terça-feira, 15 de julho de 2014

O QUE É SER DE ESQUERDA HOJE NO BRASIL?

As eleições parecem provocar nas esquerdas brasileiras um comportamento letárgico, paralisante.

Será o medo de que a direita possa, se ganhar, acabar com os programas sociais importantes para o Trabalhador como o “Minha casa minha vida, o Bolsa Família, o Ciência sem fronteiras...?

O que preocupa de fato a esquerda brasileira?

Será a preocupação com a “força” da direita aecista? Que, se ganhar, pode entregar a Petrobrás, o Pré sal, a Caixa Econômica...?

Será o medo de perder os cargos governamentais?

O que parece, é certo, perdemos a gana, a garra pelas lutas históricas do Povo.
A esquerda no Brasil dos últimos 12 anos produziu em várias áreas do desenvolvimento o que a direita levou 500 anos para fazer e não fez, avançou nas áreas de educação pública, melhorou o atendimento do SUS, moradias populares, emprego, melhorou o salário mínimo etc. Mas, realmente não conseguiu compreender a importância dos movimentos de junho de 2013 e, isso é fato.

Apesar dos inegáveis e importantes avanços, faltaram a Reforma Agrária, a Lei de democratização da mídia, a Lei de democratização do futebol, a Reforma Política...
Se a esquerda brasileira é esquerda, precisa entender que não existe democracia sem povo nas ruas; precisa enxergar que os únicos espaços de fato livres que sobraram ao Povo foram as ruas e que a democracia é fortalecida e renovada quando o Povo vai às ruas, saber ouvir as ruas é tão importante quanto dizer ou ser esquerda aqui ou em qualquer lugar do mundo.

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

O QUE É SER DE ESQUERDA HOJE NO BRASIL?
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O continente desconhecido da esquerda
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Mover-se à esquerda hoje no Brasil significa desativar um sistema imunológico impermeável 
todos os reflexos quase pavlovianos diante da alteridade, para se deixar afetar por 
movimentos de novo tipo e pela reinvenção dos existentes, dessa rede cuja determinação em 
resistir, transformar as relações de poder
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por Bruno Cava
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Em 20 de junho de 2013, no Rio de Janeiro, muitos gritavam “sem partido” e “sem vandalismo” na avenida. 
Quando, no final da marcha, a aglomeração começou a aumentar na frente da prefeitura, as barreiras policiais se abateram sobre a manifestação, com chuva de balas de borracha, cortinas de gás lacrimogêneo, explosões e muita violência. Num espetáculo triste, a polícia reprimiu 1 milhão de pessoas  indiscriminadamente. Aqueles que, momentos antes, entoavam o hino nacional e hostilizavam as bandeiras partidárias, agora recuavam unidos na 
resistência, gritando “fora Cabral” e “não vai ter Copa”. Manifestantes passaram a organizar linhas de defesa e levantar uma barricada para conter os caveirões.
Nos dias seguintes, sem qualquer pesquisa sobre o que ocorreu naquela noite de drástica plenitude, pipocaram artigos e comentários recheados de adjetivações definitivas. “Hipnose fascista”, disse um; “levante niilista”, outro; falou-se ainda que ela estaria infiltrada de “gangues mascaradas”, era manipulada pela “extrema direita” ou então seriam  todos “coxinhas e seus estranhos amigos”. 
Meses depois, uma intelectual no pináculo acadêmico emitiria a sentença: “violência fascista” e não  “revolucionária”,1 mobilizando o velho argumento conservador, que remonta a Edmund Burke, que alerta para o caráter instintivo, anárquico e perigoso da multidão. 
Essas foram avaliações da esquerda partidária sobre as jornadas de junho de 2013.
Diante de uma mobilização de norte a sul que tinha, entre outras pautas, a melhoria dos serviços públicos, a mobilidade urbana, maior transparência nas contas e gastos dos governos, a reforma das polícias, a democratização da mídia e os direitos LGBT. 
Diante da qualificação de grupos como o OcupaCâmara (Rio), o Tarifa Zero BH e o Movimento Passe Livre,2 que questionaram o grande negócio dos transportes; a campanha Cadê o Amarildo, que resgatou a favela, o racismo e a brutalidade policial da periferia da percepção;3 o Comitê dos Atingidos pela Copa (Copac) de Belo Horizonte, que conectou uma rede diversificada de comunidades e coletivos autônomos pelo direito à cidade;4 os advogados ativistas – e fotógrafos, e socorristas, e tantos profissionais anônimos que 
trabalharam de graça nas manifestações, para garantir os direitos que o Estado deveria proteger, mas estava violando.5 Sem falar na miríade de assembleias horizontais (como a Popular de Maranhão ou a do Largo, no Rio), “ocupas” de casas legislativas (como de Santa Maria – RS), plataformas comuns (como a Belém Livre), bem como uma cauda longa de mídias alternativas e um estilo de midiativismo via internet que, pela primeira vez, ganhou escala para disputar a comunicação com os peixes grandes.6 Isso é apenas a ponta do iceberg.
Diante desse, um dos maiores acontecimentos da história das lutas pela democracia no Brasil, a esquerda partidária se recolheu na própria zona de conforto. No lugar onde se aninhou, seja na situação, seja na oposição – nos dois casos num estado de identidade,  ancorado na esfera representativa, tendo aprendido as regras, os pactos, os macetes, em suma, aprendeu a conservar o território. Quanta diferença em relação aos tempos, por exemplo, de uma prefeitura que, com Luiza Erundina (PT), em São Paulo, pensava uma 
política de tarifa zero para o transporte coletivo. Quando, com Olívio Dutra (PT), em Porto Alegre, pensava no orçamento participativo como o primeiro passo para deslacrar a caixa-preta dos negócios da cidade: obras, ônibus, coleta de lixo. Quando a legalização do aborto era pauta estrutural, já que afeta diretamente 50% da população e envolve nada menos do que o direito da mulher sobre si mesma. Tempos quando os militantes do partido não pareciam aspirantes a gestor público, na fila de espera por cargos de onde olharão 
por cima, com escopo gerencial, as contradições e caldeamentos da sociedade. Tempos quando os militantes de partido, com efeito, tomavam partido nos conflitos sociais (de classe, gênero, raça, sexualidade etc.) e atuavam imediatamente com as partes – em vez de desligar-se delas em nome das “grandes sínteses” da nova gestão, do desenvolvimento nacional, da obsessão pela governabilidade.
Mas ser de esquerda no Brasil hoje não é ser nostálgico. As jornadas de junho – e também os rolezinhos e fluxos de rua, e um protagonismo cada vez maior das favelas e periferias – mostraram que o novo mundo se impõe sem esperar, arrancando-nos da zona de conforto e forçando-nos a pensar. Depois de junho, por alguns meses, os governantes tiveram medo dos  governados. Nos gabinetes, o sorriso largo e o bom humor deram lugar à intranquilidade. 
Isso é bom. Thomas Jefferson, que não era nenhum Black Bloc, já dizia que toda democracia precisa de uma rebeliãozinha de vez em quando, para regenerar as instituições.7
No projetado caminho da prosperidade embutida na ideia de uma “nova classe média”, a esquerda se chocou com um continente desconhecido, que finalmente chacoalhou os cálculos e certezas. Mas encarou mal a “descoberta”. Ora reagiu chamando todos de “índios”, tratando-os como inaptos de pensamento, política e estratégia e, portanto, ideologicamente vazios, desorganizados e facilmente manipuláveis pela direita. Ora lhes deu as costas, decepcionando-se por não encontrar as Índias como previsto nos mapas. 
Contudo, o fato é que o continente já está povoado de uma rede de multiplicidades em franca produção de pensamento, política e estratégia, de uma classe selvagem sem nome.8 Que pode, inclusive, reconhecer a relevância das (cada vez mais) rarefeitas respostas  institucionais da esquerda para, conforme o caso, acionar seus mandatos e partidos como tática, sem ceder a autonomia.9
Mover-se à esquerda hoje no Brasil significa desativar um sistema imunológico impermeável e todos os reflexos quase pavlovianos diante da alteridade, para se deixar afetar por movimentos de novo tipo e pela reinvenção dos existentes, dessa rede cuja determinação em  resistir, transformar as relações de poder e construir alternativas ficou provada em junho do ano passado. Significa optar pela inconveniência de sair  do lugar e, na incerteza 
de uma história em aberto, redescobrir-se nas lutas de seu tempo.

