quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Sinpro entra com liminar exigindo pagamento imediato do 13º salário

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Disponível em - https://www.google.com.br/search?newwindow


 - no sie do Sinpro-DF

O Sinpro entrou em contato com a Secretaria de Administração do DF no início da noite desta terça-feira (23) e foi informado que não haverá depósito do 13º salário dos(as) professores(as) e orientadores(as) educacionais. Na manhã de segunda-feira (22) milhares de servidores públicos se reuniram em Ato Público na Praça do Buriti, e em resposta o GDF havia prometido fazer os pagamentos dos profissionais que fazem aniversário no mês de dezembro, além do pagamento das diferenças do 13º salário para quem faz aniversário entre janeiro e agosto e dos contratos temporários até a noite de hoje (23).
A Diretoria Colegiada do Sinpro repudia que o governo do DF não tenha cumprido com a promessa e depositado os pagamentos na data correta, deixando milhares de professores e orientadores educacionais sem dinheiro às vésperas do natal.
O Departamento Jurídico do Sinpro entrou com uma liminar nesta terça-feira exigindo do governo o pagamento imediato do 13º salário, e também está entrando com uma representação junto ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios pedindo que o GDF seja responsabilizado pelos danos causados a milhares de professores(as).
O Sinpro continuará acompanhando o impasse e tomará todas as medidas necessárias para que os direitos da categoria sejam respeitados. Não aceitamos que o trabalhador seja prejudicado e que seus direitos trabalhistas não sejam cumpridos.

Quando os homofóbicos saem do armário

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                               Florian Philippot, um dos vice-presidentes do partido neonazista francês Frente Nacional (FN)
no Outras Palavras
França e Estados Unidos ficam sabendo que dois líderes de organizações anti-gay são homossexuais. Haverá, no Brasil, auto-repressão semelhante?

por José Gilbert Arruda Martins

"Bolsonaro anuncia ao Brasil que é homossexual e divulga a data do seu casamento com Malafaia". Já imaginaram uma notícia como essa estampada em grandes jornais e revistas no Brasil agora dia 1° de janeiro?
Acredito que, grande parte de pessoas como Bolsonaro e Malafaia são "gays de armário", foram jovens que sofreram toda uma vida de repressão familiar. E, agora como adultos, momentaneamente, fazem essa luta homofóbica.
Esse tipo de "machão", quase toda noite, tem sonhos não em paraísos fiscais, mas em praias maravilhosas, cheias de outros homens em uma orgia coletiva e fantasticamente promíscua.
O que fazem ou dizem hoje contra os gays é para tentar esconder todo um turbilhão de desejos, vontades e emoções que lutam para aflorar, mas as lembranças do passado de repressão familiar ainda não permite.
Observe o que diz Freud sobre o tema no "Três ensaios da sexualidade":
"(...) o processo de desenvolvimento psicossexual, o indivíduo encontra o prazer no próprio corpo, pois nos primeiros tempos de vida, a função sexual está intimamente ligada à sobrevivência. O corpo é erotizado, isto é, as excitações sexuais estão localizadas em partes do corpo (zonas erógenas) e há um desenvolvimento progressivo também ligado as modificações das formas de gratificação e de relação com o objeto, que levou Freud a chegar nas fases do desenvolvimento sexual:
Fase oral (0 a 2 anos) - a zona de erotização é a boca e o prazer ainda está ligado à ingestão de alimentos e à excitação da mucosa dos lábios e da cavidade bucal. Objetivo sexual consiste na incorporação do objeto (3).
Fase anal (entre 2 a 4 anos aproximadamente) - a zona de erotização é o ânus e o modo de relação do objeto é de "ativo" e "passivo", intimamente ligado ao controle dos esfíncteres (anal e uretral). Este controle é uma nova fonte de prazer."

O que passa nas emoções contidas do deputado, e demais homofóbicos, é o exposto acima, esses "Gays de armário" sofreram repressão durante muito tempo, são marcas que ficam para a vida toda, pessoas como Bolsonaro, Malafaia...precisam de ajuda para finalmente em 2015 se descobrirem para uma vida de liberdade, de amor a homens e mulheres.


