terça-feira, 21 de julho de 2015

Primeiro-ministro de Portugal desmente matéria de 'O Globo' contra Lula

na Rede Brasil Atual
Pedro Passos Coelho afirmou à imprensa portuguesa: "O ex-presidente Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha para nenhuma empresa brasileira"
por Redação RBA
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Coelho: "Não me veio dizer: há aqui uma empresa que eu gostava que o senhor, se pudesse, desse ali um jeitinho"


São Paulo – O primeiro-ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, desmentiu hoje (20) matéria do jornal O Globo, publicada ontem (19), sobre suposto lobby do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em favor da construtora Odebrecht. "O ex-presidente Lula da Silva não me veio meter nenhuma cunha para nenhuma empresa brasileira", afirmou o primeiro-ministro à imprensa portuguesa.
"Para ser uma coisa que toda a gente perceba direitinho, é assim. Não me veio dizer: há aqui uma empresa que eu gostava que o senhor, se pudesse, desse ali um jeitinho. Isso não aconteceu. E nem aconteceria, estou eu convencido, nem da parte dele, nem da minha parte", afirmou também o primeiro-ministro português.
A expressão “meter uma cunha” a que Coelho se refere significa em Portugal “fazer lobby” e se fosse dita por aqui daria margem a interpretações ambíguas em razão de o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vir atuando em sua gestão com mão pesada em favor dos interesses conservadores. Não demoraria para que “meter uma cunha” por aqui ganhasse muitos significados sobre o comportamento pouco democrático do presidente da Câmara.
De acordo com a reportagem do jornal, o pedido de Lula em favor da Odebrecht teria relação com a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), de Portugal. Em nota divulgada ontem, a assessoria de imprensa do Instituto Lula acusou o jornal da família Marinho de omitir informações sobre o assunto. “O jornal O Globo não se atenta aos fatos e faz distorções para prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.”
Saiba mais:

segunda-feira, 20 de julho de 2015

"Lula é meu amigo, mexeu com Lula, mexeu comigo" e mais 200 milhões, no mínimo.

Veja, Isto É, jornais o Globo, Folha, Estadão, a rede Globo...não têm credibilidade, as poucas pessoas que ainda leem, são consumidores de supermercado nas filas dos caixas. É, definitivamente, desespero dos golpistas de plantão.

A "grande" e carcomida imprensa brasileira, para não fechar as portas de vez e vender lixo aos desinformados desse imenso país, faz diariamente matérias absurdas contra os Movimentos Sociais e partidos de esquerda e, principalmente, ao nosso maior e mais importante líder Luis Inácio Lula da Silva.

É mais uma demonstração inequívoca de que precisamos, logo que passe essa crise de governabilidade, de um projeto de lei que acabe com esse monopólio de vez.

A velha imprensa manipuladora, faz muito mal ao país.

Se vivêssemos um Estado Ditatorial, a globo e toda a família Marinho, os Civitas...estariam em almoços e jantares bajulando o regime.

Mas, uma luz no fim do túnel, nos deixa mais animados, as pessoas mais simples, a Classe Trabalhadora, estão percebendo aos poucos estas manobras.

A internet tem ajudado, os blogues sérios, voltados à divulgação de matérias e ideias progressistas têm amplificado o outro lado da história e ajudando a fazer uma narrativa que a irresponsável "grande" imprensa se recusa a fazer.

Mas, repito, vai chegar a hora da volta, nos regimes democráticos (ou quase democráticos), é sim mesmo, , chega uma hora que a roda dar a volta e as coisas mudam, olha o que pode acontecer com o Parlamento Brasileiro se Eduardo Cunha renunciar!

Lula é maior que tudo isso, tenho certeza que o Povo e a Classe Trabalhadora em geral, entende que é uma manobra das elites para inviabilizar a continuação de governos progressistas no país, a partir de 2018.

Imaginem se Lula da Silva for laureado com o Prêmio Nobel da Paz, pelo imenso e fundamental importância de seu maravilhoso projeto de acabar com a fome no mundo?

Dos sete bilhões de habitantes do planeta, cerca de 1,5 bilhões passam fome. O Programa Bolsa Família, que é sucesso no Brasil, vem sendo copiado e aplicado em diversas regiões e países da Terra, inclusive em países ricos.