Bruno Cava
Mestre em Filosofia do Direito

1 Marilena Chauí, em entrevista a Juvenal Savian Filho. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br/home/
2013/08/pela-responsabilidade-intelectual-e-politica/ 
2  Eliana Judesnaider et al., Vinte centavos: a luta contra o aumento, Veneta, São Paulo, 2013.
3    Giuseppe Cocco, Bruno Cava e Eduardo Baker, “A luta pela paz”, Le Monde Diplomatique Brasil
 jan. 2014.
4  Natacha Rena, Paula Berquó e Fernanda Chagas, “Biopolíticas espaciais gentrificadoras e as resistências 
estéticas biopotentes”. Disponível em: ; e Rudá Ricci e Patrick Arley, Nas ruas: a outra política que emergiu 
em junho de 2013, Letramento, Belo Horizonte, 2014. http://uninomade.net/wp-content/files_mf/111404140911Biopol%C3%ADticas%20espaciais%20gentrificadoras%20e%20as%
20resist%C3%AAncias%20est%C3%A9ticas%20biopotentes%20-%20Natacha%20Rena%20e%20Paula%20Berqu%C3%B3%20e%20Fernanda%20Chagas.pdf

5    Bruno Cava, A multidão foi ao deserto: as manifestações no Brasil em 2013, Annablume, São Paulo, 2013.

6  Bernardo Gutiérrez, “Os protestos do Brasil dialogam com as revoltas globais”. Disponível em: ; e Fábio Malini e Henrique Antoun, A internet e a rua: ciberativismo e mobilização nas redes sociais, Sulina, 2013. http://www.cartacapital.com.br/politica/os-protestos-do-brasil-dialogam-com-as-revoltas-globais-4371.html
7  Michael Hardt, “Thomas Jefferson ou a transição da democracia”. Disponível em: http://uninomade.net/wp-content/files_mf/110810120745Thomas%20Jefferson%20ou%20a%20transicao%20da%20
democracia%20-%20Michael%20Hardt.pdf
8  Hugo Albuquerque, “A ascensão selvagem da classe sem nome”. http://descurvo.blogspot.com.br/2012/09/a-ascensao-selvagem-da-classe-sem-nome.htm

9  Pablo Ortellado, “Os protestos de junho entre o processo e o resultado”. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/os-protestos-de-junho-entre-o-processo-e-o-resultado-7745.html
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03 de Junho de 2014
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segunda-feira, 14 de julho de 2014

SADER: LEI PELÉ É O NEOLIBELISMO - Com a Lei Pelé e a Globo o Brasil não vai à Rússia


pena que os “cabeças de parafuso” não conseguem enxergar, mesmo na pindaíba - muitos são pessoas do povo, trabalhadores – talvez por causa da lavagem da globo e da veja, não se permitem pensar e ver o outro lado, tudo tem dois lados.
lembro que na época da lei pelé, muitos, amantes ou não do futebol, acreditaram que os jogadores seriam “libertados” do jugo dos clubes e, como trabalhadores, deveriam ser apoiados, sindicatos, federações de trabalhadores etc. apoiaram a lei, deu no que deu.
eu e muitos, não conseguimos ver na época que era mais uma armadilha neoliberaL, O FUTEBOL ENTRARIa DE VEZ NO MERCADO DO “VENDE-SE E COMpRA-SE TUDO”...DEU NO QUE DEU.
AGORA, RESTA-NOS APOIAR UM TIPO DE GOVERNO QUE VEM FORTALECENDO O PAPEL DO ESTADO...
SÃO DOIS PROJETOS COMPLETAMENTE DISTINTOS...AUTORES E PENSADORES, COMO EMIR SADER, POR EXEMPLO, VÊM HÁ TEMPOS ESCREVENDO E PROVOCANDO A REFLEXÃO...ATÉ OS “CABEÇAS DE PARAFUSO” PODEM ENTENDER...OU NÃO???

