quinta-feira, 3 de julho de 2014

A revista veja e a democracia


Por José Gilbert Arruda Martins (professor)

Por que não uso a revista Veja na minha preparação de aulas?
Por que defendo que a revista não seja usada pelas escolas e colegas professores e professoras?
Um pouco da história da revista pode ajudar no entendimento do que estou defendendo nesse texto:
“Veja é uma revista de distribuição semanal brasileira publicada pela Editora Abril às quartas-feiras. Criada em 1968 pelos jornalistas Roberto Civita e Mino Carta, a revista trata de temas variados de abrangência nacional e global. (http://pt.wikipedia.org).”
E, apesar do Mino negar, a revista chegou sim a dar apoio à ditadura militar brasileira, leia o que diz o juiz aposentado Carlos Alberto Saraiva em seu blog:
“Capas da Veja comprovam apoio da revista à Ditadura
Por que será que hoje a Revista Veja evita, até nos momentos mais marcantes, falar de certos temas que vão contra os seus interesses?

Essa prática é recorrente com temas de âmbito político e social, entretanto, não é o mais sombrio de seus recursos. 

Desde sua fundação em 1968, a Veja abusou do verbo para demonizar seus inimigos ante a opinião pública. 

Isso fica evidente quando observamos as edições mais distantes do presente, uma simples leitura das capas da revista durante a Ditadura Militar pode se absurdamente reveladora. 

Isso me levou à fonte primária, o próprio acervo digital de sua obra, para buscar algumas das capas mais evidentes sobre o apoio escancarado da revista aos golpistas militares. As palavras revolução e terrorismo representam o antagonismo de duas vertentes políticas.” (http://saraiva13.blogspot.com.br/2014/04/capas-da-veja-comprovam-apoio-da.html).


Por que parte da classe média brasileira ainda ler essa revista? Será que é por simples falta de alternativas? Ou, por que a classe média é mesmo conservadora e ideologicamente alinhada com o que o periódico defende? Falta de alternativa não pode ser, pois temos dezenas de outras revistas.
Mas, voltando às questões inicias do texto. Acredito que professor e professora não pode ser mal informado. Acredito também que professor e professora precisa não ser alienado ao ponto de não querer enxergar o que a revista divulga, o que ela faz contra pessoas, grupos, instituições e, praticamente todos os governos progressistas daqui, da América Latina e do mundo.
A história da revista mostra claramente o que a mesma defende. É impossível, até mesmos aos mais desavisados, não enxergar o direcionamento ideológico à direita e ultraconservador da revista, a defesa dos interesses dos plutocratas, no Brasil e no exterior.
No livro “Segredos, mentiras e democracia” Noam Chomsk, falando sobre os meios de comunicação, diz:
“...gostaríamos de ver uma tendência para a igualdade. Não só a igualdade de oportunidades, mas a verdadeira igualdade – a capacidade, em todas as fases da existência, de acessar a informação e tomar decisões com base nessa informação. Assim, um sistema de comunicação social verdadeiramente democrático envolveria a participação do povo em larga escala, refletindo tanto os interesses públicos como valores autênticos: a verdade, a integridade, a descoberta” (Chomsk, 56).
Eu questiono, a história da revista veja faz dela um instrumento de informação ao cidadão? Me parece que não. Por isso mesmo parte da própria imprensa chama a esse tipo de jornalismo de PIG (Partido da Imprensa Golpista), e, ao meu ver com razão.