Se o Nobel da Paz sair, para um ex-Presidente, Nordestino, Operário, da cor e cheiro do povo, os caras vão pirar.

Jornal da família Marinho omite informações para atacar Lula

na Rede Brasil Atual
Troca de e-mails entre jornalista e assessor do Instituto Lula revela que o jornal omitiu informações para acusar o ex-presidente de fazer lobby em favor da Odebrecht em outros países
por Portal GGN e Instituto Lula
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Lula e 'O Globo': jornal tenta criminalizar ex-presidente, acusando-o de fazer lobby em favor da Odebrecht

São Paulo – Uma troca de e-mails entre o jornalista de O Globo Chico Gois e o assessor de imprensa do Instituto Lula, José Chrispiniano, revela que o jornal omitiu informações importantes com a finalidade de produzir uma matéria acusando o ex-presidente de fazer lobby da Odebrecht em outros países.
No post abaixo, divulgado pelo Instituto Lula, é possível ler as mensagens trocadas entre o jornalista e o assessor. Chrispiniano rebate todas as perguntas de O Globo e finaliza perguntando a Gois por que o jornal, após fazer "um grande fuzuê, com manchete de primeira página sobre os documentos do Itamaraty durante a presidência de Lula", não produziu nova notícia de capa, quando os documentos tornados públicos revelaram a atuação positiva do ex-presidente na política externa.
Entre todas as respostas enviadas pela assessoria de imprensa apenas uma foi utilizada na matéria de O Globodivulgada neste domingo (19).
O post do Instituto Lula também rechaça a reportagem do jornal: "Em mais uma matéria que não diz nada, o jornal O Globo, não se atenta aos fatos e faz distorções para prejudicar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reproduzimos abaixo a troca de e-mails entre o jornalista e o assessor de imprensa do Instituto Lula, na qual fica clara a intenção de usar documentos que não revelam nada de novo, para criar um factoide. As mensagens trocadas entre repórter e assessor, em circunstâncias normais, deveriam ser apresentadas aos leitores do jornal na matéria, mas entendemos que a necessidade de criminalizar as atividades de Lula, vão além da normalidade e das boas práticas jornalísticas".
Confira abaixo a troca de e-mails:
De: O Globo
Para: Instituto Lula
Boa tarde,
Estamos fazendo uma matéria sobre a atuação do ex-presidente Lula em defesa da Construtora Odebrecht. Telegramas diplomáticos trocados entre embaixadas brasileiras e o Ministério das Relações Exteriores apontam que o ex-presidente agiu, várias vezes, em defesa da construtora.
Entre 21 e 23 de outubro de 2013, por exemplo, ele esteve em Lisboa, a convite da construtora, para participar de cerimônia dos 25 anos da empresa em Portugal, informa telegrama enviado pelo embaixador Mario Vilalva. Em 2 de maio do ano passado, em outro telegrama enviado pelo mesmo embaixador, o diplomata fala sobre a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), da qual a Odebrecht tinha interesse, e afirma que Lula “reforçou o interesse da Odebrecht pela EGF ao primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que reagiu positivamente ao pleito brasileiro”.
O ex-presidente, segundo telegrama de 3 de março de 2014, enviado pelo encarregado de negócios em Havana, Marcelo Câmara, esteve em Havana entre os dias 24 e 27 de fevereiro daquele ano, com apoio da Odebrecht. Na capital cubana, Lula tratou de “prospecção de iniciativas para aperfeiçoamento da matriz energética cubana” relacionadas à zona especial de Mariel. Em 2011, Lula também estivera em Cuba, onde foi recebido no hotel pelo presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e pelo ex-ministro José Dirceu. Em outro telegrama, do embaixador Paulo Cordeiro afirma que Lula agendou uma reunião no BNDES para que o embaixador do Zimbabue no Brasil, Thomas Bvuma, pudesse pleitear recursos do banco de fomento brasileiro.
