terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Por que a Grécia foi à Direita. Pra pegar o FMI !

Se o programa grego tem um defeito é não ser mais radical.
no Conversa Afiada
Alexandre e a Imperatriz, a Grécia e a China: esse Ataulfo ...
Na “terra desolada” em que o provincianismo do PiG transformou o pensamento brasileiro, é possível ter a impressão, nessa terça-feira (27/01), de que a vitória do esquerdista  Tsipras na Grécia perdeu a “pureza”, já que ele se aliou à Direita xenófoba.

Para dissipar a treva pigal, nada como o professor Luiz Felipe de Alencastro, no UOL:

VITÓRIA DA ESQUERDA RADICAL NA GRÉCIA REPRESENTA MUDANÇAS NA UE




(…)

Outro ponto de destaque é a composição do novo governo. Nesta segunda-feira (26), tudo indica que Alexis Tsipras, líder da Syriza, assumirá o posto de primeiro-ministro com o apoio do partido de direita GI (Gregos Independentes), que obteve 13 deputados. GI é dirigido por Panos Kammenos, cristão ortodoxo que exprime opiniões xenófobas.

Junto com os 149 deputados eleitos por Syriza, os dois partidos darão uma confortável maioria ao governo de Tsipras (o regime parlamentar do país é monocameral, não tendo portanto Senado). No quadro europeu, o GI é um partido “soberanista”, afiliando-se aos partidos de direita e de esquerda de diversos países da UE que propugnam pela soberania nacional e pela redução das instituições europeias.

Desse modo, em vez de aliar-se com os centristas do partido O Rio (Potami, com 17 deputados) ou com os comunistas (KKE, que elegeram 15 deputados), mais próximos de seu programa social, Tsipras optou pelo apoio dos eurocéticos conservadores do GI. Sinal de que o embate principal de seu governo será com os dirigentes da UE, o Banco Central Europeu e o FMI, visando a renegociação da dívida externa grega.

(…)

NAVALHA
Navalha
Ainda sobre a vitória da esquerda radical na Grécia – a que pode jogar a bola nas costas do Lula, em 2018 – , convém ler o Prêmio Nobel Paulo Krugman, no New York Times:
Se o programa do Tsipras tem um defeito é não ser mais radical ainda contra a tróica: o Banco Central Europeu, a Comissão Europeia e o FMI (Oh ! O FMI que o PSDB visitou três vezes, sem sapatos ! – PHA).
Segundo Krugman, essa tríade tucana é a responsável pelo pesadelo grego.
Ela produziu o que ele chama de “fantasy economics”, ou, em bom português, “economia da bolinha de papel”…
“E se tem um problema com os planos do Syriza é que, talvez, não seja radical o suficiente … Tsipras é bem mais realista do que os funcionários (da tróica) que pretendem continuar a espancar a Grécia. O resto da Europa deveria dar a ele uma chance de acabar com o pesadelo de seu país.”
If anything, the problem with Syriza’s plans may be that they’re not radical enough. Debt relief and an easing of austerity would reduce the economic pain, but it’s doubtful whether they are sufficient to produce a strong recovery. On the other hand, it’s not clear what more any Greek government can do unless it’s prepared to abandon the euro, and the Greek public isn’t ready for that.
Still, in calling for a major change, Mr. Tsipras is being far more realistic than officials who want the beatings to continue until morale improves. The rest of Europe should give him a chance to end his country’s nightmare.



Em tempo: é claro que a avaliação de Krugman terá de se submeter à da Urubóloga, que ainda não deu seu parecer sobre o Tsipras – nem sobre o Piketty …

Em tempo2: a colona (ver no ABC do C Af) do Ataulfo Merval (também no ABC do C Af) sobre a Grécia é um um delírio. Parece mistura de Alexandre da Macedônia com a Imperatriz Dowager C’ian, da dinastia Qing. 


Paulo Henrique Amorim 

SISU: 48% se inscrevem por cotas

A filha da empregada vai ser médica e cuidar do netinho do Kamel…
no Conversa Afiada
Segundo o jornal Globo Overseas, que militou contra as cotas:

… “balanço do MEC informa que 42,7% dos candidatos se inscreveram no Sisu por meio da Lei de Cotas, enquanto outros 5,4% efetuaram seus registros através de ações afirmativas promovidas pelas próprios instituições de ensino. A ampla concorrência responde por 51,9% das inscrições.A relação candidato por vaga pela lei de cotas, segundo os dados do governo, é maior que na ampla concorrência (27,99 contra 25,66).

De acordo com o secretário-executivo do ministério, Luiz Claudio Costa, as notas de corte das duas modalidades são muito próximas, o que consolida a maior qualificação inclusive para estudantes com perfil cotista:


- A diferença (nas notas entre cotistas e não cotistas) tem que existir. Esse é o princípio. Mas hoje é muito pequena, dentro do razoável. É para corrigir uma diferença que houve no passado com alguns segmentos da nossa população, mas ao mesmo tempo não pode ferir a qualidade. Em alguns casos, até quem faz opção pelas ações e cotas enfrenta concorrência mais acirrada que os da ampla concorrência.