Quando os homofóbicos saem do armário
Por Altamiro Borges, em seu blog - no Outras Palavras
Jair Bolsonaro, Silas Malafaia, Marco Feliciano e outros homofóbicos nativos perderam dois importantes aliados da sua causa de ódio no cenário internacional. Na sexta-feira (12), a revista francesa “Closer” revelou que Florian Philippot, um dos vice-presidentes do partido neonazista Frente Nacional (FN), que se opõe ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, é homossexual. Já no final de novembro, o estadunidense John Smid, que militou por 18 anos numa organização que pregava a “cura-gay”, oficializou a sua união com o parceiro Larry McQueen. Os dois casos talvez pudessem ajudar os homofóbicos de plantão no Brasil, sempre tão agressivos e intolerantes, a repensar as suas práticas…
No caso do dirigente da FN, ainda há controvérsias. O seu chefe do gabinete, Joffeey Bollée, afirmou que o político “provavelmente” processará a revista “por violação da vida privada”. Já Marine le Pen, líder da seita fascista, disse que a matéria é um “atentado contra a liberdade individual”. A “Closer” publicou uma reportagem especial de quatro páginas com fotos de Florian Philippot em Viena (Áustria) acompanhado de seu suposto companheiro, identificado como “um jornalista de televisão”. Em janeiro passado, a mesma revista publicou fotos que comprovariam a relação do presidente francês, François Hollande, com a atriz Julie Gayet, o que provocou sua separação da então primeira-dama, Valérie Trierweiler.
Já no caso do estadunidense, o próprio John Smid anunciou a sua união com o parceiro Larry McQueen. Durante quase 20 anos, ele militou em uma organização fascistóide que considerava a homossexualidade um pecado, incentivava as pessoas a rezarem para que não sentissem atração por outras do mesmo sexo e acreditava que a orientação sexual de alguém poderia mudar. Entre 1990 e 2008, ele foi diretor-executivo do grupo “Love in Action”, que atuava na difusão da chamada “cura gay”. Além de assumir sua homossexualidade e de celebrar sua união homoafetiva, John Smid também fundou a organização Grace Rivers para os gays cristãos.
Em recente entrevista, John Smid pediu desculpas aos que acreditaram na sua pregação da “cura gay” e explicou os motivos das suas escolhas. “Eu tinha fé de que algo iria acontecer, mas isso nunca aconteceu. Agora, na minha idade, já não tenho muitos anos restantes, não posso viver mais assim pelo resto da minha vida. Então pensei que não, não estou disposto a continuar empurrando algo que não vai ocorrer”. Bolsonaro, Feliciano, Malafaia e outros homofóbicos hidrófobos também deveriam repensar os seus dogmas. Ainda há tempo!

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

VIVA OS HACKERS DA COREIA DO NORTE!