Pergunto:
1- Por que o ex-presidente atuou a favor da Odebrecht, fazendo gestões junto ao primeiro-ministro português, por exemplo?
2- O presidente recebeu pagamento para fazer lobby para a Odebrecht nas situações citadas acima?
3- Por que o ex-presidente agendou uma reunião no BNDES para o embaixador do Zimbabue no Brasil?
4- O ex-presidente costuma intermediar reuniões no BNDES com empresários e mandatários de outros países?
5- O ex-presidente considera que agiu legalmente ao solicitar tais reuniões?
6- Como o ex-presidente avalia seus encontros com altos dirigentes da Odebrecht?
Desde já, obrigado pelas informações
Chico de Gois
De: Instituto Lula
Para: O Globo
Boa tarde, Gois,
Qual o prazo para as respostas?
Atenciosamente,
De: O Globo
Para: Instituto Lula
Hoje, as 18h
Obrigado
De: Instituto Lula
Para: O Globo
Caro Gois,
Outras 2 dúvidas, em uma pergunta você fala de “tais reuniões”. A quais reuniões você se refere que teriam sido solicitadas pelo ex-presidente? De quem com quem?
Também gostaria de saber, para poder responder apropriadamente, os trechos literais dos texto dos telegramas citados por você, por exemplo o texto do embaixador Paulo Cordeiro e a época. Não posso basear uma resposta na afirmação de O Globo da existência de um suposto documento o qual não conheço a formulação nem tenho certeza da existência.
Atenciosamente,
De: O Globo
Para: Instituto Lula
Olá, Chrispiniano
Desculpe a demora. Estava almoçando
Sobre as “ tais reuniões”, refiro-me à intermediação do ex-presidente para que o embaixador do Zimbabue fosse atendido no BNDES, além de reuniões com o primeiro-ministro português no qual atuou a favor da Odebrecht.
Abaixo trechos dos telegramas:
25/10/2014
“Visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Lisboa. 25 anos da Odebrecht em Portugal”
RESUMO:
“O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva visitou Lisboa a convite da Odebrecht. Proferiu palestra sobre relações Brasil-Portugal, avistou-se com o PM Passos Coelho, recebeu empresários e participou do lançamento do livro do ex-PM José Sócrates”.
02/05/2014
“A participação brasileira no programa de privatização colhe a simpatia dos formadores de opinião em Portugal. Repercutiu positivamente na mídia recente declaração do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em entrevista à RTP no dia 27/04 último, no sentido de que o Brasil deve-se engajar mais ativamente na aquisição de estatais portuguesas. O ex-presidente também reforçou o interesse da Odebrecht pela EGF ao PM Pedro Passos Coelho, que reagiu positivamente ao pleito brasileiro”
03/03/2014
BRASIL-Cuba. Visita a Cuba do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (24–27/02)
RESUMO:
"Em atendimento a convite do governo local e com o apoio do grupo COI/Odebrecht, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou visita a Cuba entre os dias 24 e 27/02.”
03/05/2012
“O embaixador Paulo Cordeiro informou que participará, junto com o embaixador do Zimbábue no Brasil, Thomas Bvuma, de reunião com o BNDES em 3 de maio, organizada a pedido do ex-presidente Lula, que se dedicará ao desenvolvimento de infraestrutura na África”.
De: Instituto Lula
Para: O Globo
Caro Chico,
Muito obrigado pelo envio.
Atenciosamente,
De: Instituto Lula
Para: O Globo
Caro Chico,
Tudo bem?
Sim, entre 21 e 23 de outubro o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Portugal, cumprindo uma extensa agenda e essa informação, como todas de viagens do ex-presidente, é pública e foi informada à imprensa na época.