Nesse Sisu, foram 2,8 milhões de inscrições na ampla concorrência (relação candidato de 25,6 por vaga), 2,3 milhões na Lei de Cotas (relação de 27,9 por vaga) e 294 mil nas ações afirmativas (relação de 23 por vaga).

A Lei de Cotas, aprovada em 2012, prevê a reserva progressiva de vagas universidades federais para candidatos segundo critérios raciais e sócio-econômicos até 2016, quando 50% delas deverão ser ocupadas por cotistas. Para este ano, o percentual mínimo previsto era de 37,5%.
O filho do pedreiro vai ser engenheiro formado por universidade federal.
A filha da empregada vai ser médica.
Esse Lula …
Que horror !
Em tempo: quantas universidades o Professor Fernando Henrique abriu, em oito anos ? Nenhuma !
Navalha

Globo perde 40% em 10 anos. Bye, bye, Kamel !

“Bate Berzoini, bate ! Falta pouco !” – Valdir Macedo
no Conversa Afiada
De Ivan de Souza, no face do C Af
por José Gilbert Arruda Martins
Por que devemos comemorar?
Por que num país do tamanho do nosso - ou em qualquer país e de qualquer tamanho -, com a população enorme, somos 202 milhões de habitantes, na sua maioria pobre ou de classe média baixa,- portanto precisam de um Estado indutor de políticas públicas populares - é perigoso, "assustador", - como diria o grande Chico Buarque, no documentário da BBC sobre a globo -, a hegemonia ou domínio, de uma única emissora ou de poucas, como é o caso do Brasil.
A "grande" mídia no Brasil, e todos têm conhecimento disso -, é dominada por cerca de seis famílias. Esses caras mandam e desmandam. Muitas vezes, se desejarem, podem derrubar governos e lideranças. Podem fazer para o bem ou para o mal. No caso da globo, da Veja, Estadão, Falha de S. Paulo ... normalmente, para o mal.
Em qualquer país que se preze, a mídia tem que ser plural, democrática e, em número maior de emissoras e detentores das concessões. Evita o autoritarismo e, até a concentração de renda e riqueza.
Os grandes males que a humanidade sofreu ao longo da história, vieram de ideias difundidas por uma pessoa ou uma organização. Se pensarmos no Holocausto que matou cerca de 6 milhões de judeus - Israel hoje parece ter se esquecido disso, pois mata os palestino como Hitler fazia com os judeus -, um sujeito ou uma organização, com uma ideia fixa na cabeça, praticamente foi o único responsável. Portanto, é perigoso demais o país ser submetido a número tão pequeno de TVs, Jornais e Rádios que, praticamente ditam normas, comportamentos na sociedade brasileira. 

"Abaixo a rede globo, o Povo não é bobo"

 A partir do DCM:

De Lauro Jardim, na veja:

A TV Globo perdeu 5% de audiência em 2014, caindo de 14,3 pontos, em 2013, para 13,5 pontos, no ano passado, entre 7h e meia-noite. Os dados do Ibope são da medição na Grande São Paulo. É o pior desempenho anual, desde que virou líder de audiência, há 45 anos.

(…)

Os números repetem a tendência dos últimos dez anos. De 2004 para cá, a Globo registrou uma queda de 38% na audiência, caindo de 21,7 para 13,5.

(…)

Merkel a Tsipras: paga o que me deve !

Chanceler defende os bancos alemães e vai pra cima do Syriza.
no Conversa Afiada
Saiu no site Expresso, de Portugal:

por José Gilbert Arruda Martins
Aos cabeças de parafuso que ainda não entenderam o que é "austeridade" na versão peessedebista e do grande capital rentista: "Ferrar a classe trabalhadora e o Povo".
Um jovem professor, recém-empossado na escola pública - onde estudam a maioria dos que são ferrados com a tal austeridade -, afirmou: "O PT precisa acabar com o Fies, senão o Fies acaba com o Brasil".
O Fies, para quem não sabe, é o Programa do Governo Federal no Brasil, que permite que jovens estudantes pobres, possam cursar uma faculdade e, depois de formado, pagar ao governo, esse Programa já permitiu que milhares de famílias tenham filhos e filhas formados em nível superior, ganhando melhores salários e, definitivamente, rompendo o ciclo de miséria que perseguia a família há gerações.
É esse tipo de cabeça de parafuso - que não ler outra coisa que não seja a Veja -, que precisa entender o que é "austeridade".
Se o Fies tivesse 10% de inadimplentes, já seria um verdadeiro sucesso. Nenhum dinheiro do mundo paga a satisfação de um jovem pobre poder cursar uma faculdade e dar condições de vida melhores à sua família. E isso é desenvolvimento econômico e social. (sem a austeridade do Levy e da Merkel).
Conceituando austeridade: É uma forma "nova" de colonizar corações e almas (e o bolso), e explorar os trabalhadores e o Povo.

