domingo, 22 de março de 2015

As Crianças e a Matemática

no Portal Vermelho

Veiculou-se dia 20 último que Maria Rosa Sanchez, Mestre em Ciências da Educação, mulher de pequena estatura e olhos vivos, desde sua experiência de mais de três décadas no setor do ensino cubano, um dos melhores do mundo, defende que se desenvolva uma cultura matemática desde as primeiras idades. Crianças de 3 anos são capazes de operar 3 – 2 e outros cômputos, lidar com grandezas e espaço-tempo.

Por Rilton Primo*

 

Tive a oportunidade de dar aulas de matemática para estudantes do Brasil em sete séries diferentes e concordo: cognitivamente, pode-se ensinar matemática para crianças, especialmente geometria; claro, a aritmética; teoria dos conjuntos, funções de primeiro grau, bases da teoria dos números; relação, proporção. Fundamentos físicos em cinemática, dinâmica e sistemas de vetor simples; ondas, magnetismo, eletricidade. Experiências ou métodos indutivos podem e devem substituir as abstrações, com a sua lógica vívida. Recreações mesclar-se a experiências. Na própria educação física é possível cultivar relações quantitativas, sublinha Sánchez. Fiz algumas tentativas. Os frutos e sementes, são incalculáveis. Sondagens de aprendizagem indicam o melhor caminho aqui, outro ali - sem regras lineares.

Devem ser tentados todos os enlaces do pensamento lógico-abstrato com a cognição sensorial da qual as crianças não devem afastar-se antes dos sete anos, para que experimentem o mundo real das representações antes das representações do mundo real. As leis matemáticas são rigorosas não por capricho, imposição docente;mas pela materialidade objetiva da realidade exterior que só representam. As leis, não as inventamos ou modificamos, apenas deduzimos. As deduções evoluem, por aproximações. As aproximações geram saltos qualitativos, revoluções metodológicas no modo de perceber o mundo real. Isto já inspira não apenas a liberdade e o lazer, mas o respeito pelo poder adquirido das leis matemáticas.

O procedimento mais seguro, por simples exemplo, com números pares, no algoritmo de sua decomposição em números primos, é começar por 2 e ficar com ele até quando possível e, tato geral, na lista dos números primos não passar para o sucessor, se o antecessor ainda é possível. Lembrete dos primos até 100: 2 3 5 7 11 13 17 19 23 29 31 37 41 43 47 53 59 61 67 71 73 79 83 89 97. A alguém pode interessar saber que a lista é interminável, e que o demostrou Euclides três séculos antes de nossa era. Ou que, indevidamente, matemáticos do século XVII tentaram estabelecer um algoritmo para determinar quando um número α era primo ou não: 2 elevado à potência α, dividindo a resulta do por α - seria primo se a resposta fosse 2.Ou que em 1819 este algoritmo mostrou-se falho, como para o número 341, que foge à regra, conforme se inferiu de um algoritmo de Gauss. Muitas informações históricas podem ser adicionadas sem esclarecer a questão em nada. Não interessa o lugar de onde saiu a lista exata, mas o seu interesse. Esclarecer isto não pode ser fácil sem compreender a teoria dos números e revisar a história do pensamento matemático, o que exige uma graduação; mas há um atalho: ir direto ao operativo.

A pergunta é: para que serve a decomposição em primos? Uma dos seus usos é determinar, entre dois ou mais números, seu menor múltiplo comum. Mas, para quê? Estas são perguntas não para os alunos, para os mestres. De sua resposta deve partir a reflexão crítica de um problema prático e sua solução com os alunos nas aulas. Serve, por exemplo, para reduzir expressões ao mesmo denominador comum e podermos operar suas parcelas mais facilmente. O exercício da razão deve ter finalidade prática. Há que fazer perguntas dessa natureza até alcançar a realidade objetiva. Só depois calcular, de uma forma ou de outra. Os diferentes algoritmos são meros meios, ainda que sejam meios para outro meio e este, por sua vez, um meio para outros, em cálculo escalonado ou complexo. Em uma palavra: os números são e não são coisas, fins, e menos ainda devem parecer ser fantasmas intransigentes, misteriosos para as crianças.

Isto é muitas vezes mais profundo e consequente para a vida e o desenvolvimento intelectual geral que operar,para um algoritmo ou problema, o algoritmo de decomposição ou outro qualquer. A razão está ausente quando a lógica é posta a serviço de si mesma. Isso, certamente, é, para muitas crianças, a raiz de seu desinteresse. Como afirma a especialista Rosa Sanchez, "trata-se de buscar diferentes vias para motivar os alunos”, e "trata-se de ver a matemática naturalmente, como sucede com outras matérias;que para os alunos seu estudo não se torne um trauma, mas a descoberta de seus segredos e beleza." E acrescenta: a vocação para seguir uma carreira profissional nas áreas de ciências exatas pode manifestar-se ainda bem cedo. Este é, talvez, o caminho culturalmente revolucionário, a ressemeadura dos intelectos.


* Economista atuante na Investigação Operacional (ramo da matemática aplicado à tomada de decisões), consultor do Centro de Estudios por la Amistad de Latinoamérica, Asia y África – Ceala.

Suécia celebra 40 anos de lei que regulamentou aborto

no Portal Vermelho

Assim como no Brasil de hoje, até 1975 mulheres suecas eram obrigadas a recorrer a clínicas clandestinas e inseguras; desde então, país registra estabilidade tanto na taxa de abortos anuais quanto no crescimento da população.

Por Fernanda Favaro

                               Sigfrid Lundberg / Flickr CC
Jovens em Malmo, cidade no sul da Suécia; há 40 anos, país era como o Brasil hoje, que criminaliza o aborto e condena mulheres à clandestinidade 

1975. Maria descobre que está grávida e, depois de muita angústia e desespero, vividos em total solidão, decide abortar. Conversa com algumas amigas que sabem “o caminho das pedras”: uma clínica de aborto clandestino fora da cidade. Marcado o dia do procedimento, ela pega o trem para o interior sentindo-se uma criminosa fugitiva. Chegando ao local, percebe a inferioridade e insegurança da infraestrutura, mas se entrega à cirurgia entre o arrependimento, a angústia e a culpa. No mesmo dia, volta para casa, tem uma grave hemorragia e é encaminhada à emergência do hospital “legal”. Cercada por olhares julgadores da equipe médica, e pelo preconceito e rejeição da própria família, Maria morre. Fim.

2015. Maria descobre que está grávida e, depois de muito pensar e conversar com seu companheiro, decide abortar. Vai até a clínica de mulheres do hospital da cidade e é recebida pela equipe médica treinada e designada para trabalhar com a temática. Mas Maria ainda está insegura sobre sua decisão, pois se sente culpada e, por isso, pede a ajuda de um psicólogo. A consulta é marcada e o profissional a ajuda a expressar seus sentimentos e conflitos em torno da gravidez e do aborto, sem direcionar sua decisão. Maria sai da clínica e, passados alguns dias, marca o dia do procedimento. No dia, toma o remédio indicado pela clínica e espera o efeito em casa – poderia ficar na clínica, mas achou melhor estar com alguém de seu círculo afetivo. Feito o aborto, novas consultas para controle são marcadas. A ela, é oferecido também acompanhamento psicológico pós-aborto. Fim.

