terça-feira, 28 de outubro de 2014

Vitória mais larga de Dilma é no interior do Maranhão; Aécio tem maior vantagem em Miami Belágua deu 93,93% dos votos válidos para a petista, enquanto brasileiros que vivem na cidade norte-americana deram vantagem de 91,79% a Aécio

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Belágua-Maranhão, Dilma 93,93% dos votos válidos - Miami-EUA Aécio, 91,79%

por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

As imagens ajudam no entendimento dos projetos que haviam em disputa. Venceu o projeto de governo que vem desde 2003 fazendo a maior inclusão social já vista num país ocidental.

E esse projeto vencedor não só distribui um pouco melhor a renda no país, ele também vem dando todo um arcabouço legal e criação de um conjunto de Políticas Públicas na área social, um exemplo foi "Lei ordinária 12.964/2014 que garantiu mais direitos aos trabalhadores domésticos, foi sancionada do dia 8 de abril pela presidenta Dilma Roussef e entrou em vigor dia 8 de agosto de 2014". essa lei criou e sancionou um dos mais importantes cenários, nunca imaginado pelo mais criativo dos pensadores ou cineastas, não tenho receio em afirmar, é a mais importante e fundamental lei depois da Lei Áurea de 13/05/1889.

Essa, talvez, seja a maior e mais importante diferença entre um projeto e outro. Fica, inclusive, fácil de comparar e de entender. Qualquer pessoa, por mais simples que seja, consegue perceber a mudança, a diferença.

Aécio Never, representava o retrocesso, por que?

Retrocesso por que liderava um grupo conservador que unia desde brancos colonizadores do século XXI - lembrando que colonização aqui se refere à colonização da alma, do imaginário popular e de classe média etc. - até grupos midiáticos golpistas e classes sociais de poderosos que sempre se vangloriaram de fazer seus aniversários e festas em Miami.

Retrocesso também por que, de uma certa forma, o candidato tucano defende um grupo que não se importa se o Brasil vive de joelhos para os EUA na sua política externa, desde que estejam tendo lucros, esse fato não tem relevância alguma.

Retrocesso por que faz parte de um grupo que deixou nosso Povo alijado, excluído de todo o processo de acesso à riqueza produzida por todos no país durante séculos.

Dilma e Lula, ao contrário, apesar da caça que a "grande" mídia - PIG - faz, diuturnamente, pensaram e pensam num cenário onde a sociedade usufrua dos bens e riqueza da nação. Não é aceitável que nós não enxerguemos essa realidade nua crua. Nossa sociedade, ricos e pobres, pretos, brancos, índios e amarelos, precisa ver que a riqueza é de todos. Não podemos mais aceitar a existência da Casa Grande e da Senzala em nossas vidas.

Belágua na minha terra o Maranhão, tem cerca de 6.000 habitantes, vive como estivesse no século XIX, o tempo parece não ter passado. Povo esquecido pelo clã do sarneykistão, esquecido pelas classes abastadas daquele torrão natal.

Belágua Vive. A cidade dos outrora esquecidos fez a diferença. O projeto vencedor de Dilma Roussef será cobrado por mim e por todos no sentido de ampliar as Políticas Públicas de atendimento ao Povo pobre de todo o país.

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Vitória mais larga de Dilma é no interior do Maranhão; Aécio tem maior vantagem em Miami

Belágua deu 93,93% dos votos válidos para a petista, enquanto brasileiros que vivem na cidade norte-americana deram vantagem de 91,79% a Aécio
na Carta Capital 

As vitórias com maiores folgas para Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) foram no Maranhão e em Miami, respectivamente. Em Belágua, cidade com 5.161 eleitores segundo números do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dilma recebeu 3.558 votos válidos (93,93%) para Dilma contra apenas 230 (6,07%) para Aécio. Já em Miami, Aécio angariou 91,79% dos votos válidos, enquanto Dilma obteve 8,21%, somando 7225 e 646 votos respectivamente.
O bom resultado de Dilma na cidade maranhense já havia sido bastante favorável no primeiro turno: 92%, contra 4% de Marina Silva (PSB) e 2% de Aécio Neves (PSDB). O Maranhão foi o estado onde Dilma também apresentou vitória mais larga neste segundo turno, com 78,75%, seguido do Piauí (78,29%) e do Ceará (76,75%).
A maior porcentagem de votação conquistada por Aécio em solo brasileiro foi em Nova Pádua (RS), onde o tucano teve 88,14% dos votos.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Blog do Dirceu: Brasil não está dividido Isso é para tirar a legitimidade da vitória.