POR JOSÉ GILBERT ARRUDA MARTINS (PORFESSOR)

SADER: LEI PELÉ
É O NEOLIBELISMO
Com a Lei Pelé e a Globo o Brasil não vai à Rússia
Fonte: Conversa Afiada – 14/07/2014
Conversa Afiada reproduz oportunas reflexões de Emir Sader na Carta Maior:



O neoliberalismo chegou ao futebol através da chamada Lei Pelé. Que pregava a profissionalização do futebol, contra o que chamava de ditadura dos clubes.

Republico este artigo escrito há alguns anos e publicado originalmente na Carta Maior, porque o considero – infelizmente, 7 e mais vezes infelizmente – absolutamente atual. Espero não tenha que publicá-lo 7 vezes mais, não tenha que publicá-lo nunca mais.

Multiplicam-se as reclamações de que o dinheiro passou a mandar no futebol, que os clubes estão falidos, que os jogadores já não têm apego aos clubes, mudam às vezes durante o campeonato, passando para o rival, se contratam meninos ainda para jogar no exterior, uma parte deles fica abandonado, submetidos a todo tipo de irregularidade.

Mas o que aconteceu, o que está na raiz de tudo isso?

O futebol – assim como todos os esportes – não é imune às imensas transformações econômicas, sociais e éticas que as nossas sociedades sofrerem e ainda sofrem. No Brasil, o neoliberalismo chegou ao futebol através da chamada Lei Pelé. Que pregava a “profissionalização” do futebol, contra a ditadura dos clubes, que tinham os jogadores atrelados ao clube como se se tratasse de uma relação feudal, pré-capitalista.

Intensificou-se dura campanha contra os “cartolas”, com acusações – todas provavelmente reais -, de corrupção, concentração de poder, arbitrariedades, etc. Porém, de forma similar ao que se fazia na campanha neoliberal contra o Estado, não era para democratizar aos clubes, ou ao Estado, mas para favorecer o mercado.

A profissionalização foi isto. Supostamente para libertar os jogadores do domínio dos clubes, jogou-os nas mãos dos empresários privados. Não por acaso se deu durante a década de 90, em pleno governo FHC, que preconizou todo o tempo a centralidade do mercado, os defeitos do Estado, a necessidade de mercantilizar tudo, de transformar a sociedade em um lugar em que tudo se compra, tudo se vende, tudo é mercadoria.

Os jogadores foram transformados em simples mercadorias, nas mãos dos empresários, que reinam soberanos, assim como o mercado e as grandes empresas fazem no conjunto da sociedade. Enquanto os clubes, da mesma forma que o Estado, ao invés de serem democratizados, são sucateados. Interessa aos empresários privados que os clubes sejam fracos, estejam falidos, serão mais frágeis ainda diante do poder do seu dinheiro. Assim como ao chamado mercado interessa que o Estado seja mínimo, seja fraco, para que ceda cada vez mais a seus interesses.

Os clubes podem ser democratizados – de que o exemplo da democracia corintiana é claro. O jogo dos empresários não é democratizável, nem passível de ser controlado socialmente, vale quem paga mais, que tem mais dinheiro. Assim como o Estado pode ser democratizado – e as políticas de orçamento participativo são o melhor exemplo disso.

Com o reino do mercado, não há Estado, não há democracia, não há interesses coletivos. Triunfa o mercado e seu principio maior – o do dinheiro. Com o reino dos empresários privados, não há clubes, há times, que ocasionalmente são montados para disputar um campeonato, enquanto os empresários não vendem os jogadores. Os campeonatos servem apenas como vitrine para exibir as mercadorias dos empresários.

Em um tempo em que tantas identidades entraram em crise, nem sequer os clubes de futebol conseguem resistir, diante da privatização que a lei Pelé significou, fazendo da camisa dos jogadores um lugar em que mal cabe – quando cabe – o distintivo, de tal forma tudo é comercializado. Ou se fortalecem os clubes, democratizando-os, destacando sua dimensão publica e não de empresas privadas a serviço da comercialização dos jogadores, ou a quebra generalizada que atinge o mercado capitalista não poupará os clubes. Que irão à falência, diante do enriquecimento ilimitado dos empresários privados.


Em tempo: querer reformar o futebol brasileiro e omitir a Lei Pelé e a Globo é moralismo ou udenismo. Como o do Álvaro Dias … – PHA