Sobre Cuba, você mencionou, mas não fez nenhuma pergunta, de qualquer forma, segue o texto do release enviado informando a viagem na época, que informa à visita à Mariel: http://www.institutolula.org/raul-castro-recebe-lula-em-cuba
A visita também foi acompanhada pela imprensa internacional, nos links abaixo, as agências EFE e AFP:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/02/lula-considera-porto-de-mariel-como-referencia-para-america-latina.html
Respondo:
1- Por que o ex-presidente atuou a favor da Odebrecht, fazendo gestões junto ao primeiro-ministro português, por exemplo?
O ex-presidente não atuou em favor da Odebrecht , nem fez gestão a favor da empresa. Como o documento mostra ele comentou o interesse da empresa brasileira pela empresa portuguesa. Que, aliás, era público há muito tempo, como indica matéria do jornal Público de outubro de 2013, a qual segue o link: http://www.publico.pt/economia/noticia/odebrecht-interessada-na-privatizacao-da-egf-1608053 São inúmeras as empresas brasileiras que acompanham com interesse o processo de privatizações em curso em Portugal. A Azul empresa brasileira, acabou de comprar a TAP, por exemplo.
2- O presidente recebeu pagamento para fazer lobby para a Odebrecht nas situações citadas acima?
Não. O ex-presidente não recebeu, não recebe e jamais receberá qualquer pagamento de qualquer empresa para dar consultoria, fazer lobby ou tráfico de influencias.
No caso da Odebrecht, como de dezenas de outras empresas, ele recebeu pagamento para fazer palestra para funcionários, empresários ou diretores. E elas foram pagas através de notas fiscais e tiveram seus impostos pagos. Palestras assim são feitas também por diversos ex-presidentes brasileiros e estrangeiros, jornalistas, esportistas e artistas.
3- Por que o ex-presidente agendou uma reunião no BNDES para o embaixador do Zimbabue no Brasil?
O ex-presidente não “agendou uma reunião”, o evento ao qual o telegrama se refere, no dia 3 de maio de 2012, foi público, um grande seminário comemorativo dos 60 anos do banco, com mais de 500 pessoas presentes, entre elas embaixadores ou delegações de todos os países africanos, na sede do BNDES. O seminário em questão teve em sua mesa uma delegação de 10 dirigentes da União Africana, pois o seu tema era o desenvolvimento na África. Não só o embaixador do Zimbábue foi convidado pelo banco, mas os outros 36 embaixadores africanos no Brasil também. O evento foi coberto pela imprensa e foi o primeiro evento público com participação do ex-presidente após o tratamento contra o câncer. Inclusive O Globo também cobriu, vejam essa matéria do G1 e da France Press, segue link:
4- O ex-presidente costuma intermediar reuniões no BNDES com empresários e mandatários de outros países?
O ex-presidente NUNCA intermediou reuniões de empresários com mandatários de outros países
5- O ex-presidente considera que agiu legalmente ao solicitar tais reuniões?
Vide resposta acima.
6- Como o ex-presidente avalia seus encontros com altos dirigentes da Odebrecht?
Da mesma forma que avaliamos os encontros com quaisquer “altos dirigentes” de outras grandes empresas, dos mesmos setores ou de outros setores como comunicação, financeiro, alimentício, agrícola ou tecnologia. Ou os encontros com dirigentes sindicais, de movimentos sociais, artistas e sindicais etc…
Gostaríamos de complementar dizendo que o Globo fez um grande fuzuê, com manchete de primeira página sobre os documentos do Itamaraty durante a presidência de Lula, mas depois, quando os documentos se tornaram públicos e revelaram a atuação positiva do ex-presidente Lula, não localizamos nenhuma matéria do jornal sobre o assunto, o que talvez tenha causado estranhamento aos seus leitores, que talvez achem que os documentos não foram publicizados. Por isso segue matéria que fizemos sobre os documentos ignorados pelo jornal.

