terça-feira, 13 de maio de 2014

História da Mesopotâmia


Iniciamos o estudo da Mesopotâmia, uma das mais belas e importantes civilizações do mundo antigo.




Estamos aproveitando a oportunidade para provocarmos o debate em torno da questão do eurocentrismo, por que?
Desde o século XVI, os europeus empreenderam pelo mundo um dos maiores projetos de invasões e conquistas, os alvos eram a África, a América e a Ásia.
Uma das justificativas usadas era que os europeus, como povos “superiores” levariam a civilização e o progresso a essas regiões, criou-se então a política do eurocentrismo, a Europa como centro do mundo.
Estudar as civilizações antigas, entre elas Egito, Mesopotâmia, Índia e  China ajuda-nos a entender e perceber a grande falácia desse ideia eurocêntrica.

Por José Gilbert Arruda Martins

Introdução 
A palavra mesopotâmia tem origem grega e significa " terra entre rios". Essa região localiza-se entre os rios Tigre e Eufrates no Oriente Médio, onde atualmente é o Iraque. Esta civilização é considerada uma das mais antigas da história.
Principais povos 
Vários povos antigos habitaram essa região entre os séculos V e I a.C. Entre estes povos, podemos destacar: babilônicos, assírios, sumérios, caldeus, amoritas e acádios. 
Características comuns
No geral, eram povos politeístas, pois acreditavam em vários deuses ligados à natureza. No que se refere à política, tinham uma forma de organização baseada na centralização de poder, onde apenas uma pessoa ( imperador ou rei ) comandava tudo. A economia destes povos era baseada na agricultura e no comércio nômade de caravanas.
Vantagens da região
Vale dizer que os povos da antiguidade buscavam regiões férteis, próximas a rios, para desenvolverem suas comunidades. Dentro desta perspectiva, a região da mesopotâmia era uma excelente opção, pois garantia a população:  água para consumo, rios para pescar e via de transporte pelos rios. Outro benefício oferecido pelos rios eram as cheias que  fertilizavam as margens, garantindo um ótimo local para a agricultura.
Sumérios 
Este povo destacou-se na construção de um complexo sistema de controle da água dos rios. Construíram canais de irrigação, barragens e diques. A armazenagem da água era de fundamental importância para a sobrevivência das comunidades. Uma grande contribuição dos sumérios foi o desenvolvimento da escrita cuneiforme, por volta de 4000 a.C. Usavam placas de barro, onde cunhavam esta escrita. Muito do que sabemos hoje sobre este período da história, devemos as placas de argila com registros cotidianos, administrativos, econômicos e políticos da época.
Os sumérios, excelentes arquitetos e construtores, desenvolveram os zigurates. Estas construções eram em formato de pirâmides e serviam como locais de armazenagem de produtos agrícolas e também como templos religiosos. Construíram várias cidades importantes como, por exemplo: Ur, Nipur, Lagash e Eridu.
 Babilônios 
Este povo construiu suas cidades nas margens do rio Eufrates. Foram responsáveis por um dos primeiros códigos de leis que temos conhecimento.
Baseando-se nas Leis de Talião ( " olho por olho, dente por dente " ), o imperador de legislador Hamurabi desenvolveu um conjunto de leis para poder organizar e controlar a sociedade. De acordo com o Código de Hamurabi, todo criminoso deveria ser punido de uma forma proporcional ao delito cometido. 
Os babilônios também desenvolveram um rico e preciso calendário, cujo objetivo principal era conhecer mais sobre as cheias do rio Eufrates e também obter melhores condições para o desenvolvimento da agricultura. Excelentes observadores dos astros e com grande conhecimento de astronomia, desenvolveram um preciso relógio de sol.
Além de Hamurabi, um outro imperador que se tornou conhecido por sua administração foi Nabucodonosor II, responsável pela construção dos Jardins suspensos da Babilônia (que fez para satisfazer sua esposa) e a Torre de Babel (zigurate vertical de 90 metros de altura). Sob seu comando, os babilônios chegaram a conquistar o povo hebreu e a cidade de Jerusalém.
Assírios 
Este povo destacou-se pela organização e desenvolvimento de uma cultura militar. Encaravam a guerra como uma das principais formas de conquistar poder e desenvolver a sociedade. Eram extremamente cruéis com os povos inimigos que conquistavam. Impunham aos vencidos, castigos e crueldades como uma forma de manter respeito e espalhar o medo entre os outros povos. Com estas atitudes, tiveram que enfrentar uma série de revoltas populares nas regiões que conquistavam.
Caldeus

Os caldeus habitaram a região conhecida como Baixa Mesopotâmia no primeiro milênio antes de Cristo. Eram de origem semita. O imperador caldeu mais importante foi Nabucodonosor II. Após a morte deste imperador, o império babilônico foi conquistado pelos Persas.
Fonte: http://www.suapesquisa.com/mesopotamia/

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Documentário Home, Nosso Planeta, Nossa Casa