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no Ópera Mund

por Breno Altman
O presidente norte-americano, Barack Obama, em entrevista concedida à rede de televisão CNN, mostrou os dentes.
Perguntado sobre o ataque cibernético realizado pelo grupo virtual Guardiões da Paz, hipoteticamente vinculado a Pyongyang, contra computadores da Sony Corporation, o inquilino da Casa Branca tomou as dores da empresa.
“Foi um ato de vandalismo que custou muito caro”, declarou à jornalista Candy Crowley. “Levamos isto muito a sério. Vamos responder de maneira proporcional. Estudaremos a possibilidade de reintegrar a Coreia do Norte à lista de países que patrocinam o terrorismo.”
O governo de Kim Jong-un rechaça as acusações. Respondendo às declarações de Obama, ameaçou os Estados Unidos com “severas retaliações”, caso o país seja sancionado por conta destas denúncias.
Multinacional de capital majoritariamente japonês, a Sony é dona dos estúdios de cinema Sony Pictures, sediados na Califórnia, e acionista da Metro-Goldwyn-Mayer. Recentemente produziu filme intitulado “A entrevista”, que retrata de forma debochada a liderança norte-coreana.
Os Guardiões da Paz violaram os servidores da companhia, dando ultimato contra a exibição do longa-metragem, estrelado pelos comediantes James Franco e Seth Rogen. Caso a exigência não fosse atendida, provocariam danos financeiros à empresa e exporiam seus segredos industriais.
A Sony decidiu cancelar a distribuição do filme, que já havia sido motivo de protestos norte-coreanos nas Nações Unidas.
Obama resolveu, então, entrar em cena.
Primeiro para criticar a própria Sony, por ceder aos arreganhos da organização cibernética. Depois, para agir como guarda pretoriana de uma companhia privada, colocando o Estado mais poderoso do mundo a serviço de negócios cinematográficos, transformando assunto de polícia em questão de segurança nacional.
Salta aos olhos a aberração de tratar como terroristas quem protesta, mesmo de forma ilegal, mas não violenta, contra um simples filme.
Mas é também ato falho, que revela a natureza da indústria norte-americana de entretenimento.
São inúmeros os estudos que consideram este ramo de atividade, além de altamente lucrativo, o principal braço cultural da hegemonia imperialista.
O cinema, ao longo de décadas, tem disseminado, junto com diversão de massas, valores e identidades que fortalecem o papel dos Estados Unidos, enaltecendo tanto o sistema político-econômico quanto o estilo de vida do capitalismo local.
Os adversários destas ideias e interesses, de maneira quase infalível e sem qualquer chance de defesa, são esculhambados como abutres da humanidade.
O discurso oficial, em situações rotineiras, busca se dissociar das empresas cinematográficas, tratadas como cidadelas da livre iniciativa e da liberdade de expressão.
Bastou ser invadida fortaleza tida como inexpugnável, no entanto, para o presidente dos Estados Unidos ocupar a ribalta e revelar como é carnal a relação entre os estúdios e o poder político.
Tal atitude expõe questões éticas de enorme importância.
Se o cinema é ferramenta do neocolonialismo, frente ao qual os povos da periferia do mundo, pela via do mercado, pouco ou nada podem, não são legítimas ações de resistência como as dos Guardiões da Paz?
Tenha-se ou não simpatia pelo regime norte-coreano, é razoável supor que seus líderes aceitassem a chacota de braços cruzados, ainda mais sabendo que a indústria cultural dos EUA normalmente se alista como vanguarda em operações de cerco econômico e agressão militar?
A imediata e ríspida intervenção de Obama não esclarece que, muito além da circulação de produto para entretenimento, o que está em jogo é a possibilidade ilimitada de colocar a industrialização do cinema no arsenal da geopolítica?
O fato é que estes piratas eletrônicos, sem fazer vítima alguma, atuando como herdeiros robóticos de Gandhi, bagunçaram o roteiro dos monopólios de imagem e som que se enlaçam com o supremacismo de Washington.
Vamos combinar: foi de tirar a barriga da miséria.
Pois então, longa vida aos presumidos hackers norte-coreanos!



Cuba e EUA reestabelecem relações diplomáticas

5 cubanos
                                    Graffitti em muro retrata cinco cubanos presos pelo governo americano. (Foto: Flickr)

no Caros Amigos

Anúncio de Obama e Castro não é o fim do embargo, ação que enfrentará resistência no congresso americano
Da Redação
O presidente de Cuba, Raúl Castro, e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciaram simultaneamente nesta quarta-feira (17), a retomada das relações diplomáticas entre os dois países e as medidas que serão tomadas para diminuir a distância entre eles.
O anúncio foi feito ao mesmo tempo nos dois países e, ao que tudo indica, foi motivado pela libertação de três presos cubanos nos EUA em troca da soltura de um estadunidense que estava preso na ilha.
Em seu pronunciamento, Raúl Castro afirmou que o reestabelecimento das relações "não quer dizer que o principal se resolveu: que é o bloqueio econômico, comercial e financeiro". Além disso, ele pediu que o governo dos EUA remova os obstáculos que impedem o vínculo entre os dois povos, como a restrição a viagens, correio e telecomunicações. Segundo ele, a aproximação deverá se basear nos princípios do direito internacional e na Carta das Organização das Nações Unidas (ONU).
Obama
Obama, por sua vez, disse que a retomada do diálogo põe fim à "abordagem antiquada" dos EUA e afirmou ainda que as décadas passadas são prova de que o isolamento não funcionou. Obama anunciou também as medidas concretas que serão tomadas para a reaproximação: facilitação das viagens a Cuba, autorização parcial de vendas e exportação de bens e serviços, autorização para a importação de bens no valor de até U$ 400 e a melhoria do acesso de Cuba à telecomunicação e internet.

