o Advogado Criminalista Marcelo Feller, essa cultura da Polícia achar que pode parar quem quer precisa mudar.
A polícia pode parar quem ela quiser. A gente deveria mudar esse entendimento. Os EUA, por exemplo, é um país que o policial só pode parar e revistar alguém se tiver uma justa causa para isso. O policial aqui nunca será punido e responsabilizado por essa atitude. E se a pessoa negar a revista, ainda pode ser conduzida e presa em flagrante por desacatar uma ordem policial. E no Tribunal de Justiça (TJ) de SP, certamente um dos tribunais mais conservadores do Brasil, a pessoa seria condenada por isso.
Para o Juiz do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) João Batista Damasceno, a cultura autoritária esconde a realidade de que uma pessoa somente pode ser abordada e revistada ser houve suspeita fundamentada e não basta a mera suspeita decorrente de preconceito de raça, de classe social ou de local de moradia. Segundo ele, essa naturalização dos abusos perpretados pela polícia é tão forte que, embora os policiais tenham cometido abuso de autoridade, nada acontecerá com eles. Para Damasceno, tanto o Secretário de Segurança, quanto o Governador poderiam ser diretamente responsabilizados pela conivência com o abuso no caso.
Se houvesse regular funcionamento das instituições do Estado, a esta altura tais policiais já estariam sendo processados. Mas, não apenas eles, pois toda a cadeia de comando tem responsabilidade penal pelas ocorrências. Não existe momento mais adequado que este para a aplicação da Teoria do Domínio do Fato e o próprio Governador Pezão poderia ser incriminado. Ele tem o poder de determinar que a Constituição seja cumprida, mas se mantém conivente enquanto o Secretário Beltrame incentiva tais práticas policiais e chega a ameaçar descumprir ordem judicial. A conduta do governador Pezão é de aprovação à violação da Constituição da República e ele tem o domínio absoluto do fato, pois é o chefe do Executivo estadual.

Jovens têm o direito de resistir à abordagem sem justa causa?

Para o Presidente do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais - IBCCRIM - e Advogado Criminalista, André Kehdi, todas as pessoas, jovens ou adultas, têm o direito natural de se defenderem da prática de crimes. Para ele, o caso dos jovens no Rio de Janeiro está previsto como crime no Estatuto da Criança e do Adolescente.
A atuação policial nesses moldes - em que se escolhe quem vai ser "pego" - o termo é esse mesmo, pois a legislação não prevê o que foi feito - pela cor da pele, pelo bairro de residência ou pela condição social é crime. No caso de serem adolescentes, como ocorreu no Rio, é aquele previsto no art. 230, do ECA: "Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária competente".
No mesmo sentido, para o Professor da Universidade Federal Fluminense (UFF), João Paulo Martinelli, o direito de resistir dos jovens nasce da prisão ilegal. De outra forma, ainda que estivessem em situação flagrante, a resistência ainda é vista como um desdobramento do fato - "Se o sujeito não está em flagrante de delito, não há resistência, porque a pessoa tem direito de resistir porque é uma prisão ilegal. E mesmo quando está em flagrante, e tenta fugir, eu vejo como um desdobramento de quem está em flagrante", afirma.
Tecnicamente os jovens que desobedecerem comandos policiais nesta situação sequer cometem crime, uma vez que a ordem precisa ter fundamento legal, além do dolo (intenção) específico para o crime. "A desobediência só vale em casos em que se parte de uma ordem legal. Se a ordem é ilegal, não há crime de desobediência. E mais: precisa de um dolo específico e ter a intenção de descumprir aquela ordem. Se eu não concordo com a atuação, e portanto não me submeto a ela, jamais poderia ser considerado como um crime de desobediência", diz Feller.
A desobediência à ordem ilegal já evoluiu para o que a doutrina chama de "direito de resistência", isto é, o direito que o particular tem de resistir ao arbítrio do Estado. Alguns casos mundiais de resistência se tornaram símbolo na luta por direitos civis, como nos EUA, quandoRosa Parks, negra, se recusou formalmente a dar seu lugar no ônibus a um branco, dando início a uma revolta na cidade que seria o grande estopim para a pauta antissegracionista. 
Para o Defensor Público e Colunista no Justificando, Eduardo Newton, o direito de resistência, talvez, seja a única forma de o adolescente gritar para a sociedade de que, quer seja ele oriundo da Maré, quer seja vindo do Leblon, ele deve ser respeitado. "Mais do que nunca, eu te diria resistir é preciso", afirma.

Como, então, resistir ao arbítrio?