As duas histórias acima são fictícias, mas baseadas em fatos reais. Elas mostram dois momentos distintos da história recente da Suécia: o antes e o depois da legalização do aborto no país. A lei, que devolveu às mulheres suecas o direito de decidir sobre seus próprios corpos, completou 40 anos em janeiro, e foi comemorada como uma das conquistas de direitos humanos e igualdade mais importantes de todos os tempos no país. Até mesmo um grande festival de música, organizado pela organização de direitos sexuais e reprodutivos RSFU (Riksförbundet för sexuell upplysning), foi realizado para comemorar a data. Entre o público havia famílias inteiras com crianças pequenas.

Mas voltemos ao “antes” sueco, assustadoramente semelhante ao “hoje” brasileiro. Também por aqui, salvo em casos excepcionais como estupro, incesto e risco para a vida da mãe, o aborto era crime há 40 anos e, portanto, passível de tribunal. Essa situação levava ao cenário tão conhecido quanto previsível. Até a década de 1970, milhares de mulheres suecas morriam todos os anos em decorrência de procedimentos mal feitos em clínicas ilegais localizadas em pontos escondidos de Estocolmo e no interior, ou em suas próprias casas. Às que sobreviviam, mas tinham sua verdade revelada, o destino era o julgamento, moral e legal.

Em entrevista para a edição de janeiro da revista Situation Stockholm, a “Ocas” sueca, Marc Bygdeman, professor emérito em obstetrícia e ginecologia do Instituto Karolinska e ativista pelo direito ao aborto livre há 50 anos, conta mais detalhes deste tempo. “Existia uma lei de aborto extremamente restritiva, que aprovava somente cerca de 3 mil abortos legais por ano. Enquanto isso, eram registrados cerca de 15 mil abortos ilegais acompanhados de complicações e mortes. Se uma mulher quisesse solicitar aborto em Estocolmo, ela era obrigada a ir até clínica de saúde mental, que cuidava dos pedidos. Qual era a mensagem? Que uma mulher que desejasse abortar era doente mental?”, conta.

A restrição era tamanha que as mulheres suecas passaram a pagar por abortos em países onde o procedimento era legalizado, com destaque para a Polônia comunista. O mercado de abortos no estrangeiro, um verdadeiro escândalo para uma Suécia que se considerava liberal, veio a público em 1965. Em uma operação batizada de “Negócio da Polônia” (livre tradução), a polícia invadiu a casa e prendeu o ativista Hans Nestius, que ajudava mulheres a viajar para o país vizinho. Era o estopim de um intenso debate nacional em torno da legalização do aborto e encabeçado, na época, pelos jornais Expressen e Aftonbladet. Neste mesmo ano, pressionado pela opinião pública, intelectuais e setores da classe médica, o governo arquivou o processo contra Nestius e assumiu os trabalhos em torno de uma eventual liberalização da lei.

Motivados pelos ventos favoráveis demonstrados pela abertura do governo ao debate, estudantes, liberais, socialdemocratas, e o novo movimento organizado de mulheres liderado pelo chamado Grupp 8 — coletivo feminista fundado em 1972 por oito suecas pioneiras — se uniram aos grupos que já vinham lutando pelo direito ao aborto desde a década de 1930: esquerda organizada, RFSU, médicos simpatizantes e intelectuais feministas da “antiga”. Como resultado, entre 1965 e 1974, fase mais intensa do movimento pró-aborto sueco, os diversos grupos realizaram centenas de debates, protestos reunindo milhares de pessoas, publicações em veículos simpatizantes da causa e incursões junto aos partidos com cadeiras no Parlamento. Os novos tempos mostravam que, definitivamente, não havia mais espaço para o questionamento do direito ao aborto. As mulheres exigiam mudanças, e não toleravam mais esperar.

Em primeiro de janeiro de 1975, a lei do “direito ao aborto livre” foi finalmente aprovada. De lá para cá, algumas mudanças foram incluídas na letra original, mas a base continua a mesma: durante o primeiro período da gravidez, ou seja, até a 18° semana, a mulher tem pleno direito de decidir sobre o aborto. Passado esse período, é o serviço social quem recomenda ou não a realização do aborto tardio a partir da análise de cada caso. Estes correspondem a apenas 1% do total de procedimentos – a maioria, 80%, acontece até a nona semana de gravidez (Socialstyrelsen, RFSU). Torun Carrfors, enfermeira, resume o espírito da lei: “Não é nenhum direito humano trabalhar no serviço de saúde da mulher, mas é um direito humano que ela possa decidir sobre seu próprio corpo” (Situation Stockholm, janeiro de 2015).

Para ter seu direito humano atendido nos dias de hoje, basta que a mulher procure o serviço de saúde e manifeste seu desejo – como vimos na historinha da Maria de 2015. Lá, ela terá atendimento médico e psicológico e, caso decida pelo aborto, recebe o medicamento abortivo: duas pílulas que devem ser ingeridas em um período de 36 horas. A primeira é tomada no hospital, e a segunda, em casa, caso seja este o desejo da mulher. Para os casos que passaram das 18 semanas e obtiveram permissão das autoridades, o aborto é realizado de forma cirúrgica. Em qualquer momento do processo, seja via medicinal ou cirúrgica, toda mulher tem o direito a apoio psicológico já que, também por aqui, apesar de legalizado, o aborto ainda é cercado de tabus, mitos e silêncios.

A recente história do aborto na Suécia mostra que a grande diferença entre as duas Marias do começo do texto é a aceitação e acolhimento, na forma da lei, de uma verdade inconveniente: mulheres sempre abortaram e sempre abortarão, não importa o que a família, a igreja e o Estado digam ou façam. Se é assim, o que ganha um país democrático como o Brasil fechando os olhos para isso, ou limitando o debate ao campo moral e religioso? Resposta: apenas o vergonhoso título de um dos lugares do mundo onde mais se mata mulheres em decorrência de abortos ilegais. São um milhão de abortos clandestinos por ano resultando em cerca de 250 mil internações para tratamento de complicações em território nacional. A cada dois dias, uma brasileira morre por aborto inseguro, sendo esta a quinta maior causa de morte materna no país.

Também derruba outro famoso mito propagado em fóruns conservadores e religiosos: a de que o aborto legalizado e protegido funcionaria como um incentivo ao procedimento e uma ameaça aos nascimentos e à “família”. No entanto, a experiência sueca vem mostrando que a legalização não tornou suas mulheres “máquinas de aborto”, muito menos teve influência em sua decisão futura de ter filhos. Desde que os procedimentos passaram a ser oficialmente contabilizados, o país a mantém mais ou menos a mesma proporção de 18 a 21 abortos por mil habitantes – levemente acima da taxa de outros países europeus (Socialstyrelsen, RFSU). Quanto à taxa de nascimentos, o país registra uma estável cifra de cerca de 10 nascimentos por mil habitantes há mais de uma década, além de sucessiva progressão em sua taxa de crescimento demográfico – fato explicado, na realidade, pelas políticas de incentivo à natalidade e à imigração, sem qualquer relação direta com o aborto legal (Index Mundi). Logo, a legalização nada mais fez do que tirar o aborto da clandestinidade assassina e apoiar, com recursos médicos, humanos e científicos, o que já acontecia desde quando as primeiras mulheres suecas descobriram os primeiros métodos abortivos.