"Hoje a América escolhe se soltar das amarras do passado, de modo a alcançar um futuro melhor, para o povo cubano, para o povo americano, para todo o nosso hemisfério, e para o mundo", afirmou. E chegou a dizer, em espanhol: "Todos somos americanos".
Cuba sofre há mais de 50 anos com o embargo econômico imposto pelos EUA em 1961, dois anos após a revolução derrubou a ditadura de Fulgêncio Batista, quando foram cortadas as relações diplomáticas.
Troca de presos
Pouco antes do aúncio histórico, Cuba havia libertado o estadunidense Alan Gross, que cumpria pena de 15 anos por espionagem. Em troca, Washington libertou os últimos três dos Cinco Cubanos presos nos EUA, também acusados de espionagem. A libertação dos presos foi a primeira ação na mudança das relações EUA-Cuba desde a imposição do embargo.
Com Informações do Opera Mundi e Telesur


Cuba: Xeque mate na grande imprensa

Cuba: Xeque mate na grande imprensa
ANÁLISE "Por que, quando o assunto é Cuba, não há o 'outro lado' da história, premissa tão defendida nos cursos de jornalismo?". Confira artigo de Alexei Padilla e Amanda Cotrim sobre a abordagem da mídia na retomada das relações diplomáticas entre EUA e Cuba (Foto: Amanda Cotrim)
Cuba: as verdades que se ocultam e subordinação da imprensa à agenda da Casa Branca
Por Alexei Padilla e Amanda Cotrim - no Caros Amigos

"A transcendental decisão de Barack Obama e Raúl Castro mudou rapidamente a visão, até esse momento apresentada, da grande imprensa sobre o porto do Mariel."

A imprensa oligárquica do Brasil tem destacado nesses últimos dias a importância do restabelecimento – após de 53 anos – das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos. Contudo, ela tem ocultado alguns aspectos relevantes dos acontecimentos que assistimos no dia 17 de dezembro.
Na terça-feira, dia 16, a Rede Globo encerrou a temporada anual do programa “Profissão Repórter” com uma matéria sobre Cuba. A reportagem pretendeu apresentar para os brasileiros uma caricatura do que foi a crise dos balseiros, em 1994. Como é costume, o principal conglomerado midiático brasileiro aproveitou para descontextualizar a história e dar voz a uma parte só dos sujeitos envolvidos naqueles fatos.
Desinformação
Por isso, questionamos até que ponto a grande imprensa brasileira estabelece a controvérsia? Por que, quando o assunto é Cuba, não há o “outro lado” da história, premissa tão defendida nos cursos de jornalismo?
Vale a pena apontar que na reportagem do "Profissão Repórter" aconteceram alguns erros graves. Primeiro, a crise dos balseiros não foi a maior crise migratória da história recente da Ilha. Em 1994, saíram da Ilha em balsas e embarcações muito precárias em torno de 35 mil pessoas. O maior êxodo de cubanos para os Estados Unidos aconteceu na primavera de 1980 pelo porto do Mariel. Mais de 125 mil pessoas foram trasladadas até as costas da Flórida (EUA) em barcos e iates enviados pelos parentes que moravam em Miami.
A motivação de ambos os fluxos migratórios foi essencialmente econômica, a mesma tendência que constatamos nos países da América Central e o Caribe. Diferentemente do resto dos imigrantes desses países, os cubanos têm um privilégio especial: quando algum deles chega ilegalmente aos Estados Unidos é acolhido como refugiado político e depois de um ano morando em terras estadunidenses, recebe a residência permanente. Cubanos que migram para os EUA têm mais direitos assegurados que os próprios norte-americanos. Se isso não seria uma guerra para sufocar o governo legítimo de Cuba, então o que seria? É preciso que se ressalte, também, que o Consulado Americano em Havana nem sempre entrega os vistos às pessoas interessadas em se mudar para os Estados Unidos de forma legal, ordenada e segura.
Crise
Após a dissolução da União Soviética em 1991, a economia cubana entrou na pior crise da história republicana. O País enfrentou o “Período Especial em Tempos de Paz” decidido a manter o rumo socialista. Diante dessa decisão o governo de George Bush (pai) endureceu o bloqueio para tentar afogar a Revolução Cubana. É preciso que se diga que a “grande” imprensa brasileira não é adepta ao termo “bloqueio”, preferem falar que é “embargo”. Não se trata de sinônimos. A opção da mídia, nesse caso, é ideológica.
Em 1994 a situação era tensa por causa das difíceis condições de vida na Ilha. Estações de rádio operadas por exilados cubanos nos Estados Unidos enviaram mensagens para provocar uma insurreição geral. Os protestos de agosto daquele ano em Havana e os continuados sequestros de barcos resultaram na abertura das costas à Ilha para todos os cidadãos que queriam viajar para a “Terra Prometida”.
Aliás, para essas 35 mil pessoas que pegaram as balsas, a procura por um visto no consulado estadunidense, teria sido uma perda de tempo.
Cuba-EUA
Um dia depois do programa ir ao ar, a realidade, como quase sempre, deixa em ridículo a fala da Globo. A decisão sobre o restabelecimento das relações diplomáticas entre Cuba e os Estados Unidos foi uma supresa para todos, mas ao mesmo tempo demonstrou a falta de preparo dos jornalistas da mencionada rede para tratarem de assuntos internacionais. Só uma lembrança: para se referir à recente cúpula sobre meio ambiente em Lima, no Peru, um país com fronteiras com o Brasil, contatavam um correspondente em Nova Iorque. Que modo mais esquisito de jornalismo! Ou seja, a imprensa brasileira não conhece a América Latina.
A transcendental decisão de Barack Obama e Raúl Castro mudou rapidamente a visão, até esse momento apresentada, da grande imprensa sobre o porto do Mariel. Matérias em jornais de grande circulação, como aFolha de São Paulo, começaram a repercutir de forma positiva o “grande negócio” que o Brasil realizou em Cuba.
Esses fatos evidenciam a subordinação da política informativa da grande imprensa à agenda política dos Estados Unidos. Essa atitude envergonha-nos porque sabemos do desprezo que Washington tem demonstrado para os países da América Latina. Mas para alguns, mais importante do que a dignidade pessoal ou nacional é manter a fidelidade ao Império para sempre ter o desejado visto colado no passaporte.