Falar em Direito de Resistência na teoria é uma coisa. Na prática, é uma realidade muito diferente: ninguém que conheça o nível de letalidade da nossa polícia pode dizer que é possível - especialmente aos jovens negros e pobres - resistir a uma abordagem policial, por mais ilegal que seja, sem correr risco, afirma Kehdi. 
Por isso, segundo Damasceno, para exercer o direito de resistência, paciência é fundamental ante a possível provocação verbal e física dos policiais; além disso, a inteligência para coletar dados para denunciar posteriormente o abuso é necessária. "Não adianta tentar questionar o porquê da abordagem ou dos abusos, pois quem o comete não vai justificar o que fez. Há poucos modos de opor resistência á força policial quando as instituições estão mancomunadas. A documentação, a mais farta possível e de preferência por meio de filmagem, é o melhor meio para se buscar a responsabilidade posteriormente", diz.
Além disso, Damasceno explica que é a Defensoria Pública do Rio de Janeiro é um canal útil no momento da delegacia, por ter atuação neste tipo de caso. O Justificando apurou a existência de outros grupos de advogados ativistas no Estado, como o DDH - Defensores dos Direitos Humanos. 
"O melhor é manter a calma, não aceitar provocações dos agentes do Estado que estejam cometendo a arbitrariedade, filmar ou documentar a ocorrência e posteriormente buscar a responsabilização dos policiais, dos seus comandantes, do Secretário do Estado que autoriza a truculência e até do Governador", completou Damasceno, em entrevista.

A Bienal é dos jovens, diz organizador

na Agência Jovem de Notícias
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De Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil  |  Edição:Beto Coura Fonte: Agência Brasil  | Imagem: Marcelo Camargo - Agência Brasil
Os jovens são os responsáveis por um recorde da Bienal do Livro no Rio. Os visitantes entre 15 e 29 anos somaram 56% do público, ante 51% da edição anterior, em 2013. Para os organizadores da feira, o mercado editorial direcionado a este segmento mostra força com variedade de livros e presença de autores em contato direto com os leitores. A diretora da Bienal, Tatiana Zaccaro, considera que essa é uma garantia de manutenção do leitor no futuro. “Espero que sim”, disse.
Na avaliação do historiador João Alegria, curador do espaço infantil Bamboleio e do CuboVoxes, atividade destinada à integração dos jovens na feira, os estandes das editoras se transformaram em lugar de encontro e de troca de informações deste público. “A Bienal é dos jovens”, afirmou.
No último dia da Bienal de 2015, a feira mostrou que é possível associar futebol com livros. Um grupo de jogadores da categoria de base do Flamengo, alguns com até 14 anos, foi levado pelo pedagogo José Nogueira, que trabalha com os atletas no Centro de Treinamento.
Ele contou que o clube tem uma estrutura diferente e o acompanhamento dos jovens não se restringe ao futebol, mas se estende ao desenvolvimento intelectual, até a chegada deles à categoria profissional. “Muitos nem sabiam qual é o conceito de uma bienal e nem sonhavam em ver uma nas cidades deles”, contou, acrescentando que a maioria dos atletas saiu de outras regiões, entre elas do Nordeste e do Centro-Oeste.
O lateral esquerdo Jean Cristian de Oliveira Ferraz, que nasceu em Barra do Garças, no Mato Grosso, gostou do que viu pela primeira vez. Ele tem o hábito de ler e disse que prefere o livro ao videogame, nas concentrações antes dos jogos. “A gente aprende coisas novas. Os livros têm muita coisa interessante que a gente pode levar para a nossa vida”, disse destacando que prefere os romances.
O zagueiro da categoria sub-17 Michael Simplício de Souza mora há oito meses no Centro de Treinamento e, por causa do estado onde nasceu, é chamado de Ceará. Ele contou que adorou a Bienal e que tem costume de ler, hábito reforçado pela exigência do clube. “Se não tiver estudo, não fica. O Flamengo é isso”, revelou.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

2a. Edição da Feira de Livros, Arte e Cultura do Setor Leste 2015

por José Gilbert Arruda Martins

Ano passado, 2014, eu, a professora de arte Rosana, Professor de Filosofia Alexandre, resolvemos criar um projeto que envolvesse os educadores e todo o corpo discente do CEM Setor Leste, era o início de uma ideia que realmente deu certo.
Espaço Cultural do Cem Setor Leste, dia 22/09

Cada estudante, para participar, escolhia um livro ou revista de sua predileção e, emprestava, doava ou apenas, expunha nos dois dias do evento.