Por fim, os 40 anos do aborto legal na Suécia chamam a atenção para a absoluta importância do feminismo. A jornada de país que vergonhosamente exportava mulheres para o exterior para que pudessem abortar sem serem perseguidas, para país que acolhe plenamente este direito, é a jornada de décadas de “Marias” engajadas na luta por respeito e igualdade. Elas são a prova de que o feminismo e as feministas seguem sendo indispensáveis para o processo de evolução da humanidade. Sem suas lutas e duras conquistas, nunca haverá esperança para países que sonham com o carimbo de “desenvolvidos”. E esse recado serve como nunca para o Brasil de 2015, onde ventos ultraconservadores vêm soprando assustadoramente forte desde as últimas eleições.

Fonte: Opera Mundi, artigo originalmente publicado no site Blogueiras Feministas


A Rede Globo precisa ser responsabilizada.

golpe4

por José Gilbert Arruda Martins

É a barbárie pela barbárie.

É a violência de classe. Não a luta de classes.

É o desprezo total pela liberdade, pela democracia e pelo Estado de Direito.

A elite brasileira precisa entender que o país é de todos e todas.

A elite brasileira precisa entender que esse ódio e violência só leva a mais ódio e violência.

A elite brasileira precisa entender que o Povo, que foi escravo no passado, também tem como e pode reagir.

Como somos democratas, nossa ação será através dos instrumentos da democracia e da civilidade.
Não iremos usar as armas do ódio e da violência que a globo patrocinou e patrocina todo dia.

A elite brasileira tem conhecimento do que ela própria fez quando governou o país.

FHC desmontou o Estado brasileiro, entregando ao grande capital internacional o patrimônio público.
Os recursos arrecadados nunca ninguém viu. Não se sabe o que foi feito com o dinheiro do desmonte do Estado na Era Fhc.

FHC, no desmonte do Estado brasileiro, vendeu ao capital internacional, principalmente dos Estados Unidos, cerca de 40% da Petrobrás.

FHC, para facilitar a saída do capital especulativo zerou o imposto sobre capital financeiro.

FHC aprovou no Congresso a lei de licitações que permitiu o grande capital e as empreiteiras daqui e de fora fazerem a farra com contratos da Petrobrás.

FHC e seus lacaios não criaram uma única Universidade Pública, uma única Escola Técnica, ao contrário, desmantelou o Ensino Superior e o Ensino Infantil e o Médio no país.

FHC e seus asseclas deixaram o povo morrer de fome e não criou uma única Política Pública capaz de distribuir Renda.

Como entender atitudes de ódio como esses que a sociedade brasileira e mundial viu pela TV, principalmente a Globo que apoiou a Ditadura Militar brasileira que prendeu ilegalmente, torturou e assassinou milhares de pessoas no Brasil?

Acredito que chegou a hora das instituições que ainda funcionam no Brasil, tomar pé do que está acontecendo e pode acontecer.

A UNE, a UJS, a Ubes, a OAB, a CNBB, o STF, o Congresso Nacional, as Centrais Sindicais, os Sindicatos de Trabalhadores e Trabalhadoras, a ONU, a OEA, a Unasul...

A Rede Globo precisa ser responsabilizada.

O que essa emissora está fazendo é completamente ilegal e autoritário.
Não pode ficar impune.

Nenhum país democrático e sério do mundo aceitaria o que a globo fez e faz.

O governo Dilma Roussef, através do Ministério da Justiça, precisa acionar os instrumentos legais para punir a rede globo de Televisão.

As atitudes da emissora, fortalece a ideia e as ações da sociedade democrática rumo a uma lei que regule a mídia no país.

O silêncio do governo e das instituições, preocupa tanto quanto as imagens da violência.

http://www.revistaforum.com.br/mariafro/2015/03/15/o-pt-deve-denunciar-criminalmente-rede-globo-por-incitar-o-odio-brasil/

NOTA SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL

no Portal do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente-DF
NOTA SOBRE A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL
O Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente do Distrito Federal – CDCA/DF,
órgão formulador, deliberativo e controlador das políticas e das ações do Distrito Federal em todos os níveis de atendimento aos direitos da criança e do adolescente, em atenção à Doutrina da Proteção Integral, vem a público manifestar, pelos motivos a seguir expostos, seu posicionamento contrário à proposta de emenda à Constituição Federal que visa à redução da maioridade penal.
O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, ao contrário da ideia que vem sendo amplamente difundida, não compactua com a impunidade e prevê medidas para a responsabilização do adolescente a quem é atribuída a autoria de ato infracional. Entretanto, desde a sua publicação em 13 de julho de 1990, o ECA jamais foi implementado em sua integralidade, o que trouxe grandes prejuízos aos direitos infanto-juvenis, uma vez que tem por objetivo protegê-los ao dispor sobre a doutrina da proteção integral, e também à sociedade, pois também a resguarda ao prever penas (medidas socioeducativas) aos jovens autores de atos infracionais.
Nesse sentido, cabe exigir do Estado a efetiva implementação das medidas socioeducativas e também o investimento em educação de qualidade, além de medidas que eliminem as desigualdades sociais. Falta, no Brasil, a execução de políticas públicas que fortaleçam os laços familiares e a formação moral das crianças. A juventude deste país é vítima da inexistência de políticas de inclusão e não deve ser criminalizada por essa falha para a qual não concorreu.
A delinquência juvenil é, portanto, um indicador de que o Estado, a sociedade e a família não têm cumprido adequadamente seu dever de assegurar, com absoluta prioridade, os direitos da criança e do adolescente. Criminalizar o jovem com penalidades no âmbito carcerário seria a escolha mais simples para a não solução de um problema, bem como sua ocultação até um novo e inevitável colapso social.
Não se deve olvidar que os adolescentes também são vítimas da realidade em que vivem. Entre os anos de 2010 e 2011, a maioria dos jovens tinha entre 15 e 17 anos de idade quando do cometimento do primeiro ato infracional, sendo que, no mesmo período, mais de 40% daqueles em cumprimento de medidas socioeducativas havia cursado apenas a 5ª ou a 6º série.
A redução da maioridade não passará de uma dupla violação dos direitos infanto-juvenis. Em um primeiro momento, seus direitos são violados pela falta de políticas públicas inclusivas e, em um segundo momento, pela redução em si mesma.
As políticas públicas, que atualmente focam a repressão, deveriam trabalhar principalmente a prevenção, de forma a impedir que esses jovens venham a praticar atos infracionais. Há que se visar à formação integral nos valores que dignificam o ser humano.
Cabe ressaltar que a redução da maioridade por si só não resolverá a problemática da criminalidade no país. O tema necessita de uma abordagem sistêmica, não de visões levianas e mal fundamentadas que atribuam aos adolescentes a culpa pelo aumento da criminalidade.
Ademais, se o único critério a se utilizar para a solução do problema for a faixa etária do jovem, cada vez mais a maioridade deverá ser reduzida, especialmente se considerarmos que, em média, mais de 40% dos adolescentes tinha entre 12 e 14 anos de idade quando cometeram o primeiro ato infracional.
Deve ser considerado, ainda, que a redução viola cláusula pétrea, ou seja, trata-se direito e garantia protegido por cláusula de intangibilidade, não podendo, portanto, ser modificado sequer por emenda constitucional.
Por fim, o CDCA/DF reafirma o seu posicionamento contrário à redução da maioridade penal, por entender que tal medida, além de não solucionar o problema da violência no Brasil, representaria a negação da doutrina da proteção integral; e reitera a necessidade de o Estado, a sociedade, e a família assumirem seu dever e responsabilidade pela promoção e proteção dos direitos das crianças e adolescentes como forma de prevenção a problemas sociais existentes, tais como a violência e a criminalidade.
CLEMILSON GRACIANO DA SILVA
Vice-presidente do CDCA/DF