Atenção alunos e alunas das turmas “A” a “J”, vamos trabalhar o documentário – Home, Nosso Planeta, Nosso Lar, nas próximas aulas.
Um belo vídeo com trilha sonora e imagens maravilhosas com a intensão de despertar a todos nós para um grande debate que precisa ser feito nas escolas de todo o mundo, o que queremos para nosso planeta hoje e para os próximos anos?
Os alunos e alunas deverão assistir e comentar no próprio blog; Bons estudos!
Prof. Gilbert


HOME é um documentário lançado em 2009 e produzido pelo jornalista, fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand. O filme é inteiramente composto de imagens aéreas de vários lugares da Terra. Mostra-nos a diversidade da vida no planeta e como a humanidade está ameaçando o equilíbrio ecológico. O filme foi lançado simultaneamente ao redor do mundo em 5 de junho de 2009 nos cinemas, em DVD e no YouTube. Foi estreado em 50 países diferentes e é totalmente gratuito e sem lucros comerciais. HOME foi filmado em vários estágios devido à extensão das áreas retratadas. Levando cerca de 18 meses para ser completado, o diretor Yann Arthus-Bertrand, um operador de câmera, um engenheiro de câmera e um piloto voaram em um pequeno helicóptero através de várias regiões em cerca de 50 países.

A filmagem foi feita utilizando câmeras Cineflex de alta definição suspensas em uma esfera giratória estabilizada, montada na base do helicóptero. Essas câmeras, originalmente fabricadas para artilharia, reduzem as vibrações ajudando a capturar imagens suaves. Após quase todos os vôos, as gravações eram imediatamente checadas para se ter a certeza de que elas eram viáveis. Após toda a filmagem ter sido completada, a equipe tinha cerca de 488 horas de filmagem para editar.

“O fotógrafo francês Yann Arthus-Bertrand retrata a Terra através da visão de um pássaro, sobrevoando mais de 50 países e mostrando as fragilidades que o planeta enfrenta, e como a superfície da Terra é moldada pela presença do homem. A visão através dessa perspectiva nos permite enxergar melhor como tudo na Terra é interligado, e como tudo o que fazemos afeta o ambiente em que vivemos e que nossos filhos vão viver. Como um quadro impressionista, que só enxergamos quando damos um passo pra trás. O documentário HOME não apresenta gráficos, dados projetuais ou coisas do tipo, mas cenas fantásticas de cenários terrestres, em alta definição. É mais um exercício de reflexão do que mais uma mensagem alarmante de que temos que cuidar melhor do nosso planeta. O longa foi feito com um orçamento de 12 milhões de Euros investidos pelo Grupo PPR, lançado em 5 de junho de 2009 e distribuído gratuitamente pelainternet. A produção é de Luc Besson, a narração em inglês é deGlenn Close e a em espanhol de Salma Hayek.” (João Faraco, em31 de julho de 2009, no Caligraffiti)

“Esse filme é perfeito no sentido de explicar, de forma fácil e compreensível, todos os problemas que nosso planeta vem sofrendo. Além de imagens espetaculares, o filme traz dados extremamente alarmantes com relação ao nosso planeta, sendo uma obra de arte com uma mensagem importante. É incrível como alguns de nós esquecemos onde vivemos, e como é importanteestarmos conscientes de que o planeta é só um e que não há mais tempo para guerras, nem fronteiras, é necessário que todos deixem suas diferenças, que se ajudem em tornar o mundo um lugar realmente melhor. Temos tecnologia e capacidade para mudarmos o mundo, e só falta na verdade uma concientização mais ampla dos verdadeiros problemas que estamos enfrentando. É necessário não se deixar desviar por agendas de determinados grupos, e sim buscar na simplicidade as soluções e com gestos pequenos, modificar nosso comportamento. Existem tantas maneiras de ajudar, é importante que todos realmente colaborem da melhor forma possível a começar de já!” 
(Revista Internet, em 19 desetembro de 2009)

Fonte: http://www.ekadantayoga.com.br/assista-aqui-ao-documentario-home-nosso-planeta-nossa-casa.html

Fantástico, mais chato, despenca







O programa Fantástico, que já foi considerado uma das vitrines da TV Globo, não consegue mais conter a sangria da sua audiência. A cada edição, ela despenca.


O programa Fantástico, que já foi considerado uma das vitrines da TV Globo, não consegue
mais conter a sangria da sua audiência. A cada edição dominical, ele despenca mais um pouco nos índices do Ibope – apelidado ironicamente de “Globope” pelo blogueiro Paulo Henrique Amorim. No final de abril, o programa até sofreu uma maquiagem, mas não adiantou. A mudança vazou pela internet e gerou um clima de caça às bruxas na emissora. Muito barulho por nada. Conforme registrou Daniel Castro, no site “Notícias da TV”, o “Fantástico mudou para ficar mais chato”.