MERKEL ENVIA RECADO A TSIPRAS ATRAVÉS DO PORTA-VOZ: GRÉCIA “TEM DE CUMPRIR O QUE ASSUMIU”



Coligação que vai formar governo na Grécia – o Syriza, de esquerda, e os Gregos Independentes, de direita – é antiausteridade.



A chanceler alemã espera que o novo Governo grego cumpra os seus compromissos com os credores internacionais, disse o porta-voz de Angela Merkel sobre a vitória do Syriza nas eleições gregas.

“Na nossa perspetiva, é muito importante que o novo governo atue no sentido de promover a continuidade da recuperação econômica da Grécia”, disse Steffen Seibert à imprensa.

“Isso também implica a Grécia cumprir os compromissos que assumiu anteriormente”, acrescentou.

Escusando-se a comentar a votação propriamente dita, o porta-voz da chanceler disse que “obviamente a escolha do povo grego tem de ser respeitada” e adiantou que, “tal como é costume”, Angela Merkel enviará a Tsipras as suas saudações logo que este tome posse.

A Alemanha mostrar-se-á “disponível” para “trabalhar com o novo Governo grego”, disse ainda.

O partido antiausteridade de esquerda Syriza, de Alexis Tsipras, obteve uma clara vitória nas eleições de domingo na Grécia, com 36,34% dos votos, embora a dois deputados da maioria absoluta no parlamento, segundo números oficiais relativos ao escrutínio de 99,8% dos votos.

Esta segunda-feira, o líder do partido Gregos Independentes (direita nacionalista), Panos Kammenos, anunciou uma coligação de governo com o Syriza.

Ambas as formações são contrárias às políticas de austeridade impostas pelos credores internacionais (UE, BCE e FMI) à Grécia.

Fel-lha e Globo inventaram a “Bolsa Youssef”

Não foi só a Petrobras que deu para desmentir os jenios do PiG
no Conversa Afiada
Procuradores desmentem reportagens publicadas pela Folha de S.Paulo e O Globo sobre pagamento de porcentagem ao doleiro sobre montante recuperado.

A força tarefa do Ministério Público Federal do Paraná soltou uma nota à imprensa para desmentir reportagens publicadas pelos jornais Folha de S. Paulo e O Globo no dia 24 de janeiro. De acordo com as matérias, em seu acordo de delação premiada, o doleiro Alberto Youssef teria imposto uma cláusula com a previsão de uma taxa de sucesso de 2% sobre os valores recuperados com sua ajuda.
 Baseados em informações do advogado de Youssef, Antonio Figueiredo Basto, que já ocupou cargo de confiança em estatais geridas por governos tucanos, os jornais afirmaram que o doleiro poderia receber uma recompensa caso fosse eficiente na recuperação de ativos desviados de contratos públicos. Disse a Folha: “Se ele for extremamente eficiente na recuperação de recursos desviados de contratos da estatal, pode acumular milhões como recompensa pela ajuda dada ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal. Para ganhar R$ 10 milhões, por exemplo, ele teria que ajudar a recuperar R$ 500 milhões desviados. A taxa de sucesso prevista no acordo de delação premiada do doleiro é de 2% sobre os valores recuperados”.
 Em oito tópicos, a nota do MPF rebate as afirmações das reportagens e critica os jornais por não terem procurado o setor de imprensa do órgão antes de veicular as informações. “No acordo de colaboração premiada, celebrado pelo Ministério Público Federal e homologado pelo Supremo Tribunal Federal, não existe qualquer cláusula de pagamento pela União de recompensa para o acusado Alberto Youssef”, diz o item 1 do informe.
 Sobre possível retorno financeiro ao doleiro em forma de recompensa, o MPF explicou que “o acordo apenas prevê o abatimento do valor da multa, limitado ao valor de um de seus imóveis, na proporção de dois por cento dos valores e bens que o acusado vier a auxiliar com exclusividade na localização”.

Leia a íntegra da NOTA À IMPRENSA do MPF:

Em esclarecimento a omissões significativas nas reportagens “Doleiro pode levar R$ 10 mi se ajudar a recuperar desvios da Petrobras”, publicada pelo jornal Folha de São Paulo em 24 de janeiro de 2015, e “Youssef pode recuperar até R$ 20 milhões com delação premiada” publicada pelo jornal O Globo em 24 de janeiro de 2015, a Força Tarefa Lavajato tem a esclarecer:

1.No acordo de colaboração premiada, celebrado pelo Ministério Público Federal e homologado pelo Supremo Tribunal Federal, não existe qualquer cláusula de pagamento pela União de recompensa para o acusado Alberto Youssef;