quinta-feira, 10 de julho de 2014

Luciano Huck, o retrato do consórcio Globo-CBF

Explicar, analisar...para quem?
Esse é mais um dos tumores que embalam milhares cabeças de parafusos desse país.
Vamos continuar tentando...
Análises...explicações...comentários...
Triste por que os caras nem se dão o “trabalho” de ler...
O sistema não é notado por muitos...principalmente quem não se preocupa em ler nada...como entender se apenas leio a veja e assisto a globo?
Vamos continuar tentando...lendo mais, muito mais, assistindo menos muito menos...e pensando...temos que conviver com caras como o apresentador Luciano Hulk...faustinho...é dose...
Por José Gilbert Arruda Martins (professor)
Adilson Filho: Luciano Huck, o retrato do consórcio Globo-CBF
Fonte: blog Viomundo
por Adilson Filho, especial para o Viomundo
Eu gostaria de falar só uma coisa aqui e essa é exclusiva pra quem já chutou, pelo menos, ‘uma laranja de fim de feira’ num golzinho de rua. Sete a um foi um placar mentiroso, isso mesmo, fictício, um sete um, pra inglês ver.
O jogo de ontem, se fosse levado ao “pé da chuteira” pelos alemães – que foram sim piedosos conosco – , teria um placar de 10, 11 a 0 (pelo menos).
Dos 35 min do primeiro tempo pra cima, o que aconteceu não foi um jogo de futebol de Copa do Mundo, mas uma concessão de um time de marmanjos a outro time ‘café com leite’ que até um 1 golzinho foi dado de lambuja.
HUMILHAÇÃO ABSOLUTA DO MAIS ALTO NÍVEL jamais vista!
Esse é um ponto, alguns outros:
1. Eu tenho análises sobre o trabalho de Felipão, desde 2001, quando assumiu e fez a pior preparação da história da seleção, inclusive de 2002, quando, numa Copa fácil pra gente, fez de tudo, mas de tudo, para que perdêssemos.
2. O vexame incomensurável do futebol brasileiro numa Copa do Mundo não se deu ontem, não. Para refrescar a nossa memória, isso aconteceu no baile do Zidane em 2006, naquele trem da alegria fajuto de Ronaldinho Gaúcho & cia, cheio de gente obesa, arrogante, de brinquinho, bandana, comandadas pelo maior engodo do futebol nacional: Carlos Alberto Parreira.
3. Em 2006, Dunga, um homem honrado, líder, capitão do tetracampeonato, um atleta nato, sério e honesto, chegou para dar uma cara ao que havia sobrado do nosso futebol…
Reuniu o que pode de uma geração acabada melancolicamente na birita, na lasanha e no sebo da vaidade , deu um padrão a equipe (goste-se ou não os saudosistas) e ganhou TUDO o que viu pela frente, espancando as grandes seleções como Portugal (6 a 2), Inglaterra, Itália duas vezes, Argentina toda hora e de goleada, Uruguai lá dentro depois de 30 anos.
Ainda ganhou ainda Copa América de forma inquestionável, Confederações idem, teve a melhor campanha do Brasil em eliminatórias com duas rodadas de antecedência (!) e que perdeu, sim (pois perder é do futebol), por um gol, num jogo para a seleção holandesa onde ainda abrimos o placar.  Seleção essa que hoje tá aí mostrando sua força e que venderia o título mundial pra Espanha caríssimo e no ‘último minuto’ da prorrogação…
4. Pois Dunga, por ter cometido o ‘pecado’ de barrar os privilégios daquela emissora do Jardim Botânico, foi tratado como um pária da nação, um lixo humano, tendo sua cabeça inclusive enterrada numa lixeira da Comlurb, ironicamente, na capa de um jornal imundo.
5. Pois bem, no dia seguinte à sua retirada a CBF vai ao “Bem amigos” (Ricardo Teixeira, que ainda podia circular livre por aí, na época), de corpo presente, e devolve a seleção brasileira para Rede Globo de Televisão.
Abreviando muito, o resultado está aí. Volta Parreira (aquele do vexame de 2006).  Volta Felipão, essa mesma mentalidade atrasada e bronca, mas alinhada ao consórcio Globo-CBF, onde Luciano Huck tem mais acesso com seu helicóptero aos jogadores da seleção do que jornalistas esportivos de outras emissoras e isso é inaceitabilíssimo!
6. Não custa lembrar que foi o menino dourado da Vênus Platinada — o organizador efusivo da campanha de Aécio Neves no Rio de Janeiro — que, durante a Copa do Mundo, incentivou as mulheres brasileiras a “se darem bem” e arranjarem seu gringo por aí.
Pois são essas e outras pessoas de mesmo naipe que obtiveram novamente os privilégios outrora negado quando Dunga era treinador.
7. Hoje, no meio a disso tudo que tá aí que já nem sei mais o nome, eu honro e louvo aqui o nome desses dois atletas dignos demonizados pela nação. Barbosa, nosso goleiro de 50, um sujeito simples que morreu quase literalmente de desgosto e injustiçado , e Dunga que nos deu um título mundial, que na Copa seguinte, em 98, foi lá e bateu de novo aquele pênalti, e que fez um trabalho digno e bem avaliado (por quem entende pelo menos) como treinador.
Ao mesmo tempo, eu mando, sim, para o quinto dos infernos toda essa corja sem vergonha, arrogante e perversa de cartolas corruptos, jornalistas indecentes e treinadores medíocres/prepotentes, que destruíram de forma muito competente, ao longo dos anos o futebol brasileiro, até chegar ao dia mais escroto (não tenho outra palavra) da história desse esporte que dificilmente será superado por outra seleção.
Vocês conseguiram esse feito inédito, mas pela linha torta que vocês escreveram o nome do nosso futebol na história, no dia de ontem, dois homens tiveram a sua honra lavada — um ainda está vivo, e volta a ter o seu lugar na galeria dos grandes, o outro já morreu, mas pode descansar a paz dos justos, que pra vocês, poderosos senhores da vaidade, nunca importou nada mesmo.


CHEGA DE LEI PELÉ E DE NEOLIBELISMO - Essa, além do Gilmar, é uma das heranças malditas do Principe da Privataria


Pelé nunca se envolveu com nada com dissesse respeito ao brasil.
quando o pelé se envolveu com algum evento ligado aos negros no país?
é como roberto carlos (cantor), nunca se envolveu com nada que esteja concretamente ligado à democracia, aos direitos da maioria do nosso povo.
pelé, como gosta de fazer, resolveu aparecer aceitando o ministério na época de fhc.
o texto logo abaixo é claro...transparente ao afirmar que a lei pelé ajudou a afundar o futebol brasileiro.
é impressionante, mas o neoliberalismo de fhc e seus asseclas atuou de forma inexorável até no esporte mais popular do país.
e, o pior é que a população mais pobre, assistindo a rede globo, acreditou muitas vezes, nas histórias de modernização que as privatizações e a lei pelé traria ao país.
como disse juca kfouri após o jogo contra a Alemanha, “o governo dilma roussef precisa, como prometeu, mandar um projeto de lei ao congresso para mudarmos a cara futebol brasileiro”.
essas palavras do juca lembra o texto abaixo, lá na alemanha, a cbf deles é financiada e, de certa forma administrada pelo estado.
e isso pode ser uma das saídas para o maltratado e roubado futebol brasileiro.

por josé gilbert arruda martins (professor)

CHEGA DE LEI PELÉ
E DE NEOLIBELISMO
Essa, além do Gilmar, é uma das heranças malditas do Principe da Privataria
Fonte: Conversa Afiada – 10/07/2014

A derrota sofrida pela Seleção Brasileira para a Alemanha não significa somente uma tragédia nacional.