“Em busca de renovação, o quarentão Fantástico estreou um novo formato. Ficou mais bonito, moderno, informal. Ele passou a ser apresentado em uma redação-estúdio, com minipalco, microautidório, supertelão, sofá da Hebe, cavalinhos falantes, robô do Sheldon da série The Big Bang Theory e até trilha de The Office. Muita tecnologia, bastidores das reportagens, sonolentas reuniões de pauta, velha abertura repaginada e logotipo redesenhado compõem o pacote... O novo Fantástico se esforçou para ser engraçado, mas ficou mais chato”.

Ainda segundo o colunista, “o novo Fantástico passou longe daquilo que mais se espera dele: reportagem. A revista eletrônica agora é muito mais (mais muito mais mesmo) entretenimento (ou infotainment) do que jornalismo... No Ibope, as mudanças não surtiram efeito. Nem em seus melhores momentos o Fantástico bateu nos 20 pontos. Na prévia, deu 16,5 pontos, contra 12,1 da Record, 9,0 do SBT e 4,8 da Band. Passou sufoco para vencer o Domingo Espetacular, sua cópia mais popular e apelativa da Record”.

O problema da queda de audiência, porém, não se limita ao quarentão Fantástico. Toda a programação da TV Globo tem sofrido forte corrosão. Além da chatice e da manipulação, ela é vítima do crescimento da internet e do aumento do consumo da tevê por assinatura no Brasil. Segundo reportagem de Jeff Benício, no portal Terra desde domingo (4), “abril chega ao fim com uma péssima notícia para a maior emissora do país: sua audiência geral continua a cair. Apesar de ter estreado nova programação, a Globo não conseguiu reverter a crise de Ibope. O faturamento sobe a cada ano: foram quase 12 bilhões em 2013. Porém nada parece ser capaz de impedir a fuga de telespectadores”.

A TV Globo tem perdido, em média, 10% de seu público a cada ano. E nada se salva na emissora. “A teledramaturgia, antes imbatível, vive um momento delicado. As três novelas do horário nobre - Meu Pedacinho de Chão (18h), Além do Horizonte (19h) e Em Família (21h) - registram índices muito inferiores ao ideal. Os números do Jornal Nacional são igualmente insatisfatórios. Apresentadores que antes eram sinônimo de audiência, como Xuxa e Renato Aragão, estão fora do ar”.

Apesar destas péssimas notícias, a TV Globo ainda é líder de audiência. “Contudo, nunca esteve tão suscetível ao poder de escolha do telespectador. Antigamente, ao ligar a TV, sintonizava-se a Globo e, quase invariavelmente, lá se permanecia. Hoje há opção de bons programas nos outros canais do sinal aberto - e dezenas de canais pagos, com uma oferta praticamente inesgotável de atrações nos mais variados estilos. A mudança de hábito do telespectador e o crescimento da concorrência tiraram boa parte da hegemonia da TV Globo”. Jeff Benício cita ainda o crescimento da internet e outro fator importante. “A rejeição à Globo. Por questões ideológicas e políticas, a emissora se tornou alvo de frequentes ataques e suposto boicote”.

domingo, 11 de maio de 2014

Projeto Click Humano, um olhar sobre a população de rua do Distrito Federal




Dando prosseguimento ao Projeto Click Humano, um olhar sobre os moradores de rua do Plano Piloto em Brasília-DF, estivemos na Escola de Meninos e Meninas do Parque, situada no Parque da Cidade, estacionamento número 06, nesta sexta-feira dia 09 de maio.
Fizemos uma longa e importante reunião com a atual diretora da instituição a senhora Amelinha.
Tivemos uma verdadeira aula sobre a questão das pessoas em situação de rua do DF, a mesma fez uma linha de tempo com riqueza de detalhes para nos contar a história do atendimento a essa gente aqui na cidade.
Acertamos também que na próxima terça, quinta e sexta-feira, dia 13, 15 e 16 de maio, 4 alunos da escola Meninos e Meninas do Parque irão conversar com nossos alunos como parte das atividades do Projeto Click Humano.

Convido aos alunos e alunas que se preparem, vamos ter a oportunidade de conhecer essas pessoas, como vivem, suas expectativas de vida, seus sonhos...

“Em uma sociedade de classes, deslocar-se para o lado dos oprimidos é o que possibilita enxergar o mundo de um lugar diferente do meu, um lugar o mais próximo possível do ponto a partir do qual a vida se abre para meu interlocutor. É aqui, finalmente, que podemos conversar. Conversa livre – tensa ou não, não importa. Conversar é o que pode mudar meus sentimentos e imprimir marcas em minhas ações, pode me fazer recuar. Pode me fazer contestar o que antes eu considerava óbvio, pode me deixar inseguro sobre minhas convicções. Mas pode, sobretudo, inspirar simpatia entre eu e o outro.”