2.O acusado Alberto Youssef, pelo acordo, perde, a título de ressarcimento e multa compensatória, todos os seus bens e valores adquiridos após o ano de 2003, que são estimados em mais de R$ 50 milhões;

3.Caso haja a descoberta de novos bens ou valores sonegados pelo acusado Alberto Youssef, o acordo poderá ser rompido por descumprimento de seus termos, sem prejuízo do perdimento dos bens ou valores;

4.O acordo apenas prevê o abatimento do valor da multa, limitado ao valor de um de seus imóveis, na proporção de dois por cento dos valores e bens que o acusado vier a auxiliar com exclusividade na localização;

5.O abatimento será limitado ao valor de um de seus imóveis, que será avaliado/leiloado ao final da colaboração;

6.O valor apurado será abatido do valor do imóvel, e não retornará ao doleiro Alberto Youssef, mas será entregue em proporções iguais para suas filhas;

7.Os valores mencionados em ambas as reportagens, portanto, além de inconsistentes entre si, não possuem qualquer fundamento nas cláusulas do acordo de colaboração;

8.Esse tipo de acordo é absolutamente legal, pois não se trata de ‘recompensa’, mas de determinação futura do valor da multa a ser paga, e atende o interesse público na busca do ressarcimento máximo do patrimônio do povo brasileiro;

A omissão de todos esses aspectos relevantes nas referidas reportagens, talvez fruto da não leitura dos termos do acordo, ou da sua incompreensão, poderia ter sido esclarecida com o contato do órgão de imprensa com a Força-Tarefa Lavajato.

O Ministério Público Federal reconhece o papel essencial que uma imprensa livre desempenha numa sociedade democrática em transmitir informações corretas à população. Assim, esse esclarecimento se faz necessário para que a população tome conhecimento da integralidade dos fatos – como eles realmente se deram, como prova uma leitura atenta do acordo de colaboração – e saiba que o esforço do Ministério Público Federal é o de maximizar o interesse público na condenação de todos os envolvidos e no ressarcimento de todos os prejuízos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

SISU - Sistema de Seleção Unificada 2015 - Informações

Fonte: Ministério da Educação - Governo Federal
infográfico


Estados policiais à moda do “Ocidente”

POR ANTONIO MARTINS no Outras Palavras
150122-Inglaterra6
Snowden revela: espionagem britânica interceptou conversas de centenas de jornalistas e considera repórteres investigativos “ameaça”. Europa quer ampliar vigilância sobre internet. Jornais brasileiros calam-se

por José Gilbert Arruda Martins

Snowden vai virar herói. Não o herói salvador da pátria em perigo, tipo capitão América, mas, franzino, normal, sem capas, sem armas; sem armas?

Suas armas são suas denúncias bombásticas que muita gente desconfiava que existisse mas não possuíam provas.

Snowden, nos deu as provas. Agora a questão: o que fazer com elas? parece que nada.

Além de discursos mais fortes das presidentas do Brasil e da Alemanha, nada, absolutamente nada de concreto foi feito. Os Estados Unidos e seus asseclas continuam aprontando das suas e, o mundo continua tudo como antes, "gado ao matadouro" .

O que fazer?

Terrorismo é violência sem medida, mata apenas inocentes. Enquanto os senhores da indústria bélica e de espionagem ampliam seus lucros.

As pessoas, mundo afora, que defendem a liberdade e a democracia, precisam unir-se em torno de alguma agenda que proteja efetivamente a internet, os blogs e blogueiros e a mídia responsável.

Produzir fóruns, encontros, seminários sobre a liberdade da internet, aqui no Brasil e no mundo e criar grupos nas mais diversas cidades do planeta que tenha organização e força em mostrar à sociedade a importância da mídia alternativa, talvez seja uma saída.

Snowden sozinho não vai dar conta. A mídia democrática e alternativa, a verdadeira liberdade (alguém conhece?) e a democracia plena, dependem de mais "gente boa", para não perdermos totalmente a liberdade de dizer, fazer, debater e ajudar a construir uma sociedade mais justa e economicamente, socialmente, culturalmente, humanamente, politicamente viável.

Estados policiais à moda do “Ocidente”