Vai além.

Representa um choque de realidade que escancara a distância entre o futebol brasileiro e o alemão. 

Lá, como lembraram os jornalistas Guilherme Pavarin e Alexandre Versignassi, a eliminação na primeira fase da Eurocopa em 2000 surtiu efeito.

“Estávamos pensando exatamente como vocês brasileiros pensam hoje: que não precisávamos aprender nada. E fomos jogando cada vez pior, pior e pior”, disse o ídolo alemão  Paul Breitner, em entrevista a ESPN Brasil.

Dois anos depois, o país chegava à final da Copa do Mundo com o mesmo Brasil eliminado ontem.

E hoje tem a seleção mais uma vez na final de um Mundial, o Bayern e o  Borussia Dortmund foram os finalistas da Champions League e revela jovens talentos como poucos.

A CBF deles não é um órgão privado, o que colaborou para que os investimentos necessários fossem feitos pelo governo local. A média de público do campeonato alemão, a Bundesliga,  é de  45 mil pessoas por jogo, a melhor do mundo. No Brasil, é 15 mil, menor do que a segunda divisão deles.

Por aqui, ocorreu o inverso: o Campeonato Brasileiro é cada vez menos atraente, garotos vão para o exterior como nunca e os clubes ficam relegados às federações e à emissora dona dos direitos de transmissão, que, para Alex, é quem manda.

A Lei Pelé, norma que substituiu a Lei Zico, assinada durante o governo Fernando Henrique Cardoso, com Pelé de Ministro dos Esportes, contribuiu com isso. 

O neoliberalismo saiu dos ideais e planos econômicos da gestão tucana e foi para o futebol.

A lei tinha o objetivo de dar  transparência e profissionalismo ao esporte nacional, disciplinar a prestação de contas por dirigentes de clubes e a criação de ligas, profissionalizar as gestões e conceder aos jogadores o direito do seu passe.

Exceção ao Passe Livre, nada mudou.

Na teoria, a lei visava dar liberdade aos jogadores, que antes eram presos aos clubes. Na prática, foi a realização do sonhos dos empresários de futebol. Uma carreira que ganhou força a partir dali, e hoje é a categoria que mais se beneficia do esporte.

A ação dos empresários de futebol é abrangente. Podem mediar transferências internacionais e milionárias, assim como descobrem talentos ainda na infância. Garimpam talento e visam o lucro próprio. As categorias de base se tornaram, então, uma caixa preta nos grandes clubes.

As famosas “peneiras” ganharam um novo ingrediente. Bons talentos acabam reprovados nos testes para, na sequência, serem abordados por agentes. Eles oferecem estrutura e uma perspectiva de sucesso para os garotos. Tratam até com os pais dos atletas. Depois, o jogador volta ao mesmo clube, mas com uma diferença: já é agenciado pelo empresário.

Ou seja, o jogador poderia ser uma descoberta do clube, mas passa a ser terceirizado pelo empresário. Em uma futura venda, o lucro é dividido. Os clubes servem quase que como barriga de aluguel. Expõem e valorizam o atleta. E aí, com os atletas em mãos, é mais fácil levá-los para a Europa, onde está o grande faturamento.

Temos alguns exemplos na própria Seleção: você sabe de onde vem o Hulk, amigo navegante? E o David Luiz? O Fernandinho? Daria para falar sobre cada um deles. Tirando Neymar, Júlio César, Hernanes e mais um ou outro, a grande maioria desse elenco fez carreira desde cedo na Europa. 

Inclusive alguns dos que saíram do Brasil como ídolos de grandes times, como Paulinho e Thiago Silva, vinham de experiências frustradas – e precoces – no Velho Continente. Poucos sabem, mas Paulinho passou por Polônia e Lituânia antes de brilhar no Corinthians. O capitão Thiago Silva teve sérios problemas de saúde na Rússia, para depois ser ídolo do Fluminense.

Por que sair tão cedo? Porque, além do lugar comum de sonhar com o futebol europeu, alguém lucra com isso. Interessa a alguém que o jogador vá para o exterior sem um intermediário. 

Com a Lei Pelé, não foi o jogador que ganhou. Foram os empresários. E quem perdeu, além dos clubes, foi o futebol brasileiro.

Como se sabe, o legado de FHC é abrangente. Tem como um de seus exponenciais a ida de Gilmar Mendes ao STF. Podemos adicionar mais essa contribuição do Príncipe da Privataria ao país: a derrocada do esporte mais popular do mundo. 


Em tempo: Foi após a Lei Pelé que empresas estrangeiras como a ISL, Hicks Muse e MSI passaram a patrocinar agremiações como Flamengo, Corinthians, Grêmio e deixaram os clubes em situação financeira pior do que quando chegaram


Alisson Matos e João de Andrade Neto, editores do Conversa Afiada

segunda-feira, 7 de julho de 2014

O ENGAVETADOR GERAL ERA O FHC - Miro faz a autópsia do “engavetamento”. E de que vive o Cerra ?


lição de “política...???”
no sentido de você entender o que era feito na “era fhc” em termos de corrupção...ENGAVETAMENTO...NÃO DE CARROS...
quando falamos em engavetar, falamos de quê?
engavetar meias...lençóis limpos...
AQUI NÃO...AQUI É BRABO...
aqui não...engavetar na época de fhc era esconder...escamotear...
esse é o verdadeiro vira lata...
o cara só não vendeu a mãe por que não mais a tinha...
você precisa ler...com atenção...como tivesse lendo a bíblia...
você aprenderá sobre engavetar melhor que...fhc...

por josé gilbert aRRUDA MARTINS (PROFESSOR)


O ENGAVETADOR GERAL
ERA O FHC
Miro faz a autópsia do “engavetamento”. E de que vive o Cerra ?
Fonte: Conversa Afiada – 07/07/2014
Conversa Afiada mostrou que o Lula deu uma aula no Paraná sobre como o PT deve enfrentar o tema da corrupção e o farisaísmo dos tucanos.