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Mulheres denunciam violência de gênero crescente em todo o país



Um país só pode conquistar e construir um regime verdadeiramente democrático se respeitar a todos, principalmente as mulheres. Nossas mulheres têm que lutar dia após dia, há décadas por sobrevivência física. Essa situação de violência extrema é democrática, acontece no meio das classes pobres e ricas, as pesquisas constatam.
O que faze?
Uma das alternativas é levar o problema para a sala de aula a partir da educação infantil. Constato no meu dia a dia como professor comportamentos machistas aprendidos na sociedade mas, principalmente em casas pesquisas mostram que é grande o percentual de violência contra as mulheres provocadas pelo namorado, marido ou ex-marido.
A escola brasileira em todos os níveis precisa mergulhar a fundo nessa questão, do Ensino Infantil à Universidade.
Quando estive em Niterói-RJ visitando a Universidade Federal Fluminense em fevereiro passado, tive a oportunidade de presenciar os trotes dos calouros dos diversos cursos, parte do que vi eram trotes que incluíam brincadeiras que deixavam as meninas em situação vexatória.
Se essa violência acontece nos trotes universitários, ela precisa ser tartada na Universidade também.

Por: José Gilbert A. Martins


Mais de meio milhão de mulheres são estupradas todos os anos

Por Dermi Azevedo
Carta Maior
A multiplicação dos atos de violência de todo tipo contra a mulher foi o eixo central das denúncias apresentadas em Recife/PE, nos dias 4 e 5 de maio, no 1º Encontro Nacional de Mulheres promovido pelo Movimento Olga Benário. O Encontro, realizado na Escola Técnica Estadual Profº Agamenon Magalhães/ETEPAM, reuniu cerca de 300 mulheres de todo o país, vindas do campo e da cidade, de 13 Estados. No final dos debates, foi divulgada a Carta de Recife, que segue abaixo na íntegra:
CARTA DE RECIFE
"Reunidas na cidade de Recife, mulheres representadas por 13 estados brasileiros nos dias 03 e 04 de maio de 2014, analisaram a situação de exploração e opressão em que vive as mulheres.
Identificamos que a crise do sistema capitalista aprofunda as desigualdades da sociedade de uma forma geral e das mulheres de forma particular. Constatamos o aumento da diferença salarial entre homens e mulheres, aumento dos casos de abuso, estupros e feminicídios.
Encaramos os tristes dados de que mais de meio milhão de mulheres são estupradas todos os anos. Uma mulher é agredida a cada 15 segundos e cada hora e meia uma mulher é assassinada em nosso país. Essa violência é fortalecida pelos grandes meios de comunicação que resume o corpo da mulher como uma mera mercadoria.
Neste ano, de forma especial, as mulheres serão submetidas à políticas de graves violações de direitos em decorrências da realização da Copa da Fifa. Nós somos as principais atingidas pelas truculentas remoções para construção de obras e seremos submetidas a um cenário propício ao aumento significativo da exploração sexual de mulheres e meninas. Os recursos destinados à realização dos megaeventos estão sendo desviados de áreas essenciais para a melhoria da situação de vida das mulheres como saúde, habitação e educação.
As mulheres negras, além do combate diuturno ao machismo e opressão de gênero, ainda enfrentam o racismo, que tem raízes profundas na sociedade capitalista brasileira. Debater e organizar as mulheres negras contra a violência racial será também uma de nossas bandeiras.
No marco dos 50 anos do golpe militar no Brasil, onde milhares de mulheres foram perseguidas, presas, torturadas e assassinadas e muitas ainda continuam desaparecidas, fortalecemos a importância da organização e do protagonismo das mulheres na luta pela transformação da sociedade.
Por isso, o 1º Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Olga Benário reafirma seu compromisso com o combate a todas as formas de violência contra as mulheres, por salário igual para trabalho igual, por creches, restaurantes e lavanderias públicas, pelo fim da exploração sexual das mulheres, pela descriminalização e legalização do aborto, pelo fim da mercantilização das mulheres e também pelo fim do racismo.
Avaliamos que a sociedade capitalista, patriarcal, racista, homofóbica, lesbofóbica e machista nos impede de vivermos plenamente como mulher. Desta maneira, a luta contra esse sistema explorador e opressor é fundamental para conquistarmos a nossa verdadeira emancipação. Somente em uma sociedade nova seremos tratadas com igualdade e respeito. Essa sociedade tem nome, chama-se sociedade socialista e por ela lutamos!"


segunda-feira, 5 de maio de 2014

25 dos melhores livros sobre o golpe de 1964 e a ditadura civil militar que acabou em 1985


Hoje em nossa aula finalizando o Projeto "Ecos da Ditadura", algumas alunas me solicitaram dicas de livros sobre a ditadura militar brasileira. Segue aí, espero que contemple a todas e a todos.




O golpe civil-militar de 1964 vai se tornar cinquentão entre os dias 31 de março e 1º de abril. A direita afirma que o golpe se deu em março. A esquerda, para conectar com o dia da mentira, sustenta que ocorreu em 1º de abril. Há vários livros sobre o golpe e os governos ditatoriais. Listei 25, mas poderia ter arrolado mais de 50. Algum livro de alta qualidade ficou fora da lista? É provável. Mas listas são sempre lacunares. O Jornal Opção poderia ter arrolado, por exemplo, livros de Octávio Ianni (“O Colapso do Populismo no Brasil”), Francisco de Oliveira (“Crítica à Razão Dualista”), Maria da Conceição Tavares (“Da Substituição de Importações ao Capitalismo Financeiro”), Carlos Lessa (“15 Anos de Economia Brasileira”), Carlos Castello Branco (“Introdução à Revolução de 1964”) e Francisco Weffort (“O Populismo na Política Brasileira”). Poderia ter citado um livro básico, como “O Governo Goulart e o Golpe de 64” (Brasiliense, 144 páginas), de Caio Navarro de Toledo, ou o terceiro tomo de “O Brasil Republicano”.