Por Antonio Martins
O serviço secreto da Grã-Bretanha adquiriu poderes para interceptar, a partir de cabos de fibra ótica, as comunicações mantidas, via internet, por cidadãos de qualquer nacionalidade. Esta invasão é praticada sem autorização judicial, e resulta na captura e armazenamento de um enorme volume de informações. Jornalistas de algumas das publicações mais conhecidas do mundo estiveram entre os alvos. Estes profissionais – em especial os repórteres investigativos – “representam uma ameaça potencial à segurança”, segundo documentos de circulação reservada. Como se fosse pouco, os governos da Grã-Bretanha e de outros países europeus preparam-se para intensificar medidas de controle e vigilância social – usando como pretexto o atentado contra oCharlie Hebdo.
Este conjunto de revelações amedrontadoras foi feito nos últimos dias pelo diário londrino The Guardiancom base em documentos vazados por Edward Snowden, ex-agente da CIA hoje perseguido pelos Estados Unidos e refugiado em Moscou. Houveintensa repercussão em diversas partes do mundo. Mas a mídia brasileira, que se diz frequentemente ameaçada de controle estatal, preferiu… omitir o fato de seus leitores.
Os novos sinais de que a liberdade de expressão está se tornando algo fictício nas “democracias ocidentais” surgiram nesta segunda-feira (19/1). Após checar documentos fornecidos por Snowden, o Guardian confirmou um “experimento” de espionagem praticado pela principal agência de “inteligência” britânica,. Batizada com nome orwelliano de Quartel-General de Comunicações do Governo (GCHQ, em inglês), ela trabalha em estreita colaboração com a NSA (Agência Nacional de Segurança), dos EUA. Agiu em novembro de 2008. Praticou então, segundo o jornal, uma das “inúmeras drenagens nos cabos de fibras óticas que constituem a espinha dorsal da Internet”.
Como é comum nestes casos, o GCHQ não precisou obter autorização judicial. Na Grã-Bretanha, a Lei de Regulação dos Poderes Investigatórios (RIPA), aprovada em 2000 e sucessivamente ampliada em 2003, 2005, 2006 e 2010, permite à agência capturar comunicações privadas dos cidadãos a partir da decisão de um órgão interno. No episódio documentado por Snowden, a punção nos cabos óticos durou “menos de dez minutos”. Nesse período “70 mil e-mails foram recolhidos”.
Teria sido um mero exercício técnico? Um detalhe sugere que não. Entre os emais violados estão os de jornalistas da BBC, agência Reuters, rede de TV NBC e de quatro jornais de relevância global: The Guardian, New York Times, Le Monde e Washington Post, além do tabloide britânico The Sun. Entre o material interceptado, estão diálogos entre repórteres e seus editores.
TEXTO-MEIO
The Guardian é cauteloso. “Nada indica nem que os jornalistas tenham sido propositalmente visados, nem que não tenham…” Mas o próprio Snowden ajuda a resolver esta dúvida hamletiana. Também na segunda-feira, emergiram outros documentos vazados por ele, registrando observações que o GCHQ trocou com agências congêneres. Nestes textos, os jornalistas são vistos como ameaças equivalente a “serviços secretos inimigos, hackers ou terroristas” . Alguns dos trechos revelados sustentam: “jornalistas e repórteres de todos os tipos de mídia representam uma ameaça potencial à segurança”; “deve-se manter preocupação específica diante dos ‘jornalistas investigativos’”.
As tentativas de limitar a ação da imprensa vão além da espionagem. Na terça-feira, um dia depois das revelações de Snowden, um grupo de cem editores britânicos dirigiucarta conjunta ao primeiro-ministro David Cameron. O texto protesta contra a espionagem de que a imprensa é vítima e revela fatos espantosos. Em pelo menos um caso conhecido, a polícia de Londres serviu-se da RIPA para quebrar clandestinamente os sigilo telefônico de jornalistas – no caso, do tabloide The Sun. O objetivo, segundouma matéria do Washington Post, foi quebrar o sigilo de fonte, uma dos pilares da liberdade de imprensa. Os comandantes da polícia puderam “identificar e punir fontes policiais legítimas” que haviam fornecido informações ao The Sun. As consequências são óbvias, frisa a carta enviada a Cameron. “Ninguém procurará a imprensa no futuro, para fazer revelações sobre o Estado, se agentes da lei tiverem o poder de quebrar o sigilo telefônico dos jornalistas”.
O alarme provocado pelos vazamentos de Snowden levará os governos da Grã-Bretanha e de toda a Europa a restaurar princípios democráticos elementares? Tudo indica que não, a depender dos atuais dirigentesNa terça-feira (20/1), uma matéria publicada no The Intercept, o site dirigido pelo jornalista Glenn Greenwald, fez um breve balanço das novas medidas de controle social em exame nos Estados europeus, após o atentado contra o Charlie Hebdo.
O texto aponta: busca-se aprovar leis que “autorizem a captura e armazenamento de volumes maciços de dados pessoais”. Os governantes mais empenhados em dar este passo são os primeiros ministros da Alemanha e Grã-Bretanha, Angela Merkel e David Cameron, e o presidente francês François Hollande. A proteção contra atos bárbaros com a chacina de doze jornalistas é apenas pretexto, demonstra The Intercept.Precisamente porque na França (hoje, exceção na Europa) “já estão em vigor muitas das leis ‘anti-terror’ que Merkel e outros estão tentando adotar no continente – mas elas obviamente não preveniram o atentado em Paris”…
Mesmo na Europa, a reação da velha mídia aos atos que ameaçam sua liberdade é, até o momento, tímido. O escritor John Pilger tem lembrado que, diante de seu próprio declínio político e econômico, os governos ocidentais procuram produzir artificialmente um estado de guerra, ao qual submeteram-se jornais outrora combativos.
Mas nada se compara com o Brasil. Passados quatro dias após as revelações de Snowden, nada saiu a respeito nos três jornais mais vendidos no país – Folha, O Globo eEstado de S.Paulo. Desatenção? Incompetência? Ou simplesmente censura?