Sugestão do amigo navegante Leonardo Templário, no Facebook do C Af

no Conversa Afiada

O Conversa Afiada reproduz artigo do Blog do Dirceu:

VITÓRIA É LEGÍTIMA, NATURAL NUMA DEMOCRACIA E PAÍS NÃO ESTÁ DIVIDIDO


Parabéns ao país e para a nossa militância. Vencemos graças a ela. Esta 4ª  vitória nacional consecutiva do PT e da aliança que apoiou a presidenta Dilma Rousseff à reeleição não pode e não deve ser vista como divisão do pais ou um risco de radicalização de nossa vida política. Trata se de uma tentativa primária de deslegitimar a vitória do PT, um típico recurso dos derrotados. Com o agravante que uma vitória do candidato do PSDB-DEM, senador Aécio Neves (PSDB-MG) nas mesmas circunstâncias teria a mesma leitura já que seria por alguns milhões de votos de vantagem também.


O país não está dividido. Tem dois grandes partidos, PT e PSDB, que polarizam a vida política há 20 anos como em todas democracias. Basta ver os exemplos dos Estados Unidos (partidos Democrata e Republicano),  Grã Bretanha (Conservador e Trabalhista), Alemanha (Partido Social Democrata-SPD e a União da Democrata Cristã (CDU), ou Espanha (PSOE e PP) e Portugal (PS e PSD).


Lá, em cada um desses países, para ficar nos mencionados, são projetos e programas que têm apoio de amplos setores e classes sociais no país com interesses contraditórios e às vezes antagônicos, que podem ou não se compor em determinadas circunstâncias (caso mais comum na Alemanha) e frente a desafios políticos sociais e econômicos, mas não são iguais e não defendem nem os mesmos interesses e nem os mesmos programas. E essa é a percepção que a própria sociedade e seu povo têm.


No Brasil o PSDB é um partido da elite, identificado por exemplo com o sistema bancário. Já o PT é um partidos dos pobres, dos trabalhadores, identificado desde sempre, desde o seu nascimento há mais de 30 anos, com o presidente Lula e sua história.


PSDB QUER POR FIM À REELEIÇÃO POR PURO OPORTUNISMO


A radicalização da vida política do país nessa eleição se deve ao fato que uma vitória, como aconteceu, da presidenta Dilma abre a possibilidade real de o ex-presidente Lula ser eleito presidente em 2018 e reeleito em 2022. Daí a conversão oportunista do PSDB à proposta de por fim à reeleição por ele mesmo instituída no país sob graves suspeitas de compra de votos.


A tentativa de derrotar o PT e a presidenta Dilma a qualquer preço tem seu exemplo maior na revista Veja e no boato sobre um suposto e falso assassinato de um dos delatores da operação Lava Jato, Alberto Yousseff, uma tentativa desesperada e não inédita de interferência indevida e ilegal no processo eleitoral.


Dai o direito de resposta dado ao PT pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), agravada depois com a 2ª tentativa de transformar um ato de protesto contra a revista (na 6ª à noite) – condenado pelos presidentes Dilma e Lula – em atentado à liberdade de expressão e de imprensa, na tentativa vã de atenuar o atentado à democracia e à própria liberdade de imprensa que a revista praticou e pratica.


O fato concreto é que praticamente toda a mídia apoiou Aécio e militou pela derrota do PT, dos presidentes Lula e Dilma. Alguns assumiram em editoriais – caso do Estadão, ontem e quase diariamente – outros não, criando um desequilíbrio na disputa apenas atenuado com o horário eleitoral e com nossa atuação nas redes.


VEJA É QUE ATENTOU CONTRA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO E DE IMPRENSA


Não fosse o legado dos 8 anos do presidente Lula e a continuidade que a presidenta Dilma deu ao nosso projeto para o país com novas iniciativas como os programas Mais Médicos, PRONATEC e Minha Casa Minha Vida, o poder da mídia nos teria derrotado e entregue de bandeja o governo de volta aos tucanos.


Não fosse esse legado e sua continuidade, não fosse a presidenta Dilma e sua recusa a aceitar as receitas ortodoxas no interesse do capital financeiro, não fosse a proteção dada por ela ao emprego e ao salário, às conquistas trabalhistas e sociais dos trabalhadores e da classe média, e não fosse o engajamento de nossa militância e de milhões de brasileiros que vestiram e apoiaram a candidatura de Dilma, não teríamos vencido ontem.


Assim não se trata de unir o país ou evitar a polarização. A tarefa principal agora é viabilizar o diálogo nacional, como enfatizou nossa presidenta em seu discurso da vitória na noite de ontem, para buscar campos de consenso e acordo para realizar as mudanças e reformas que o país demanda, dentro do programa aprovado pela maioria dos brasileiros que a elegeram.


COM ESSE DISCURSO, OPOSIÇÃO TENTA DESLEGITIMAR VITÓRIA


Só assim, e este é realmente o caminho para evitar que predomine o discurso da oposição, da deslegitimação da vitória da presidenta Dilma, ou da radicalização contra seu governo e se estará  criando pontes e abrindo caminhos para, por exemplo, fazer as reformas política e a tributaria.