domingo, 19 de julho de 2015

Defender Lula é defender a Democracia

no Conversa Afiada
Nenhum silêncio é inocente !
O Conversa Afiada reproduz artigo de Saul Leblon, extraído da Carta Maior:

NENHUM SILÊNCIO É INOCENTE NESSA HORA


Um golpe não é feito para premiar os que tinham a análise política mais correta da história. Defender Lula hoje é defender a democracia.

por Saul Leblon

A insólita abertura de um inquérito contra Lula  por  suspeita de ‘usar sua influência no exterior para promover empresas brasileiras’ — leia-se, para promover encomendas, empregos, serviços e renda no Brasil–  coloca um Rubicão para o campo progressista brasileiro.

O silencio equivale ao suicídio.

Movimentos populares, lideranças sociais e partidos progressistas sabem a que vem e a quem serve a iniciativa cabulosa de um promotor que responde pelo nome de Valtan Timbó.

Timbó, a planta, atordoa o cardume e facilita a sua captura pelos indígenas.

O timbó político excretado pelos interesses associados a esse inquérito fará o mesmo com o cardume das forças progressistas.

Exceto se nadarem rápido para além das águas onde o entorpecimento e o sectarismo formam um sumidouro sem volta.

Quem critica –com razão, como tem criticado Carta Maior– a letargia do governo e do PT diante do passo de ganso da Liga dos Golpistas não deve alimentar ilusões.

A omissão diante de mais esse ensaio de golpe não consagrará espaço à ‘verdadeira esquerda’ na liderança progressista.

O que estamos vivendo é o oposto, um acelerado  assalto ao espaço político da resistência democrática.

Com todas as virtudes e defeitos listáveis, Lula é hoje uma espécie de esteio simbólico dos avanços acumulados na luta pela construção de uma verdadeira democracia social no país.

Decepá-lo a machadadas de descrédito e suspeição –como tem sido feito–  até arrancá-lo do chão das possibilidades eleitorais do futuro é o plano acalentado pela Liga Golpista desde 2005.

Uma década de diuturno labor nessa tarefa atinge agora seu momento de decisão.

Para os dois polos da disputa.

Se o conservadorismo tiver sucesso não será apenas o esteio que virá abaixo.

Com ele todo um entorno histórico será aplastado. Impiedosamente.  Como se fez após a derrubada de  Jango, no Brasil; de Allende, no Chile; de Torres, na Bolívia…

Essa é a dinâmica em curso.

Significa que as ambiguidades e hesitações petistas estão acima de críticas, avanços e confrontações?

Ao contrário.

Mais que nunca é necessário abordá-las no idioma da camaradagem crítica, em adequados ambientes de debate, entre os quais não se inclui a mídia conservadora.

A autocrítica e a superação dos erros cometidos é crucial para o campo progressista superar a encruzilhada de erros e hesitações angustiantes.

Mas cada crise tem uma contradição central.

Ignorar essa hierarquia ou ombreá-la em importância às demais costuma ser devastador, não importam as boas intenções avocadas no caminho.

Um golpe não é feito para premiar os que tinham a análise política mais correta da história.

Tampouco a dialética dura das transformações se assemelha à maciez da mecânica hidráulica.

O longo amanhecer de uma sociedade mais justa é um labirinto de contradições, uma geringonça que emperra e se arrasta, desperdiça energia, cospe parafusos e patina.

Para surgir um ‘Lula’ desse emaranhado tem que sacudir muito a geringonça imperfeita e remendada.

Greves, levantes, porradas, descaminhos etc.

Dói. Demora. Leva décadas — às vezes séculos.

Uma liderança como a de Lula, feita de muitos  ao seu redor  –’uma quadrilha’, diz o jogral do Brasil aos cacos – constitui um patrimônio inestimável na vida de uma nação.

Mesmo assim, é só o começo; fica longe do resolvido.

A cada avanço, não regredir já é um feito.

Não regredir hoje requer a convergência do campo progressista para enfrentar  uma coalizão que farejou o espaço aberto pela transição de ciclo econômico –erroneamente conduzida pelo governo do PT–  e vislumbrou o espaço para o golpe tantas vezes adiado.

Insista-se, diante do timbó que entorpece as águas da razão: o golpe não é contra Lula ou contra o PT.

O golpe é contra a respiração social e econômica de um povo.

O povo brasileiro.

Cinquenta, sessenta milhões passaram a sorver ares de consumo e cidadania após 11 anos de governos progressistas no país.

Formam uma espécie de pré-sal de possibilidades emancipadoras.

A exemplo das reservas de petróleo, estão agora na alça de mira do programa de asfixia da Liga dos Golpistas, diante do qual a equivocada condução do ajuste atual é um salgadinho de aperitivo.

Como evitar que essa riqueza venha a se perder no socavão do futuro sofregamente escavado pelos aécios, moros, cunhas, marinhos, frias, civitas, timbós e assemelhados ao longo dos últimos meses?

Como impedir o desfecho da espiral que agora atinge a dinâmica de um tornado político?

Não é fácil.