A Juventude quer viver: Chega de violência e extermínio de jovens

no Portal Pastoral da Juventude
Este grito nacional quer ecoar por todos os cantos do país, pois a violência e o extermínio de jovens é realidade que não escolhe região, capital ou interior, essa realidade já está disseminada por todos os lugares, em especial que haja periferia e/ou pobreza. Ai de mim se não gritar, se gritando já está complicado! É preciso gritar mais alto, mais forte, é preciso fazer barulho, incomodar os ouvidos daqueles que no silêncio legitimam a cultura de morte que se instaurou no Brasil, pois a violência e o extermínio de jovens, em muitos estados, fazem parte da política de Segurança Pública, pois a lógica que impera é a da criminalização da Pobreza. Por isso, façamos como o poeta Tiago de Mello: “Faz escuro, mas em canto”.
A Campanha Nacional Contra a Violência e o Extermínio de Jovens também vem desconstruir as imagens negativas que são vendidas diariamente pela mídia, gostaria de comentar apenas uma:
A Juventude Brasileira é Alienada e Despolitizada
Essa Campanha vem mostrar que a juventude está cada vez mais consciente dos seus direitos e sabe muito bem reivindicar para que os mesmos sejam garantidos. Se essa campanha nasce no interior da Igreja Católica, mas especificamente nas Pastorais da Juventude, hoje já é uma ação articulada de diversas organizações para levar à sociedade o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no Brasil.
A Campanha objetiva avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte. Essa organização e articulação demonstram como a juventude é protagonista da sua própria história. Por que será que uma campanha como essa não ganha a mídia? À que interessa se vender falsas imagens das juventudes?
O Perfil da Juventude Exterminada
De acordo com dados da ONU (2006): em cada grupo de dez jovens de 15 a 18 anos assassinados no Brasil, sete são negros. Este dado demonstra que o perfil da juventude exterminada é bem peculiar, são jovens, do sexo masculino, negros e moradores de áreas periféricas. Isto reforça tanto a questão racial histórica no Brasil quanto a discriminação das classes, ou seja, ainda temos um viés higieninsta em pleno século XXI, onde o pobre e mais especificamente o negro é associado à sujeira e à doença contagiosa, como se fosse um câncer ou uma cólera e por isso deve ser eliminado da sociedade moderna.
Desta forma tratam uma das vertentes da questão social com ações meramente repressivas, que já provaram sua não eficácia no decorrer dos últimos trinta anos, ou seja, armas e derramamento de sangue. O que precisamos é de políticas públicas para as Juventudes, que sejam de Estado e não de Governo, pois a maioria dos jovens assassinados apresenta baixa escolaridade ou nunca teve acesso à escola, emprego e moradia digna.
A Juventude Quer Viver!
Não podemos mais fechar os olhos, a boca e os ouvidos para esse clamor da juventude, precisamos nos unir a essas organizações que estão dinamizando a campanha por todo o Brasil: a Juventude Quer Viver! Mas não quer de qualquer maneira, quer uma vida digna, com qualidade, com justiça e igualdade.
Precisamos atuar na garantia dos Direitos da Juventude, que são previstos pela Constituição Federal e violados diariamente. São direitos humanos universais que devem ser denunciados toda vez que forem desrespeitados. Faça parte desse movimento, acesse o site abaixo e veja como participar.

sábado, 21 de março de 2015

Dias: UDN faz o serviço de Tio Sam

no Conversa Afiada
O Globo está onde sempre esteve
Conversa Afiada reproduz artigo de Mauricio Dias, extraído da Carta Capital:

por José Gilbert Arruda Martins
O problema PHA é que nem todo mundo lembra ou sabe o que é UDN...
Lá vai ...Arena + PDS + PFL + DEM = a UDN.
A UDN era o partido golpista da década de 50/60, Carlos Lacerda era um dos seus membros.
A Arena era o partido dos ditadores.
O PDS idem.
O PFL é filho da UDN, da Arena e do PDS.
O DEM é filho da UDN, Arena, PDS e PFL.
É uma "matemática" que, principalmente os jovens não conhecem direito.

O FANTASMA DA UDN


Espalha-se o cheiro de um retorno ao passado, como se o objetivo final fosse entregar o Brasil a Tio Sam


A reação conservadora e golpista mostrou a cara nas manifestações de rua no domingo 15 de março. Os números foram inflacionados, como, por exemplo, em São Paulo. De qualquer forma, o contingente de pessoas foi grande e espalhou-se por diversas capitais do País e algumas poucas cidades do interior.

Nessas marchas os participantes, com trajes verde-amarelos, tinham focos difusos expressados em cartazes e faixas de variados tamanhos e agressividade: o impeachment da presidenta Dilma, corrupção, apelo à intervenção militar imediata, agressão verbal ao PT e aos petistas, entre outras. Algumas senhoras sessentonas reviveram o movimento dos caras-pintadas formado pela juventude dos anos 90 do século passado. Lutavam, no ocaso da ditadura, por eleições “Diretas Já”. Hoje, o conjunto da obra, como constatam as palavras de ordem, convergia para um só objetivo, possível de ser traduzido pelo lema “Direita Já!”

Uma parte da imprensa debitou as manifestações na conta de um suposto esforço em “defesa da democracia”. Essa expressão, uma ofensa à história, estava nas páginas do jornal O Globo do dia seguinte, sustentada por uma manchete com números falsos, “Dois milhões nas ruas”, desmentidos por pesquisa do insuspeito Datafolha. O jornal carioca, valendo-se do “olhômetro” da Polícia Militar, afirmava que pela Avenida Paulista desfilaram 1 milhão de pessoas. A pesquisa reduziu tudo a 210 mil, número elevado, mas não gigantesco. Muito inferior, por exemplo, à histórica “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”.

Naquela ocasião, a população de São Paulo era menor e a aglomeração, que antecipou o golpe militar, foi calculada em 500 mil pessoas. Em 1964, O Globo estava também na vanguarda do reacionarismo. Apoiando, é claro.