O texto O caso de Veja por Luís Nassif

Estilo neocon, política e negócios, é esclarecedor, todo professor e toda professora deveria ler e comentar, segue...
 O maior fenômeno de anti-jornalismo dos últimos anos foi o que ocorreu com a revista Veja.Gradativamente, o maior semanário brasileiro foi se transformando em um pasquim sem compromisso com o jornalismo, recorrendo a ataques desqualificadores contra quem atravessasse seu caminho, envolvendo-se em guerras comerciais e aceitando que suas páginas e sites abrigassem matérias e colunas do mais puro esgoto jornalístico.
Para entender o que se passou com a revista nesse período, é necessário juntar um conjunto de peças.
O primeiro conjunto são as mudanças estruturais que a mídia vem atravessando em todo mundo.
O segundo, a maneira como esses processos se refletiram na crise política brasileira e nas grandes disputas empresariais, a partir do advento dos banqueiros de negócio que sobem à cena política e econômica na última década..
A terceira, as características específicas da revista Veja, e as mudanças pelas quais passou nos últimos anos.

O estilo neocon
De um lado há fenômenos gerais que modificaram profundamente a imprensa mundial nos últimos anos. A linguagem ofensiva, herança dos “neocons” americanos, foi adotada por parte da imprensa brasileira como se fosse a última moda.
Durante todos os anos 90, Veja havia desenvolvido um estilo jornalístico onde campeavam alusões a defeitos físicos, agressões e manipulação de declarações de fonte. Quando o estilo “neocon” ganhou espaço nos EUA, não foi difícil à revista radicalizar seu próprio estilo.
Um segundo fenômeno desse período foi a identificação de uma profunda antipatia da chamada classe média mídiatica em relação ao governo Lula, fruto dos escândalos do “mensalão”, do deslumbramento inicial dos petistas que ascenderam ao poder, agravado por um forte preconceito de classe. Esse sentimento combinava com a catarse proporcionada pelo estilo “neocon”. Outros colunistas utilizaram com talento – como Arnaldo Jabor -, nenhum com a fúria grosseira com que Veja enveredou pelos novos caminhos jornalísticos.
O jornalismo e os negócios
Outro fenômeno recorrente – esse ainda nos anos 90 -- foi o da terceirização das denúncias e o uso de notas como ferramenta para disputas empresariais e jurídicas. 
A marketinização da notícia, a falta de estrutura e de talento para a reportagem tornaram muitos jornalistas meros receptadores de dossiês preparados por lobistas. 
Ao longo de toda a década, esse tipo de jogo criou uma promiscuidade perigosa entre jornalistas e lobistas. Havia um círculo férreo, que afetou em muitos as revistas semanais. E um personagem que passou a cumprir, nas redações, o papel sujo antes desempenhado pelos repórteres policiais: os chamados repórteres de dossiês.
Consistia no seguinte:
O lobista procurava o repórter com um dossiê que interessava para seus negócios.
O jornalista levava a matéria à direção, e, com a repercussão da denúncia ganhava status profissional.
Com esse status ele ganhava liberdade para novas denúncias. E aí passava a entrar no mundo de interesses do lobista.
O caso mais exemplar ocorreu na própria Veja, com o lobista APS (Alexandre Paes Santos).

Durante muito tempo abasteceu a revista com escândalos. Tempos depois, a Policia Federal deu uma batida em seu escritório e apreendeu uma agenda com telefones de muitos políticos. Resultou em uma capa escandalosa na própria Veja em 24 de janeiro de 2001 (clique aqui) em que se acusavam desde assessores do Ministro da Saúde José Serra de tentar achacar o presidente da Novartis, até o banqueiro Daniel Dantas e o empresário Nelson Tanure de atuarem através do lobista.
Na edição seguinte, todos os envolvidos na capa enviaram cartas negando os episódios mencionados. Foram publicadas sem que fossem contestadas.
O que a matéria deixou de relatar é que, na agenda do lobista, aparecia o nome de uma editora da revista - a mesma que publicara as maiores denúncias fornecidas por ele. A informação acabou vazando através do Correio Braziliense, em matéria dos repórteres Ugo Brafa e Ricardo Leopoldo.
A editora foi demitida no dia 9 de novembro, mas só após o escândalo ter se tornado público.
Antes disso, em 27 de junho de 2001(clique aquiVeja publicou uma capa com a transcrição de grampos envolvendo Nelson Tanure. Um dos “grampeados” era o jornalista Ricardo Boechat. O grampo chegou à revista através de lobistas e custou o emprego de Boechat, apesar de não ter revelado nenhuma irregularidade de sua parte.
Graças ao escândalo, o editor responsável pela matéria ganhou prestígio profissional na editora e foi nomeado diretor da revista Exame. Tempos depois foi afastado, após a Abril ter descoberto que a revista passou a ser utilizada para notas que não seguiam critérios estritamente jornalísticos.
Um dos boxes da matéria falava sobre as relações entre jornalismo e judiciário.