Choveu livros e revistas. Foram milhares de exemplares para todos os gostos.

As "bancas" de exposição, que na verdade eram mesas comuns do refeitório no Espaço Cultural da escola, ficaram abarrotadas de livros e revistas.

Tanto professores (as) e estudantes, quase 100% da escola na parte da tarde, firmaram compromisso e participaram da 1a. Feira de Livro e Arte da escola, foi um sucesso de envolvimento e dedicação de todos e todas.

Este ano, professora Rosana e sua equipe, professora Jesuíta, professora Wilka...resolveram por conta e risco, repetir a Feira, hoje estive lá e, pela quantidade de estudantes envolvidos, me pareceu que o sucesso se repetiu.

Por que alunos e alunas amam esse tipo de atividade educativa e cultural?

Por que gostam e se envolvem tanto?

Será que é apenas para fugir das nossas aulas massantes?

Ou será por que adoram curtir um livro, uma boa leitura, uma boa arte?

Parabéns às professoras pelo evento.

Parabéns aos estudantes pelo envolvimento e participação.

Professora Rosana, Professora Jesuíta, professor Gilbert e estudantes que fizeram apresentação do dia.


No Brasil, crianças se afogam num mar de fuzis e ponto 40

no NegroBelchior
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Imagem emprestada da página de Facebook do Movimento Mães de Maio, uma importante rede nacional que articula Mães e familiares de vitimas do Estado, sobretudo das polícias. E como é triste a certeza de que esse movimento a cada dia cresce e se torna indispensável para a denúncia e a luta contra o genocídio negro e periférico que sofremos no Brasil. Cresce na dor e no luto, mas também no amor e na luta!

Há uma morte branca que tem como causa as doenças, as quais, embora de diferentes tipos, não são mais que doenças, essas coisas que se opõem à saúde até um dia sobrepujá-la num fim inexorável: a morte que encerra a vida. A morte branca é uma “morte morrida”. Há uma morte negra que não tem causa em doenças; decorre de infortúnio. É uma morte insensata, que bule com as coisas da vida, como a gravidez e o parto. É uma morte insana, que aliena a existência em transtornos mentais. É uma morte de vítima, em agressões de doenças infecciosas ou de violência de causas externas. É uma morte que não é morte, é mal definida. A morte negra não é um fim de vida, é uma vida desfeita, é uma Átropos ensandecida que corta o fio da vida sem que Cloto o teça ou que Láquesis o meça. A morte negra é uma morte desgraçada. (Batista; Escuder; Pereira, 2004, p.635)

Por Douglas Belchior


Em abril de 2015, como resposta ao assassinato de Eduardo de Jesus Ferreira, 10 anos de idade, atingido por com um tiro de fuzil a queima roupa dentro de casa, no Complexo do Alemão, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB) se comprometeu: “Vamos entrar mais forte, fazer uma reocupação com mais policiais”. O resultado da manutenção da política atual de ocupação surgiu na terça-feira 8: mais uma criança foi assassinada pela Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Desta vez foi Cristian Soares da Silva, de 12 anos. Nasceu negro, favelado de Manguinhos, empobrecido pelo sistema econômico e estigmatizado pelo racismo estrutural. Resultado: O Estado, a polícia e a bala do fuzil o encontraram. Não fosse ele, seria outro. Não fosse agora, seria mais tarde. Fato é que, de tão naturalizado e “pré visto”, dificilmente este assunto será tema de comoção nacional.

Cristian jogava bola com os colegas, pouco antes. Ao ajudar uma senhora caída no chão, foi atingido pela famosa bala perdida que, acidental e coincidentemente, se encontrou no alvo de sempre. Cristian teria sido vítima de uma troca de tiros ocorrida durante uma operação policial, que buscava por quatro suspeitos de assassinar um PM, dias antes.

Podem questionar: “Mas não há provas de que foi a polícia!” O contexto em que a polícia atua mostra que a discussão é mais profunda do que isso. Ocupação territorial violenta; uso desproporcional da força; ação direcionada à vingança; despreparo; práticas próprias de atuação em periferias e favelas, bem diferente de como agem na nobre zona sul carioca. Um Estado que mata deixa morrer. Responsável em qualquer uma das hipóteses!

Em 2014, 15,6% dos 56 mil homicídios no Brasil foram cometidos pela polícia. No Rio, entre 2010 e 2013, 99,5% dos assassinados eram homens; 79% dos mortos eram negros e 3 entre 4 tinham entre 15 e 29 anos, segundo a Anistia Internacional. A polícia do Brasil é que mais mata no mundo.