PT preparou um vídeo antológico sobre o “engavetamento”.

Tomara que o Arrocho Neves levante a bola da “corrupção” na campanha ! Tomara!

É o que diz o Miro, neste post imperdível:



Por Altamiro Borges

No comício de lançamento da candidatura da senadora Gleisi Hoffmann ao governo do Paraná, na semana passada, o ex-presidente Lula fez uma afirmação que irritou os tucanos que militam nas redes sociais. Com todas as letras, ele disse que FHC “desmantelou instrumentos de combate à corrupção” durante o seu triste reinado (1995/2002). Segundo relato do repórter César Felício, do jornal Valor, o líder petista ainda comparou a sua gestão à dos tucanos no que se refere à defesa da ética. “Eu queria que vocês estudassem todos os governos anteriores ao meu, e se fizeram 50% do que fiz em termos de criar instrumentos de combate à corrupção”, afirmou. Os tucaninhos detestam estas comparações.

Ainda segundo o repórter, o ex-presidente citou alguns tristes episódios do seu antecessor. Lembrou que uma das primeiras iniciativas de FHC foi baixar o decreto 1376/95, que extinguiu uma comissão especial, criada por Itamar Franco, para investigar as denúncias de corrupção no governo. “Depois, eles nomearam o engavetador-geral da República e engavetaram os casos Sivam, Pasta Rosa e a compra de votos da reeleição, num total de 459 inquéritos criminais, sendo quatro contra o próprio FHC”, prosseguiu o petista. “O termo engavetador-geral usado por Lula fez alusão ao ex-procurador-geral Geraldo Brindeiro, assim denominado por seus adversários à época”, lembra o jornalista.

O duro discurso de Lula gerou reações imediatas e raivosas dos militantes digitais da direita nativa – muitos deles, profissionalizados e anônimos. Eles negaram que FHC tenha acobertado a corrupção, juraram de pé junto que o grão-tucano é um exemplo de ética e atacaram os “petralhas” e os “mensaleiros”. Mas se já é difícil esquecer o que ­se escreve, como rogou FHC em certa ocasião, mais difícil ainda é se apagar da memória o que se fez. Só para atazanar a vida dos tucaninhos da rede, reproduzo abaixo uma lista singela dos crimes acobertados no reinado de FHC:

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A lista dos crimes tucanos

Denúncias abafadas: Já no início do seu primeiro mandato, em 19 de janeiro de 1995, FHC fincou o marco que mostraria a sua conivência com a corrupção. Ele extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, criada por Itamar Franco e formada por representantes da sociedade civil, que visava combater o desvio de recursos públicos. Em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, ele criou a Controladoria-Geral da União, mas este órgão se notabilizou exatamente por abafar denúncias.

Caso Sivam: Também no início do seu primeiro mandato, surgiram denúncias de tráfico de influência e corrupção no contrato de execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam). O escândalo derrubou o brigadeiro Mauro Gandra e serviu para FHC “punir” o embaixador Júlio César dos Santos com uma promoção. Ele foi nomeado embaixador junto à FAO, em Roma, “um exílio dourado”. A empresa ESCA, encarregada de incorporar a tecnologia da estadunidense Raytheon, foi extinta por fraude comprovada contra a Previdência. Não houve CPI sobre o assunto. FHC bloqueou.

Pasta Rosa: Em fevereiro de 1996, a Procuradoria-Geral da República resolveu arquivar definitivamente os processos da pasta rosa. Era uma alusão à pasta com documentos citando doações ilegais de banqueiros para campanhas eleitorais de políticos da base de sustentação do governo. Naquele tempo, o procurador-geral, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido pela alcunha de “engavetador-geral da República”.

Compra de votos: A reeleição de FHC custou caro ao país. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto, conforme inúmeras denúncias feitas à época. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Eles foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como sempre, FHC resolveu o problema abafando-o e impedido a constituição de uma CPI.

Vale do Rio Doce: Apesar da mobilização da sociedade em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas estimavam seu preço em ao menos R$ 30 bilhões. Foi um crime de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses nacionais. Ela detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infra-estrutura acumulada ao longo de mais de 50 anos, com navios, portos e ferrovias. Um ano depois da privatização, seus novos donos anunciaram um lucro de R$ 1 bilhão. O preço pago pela empresa equivale hoje ao lucro trimestral da CVRD.

Privatização da Telebrás: O jogo de cartas marcadas da privatização do sistema de telecomunicações envolveu diretamente o nome de FHC, citado em inúmeras gravações divulgadas pela imprensa. Vários “grampos” comprovaram o envolvimento de lobistas com autoridades tucanas. As fitas mostraram que informações privilegiadas foram repassadas aos “queridinhos” de FHC. O mais grave foi o preço que as empresas privadas pagaram pelo sistema Telebrás, cerca de R$ 22 bilhões. O detalhe é que nos dois anos e meio anteriores à “venda”, o governo investiu na infra-estrutura do setor mais de R$ 21 bilhões. Pior ainda, o BNDES ainda financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como entrada neste meganegócio. Uma verdadeira rapinagem contra o Brasil e que o governo FHC impediu que fosse investigada.

Ex-caixa de FHC: A privatização do sistema Telebrás foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa das campanhas de FHC e do senador José Serra e ex-diretor do Banco do Brasil, foi acusado de cobrar R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar. Grampos do BNDES também flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão. Além de “vender” o patrimônio público, o BNDES destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, ele injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.