O boxe refletia, com exatidão, as relações que, anos depois, juntariam Dantas e a revista, sob nova direção: notas plantadas servindo como ferramenta para guerras empresariais, policiais e disputas jurídicas.






terça-feira, 1 de julho de 2014

DIRCEU VAI TRABALHAR. E JB, PRA CASA … Dirceu derrotou Barbosa por 9 a 1 e reverteu a prisão perpétua

Saiu no Estadão:

Fonte: blog Conversa Afiada – retirado dia 01/07/2014

Brasília – A juíza Leila Cury, da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, determinou na tarde desta terça-feira, 1, a transferência imediata do ex-ministro José Dirceu do complexo penitenciário da Papuda, em Brasília, para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP) – também localizado na capital federal -, que abriga detentos autorizados a trabalhar fora da cadeia.

Com a medida, o ex-chefe da Casa Civil pode ser transferido a qualquer momento e, assim que sua mudança for concluída, ele poderá iniciar o trabalho externo ao qual foi autorizado pelo Supremo Tribunal Federal. Os presos na Papuda não podem exercer trabalho externo.

No despacho, a juíza afirma que a oferta de emprego a Dirceu já foi devidamente analisada pela seção psicossocial da Vara de Execuções Penais e o Ministério Público deu parecer favorável à proposta.


Copa do Mundo no Brasil: uma vergonha Não havia dia em que não se anunciasse a tragédia da Copa, esta vergonha mais do que prevista. Os turistas teriam de dormir ao relento, não teriam o que comer

Torcedor belga no Maracanã

Nunca, em momento algum na história desse país se falou tanto no termo “vira latas”, uma discussão levantada há várias copas...
Vira latas são aqueles que não acreditam no próprio país...
E o político vira latas?
FHC, segundo o livro “O príncipe da privataria”, teria sido pego numa conversa com colaboradores de seu governo defendendo que somos de terceira, e que por isso tínhamos que desmontar o Estado e vender...
Ronaldo, o fenômeno, que só a Globo acredita – dito no Conversa Afiada – também virou vira latas...chegou a dizer que estava com vergonha...
Acabei de assistir ao jogo EUA 1 X 2 Bélgica na ESPN, vou reproduzir aqui algumas palavras do narrador – “Amigão” – “...que copa incrível”, “...espetacular! a melhor copa de todas”...
Por que a globo não diz nada???