O problema não é, portanto, votar em Aécio ou Dilma, optar por um outro partido ou programa, o problema é não aceitar a derrota ou a vitória de um e outro. É problema é querer romper com as regras democráticas, sabotar o governo e paralisar o Congresso Nacional, buscando descaminhos para inviabilizar a gestão do país.


A saída é o governo e nós  fazermos uma leitura correta do recado das urnas e buscarmos compor uma maioria no pais, na sociedade e no Congresso para fazer avançar as reformas e mudanças reclamadas pelo país.



Em tempo: veja o que eles planejam: o impeachment ou uma bala no peito !​

https://twitter.com/jose_anibal/status/524697787116830721




A CUT vai cobrar - Por falar nisso, cadê o Pauzinho do Dantas ?

                              O Conversa Afiada reproduz texto de Vagner Freitas, presidente da CUT:


no Conversa Afiada

VENCEU A DEMOCRACIA, VENCEU O BRASIL E OS BRASILEIROS


A CUT cumpriu seu papel. Como agente político importante, participou ativamente do processo eleitoral que define a vida dos trabalhadores e das trabalhadoras, defendeu o projeto de desenvolvimento com inclusão e justiça social que garante os direitos da classe trabalhadora e amplia conquistas, representado pela presidenta Dilma Rousseff.


O povo brasileiro escolheu Dilma Rousseff presidenta! Venceu Dilma, venceu o Brasil, venceram os brasileiros e as brasileiras. Venceu a democracia que, apesar da disputa tensa, acirrada e agressiva – com boatos, denúncias de fraude nas urnas e tentativa de golpe -, saiu fortalecida e não sofreu qualquer abalo em seus alicerces. A vitória de Dilma é a vitória dos progressistas, é um sonoro “não” ao retrocesso.


O diferencial desta campanha, que garantiu a permanência do projeto democrático e popular, foi o povo nas ruas, capitaneado pela CUT no Distrito Federal e nos 26 Estados do Brasil. Aécio tinha parte importante dos jornais do seu lado, Dilma tinha o povo com suas bandeiras e camisetas vermelhas defendendo a continuidade do processo de transformação social do País.


A vitória de Dilma é a vitória dos movimentos social e sindical, da militância e da juventude organizada e mobilizada que, apesar da campanha feita pela mídia para desestimular a participação deles na política, foi às ruas defender suas posições, dizer que tem lado. E o lado dessa juventude é o nosso lado, é o lado do povo, da classe trabalhadora, de toda a sociedade.


A eleição acabou, mas a luta da militância e da juventude continua. É verdade que Dilma venceu, mas o governo continua em disputa. A coalização que venceu as eleições, capitaneada por Dilma, tem também representantes de setores conservadores e teremos, em 2015, uma das bancadas mais resistentes a mudanças da história no Congresso Nacional. E como sempre ressaltamos a maior parte da pauta dos/as trabalhadores/as não está diretamente subordinada à presidência da República e, sim, ao Congresso.


O papel da CUT é construir um movimento organizado, de massa, que ocupe as ruas, mobilize sindicatos, movimentos sindical e social, que pressione o Congresso a fazer as mudanças que reivindicamos, a aprovar a pauta da classe trabalhadora. A presidente é progressista e quer mudanças. Em seu primeiro discurso falou que vai dialogar muito mais neste segundo mandato. Cabe a nós dar a sustentação, a base popular para que Dilma possa garantir os avanços que os/as trabalhadores/as reivindicam.


Para isso, é essencial avançar na democracia participativa e, neste sentido, ouvir os trabalhadores e a sociedade civil organizada tem de ser prioridade. Queremos participar mais ativamente da construção das políticas públicas. Queremos avanços nos mecanismos de controle social e formação de propostas e políticas. Queremos a reforma política. E a presidenta se comprometeu com esta reivindicação quando fomos a Brasília entregar o resultado do plebiscito popular que colheu mais de 8 milhões de assinaturas. Na ocasião, Dilma disse: “Meu compromisso é deflagrar essa reforma que é responsabilidade institucional do Congresso e que deve mobilizar a sociedade em um plebiscito por meio de uma consulta popular”. A presidenta disse que a consulta popular dará a força e a legitimidade exigida pelo processo de transformação para levará à frente a reforma política.


Nosso papel é dar condições para que a presidenta faça um governo progressista e de esquerda. Isso significa que a mesma dedicação que  tivemos no apoio irrestrito à campanha de reeleição de Dilma, teremos de ter na cobrança, na mobilização e na pressão para que a pauta dos trabalhadores e da sociedade e as mudanças no Estado avancem cada vez mais.