1 – Ilusões Armadas, de Elio Gaspari
A história geral mais ampla do golpe de 1964 e sobre os governos da ditadura civil-militar, além da reação da guerrilha, pode ser encontrada nos quatro volumes escritos por Elio Gaspari: “A Ditadura Envergonhada”, “A Ditadura Escancarada”, “A Ditadura Encurralada” e “A Ditadura Derrotada”. Quem não conhece nada a respeito do regime instalado há quase 50 anos, ou conhece pouco, pode consultar, com grande proveito, os quatro livros do jornalista (ele está escrevendo o quinto volume). A Editora Intrínseca está lançando uma edição revista.
2 – 1964: A Conquista do Estado, de René Armand Dreifuss
O uruguaio René Armand Dreifuss, no livro “1964: A Conquista do Estado — Ação Política, Poder e Golpe de Classe” (Vozes, 814 páginas, tradução de Ayeska Branca, Ceres Ribeiro, Else Ribeiro e Glória de Mello), escreveu o clássico sobre o golpe. A obra foi publicada em 1981, mas, 32 anos depois, sua pesquisa resiste — tal a sua qualidade. Claro que novos documentos foram divulgados, o que, de certo modo, desatualiza parte da pesquisa anterior. Dreifuss documenta bem a conexão militares e civis, o que prova que o golpe, além de militar, também foi civil. Documenta as ações do Ipes e do Ibad na articulação e financiamento da derrubada do presidente João Goulart.
3 – Os Senhores das Gerais, de Heloisa Starling
“Os Senhores das Gerais — Os Novos Inconfidentes e o Golpe de 1964” (Vozes, 378 páginas), de Heloisa Maria Murgel Starling, é uma espécie de “1964: A Conquista do Estado” de Minas Gerais (René Armand Dreifuss foi orientador da dissertação de mestrado da autora) . Com farta documentação e uma bibliografia vasta — por exemplo, as memórias dos generais Carlos Guedes e Olímpio Mourão Filho—, Starling rastreia a ação do Ipes em Minas Gerais. Minas, como se sabe, “começou” o golpe, com Olímpio Mourão e Magalhães Pinto, civil.
4 – Além do Golpe, de Carlos Fico
“Além do Golpe — Versões e Controvérsias Sobre 1964 e a Ditadura Militar” (Record, 391 páginas), do historiador Carlos Fico, examina criticamente as principais obras sobre o golpe e a ditadura. Examina, com rigor, as virtudes e os problemas das obras de outros pesquisadores, como René Armand Dreifuss e Elio Gaspari (talvez seja a crítica mais consistente à pesquisa de Gaspari). Pesquisadores ganham um amplo e fundamental guia bibliográfico. No final da obra, Fico arrola documentos importantes, como a íntegra do AI-5.
5 – O Grande Irmão, de Carlos Fico
“O Grande Irmão: Da Operação Brother Sam aos Anos de Chumbo — O Governo dos Estados Unidos e a Ditadura Militar Brasileira” (Civilização Brasileira, 334 páginas), de Carlos Fico, é um livro muito documentado sobre o golpe de 1964 e o regime civil-militar. A história de um “contragolpe preventivo”, a ser dado por João Goulart, é contestada pelo historiador: “Trata-se de especulação inconsistente não apenas porque é anacrônica. (...) não há nenhuma evidência empírica de que Goulart planejasse um golpe e todos sabemos que um golpe era planejado contra ele”. Fico nota que civis foram mais presentes na campanha de estabilização do governo de Jango. A participação americana “foi decisiva” para o golpe. “A Operação Brother Sam não foi pouca coisa.” Fico publica vários documentos.
6 – Brasil: de Getúlio a Castello, de Thomas Skidmore
O brasilianista Thomas Skidmore é autor de duas histórias gerais de qualidade sobre o Brasil: “Brasil: de Getúlio a Castello — 1930-64” (Companhia das Letras, 496 páginas, tradução de Berillo Vargas) e “Brasil: De Castello a Tancredo: 1964-1985” (Paz e Terra, 608 páginas, tradução de Mário Salviano Silva). Novos livros, como os de Gaspari e Fico, ampliaram a história do período. Mas as obras de Skidmore permanecem — com erros aqui e ali — como uma narrativa de qualidade de 55 anos de história do Brasil.
7 - 1964 — História do Regime Militar Brasileiro, de Marcos Napolitano
Marcos Napolitano, professor da USP, escreveu uma síntese em “1964 — História do Regime Militar Brasileiro” (Contexto, 368 páginas). O doutor em história assinala que civis e militares atuaram unidos para derrubar João Goulart — portanto, o golpe foi civil-militar —, mas discorda da tese de que houve uma ditadura civil-militar. “Os militares sempre se mantiveram no centro decisório do poder”, frisa. Outros historiadores, como Daniel Aarão Reis Filho, defendem a tese de que o regime foi, sim, civil-militar. Os civis, além de governarem os Estados, foram responsáveis, em larga escala, pela política de planejamento e fazendária e pela formulação do arcabouço institucional do regime.
8 - 1964 — O Verão do Golpe, de Roberto Sander
O jornalista Roberto Sander teve uma boa ideia (que pode ser ampliada). No livro “1964 — O Verão do Golpe” (Maquinária, 269 páginas), o jornalista construiu uma boa síntese do golpe, com uma leitura atenta da bibliografia, paralelamente faz a uma história cultural do período. Em suas páginas desfilam desde João Goulart, Castello Branco até a atriz francesa Brigitte Bardot, a cantora Nara Leão (estrela da Bossa Nova), o músico Jorge Ben e o cineasta Glauber Rocha (o Cinema Novo). Mesmo na crise, o brasileiro estava de bem com a vida.
9 - João Goulart — Uma Biografia, de Jorge Ferreira
Uma biografia pode ser uma grata história de um período. É o que mostra o historiador Jorge Ferreira no livro “João Goulart — Uma Biografia” (Civilização Brasileira), de longe, o melhor estudo sobre o presidente deposto em 1964. Ferreira não pretende criar um novo mito. Pelo contrário, tira a roupa do mito criado pelo esquerda e pela direita e vai além da imagem do herói e do vilão. Jango ressurge com cores novas, um político mais articulado do que se tem mostrado e pelo menos pusilânime.