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Crônica
Copa do Mundo no Brasil: uma vergonha
Não havia dia em que não se anunciasse a tragédia da Copa, esta vergonha mais do que prevista. Os turistas teriam de dormir ao relento, não teriam o que comer
Fonte: site da revista Carta Capital – retirado dia 01/07/2014
Aqui, neste país de terceiro mundo em que a opinião de qualquer um é ventilada como verdade absoluta, aqui se deve morrer de vergonha. Mas existe verdade absoluta? Meu amigo Adamastor, que, desde os tempos em que abandonou o Cabo das Tormentas, por culpa de uns portugueses que o transformaram em Cabo da Boa Esperança, vem-se dedicando ao estudo da filosofia, fica vermelho de raiva toda vez que alguém fala em verdade absoluta.
Mas a vergonha é nossa. Já faz algum tempo que não posso ligar a televisão sem que me assaltem as ameaças do desastre, do qual devo sentir vergonha. Para quem ainda não percebeu, informo que estou falando dos meses que antecederam a Copa. O entulho, ah, o entulho! Não havia estádio (por falar nisso, alguém pode me dizer qual a diferença entre estádio e arena?) que não estivesse cercado, melhor, enterrado em entulho. O que vão dizer os estrangeiros quando chegarem aqui e tiverem de caminhar tropeçando em entulho? Meu deus do céu, que vergonha. No mínimo vamos ser banidos do “concerto das nações”. Perder o assento na ONU?, ora, isso é o de menor gravidade para nossa vida no futuro.
Mas a vergonha teria outros motivos. Um deles seriam os andaimes. Ingleses e alemães, o que não sairão por aí dizendo de nós, ao verem tantos andaimes? E os eficientes japoneses, que não se conformam com obras inacabadas. O Adamastor me perguntou se lá, na terra do sol nascente, todas as obras já se acabaram. À falta de uma resposta segura (nunca fui ao Japão), respondi que, no caso de todas as obras estarem acabadas, eles, os japoneses, devem pelo menos estar mortos. Todos eles. Sei lá.
Mas outras razões para que morrêssemos de vergonha: a mobilidade urbana. Coitados de europeus, africanos, latino-americanos e todos os outros -anos (que somados chegam a trinta e um – o Brasil já está aqui). Vão desembarcar (os que vierem de barco e mesmo os que vierem de avião) em aeroportos cheios de andaimes, essa coisa vergonhosa, e não terão como chegar aos estádios. Ou arenas. Não haverá condução, tampouco condição.
E as vagas em hotéis, o que se pode dizer? Meu deus, não haverá acomodação para todos. Eles, os turistas torcedores, terão de dormir ao relento, não terão o que comer, onde tomar banho, onde defecar, onde transar, onde.
Não havia dia em que não se anunciasse a tragédia da Copa, esta vergonha mais do que prevista.
Pois bem, eu, com toda minha timidez, detesto passar vergonha. Sou mais ou menos como os franceses, que odeiam o ridículo. O próprio, claro, porque o ridículo dos outros nos diverte. E, como detesto passar vergonha, resolvi me isolar no meio do mato onde nem luz elétrica existe. Estou de volta, e fico imaginando quanto vocês terão sofrido com a vergonheira nacional que foi a 2014 BRAZIL WORLD CUP.


O STF retoma o equilíbrio - O plenário anula decisões arbitrárias de Joaquim Barbosa

Para nove ministros, o presidente da Corte errou ao suspender o trabalho externo dos condenados

Comentar sobre os erros de Joaquim Barbosa na votação da AP 470 é um desafio para qualquer um, desafio por que precisamos ter os cuidados necessários, primeiro por ele ser um homem negro, as pessoas podem ver numa crítica, algum tipo de racismo e preconceito, mesmo sabendo que passamos nossa vida de estudante e de professor na luta em favor das minorias e, principalmente dos negros do país e do mundo; segundo por que, enganados pela grande mídia – veja, globo, folha, estadão... – que montaram uma eficiente forma de jogar os incautos contra o governo e o Partido dos Trabalhadores, esses, os incautos, conseguiram enxergar na figura de Joaquim Barbosa o novo santo negro que salvará o Brasil da corrupção – e, olha, que isso não é novo – aconteceu com Jânio Quadros, Collor de Melo...e, todos viram no que deu, e, lutar contra esse estado de coisa não é simples.
Mesmo assim a matéria abaixo ajuda a entender que parte da montagem, do esquema denominado “mensalão” foi criado na tentativa de desestabilizar o governo e destruir o PT.