O Estado tem de cumprir o seu papel e garantir mais segurança, educação e saúde de qualidade, moradia, mobilidade urbana. Essas políticas públicas que continuamos necessitando e que devem ser muito mais consolidadas no segundo mandato de Dilma.


Como vivem os políticos na Suécia: um trecho revelador de um novo livro

No jornal Aftonbladet, o primeiro-ministro sueco dá dicas de limpeza.
                                         No jornal Aftonbladet, o primeiro-ministro sueco dá dicas de limpeza.

no Outras Palavras

Claudia Wallin, jornalista brasileira radicada na Suécia, acaba de lançar um livro sobre os políticos suecos – “Um País Sem Excelências e Mordomias” (Geração Editorial). Abaixo, um trecho que retrata, em detalhes, a cultura escandinava. 
”É preciso aceitar os sacrifícios que se avizinham”, murmura para si próprio um sueco no momento revelador em que a sua real vocação para a carreira política se manifesta como um desejo irrefreável. ”Serão abomináveis os desafios”, alerta um forasteiro: os cintos apertados como os da amorfa massa do povo, a ausência de alegres comitivas de inúteis, os apartamentos funcionais que lembram quartos de hotéis de duas estrelas, a falta que hão de fazer os batalhões de assessores e parasitas. Quando tal provação parecer insuportável, será prudente invocar Mímir, o deus venerado pelos vikings por sua sabedoria infinita e pela cabeça que, mesmo decepada pelos inimigos, continua a pensar.
A Suécia não oferece luxo aos seus políticos: nesta sociedade essencialmente igualitária, a classe política não tem o status de uma elite bajulada e nem os privilégios de uma nobreza encastelada no poder. Sem direito a imunidade, políticos suecos podem ser processados e condenados como qualquer cidadão. Sem carros oficiais e motoristas particulares, deputados se acotovelam em ônibus e trens, como a maioria dos cidadãos que representam.
Sem salários vitalícios, não ganham a merecida aposentadoria após alguns poucos anos de trabalho pelo bem do povo. Sem secretária particular na porta, banheiro privativo ou copa com cafezinho, os gabinetes parlamentares são espartanos e diminutos como a sala de um funcionário de repartição pública. Sem verbas indenizatórias para alugar escritório nas bases eleitorais, deputados suecos usam a própria casa, a sede local do partido ou a biblioteca pública para trabalhar quando estão em suas regiões de origem.
”Está bom, mas pode ficar melhor”, resmunga o motorista de táxi que me leva do aeroporto de Arlanda ao centro de Estocolmo, a capital sueca. Ele reclama indignado, como tantos outros, do valor do salário líquido de um deputado do Parlamento sueco: horror dos horrores, é cerca de 50 por cento a mais do que ganha em média um professor primário no país. Um privilégio indefensável, que na lógica do motorista deveria estar em processo acelerado de extinção. Não é preciso consultar a cabeça de Mímir para deduzir que este é um povo que sabe quem é o patrão.
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”Sou eu que pago os políticos”, resumiu o cidadão sueco Joakim Holm, durante entrevista gravada em uma rua de Estocolmo para reportagem do Jornal da Band. ”Não vejo razão alguma para dar a eles uma vida de luxo”.
”Os políticos são eleitos para trabalhar para mim e para todos os outros cidadãos que pagam impostos. Aqui ninguém acha que os políticos são uma classe superior com direito a privilégios”, disse outro entrevistado, Mikael Forslund.
A nível municipal, o desejo de exercer a atividade política poderia ser mal interpretado, fora da Suécia, como um caso clínico: vereadores suecos não ganham sequer salários, e também não têm direito a gabinete – trabalham de casa. Estarão os seus nervos em desordem?
O que o modelo sueco demonstra é que as camisas de força se ajustariam melhor ao figurino das platéias entorpecidas de outras latitudes, que assistem, bovinizadas, ao fascinante espetáculo diário dos abusos do poder. A experiência da Suécia subverte o desconexo conceito de que aos políticos deve-se dispensar um tratamento reverencial digno de uma casta superior, formada por cavalheiros e damas mais ilustres do que a média, e portanto com direitos quase divinos a benesses jamais alcançáveis pelos cidadãos que vivem sob o Olimpo político.
Ainda lembro da estranha sensação de estar presenciando um fenônemo extraterreno quando encontrei, pela primeira vez, o ex-primeiro-ministro e atual ministro das Relações Exteriores, Carl Bildt, empurrando seu carrinho de compras no supermercado que frequento em Estocolmo. E o prefeito de Estocolmo, Sten Nordin, na fila do ônibus. E o presidente do Parlamento, Per Westerberg, em um vagão do metrô.