Antonio Martins

Antonio Martins é Editor do Outras Palavras

Fórum 21 define grupo executivo e divulga carta de princípios

Proposta é 'ampliar o nível de politização de uma sociedade que reivindica mais participação, ao mesmo tempo em que carece de canais públicos de diálogo e reflexão'.
por Redação RBA
Forum 21
Reunião de 15 de dezembro instalou fórum oficialmente, com a presença do economista Luiz Gonzaga Belluzzo

por José Gilbert Arruda Martins

Esse, a meu ver, é o caminho. O debate das ideias, a formulação e planejamento de debates abertos com a sociedade é saudável e, com certeza, ajudará a fortalecer nossa democracia.

A direita demonstrou o que pode fazer. Ela não está morta, é forte por que tem os ricos, a "grande" mídia a seu lado e grande parte da sociedade conservadora.

Espaços como o "Fórum 21", onde o debate democrático poderá ser feito. Pode também, além do debate, expandir os encontros para outras cidades no país e criar condições para difundirmos textos e documentários em vídeo sobre questões que dizem respeito ao país, como por exemplo, o filme - Privatizações: A distopia do Capital.

Os movimentos conservadores são atuantes, são ativos e militantes. A esquerda dormiu e, parece que está acordando.

Retroceder agora, permitir que os grupos conservadores tomem de conta dos espaços políticos e "façam a cabeça" da sociedade, sem a ação dos grupos, partidos e pessoas da esquerda e progressistas em geral, é jogar no lixo nossa própria história e os avanços sociais que tivemos na última década.


Fórum 21 define grupo executivo e divulga carta de princípios

Proposta é 'ampliar o nível de politização de uma sociedade que reivindica mais participação, ao mesmo tempo em que carece de canais públicos de diálogo e reflexão'
São Paulo – Em reunião realizada hoje (13) em São Paulo, o Fórum 21 aprovou o grupo executivo encarregado de organizar textos, temas, seminários e livros para a produção e divulgação dos conteúdos que serão debatidos em seu âmbito.
Segundo a carta de princípios aprovada a partir de discussões por e-mail entre o final de dezembro do ano passado e o início deste mês, o Fórum 21 se propõe a ser um “espaço de convergência e debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil”. Ele foi instalado em 15 de dezembro. Segundo Igor Felippe, jornalista do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o fórum é um “grupo em construção”.
O grupo executivo é formado pelo próprio Felippe e por Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, Rodrigo Vianna, do blog Escrevinhador, Anivaldo Padilha, cientista social e membro da Igreja Metodista (pai do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha), o economista Eduardo Fagnani, da Plataforma Política Social, Pedro Paulo Zahluth Bastos, professor de Economia da Unicamp, Paulo Salvador, diretor da RBA, e Joaquim Palhares, diretor da Carta Maior.
O grupo volta a se reunir na semana que vem.
Leia, abaixo, a versão definitiva da Carta de Princípios do Fórum 21:

"O resultado das urnas em 2014 não arrefeceu a disputa política no país. Ao contrário, intensificou a mobilização de setores conservadores empenhados em colocar as forças progressistas, democráticas e populares na defensiva.
A disposição da direita em promover o acirramento da luta ideológica e política convoca as forças da esquerda à mobilização para o debate e a ação. É preciso disputar hegemonia ideológica na sociedade. Para tanto, será imprescindível ampliar o nível de politização de uma sociedade que reivindica mais participação, ao mesmo tempo em que carece de canais públicos de diálogo e reflexão.

Cabe às forças progressistas começar pelo que é mais evidente: romper os limites do diálogo no seu próprio campo. A articulação para a troca de ideias daqueles que defendem a justiça social e a soberania popular é essencial à arregimentação de forças mais amplas para os embates que virão.

Cientes desse desafio, cidadãs e cidadãos brasileiros (abaixo assinados), reunidos em São Paulo no último dia 15 de dezembro, decidiram criar o Fórum 21: um espaço de convergência e de debates em rede, horizontal, empenhado na conformação de sínteses programáticas que contribuam para a renovação do pensamento de esquerda no Brasil.

O Fórum será composto por ativistas, partidos políticos progressistas e seus militantes, organizações populares, entidades da sociedade e por todos aqueles cidadãos e cidadãs que se disponham a ajudar na construção de uma plataforma comum que sirva aos avanços das conquistas sociais, ao alargamento da participação cidadã e à consolidação da democracia no Brasil."