Embora as situações sejam diferentes, é necessário manter acesa a luz amarela. Herdeiros da concepção udenista repetem hoje os antecessores de ontem. Em 1964, com apoio da esquerda doidivanas, tiraram a bandeira da democracia das mãos de um governo que tinha alta aprovação. Não adiantou. A sociedade os seguiu. Jango foi derrubado.


A oposição não tem proposta de um programa político-econômico alternativo ao dos governos petistas. Sem alternativa tornou a corrupção o centro dos problemas brasileiros. Alimenta-se de episódios como o chamado “mensalão”, uma tradução oportunista do que de fato ocorreu, a reprovável formação de caixa 2 comum a todos os partidos, e agora da corrupção de empreiteiros e alguns poucos funcionários da Petrobras.

Como se fossem “os puros”, pregam a ética cavalgando na promessa de acabar com a corrupção. Aspas retiradas do livro A Lei e a Ordem, de Ralf Dahrendorf, um sociólogo alemão de cepa liberal, inspirado nas reflexões “de magnífica ironia” da lavra de Heinrich Popitz: “Uma sociedade que revelasse todos os casos de desvio arruinaria a validade de suas normas (…) As normas não suportam a luz forte de um holofote, elas precisam de uma certa obscuridade”.

Em desespero por estarem fora do poder há 12 anos, e vai a 16, inconformados os opositores perderam o freio. Se a afirmação de Popitz for verdadeira, eles algum dia, mantidos na oposição, talvez proponham acabar com o Brasil ou entregá-lo ao Tio Sam.



Leia também:

JANDIRA: IMPITIM É SHOW DE HORRORES!


VÍDEO EXCLUSIVO: ATO EM SP ENTUBA #GLOBOGOLPISTA


Jandira: impitim é show de horrores!

no Conversa Afiada
” Nossa nação não pode ser obrigada a assistir cada vez mais as sanhas da extrema direita no asfalto”
Conversa Afiada reproduz texto da deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ):


SHOW DE HORRORES



Parte dos protestos de domingo (15) nos chocaram. A interminável lista de desaparecidos e mortos no combate à Ditadura logo me veio a mente ao assisti-los. De Abelardo Rausch Alcântara à Zuleika Angel Jones, milhares de brasileiros, a maioria comunistas, deram suas vidas pela liberdade. Até hoje mais de 400 nomes são lembrados pela perseguição do Regime. Como bem destacou a presidenta Dilma Rousseff, em recente pronunciamento, a liberdade de expressão de hoje foi garantida por pessoas como ela. E isto deve ser valorizado e constantemente lembrado por todos nós.

Apesar do descontentamento de parte da sociedade com a crise econômica, que tem ausculta do Palácio do Planalto, há uma infinidade de equívocos registrados nos atos do final de semana. Que marcha democrática é essa que caminhou de mãos dadas com fascistas das mais variadas nuances? Que espécie de manifestação acolhe e divide o democrático espaço das ruas com um clamor pela ajuda dos militares? Atos em que até ex-agentes do DOPs discursam? Ideias atrasadas que ficaram pela História, mas que atualmente parecem ter saído das catacumbas do ostracismo ávidas por alijar nossos filhos e netos dos ares da liberdade.

Da Avenida Paulista à orla de Copacabana, nas inúmeras faixas espalhadas, o ódio em sua face mais colérica era mostrado. Misturados aos protestos, inflados pelo aparato midiático e o financiamento de grupos econômicos, faixas verde e amarelo pediam soluções que iam desde a morte de comunistas e o enforcamento de Lula e Dilma, ao retorno da Ditadura, com intervenção militar, o fechamento do Supremo Tribunal Federal. Vimos suásticas por todo o lado, além de frases em inglês, alemão e até italiano. Este, verdadeiramente, não é o Brasil.

A insatisfação social não pode desaguar neste tipo de retrocesso. O Brasil não pode se tornar palco de supostos líderes e golpistas, que usufruem de sua condição como oposição ao Governo para angariar espaço, poder e status. De forma oportunista, manipulam a informação para milhares de pessoas, aumentando o incômodo generalizado pela atual dificuldade econômica e a investigação em curso sobre os casos de corrupção.

A livre manifestação é bem-vinda, mas incorrer na instabilidade democrática não é porta de emergência. Pelo contrário, é o fim do poço. A população, de uma vez por todas, precisa se envolver com o debate político nacional e pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de mudanças estruturantes. O Governo Federal também deve se perfilar pelo fim do financiamento empresarial nas campanhas eleitorais, medidas anticorrupção, a taxação de grandes fortunas e a preservação de direitos.

A defesa do mandato constitucional da presidenta Dilma Rousseff e o combate à corrupção deve ser feita por todos nós, assim como os trabalhadores e movimentos sociais fizeram no dia 13, ocupando com pautas concretas as ruas das capitais e também ostentando as cores de nossa bandeira, um símbolo de todos os cidadãos. A valorização e fortalecimento da Petrobras, por exemplo, e a reforma política ganharam corpo nos atos por serem essenciais para as mudanças que o povo brasileiro anseia.

O Governo precisa falar para toda a população, sem recuar, apresentando uma agenda concreta, positiva e ousada, clareando as perspectivas futuras, reacendendo a esperança e consolidando a verdadeira democracia. Nossa nação não pode ser obrigada a assistir cada vez mais as sanhas da extrema direita no asfalto, misturadas ao povo, numa marcha contra a memória de todos que um dia lutaram e morreram pela liberdade deste país. Basta desse show de horrores.



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Moniz Bandeira: "EUA promovem desestabilização na América Latina"

no Portal da Carta Maior

Iniciativas como a criação do Banco do Brics e o regime de partilha para o pré-sal contrariam seriamente os interesses norte-americanos.

VIOMUNDO
reprodução

por José Gilbert Arruda Martins

Na realidade, o capital não tem pátria, não tem mãe.

Como disseram os professores Clóvis e Gustavo da USP "O capital não precisa de um mundo ideal para prosperar; ele prospera no mundo que vier. Ele cria o mundo quando precisar".

O que o capital tem são seus lacaios em cada país que chega.

E, se nesse país, existe algum impedimento para sua livre ação, lideranças são cooptadas, compradas.

Esse modelo não é novo, a Inglaterra usou desse tipo de "diplomacia", na China, por exemplo, durante o século XIX.

A política externa da Inglaterra e mais tarde dos Estados Unidos foram e são marcadas por essa maneira de impor seus interesses.

Quando os seus interesses não são respeitados, todo tipo de violência e desrespeito total à soberania das nações em questão, são impostos.

O documentário "Assassinos Econômicos", baseado num livro de um ex-agente da CIA, mostra com clareza essa questão.

Quando o Brasil, a partir de 2003 seguiu uma política externa de aproximação com a China, a Rússia, a África e outros países orientais, o governo dos EUA iniciaram a política de ingerência com o objetivo de desestabilizar o governo.