Mas, sobretudo, não se deve confundir a natureza dessa dificuldade.

Personifica-la em quadros petistas na desastrosa suposição de que a virulência conservadora contra eles abrirá espaços à emergência dos ‘consequentes’, repita-se, é o suicídio.

O silêncio dos inocentes é um maçarico nesse paiol.

Nunca é demais repetir: o Brasil vive o esgotamento de uma piracema histórica impulsionada pelos grandes levantes operários do ABC paulista, nos anos 70/80.

Na longa caminhada pela desconcentração do poder econômico e político chegou-se agora  a um pedral divisor.

Há duas opções: saltar e avançar em um novo estirão ou regredir com o risco de perder inclusive o que já se conquistou.

Ao final de uma piracema, a ‘rodada’ dos cardumes  exauridos  leva uma parte à morte; outra se deixa arrastar por correntezas incontroláveis; um pedaço sucumbe ou se entrega a predadores ferozes.

Lula é a presa cobiçada por sua liderança capaz de unificar  parte expressiva do cardume brasileiro para vencer o pedral.

Ele precisa querer dar o salto.

E os que se avocam a sua esquerda devem reconhecer que sendo ele arrebatado pelos predadores, o cardume enfrentará um redil regressivo de consequências devastadoras.

Está em jogo o passo seguinte de um longo ciclo de desenvolvimento da sociedade brasileira.

Quem irá conduzi-lo; que pacto de forças; quem terá a prerrogativa de responder as perguntas do desenvolvimento que o conservadorismo terceiriza aos mercados: desenvolvimento para quem; desenvolvimento como e desenvolvimento para quê?

A contradição principal –de novo, a principal– não é o ajuste incluído nesse percurso.

Ajustes terão que ser feitos e isso tem sido reiteradamente detalhado neste espaço.

O flanco anterior mais grave, porém, que ora condiciona o método, o rumo e as salvaguardas dessa travessia pode ser sintetizado num flanco matriz: o distanciamento orgânico entre ‘a presa cobiçada nesse momento’ e seu imenso entorno popular.

É esse distanciamento – que tem na ausência de uma mídia pluralista, um nó górdio–  que o ajuste em curso espelha, ao mesmo tempo em que age para aprofunda-lo.

E é ele também que explica o alvoroço dos timbós, a sofreguidão dos tucanos, dos operadores da riqueza financeira, dos colunistas isentos, de todos, enfim, que farejarem a chance do bote final, capaz de derrotar de vez a piracema progressista brasileira.

O risco é palpável; mas não sem incertezas.

O ciclo de inclusão iniciado em 2003 foi tão expressivo que, mesmo sob uma cortina de fogo cerrada como essa, Lula ainda figura como o nome que ameaça a ambição conservadora de voltar ao poder pelo voto.

Então é preciso liquidar essa fatura, late o canil midiático.

Logo agora, na janela de oportunidade entre o vácuo orgânico criado em torno da presa e a hesitação dos movimentos populares, partidos e lideranças sociais em compor uma frente capaz de defender o que ele representa –com a condicionalidade dos avanços sem os quais o conjunto submergirá.

Ah, mas Lula fez lobby por empresas brasileiras no exterior… 

Sim. E nisso o senador Roberto Requião foi definitivo enquanto os progressistas balbuciam evasivas ou ruminam silencio obsequioso:

‘Criticam o Lula por trabalhar a favor de empresas brasileiras; elogiam o Serra por querer entregar nosso petróleo a empresas estrangeiras’, disparou o bravo parlamentar.

O país precisa de uma macroeconomia mais consistente que a de Levy?

Por certo.

‘O trade-off é mais liberalismo em troca de mais redistribuição’, como sibilam senhores elegantes de gravata italiana?

Menos Estado em troca de mais distribuição?

Pergunte-lhes onde foi que isso aconteceu.

Vai acontecer agora na Grécia, adicionalmente coagida a um novo ciclo de ‘reformas liberalizantes’? 

Há trinta anos que o capitalismo não se faz outra coisa a não ser desregular mercados urbi et orbi.

Então por que o motor da economia mundial engazopou e não pega nem com o tranco de liquidez de trilhões de dólares despejados pelo Fed e, agora, pelo tardio BCE?