Nos últimos dez anos, mais de 50 crianças foram mortas por policiais no Rio de Janeiro, o que equivale 60% de todos os casos no País. No Brasil, 82 crianças e adolescentes de até 14 anos foram mortas por policiais; destas, 73% eram negras.

Há pouco, vivemos uma justa comoção mundial, ante a imagem incomum, violenta e triste do corpo sem vida do menino sírio Aylan Kurdi. Todas as mortes são doídas, há sempre uma mãe, um familiar que chora.

No Brasil, crianças e adolescentes negros e pobres afogam-se num mar ardente de tiros de fuzil e ponto 40. Um naufrágio interminável que já dura 515 anos de genocídio negro-indígena-periférico. Pouco para a sensibilidade racista de nossas elites, nossa imprensa e nossos governantes.

Uma pergunta cristã, guardadas as raríssimas exceções: Comandantes de polícias, secretários de Segurança Pública, deputados, senadores, governadores, presidenta, como dormem? Como conseguem conviver com a culpa de tantas mortes?

Culpa, sim. Já que o Estado, genocida e opressor por sua própria natureza, não funciona sozinho. É dirigido e retroalimentado.

Seria a certeza do perdão ou da impunidade? Seria a confiança na apatia das massas? Ou seria sua histórica convicção racista?

Acreditem, há de chegar o dia. Brasil vai virar Palmares e nossos Cristians serão lembrados.

Sempre!



Abandonadas, crianças imigrantes são exploradas na Europa

no GGG

Jornal GGN - Crianças imigrantes abandonadas na Europa sofrem com exploração e maus-tratos, algumas delas entrando para o tráfico de drogas e outras se prostituindo. Na Itália, com o número crescente de imigrantes, as autoridades permitiram a abertura de abrigos privados para crianças, mas sem controle sobre suas atividades. Na Sicília, um desses locais tinha condições precárias de saneamento básico, cabos elétricos expostos e descaso com relação às crianças. Existem relatos também sobre maus-tratos em centros públicos e vínculos das crianças com a máfia italiana.
O número de crianças que buscam refúgio ou asilo na Europa cresceu 74%. Segundo a Unicef, nos primeiros seis meses de 2015, cerca de 106 mil crianças solicitaram asilo ou refúgio. Algumas delas chegam ao continente sozinhas, órfãos de guerra ou porque perderam sua família no caminho para a Europa.
Da BBC Brasil
Katya Adler
A sensação de "estar sozinho no mundo" é difícil para qualquer ser humano. Mas para uma criança, em um mundo ideal, essa situação deveria ser inimaginável.
Enquanto os líderes europeus discutem medidas para conter o enorme fluxo de refugiados e outros imigrantes para a Europa – e não parece haver solução imediata para o problema -, os mais vulneráveis são os que mais sofrem com a situação.
O número de crianças que buscam asilo ou refúgio na Europa aumentou 74%. De acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), durante os primeiros seis meses de 2015, cerca de 106 mil crianças solicitaram asilo ou refúgio na Europa.
Os mais novos, com menos de 10 anos, geralmente embarcam na jornada para a Europa junto com outro membro da família, mas a porcentagem de crianças desacompanhadas que têm chegado ao Velho Continente tem aumentado drasticamente.
Algumas são órfãs de guerra. Outras perderam a família na "odisseia" que enfrentaram para chegar à Europa.
Muitas outras foram "escolhidas" por suas famílias para tentar uma vida melhor no continente europeu, com a esperança de poderem enviar dinheiro ou mesmo abrirem as portas para um futuro mais promissor para todos.
Mas infelizmente a Europa não está suficientemente preparada para receber tantas crianças.
Agora, elas chegam à Grécia – a Hungria também se inseriu nessa rota -, mas, há dois anos, era a Itália o principal destino de imigrantes levados por traficantes de pessoas.
Muitos dos menores vinham de Síria, Eritreia e Afeganistão, e viveram toda espécie de horrores no trajeto para a Europa.
Alguns deles sofreram ataques e abusos durante a travessia, mas sempre mantinham esperanças de que quando chegassem lá, sua sorte mudaria.
Mas em muitos casos, não foi o que aconteceu.
Com as autoridades italianas sem saber como lidar com a grande quantidade de imigrantes desembarcando em sua costa, os criminosos se aproveitaram da situação.