Sem desesquilíbrios sociais monstruosos, este é sem dúvida um país mais seguro e menos violento, onde provavelmente os únicos carros blindados que circulam pelas ruas são guiados pelas forças de segurança. Mas mais que isso, esta é uma sociedade que elege políticos mais próximos da realidade e das dores do cidadão comum. Políticos que em geral não colocam a vaidade ou os interesses próprios na frente dos bois, em uma sociedade que mostra que o exercício da função política pode ser digno.
”Na Suécia, os políticos vivem uma vida simples, em condições semelhantes às que vivem os cidadãos. É uma tradição”, diz o jornalista Mats Knutson, apresentador e comentarista político da TV pública SVT.
Na década de 70, o então primeiro-ministro Olof Palme morava em sua própria casa no subúrbio de Vällinby, e costumava dirigir para a sede do Governo em um velho Fiat vermelho.
”Era um Fiat 600, fabricado na antiga Alemanha Oriental”, conta Mårten Palme, filho de Olof Palme e professor de Economia da Universidade de Estocolmo. ”Meu pai prezava a igualdade e a simplicidade, e vivíamos uma vida normal. Nossa casa de verão na ilha de Fårö era bastante primitiva, e não havia sequer água ou eletricidade”, ele me diz.
O antecessor de Palme, Tage Erlander, tomava o bonde para a sede do Governo. Ou ia de carona com a mulher, que trabalhava perto dali.
Os suecos só decidiram criar uma residência oficial para o primeiro-ministro depois de 1986, quando Olof Palme foi assassinado a tiros na saída do cinema quando caminhava para casa sem escolta, em um crime brutal e nunca solucionado. Seu sucessor, o também social-democrata Ingvar Carlsson, mudou-se aparentemente contrariado para a nova residência oficial. Diz-se que Carlsson, que renunciaria ao poder tempos depois, achava inapropriado para um primeiro-ministro sueco morar num lugar chamado de Palácio – ao construir a casa em 1884, a abastada família Sager a batizara de Palácio Sagerska.
Turistas menos atentos pisam, sem se dar conta, a um metro da porta de entrada da casa do primeiro-ministro sueco. Sem portões externos, a residência oficial de Sagerska está situada na Strömgatan, a rua de pedestres que margeia o Mar Báltico e o lago Mälaren nas proximidades do Parlamento. Com uma área de 305 metros quadrados, os aposentos privados do premier ocupam o andar superior da residência de 1,195 metros quadrados, vigiada do lado de fora por duas câmeras disfarçadas e pela presença ocasional de um Volvo das forças de segurança suecas.
Sagerska é uma bela mansão. Mas não há serviçais no apartamento do primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt.
”A limpeza dos aposentos privados do primeiro-ministro é feita uma vez por semana. Por este serviço, o primeiro-ministro deve pagar impostos em sua declaração de renda”, diz Anna Dahlén, assessora de imprensa do governo sueco.
Sem provocar reações de espanto sobrenatural entre a população, Fredrik Reinfeldt fala com naturalidade que lava, passa e cozinha como a maioria dos cidadãos deste país. ”E por que ele não faria isso, se todos nós fazemos?”, ouço de vários suecos.
Há quem vá sentir o cheiro acre da demogagia populista ao saber que na Suécia o primeiro-ministro dá dicas de limpeza em reportagens de jornal, e aconselha seus concidadãos a ajoelhar para raspar a sujeira. Mas a verdade é que cuidar das tarefas domésticas por aqui é tão natural como beber snaps, o destilado consumido em quantidades imoderadas no país.
Na Suécia, como em tantos outros países do mundo, a instituição da empregada doméstica não existe. Entre os suecos mais radicais, o zelo pela igualdade e o medo do ressurgimento de uma subclasse social chega a provocar reações exaltadas. Em um debate da campanha eleitoral de 2006, flechas voaram contra a então líder do Partido de Centro (Centerpartiet), Maud Olofsson, quando ela defendeu a introdução de abatimentos fiscais para permitir aos suecos contratar faxineiras e aliviar assim sua dupla jornada.
”E quem limpa o banheiro da empregada?”, perguntou, irritado, o intermediador do debate na TV4, Göran Rosenberg.
”E quem pinta a casa do pintor?”, retrucou Maud. ”A faxineira também pode contratar ajuda quando precisar”, argumentou ela.
A inesperada proposta de Maud também foi atacada pelo primeiro-ministro da época, o social-democrata Göran Persson.
”Cada pessoa deve cuidar das próprias tarefas domésticas, é o que eu digo”, falou o primeiro-ministro.