O que falta para lubrificar a engrenagem emperrada?

Falta o que o Brasil tem, mas a boa ‘ciência’ dos sábios tucanos e dos economistas de banco  — com a subserviência do bravo jornalismo econômico — acha indispensável liquidar: mercado de massa, horizonte de demanda, distribuição de renda, de bens, de infraestrutura e de poder político.

A desmonte do mundo do trabalho e a destruição do pleno emprego em todo o planeta, desde os anos 80  –  agora vendida aqui como o clorofórmio capaz de combater as impurezas da macroeconomia lulopopulista–  explicam por que essa  é a mais longa, frágil e incerta convalescença de todas as crises capitalistas, desde 1929.

O imenso areal movediço é feito de de mão de obra subempregada, trabalhadores em tempo parcial, dezenas de milhões de famílias endividadas, governos de rombos fiscais ingovernáveis, outros tantos milhões de lares sem condições sequer de prover o próprio sustento.

É para essa a eficiência estratégica que a Liga dos Golpistas quer conduzir o Brasil.

Uma peça do enredo ameaça o coice final do cavalo agalopado.

O estorvo é Lula.

A liderança que o seu nome evoca, a resistência que sua voz convoca, a capacidade de aglutinação que a sua presença histórica adiciona…

Defender essa possibilidade hoje é defender a democracia.

Nenhum silêncio é inocente nessa hora.



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Anita Garibaldi

Revolucionária brasileira

Anita Garibaldi (1821-1849) foi a "Heroína dos Dois Mundos". Recebeu esse título por ter participado no Brasil e na Itália, ao lado de seu marido Giuseppe Garibaldi, de diversas batalhas. Lutou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), na Batalha dos Curitibanos e na Batalha de Gianicolo, na Itália. Corajosa e dedicada, Anita foi homenageada em Santa Catarina com o nome de dois municípios: Anita Garibaldi e Anitápolis. Em Salvador foi homenageada com o nome de uma avenida; em Curitiba com o nome de uma praça e em diversas cidades com nome de ruas.
Anita Garibaldi (1821-1849) nasceu em Laguna, Santa Catarina, no dia 30 de agosto de 1821. De família portuguesa, veio dos Açores para Santa Catarina. Filha de Maria Antônia de Jesus e Bento da Silva, modesto comerciante da cidade de Lages.
Anita Garibaldi, com a morte de seu pai, foi obrigada a casar com o sapateiro Manuel Duarte de Aguiar. No dia 30 de agosto de 1835, com apenas 14 anos, casa-se na Igreja Matriz de Santo Antônio dos Anjos. O casamento durou apenas três anos, o marido se alistou no exército imperial e Anita voltou para casa de sua mãe.
Em 1835, desembarca no Rio de Janeiro, o guerrilheiro italiano Giuseppe Garibaldi. Nesse mesmo ano participa da Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), onde conheceu Anita Ribeiro da Silva, que também lutava na revolução. Anita, já unida a Garibaldi, participou ativamente do combate em Imbituba, Santa Catarina e da batalha de Laguna onde carregou e disparou um canhão.
Durante a Batalha de Curitibanos, Anita foi capturada pelas tropas do Império. Grávida de seu primeiro filho, foi informada que seu marido havia morrido. Inconformada, conseguiu fugir a cavalo e saiu a sua procura, localizando o marido na cidade de Vacaria. No dia 16 de setembro de 1840 nasce seu filho Domênico Menotti. O casal teve mais dois filhos, Teresita e Ricciott. Em 1842 casam-se na paróquia de San Bernardino. No mesmo ano eclodiu a guerra contra a Argentina, onde Garibaldi comandou a frota uruguaia.
Em 1847, Anita acompanha o marido, que volta para Itália, levando seus três filhos. Giuseppe permanece em Roma onde realizavam-se as primeiras manifestações públicas que resultariam nas lutas pela unidade e independência da Itália. Anita e seus filhos seguem para Nice, na França. Depois de vários combates, Garibaldi viaja para Nice, onde encontra-se com Anita, seus filhos e sua mãe.
Em 1849, Garibaldi e Anita seguem para os combates em Roma, mas são perseguidos e durante a fuga, próximo a província de Ravenna, Anita é acometida por febre tifoide e não resiste.
Anita Maria de Jesus Ribeiro morre no dia 04 de agosto de 1849. Em Roma, na colina de Gianicolo, foi erguido um monumento equestre, onde está enterrado seu corpo.