Sem refúgio seguro

A consequência disso foi que muitas crianças acabaram sendo exploradas desde o primeiro momento que chegaram na Europa.
Crianças significam "oportunidades de negócios" no sul da Itália, e alguns centros de acolhida chegam a receber a até 75 euros diários por cada criança que abrigam – e 35 euros por cada adulto.
Sobrecarregadas com volume de imigrantes chegando, as autoridades italianas permitiram a abertura de abrigos privados para crianças, mas sem nenhum controle sobre suas atividades.
A reportagem da BBC visitou um centro desses na cidade de Giarre, na Sicília, e se deparou com condições precárias de saneamento básico, cabos elétricos expostos e descaso com relação às crianças que estavam ali.
Com resultado dessa investigação e depois de outra denúncia oficial feita por parlamentares italianos, o centro foi fechado há alguns dias.
No entanto, o problema não se resume aos centros privados. Há relatos também sobre maus-tratos a crianças em centros públicos, e sobre vínculos destes com a máfia italiana.
Fabio Sorgoni, que trabalha para a ONG italiana On the Road, disse à BBC que "o tempo é muito curto para que os italianos consigam proporcionar um refúgio seguro às crianças que chegam ali".
"A lei permite que os menores saiam dos centros de acolhida durante o dia e, assim, eles ficam mais suscetíveis ao crime organizado, que acaba explorando essas crianças", explicou.

Abandonadas

Pouquíssimos centros de acolhida italianos contam com tradutores suficientes para se comunicar com as crianças em seu idioma.
Além disso, não há profissionais capacitados para reconhecer vítimas de exploração sexual nesses lugares.
Inseguras e desprotegidas, milhares de crianças acabam fugindo dos centros de acolhida na Itália e perdendo-se nas ruas.
Sem ninguém disposto a tomar conta delas, essas crianças são abandonadas à sua própria sorte - e farão de tudo para tentar sobreviver.
A estação Termini de Roma – a principal estação ferroviária da cidade – se tornou um dos principais destinos das crianças abandonadas do Oriente Médio, quando elas não têm nenhum lugar para ir.
Alguns deles têm apenas 11 anos. São jovens vulneráveis, expostos à maldade alheia. A BBC acompanhou alguns deles durante alguns meses.
Uns foram presos, outros saíram dali em direção a outros países do norte da Europa. Mas suas histórias têm coincidências tristes.

Drogas e prostituição

Khaled, de 14 anos, nos contou que começou a vender drogas para comprar comida. "Fiz isso para evitar o que eu sabia que outras crianças estavam fazendo: mantendo relações sexuais com homens italianos".
"Eu vi isso com meus próprios olhos. Meninos egípcios, tunisianos, marroquinos, que cobram 50 euros ou até 30 euros por sexo com homens."
Na estação de trem, Khaled mostrou à reportagem da BBC como funciona esse negócio.
Ele foi a um café local – muito conhecido por homens que buscam esse tipo de serviço - e conversou com um homem de meia idade que estava ali.
A maioria dos jovens que conhecemos na estação eram muçulmanos e vinham de famílias conservadoras. Nenhum deles admitiu que se prostituía.
Um ficava apontando para o outro, mas Lassad, um voluntário ítalo-tunisiano que passa vários dias da semana na estação tentando tirar os meninos da vida criminal, disse à BBC que a maioria deles roubam, vendem drogas para gangues e, eventualmente, também se prostituem.
"O que esperam?", questionou. "De que outra maneira eles poderiam pagar suas dívidas com os traficantes de pessoas? Como vão conseguir se alimentar? Alguns deles sequer têm onde dormir. As pessoas sabem que esses meninos estão desesperados e se aproveitam deles. É um mercado."
O jovem Hamid chegou a ser preso por vender drogas. Ele diz que liga para sua mãe toda semana e mente sobre sua situação. Dormindo em ônibus à noite e passando dificuldades, o garoto nos mostra a fonte onde costuma tomar banho.
"Viemos aqui pensando que iríamos para a escola, que teríamos um lugar seguro para dormir e que encontraríamos trabalho", relata Hamid. "Mas não é assim. Nós trabalhamos por uma miséria nos mercados, outros que vieram vendem drogas e outros vendem a si mesmos."
"Se soubéssemos disso antes, jamais teríamos vindo aqui."
Para muitas dessas crianças, a rota de fuga para a Europa acaba se tornando um caminho para o inferno.
A maioria das crianças que chegam sozinhas ao continente europeu são meninos, mas viajando de Roma a Abruzzo, no centro da Itália, descobrirmos a situação desesperadora de meninas nigerianas no país.