"A mídia, de modo geral, afirma que a Ilha é um país “atrasado” (...). Isso acontece porque os jornais tradicionais pertencem à mesma “filiação”"

Los Cinco
A imprensa se referiu aos três cubanos presos nos Estados Unidos como “presos políticos que se envolveram em organizações secretas nos EUA”, ocultando que esses faziam parte do grupo de Los Cinco (os cinco) que monitorava as atividades de quadrilhas que organizavam, na Flórida, atentados terroristas contra o povo cubano.
Antonio Guerrero, Gerardo Hernández, Ramón Labañino, René González e Fernando González foram presos em 1998 por lutar contra o terrorismo. René e Fernando voltaram para casa em 2013 e 2014, respectivamente, depois de ter cumprido suas condenações. Antonio, Gerardo e Ramón foram trocados por um agente cubano que espionava para os Estados Unidos. Também Cuba liberou Alan Gross, um funcionário da Usaid (sigla em inglês para Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional) que tentou ingressar ilegalmente aparelhos de telecomunicações com tecnologia não comercial, ou seja, militar.
Violações
Os cinco cubanos resistiram durante mais de 15 anos aos rigores da cadeia e às inúmeras violações de seus direitos e de seus parentes. Esses jovens cubanos têm dentro deles a dignidade de um povo todo: o cubano. Uma dignidade e uma resistência que poucos conhecem e muitos acreditam que não é possível.
Isso foi possível porque Cuba é um povo de guerreiros. Um país que lutou durante mais de 130 anos pela independência e a soberania. Um país que lutou contra a maior potência econômica e militar da história. Um país que, apesar do bloqueio e das dificuldades, tem a melhor rede de saúde e o melhor sistema de ensino da América Latina. Um país onde não é preciso um sistema de cotas porque negros, brancos e pardos têm os mesmos direitos. Cuba é o país da América com menor mortalidade infantil e a segunda nação latino-americana com a menor taxa de homicídios, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).
É preciso que se ressalte também que, em Cuba, antes de as leis serem aprovadas devem ser discutidas com os trabalhadores. Os debates são feitos num ambiente de participação e democracia. Essas são as verdades não contadas da terrível “ditadura comunista”.
Cuba fora da ordem
Mas por que alguns discursos são silenciados pela grande imprensa? Por que nunca se ouviu um cubano que é a favor da revolução e do sistema socialista que há em Cuba? O que está sendo dito, na exclusão do não dito?
O termo “ditadura” é uma constante na grande imprensa brasileira quando o tema é Cuba. A mídia, de modo geral, afirma que a Ilha é um país “atrasado” e que precisa abandonar seu sistema político. Isso acontece porque os jornais tradicionais pertencem à mesma “filiação” discursiva, estabelecendo, assim, uma ordem para que o discurso produzido sobre Cuba pareça isento, objetivo e imparcial. O “ditador” é um mal representante da razão, por isso, não está na ordem do discurso.
Tudo que não diz respeito aos discursos já consolidados está fora de ordem. Por isso, uma imagem positiva da Ilha nos jornais não faz parte da ordem estabelecida. Se não está dentro, é porque foi excluído.