Por José Gilbert Arruda Martins (Professor)

Justiça
O STF retoma o equilíbrio
O plenário anula decisões arbitrárias de Joaquim Barbosa
Fonte: site da revista carta Capital – retirado dia 01/07/2014
O resultado era esperado. Por 9 votos a 1, o plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) acatou na quarta-feira 25 um recurso apresentado pela defesa do ex-ministro José Dirceu e concedeu ao petista o direito de trabalhar na biblioteca do escritório de advocacia de José Gerardo Grossi, em Brasília. Sabedor da derrota de sua posição, Joaquim Barbosa não participou da sessão.
Antigo relator do processo do “mensalão”, Barbosa havia negado o benefício a Dirceu e revogado as autorizações de trabalho concedidas por juízes de Primeira Instância a outros sete condenados, entre eles Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT.
Ao negar os benefícios em maio, o ministro sustentou que os condenados ao regime semiaberto só teriam o direito ao trabalho externo após cumprir um sexto da pena na prisão. O despacho contrariou uma jurisprudência consolidada havia mais de 15 anos pelo Superior Tribunal de Justiça. Além disso, vislumbrou na oferta de emprego a Dirceu um “arranjo entre amigos”.
Todas as teses foram demolidas por seus pares no julgamento da quarta 25. Apenas o ministro Celso de Mello concordou com a exigência de cumprimento mínimo de um sexto da pena, mas afastou qualquer suspeita sobre a lisura do empregador, de quem foi colega no Tribunal Superior Eleitoral. Além disso, Grossi assumiu o compromisso de abrir as portas do escritório de advocacia para qualquer atividade de fiscalização. A partir de agora, Dirceu está autorizado a deixar o Complexo da Papuda para cumprir sua jornada de trabalho, com salário de 2,1 mil reais.
Barbosa declarou-se impedido de participar da sessão, após envolver-se em uma querela com o advogado Luiz Fernando Pacheco, defensor do ex-deputado José Genoino. Por várias semanas, o presidente do STF recusou-se a incluir na pauta do plenário o julgamento dos agravos interpostos por condenados no “mensalão”. Em 11 de junho, Pacheco subiu à tribuna para protestar, e lembrou que processos com réu preso devem ter prioridade. Irritado, Barbosa interrompeu o advogado e ordenou sua retirada do plenário por seguranças. Do lado de fora, Pacheco acusou o ministro de abuso de autoridade e comparou-o a Tomás de Torquemada, o notório inquisidor do século XV.
Em apoio a Pacheco, o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil destacou em nota que o presidente do STF não era “intocável” e deveria prestar conta de seus atos. “Sequer a ditadura chegou tão longe no que se refere ao exercício da advocacia”, apontava o texto. A despeito da forte reação contrária aos seus atos, o magistrado apresentou queixa contra Pacheco por desacato, calúnia, difamação e injúria.
O advogado de Genoino afirma desconhecer o teor da representação enviada por Barbosa ao Ministério Público Federal, razão pela qual preferiu não se manifestar a respeito. “Independentemente do resultado do nosso pleito, esperamos que a imparcialidade seja restabelecida no STF”, limitou-se a dizer um dia antes de o pedido de prisão domiciliar de seu cliente ser recusado pelo plenário da Corte.
A maioria dos ministros seguiu o voto do relator, Luís Roberto Barroso, amparado em quatro laudos médicos oficiais que negam a existência de cardiopatia grave no caso do ex-deputado. “A situação dele não é diversa daquela de centena de outros detentos, há muitos em situações mais delicadas”, afirmou Barroso.
Somente os ministros José Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski votaram a favor da prisão domiciliar. Os ministros divergentes destacaram a informação prestada pelo médico José Ricardo Lapa da Fonseca, do Centro de Internamento e Reeducação, sobre a inexistência de assistência emergencial na Papuda no período noturno, aos fins de semana e feriados. Segundo a defesa, Genoino enfrenta dificuldades no presídio para controlar os níveis de coagulação no sangue, o que poderia desencadear uma embolia ou um derrame.
Em habeas corpus encaminhado ao STF no fim de maio, Dirceu também alegava ter sofrido “constrangimento ilegal imposto pelo ministro Joaquim Barbosa”. A primeira ilegalidade, sustentam seus advogados, foi a suspensão da análise da oferta de trabalho externo, em fevereiro, motivada pela denúncia de uso irregular de celular nas dependências do presídio veiculada por um jornal. No afã de investigar o suposto desvio de conduta, a promotora Márcia Milhomens pediu a quebra do sigilo telefônico em duas coordenadas geográficas que, descobriu-se mais tarde, correspondiam ao Complexo da Papuda e ao Palácio do Planalto.
Provocado pela Advocacia-Geral da União, que viu na medida uma bisbilhotice injustificável, o Conselho Nacional do Ministério Público abriu um inquérito para apurar a conduta da promotora. Nesse meio-tempo, a investigação sobre o uso irregular de celular por Dirceu acabou arquivada, após a direção do presídio desmentir o jornal e informar que naquela data específica o condenado não recebeu visitas ou teve acesso a telefones.
“De toda forma, a análise da oferta de trabalho não deveria ser suspensa com base numa simples denúncia”, afirma Rodrigo Dall’Acqua, um dos advogados de Dirceu. “Somente quando se viu obrigado a avaliar o caso, Barbosa apresentou a tese de cumprimento mínimo de um sexto da pena.”
A decisão foi criticada tanto pelo procurador-geral da Justiça quanto pela OAB. Segundo a Ordem, a alteração das regras poderia prejudicar até 100 mil presos que cumprem pena no regime semiaberto. Com a recente decisão do plenário do STF, volta a valer a jurisprudência anterior à decisão de Barbosa. Na quinta 26, Barroso liberou Delúbio Soares para trabalhar, mas negou as solicitações de Romeu Queiroz, ex-deputado, e Rogério Tolentino, ex-advogado de Marcos Valério de Souza. O ministro considerou irregular o desejo de Queiroz de trabalhar em sua própria empresa e contratar Tolentino.