PSDB, da social-democracia à reencarnação da velha UDN

Por Da redação portal Fórum O Escrevinhador

Resultado de imagem para imagem de Carlos Lacerda e de FHC
Disponível em: https://www.google.com.br/search?newwindow=1&site=&source=hp&q=imagem+de+Carlos+Lacerda+e+de+FHC

Por Ricardo L. C. Amorim e Keila C. G. Rosa, de Brasil Debate
O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) nasceu quando o PMDB deixava de representar a aliança contra a ditadura e transformava-se, aos poucos, em uma força política indefinida. Naquele fim dos anos 1980, quando surgiu, o PSDB personificou a esperança de organizar uma alternativa social democrata em meio ao conjunto das forças políticas que emergiam no País.
Suas alianças e estratégia permitiram que, já em 1994, o partido chegasse à Presidência da República com a promessa de dar continuidade ao Plano Real, fundamental esforço de combate a inflação.
O controle de inflações elevadas, todavia, implica custos e redistribuição de renda. O governo do PSDB escolheu, então, os perdedores, os que pagariam a conta: os trabalhadores (1).
Foram os anos de liberalização da economia com abertura comercial (sem contrapartidas), privatização de empresas (em processos questionados), redução do papel do Estado (desarticulando e minando órgãos) e ênfase sobre a regulação (enfraquecendo políticas estratégicas de Estado).
O capital, por sua vez, pouco sofreu, pois o Governo Federal propôs uma rota de fuga para a multiplicação do dinheiro. Foi o período das incrivelmente elevadas taxas de juros, em que a compra de um papel da dívida pública garantia alto rendimento com baixíssimo risco.
A liquidez necessária aos ativos para serem aplicados no mercado financeiro foi conseguida, muitas vezes, com a venda de empresas nacionais ao capital estrangeiro.
Além desse receituário inspirado no Consenso de Washington, outras medidas aumentaram a distância do PSDB em relação à população menos abastada: o partido raro conversou com as organizações populares, os pobres foram pouco aquinhoados no orçamento da União, o governo aliou-se à direita mais conservadora (o Democratas, ex-PFL que, antes, foi PDS e Arena) e, por fim, emendou a Constituição no capítulo econômico, extinguindo qualquer viés nacionalista.
Como prêmio pela ajuda aos capitais nacionais e estrangeiros, o governo do PSDB recebeu apoio da imprensa nacional que, mesmo quando denunciava problemas, não aprofundava a investigação e tendia a esquecer rápido cada acusação (2).
Em 2002, todavia, outra força política ganhou as eleições ao encarnar a esperança na retomada do crescimento econômico e na melhor distribuição de renda no País. Nos anos seguintes, programas redistributivos foram melhorados e ampliados, o salário mínimo cresceu significativamente, cessaram as privatizações e os investimentos públicos foram retomados.
O setor externo facilitou a tarefa, pois a valorização das commodities exportadas gerou divisas suficientes para controlar, através de importações, qualquer pressão inflacionária.
O cenário favorável ao novo governo acuou a oposição peessedebista que, sem projeto político alternativo, passou a gritar o samba de uma nota só: corrupção, corrupção, corrupção. Era o início do período lacerdista do PSDB, a inesperada aflição de refundar o comportamento da velha UDN que acusava Getúlio Vargas de administrar um “mar de lama”. O contraditório era que o PSDB acusador também era acusado de ter seu próprio “mar de lama” (3).
Em 2010, o PSDB abraçou explicitamente o moralismo da velha UDN. Naquele ano, José Serra (PSDB) enfrentou Dilma Rousseff (PT) pela Presidência da República. Ali, a guinada conservadora do partido impressionou pelo uso de símbolos religiosos e partidarização de temas caros aos fiéis evangélicos e católicos. A escolha feita pelo PSDB, naquele momento, afastou-o de mais elementos primários da social democracia. Agora, o partido descuidava da defesa do Estado laico.
Do mesmo modo, a recente eleição de outubro de 2014 reforçou a opção do PSDB de afastar-se da social democracia e trouxe, também, uma preocupação: o partido encarnou, para parte dos eleitores, uma alternativa conservadora e de direita no cenário político brasileiro.
O motivo estava nas escolhas. Por exemplo, o PSDB continuou buscando apoio de figuras conservadoras do pensamento religioso, não se aproximou dos movimentos sociais, o programa de governo destacou a regulação e as funções liberais do Estado, o candidato cercou-se de economistas neoliberais, arrecadou o apoio do setor financeiro entre outras escolhas.
A imagem do candidato do PSDB, então, atraiu os insatisfeitos com o atual governo, mas principalmente os radicais de direita, muitos deles sem qualquer noção sobre o funcionamento da política, da economia ou da história do País, mostrando o lado para o qual pendia a candidatura.
Nesse ambiente, o PSDB, ao solicitar uma auditoria sobre a eleição presidencial, lançou uma nuvem de suspeita sobre o processo eleitoral e o Tribunal Superior Eleitoral. O pedido atendeu aos reclamos dos descontentes com o resultado da eleição e jogou gasolina sobre a brasa dos grupos de extrema direita. Aparentemente, a intenção limitou-se a agradar esses grupos para mantê-los ativos em ataques ao Governo Federal, como linha de frente da batalha política que se anuncia.
Em resumo, o PSDB precisou assumir o apoio da direita e caminhar mais alguns passos na mesma direção, encarnando, no imaginário dos brasileiros, a ordem e o status quo, em oposição a projetos populares.
O resultado, portanto, foi que o PSDB saiu fortalecido das urnas em 2014, mas fortalecido à direita e não em nome da social democracia. O crescimento do partido é um fato para seus líderes comemorarem, mas pode revelar-se lamentável quando se recorda o discurso de sua fundação: um partido social democrata que deveria buscar a construção da justiça social em uma nação marcada pela desigualdade e pobreza, aplicando-se, portanto, na luta pela distribuição de oportunidades, poder e cultura (4).
Diante disso, o melhor para o Partido da Social Democracia Brasileira seria surgir um verdadeiro partido de direita no Brasil, a fim de não ser mais confundido como tal. Poderia o PSDB, então, resgatar seu programa social democrata e, na oposição, chamar para si a relevante tarefa de ajudar o Brasil a ser mais democrático, justo, empreendedor e laico.
Notas
(1) Os trabalhadores sofreram, no período, as maiores taxas de desemprego já registradas no país. Na Região Metropolitana de São Paulo, a taxa de desemprego cresceu de 12,6%, em dezembro de 1994, para 20,4%, em abril de 2002.
(2) Esse comportamento da mídia nacional fica muito claro a partir dos números coletados pelo Prof. João Feres Junior (IESP/UERJ), reunidos no site Manchetômetro.
(3) As acusações de compra de votos de parlamentares na emenda constitucional que permitiu a reeleição para cargos no poder executivo, as desconfianças de favorecimento nos processos de privatização de grandes empresas públicas e a condenação do banqueiro Salvatore Cacciola com problemas junto ao Banco Central são alguns dos casos mais famosos do período.
(4) O Programa Partidário aprovado no III Congresso Nacional do PSDB parece relativizar o documento de fundação de 1988. Ver AQUI.