Persson disse mais: contou, com orgulho indisfarçável, que era capaz de passar sua camisa social em um minuto. Foi, então, rapidamente convidado para provar a façanha ao vivo no estúdio de um programa de TV, onde foi montada uma tábua de passar roupa. O feito, devidamente cronometrado pelo apresentador do programa, pode ser visto no Youtube .
As peripécias com o ferro renderam picos de audiência ao primeiro-ministro. Mas naquele ano, depois de dez anos no poder, Persson perdeu as eleições. Maud tornou-se vice-primeira-ministra, e muitos suecos passaram a ter a ajuda ocasional de faxineiras, em sua maioria imigrantes polonesas. Praticamente todos continuam no entanto a lavar, cozinhar e passar, como Göran Persson.
Ministros também vivem sem luxo: eleito pelo jornal britânico Financial Times como o melhor ministro das Finanças da Europa em 2011, o sueco Anders Borg mora em Estocolmo durante a semana, segundo confirma seu porta-voz, em um apartamento funcional conjugado de cerca de 25 metros quadrados.
”Políticos suecos são despretensiosos”, comenta o porta-voz de Borg, Peter Larsson.
O apartamento de um só cômodo do ministro das Finanças, segundo o porta-voz, fica em um edifício que serve de acomodação para estudantes da Escola Superior de Guerra sueca (Försvarshögskolan). No prédio vivem ainda alguns funcionários do Ministério sueco das Relações Exteriores. Nos finais de semana, Borg vive com a família em sua casa na região de Katrineholm, ao sul de Estocolmo.
Nem ministros, nem prefeitos e nem o presidente do Parlamento têm direito a residência oficial. Apenas políticos com base eleitoral fora da capital recebem auxílio-moradia para viver em apartamentos ou mesmo quitinetes funcionais, que têm em média 18 metros quadrados.
Parece pouco para criaturas tão excelsas, mas está melhor do que nunca: até o fim dos anos 80, apartamentos funcionais sequer existiam na Suécia. Todos os parlamentares dormiam em sofás-cama, em seus próprios gabinetes. Hoje, todos têm um apartamento garantido. E esta garantia é, para muitos suecos que disputam um imóvel no centro da capital, uma mordomia inexplicável.
”Por que os deputados não precisam entrar na fila das imobiliárias para conseguir um apartamento, como todos nós?”, diz uma funcionária da creche que funciona dentro do Parlamento. Sim, há uma creche no Parlamento para cuidar de filhos de deputados.
O apartamento funcional pode ser um direito garantido. Mas a cama, não. Em grande parte dos imóveis parlamantares, onde um único cômodo serve como sala e quarto de dormir, há apenas um sofá-cama.
Qual é a origem da frugal existência dos políticos suecos? Vou ao encontro da jornalista Lena Mehlin na sede do jornal Aftonbladet, onde ela assina uma das colunas políticas mais lidas do país.
”Mas eles têm privilégios”, reage Lena.
”Quais?”, quero saber.
”Os políticos não precisam pagar suas contas de telefone. Eles têm direito a viver de graça em apartamentos no centro de Estocolmo. Eles recebem um computador para levar para casa, e não pagam pela assistência técnica. Eles ganham mais do que a média dos cidadãos. E os parlamentares que vêm de outras bases eleitorais também viajam de graça para suas casas, nos finais de semana”, enumera a jornalista. ”Se algum cidadão arranjar emprego em outra cidade, nenhum empregador vai pagar suas viagens no fim de semana”.
Pergunto a Lena se estes são benefícios considerados razoavelmente modestos na Suécia, em comparação às benesses que políticos recebem em outros países.
”Pode ser. Os políticos suecos não têm luxo, pois somos uma sociedade que elegeu a igualdade entre os cidadãos como um valor fundamental. Mas eles têm privilégios”, ela insiste.
”Mas não privilégios como, por exemplo, parlamentares circulando em carros oficiais com motoristas particulares?”, digo.
”Carros com motorista para deputados? Meus Deus, não!”, sobressalta-se Lena. ”Benesses deste gênero criam problemas que você não precisa ter. Como a corrupção. Para obter um emprego desses na política, muitos não hesitariam em cometer atos sujos”, pondera Lena.
Pergunto qual seria a reação dos suecos se os políticos do país decidissem, em uum devaneio impensado e incontrolável, aumentar seus próprios salários, ter direito a pensão vitalícia, ocupar espaçosos gabinetes com copa e cafezinho servido por secretárias, empregar dezenas de assistentes particulares e parentes, andar de jatinhos e circular em carros oficiais com motorista. Tudo pago com o dinheiro dos cidadãos.
”A sociedade sueca jamais toleraria a concessão de privilégios aos seus políticos”, ela diz.
”Isto é uma das poucas coisas que poderiam causar uma revolução aqui na Suécia.”