segunda-feira, 30 de junho de 2014

BOMBA ! COMO CERRA E FHC IAM VENDER O BRASIL Bornhausen é guru do Dudu … É a mesma sopa, diria o Mino.




Retirado do blog Conversa Afiada dia 30/06/2014
Conversa Afiada reproduz post do blog Geopolítica do Petróleo:

Diante das recentes polêmicas envolvendo o Pré-Sal e a Petrobrás nas eleições, selecionamos aqui uma sequência de  notícias a respeito da luta empreendida pelo PSDB-DEM para privatizar a Petrobrás e o petróleo brasileiro desde os anos 1990, durante o governo de Fernando Henrique, mas também após o fim daquele governo, quando esta coligação continuou criticando e atacando sistematicamente a Petrobrás e agora, o Pré-Sal.












TUCANOS QUEREM PRIVATIZAR O GÁS, A ÁGUA E A ENERGIA ELÉTRICA EM MINAS GERAIS

Conversa Afiada reproduz excelente texto do deputado estadual de Minas, Rogério Correia, do PT, que faz oposição sem tréguas aos entreguistas do PSDB de Minas.

Como se sabe, no primeiro pronunciamento de candidato, Arrocho Neves entregou o pré-sal aos amigos do Cerra,aqueles da Chevron. ​

TUCANOS QUEREM PRIVATIZAR O GÁS, A ÁGUA E A ENERGIA ELÉTRICA EM MINAS GERAIS



Uma Proposta de Emenda Constitucional, a PEC 68, pretende facilitar a venda de empresas públicas que não sejam da administração direta. A manobra, que conta com o apoio de toda a base parlamentar do PSDB, possui endereço certo imediato – a Gasmig –, mas se estende para a venda de subsidiárias da Cemig e da Copasa. Um aceno do senador Aécio Neves para o capital financeiro de retorno à era das privatizações.

Caso aprovada a PEC, a água, a luz e o gás serão privatizados e os preços irão às alturas. Já está em andamento a venda da Gasmig, subsidiária da Cemig, para a empresa espanhola Gas Natural Fenosa (GNF). A negociata já foi, inclusive, notificada aos acionistas e ao mercado financeiro, através de nota à Bolsa de Valores. Embora os termos da sociedade ainda não tenham sido divulgados, estipula-se que a Gasmig terá apenas 30% da holding.