As manifestações do dia 15/03, tem muita gente que não sabe, foi apoiado e financiado em parte por pessoas, organizações, empresários nacionais e internacionais, agentes da CIA infiltrados em todo tipo de organização não governamental.

Os partidos políticos de direita, principalmente o DEM e o PSDB, já mostraram aos EUA e ao grande capital internacional, se conseguirem o poder, irão promover uma mudança na lei que regula o pré-Sal, a imprensa alternativa já denunciou.

Esse tipo de informação que já divulgamos em profusão, muitas vezes é motivo de brincadeiras e, muita gente diz que é "teoria da conspiração".

Moniz Bandeira: "EUA promovem desestabilização na América Latina"

Iniciativas como a criação do Banco do Brics e o regime de partilha para o pré-sal contrariam seriamente os interesses norte-americanos.



O cientista político e historiador Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira denunciou hoje (17) que os Estados Unidos, por meio de órgãos como CIA, NSA (Agência Nacional de Segurança) e ONGs a eles vinculadas, continuam na tentativa de desestabilizar governos de esquerda e progressistas da América Latina, como os da Venezuela, Argentina e Brasil.
 
Em entrevista ao PT na Câmara, por e-mail, Moniz Bandeira disse que ‘’evidentemente há atores, profissionais muito bem pagos, que atuam tanto na Venezuela, Argentina e Brasil, integrantes ou não de ONGs, a serviço da USAID, National Endowment for Democracy (NED) e outras entidades americanas”, para desestabilizar esses países, com a utilização de instrumentos que incluem protestos de rua.
 
"As demonstrações de 2013 e as últimas, contra a eleição da presidente Dilma Russeff, não foram evidentemente espontâneas", disse o cientista político.
 
“Os atores, com o suporte externo, fomentam e encorajam a aguda luta de classe no Brasil, intensificada desde que um líder sindical, Lula, foi eleito presidente da República. Os jornais aqui na Alemanha salientaram que a maior parte dos que participaram nas manifestações de domingo, dia 15, era gente da classe média alta para cima, dos endinheirados’’, disse Moniz Bandeira, que reside na Alemanha e é autor de vários livros sobre as relações Brasil—EUA.
 
No caso do Brasil especificamente, citou iniciativas do PT e aliados que contrariam Washington, como a criação do Banco do Brics, uma alternativa ao FMI e ao Banco Mundial e o regime de partilha para o pré-sal, que conferiu papel estratégico à Petrobras, deslocando as petroleiras estrangeiras. Ele lembrou também que a presidenta Dilma foi espionada pela NSA e não se alinhou com os EUA em outras questões de política internacional, entre as quais a dos países da América Latina.
 
Eis a entrevista:
 
O líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), comentou nas redes sociais que a CIA tem atuado nas tentativas de desestabilização de governos democráticos na América Latina . Como o senhor avalia isso, diante de vários episódios históricos que mostram os EUA por trás da desestabilização de governos de esquerda e progressistas?
 
Washington há muito tempo está a criar ONGs com o fito de promover demonstrações empreendidas, com recursos canalizados através da USAID, National Endowment for Democracy (NED) e CIA; Open Society Foundation (OSF), do bilionário George Soros, Freedom House, International Republican Institute (IRI), sob a direção do senador John McCain, etc.
 
Elas trabalham diretamente com o setor privado, municípios e cidadãos, como estudantes, recrutados para fazerem cursos nos EUA.
 
A estratégia é aproveitar as contradições domésticas do país, os problemas internos, a fim de agravá-los, gerar turbulência e caos até derrubar o governo sem recorrer a golpes militares.
 
Na Ucrânia, dentro do projeto TechCamp, instrutores, a serviço da Embaixada dos EUA, então chefiada pelo embaixador Geoffrey R. Pyatt, estavam a preparar, desde pelo menos 2012, especialistas, profissionais em guerra de informação e descrédito das instituições do Estado, a usar o potencial revolucionário da mídia moderna – subvencionando a imprensa escrita e falada, TVs e sites na Internet — para a manipulação da opinião pública, e organização de protestos, com o objetivo de subverter a ordem estabelecida no país e derrubar o presidente Viktor Yanukovych, em fevereiro de 2014.
 
Essa estratégia baseia-se nas doutrinas do professor Gene Sharp e de Political Defiance, i. e., o desafio político, termo usado pelo coronel Robert Helvey, especialista da Joint Military Attache School (JMAS), operada pela Defence Intelligence Agency (DIA), para descrever como derrubar um governo e conquistar o controle das instituições, mediante o planejamento das operações e mobilizações populares no ataque às fontes de poder nos países hostis aos interesses e valores do Ocidente (Estados Unidos).
 
Essa estratégia pautou em larga medida a política de 'regime change', a subversão em outros países, sem golpe militar, incrementada pelo presidente George W. Bush, desde as chamadas “revoluções coloridas” na Europa e Eurásia, assim como na África do Norte e no Oriente Médio. Explico, em detalhes e com provas, como essa estratégia se desenvolve em meu livro A Segunda Guerra Fria, e, no momento estou a pesquisar e escrever outra obra – A desordem mundial — onde aprofundo o estudo do que ocorreu e ocorre em vários países, sobretudo na Ucrânia.
 
Além da CIA, como os EUA atuam contra os governos de esquerda da América Latina?
 
Não se trata de uma questão ideológica, mas de governos que não se submetem às diretrizes de Washington. Uma potência mundial, como os EUA, é mais perigosa quando está a perder a hegemonia do que quando expandia seu Império. E o monopólio que adquiriu após a II Guerra Mundial de produzir a moeda internacional de reserva – o dólar – está a ser desafiado pela China, Rússia e também o Brasil, que está associado a esses países na criação do banco internacional de desenvolvimento, como alternativa para o FMI, Banco Mundial etc.
 
Ademais, a presidenta Dilma Rousseff denunciou na ONU a espionagem da NSA, não comprou os aviões-caça dos EUA, mas da Suécia, não entregou o pré-sal às petrolíferas americanas e não se alinhou com os Estados Unidos em outras questões de política internacional, entre as quais a dos países da América Latina.
 
O governo da Venezuela tem denunciado a participação de Washington em tentativas de golpe. O mesmo poderia estar acontecendo em relação ao Brasil?
 
Evidentemente há atores, profissionais muito bem pagos, que atuam tanto na Venezuela, Argentina e Brasil, integrantes ou não de ONGs, a serviço da USAID, National Endowment for Democracy (NED) e outras entidades americanas. Não sem razão o presidente Vladimir Putin determinou que todas as ONGs fossem registradas e indicassem a origem de seus recursos e como são gastos.
 
O Brasil devia fazer algo semelhante. As demonstrações de 2013 e as últimas, contra a eleição da presidente Dilma Rousseff, não foram evidentemente espontâneas. Os atores, com o suporte externo, fomentam e encorajam a aguda luta de classe no Brasil, intensificada desde que um líder sindical, Lula, foi eleito presidente da República. Os jornais aqui na Alemanha salientaram que a maior parte dos que participaram das manifestações de domingo, dia 15, era gente da classe média alta para cima, dos endinheirados.
 