Como se desperta o pior que há em nós

141021-Greed
Sociedades meritocráticas de mercado corroem autoestima. Estimulam, como defesa, superficialidade, oportunismo e mesquinhez. Tornam-nos “livres” porém impotentes. Saberemos reagir?
Por Paul Verhaeghe | Tradução Eduardo Sukys
no Outras Palavras
Temos a tendência de enxergar nossas identidades como estáveis e muito separadas das forças externas. Porém, décadas de pesquisa e prática terapêutica convenceram-me de que as mudanças econômicas estão afetando profundamente não apenas nossos valores, mas também nossas personalidades. Trinta anos de neoliberalismo, forças de livre mercado e privatizações cobraram seu preço, já que a pressão implacável por conquistas tornou-se o padrão. Se você estiver lendo isto de forma cética, gostaria de afirmar algo simples: o neoliberalismo meritocrático favorece certos traços de personalidade e reprime outros.
Há algumas características ideais para a construção de uma carreira hoje em dia. A primeira é expressividade, cujo objetivo é conquistar o máximo de pessoas possível. O contato pode ser superficial, mas como isso acontece com a maioria das interações sociais atuais, ninguém vai perceber. É importante exagerar suas próprias capacidades tanto quanto possível – você afirma conhecer muitas pessoas, ter bastante experiência e ter concluído há pouco um projeto importante. Mais tarde, as pessoas descobrirão que grande parte disso era papo furado, mas o fato de terem sido inicialmente enganadas nos remete a outro traço de personalidade: você consegue mentir de forma convincente e quase não sentir culpa. É por isso que você nunca assume a responsabilidade por seu próprio comportamento.
Além de tudo isso, você é flexível e impulsivo, sempre buscando novos estímulos e desafios. Na prática, isso gera um comportamento de risco, mas nem se preocupe: não será você que recolherá os pedaços. Qual a fonte de inspiração para essa lista? A relação de psicopatologias de Robert Hare, o especialista mais conhecido em psicopatologia atualmente.
Esta descrição é, obviamente, uma caricatura exagerada. Contudo, a crise financeira ilustrou em um nível macrossocial (por exemplo, nos conflitos entre os países da zona do euro) o que uma meritocracia neoliberal pode fazer com as pessoas. A solidariedade torna-se um bem muito caro e luxuoso e abre espaço para as alianças temporárias, cuja principal preocupação é sempre extrair mais lucro de uma dada situação que seu concorrente. Os laços sociais com os colegas se enfraquecem, assim como o comprometimento emocional com a empresa ou organização.

Bullying era algo restrito às escolas; agora é uma característica comum do local de trabalho. Esse é um sintoma típico do impotente que descarrega sua frustração no mais fraco. Na psicologia, isso é conhecido como agressão deslocada. Há uma sensação velada de medo, que pode variar de ansiedade por desempenho até um medo social mais amplo da outra pessoa, considerada uma ameaça.
Avaliações constantes no trabalho causam uma queda na autonomia e uma dependência cada vez maior de normas externas e em constante mudança. O resultado disso é o que o sociólogo Richard Sennett descreveu com aptidão como a “infantilização dos trabalhadores”. Adultos com explosões infantis de temperamento e ciúme de banalidades (“Ela ganhou uma nova cadeira para o escritório e eu não”), contando mentirinhas, recorrendo a fraudes, rogozijando-se da queda dos outros e cultivando sentimentos mesquinhos de vingança. Essa é a consequência de um sistema que impede as pessoas de pensar de forma independente e que é incapaz de tratar os empregados como adultos.
Porém, o mais importante é o dano à autoestima das pessoas. O autorrespeito depende amplamente do reconhecimento que recebemos das outras pessoas, como mostraram pensadores desde Hegel a Lacan. Sennett chega a uma conclusão parecida quando percebe que a questão principal dos funcionários hoje em dia é “Quem precisa de mim?” Para um grupo cada vez maior de pessoas, a resposta é: ninguém.
Nossa sociedade proclama constantemente que qualquer pessoa pode “chegar lá” caso se esforce o suficiente. Isso reforça os privilégios e coloca cada vez mais pressão nos ombros dos cidadãos já sobrecarregados e esgotados. Um número crescente de pessoas fracassa, gerando sentimentos de humilhação, culpa e vergonha. Sempre ouvimos que até hoje nunca tivemos tanta liberdade para escolher o curso de nossas vidas, mas a liberdade de escolher algo fora da narrativa de sucesso é limitada. Além disso, aqueles que fracassam são considerados perdedores ou bicões, levando vantagem sobre nosso sistema de seguridade social.
Uma meritocracia neoliberal quer nos fazer acreditar que o sucesso depende do esforço e do talento das pessoas, ou seja, a responsabilidade é toda da pessoa, e as autoridades devem dar às pessoas o máximo de liberdade possível para que elas alcancem essa meta. Para aqueles que acreditam no conto das escolhas irrestritas, autonomia e autogestão são as mensagens políticas mais notáveis, especialmente quando parece que prometem liberdade. Junto com a ideia do individuo perfeito, a liberdade que acreditamos ter no Ocidente é a grande mentira dos dias atuais e de nossa época.
O sociólogo Zygmunt Bauman resume perfeitamente o paradoxo de nossa era como: “Nunca fomos tão livres. Nunca nos sentimos tão incapacitados.” Realmente somos mais livres do que antes no sentido de podermos criticar a religião, aproveitar a nova atitudelaissez-faire com relação ao sexo e apoiar qualquer movimento político que quisermos. Podemos fazer tudo isso porque essas coisas não têm mais qualquer importância – uma liberdade desse tipo é movida pela indiferença. Por outro lado, nossas vidas diárias transformaram-se em uma batalha constante contra uma burocracia que faria Kafka tremer. Há regulamentos para tudo, desde a quantidade de sal no pão até a criação de aves na cidade.
Nossa suposta liberdade está ligada a uma condição central: precisamos ser bem-sucedidos – ou seja, “ser” alguém na vida. Não é preciso ir muito longe para encontrar exemplos. Uma pessoa muito bem qualificada que decide colocar a criação de seus filhos à frente da carreira certamente receberá críticas. Uma pessoa com um bom trabalho, que recusa uma promoção para investir mais tempo em outras coisas é vista com louca – a menos que essas outras coisas garantam o sucesso. Uma jovem que deseja ser uma professora de primário ouve de seus pais que ela deveria começar obtendo um mestrado em economia. Uma professora de primário, o que será que ela está pensando?
Há lamentos constantes com relação à chamada perda de normas e valores em nossa cultura. Ainda assim, nossas normas e valores compõem uma parte integral e essencial de nossa identidade. Portanto, não é possível perdê-las, apenas mudá-las. E é exatamente isso que aconteceu: uma mudança de economia reflete uma mudança de ética e gera uma mudança de identidade. O sistema econômico atual está revelando nossa pior faceta.