Juiz Lalau: A escandalosa construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo levou para o ralo R$ 169 milhões. O caso surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só apareceram em 2000. A CPI do Judiciário contribuiu para levar à cadeia o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do TRT, e para cassar o mandato do senador Luiz Estevão, dois dos principais envolvidos no caso. Num dos maiores escândalos da era FHC, vários nomes ligados ao governo surgiram no emaranhado das denúncias. O pior é que FHC, ao ser questionado por que liberara as verbas para uma obra que o Tribunal de Contas já alertara que tinha irregularidades, respondeu de forma irresponsável: “assinei sem ver”.

Farra do Proer: O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.

Desvalorização do real: De forma eleitoreira, FHC segurou a paridade entre o real e o dólar apenas para assegurar a sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou uma lista com o nome de 24 bancos que lucraram com a mudança e de outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas. Há indícios da existência de um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à turma de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1,6 bilhão de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado.

Sudam e Sudene: De 1994 a 1999, houve uma orgia de fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ultrapassando R$ 2 bilhões. Ao invés de desbaratar a corrupção e pôr os culpados na cadeia, FHC extinguiu o órgão. Já na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a farra também foi grande, com a apuração de desvios de R$ 1,4 bilhão. A prática consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste foram aplicados. Como fez com a Sudam, FHC extinguiu a Sudene, em vez de colocar os culpados na cadeia.







O VER-MAL E O IDIOTA DA OBJETIVIDADE SÃO IGUAIS - Eles são como aqueles surdos irrecuperáveis !


principalmente em época de eleição tentamos aqui na internet, nos encontros de família, nas salas de professores, de todas as formas, que os surdos ouçam e os cegos vejam.
explico, como pode um professor ou professora, mesmo aqui em brasília, com salários um poucos melhores que o restante do brasil, pensar como abastados???
os caras e as “caras”, adoram a veja, apesar de não lerem muito, adoram a tv globo, apesar de ver apenas o bonner e a novela...
um dia, num intervalo entre aula e provas, resolvi provocar...um professor, ouvindo um outro defendendo o indefensável, afirmou – “como você pode dizer isso lendo apenas a veja?”...o colega provocado ficou uma “arara”...e, subindo pelas paredes disse...”a veja é a revista mais séria do país”...ninguem aguentou....KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK
o intervalo acabou...fomos para as aulas...
pode?
esses são os surdos e cegos irrecuperáveis...formam suas opiniões lendo e defendendo o que temos de pior.

por josé gilbert arruda martins (professor)

O VER-MAL E O IDIOTA
DA OBJETIVIDADE SÃO IGUAIS
Eles são como aqueles surdos irrecuperáveis !
Fonte: Conversa Afiada – retirado dia 07/07/2014

Liga o profeta Tirésias, depois de assistir à esmagadora vitória da Holanda, “a magnífica”, sobre a Costa Rica.

Como a Alemanha – outra “magnífica” – contra a França, o melhor jogador da Holanda tinha sido o goleiro especialista em pegar pênalti …

(Quer dizer que se houver um pênalti durante o jogo, vai ser uma têta para a Argentina …)

- Alô, grande Profeta Tirésias, onde estás ?

- Vim dar um pulo na Europa Setentrional.

- O que … setentrional ?

- Sim, sua besta ! A Europa do Norte !

- Ah, desculpe !

- A Europa da Alemanha, da Holanda !

- Mas, por que ?

- Porque os idiotas da objetividade …

- Quem ? Idiotas de onde ?

- Da objetividade … Vai me dizer que você nunca leu o Nelson Rodrigues ? Aquele que chamava de vira-lata, Narciso às avessas os cronistas desportivos brasileiros que só viam mérito nos setentrionais … Aqueles de saúde de vaca holandesa …

- Mas, não entendi, grande Profeta … Narciso às avessas…

- São esses da crônica desportiva que se olham no espelho e morrem de vergonha …

- De ser brasileiro …

- Isso !

- Mas, grande Profeta, não me constava que você desse a menor bola para idiotas da objetividade em matéria de futebol.

- “Futêbol”, como dizem em São Paulo. No resto do Brasil, você sabe, é “futibol”…

- Sei, sei, Profeta. Mas, por que você resolveu se irritar com eles, agora ?

- Ora, sua besta ! Porque, apesar deles, houve a Copa.

-  Copa das Copas …

- Essa mesmo.

- Então, você se viu obrigado a ler esses caras, ouvir eles na tevê.

- E aí descobri uma coisa muito interessante. Eles são iguais ao Ataulfo Merval (*).

- Você viu que o Rodrigo Vianna passou a chamar ele de Ver-Mal ?

- É ótimo !!!

- Mas, o que o idiota da objetividade tem a ver com o Ver-Mal ?

- São algumas identidades. Veja lá. Primeira, acham o Brasil uma m…

- Sim, isso é óbvio. O Brasil é uma m… quando os trabalhistas estão no Governo, Profeta. No tempo do Farol de Alexandria …

- Que Farol, rapaz ?

- O FHC: o que iluminava a Antiguidade e foi destruído num terremoto de nome Lula…

- Ah, sim. Não, você tem razão, no tempo do Farol isso aqui era uma Suécia …

- E o que mais aproxima os dois tipos nativos ?

- A arrogância intelectual. O Ver-Mal nunca foi a Madureira e o idiota da objetividade nunca foi a Cuiabá. Nunca deu uma caneta ou cama de gato. E acabam que entendem de Brasil.

- E do mundo.

- Sim, o que eles entendem do mundo é o que o Renato Machado diz no Mau Dia Brasil e das transmissões da ESPN e da Fox.

- Verdade, Profeta. Se soltar eles no metrô de Nova York vão acabar no ladies room…

- Não seja cruel.

- Não acertam uma, não é isso ?

- Sim. O Ver-Mal disse que Aécio de vice do Cerra era uma dupla imbatível…

- Tomara que os americanos tenham acreditado. E o idiota da objetividade ?

- O idiota da objetividade disse que a Espanha era favorita.

- E pediu desculpas ?