O que impediu até hoje a privatização das estatais em Minas Gerais foi uma emenda constitucional aprovada em 2001, durante o governo Itamar Franco. Esta emenda, que teve como relator o deputado Rogério Correia (PT), exige lei específica para a alienação de ações de empresas públicas, além de 3/5 dos votos dos deputados estaduais e a realização de um referendo popular. A PEC 68 retira a obrigatoriedade dos 3/5 e do referendo no caso de privatização de subsidiárias.

A medida faz parte do modelo neoliberal de governabilidade instaurado em Minas Gerais desde a gestão Aécio Neves. Episódios recentes mostram que, para o PSDB, só é possível trabalhar nos limites da entrega ao sistema privado, como foi feito com o Mineirão e o presídio de Ribeirão das Neves.

A PEC 68 é a confissão de um crime contra o patrimônio público previsto em 2001 por Itamar Franco. Uma ação que só é possível graças à cerca neoliberal erguida em Minas Gerais por Aécio Neves e aliados, que ignoram a ideia de que gás, água e energia sejam bens naturais. Colocam nossos recursos nas mãos de empresas internacionais, como fazem quando colocam nossas terras à disposição das multinacionais mineradoras. Atuam retirando do Estado a obrigação de um serviço público de qualidade. Uma vergonha da política mineira. Na realidade Aécio dá sinais claros ao mercado do que faria com a Petrobrás. Que o povo nos livre deste mal!

Alternativas à privatização da Gasmig

No caso da Gasmig, a privatização está sendo defendida como uma forma de viabilizar a construção do gasoduto Betim-Uberaba, que tem um orçamento de R$2 bilhões e cujas obras devem terminar em 2016. Só que temos, sem pensar muito,  várias alternativas.

A primeira: por que a Gasmig não financia a obra com um empréstimo com o BNDES? Essa opção foi até mesmo divulgada pela imprensa, que em janeiro anunciou a possibilidade do empréstimo. O gasoduto Cacimbas-Catu, ligando Linhares (ES) a Pojuca (BA), com 940 quilômetros inaugurados em 2010, teve um financiamento de R$4,5 bilhões do BNDES. 

Outra alternativa vem da própria Cemig, a controladora da Gasmig. Afinal, o Estado acaba de pagar à Cemig R$4,21 bilhões para quitar a dívida contratada pelo então Governador Eduardo Azeredo com a empresa e que deveria ser pago em prestações até 2035. O dinheiro antecipado pelo Estado já daria para cobrir o dobro dos custos do gasoduto, de uma só vez. 

Outra alternativa seria ainda um sócio do próprio estado. Segundo o Tribunal de Contas do Estado, a Codemig tem receitas anuais de R$750 milhões provenientes da exploração do nióbio de Araxá. Dois anos de receita da Empresa, o tempo que deve levar a construção do gasoduto, seriam suficientes para bancar a maior parte do custo da Gasmig. Certamente, trata-se de um investimento bem mais justificável do que os R$1,4 bilhão gasto na Cidade Administrativa pela Codemig e uma forma de fazer com que a riqueza do Triangulo gerasse crescimento na própria região.

Em outras palavras, a opção privatização é convicção ideológica do PSDB. Ganha com isto a empresa espanhola escolhida e as campanhas a serem abastecidas financeiramente. Perde o Estado e o povo, que certamente arcará com tarifas mais altas de água, luz e gás.

#ImaginaSeFosseAPetrobras

AS ARMAS DO BRASIL PARA DEFENDER O PRÉ-SAL O vira-lata não sabe que o Brasil monta a sua Defesa e constrói uma indústria de Defesa.