- See more at: http://brasildebate.com.br/o-dilema-do-psdb-social-democracia-ou-direita/#sthash.2hUzhklw.dpuf

domingo, 25 de janeiro de 2015

E se fôssemos 100?

Se em Angola vivessem só 100 pessoas, 52 teriam telemóvel e 17 internet.
Por Hugo Jorge. no Rede Angola
JAImagens
Somos mais mulheres que homens JAImagens ]

Já imaginou se em Angola vivesse apenas uma centena de pessoas? O Rede Angola juntou um conjunto de indicadores demográficos, sociais e económicos e aplicou-os a um universo de 100 indivíduos. O resultado? Uma imagem do país que todos conhecemos mas em números que o tornam bem mais fácil de entender.
Se Angola tivesse 100 pessoas, a maioria seriam mulheres, 52 para ser mais exacto. A probabilidade de viverem em Luanda seria grande, já que entre as 100 pessoas, 29 estariam instaladas na capital. Perto deste valor só mesmo Benguela, com 10 pessoas. 19 seria o número de pessoas que entre 2005 e 2011 teriam mudado a sua residência do campo para a cidade.
Angola com 100 habitantes continuaria a ser um país jovem, em que 43 teriam menos de 14 anos. Apesar da juventude, aqui vive-se cada vez até mais tarde, em média 55.29 anos. Entre os crentes, 92 ao todo, a grande maioria seria católica (50).
No que a finanças diz respeito, 37 viveriam abaixo do nível da pobreza, menos do que em 2006 (40) e ainda menos do que em 2007 (43). Menos pobreza e mais gente com conta no banco. Os números dizem que entre 2010 e 2011 mais nove pessoas tiveram acesso a uma conta bancária.  Conta essa que poderia ser usada para pagar a luz, já que 33 pessoas acesso a luz eléctrica.
A tecnologia está cada vez mais presente no dia-a-dia de muitos angolanos. Se estes fossem apenas 100, mais de metade (52) teria telemóvel. Já no acesso à internet, o número seria mais modesto, 17, no entanto bem superior ao de há cinco anos atrás (3). Resta dizer entre os 100, saberiam ler e escrever 70 e apenas 2 seriam portadores do vírus HIV-Sida.
Seria mulher, viveria em Luanda, seria católica, alfabetizada e teria um telemóvel consigo. Provavelmente estaria acima do nível médio de pobreza e esperaria viver pelo menos até aos 55 anos. Por outro lado, não teria conta no banco, nem luz, nem internet e, felizmente, não seria portadora do vírus da sida.