Escravidão por dívida

O problema do tráfico sexual de mulheres nigerianas é um problema que existe há muito tempo na Europa, mas com a chegada de mais imigrantes pelo Mediterrâneo, a prostituição de meninas do país têm aumentado bastante – incluindo adolescentes.
As meninas deixam suas casas com a ideia de trabalhar na Europa como cabeleireiras ou cuidadoras.
Uma vez que terminam a árdua jornada até a Líbia, são mantidas em cativeiro por traficantes, que abusam sexualmente delas, antes de enviá-las em lanchas com destino à Itália.
Quando chegam, eles obrigam as meninas a se prostituírem, dizendo que elas lhes devem entre 50 mil e 60 mil euros (R$ 223 mil a R$ 267 mil) somente pelo pagamento do trajeto até a Europa. Assim, essas jovens mulheres – algumas de até 13 anos - viram "escravas" para pagar suas dívidas.
O valor pago por sexo em Abruzzo é de 15 euros (o equivalente a R$ 67), o que faz com que essas meninas precisem de anos para juntar o dinheiro suficiente para pagar a dívida.
As meninas com quem conversamos conseguiram escapar – e agora estão sob tutela estatal. Elas contaram que os traficantes as ameaçavam caso demorassem muito para pagar o que deviam.
Durante a noite, vimos meninas muito jovens nas ruas – uma delas, Annie, estava se prostituindo ao lado de uma lata de lixo. Ela nos contou que tinha acabado de chegar à Itália em um barco e parecia bem nervosa.
Essas meninas muitas vezes oferecem sexo apenas em troca de um prato de comida.
A legislação europeia e a legislação internacional defendem a proteção de menores. Mas enquanto os líderes europeus não definirem como lidar com os refugiados e imigrantes que chegam, milhares de crianças ou adolescentes estão sendo abandonadas em condições precárias dentro de suas próprias fronteiras.

terça-feira, 22 de setembro de 2015

A Escola Pública de Brasília Vai Parar

por José Gilbert Arruda Martins

Quando escrevo sobre educação, principalmente a Educação Pública, tenho insistido que, no Brasil, o discurso fácil de pessoas, políticos, governos e instituições saem de suas bocas com o intuito de ganhar eleição, não construir cidadãos.

Os(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais, juntamente com os demais servidores do GDF, estarão em greve no dia 24 de setembro. A greve será de 24 horas, em sinal de alerta para que o governo...

O Governo Federal, criou e difundiu, recentemente, o mote "Pátria Educadora", partidos e parlamentares mais progressistas, defenderam recursos do pré-sal para a educação. Logo depois, o ajuste fiscal, que deveria cair, pelo menos uma vez na vida, nas costas dos ricos, caiu como uma bomba, novamente nas costas dos trabalhadores (as).

A educação pública, foi uma das primeiras vítimas a sofrer cortes.

Vejam como é fácil falar sobre educação.

Difícil, é investir nela.

Apesar de todos os avanços dos últimos 12 anos, a educação pública brasileira ainda é muito atrasada se comparada com outros países.

E, com os cortes, outras barreiras serão postas à educação pública brasileira.

Aqui em Brasília, o "novo" governo, resolveu copiar, e iniciou cortes e ameaças aos servidores, e, um dos setores mais atingidos é exatamente a educação.

O governador Rodrigo Rolemberg (PSB), quando era candidato, fez promessas que não consegue cumprir.

Uma delas era apoiar e melhorar, tanto quantitativamente, como qualitativamente a educação pública do Distrito Federal, não conseguiu, ao contrário, nunca, nos últimos anos, temos visto tantas ameaças e tantos cortes de verbas, órgãos, pessoal etc.

Por isso, a Educação Pública do DF vai parar nesta próxima quinta feira, 10 horas da manhã na Praça do Buriti.

Quem defende a Educação Pública do Brasil e do DF, terá sua melhor aula de cidadania do ano, na Praça.

Universidade pública: Não somos elitistas

na Caros Amigos

Não somos elitistas. Somos o reflexo de uma sociedade em construção
Por Soraya Smaili

A experiência de escrever, na condição de reitora, trouxe à tona a reflexão sobre os principais temas relacionados à educação e que poderiam ser de interesse dos leitores, em particular no que diz respeito à educação pública e o papel das universidades em nosso país.
"Não é possível prever a que tipo de modificação estamos envolvidos, mas já é possível dizer que as universidades e institutos nunca mais serão os mesmos.

Uma das maiores argumentações de articulistas do passado era de que a universidade pública seria elitista. Esse é um argumento fora do contexto atual"
Em um ano em que o assunto educação ganhou projeção inesperada, viemos a público para dizer que para existir a pátria educadora é necessário mais investimentos e menos cortes, por se tratar de área estratégica para o desenvolvimento da nação.