Movimentos realizam ato em solidariedade ao povo venezuelano

no Portal do MST
Cerca de 200 pessoas de diversos movimentos populares brasileiros participaram do ato e reforçaram a importância da unidade latino-americana.
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Da página do MST 

Nesta sexta-feira (17), cerca de 200 pessoas de diversos movimentos populares brasileiros participaram do ato em solidariedade ao povo venezuelano que ocorreu em Brasília.  A atividade teve início logo pela manhã, quando os movimentos deram as boas vindas ao Presidente Nicolás Maduro, que estava no país para a reunião da cúpula de chefes de Estado do Mercosul. 

Pela tarde, o repertório do Mambembrincante deu o tom da cultura brasileira na abertura do ato. Resultado de uma fusão de instrumentos e ritmos de diversas partes do Brasil, a participação do grupo com a incorporação do personagem jaraguá, lembrou a riqueza de cores e alegria que faz parte da vida do povo da América Latina e que constrói essa Pátria Grande! 
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Para Geraldo Gasparin, da coordenação nacional do MST, a unidade latino-americana é fundamental no enfrentamento ao avanço do capital no continente. 

"Só é possível derrotar o imperialismo quando os povos se solidarizarem na integração latino-americana. O capitalismo já não tem nada a oferecer para a humanidade a não ser a destruição e a miséria", ressaltou. 

Representante do governo da Venezuela no ato, Amílcar Carvajal, saudou à todos e enfatizou a importância da solidariedade latino-americana diante dos ataques que o povo venezuelano tem sofrido. 

"Só uma gota não faz uma chuva, mas quando muitas gotas se juntam podemos mover montanhas. É o que desejamos alcançar com o povo latino-americano, pois compartilhamos o sonho de viver melhor. A abordagem capitalista significa destruição e a opção do povo venezuelano é a revolução bolivariana", salientou Carvajal.


Além do MST, também estiveram presentes representantes do Comitê de apoio à Venezuela no Brasil, do Movimento Mulheres Camponesas (MMC), Movimento de Pequenos Agricultores (MPA), da União Nacional dos Estudantes (UNE), da CUT, entre outros.
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sábado, 18 de julho de 2015

#CunhaNaCadeia

por José Gilbert Arruda Martins

E, para iniciar, gostaria de perguntar: Cadê os amigos de Cunha numa hora dessas?
Cadê o Aécio, O FHC, o Paulo da Força Sindical...

Só aparecem, como papagaios-de-pirata quando é para atacar o governo?

A novata e frágil democracia brasileira, tão maltratada, principalmente ao longo desses últimos 6 meses, deve ter respirado um pouco mais aliviada na passagem de quinta para sexta-feira.

Não é novidade para ninguém que Eduardo Cunha tem envolvimentos com irregularidades com mais de 22 ações no Supremo Tribunal Federal desde a década de 1990.

Outra coisa que não é novidade é sua atuação à frente da presidência da Câmara dos Deputados, atuação marcada por votações antipovo e antidemocracia.

PL 4330, PEC 171...são apenas dois temas fundamentais, dos muitos que foram e outros que serão debatidos e votados que, na sua maioria, ou vão contra os trabalhadores, ou contra o país como um todo. 

Portanto, as notícias que provocaram um grande rebuliço aqui em Brasília e no país de quinta para sexta-feira, são alentadoras para aqueles que sabem o quanto foi difícil lutar pela restauração democrática no Brasil.

O poder político, mesmo o poder mais autoritário e injusto, construído da forma que Cunha construiu, na base do "toma lá, dá cá", com extrema arrogância e com desrespeitos flagrantes ao Regimento Interno da Câmara, não poderia sustentar-se muito tempo, a debandada de parte dos apoiadores e do PMDB é esperado no tipo de política coronelista e fisiológica que predomina na vida brasileira.