 Alexei Padilla é jornalista cubano e mestrando em Comunicação (UFMG). Amanda Cotrim é jornalista brasileira e mestranda em Divulgação Cientifica e Cultural (Unicamp). 

Faustão e Fantástico. Domingo dos desesperados - Quem manda manter o Bolsa PiG ?

Nem se o Mick Jagger viesse de Marte com a Glória Maria na espaçonave
no Conversa Afiada

por José Gilbert Arruda Martins 

Por que vibrar com as quedas de audiência da Globo?
São muito os motivos.
O apoio da emissora à ditadura militar e às torturas.
A sua história de manipulação, a BBC, na década de 1990, fez um longo documentário, com imagens, depoimentos, pesquisas, sobre a audiência e a manipulação da Globo.
A perseguição ao Leonel Brizola no Rio de Janeiro.
A assustadora audiência em tempos passados que chegava, segundo alguns, a cerca de 60% no chamado horário nobre.
O palanque ao candidato da direita nas últimas eleições.
As porradas nos governos trabalhistas de Lula e Dilma nos últimos 12 anos.
Não pagamentos dos impostos devidos ao Estado.
São muitos e variados os motivos.
Um deles, talvez, seja mais importante, a alta audiência - que está em queda livre, e isso é bom -, por que nenhum país do mundo, nenhuma sociedade, deve ter uma emissora única, mandando, ditando moda, dizendo o que as pessoas devem fazer, é perigoso, é assustador, ela pode, se dominar a audiência guiar a sociedade para apoiar regimes políticos fechados, autoritários, cerceadores da liberdade etc.
Vamos comemorar, a queda da Globo é bom para o desenvolvimento e fortalecimento da democracia brasileira.


Uma pesquisa do IBOPE e do Governo Federal demonstrou inequivocamente a perda de poder do jornalismo da Globo.

O que significa a perda de poder político.

Ao Dr Roberto Marinho – aquele que dá nome a filhos sem nome próprio – se atribui frase lapidar: 

O Boni pensa que isso aqui é um circo. Isso aqui é uma usina de poder.

A usina de poder está de “fogo morto”, diz notável romancista.

A Globo não aguenta quatro anos de Governo trabalhista.

As audiências decrescentes não pagam a conta.

Especialmente porque se trata de uma empresa de Entretenimento, que vive de produtos efêmeros e descartáveis, e que tem uma folha – fixa ! – de pagamentos de 18 mil empregados. 

E um lucro que cresce muito menos que a receita.

Quatro anos ao sol e ao sereno são fatais, diante da concorrência feroz das mídias sociais, dos blogs e do Google que, na publicidade, já googla a Globo.

A audiência do jn cai, se aproxima da zona sul da casa dos 20, e saiu do horário nobre – que agora fica entre 22h00 e 23h00.

O Fantástico é um fintástico.

E o Faustão, bem, o Faustão, é um instrumento de merchandising que, na eleição de 2014, se prestou a um papel deplorável.

E Jô já tirou o time do campo em que jogam as suas meninas.

O Faustão persiste. 

Este foi um domingo desesperado.

21/12.

O Faustão dedicou DUAS, DUAS horas ao William Bonner, que acredita piamente ser o legítimo editor político do jn.

Bonner criticou no Faustão as redes sociais, por sua intolerância política.

Que pena !

Logo ele, vítima de um bullying – sequestrou 40% do tempo de uma entrevista a um candidato a presidente da República e se acha vítima de “intolerância”.

DUAS horas de nada !

Oh, Fernanda Montenegro !

Bajular o Bonner !

Ah, se o Gianni Rato te visse, o Ítalo Rossi, o Celi – os sete beijariam o asfalto de amargura !

Depois do chororô do Bonner, 20′ de Fantástico para a entrevistada bomba da Petrobras.

Vinte minutos de Fantástico …

Nem se Mick Jagger chegasse de Marte com Glória Maria na espaçonave teria tanto espaço.

Venina lembra aquela anônima-célebre que tentou desmoralizar a Dilma na “denúncia” do dossiê das despesas do FHC e Dona Ruth.

Aquele episódio em que se notabilizaram os impolutos Demóstenes Torres, Álvaro Dias – o denunciante – e o Agripino Maia, que louvou uma tesourada, quando a Dilma foi se defender no Senado.

Naquela altura, a Dilma tinha 4% das intenções de voto e, no Datafalha, que não falha, o Cerra tinha 30%.

Ele sempre tem trinta !

Era para matar a Dilma na largada.

Resultou que não deu em nada.