10 – Visões do Golpe — A Memória Militar Sobre 1964, de Maria Celina D’Araújo
Aos militares são dadas poucas chances de se manifestarem de forma isenta. O livro “Visões do Golpe — A Memória Militar Sobre 1964” (, organizado por Maria Celina D’Araújo, Celso Castro e Gláucio Ary Dillon Soares, contém entrevistas de vários militares que contribuíram para derrubar João Goulart e participaram dos governos ditatoriais. Há depoimentos moderados e radicais, apresentados de maneira integral, sem cortes. É um documento histórico valioso, um maná para pesquisadores. Porque os militares não falam com facilidade.
11 - Cães de Guarda — Jornalistas e Censores, de Beatriz Kushnir
Há um livro que as redações de alguns jornais não podem resenhar — nem contra. “Cães de Guarda — Jornalistas e Censores, do AI-5 à Constituição de 1988” (Boitempo, 408 páginas), da historiadora Beatriz Kushnir. A pesquisadora, num estudo alentado, mostra que, além de apoiar o golpe de 1964, a chamada grande imprensa coonestou os atos da ditadura. A relação com a censura foi bem menos tensa do que dizem alguns editores e donos de jornais e redes de televisão. Alguns veículos colaboraram, de boa vontade, com a ditadura civil-militar. O dono de uma revista teria enviado um profissional para treinar censores. Agora, quando todo mundo se apresenta “contra” o regime militar, o livro se tornou “maldito”.
12 - Carlos Lacerda — A Vida de Um Lutador
O brasilianista John W. F. Dulles escreveu uma biografia ampla de Carlos Lacerda, o civil que mais trabalhou para derrubar o presidente João Goulart, em “Carlos Lacerda — A Vida de um Lutador” (Nova Fronteira, dois volumes, 1263 páginas, tradução de Vanda Mena Barreto de Andrade e Daphne F. Rodger). Nada escapa do meticuloso Dulles, desde a história do golpista profissional e do governador eficiente da Guanabara até os casos amorosos com as atrizes Shirley MacLaine e Maria Fernanda Correia Dias (filha da poeta Cecília Meirelles). “Não praticava o homossexualismo, como alegaram no final da sua vida alguns detratores”, relata o pesquisador.
13 – Os Militares na Política: As Mudanças de Padrões na Vida Brasileira, de Alfred Stepan
O brasilianista Alfred Stepan é autor de alguns livros sobre o Brasil, como “Os Militares na Política: as Mudanças de Padrões na Vida Brasileira” (Artenova, de 1975) e “Os Militares. Da Abertura à Nova República (Paz e Terra, 115 páginas, de 1986). Mesmo fazendo críticas ao primeiro livro, Carlos Fico diz que o cientista político “apontou, corretamente, a necessidade de se estudar os militares considerando-se tanto suas interações com a sociedade quanto suas características específicas de grupo especializado”.
14 – El Caudilho — Leonel Brizola, de F. C. Leite Filho
Leonel Brizola, que foi governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, merece uma biografia tão alentada quanto a que Jorge Ferreira escreveu sobre João Goulart. Não um “ataque” ou uma “apologia”, e sim uma interpretação detida do político gaúcho, uma espécie de Carlos Lacerda do nacionalismo de esquerda. Na falta de um estudo mais abalizado, vale a pena ler “El Caudilho — Leonel Brizola: Um Perfil Biográfico” (Aquariana, 544 páginas), do jornalista F. C. Leite Filho. O capitão José Wilson da Silva, no livro “O Tenente Vermelho” (Tchê!, 272 páginas), conta que Brizola recebeu (mas não desviou) dinheiro de Cuba.
15 – Brasil: Nunca Mais, “organizado” por Paulo Evaristo Arns e Jaime Wright
Um livro fundamental na historiografia do regime militar é “Brasil: Nunca Mais” (Vozes, 312 páginas), patrocinado por d. Paulo Evaristo Arns e pelo reverendo Jaime Wright. A obra relatou como atuava o aparelho repressivo e listou os principais torturadores dos porões da ditadura. Trata-se de uma obra rigorosa. Setores da direita atacam o levantamento, sugerindo que há falhas, mas, no geral, trata-se de uma pesquisa rigorosa e desapaixonada. Honestino Guimarães e a uruguaia Maria Cristina Uslenghi Rizzi, que foi casada com Tarzan de Castro, são citados. Honestino foi torturado e morto pelos militares. Cristina escapou.
16 – Os Anos do Condor, de John Dinges
O livro “Os Anos do Condor — Uma Década de Terrorismo Internacional no Cone Sul” (Companhia das Letras, 445 páginas, tradução de Rosaura Eichenberg), de John Dinges, mostra a conexão da ditadura brasileira com as ditaduras de outros países sul-americanos, como a chilena de Augusto Pinochet. Dinges conta, detalhadamente, como foi formatada a Operação Condor. Na página 215, relata que a brasileira Regina Marcondes foi sequestrada na Argentina, ao lado de Edgardo Enríquez, líder do MIR. As mortes de Juscelino Kubitschek, João Goulart e Carlos Lacerda são mencionadas na página 336.
17 – Castello — A Marcha Para a Ditadura, de Lira Neto
O general-presidente Castello Branco permanecia um homem enigmático. O jornalista Lira Neto contribui para iluminá-lo na biografia “Castello — A Marcha Para a Ditadura” (Contexto, 428 páginas). Ele era uma espécie de Fouché, um homem das sombras, articulado e inteligente. E, sim, queria mesmo devolver o poder aos civis — desde que a um aliado, como Bilac Pinto. Mas, sob pressão da linha dura, aceitou a candidatura de Costa e Silva a presidente. “O que está em jogo é a sagrada unidade das Forças Armadas”, disse Castello aos aliados. “Vamos vender o futuro por uma solução precipitada do presidente”, contestou o general Ernesto Geisel. Ao exonerar Sylvio Frota do Ministério do Exército, anos depois, Geisel não quis ser o Castello Branco 2.