Que interesses de Washington seriam contrariados, pelo governo do PT, para justificar a participação da CIA e de grupos empresariais de direita, como os irmãos Koch (ramo petroleiro) , no financiamento de mobilizações contra Dilma? O pré-sal, por exemplo?
 
Os interesses são vários como expliquei acima. É muito estranho como começou a Operação Lava-Jato, partir de uma denúncia “premiada”, com ampla participação da imprensa, sem que documentos comprobatórios aparecessem.
 
O grande presidente Getúlio Vargas já havia denunciado, na sua carta-testamento, que “a campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. (…) Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente”.
 
Como o senhor interpreta o surgimento de grupos de direita no Brasil, com agenda totalmente alinhada aos interesses dos EUA?
 
Grupos de direita estão no Brasil como em outros países. E despertaram com a crise econômica deflagrada em 2007-2008 e que até hoje permanece, em vários países, como o Brasil, onde irrompeu com mais atraso que na Europa.
 
E a direita sempre foi fomentada pelos interesses de Wall Street e do complexo industrial nos EUA, que é ceivado pela corrupção, e onde a porta giratória – executivos de empresas/secretários do governo – nunca deixa de funcionar, em todas as administrações.
 
Há, entre os organizadores dos protestos, gente francamente favorável à privatização da Petrobras e das riquezas nacionais, com um evidente complexo de vira-latas diante dos interesses estrangeiros. Como analisar esse movimento à luz da história brasileira? De novo o nacionalismo versus entreguismo?
 
Está claro que, por trás da Operação Lava-Jato, o objetivo é desmoralizar a Petrobras e as empresas estatais, de modo a criar as condições para privatizá-las.
 
Porém, estou certo de que as Forças Armadas não permitirão, não intervirão no processo político nem há fundamentos para golpe de Estado, mediante impeachment da presidenta Dilma Rousseff, contra a qual não há qualquer prova de corrupção, fraude eleitoral etc., elemento sempre usado na liturgia subversiva das entidades e líderes políticos que a USAID, NED e outras entidades dos EUA patrocinam.


Créditos da foto: reprodução

“Procura-se um homem que controle o tesão”

por :  no Diário do Centro do Mundo

Tenha paciência e tudo ficará bem – para os dois lados
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Não, este não é um anúncio de classificados. É uma simples constatação do que – segundo a minha então breve observação da vida e das pessoas – tem motivado os mais revoltosos reclames femininos e, em consequência lógica, insatisfação de alguns homens consigo mesmos.
Nesses breves e bem vividos vinte e um anos que me foram desfrutados, tenho observado com um riso de canto de boca os erros e acertos masculinos no quesito sexo/prazer. (Não com o olhar científico de quem julga o comportamento alheio, mas com o olhar atento e bem-humorado de quem se distrai observando as pessoas.)
E o que tenho visto são os mesmos homens repetindo os mesmos erros. Testando mil e uma formas de ter prazer e dar prazer à parceira e, em geral, fracassando.
Você pode não acreditar se for mais confortável pra você, mas é só observar à sua volta: nove entre dez mulheres reclamam das mesmas coisas; egoísmo sexual (aquela coisa irritante de gozar e dormir), síndrome da britadeira, preliminares ignoradas, falta de liberdade pra propor fantasias sexuais… os reclames se repetem em (quase) toda relação.
Mas o que eu acho que sei sobre tesão masculino é que há apenas uma questão central que engloba todas as outras das quais as pessoas tanto reclamam: os homens têm pressa. Ignoram as preliminares porque têm pressa; gozam em poucos minutos porque têm pressa; insistem, muitas vezes, em se comportar como britadeiras pura e simplesmente porque têm pressa.
Como se chegar lá fosse mais importante do que tudo o que se faz no caminho até “lá”.
Na verdade, se cada homem conseguisse se livrar de sua pressa sexual/ansiedade mórbida, a maioria das insatisfações de suas parceiras provavelmente estaria resolvida.
Não acredita? Preste atenção nas maiores fantasias das mulheres: preliminares que durem, homens dominadores, transas intensas. Ninguém falou em gozar litros ou ser penetrada freneticamente. Tudo envolve, no fundo, uma coisa simples e necessária em tudo na vida: paciência.
Agradar uma mulher na cama não é exatamente complicado. Nunca ouvi uma amiga dizer “tem que ser grande” ou “tem que ser bonito”. Somos bem menos exigentes sexualmente do que parecemos: basta não se comportar como um adolescente virgem a quem só interessa gozar.
Desfrutar do sexo é (muito) mais que isso. E desfruta quem não tem pressa.
Abra espaço para as fantasias e já terá dado um grande passo.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
Nathali Macedo
Sobre o Autor
Atriz por vocação, escritora por amor e feminista em tempo integral. Adora rir de si mesma e costuma se dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo desenho animado. Apesar de tirar fotos olhando por cima do ombro, garante que é a simplicidade em pessoa. No mais, nunca foi santa. Escreve sobre tudo em: facebook.com/escritosnathalimacedo



Empreiteira da Lava Jato afirma que cartel atuou desde o governo FHC

no Diário do Centro do Mundo



por José Gilbert Arruda Martins

Esse depoimento deixa claro como não tem sentido a sangria do governo Dilma pela mídia conservadora.

Se as investigações forem sérias, sem objetivos políticos e profunda, poderá chegar, inclusive, à compra de votos da emenda constitucional da reeleição na década de 1990.

A corrupção no Brasil tem drenado para bolsos de particulares recursos aos milhões. Dinheiro que deveria aumentar as verbas da educação e da saúde públicas.

Mas, definitivamente, não é um fenômeno recente.

A emenda constitucional que permitiu que Fernando Henrique Cardoso se reelegesse na década de 1990 teve parlamentares comprados. Inclusive, vários foram para a TV denunciar.

O que precisa ser feito agora, além das punições, que finalmente estão acontecendo, é a Reforma Política e o fim do financiamento empresarial de campanhas.

Essa medida, poderá ser um marco importante na construção das eleições no país.

O Brasil precisa da Reforma Política. Até mesmo para ser possível manter os avanços, ainda que tímidos, na área social.