Dilma não foi sequer citada em qualquer ação judicial ou policial.

A Venina desceu da espaçonave do Fantástico para produzir o vácuo.

As Provas ! As Provas !

Nada.

Não tem um documento, uma data, uma referência de comprovação indiscutível.

E chorou !

Parecia entrevista da Patricia Poeta (oh, que saudades das entrevistas da Patricia Poeta, com aquele dedinho …)

Trólóló, diria o Cerra.

Na semana de Natal, o Congresso em recesso, a Justiça em recesso.

Para que a entrevista ?

É uma espécie de “retrospectiva” de tudo o que o Fantástico e o “jornalismo” da Globo produziram em 2014: a feroz, sanguinária, inescrupulosa campanha da Globo para derrubar uma presidenta eleita duas vezes, de forma consagradora.

(Se ela der a cabeça da Graça, será um hara-kiri.)

Para o espectador – em número cada vez menor – reter nas festas de fim de ano a mensagem: vamos derrubar a Dilma em 2015, antes que a empresa feche !

(Em tempo: o Valdir Macedo reafirma que não se interessa por comprar a Globo.)

Venina não apresentou nada que desminta o que a Graça já disse dela e do Globo (sempre o Globo !).

Mas Venina chorou.

Como se espera no Fantástico.

Não importa o que ela tenha dito.

Importa a forma de a Globo usá-la.

É a mesma forma de o Faustão usar o merchandising.

Bom para os dois.

Para o produto e o Faustão.


Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Desgoverno de Agnelo, não do PT

Saulo e Prof. Gilbert na Praça do Buriti
Profa. Ana Maria e prof. Gilbert Praça do Buriti

Ficou apenas na promessa o encontro da Comissão de Negociação com o secretário do GDF, a promessa é que o 13° salário esteja nas contas hoje à noite ou na noite de amanhã.

O Partido dos Trabalhadores tem suas responsabilidades, o, na época, candidato Agnelo foi escolhido e lançado pela cúpula do partido apoiado por parte dos filiados e militantes.

Portanto o partido tem sua responsabilidade. Mas a falta de competência na gestão tem que ser também creditada ao governador que deixa Brasília numa situação deplorável.

O partido pagará um custo político enorme pela incompetência do governador. A Praça do Buriti estava hoje, novamente, repleta de trabalhadores e trabalhadoras, uns em busca de salário atrasado outros, como parte dos professores, em busca do 13° salário.

O desgoverno de Agnelo dos últimos 2 meses, joga no colo da direita reacionária do Distrito Federal um grande e importante parte dos trabalhadores e trabalhadoras.


domingo, 21 de dezembro de 2014

PEC 215 não é votada e pode ser arquivada

indígenas na câmara Gabriela Korossy Câmara dos Deputados
Indígenas protestam contra PEC 215 na Câmara dos Deputados. (Foto: Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados)

no site da Caros Amigos

por José Gilbert Arruda Martins

Uma das questões importantes para trabalhadores, indígenas, , negros, grupos LGBT, mulheres e a todas as minorias é escolher melhor, criteriosamente, em quem votar a cada eleição.

Esses caras da bancada ruralista, não foram eleitos apenas com voto da família, muita gente do Povo, com certeza, ajudou a elegê-,los.

A Classe Trabalhadora e, todos os grupos que lutam no dia a dia a favor da sociedade precisa dar qualidade ao voto.

Os partidos de esquerda no Brasil, precisam voltar às suas bases, fazer formação política com adultos e jovens, principalmente jovens, do contrário, as dificuldades serão muito maiores no futuro breve.

O possível arquivamento da PEC 215 é uma vitória, mas, uma vitória momentânea, trabalhadores, trabalhadoras, indígenas e a sociedade brasileira, com suas organizações sociais espalhadas por todo o país, não poderão "dormir no ponto", permanecer bem acordados, de olhos focados no Congresso Nacional durante todo o ano de 2015.

A questão indígena no Brasil, apesar dos governos Lula e Dilma, não avançou como deveria e pode. Só a mobilização e a luta permanente dará outras vitórias e amplitude às demandas desses Povos importantes do nosso país.