18 – Ernesto Geisel, organizado por Maria Celina D’Araújo e Celso Castro
O livro “Ernesto Geisel” (Fundação Getúlio Vargas, 494 páginas), organizado pelos historiadores Marina Celina D’Araújo e Celso Castro, contém uma longa entrevista do general-presidente que, com o apoio de Golbery do Couto e Silva, matou a ditadura. Geisel mostra-se de uma sinceridade impressionante: “Acho que a tortura em certos casos torna-se necessária, para obter confissões”. Garante que o comandante do Exército de São Paulo, Ednardo d’Ávila Melo, era omisso e seus subordinados faziam o que queriam — daí as mortes do jornalista Vladmir Herzog e do operário Manuel Fiel Filho. Admite que Juscelino Kubitschek não era corrupto. E relata como evitou o golpe militar do general Sylvio Frota.
19 – Combate nas Trevas, de Jacob Gorender
“Combate nas Trevas” (Ática, 294 páginas), do historiador Jacob Gorender, publicado há quase três décadas, permanece o mais importante relato sobre as ações da esquerda contra os governos militares. Embora crítico da ditadura, mostrando os abusos de militares e delegados de polícia, Gorender não faz uma defesa desbragada da esquerda. Faz críticas, aponta insuficiências de interpretação da realidade brasileira e revela justiçamentos feitos pelos esquerdistas. “A Revolução Impossível — A Esquerda e a Luta Armada no Brasil ” (Best Seller, 755 páginas), de Luís Mir, é um bom livro, embora seja criticado por acadêmicos. Ele antecipou, por exemplo, uma história relatada por Gorender: o encontro de Carlos Marighella com o general Albuquerque Lima. Em plena ditadura.
20 – Ministério do Silêncio — A História do Serviço Secreto Brasileiro, de Lucas Figueiredo
“Como Eles Agiam — Os Subterrâneos da Ditadura Militar: Espionagem e Polícia Política” (Record, 269 páginas), do historiador Carlos Fico, é excelente. Fico talvez seja o principal historiador do período ditatorial. Sua história pode ser complementada pelo livro “Ministério do Silêncio — A História do Serviço Secreto Brasileiro de Washington Luís a Lula: 1927-2005” (Record, 591 páginas), de Lucas Figueiredo. “O modelo do SNI era mais parecido com o adotado pela ditadura comunista da União Soviética”, escreve Figueiredo.
21 – Os Advogados e a Ditadura de 1964, organizado por Fernando Sá, Oswaldo Munteal e Paulo Martins
Ser advogado de presos políticos na ditadura não era fácil. Mesmo assim, sob ameaças e pressões, alguns advogados trabalharam para encontrar (as prisões não eram notificadas às famílias) e defender presos políticos. “Os Advogados e a Ditadura de 1964 — A Defesa dos Perseguidos Políticos no Brasil” (PUC Rio e Vozes, 279 páginas), organizado por Fernando Sá, Oswaldo Munteal e Paulo Emílio Martins, com prefácio de d. Paulo Evaristo Arns, conta a história de Sobral Pinto, Modesto da Silva, Mário de Passos Simas, Heleno Fragoso, Aírton Soares, Marcello Alencar, Sigmaringa Seixas, George Tavares, Hélio Bicudo, Luiz Eduardo Greenhalgh e, entre outros, Dalmo Dallari.
22 – Gracias a la Vida — Memórias de um Militante, de Cid Benjamin
Cid Benjamin é autor de um dos melhores livros de memória da esquerda (muito superior aos livros de Carlos Eugênio Paz, da ALN). “Gracias a la Vida — Memórias de um Militante” (José Olympio, 292 páginas) relata a história de jovens guerrilheiros, entre eles Benjamin e um irmão, Cesar, que combateram a ditadura civil-militar. Porém, no lugar de euforia, ufanismo e grandiloquência, o jornalista faz um relato sóbrio e extremamente sincero. Apesar das autocríticas, sempre equilibradas, não rompeu com a esquerda, embora seja um crítico contundente do PT de Lula da Silva. Sua crítica ao sindicalismo petista (de resultados e pelego) é muito bem elaborada. Trata-se de uma denúncia séria, fundamentada e grave. Mas quem quer discutir isto? Os sindicalistas só querem dinheiro e mais dinheiro.
23 – Mata! — O Major Curió e as Guerrilhas no Araguaia, de Leonencio Nossa
O jornalismo e, mesmo, a academia ainda não digeriram a qualidade do livro “Mata! O Major Curió e as Guerrilhas no Araguaia” (Companhia das Letras, 443 páginas), do jornalista Leonencio Nossa. Como Curió é apresentado como uma figura execrável, porque teria contribuído para matar pessoas a sangue frio, um livro que apresenta sua versão acaba por ser mal visto. No entanto, ainda que se mantenha reservas, é provável que a obra deva ser vista sobretudo como um documento histórico. Mais: a pesquisa do repórter vai além das versões do militar. O jornalista Hugo Studart é autor de “A Lei da Selva — Estratégias, Imaginário e Discurso dos Militares Sobre a Guerrilha do Araguaia” (Geração Editorial, 383 páginas). A guerrilha deixou de ser “propriedade” da esquerda.
24 – Marighella — O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo, de Mário Magalhães
Falta um grande livro sobre a oposição democrática à ditadura. Ancorada no MDB, enfrentou os militares e seus aliados civis. Enquanto o livro não é publicado, vale a pena ler a biografia “Marighella — O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo” (Companhia das Letras, 732 páginas), de Mário Magalhães. O estudo consumiu nove anos e é excelente. É uma história do Brasil vista a partir da perspectiva de um indivíduo. Como não se trata de obra de condenação de Carlos Marighella (líder máximo da Ação Libertadora Nacional, ALN), que evidentemente não era democrata, acabou criticada com aspereza em blogs e na revista “Veja” (Augusto Nunes) Entretanto, embora empática, não se trata de obra de exaltação. É rigorosa, precisa.
5 – História Indiscreta da Ditadura e da Abertura, de Ronaldo Costa Couto