Como defender esta imensa riqueza, que pode ser investida em educação e saúde, dos vira latas?
Essa é a grande questão...
precisamos aproveitar o momento para treinar nossas mentes...
mentes pensantes podem saber distinguir o que é um governo do povo e o que um governo das empresas e dos ricos, entreguista, privatista...enfim...vira latas...
quais as armas que vamos usar?
as armas do voto...vota brasil...
as eleições vão decidir a continuação da proteção às riquezas do país...entre elas o pré sal...
o pré sal, como a reportagem fala, é uma imensa riqueza que não pode cair nas mãos de ricos para enriquecer ainda mais os ricos...
o psdb mostrou, quando governou o país com FHC por oito anos, o que pode fazer...
o pré sal pode fazer de nossa sociedade uma das mais democráticas do mundo...
por que pode investir bilhões de reais em educação pública...
fazendo o país avançar...
defender o pré sal é defender o presente...o futuro do nosso povo...das nossas crianças...
e estamos preparados...
vamos defender o pré sal...no voto...
governo entreguista não pode voltar...
é um atraso...


por josé gilbert arruda martins (professor)

AS ARMAS DO BRASIL
PARA DEFENDER O PRÉ-SAL
O vira-lata não sabe que o Brasil monta a sua Defesa e constrói uma indústria de Defesa.
Retirado do blog Conversa Afiada dia 30/06/2014

O Domingo Espetacular exibiu por 22′ uma reportagem sobre o es-pe-ta-cu-la-r investimento que o Brasil realiza para se defender, dominar tecnologia de ponta e se tornar protagonista na estratégica indústria da Defesa.

Modestamente, a Record enfrenta temas que aquela emissora – sabe qual é ? – prefere evitar …

O submarino movido a propulsão nuclear – com enriquecimento made in Brazil – , os carros de combate Guarani desenhados no Exército, e os aviões de caça que serão construidos a quatro mãos com os suecos da Gripen, a Embraer e a Saab-Scania em São Bernardo do Campo.

O vira-lata dizia que não ia ter Copa. (
Clique aqui para ler o que os jornalistas – estrangeiros – pensam da Copa das Copas).

O que não vai ter é vira-lata.

Em tempo: essa reportagem deve muito a conversas com José Genoino, um dos poucos políticos brasileiros que estudou a Defesa e seu papel estratégico no desenvolvimento – independente – do país. PHA


Paulo Henrique Amorim

JORNALISTAS (ESTRANGEIROS): ESSA É A COPA DAS COPAS ! Já que a Copa é o máximo, agora eles secam a seleção …

Saiu no UOL (*), que dizia 24 horas por dia, 365 dias por ano, que não ia ter Copa:

Retirado dia 30/06/2014 do blog Conversa Afiada

Os jornalistas estrangeiros estão gostando da Copa do Mundo do Brasil. Um pesquisa feita pelo UOL Esporte com 117 profissionais constatou com o Mundial deste ano é o melhor já visto pela maioria deles.

O levantamento ouviu jornalistas na primeira fase e concluiu que 38,5% dos entrevistados consideram o Mundial brasileiro como o melhor já visto. A Copa do Mundo de 2006, que foi realizada na Alemanha, aparece na segunda posição da pesquisa, com 19,7% das respostas. Vale destacar que 16,2% dos jornalistas disseram estar cobrindo sua primeira competição.

O torneio organizado na África do Sul, em 2010, fica em terceiro lugar na lista, com 5,1%. Já o palco do tetracampeonato brasileiro em 1994, nos EUA, foi o quarto melhor mundial na opinião dos profissionais.

Aparecem na sequência Itália-1990 (3,4%), França-1998 (3,4%), Japão e Coreia-2002 (3,4%), México-1986 (1,7%), México-1970 (1,7%) e Alemanha-1974 (0,9%). Entre os entrevistados, 1,7% não respondeu a pesquisa.




(…)


(*) UOL é a empresa que paga as contas da Fel-lha (**) de SP, que tem um mau hálito intolerável por causa da decomposição da bílis.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.


RONALDO É UM FENÔMENO. SÓ A GLOBO LEVA A SÉRIO … Imagem postada por Stanley Burburinho no Twitter.


Retirado do site Conversa Afiada – dia 30/06/2014