Um outro aspecto chamou a atenção: a impressão de uma parte da sociedade de que a universidade pública é para os filhos dos mais ricos e para a formação de uma elite.
Mudanças

Na verdade, o processo de expansão ocorrido nas universidades e institutos tecnológicos federais, junto com a lei que vinculou 50% das vagas a cotas raciais e de escola pública, além do ingresso universal pelo sistema ENEM - SiSU, produziu mudanças profundas, embora ainda necessitem de ajustes. Não é possível prever a que tipo de modificação estamos envolvidos, mas já é possível dizer que as universidades e institutos nunca mais serão os mesmos.

Uma das maiores argumentações de articulistas do passado era de que a universidade pública seria elitista. Esse é um argumento fora do contexto atual. O que temos hoje é a presença de toda a diversidade socioeconômica, cultural, racial e política presente, e muito viva, no interior das nossas instituições. Essa mudança no perfil do estudante e do servidor deve ser analisada pois tem gerado um sentimento de incompreensão ou de revolta, mas mostra uma universidade em pleno processo de transformação.

A mudança é também de postura. Um dos exemplos de inserção da universidade em políticas públicas é o envolvimento dela com o enorme programa de formação continuada aos professores da rede pública que vem sendo desenvolvido.
Leia mais:
A universidade federal se abriu e saiu de seus muros para levar aos professores do ensino infantil, básico e médio mais acesso à uma formação continuada de qualidade. Exemplo disso é o programa de cursos de especialização semipresenciais que têm sido oferecido por diversas universidades para os professores da rede. Só na cidade de São Paulo, milhares de vagas e dezenas de cursos gratuitos são oferecidos em 31 Centros Educacionais Unificados (CEUs) da cidade. Fica evidente que as universidades públicas terão papel fundamental para atingir o cumprimento das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) até 2023.

Por fim, resta saber por que a sociedade ainda desconhece suas instituições e o que elas produzem de bom. Provavelmente não estamos falando o suficiente ou temos ainda certo acanhamento em divulgar. Precisamos dialogar mais e buscar mais espaços para nos disponibilizar para essa mesma sociedade que nos mantém.

Este texto é um convite à reflexão e uma tentativa de que mais pessoas conheçam o que as universidades são capazes de produzir, os seus acertos e os dramas de ser o próprio reflexo da sociedade. Que elas estejam cada vez mais acessíveis, aberta e concatenando seus objetivos com as necessidades da população. Felizmente, este é um processo em construção e que pertence a todos nós.

 Soraya Smaili é reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Em Cúpula da ONU, líderes vão adotar nova agenda para desenvolvimento sustentável

na Rede Brasil Atual
Mais de 150 líderes vão se reunir em Nova Iork entre os próximos dias 25 e 27 para se comprometer com propostas e metas.
favela incendio brasil
Redução da pobreza está entre principais objetivos da nova agenda proposta pela ONU

São Paulo – A Cúpula das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável será realizada entre os próximos dias 25 e 27, em Nova Iork, e reunirá aproximadamente 150 líderes mundiais com propósito de adotar formalmente uma nova agenda que deve direcionar ações internacionais para os próximos 15 anos no campo do desenvolvimento sustentável.
O documento final da agenda foi assinado por 193 estados-membros da ONU e é intitulado Transformando Nosso Mundo: a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. A composição, acordada no dia 2 de agosto, consiste de uma declaração, 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, 169 metas, uma renovação da parceria mundial, métodos de implementação e mecanismos de avaliação e acompanhamento.
Após consenso entre os países integrantes da ONU, o secretário-geral, Ban Ki-moon, ressaltou a importância do documento. “O acordo abrange uma agenda universal, transformadora e integrada que anuncia um momento decisivo e histórico para o nosso mundo”, disse.
Sobre as principais preocupações da nova agenda, o secretário afirmou que ela é “um plano de ação para acabar com a pobreza em todas as suas dimensões, de forma irreversível, em todos os lugares, não deixando ninguém para trás”.
Outros aspectos presentes na agenda consistem em questões como desigualdade, consumo, biodiversidade, industrialização, proteção social, oportunidades de trabalho, saúde e educação. De acordo com o documento, o fim da pobreza deve ser paralelo ao crescimento econômico, sem deixar de lado a atenção às mudanças climáticas e proteção ambiental.
O documento formal que será assinado na Cúpula responde aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), fixados no ano 2000. A ONU espera que a implementação da nova agenda resulte na criação de novos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Detalhes da nova agenda podem ser vistos no site: http://nacoesunidas.org/pos2015/
Com informações da ONU Brasil