Empreiteira da Lava Jato afirma que cartel atuou desde o governo FHC

Do uol:
Em acordo de leniência firmado pela Setal Engenharia e Construções com a Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (SG-Cade), a empresa afirmou que as empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato operam em cartel para participar de licitações da Petrobras desde o final dos anos 1990.
O posicionamento da companhia coincide com o que disse o executivo Augusto Mendonça, ex-representante da Toyo Setal, à Justiça Federal. Após firmar o acordo de delação premiada, ele disse que o cartel, chamado por ele de “clube” de empreiteiras que atuava nas licitações da estatal existe desde meados da década de 1990, período que abrange a gestão de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
Segundo Mendonça, ex-representante da Toyo Setal, o cartel “passou a ser mais efetivo a partir de 2004, graças às negociações dos diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento) e Renato Duque (Engenharia e Serviços)”.
No histórico de conduta divulgado pelo Cade, com detalhes do acordo de leniência, a Setal e a SOG Óleo e Gás afirmaram que foi estabelecido “um sistema de proteção” entre as empresas para “combinar não competirem entre si em licitações relativas à obras da Petrobras no mercado ‘onshore'”.
O documento registra, ainda, que a empresas investigadas na Lava Jato se “reuniam, ainda que inicialmente de uma maneira não estruturada, com o objetivo de discutir e tentar dividir os pacotes de licitações públicas ‘onshore’ da Petrobras no Brasil”.
As empreiteiras disseram que o cartel ficou mais bem definido a partir de 2003 ou 2004, com a chegada do ex-diretores de Engenharia e Serviços da estatal, Renato Duque, e de Abastecimento, Paulo Roberto Costa.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Corruptos e corruptores

no Portal do Le Monde Diplomatique Brasil
por Silvio Caccia Bava

A cobertura da grande imprensa sobre os recentes casos de corrupção centra sempre seu foco nos administradores públicos, como se a questão fosse apenas ética, de pessoas sem caráter ou de mau caráter, que se aproveitam dos postos em que estão para roubar. Esquece-se que para haver corruptos é preciso que haja corruptores, tão ou mais criminosos que os primeiros.
Mas ficar no plano ético ou moral não resolve a questão, considerada endêmica no Brasil. Ela está presente em todos os níveis de governo; portanto, com seus funcionários públicos corruptos e com empresas corruptoras.
Se ela é tão generalizada e parte de empresas que operam em todos os níveis de governo, pode-se então dizer que a corrupção é uma forma de ação das empresas para auferir vantagens ilegais na relação com os poderes públicos. E isso envolve os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
A Operação Lava Jato, pela primeira vez, atribui responsabilidades pelos processos de corrupção a empresas que prestam serviços ao Estado. Executivos e donos de grandes construtoras de obras públicas estão na cadeia desde novembro aguardando julgamento. São bilhões de reais subtraídos do orçamento público por meio de uma série de práticas muito conhecidas e que estão sendo desvendadas para os cidadãos como se fossem novidade. Essa é a corrupção das empresas sobre o Executivo.
As eleições de 2014, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, custaram R$ 5,1 bilhões, e 95% desses recursos vieram de um pequeno grupo de grandes empresas, que assim constituíram suas bancadas de interesses privados, é claro, no Congresso Nacional. Bancada das empreiteiras, bancada do agronegócio etc. Basta ver que a CPI da Petrobras, para apurar as denúncias da Operação Lava Jato, já conta em sua composição com dez dos 27 integrantes que receberam dessas empresas investigadas R$ 1,9 milhão para financiar suas campanhas eleitorais. A presidência da comissão deverá ir para o peemedebista Hugo Motta, que recebeu da Andrade Gutierrez e da Odebrecht R$ 455 mil dos R$ 742 mil gastos em sua eleição. Essa é a corrupção das empresas sobre o Legislativo. Não é ilegal receber as doações, porque as empresas passaram a poder doar, por lei, recursos para financiar candidatos a partir de 1997. Mas evidentemente é um poder que afronta o interesse público.
No Judiciário fica mais difícil identificar os caminhos da corrupção, mas são muitos os casos em que juízes pedem vistas de processos e só os devolvem para o trâmite judiciário depois que as penas prescreveram. Os casos do Banestado, do mensalão tucano e do trensalão ilustram essa prática de levar até mesmo à prescrição de delitos, como o de formação de cartel. Os expedientes são muitos: por exemplo, o da paralisação de investigações de responsabilidade do Ministério Público Federal em São Paulo no caso das denúncias de cartel nas obras do metrô. Essa é a corrupção das empresas no Judiciário.
Por meio de muitos expedientes, os grandes grupos econômicos controlam nosso sistema político e dele se apropriam para submetê-lo a seus interesses privados. O comportamento predatório desses grandes grupos econômicos, porém, não se limita à prática da corrupção para atingir seus objetivos de maximizar o lucro. Existem também mecanismos utilizados pelas grandes empresas multinacionais que atuam no Brasil que se valem de expedientes de sub e sobrefaturamento para promover a evasão fiscal, isto é, deixar de pagar impostos e transferir ilegalmente riqueza para fora do país. A Tax Justice Network identifica, com base em dados do Banco Mundial, que a evasão fiscal no Brasil, em 2011, foi de 13,4% do PIB, algo como US$ 280 bilhões.Os impostos mais sonegados são o INSS, o ICMS e o Imposto de Renda.
Mas não para aí. As dívidas reconhecidas pela Receita Federal de impostos das multinacionais que operam no Brasil, em 2012, somam R$ 680 bilhões. A corrupção aqui é o Estado brasileiro não tomar medidas efetivas para evitar essa sangria. Inibir essa sonegação de impostos requer uma fiscalização efetiva e penas significativas para quem for pego. Quanto maior for a pena, menor será a sonegação.
Em meio ao escândalo do HSBC, o segundo maior banco do mundo, identificaram-se 8.667 brasileiros que sonegaram ou lavaram dinheiro fora do país por meio dessa instituição. São bilhões de dólares por ano. Eles são parte da elite econômica de nosso país, acostumada a tudo poder. O que vai acontecer com eles?
Essa impunidade também pode ser vista no reconhecimento público da existência de doleiros operando no Brasil. É a aceitação implícita da lavagem ou evasão de recursos, que são inclusive provenientes de fontes ilegais, como o narcotráfico.
Esse quadro não é o mesmo em outros países latino-americanos, como a Argentina e o México (vejam vocês!), onde a evasão fiscal é calculada em 6,5% e 2,4% do PIB, respectivamente. Nos Estados Unidos, a evasão fiscal é de 2,3% do PIB. Pode-se dizer que o que faz do Brasil este espaço predatório do grande capital é a impunidade.
Se avançássemos no controle democrático dos fluxos de capitais – das transações do sistema financeiro, por exemplo –, poderíamos ter um país muito melhor na dimensão da oferta dos serviços públicos à população. No Brasil, dinheiro é o que não falta.


Silvio Caccia Bava
Diretor e editor-chefe do Le Monde Diplomatique Brasil

Professores temporários terão mesmo reajuste salarial dos professores efetivos

Por Tomaz  no Portal do Sinpro-DF
Foto: reprodução
Os(as) professores(as) temporários(as) receberão na folha de março o mesmo índice de reajuste que será dado aos professores(as) efetivos(as).
O salário do(a) professor(a) temporário(a) tem como referencial as tabelas salariais dos efetivos. São de PQ3 para professores(as) que atuam nas disciplinas de áreas específicas e PQ1 para quem atua na disciplina “atividades”. O salário segue o valor do piso destas tabelas, sendo acrescentando os valores de auxílio-saúde e auxilio-alimentação.
O pagamento dos(as) temporários(as) é representado por horas-aula, mas quando a carga é completa a remuneração se apresenta como a das tabelas dos(as) efetivos.
Ressaltando que o Sinpro não concorda com o pagamento por hora-aula, imposto pelo governo Arruda (Lei n° 4036/2007) que alterou a forma do pagamento para os(as) professores(as) temporários(as) a partir de 2008.