Acreditar na formação política desses grupos, é o começo, dar qualidade ao voto na hora das eleições pode ser uma fundamental posição para conquistas e manutenção de direitos da sociedade democrática

PEC 215 não é votada e pode ser arquivada


Fosse aprovada, PEC iria acabar por paralizar definitivamente processos de oficialização de Terras Indigenas
 
Oswaldo Braga de Souza
Do Instituto Socioambiental

indígenas na câmara Gabriela Korossy Câmara dos Deputados
ndígenas protestam contra PEC 215 na Câmara dos Deputados. (Foto: Gabriela Korossy / Câmara dos Deputados)
O Congresso finalizou, tarde da noite de quarta (17/12), as votações do ano legislativo e da atual legislatura sem que a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 215 tenha sido votada pela comissão especial que a analisava. Com isso, de acordo com o Regimento da Câmara, a comissão deve ser extinta e o projeto arquivado, numa vitória histórica para defensores do meio ambiente, indígenas e comunidades tradicionais.
Com apoio da bancada do agronegócio na Câmara, a PEC pretendia transferir do Executivo para o Legislativo a prerrogativa de formalizar terras indígenas, unidades de conservação e territórios quilombolas. Se aprovada, significaria, na prática, a paralisação definitiva dos processos de oficialização dessas áreas protegidas, entre outros retrocessos para os direitos socioambientais.
As últimas duas semanas foram particularmente tensas para os opositores da proposta, quando parlamentares ruralistas e socioambientalistas travaram uma batalha de manobras regimentais em torno de sua tramitação. Desde terça (16/12), os acessos ao Congresso foram restringidos. Um grande aparato policial foi mobilizado sob a ordem do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para impedir a entrada de manifestantes. Indígenas que protestavam contra a PEC foram reprimidos e seis deles foram presos.
O vice-presidente da comissão especial, o ruralista Nílson Leitão (PSDB-MT), reconheceu a derrota em plenário, apesar da bancada do agronegócio dominar o colegiado. "Não conseguimos terminar o ano sem debater minimamente a PEC. Fomos derrotados de forma covarde. O presidente da comissão, Afonso Florence (PT-BA), nos enrolou toda a manhã e veio aqui sorrateiramente e encerrou a reunião", resignou-se o deputado.
Frustração ruralista
Durante boa parte da manhã, conduzindo uma reunião conturbada da comissão, Florence rejeitou pacientemente, uma a uma, as várias questões de ordem apresentadas pelos poucos deputados contrários à PEC. O petista, no entanto, ganhou tempo e irritou os ruralistas. Pouco antes do meio-dia, quando faltou luz no Congresso, ele suspendeu a sessão. Os deputados tiveram de ir ao plenário da Câmara para acompanhar as votações da ordem do dia.
A expectativa dos ruralistas era ler e votar o substitutivo do deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) assim que as votações no plenário terminassem e a reunião fosse retomada. Com o alongamento de votações complexas no plenário, Florence pediu a palavra e determinou o encerramento da reunião da comissão de lá mesmo, sob protestos de Nílson Leitão. Nos corredores da Câmara, a expectativa era de que os ruralistas tentariam uma nova manobra para realizar uma nova reunião da comissão. Eles continuaram pressionando Alves e Florence a voltar atrás e para tentar votar o relatório de PEC até tarde da noite, mas, já com o Congresso esvaziando-se, não tiveram sucesso.
Eles precisariam apreciar o substitutivo de Serraglio no máximo até esta quinta. Em geral, os parlamentares deixam Brasília para voltar aos seus estados no máximo na quinta na hora do almoço. O recesso parlamentar está previsto para começar na próxima segunda (22).
Do lado de fora do Congresso, um grupo de mais de 50 índios passou o dia em protesto contra a PEC, cantando e dançando, impedido de entrar no prédio por um grande contingente de policiais. Não houve incidentes durante todo o dia.
“Essa foi realmente a vitória de 2014, num momento em que não víamos a possibilidade de vencermos, diante dos votos e das manobras ruralistas”, comemorou Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib). Ela ressaltou a importância da união de parlamentares aliados, organizações indígenas, indigenistas e ambientalistas na luta contra a PEC.
Arquivamento
“O artigo 105 do Regimento da Câmara determina que os projetos devem ser arquivados ao final da legislatura caso não sejam aprovados por todas as comissões pelas quais precisam tramitar”, explica Maurício Guetta, advogado do ISA.
Ele aponta, no entanto, que os ruralistas ainda podem tentar uma amanobra regimental objetivando o não arquivamento da PEC, ainda neste ano, ou o seu desarquivamento, no início da próxima legislatura. Guetta prevê que eles seguirão tentando aprovar propostas contrárias ao meio ambiente e aos direitos de indígenas e comunidades tradicionais.