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Primeira doutora quilombola do Brasil dá cursos sobre o tema

Catraca Livre
A professora da rede estadual de ensino Edimara Soares é a primeira doutora quilombola do Brasil. Ela terminou o doutorado em 2012 na Universidade Federal do Paraná (UFPR), ao defender a tese “Educação Escolar Quilombola: quando a diferença é indiferente”.
O conhecimento que Edimara ganhou durante a pesquisa é colocado em prática e debatido em cursos sobre educação escolar quilombola para professores. O Departamento da Diversidade, da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, existe desde 2008.
Hedeson Alves/SEED
Hedeson Alves/SEED
Edimara Soares é a primeira doutora quilombola do Brasil
Edimara dedicou quatro anos aos estudos, sendo dois de pesquisa de campo nas escolas estaduais quilombolas do Paraná e nas comunidades do Vale do Ribeira, Palmas e Guaíra. Morou até os 15 anos no quilombo Estância do Meio/Timbaúva, que fica na cidade de Formigueiro, interior do Rio Grande do Sul. Saiu de lá para fazer o ensino médio na cidade e depois passou no vestibular de geografia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), onde se formou em 2007.
A professora Tânia Maria Baibich foi a orientadora do mestrado e do doutorado. “Minha dissertação de mestrado foi considerada inédita no Brasil e fiz o que na universidade chamamos de up-grade. Passei direto para o doutorado”, explicou Edimara, segundo aagência de notícias do Governo Estadual.
O estado paranaense tem duas escolas estaduais que funcionam dentro de comunidades quilombolas, o Colégio Estadual Quilombola Diogo Ramos, na comunidade João Surá, em Adrianópolis, e a Escola Estadual Quilombola Maria Joana Ferreira, na comunidade Adelaide Maria da Trindade Batista, em Palmas.
Além disso, outras 43 escolas estaduais atendem alunos que moram em comunidades quilombolas. O Paraná tem 37 comunidades certificadas pela Fundação Cultural Palmares, órgão do Governo Federal, como remanescentes de quilombos.

SP: Seminário internacional debate democratização da mídia

na Caros Amigos

Por Redação
A democratização dos meios de comunicação e suas relações com liberdade de expressão e direitos humanos são tema do Seminário Internacional Regulação da Mídia e Direito à Comunicação, que ocorre dias 23 e 24 deste mês de setembro, na sede da Procuradoria Regional da República, em São Paulo.
Entre os temas dos debates estão “Regulação da mídia: censura ou liberdade de expressão”, com Toby Mendel, diretor executivo do Centre for Law and Democracy e consultor da Unesco; “Experiências Latino-americanas para a democratização dos meios de comunicação”, com o estudioso argentino Martin Becerra e Gustavo Gómez, ex-ministro de Telecomunicações do Uruguai, entre outros.
Leia mais:
Também participam do seminário o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, coletivos que atuam pela democratização da mídia, e jornalistas, como Alberto Dines, do Observatório da Imprensa.
O seminário é promovido pelo Grupo de Trabalho Comunicação Social da Procuradoria Federal em parceria com Federación Iberoamericana de Ombudsman (FIO) e do Fórum Interinstitucional pelo Direito à Comunicação (Findac), Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e a Associação Nacional de Procuradores da República (ANPR).
As inscrições para o público em geral já estão abertas e podem ser feitas pelo site do evento, aqui.
A programação completa pode ser conferida aqui.

80 anos de Mauricio de Sousa são celebrados com exposição gratuita no CCSP

na Catraca Livre
Dia 27 de outubro de 2015, o homem que mais alegrou a sua infância vai completar 80 anos de idade. Criador da Turma da Mônica, o desenhista Mauricio de Sousa será homenageado em uma exposição grandiosa na Gibiteca Henfil, do Centro Cultural São Paulo (CCSP).
Em cartaz de 15 de setembro a 15 de dezembro, a exposição poderá ser conferida com entrada totalmente Catraca Livre. O CCSP abre de terça a sexta, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h.
Mauricio de Sousa (divulgação)
Mauricio de Sousa (divulgação)
Centro Cultural São Paulo (CCSP) vai homenagear os 80 anos de Mauricio de Sousa com exposição gratuita em sua Gibiteca Henfil
A mostra conta com personagens criados por Mauricio de Sousa, inclusive os primeiros desenhos da baixinha, dentuça e gorducha mais famosa do Brasil.
Em breve, o Catraca Livre vai divulgar todas as informações dessa exposição.