Por que a Minas de Aécio deu a vitória a Dilma Minas nos livrou de seu filho.


no Conversa Afiada

Conversa Afiada reproduz artigo de Kiko Nogueira, extraído do Diário do Centro do Mundo:

POR QUE A MINAS DE AÉCIO DEU A VITÓRIA A DILMA


Uma das certezas desse fim de eleição é que os ignorantes de sempre culparão os nordestinos ignorantes pela derrota de Aécio Neves e proporão um racha.


Estarão errados, mais uma vez, não apenas pelo julgamento odioso. O Nordeste escolheu Dilma maciçamente — inclusive Pernambuco, onde a viúva de Eduardo Campos declarou apoio a Aécio Neves –, mas decidiu o pleito com a ajuda inestimável dos mineiros.


Em Minas, o ex-governador perdeu por 52,4% a 47,6%. São cerca de 500 mil votos.


Para quem se jactava de ter deixado o cargo com 92% de aprovação, número nunca comprovado, e falava de seu estado com um tom de apropriação, foi uma paulada.


Aécio não apenas não elegeu o candidato de seu partido em MG como apanhou de uma conterrânea que, como ele, passou muito pouco tempo por lá.


A nacionalização de Aécio, trazida pela campanha, mostrou aos habitantes de Minas um homem que eles talvez desconfiassem que não fosse grande coisa. Mas como saber ao certo com uma imprensa totalmente vendida e uma propaganda oficial diuturna?


Durante sua gestão e a de Anastasia, não foram publicadas notícias sobre o aeroporto construído em terras do tio, sobre o nepotismo, sobre as verbas publicitárias para veículos de comunicação da família etc. Isso só veio à tona nos últimos anos — e mesmo assim com uma imprensa de Rio e SP jogando a favor.


Aécio termina 2014 como um nome nacional, com um capital eleitoral forte num país dividido, recordista de votos no PSDB, mas derrotado. Terá pela frente dois concorrentes com sangue nos olhos: José Serra e Geraldo Alckmin, ambos de São Paulo.


Os dois estavam com Aécio em seu discurso pós derrota. Ressentido, Aécio não dirigiu palavra à mineirada. Em compensação, São Paulo foi lembrado.


“Eu deixo essa campanha ao final com o sentimento de que cumprimos o nosso papel. São Paulo retrata de forma mais clara o sentimento que tenho no meu coração pelo cumprimento da minha missão”, disse. “Combati o bom combate, cumpri minha missão e guardei a fé”.


Minas nos livrou de seu filho.

Essa imagem não tem preço Perdeu, Globo !


no Conversa Afiada

A plateia do discurso da vitória entrou ao vivo no jn com o brasileiríssimo “o povo não é bobo”.

Na mesma celebração, William Bonner foi homenageado, também.