- Jamais !

- Não é o mesmo que disse que o México era uma potência, depois a potência era o Chile, depois a Colômbia … ?

- Esse mesmo. E tem outra identidade.

- Qual, grande Profeta ?

- Os dois escrevem muito mal. Se expressam como se carregassem o Faustão nas costas. Você jamais dará um sorriso, se enriquecerá, terá prazer intelectual com a leitura de um ou outro. É como se aqueles robots japoneses passassem a escrever para o PiG (**).

- Entendi. Nunca leram Nelson Rodrigues, Armando Nogueira…

- Ou Mário Filho ! Camus !

- Mas, só isso ?

- Não, tem uma outra. A identidade mais significativa. Eles são irrelevantes. Não acrescentam um centímetro de informação ou analise ao que você já sabe. Sabe o que eles me lembram ?

- O que, grande Profeta ?

- Aqueles surdos irrecuperáveis.

- Como assim ?

- Você pergunta uma coisa e eles respondem outra !

Pano rápido.

Em tempo: a seguir observações de amigos navegantes que inspiraram o Profeta Tirésias.


Delano
Quem perde sem Neymar: o PIG e o não vai ter Copa.
Desculpem-me pela redundância. Isto porque eles queriam que o Brasil fosse eliminado para atribuir a culpa a Dilma. Mas hoje este argumento não cola mais. O Brasil era o favorito da Copa com Neymar em campo. Agora sem ele a torcida sabe que a Seleção perde 30% de sua força. E mais que isso, considerando o poder de ataque, ou seja, capacidade de marcar gols. O PIG é tão burro assim como os idiotas do não vai ter Copa. Raciocinaram errado. A contusão do Neymar os colocou na ratoeira que eles próprios armaram. Explico: se o Brasil perder a Copa a torcida não vai atribuir à Dilma, ao PT, ao PCdoB, Lula, base aliada, política econômica. Vai atribuir ao fato de um jogador destemperado da Colômbia ter praticado uma falta criminosa em campo. E a ira cairá contra quem defendeu que não iria ter Copa. Seja o movimento ou o PIG. E à leniência da Fifa. Ou será que quebrar uma vértebra não é um crime?

joão vicente
Temos visto e ouvido nas transmissões dos jogos e nos jornais da globo, st, sport tv, etc um verdadeiro linchamento moral de nossa seleção e, inversamente, o endeusamento espantoso dos adversários, em geral.
Estão fazendo uso político desse extraordinário evento. Estão usando um patrimônio querido de todo brasileiro em objeto de terrorismo político, visando derrubar a Presidenta Dilma.
Isso é escandaloso e vai para história do futebol mundial e será gravado no imaginário do Povo Brasileiro, para sempre
.


Clique aqui para ler “Brasileirinho, 1ª vítima da Copa das Copas”.


Paulo Henrique Amorim



(*) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia. E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

sábado, 5 de julho de 2014

MOCHILÃO DO PAC: BRT REDUZ TEMPO DE VIAGEM EM BH - Websérie #mochilãoBR mostra que obra do PAC ajuda até ciclistas na capital mineira.


nessa eleição vamos decidir entre dois modelos de governo, dois modelos de estado.
um, que está aí desde 2002 – com lula da silva e dilma roussef – é um tipo de governo e de estado que faz pela maioria, pela povo.
o outro, que esteve no poder de 1500 até 2002, é um tipo de governo, um tipo de estado que faz pelos já abastados, pelos que já possuem, deixando a maioria de lado, no esquecimento.
a série, mochilão do pac ajuda a entender essa diferença...

por josé gilbert arruda martins (professor)


MOCHILÃO DO PAC: BRT REDUZ
TEMPO DE VIAGEM EM BH
Websérie #mochilãoBR mostra que obra do PAC ajuda até ciclistas na capital mineira.

O Conversa Afiada reproduz vídeo do segundo episódio do #mochilãoBR, publicado no canal da TV PAC:

A websérie é produzida pela Ascom do Ministério do Planejamento:

Episódio 02

O BRT de Belo Horizonte está em operação desde março e já beneficia mais de 30 mil pessoas – inclusive quem usa bicicleta!

Nos fins de semana, os usuários podem subir com suas ‘magrelas’ nos ônibus, que têm área especial para elas.

GLOBO SECA A SELEÇÃO. GOL DE ZAGUEIRO NÃO VALE E o Zuñiga vai ficar solto em campo ?


Precisamos baixar os valores das mensalidades da tv fechada, assim os amantes do futebol irão ficar de vez livres da globo...do galvão...do ronaldo...

Fonte: http://www.conversaafiada.com.br/pig/2014/07/05/globo-seca-a-selecao-gol-de-zagueiro-nao-vale/

Confirmado que a Copa foi Copa das Copas, o Globo Overseas e seus trombones pigais (*) passaram a secar a seleção.

Bem que tentaram usar contra a Dilma o viadúúúto do PSDB – não é, Bessinha ?

Mas, não colou.

Neste sábado (5), o Globo traz na manchete da primeira página que (só) a zaga salvou o Brasil.

Ou seja, é uma seleção tão vagabunda que só os zagueiros salvam.

Interessante.

Por que não dizem que o gol que “salvou” a Alemanha contra a França foi do zagueiro Hummels ?

Ou eles acham que foi do Muller, o jenio, que ontem não apareceu em campo ?

E qual o melhor jogador da Alemanha contra França ?

O goleiro !

A melhor seleção do mundo era o Chile, antes de jogar contra o Brasil.

Depois era a Colômbia.

Agora, os trombones pigais, os que diziam que não ia ter Copa, consideram a Alemanha a maravilha das maravilhas.

Alemanha que fez com a França um dos jogos mais chatos e medíocres dessa Copa.

Clique aqui para ver que o Brasileirinho será a primeira vítima da Copa das Copas.

Em tempo: e o meliante do Zuñiga … a FIFA vai deixar solto em campo ? O que ele fez é DEZ vezes pior do que a dentada do Suárez.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.