A tese de doutorado de Ronaldo Costa Couto, apresentada na Sorbonne, é um dos melhores livros sobre a ditadura civil-militar. “História Indiscreta da Ditadura e da Abertura — Brasil: 1964-1985” (Record, 518 páginas) mostra, de maneira didática e analítica, como se deu a Abertura. É uma história minuciosa, que valoriza os políticos democráticos, evidenciando como trabalharam pela Abertura, atuando tanto no MDB quanto na Arena. Indica também a vocação de alguns militares pela redemocratização, casos de Ernesto Geisel e Golbery do Couto e Silva.

sábado, 3 de maio de 2014

Homens Invisíveis - Documentário sobre moradores de rua


Homens Invisíveis é um documentário que fala sobre pessoas excluídas do cardápio social, pessoas que estão diante de nós todos os dias e muitas vezes não as notamos e para isso foram usadas as falas de especialistas, pessoas comuns e dos próprios moradores de rua. 




Para fazer download deste vídeos clique no http://www.4shared.com/file/102251581...

PARA BAIXAR A TRILHA SONORA PRINCIPAL, AUTORIA: SAULO LEAL "TIO MARUZO"
http://www.4shared.com/zip/_mBspwyM/T...

Contato
Saulo Leal
tiomaruzo@gmail.com